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Decidi ler este livro porque o seu título e a capa cativaram-me imediatamente.
O título do livro é ” Os sonhadores”, de António Mota, e a imagem que cobre a capa do
mesmo é uma máquina de escrever antiga, um equipamento que marcará para sempre a
história da escrita.
Ficha Técnica:
Título: Os Sonhadores
Autor: António Mota
Editora: Gailivro
Ilustração: Alex Gozblau
Paginação: Celina Barros
13.ª edição
Autor:
1º Parte
A história começa com o reencontro de dois amigos que já não se viam há 15 anos.
Armando Rosas (conhecido por Rosas desde o tempo do liceu) vai até casa de
Hermenegildo, mais conhecido por Gilinho, um ex-colega que conheceu no liceu de
Penafiel. Gilinho vivia atualmente no Porto e trabalhava na secretaria de uma escola
preparatória. O Rosas vivia em Amarante onde trabalhava na secretaria do tribunal.
Nessa noite, a mulher de Gilinho, Deolinda, que estava grávida, preparou o jantar e foi
descansar enquanto os dois ficaram a conversar, pela madrugada fora, daqueles belos
tempos do liceu e do que faziam atualmente. Conversaram ainda da paixão que ambos
tinham pela escrita. Rosas contou que escrevia croniquetas para a “Flor do Tâmega” e
para Emissora Regional de Amarante. Gilinho referiu que apenas escrevia para “a
gaveta” e que andava à volta de um livro que estava a escrever já há algum tempo. E
embora o chamasse de “A coisa”, ele era, na verdade a sua biografia.
Antes de Rosas se ir embora pediu-lhe o livro para o datilografar e assim o fez logo que
voltou para casa. Escreveu pela noite fora e só parou de madrugada, quando começou
a sentir fome.
2º Parte
A partir daí a história desenrola-se contando a vida de Gilinho desde pequenino e a
forma como ele e Armando Rosas, o narrador principal se conheceram.
Gilinho vivia com a mãe, a avó Rosa e o avô Zeferino numa aldeia rural, Plameiro.
Adorava ouvir as histórias do seu avô que sofria de uma perturbação mental, este foge
de casa e é encontrado morto na serra do Marão.
Gilinho foi aprender o ofício de sapateiro com Guilhermino Bicho, que adorava ler e
lhe despertou o gosto pela leitura. Guilhermino era apaixonado por Miquinhas
Serôdia, afilhada e criada da D. Rosinha Pinta, a sua maior inimiga e viúva do sr. Xavier.
Mas a madrinha não deixou que eles se casassem.
Gilinho adorava tomar banho na ribeira e conversar com a rapaziada. Zé Carlos era o
herói do Plameiro. Contava histórias mirabolantes e até ser preso por ter dito que
matou o cão da D. Rosinha. Apesar de ter sido solto desapareceu da aldeia.
Meses depois Deolinda chegou à aldeia e Gilinho apaixona-se por ela. Numa tarde
Deolinda apareceu em casa do Guilhermino Bicho com umas sandálias para consertar.
Hermenegildo viu nas velhas sandálias de Deolinda a oportunidade para se aproximar
dela. Fez umas sandálias novas e ofereceu-lhas. Pouco tempo depois começaram a
namorar.
Gilinho começou a sonhar com o seu casamento quando assistiu ao casamento de
Guilhermino com Miquinhas.
Algum tempo depois do casamento, D. Rosinha sentiu-se mal e morreu. No seu velório,
apareceu o Zé Carlos completamente diferente.
Contou a Gilinho como tinha sido a sua vida depois de sair do Plameiro.
Pouco tempo depois Gilinho, apoiado por Guilhermino, decide ir estudar para o liceu
em Penafiel. Foi no 3.º ano que conheceu Rosas, que compartilhava a paixão pela
leitura.
No 5º ano o Rosas saiu de Penafiel. O pai, que era GNR, foi promovido e mudou
para Murça. Juraram ficar sempre unidos e escrever muitas cartas.
No final do 5º ano do liceu, a mãe anunciou que não podia pagar mais os seus estudos,
O seu sonho de ser doutor tinha sido interrompido. Entretanto, o circo chegou à
cidade.
Quem mais lhe despertou a atenção foi o guitarrista Paco Moreno e Gilinho que este
era o seu pai que em tempos tinha fugido para o Brasil em busca do seu sonho.
3º Parte
Gostei imenso de ler este livro porque ele realça o valor da amizade e mostra-nos que
que há sonhos que ficam em nós para sempre. A infância passa, a adolescência
termina; mas os sonhos passam por todas as etapas permanecendo, muitas vezes,
intocáveis.
Além disso este livro fala da cidade Penafiel, onde se formaram muitos estudantes.