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Causas
Para o funcionamento das fibras musculares é necessário que as proteínas que
a constituem sejam normalmente produzidas. Na DMD existe um defeito
genético no gene da distrofina que causa a perda funcional da distrofina. Essa
é uma proteína do complexo distroglicano que estabiliza a membrana do
sarcolema durante a contração e relaxamento muscular. Na ausência dessa
proteína, ha uma perda progressiva das fibras musculares e a uma
incapacidade delas
se regenerarem, causando o constante stress mecânico. Consequentemente,
há um aumento da fragilidade da membrana acompanhado de um dano difuso
sobre as fibras musculares.
A ausência dessa proteína desencadeia eventos fisiopatológicos referentes às
células do paciente afetado: há anormalidades na homeostase de cálcio, na
proteólise, na apoptose, no estresse oxidativo e na integridade da membrana.
Em DMD, também ocorrem manifestações no tecido muscular: disfunções
vasculares, fibrose e infiltrado inflamatório.
À medida que vão existindo menos fibras musculares, vai havendo uma
fraqueza progressiva, atingindo os vários músculos do corpo.
Em cerca de 1/3 dos casos a mutação genética surge pela primeira vez, isto é,
de uma forma espontânea.
Em cerca de 2/3 é herdada por via materna. Cada mulher portadora tem um
risco de 50% em cada gravidez de ter um filho com a doença.
Sexo masculino + afetado
Não tem cura. O tratamento consiste em uma ação preventiva impedindo o
desenvolvimento de sintomas mais graves. Como transplantes celulares,
terapias gênicas e intervenções farmacológicas.
Sinais de alerta
Discrepância entre músculos volumosos e duros e um grau importante de
fraqueza que leva à suspeita que estamos perante uma distrofia muscular.
Diagnóstico
- Doseamento no sangue de uma enzima muscular; AS transaminases e a
creatina quinase Ck apresentaram muito elevada nestes casos.
- Estudo genético; por vezes é necessário realizar ainda estudo do músculo
através de biópsia, que confirma a doença.
Todos as mulheres portadoras da doença devem ser orientadas para uma
Consulta de Genética Médica, onde serão devidamente informadas. No
entanto, nos casos em que a mutação surge de forma espontânea, não existe
possibilidade de diagnóstico pré-natal.
O quadro clínico
Doença é exclusivamente do sexo masculino, visto ser uma afecção genética
ligada ao cromossomo X.
Inicia-se por volta dos 5 a 6 anos de idade, com fraqueza muscular, de forma
gradual e ascendente, da cintura pélvica e membros inferiores, progredindo
para membros superiores e cintura escapular. O paciente, ao levantar-se do
chão, realiza a ação apoiando os braços na perna, “escalando” com os braços
nos membros inferiores, até erguer-se em pé novamente. Além disso,
apresenta pseudo-hipertrofia de panturrilha, encurtamento muscular e
deformidade em equinovaro do pé, escolioses, flexão de joelho e cotovelo. A
sensibilidade está preservada da mesma maneira que a cognição, porém
algumas crianças podem apresentar leve distúrbio comportamental ou de
aprendizagem, pois encontramos uma pequena porcentagem de distrofina
também no cérebro. Progressivamente a criança perda a força muscular, com
regressão de habilidades motoras, como sentar, ficar em pé e andar. Ou seja,
aos poucos a criança só consegue locomover-se em cadeira de rodas (por
volta dos 9 anos de idade). Comumente, o paciente com DMD vai a óbito em
torno da segunda década de vida (20 anos), principalmente devido a
complicações cardíacas e/ou respiratórias. A idade da morte não está
relacionada à idade de início da manifestação da doença, mas sim com a idade
em que os indivíduos ficam dependentes da cadeira de rodas, ou seja, quanto
mais cedo o paciente perder a capacidade de deambular, pior será o seu
prognóstico.
Exemplo da imagem. O paciente, ao levantar-se do chão, realiza a ação apoiando os braços na perna,
“escalando” com os braços nos membros inferiores, até erguer-se em pé novamente
Complicações Respiratórias
- Bandagem elástica;
- Mobilizações passivas, ativas e/ou ativo-assistidas; para minimizar os quadros
álgicos, sempre atentos ao uso de carga, pois, acarreta fadiga muscular, com
consequente aceleração da perda muscular.
- Hidroterapia
É um recurso agradável pois as propriedades da água aquecida promovem a
facilitação dos movimentos e o alívio das dores. Proporcionando estímulos
sensitivos, auditivos, através de receptores da pele, em decorrência dos efeitos
da turbulência, pressão hidrostática e calor. A hidroterapia auxilia no trabalho
respiratório, controle rotacional e de equilíbrio promovendo resultados positivos
tanto físicos quanto psicológicos.
CONTRAINDICAÇÕES