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Índice
Introdução................................................................................................................................ 3
Introdução ................................................................................................................................. 6
Introdução ............................................................................................................................... 19
Introdução ............................................................................................................................... 30
Introdução ............................................................................................................................... 51
Introdução ............................................................................................................................... 79
Introdução ............................................................................................................................... 87
2
Introdução
3
componentes da empresa e saiba da sua importância no que se refere a cargos,
níveis hierárquicos, papéis, politicas de remuneração e sistemas de comunicação.
• Para a unidade 4, iremos abordar o planeamento estratégico de recursos humanos.
Um bom gestor tem noção de que nada é possível fazer ou nenhum objectivo pode
ser alcançado com êxito sem que se anteceda o seu devido planeamento. Assim
sendo, nesta unidade iremos discutir em torno das definições de competências,
preenchimento de cargos, desenvolvimento e linhas de sucessão, planos de
carreira, planos de avaliações, planos de recompensas e projectos a médio e longo
prazo.
• Na unidade 5, aborda-se os modelos de planeamento de recursos humanos, que vai
permitir que o gestor possa desempenhar a sua função de direcção nos modelos
baseados na procura estimada do produto ou serviço, modelos baseados no
segmento de cargos, modelos baseados na substituição de postos-chaves, modelos
baseados no fluxo de pessoal e modelos de planeamento integrado.
• Para a penúltima unidade, debruça-se sobre a tomada de decisão estratégicas.
Sendo, esta uma característica importante para planear o dia á dia das suas acções
na identificação dos empregados de elevado potencial no que diz respeito a perfis
das diferentes carreiras, identificação dos empregados de elevado potencial no que
diz respeito a dimensões de comportamento, identificação dos empregados de
elevado potencial no que diz respeito ao exercício de ranking, identificação dos
empregados de elevado potencial no que diz respeito ao apuramento e
identificação dos empregados de elevado potencial no que diz respeito a plano de
desenvolvimento individual.
4
Objectivos do módulo
Para melhor aproveitamento deste módulo, o estudante deve ler na totalidade os textos de
apoio de cada unidade.
Apos a leitura do texto, o estudante deve resolver os exercícios que se encontram no final
de cada unidade, denominadas tarefas e auto avaliações.
O estudante pode efectuar leituras adicionais nas bibliografias aconselhadas para cada
unidade. Alem disso, pode fazer consultas em outras bibliografias e na internet (Google
académico), com vista a obter conhecimentos adicionais em relação ao tema.
5
UNIDADE 1: Introdução ao Planeamento de Recursos Humanos
Introdução
A presente unidade visa introduzir ao estudante os principais fundamentos de
planeamento de recursos humanos. É importante que o estudante compreenda os
principais conceitos de planeamento para com melhor facilidade poder dominar todas as
ferramentas que serão estudadas ao longo do módulo.
Para planear é importante que este tenha um domínio pleno das suas funções, das
diferentes estaturas que poderá assumir dentro de uma organização, e as habilidades
necessárias.
O sistema Nacional de Gestão de Recursos Humanos criado pelo Decreto nº40/92, de 8
de Novembro, cujo objectivo principal é garantir a eficiência da gestão de recursos
humanos e responder as necessidades de planificação, coordenação, execução e controle
das actividades da sua gestão em função das directrizes e acções governamentais que
prevê o planeamento de recursos humanos como a área chave do sistema e as ofertas e
demandas futuras dos funcionários para a organização.
O planeamento de Recursos humanos é uma peça fundamental para a organização ter
uma clareza sobre a sua necessidade em termos de pessoas ao longo do tempo, tanto em
termos quantitativos assim como qualitativos.
6
O plano de recursos humanos deve, primordialmente procurar desenvolver as pessoas
que já estão na empresa, traçando-lhes planos de carreira reconvertendo-as ou dando-lhes
formação para que adquiram as competências que se anteveem como necessárias. Para
alcançar todo o seu potencial de realizações, precisa ter pessoas adequadas e disponíveis
para a realização dos trabalhos, isso significa que todos os gestores devem estar seguros
do cargo que estão a sua responsabilidade são ocupados por pessoas capazes de
desempenha-los adequadamente e que requer um cuidadoso planeamento pessoal.
Objectivos da unidade
Pretende-se que no fim desta unidade o estudante seja capaz de:
Definir os principais conceitos de planeamento de recursos humanos.
Permitir a empresa identificar com antecedência, os pontos críticos em que é mas
provável que ocorram faltas, excessos ou uso ineficiente de pessoal.
Determinar as necessidades de recrutamento e a sua calendarização;
Detectar as potenciais redundâncias, avaliar as possibilidades de reconversão e
evitar despedimentos desnecessários;
Definir, com rigor, as necessidades de formação;
Estabelecer uma base racional para a construção de planos de desenvolvimento
individual;
Avaliar o impacto de novas tecnologias no volume e na produtividade da mão-de-
obra;
7
Recurso de aprendizagem
O planeamento de recursos humanos consiste em determinar aquilo que deve ser feito
para conseguir alcançar os objectivos da organização, na tomada antecipada de decisões
sobre contratações, demissões, relocações, promoções, desenvolvimento e aposentadoria
dos empregados, tendo em vista um determinado horizonte de tempo.
Consiste também em estabelecer métodos e metas qualitativas e quantitativas visando
suprir as necessidades futuras de pessoal da organização levando em conta as actividades
internas e factores do ambiente externo.
8
O processo de planeamento de recursos humanos envolve 3 tarefas básicas:
Analise das demandas de RH - faz-se o diagnóstico da situação real da organização em
termos de recursos humanos em função dos objectivos que se procura materializar.
Análise da oferta do mercado de trabalho - tem em conta a oferta interna (funcionários
actuais) e a externa (funcionários potenciais em actividades noutras organizações).
Conciliação das despesas entre a demanda e a oferta por meio da manutenção ou da
mudança das actividades de recursos humanos (Milkovich e Boudreau, 2006).
9
Planeamento estratégico - é um processo de formulação de estratégias organizacionais,
no qual se busca a inserção da organização e de sua missão no ambiente em que ela esta
actuando.
A tarefa de contratar pessoal começa com uma previsão sobre quantas pessoas e que tipo
será necessário para realizar o trabalho na empresa/organização. E nessa actividade
encontra-se as 4 principais fases:
Planeamento para as necessidades futuras - o profissional de recursos humanos estima
quantas pessoas e com que habilidades a organização irá necessitar para operar num
futuro previsível.
10
faltas, excessos ou uso ineficiente de pessoal.
Este objectivo, traduzido em aspectos parcelares permite:
Determinar as necessidades de recrutamento e a sua calendarização;
Detectar as potenciais redundâncias, avaliar as possibilidades de reconversão e
evitar despedimentos desnecessários;
Definir, com rigor, as necessidades de formação;
Estabelecer uma base racional para a construção de planos de desenvolvimento
individual;
Avaliar o impacto de novas tecnologias no volume e na produtividade da mão-de-
obra;
Estimar o impacto da introdução de formas diferentes de organização do trabalho
na empresa, designadamente a polivalência e o trabalho em equipa;
Avaliar as necessidades futuras de espaços de escritórios/armazém.
Objectivos e estratégias
organizacionais
Objectivos e estratégia de
Recursos humanos
Etapa 3: Desenvolver e
Implementar planos de RH
11
2. Missão da organização
A empresa tem como missão actuar no mercado de varejo e distribuição, de forma ética e
responsável, oferecendo produtos e serviços que gerem valor para os nossos clientes,
colaboradores, fornecedores, accionistas e sociedade. Ela deve ser objectiva, clara e
sobretudo impulsionadora e inspiradora para reflectir um consenso interno de toda a
organização e ser facilmente compreendida pelas pessoas de fora da organização.
Poder-se-á, numa primeira aproximação, definir o plano de carreira como o conjunto de
acções programadas que têm por objectivo permitir o desenvolvimento pessoal e
profissional de um empregado, de modo a que o mesmo consiga, no médio prazo, atingir
o potencial que lhe for detectado.
Santos (2009), diz que a missão representa a razão da existência de uma organização. Essa
missão deve traduzir a filosofia da organização que é formulada por seus fundadores
através de seus comportamentos e acções que envolve valores e crenças centrais,
representando princípios básicos da organização que balizam a sua conduta ética,
responsabilidade social e suas respostas as necessidades do ambiente (ibid).
12
E porque fazemos o que fazemos?
Missão - significa estabelecer a razão de existência da organização, qual seu negócio (o
que faz) e de que forma actua nesse negócio (como faz).
3. Visão da organização
Toda a organização deve ter uma visão adequada de si mesma, dos recursos de que
dispõe, do tipo de relacionamento que deseja manter com seus clientes e mercados, do que
quer fazer para satisfazer continuamente as necessidades e preferências dos clientes, de
como irá atingir os objectivos organizacionais das oportunidades e desafios que enfrentar
de seus principais agentes, de que força a impelem e em que condições ela opera.
As diferentes funções profissionais que circulam em movimentações laterais, e que lhes
permite ter uma visão mais global de negócio e ganhar novas competências. Pensa-se e
planeia-se em função de perfis de competências, com especial enfoque nas áreas
comportamentais e as movimentações que permitam visualizar crescentemente o
profissional não como um <<financeiro>> um <<comercial>> ou um <<gestor de
recursos humanos>> mas antes como um quadro com capacidade para se dedicar a um
projecto complexo, dirigir uma equipa difícil, conduzir uma negociação-chave.
Daí que esta nova visão de desenvolvimento individual seja mas enriquecedora e menos
limitativa e permita, mesmo sem promoções formais, aumentar muito o conteúdo
funcional dos cargos.
Muitas organizações colocam a visão como o projecto que elas gostariam de ser dentro de
um prazo de tempo e qual o caminho futuro que pretendem adoptar para chegar até lá.
A visão é o estado futuro desejado e alinhado com as aspirações de uma organização, algo
que a organização pode definir e redigir. Essa visão deve ser mobilizadora e motivadora.
É preciso encontrar os valores que sejam a essência do negócio e o conduzamos até ao
futuro.
Toda a organização:
Deve ter uma visão dos seus recursos;
Do tipo de relacionamento que deseja manter com clientes e mercados;
De como irá atingir os seus objectivos organizacionais;
Das oportunidades e desafios que irá enfrentar.
13
Relação entre a missão e a visão, no seguinte quadro:
Missão Para onde
Queremos ir?
Visão
O que há no ambiente? O que temos na empresa
Quais as oportunidades
Quais as forças e fraquezas
ameaças que existem no
Que temos na organização
ambiente
Estratégia organizacional
4. Valores da organização
Capacidade para planear/programar acções para si próprio ou para os outros, de forma a
atingir um objectivo;
Implementação de planos;
Acções desenvolvidas para assegurar essa implementação.
14
Nota: planeamento e organização podem ser observados em muitas situações:
Ex: planeamento de tarefas/reuniões/situações/apresentações.
Estabelecimento de um padrão de carga diária de trabalho;
Planear para si próprio ou para os outros o trabalho ao longo ou durante a duração de um
projecto;
Planeamento estratégico;
Compromentimento com os resultados;
Ética no relacionamento;
Foco no cliente;
Gestão participativa;
Melhoria continua;
Responsabilidade social e ambiental;
Visão estruturada
Leituras Obrigatórias
ARAÚJO, L.C.G.; GARCIA, A.A. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas, 2010
BOHLANDER, G.; SNELL, S. Administração de Recursos Humanos. São Paulo,
Cengage Learning. 2009
CAMARA et al. Novo Humanator., Publicações Dom Queixote, Portugal, 2007
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro, Campus, 2004
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos o Capital Humano das Organizações, 9ª
Edição. 2009
FISHER, A. L.; DUTRA, J. S.; AMORIM, W.A.C. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas,
2010
LUCENA, M. D. Da S. Planeamento de Recursos Humanos. São Paulo, Atlas, 2010
MASCARENHAS, A. O. Gestão Estratgica de Pessoas. São Paulo, CENGAGE
Learning, 2008
ULRICH, D. Os Campeões de Recursos Humanos. Inovando para obter os melhores
resultados. São Paulo, Futura, 2008
Legeslação
15
Decreto nº40/92, de 8 de Novembro
Resumo da Unidade
Nesta unidade, para melhor compreensão e enquadramento do módulo, abordamos os
principais fundamentos de planeamento de recursos humanos. Onde vimos que o
planeamento de Recursos humanos é uma peça fundamental para a organização ter uma
clareza sobre a sua necessidade em termos de pessoas ao longo do tempo, tanto em
termos quantitativos assim como qualitativos.
O planeamento de recursos humanos de que a empresa vai necessitar no médio/longo
prazo, os seus diferentes perfis de aptidões e o cronograma de entrada constitui um
instrumento indispensável para o desenvolvimento do negócio, habilitando-a a dispor das
pessoas certas, na quantidade certa, no momento certo e a um custo adequado.
E o objectivo primordial do planeamento de recursos humanos é permitir a empresa
identificar com antecedência, os pontos críticos em que é mas provável que ocorram
faltas, excessos ou uso ineficiente de pessoal.
Tarefas
Com o objectivo de consolidar os conhecimentos adquiridos na Unidade 1, responda de
uma forma concisa as seguintes questões:
1. O que significa planificar Recursos Humanos?
2. Em que consiste a relevância do Planeamento de Recursos Humanos?
3. Defina Planeamento de Recursos Humanos e Planeamento Estratégico.
4. Em que consiste o Planeamento de Recursos Humanos e o Planeamento
Estratégico de Recursos Humanos?
5. Para um bom planeamento o que é necessário?
6. Qual é o objectivo primordial do Planeamento de Recursos Humanos?
16
Auto-avaliação
Caso
Uma organização que planea os recursos humanos alcançando seus objectivos e
disperdiçando recursos faz uso da seguinte combinaçào ...
Alta eficiência gerencial e alta eficácia.
Alta eficiência gerencial e baixa eficácia.
Baixa eficiência gerencial e alta eficácia.
Baixa eficiência gerencial e baixa eficácia.
Escolhe e comete a alínea com a combinação certa.
Chave de correcção
Planificar Recursos Humanos significa dialogar as condições presentes, definir
caminhos para atingi-los e estabelecer metas sobre as actividades de recursos humanos
17
Planeamento estratégico - é um processo de formulação de estratégias organizacionais,
no qual se busca a inserção da organização e de sua missão no ambiente em que ela esta
actuando.
Refere-se a maneira como a função de recursos humanos pode contribuir para o alcance
dos objectivos organizacionais;
É uma das ferramentas mas importantes das organizações, pois as pessoas é que fazem a
diferença ou é simplesmente impossível para qualquer empresa atingir seus objectivos
sem pessoas eficazes;
É o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os
objectivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado.
18
UNIDADE 2: Planeamento de Recursos Humanos e planeamento organizacional
Introdução
A presente unidade faz menção o que foi referido na primeira unidade que visa introduzir
ao estudante os principais fundamentos de planeamento de recursos humanos e o
planeamento organizacional. É importante que o estudante compreenda os principais
conceitos de planeamento para com melhor facilidade poder dominar todas as ferramentas
que serão estudadas ao longo do módulo.
Para planear é importante que este tenha um domínio pleno das suas funções, das
diferentes estaturas que poderá assumir dentro de uma organização, e as habilidades
necessárias.
Planeamento é um processo desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um
modo eficiente e efectivo, com a melhor concetração de esforços e recursos da empresa.
Segundo Peter Drucker em práticas de administração de empresas o planeamento não díz
respeito a decisões futuras mas as implicações futuras das decisões presentes, não é um
acto isolado; os seus objectivos devem ser viáveis com base na validade das hipoteses em
que se baseiam e o seu produto é plano que deve ser desenvolvido pela empresa e não
para a empresa.
Objectivos da unidade
Recurso de aprendizagem
19
tipo de negócio, pois a empresa nao pode agir simplesmente baseando-se no planeamento
anual ou fazendo planeamento de longo prazo com base nas vendas passadas: ela deve
criar diferentes instrumentos analiticos com relação ao futuro do mercado.
Cada empresa deve escolher o que é o melhor para ela, levando em conta a sua posição no
mercado, os objectivos, as oportunidades e os recursos disponíveis.
É hoje, geralmente reconhecido que só dando aos empregados uma perspectiva de
desenvolvimento pessoal e profissional, a médio prazo, em que uma empresa pode aspirar
e constituir uma opção de emprego duradoura para os seus profissionais de alto potencial,
cuja mobilidade do mercado de trabalho é um dado adquirido.
E, se os planos de carreira nao forem ao encontro dos desejos e aspirações dos
empregados de alto potencial, há forte probabilidade de estes abandonarem a empresa e,
ao fazê-lo, comprometerão as metas estabelecidas para os planos de sucessão integrados
no planeamento de recursos humanos.
20
Ênfase na especialização;
Executoras de tarefas;
Mão-de-obra;
21
Análise de tendências;
Estimativas dos gestores.
22
empresa, o seu perfil de aptidões, o nível etário, a mobilidade, o potencial, etc. É a oferta
de mão-de-obra.
Da comparação entre as necessidades projectadas e as disponibilidades existentes de
recursos humanos, resultará uma primeira tentativa de encaixe (fit), entre a oferta e a
procura, e, com toda a probabilidade, a identificação de:
Lacunas a preencher por recrutamento;
Existencia de mão-de-obra reduntante, a reconverter ou despedir;
Identificação de oportunidades;
Definição de necessidades de recrutamento, formação, reconversão;
Estruturação de planos individuais de carreira.
Como resultado desse confronto entre a oferta e a procura, deverão ser projectadas
necessidades de pessoal, no período abrangido pelo plano detalhado:
O número global de empregados;
Os níveis de qualificação;
O cronograma de entradas;
O custo estimado;
23
As necessidades de substituição, por rotação;
Os potenciais candidatos internos;
As necessidades de formação/reconversão;
Os ganhos de produtividade estimados.
4. Estabelecimento de objectivos
Objectivos organizacionais
Sobrevivência;
Crescimento sustentado;
Lucratividade;
Produtividade;
Qualidade dos produtos/serviços;
Redução de custos;
Participação no mercado;
Novos mercados;
Novos clientes;
Competitividade;
Imagem no mercado;
Objectivos individuais
Melhores salários;
Melhores beneficios;
Estabilidade no emprego;
Segurança no emprego;
Qualidade de vida no trabalho;
Satisfação no trabalho;
Consideração e respeito;
Oportunidade de crescimento;
Liberdade de trabalhar;
Orgulho da organização;
Ajudar a organização a alcançar seus objectivos e realizar sua missão;
Proporcionar competitividade à organização;
Proporcionar a organização pessoas bem treinadas e bem motivadas;
24
Aumentar a auto-actualização e a satisfação das pessoas no trabalho;
Desenvolver e manter a qualidade de vida no trabalho;
Administrar e impulsionar a mudança;
Manter politicas eticas e comportamentais socialmente responsável.
25
Ļ
Requisitos de recursos humanos
Ļ
Planeamento de recursos humanos
______________________________________________________________________
Ļ Ļ Ļ Ļ
Novas Ajustamento Mudança Enxugamento
admissões adequado ao inovação redução de
mercado criatividade pessoal
A formulação das estratégias empresariais é complexa, uma vez que a própria estratégia
esta mergulhada em uma multiplicidade de factores e de componentes internos e externos.
Muitos desses factores estão situados completamente fora do controlo e da previsão da
empresa.
Diante deste cenário o planeamento estratégico surge como uma valiosa ‘’ferramenta’’ de
auxilio à alta administração, pois permite nortear as acções gerenciais da empresa dentro
de um plano previamente determinado de metas e estratégias diminuindo com isso a
possibilidade de tomada de decisões equivocadas, num mercado extremamente
competitivo sem margem para erro.
A partir do momento que já estão traçados o guião que orientará a acção do departamento
de recursos humanos, na qualidade do seu guardião, e o gestor permitirá planear com
antecedência as acções a tomar, nomeadamente no que toca a preparação dos quadros da
empresa para uma evolução de carreira.
26
3º Foco - engloba a liderança e a diferenciação que será centrado num segmento menor.
Receber essas informações feedback e reagir adequada e prontamente é algo essencial
para a continuidade de toda estratégia implementada, inclusive até mesmo estar apto a
mudanças radicais em toda estrutura e conceitos se isso for necessário.
Portanto cabe aos gestores do processo de implementação do projecto, mudar a opinião
dos focos de resistência que por ventura existirem e mostrarem a importância de que este
tipo de planeamento proporcionará para a organização, onde todos sairão ganhando com o
aumento de eficiência e eficácia e principalmente o crescimento em competitividade que a
empresa agregará para enfrentar o dinâmico mercado do mundo globalizado.
Após a fase do planeamento, segue-se a fase de implementação ou realização, a qual
consiste na coordenação dos programas de acção definidos e na monitorização dessa
mesma implementação e análise dos resultados afim de se tomarem acções correctivas
caso os desvios em relação ao planeado.
No campo de planeamento de recursos humanos o grande condicionante e aferidor das
opções a tomar no âmbito do plano de negócios da empresa é a contribuição que este
possa vir a dar para a rentabilidade da empresa, numa optica de medio prazo. Como já se
referiu, um plano comporta, por natureza, uma considerável margem de erro, razão pela
qual deve ser anualmente revisto, acrescentando-se um ano à janela de planeamento e
fazendo balanço do ano que acabou de se encerrar.
Leituras Obrigatórias
ARAÚJO, L.C.G.; GARCIA, A.A. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas, 2010
BOHLANDER, G.; SNELL, S. Administração de Recursos Humanos. São Paulo,
Cengage Learning. 2009
CAMARA et al. Novo Humanator., Publicações Dom Queixote, Portugal, 2007
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro, Campus, 2004
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos o Capital Humano das Organizações, 9ª
Edição. 2009
FISHER, A. L.; DUTRA, J. S.; AMORIM, W.A.C. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas,
2010
MASCARENHAS, A. O. Gestão Estratgica de Pessoas. São Paulo, CENGAGE
Learning, 2008
27
ULRICH, D. Os Campeões de Recursos Humanos. Inovando para obter os melhores
resultados. São Paulo, Futura, 2008
Resumo da Unidade
Nesta unidade, para melhor compreensão e enquadramento do módulo, abordamos os
principais fundamentos de planeamento de recursos humanos e planeamento
organizacional. Onde vimos que o planeamento de Recursos humanos é uma peça
fundamental para a organização ter uma clareza sobre a sua necessidade em termos de
pessoas ao longo do tempo, tanto em termos quantitativos assim como qualitativos.
O planeamento é um processo contínuo executado pela empresa, independentemente da
vontade específica da administraçào, pressupõe a necessidade de um processo decisório
que ocorrerá antes, durante e depois da sua elaboração e implementação na empresa.
Tarefas
Com o objectivo de consolidar os conhecimentos adquiridos na Unidade 2, responda de
uma forma concisa as seguintes questões:
1) Díz quais são os parâmentros oferecidos pela oferta de mão-de-obra?
2) Faça uma comparação entre as necessidades projectadas e as disponibilidades
existentes de recursos humanos.
3) Indica e define os modelos de planos de acção.
Auto-avaliação
Caso - Tratado-se duma empresa do grupo A (Venda de Vidros)
Elabore um plano de previsão da procura e oferta das necessidades de recursos humanos,
baseando-se nos seus aspectos.
28
Chave de correcção
1) O perfil de aptidões - técnicas e comportamentos;
O perfil etário - distribuição de pessoal pelos diferentes escalões etários, tendo em
conta a idade normal de reforma;
A antiguidade na empresa;
A experiência na actual função;
A distribuição por departamento/funções;
O nível hierárquico.
3º Foco - engloba a liderança e a diferenciação que será centrado num segmento menor.
Receber essas informações feedback e reagir adequada e prontamente é algo essencial
para a continuidade de toda estratégia implementada, inclusive até mesmo estar apto a
mudanças radicais em toda estrutura e conceitos se isso for necessário.
29
UNIDADE 3: Desenho da Estrutura Organizacional
Introdução
A presente unidade aborda sobre a estrutura organizacional que vem sendo objecto de
estudo de diversos autores, desde Webwer, Bernard e Chandler, nos primeiros anos do
século 20 até hall, Mintzberg e Child, nas décadas de 80 e 90. A abordagem de estrutura
para todos os tipos de organização. Nos finais dos anos 50, surge a abordagem
contingencial, afirmando que a estrutura de uma organização é dependente de factores
contigenciais como o ambiente, a tecnologia, o tamanho e a estratégia.
Chandler (1962), afirma que a estrutura organizacional depende das circunstâncias de
cada organização em determinado momento e, existem variáveis que contribuem para isso
na sua estratégia, o ambiente em que opera, a tecnologia de que dispõem e as
características dos seus particulares.
30
autoridade e a comunicação. Sendo uma estrutura organizacional uma forma pela qual as
actividades desenvolvidas por uma organização são divididas, organizadas e coordenadas,
num enfoque amplo inclui a descrição dos aspectos físicos tais como:
Instalações, RH, financeiros, jurídicos, administrativos e económico.
Não existe uma estrutura organizacional mal acabada e nem perfeita, mas sim que se
adequa as mutações organizacionais.
Desenho - é o grau com que o indivíduo alcança os objectivos do cargo.
Objectivos da unidade
Pretende-se que no fim desta unidade o estudante seja capaz de:
Visar, estabelecer directrizes para o bom desempenho das suas atribuições.
Descrever detalhadamente as atribuições, periodicidade e metodologias do
desenho de cargo.
Proporcionar informações suficientes para o desenho.
31
Recurso de aprendizagem
Objectivo específico
Visar, estabelecer diretrizes para o bom desempenho das suas atribuições;
Facilitar o trabalho dos supervisores;
Buscar motivar o pessoal para facilitar a avaliação desempenho e do mérito
funcional;
Proporcionar informações suficientes para os programas de treinamento de
pessoal;
Determinar o perfil do candidato ao cargo;
Determinar a faixa salarial, servindo como base para a administração de salario e
por fim colher subsídios para elaboração do processo de recrutamento de capital
humano.
32
Métodos de descrição e análise de cargos
Podem ser via observação directa, via questionário, via entrevista directa e via métodos
mistos.
Embora sejam intimamente relacionados a diferença é que enquanto a descrição do cargo
focaliza o conteúdo do cargo (o que o ocupante faz, quando faz, como faz e porque faz), a
analise de cargo procura determinar quais os requisitos físicos e mentais que o ocupante
deve possuir, as responsabilidades que o cargo o impõe e as condições em que o trabalho
deve ser feito.
Descrever um cargo significa relacionar o que o ocupante faz, como faz, sobre quais
condições o fazem, é um retrato simplificado do conteúdo e das principais
responsabilidades do cargo. O formato inclui o titulo do cargo, o sumario das actividades
a serem desempenhadas e as principais responsabilidades do cargo.
Analisar um cargo significa detalhar o que o cargo exige do seu ocupante em termos de
conhecimento, habilidades e capacidades para que possa desempenhar adequadamente.
33
Requer a determinação de cargos descritos, a elaboração do organograma de cargos, a
elaboração do cronograma de trabalho, a escolha do método de análise a ser aplicada, a
selecção dos factos de especificação a serem utilizados na análise, que são os critérios da
generalidade e os critérios da variedade ou descriminação: o dimensionamento dos
factores de especificações; a graduação dos factores de especificações.
Fase de preparação - é quando tudo elaborado no planeamento deve ser preparado para
passar a fase de execução.
Tanto o modelo clássico como o humanista prescrevem que o cargo deve ser projectado
como algo definitivo e permanente: a expectativa de um ambiente estável e previsível
permitia métodos e procedimentos padronizados e repetitivos já que a tecnologia utilizada
deveria permanecer constante durante muito tempo.
34
Os cargos são responsáveis por definir as actividades que cada ocupante deverá exercer e
a posição hierárquica na escala de comando.
Os cargos de natureza técnica especializado e de media gerência exigem um maior nível
intelectual dos colaboradores, com actividades menos rotineiras e de maior discernimento
no processo decisório, envolvendo o comando de equipas e sectores organizacionais.
2. Níveis hierárquicos
Níveis de influência da estrutura organizacional
Aqui verifica-se os níveis de hierarquia numa empresa, podendo assim ter uma visão geral
de como são distribuídas as actividades competentes de cada uma.
a) Nivel estratégico - é responsável pela visão global da organização (não deve estar
restrita a uma área de negócio). A este nível, perde-se a percepção do detalhe
pormenorizado, existindo por isso um certo cuidado na escolha do critério do que
se entrega a “Gestão do Top”
35
1. Organograma - é um gráfico que representa a estrutura formal de uma
organização. Mostra como estão dispostos os órgãos ou sectores, a hierarquia e as
relações de comunicação existentes entre eles.
O organograma vertical, quanto mais alto estiver o órgão maior autoridade e a
abrangência da actividade.
Tipos de organograma
Classicos que também é chamado de vertical, é elaborado com rectângulos que
representam os órgãos e linhas que fazem a ligação hierarquica e de comunicação entre
eles.
36
Organograma Linear de responsabilidade (OLR) - possui um diferenciador em relação
aos demais organogramas, pois a sua preocupação não é apresentar o posicionamento
hierarquico, mas sim o inter-relacionamento entre diversas actividades e os responsáveis
por cada uma delas.
37
Directoria Administrativa
Presidência
Directoria
Administrativa
Directora Técnica Directora Financeira
Assessoria
Confecções de organogramas e
funcionogramas;
Racionalização de processos de
trabalho;
38
interligação com outros processos e todos os documentos envolvidos.
Terminal Fluxo de
dados
Decisão Documento
3. Papeis
A distinção entre a organização formal e a informal, é que enquanto a primeira é uma
organização planeada e a segunda constitui o resultado da interação espontânea dos
membros da organização, o impacto das personalidades dos actores sobre os papéis que
lhe foram destinados.
39
Planeamento
Controle Organização
Direcção
4. Politica de remuneração
O programa de remuneração explica os princípios e directrizes que embaçam a politica de
remuneração praticada pela empresa com os critérios e os procedimentos que dão suporte
aos processos de definição, manutenção e gerenciamento da estrutura salarial.
É a grande responsável por manter os colaboradores na organização, pois influência na
vida pessoal e profissional do colaborador.
Politica de Remuneração
Objectivos básicos
Atracção e retenção dos melhores empregados;
Motivação e produtividade;
Definição da hierarquia;
Cultura organizacional;
40
programa de remuneração;
É a soma de tudo o que é periodicamente pago aos empregados por serviços
prestados: salários, gratificações, adicionais (tempo de serviço, trabalho nocturno,
horas extras), bem como todos os benefícios financeiros, como prémios de
produtividade, participação nos resultados e opção de compras de acções.
Modelos de remuneração
Remuneração por habilidade, desenvolvimento adquirido e da respectiva
habilidade do seu bloco;
Remuneração por competência, nível dos funcionários em papéis de liderança,
controle, planeamento e responsabilidade de resultados à administração;
Remuneração por resultado, objectiva vincular o desempenho à produtividade e
a qualidade dos resultados organizacionais, estimulando o accionario a
optimização do seu trabalho e as metas conquistadas conjuntamente com a
empresa;
Participação accionaria, cúpula, gerentes, directores, vice-presidente, presidentes
mediante concessão de acções da empresa exigindo mais compromisso;
Distribuição de ganhos, nível inferior como da produção, com pensamento sob a
produtividade na possibilidade de reduzir custos;
Distribuição de lucros, obrigatoriedade da empresa na implantação desse sistema.
Salário - é a parte fixa prevista em contrato de trabalho, e que deve ser recebida em
dinheiro pelo período trabalhado.
O salario pode ser calculado por hora, por peça produzida ou produção, por meta
concluída, por serviço prestado, dentre outros, desde que esteja definido previamente e
siga as normas legais e trabalhista cabíveis.
O salario esta directamente relacionado as funções realizadas no cargo, e pode ser
considerado como um factor motivador para alguns.
Os incentivos salariais são normalmente relacionados ao empenho e resultado do esforço
41
despendindo pelo colaborador, podem ser recebidos no curto prazo, através de bônus e
prêmios diversos, mas alguns tem caracter mais duradoiros, pois visam o longo prazo,
como acções e planos de aposentadoria.
A influência da política de salários e remuneração pode ser considerada significativa ao
incentivo de ideias criativas e inovadoras quando se identifica a correlação entre
desempenho, iniciativa e remuneração.
Sistema de remuneração
Características
Quanto se deve pagar a cada um;
Que ênfase se deve à remuneração financeira em relação ao total das recompensas
pelo trabalho;
Que ênfase se deve dar a tentativa de diminuir os valores pagos;
Se deve ser implantado um sistema de incentivos para obter melhores
desempenhos.
5. Sistema de Comunicação
Sistema de Comunicação é a rede por meio da qual as informações permitem o
funcionamento da estrutura de forma integrada e eficaz.
Deve-se verificar até que ponto a forma estrutural atende as necessidades de comunicação
da empresa. As comunicações na empresa podem ser ainda classificadas como:
Horizontal, que são realizadas entre as unidades organizacionais diferentes, mas
do mesmo nível hierárquico;
Diagonal ou transversal, realizada entre unidades organizacionais e níveis
diferentes;
Vertical, realizada entre níveis diferentes, mas da mesma área de actuação.
42
Estrutura informal - surge da interacção pessoal das pessoas, o que significa que se
desenvolve espontaneamente quando as pessoas se reúnem. Representa relações que
usualmente não aparecem no organograma.
Desvantagens
a) Desconhecimento das chefias;
b) Dificuldade de controle;
c) Possibilidades de atritos entre pessoas.
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Estrutura formal
a) É reconhecida pelo organograma da empresa e seus aspectos básicos;
b) Reconhecida juridicamente de fato e direito;
c) É estruturada e organizada.
Sistema antigo
É baseado na organização de grandes exércitos, estruturados em torno de chefes
excepcionais;
A grande autoridade supre a falta de organização;
Autoridade mantida em linha recta, partindo de mais elevado nível hierárquico até
atingir os agentes localizados no plano inferior como ainda hoje é usado nos
exércitos modernos.
Autoridade máxima
Todo o mecanismo de organização tem um único chefe.
44
Precisão de jurisdição;
Limitação de responsabilidade;
Facilidade de funcionamento de comando;
Maior economia para empresa de pequeno porte.
Desvantagens
Exige chefes excepcionais;
Sobrecarrega a direcção;
Não favorece o espírito de cooperação;
Dificuldades em formar chefes com visão global;
Favorece o aumento da burocracia.
2º Estrutura funcional
O operário deveria ser sempre assistido por agentes especializados.
3º Estrutura linha-staff
Essa estrutura segue as características básicas da estrutura linear, diferenciando-se da
linear basicamente pela existência de staff, a qual será acionada pelos directores e chefes
sempre que forem necessários a formulação de deliberações e as determinações de
serviços para que expressem a sua opinião.
5º Estrutura matricial
Proporciona a empresa condições de flexibilidade e de funcionalidade adequada para
atender as mudanças ambientais e as suas próprias dinâmicas, possibilitando a adoção de
uma sistemática adaptável de utilização de recursos e de processos de trabalho para
consecução dos objectivos pre-estabelecidos.
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Componentes da estrutura organizacional
¾ Sistema de responsabilidade, constituída por:
Departamentalização;
Linha e assessoria;
Especialização do trabalho.
Ambiente;
Avaliação das mudanças e suas influências.
Tecnologia;
Conhecimentos e equipamentos.
Recursos humanos
A empresa funciona por meio de pessoas, a eficiência depende da qualidade intrínseca do
valor e da integração dos homens que ela organiza.
46
Sistema de autoridade-direito de fazer, tomar decisões, dar ordens, dirigir.
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Leituras Obrigatórias
ALMEIDA, W. Captação e selecção de talentos. Com foco em competências. São Paulo,
2ª edição, 2009
ARAÚJO, L.C.G.; GARCIA, A.A. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas, 2010
BOHLANDER, G.; SNELL, S. Administração de Recursos Humanos. São Paulo,
Cengage Learning. 2009
CAMARA et al. Novo Humanator., Publicações Dom Queixote, Portugal, 2007
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro, Campus, 2004
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos o Capital Humano das Organizações, 9ª
Edição. 2009
FISHER, A. L.; DUTRA, J. S.; AMORIM, W.A.C. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas,
2010
47
MASCARENHAS, A. O. Gestão Estratgica de Pessoas. São Paulo, CENGAGE
Learning, 2008
ULRICH, D. Os Campeões de Recursos Humanos. Inovando para obter os melhores
resultados. São Paulo, Futura, 2008
Resumo da Unidade
Nesta unidade, para melhor compreensão e enquadramento do módulo, abordamos os
principais conceitos de desenho da estrutura organizacional. Onde vimos que o desenho
organizacional, corresponde a um conjunto complexo de cargos, tarefas, relacionamento
e responsabilidade que não são mutáveis e têm seu comportamento influenciado por
várias técnicas individuais, sociais e organizacionais a partir de:
a) Os ambientes das organizações: tratamento das entradas dos ambientes gerais e
da tarefa;
b) As características das organizações: as funções executadas para obter as saídas
e resultados;
c) A tecnologia utilizada pela organização: como a organização executa as suas
tarefas;
d) Os critérios para definir a eficácia organizacional: como são comparados os
resultados alcançados.
Todas essas técnicas tem como objectivo principal a eficiência e eficácia organizacional.
Tarefas
Com o objectivo de consolidar os conhecimentos adquiridos na Unidade 3, responda de
uma forma concisa as seguintes questões:
1) Indica e define uma das técnicas individuais que influenciam no comportamento?
2) Defina politica de remuneraçào, remuneração e remuneraçào estratégica.
3) Como se deve avaliar a estrutura organizacional.
4) Enumere os modelos de remuneração?
5) Mencione os factores de especificação de cargos.
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Auto-avaliação
Caso - Tratado-se duma empresa
Elabore um organograma com a estrutura organizacional duma empresa
Chave de correcção
1) a) Os ambientes das organizações: tratamento das entradas dos ambientes gerais e da
tarefa;
b) As características das organizações: as funções executadas para obter as saídas e
resultados;
c) A tecnologia utilizada pela organização: como a organização executa as suas
tarefas;
d) Os critérios para definir a eficácia organizacional: como são comparados os
resultados almejados e alcançados.
49
Remuneração estratégica - aquela que representa um modelo de compensação que
permite premiar aqueles empregados da empresa que, por uma razão ou por outra, se
destacaram dos demais em um determinado período.
2) Levantamento;
a) Analise;
b) Avaliação;
c) Politicas de avaliação de estruturas.
50
UNIDADE 4: Planeamento Estratégico de Recursos Humanos
Introdução
A presente unidade visa introduzir ao estudante os principais fundamentos de
planeamento estratégico de recursos humanos. É importante que o estudante compreenda
os principais conceitos de planeamento estratégico para com melhor facilidade poder
dominar todas as ferramentas que serão estudadas ao longo do módulo.
De seguida será apresentado um breve historial do planeamento estratégico
Quadro estruturado com a missão, visão e planeamento de recursos humanos
Missão Visão
Planeamento estratégico
Estratégia organizacional
É definida institucionalmente
É projectada a longo prazo
Envolve toda a empresa
Estimula a aprendizagem
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Missão
Para onde queremos ir
Visão
Objectivos
O que há no ambiente O que temos na empresa
organizacionais
Estratégia organizacional
A formulação das estratégias empresariais é complexa, uma vez que a própria estratégia
está mergulhada em uma multiplicidade de factores e de componentes internos e externos.
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Estratégia
No contexto organizacional, a estratégia corresponde à capacidade de se trabalhar
continua e sistematicamente ao ajustamento da organização às condições ambientais que
se encontram em constante mudança, tendo sempre em mente a visão do futuro e a
perspectiva organizacional.
Planeamento
Significa a formulação sistemática de objectivos e acções alternativas. Também diz
respeito as implicações futuras de decisões presentes, pois é um processo de decisões
reciprocas e independentes que visam alcançar objectivos anteriormente estabelecidos.
53
Sujeito a incertezas a respeito dos eventos ambientais que reflete uma orientação
externa que focaliza as respostas adequadas às forças e pressões que estão situadas
do lado de fora da organização.
b) O planeamento estratégico é orientado para o futuro.
Seu horizonte de tempo é o longo prazo, a consideração dos problemas actuais é
dada em função dos obstáculos e barreiras que eles possam provocar para um
desejado lugar no futuro.
c) O planeamento estratégico é compreensivo.
Envolve a organização como uma totalidade, abarcando todos os seus recursos, no
sentido de obter efeitos sinergéticos de todas as capacidades e potencialidades da
organização, não deve ficar apenas no papel, mas na cabeça e no coração de todos
os envolvidos.
d) O planeamento estratégico é um processo de construção de consenso.
Devido a diversidade dos interesses e necessidades dos parceiros envolvidos, o
planeamento deve oferecer um meio de atender a todos na direcção futura que
melhor convenha para que a organização possa alcançar seus objectivos.
e) O planeamento estratégico é uma forma de aprendizagem organizacional.
Constitui uma tentativa constante de aprender a ajustar-se a um ambiente
complexo, competitivo e suscetível a mudanças.
54
estratégia corporativa, mas também se constitui, acima de tudo, no arsenal de armas
competitivas que irão transformar-se nas competências distintas da empresa.
Principal objectivo do nível funcional
Manter o bom desempenho corporativo e interatividade entre cada negócio estratégico da
organização.
Elaboração do planeamento
O primeiro passo para a elaboração do planeamento estratégico é determinar com precisão
questões básicas, primordiais como:
Quem somos?
Onde queremos chegar?
Avaliar os factores externos.
Como atingir os objectivos.
A partir daí, deve-se simular situações diversas construindo cenários, não objectivando
prever o futuro, mas sim descrever possíveis acontecimentos plausíveis que poderão
ocorrer.
55
Objectivos da unidade
Pretende-se que no fim desta unidade o estudante seja capaz de:
Orientar e reorientar os negócios e produtos da empresa de modo que gere lucros e
crescimento satisfatório.
Identificar as lacunas existentes na elaboração do plano estratégico.
Recurso de aprendizagem
56
talentos capazes de tornar a organização mais competitiva.
Talento - refere-se a aptidão natural ou habilidade adquirida que fazem com que as
pessoas se destaquem em algum tempo.
Pessoas talentosas - são aquelas que põem em prática suas competências para obter
resultados superiores para a organização, desde que, esta motive as pessoas e permita a
manifestação dos talentos.
2. Preenchimento de cargos
Uma das etapas fundamentais do processo de selecção é a entrevista, análise do C.V do
candidato, provas escritas, testes psicológicos, que se obtém o maior número de
informações sobre o candidato que pretende ocupar a vaga. A partir do processo de
recrutamento e selecção, a empresa solicitante terá a possibilidade de melhorar sua
qualidade técnica, produtiva, acarretando assim, em uma probabilidade de aumento da sua
lucratividade, pois seus colaboradores foram avaliados, conforme a cultura organizacional
e características necessárias para o cargo.
O recrutamento funciona como um processo de comunicação, pois a organização
menciona e divulga as suas oportunidades de trabalho, para depois selecionar as que
apresentam características desejáveis pela organização para o preenchimento de cargos.
(Chiavenato, 2010). Ao iniciar o processo de recrutamento é necessário que a organização
decida a natureza das vagas e as qualificações necessárias para preenchê-las.
Este planeamento ajuda a identificar o número e tipo de trabalhadores que serão precisos
57
e, desta forma, o recrutamento determina quem entra para a organização.
58
Preenchimento misto - ao considerarem-se as vantagens e desvantagens do recrutamento
interno e externo, algumas organizações acabam optando pelo processo de recrutamento
misto, a qual aborda, tanto fontes internas e externas de recursos humanos.
Vantagens Desvantagens
Mais segurança em relação a Maior investimento;
contratação; Demora no processo;
Mais dificil exercer o protocionismo; Subjectividade em relação as
preferências por alguns candidatos
internos;
59
seus processos.
Selecção
Busca seleccionar dois problemas
1º Adequação do homem ao cargo;
2º Eficiência e eficácia do homem no cargo.
A análise e divisão dos cargos, pode ser o ponto de partida para a resolução da maioria
dos problemas enfrentados pelo sector de recursos humanos, que serve para definir o
perfil do funcionário que a empresa procura para desenvolver determinada tarefa, a fim de
que se alcançam os objectivos desejados.
Os cargos são responsáveis por definir as actividades que cada ocupante deverá exercer e
a posição hierárquica na escala de comando.
Não basta apenas entender que tipo de formação o cargo exige, mas que tipo de
habilidades e atitudes o ocupante do cargo deve apresentar para ter sucesso no
desempenho de suas funções.
60
de topo e isso implica a identificação e preparação dos sucessores para poderem vir a
assumir essas responsabilidades.
Quando se atinge outro grau de sistematização e sofisticação, o planeamento pode
envolver 10% à 15% da população duma empresa, o que implica uma disciplina
organizacional enorme e uma capacidade de gerir as diferentes variáveis e as situações de
imprevisto e desvio que sempre surgem com grande flexibilidade.
Plano de desenvolvimento - é o resultado da análise dos requisitos de capacidade
profissional e pessoal exigidos para o desempenho de um cargo, confrontados com a
capacidade real dos profissionais indicados no plano de sucessão para ocuparem aquela
posição.
61
obtenção de sucesso consiste basicamente na análise do ambiente interno e externo da
empresa e formulação das metas e objectivos.
A empresa é normalmente situada num ambiente que oferece oportunidades e riscos, e,
essas informações devem ser coletadas com quantidade e qualidade adequadas para uma
boa tomada de decisões por parte de seus executivos.
Microambientais
Consumidores;
Concorrentes;
Distribuidores;
Fornecedores;
Assistência técnica
Estudar o mercado
Nesta etapa deve-se avaliar a posição/participação da empresa no mercado, os factores
internos e externos utilizando dados fidedignos e consistentes. No levantamento de dados
internos da organização, deve-se levar em consideração a trajectória da empresa, seu
modelo de gestão, sua estrutura, ambiente organizacional, seus resultados nas áreas
comercial e financeira; provenientes de suas estratégias, bem como operacionalização da
sua qualificação técnica e evolução dos seus processos produtivos. Ao se reunir e analisar
esses dados, serão obtidas conclusões dos pontos fortes e fracos da organização e deverão
ser tomadas medidas cabíveis para minimizar tais pontos francos e maximizar e explorar
os pontos fortes.
Ao analisar as informações externas, devem ser levados em consideração dados e factores
62
de fornecedores, concorrentes e clientes directos/indirectos e aspectos políticos, sociais,
económicos, entre outros que venham a causar algum efeito sobre estes e logicamente
também sobre a organização.
Estabelecer estratégias
Serão utilizadas informações de todas as etapas anteriores, visando estabelecer estratégias
focadas nas necessidades da organização em questão.
O plano estratégico de negócio conterá então diversas informações e propostas
importantes para que ocorram as melhores tomadas de decisões, tanto diante de situações
previstas como de surpresas, além de proporcionarem a existência de uma organização
sólida, capacidade, empreendedora, que age com margens de segurança e risco
devidamente equilibradas ao considerar a relação custo X beneficio X risco de cada
oportunidade vislumbrada.
A finalidade de treinamento é promover a melhoria de desempenho, capacitar o
profissional para o uso de novas tecnologias e prepará-lo para novas funções.
63
Resultados dos objectivos estabelecidos pelo plano de sucessão
Os cargos chaves e críticos assegurarão a continuidade do trabalho e o sucesso da
organização;
A organização estará prevenida para enfrentar e minimizar desafios, surpresas,
emergências e riscos, decorrentes da instabilidade do ambiente externo;
Os empregados serão preparados e habilitados com antecipação para assumirem
maiores responsabilidades, sem risco da imprevisão e do desgaste de suas
competências;
Os empregados conhecerão as oportunidades e perspectivas de carreira
profissional e saberão que a empresa utiliza critérios justos, fundamentados no
desempenho na competência e no potencial demonstrado.
4. Planos de carreiras
A carreira era vista apenas como um processo que acontece dentro das organizações.
No conceito de hall (2002), carreira é a percepção individual sobre a sequência de atitudes
e comportamentos associados às experiências de trabalho e actividades no decorrer de sua
vida.
Será em função do desempenho evidenciado e do potencial demonstrado pelos
empregados que serão estabelecidos os planos de carreira para os fazer evoluir entre a sua
situação presente e os lugares que, no futuro, podem ocupar na estrutura da empresa.
A construção de planos de carreira, constitui o reverso da medalha relativamente ao
planeamento de recursos humanos e a transposição das necessidades projectadas da
organização em recursos humanos, para o plano individual dos empregados,
perspectivando formas de lhes permitir evoluir e desenvolver-se profissionalmente de
modo a atingirem o seu potencial.
64
mesmo consiga, no médio prazo, atingir o potencial que lhe for detectado.
O conceito de carreira tem sofrido sucessivos ajustamentos com a alteração da envolvente
de negócios e das estruturas organizacionais que lhe servem de suporte.
Fazer carreira significa subir na hierarquia e o potencial dos empregados era avaliado pela
sua capacidade ascensional dentro da pirâmide organizacional.
É essencial que a gestão dos planos de carreira seja feita de forma coordenada e, na
maioria dos casos, conduzida pelo departamento de recursos humanos, mas em sintonia e
com o apoio imprescindível do presidente da empresa.
65
Estabelecimento de orientações uniformes para o desenvolvimento de carreiras,
em todos os sectores;
Implementação generalizada de ferramentas para gerir esses desenvolvimentos;
Assegurar a consistência interfuncional do exercício;
Aumentar a satisfação profissional e reduzir a rotação de pessoas chaves.
66
Transferência;
Acções de apoio específico ao desenvolvimento de certos comportamentos ou
aptidões de fraca classificação;
Calendarização rigorosa destas acções.
Contextualização da carreira
As empresas sofreram nas últimas décadas o impacto das mudanças provocadas pela
globalização, tecnologias e diversidades no ambiente do trabalho. O principal fenómeno
que intensifica os debates sobre carreiras é a pressão que um mercado cada vez mais
competitivo e globalizado faz sobre as empresas, começando dentro das empresas os
movimentos por qualidade total, trabalho em equipa e automação das linhas de produção.
A literatura especializada em carreira dedica-se em ajudar as pessoas a planear e escolher
a carreira e a entender o mercado de trabalho. (Dutra, 2002)
A internet e o celular encurtam distâncias, flexibilizam a jornada de trabalho, rompem as
fronteiras das empresas e das carreiras, considerando este novo contexto, as novas
carreiras, são definidas como uma serie de experiências relevantes que uma pessoa
acumula ao longo da vida, seja dentro ou fora da organização (Sullivan;
Baruch, 2009). Essa definição é uma tentativa de reconhecer que as carreiras são
moldadas por movimentos físicos (como a troca de emprego ou de empregador) e pela
interpretação que o indivíduo dá aos eventos relacionados a ela (o facto de ver a demissão,
por exemplo, como uma derrota ou a oportunidade de um novo começo).
5. Plano de avaliação
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A lógica da engrenagem do funcionamento do sistema empresarial configura a
empregabilidade baseada na escolha de colaboradores com perfil adequado as funções e
cargos que venham assumir com o objectivo de perpetuação do sistema de optimização de
rendimento. Diante desta perspectiva, os requisitos para o entendimento de um
funcionário padrão tornam-se cada vez mas científicos e baseados no sistema de
avaliação, que fazem com que este possa ser desenvolvido da melhor forma possível para
dar conta de suas atribuições.
A avaliação de desempenho tem como objectivo a adaptação do colaborador ao cargo,
identificação das necessidades de treinamento, promoções e incentivos salariais aos bons
desempenhos, melhoria nos relacionamentos hierárquicos, aperfeiçoamento de pessoal,
estimulo a produtividade, feedback para o colaborador avaliado, e informações para
tomadas de decisões.
De acordo com o planeamento da selecção, avaliam-se as características do cargo, define-
se o perfil do candidato e a partir desses resultados podemos adoptar a melhor estratégia.
Actualmente têm agências on-line, que oferecem seus serviços pela internet, informando
os candidatos recrutados através de um sistema on-line. Outra alternativa é a contratação
de uma única pessoa que vai convidar candidatos que estejam trabalhando ou não para
juntar-se a organização.
O C.V. é a primeira, e por vezes a única, impressão que um empregador potencial tem de
um candidato, corresponde a uma das primeiras fases do processo de selecção.
Nessa avaliação, há um conjunto de constatações empíricas que podem ser uteis, como é o
caso das seguintes:
A rotação de pessoal baixa, à medida que a idade ou anos de serviço aumentam;
A rotação tende a ser mais elevada entre as mulheres do que nos homens com o
mesmo nível de qualificação;
68
A rotação é maior no pessoal com nível de qualificação mais baixo;
A rotação vária na razão inversa da taxa de desemprego.
Tipos de testes
Testes de conhecimento geral - objectivam levantar a cultura geral do candidato.
Técnicas vivenciais - são técnicas que exigem resposta a situações estruturada, de tal
forma que os candidatos interajam e participem activamente delas.
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Entrevistas
Não estruturadas - quando o entrevistador esta livre para cobrir qualquer tema.
Final ou decisão - é conduzida pelo gestor pelo qual o profissional trabalhará e definirá
qual profissional será seleccionado.
70
passado.
Comportamento do entrevistado
A conversa pode ser formal, começando por lhes perguntar como foi o trânsito, se
a localização da empresa foi fácil;
Mostrar simpatia;
O local da entrevista deve ser numa sala reservada, para evitar que o candidato se
sinta inibido com a presença de outras pessoas;
Nunca chegar atrasado ou com os papéis desorganizados;
Ter em sua posse os C.V. e outros documentos do candidato para evitar que
confunda os candidatos;
Permitir que o candidato tire algumas dúvidas sobre o processo;
Que o candidato conheça um pouco da organização buscando na net;
Conhecer a si mesmo;
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Ir bem apresentado;
Evitar falar sobre os problemas pessoais;
Ter transparência, objectividade;
Falar sobre a experiência anterior;
Não falar de salario, benefícios e férias;
Enviar um email de agradecimentos pela entrevista.
A necessidade de preparação do entrevistador para que a entrevista não seja distorcida por
uma má condição, fazendo com que os resultados sejam comprometidos devido a uma
falha do candidato.
6. Planos de recompensas
Uma certa visão, a gestão de cargos e salários aliadas ao sistema de avaliação
desempenho e ao plano de carreira formam um processo de recompensas salariais e se
complementam dentro deste sistema.
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Na abordagem tradicional
As pessoas são motivadas exclusivamente por incentivos salariais, financeiros e materiais,
remuneradas pelo tempo e não pelo desempenho e obedece padrões rigidos e imutáveis,
atende a processos padronizados de avaliação de cargos dentro de uma politica de
generalização que se aplica a todos os funcionários indistintamente sem levar em conta
suas diferenças individuais e desempenho.
Na abordagem moderna
São motivadas por variedade de incentivos (salários, metas a atingir, satisfação no cargo e
na organização , necessidade de auto realização, etc), e obedece esquemas flexiveis e
atende a processos personalizados dentro de uma politica adeguada as diferenças
individuais entre as pessoas e seus desempenhos.
Recompensas organizacionais
Representam um custo para a organização, logo é preciso analisar a relação entre custos e
beneficios de seus sistemas de recompensas, pois devem trazer retorno à organização,
além de incentivar as pessoas a fazer contribuiçòes a ela (Chiavenato, 2008)
Recompensas Financeiras
Segundo Chiavenato (2008), essas recompensas subdividem-se em:
Directas - que corresponde ao salário directo, prémios e comissões.
Indirectas - decorrente de acordos de trabalho e do plano de beneficios e serviços
sociais oferecido pela organização (férias, gratificações, gorgentas, horas extras,
13º, adicionais e decorrências financeiras dos serviços concedidos e oportunidade
de desenvolvimento, reconhecimento, auto-estima,qualidade de vida no trabalho,
orgulho da empresa, promoções, liberdade e autonomia no trabalho (Chiavenato,
2008)
Recompensas extrínsecas
Segundo Lawler (1989, citado por Silva, 2008), as recompensas podem ser o salário, os
benefícios, os incentivos e o símbolo de estatuto.
73
envolvimento, clima organizacional, estilo de gestão, desenho funcional, oportunidade de
desenvolvimento profissional, autonomia e responsabilidade.
São componentes de natureza imaterial que conferem a motivação e estão intimamente
ligados ao trabalho realizado.
Ex: responsabilidade, autonomia, crescimento pessoal e progressão de carreira. Este tipo
de recompensa gera envolvimento e cria identificação entre o trabalhador e a empresa,
pois dão sentido a importância do trabalho que fazem.
74
Leituras Obrigatórias
1. ALMEIDA, W. Captação e selecção de talentos. Com foco em competências.
São Paulo, 2ª edição, 2009.
2. ARAÚJO, L.C.G. ; GARCIA, A.A. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas, 2010
3. BOHLANDER, G.; SNELL, S. Administração de recursos humanos. São Paulo,
Cengage Learning. 2009
4. DUTRA, J. S. Gestão de Carreiras na empresa contemporânea. São Paulo, Atlas,
2010.
5. CAMARA et al. Novo Humanator., Publicações Dom Queixote, Portugal, 2007.
6. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos o Capital Humano das
Organizações, 9ª Edição. 2009.
7. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro, Campus, 2004.
8. FISHER, A.L.; DUTRA, J.S.; AMORIM, W.A.C. Gestão de Pessoas. São Paulo,
Atlas, 2010.
9. LUCENA, M. D. da S. Planejamento de Recursos Humanos. São Paulo, Atlas,
2010.
10. MASCARENHAS, A.O. Gestão estratégica de pessoas. São Paulo, CENGAGE
Learning , 2008.
11. ULRICH, D. Os Campeões de Recursos Humanos. Inovando para obter os
melhores resultados. São Paulo, Futura, 2008.
12. WOOD JR., T.; FILHO, V.P. Remuneração e Carreira. São Paulo, Atlas, 2011
13. SILVA, Mário Celso Marcondes. Competências e Resultados em Planejamento
de Recursos Humanos-um factor diferencial da empresa moderna, 2ª ed, Rio de Janeiro.
2003.
Resumo da Unidade
Nesta unidade, para melhor compreensão e enquadramento do módulo, abordamos os
principais fundamentos de planeamento estratégico de recursos humanos. Onde vimos
que como ferramenta auxilia o gerenciamento das empresas dentro do mercado
extremamente competitivo, que ora se apresenta e orienta para que seja possível alcançar
seus objectivos, seja através da produção de bens ou de oferecimento de serviços.
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A formulação das estratégias empresariais é complexa, uma vez que a própria estratégia
está mergulhada em uma multiplicidade de factores e de componentes internos e
externos.
Tarefas
Com o objectivo de consolidar os conhecimentos adquiridos na Unidade 4, responda de
uma forma concisa as seguintes questões:
1) Mencione a importancia do planeamento estratégico organizacional.
2) Fale das caracteristicas do planeamento estratégico.
3) Diferencie competência e talento.
4) Diga quais são os resultados dos objectivos estabelecidos pelo plano de sucessão.
5) Mencione a metodologia recolhida nas projecções a médio e londo prazo.
Auto-avaliação
Caso
Chiavenato lembra que o papel do administrador varia de acordo com o nível
organizacional em que está alocado. No nível intermediário, o administrador precisa ...
a) Ter visão para entender como as organização funciona no dia-a-dia.
b) Possuir visão estratégica para definir a missão, os objectivos fundamentais e o
futuro do negócio.
c) Conhecer os procedimentos necessários para que as acçòes planeadas se cumpram
efectivamente.
d) Ter visão tática para traduzir as missões e os objectivos da organizaçào em acções
que possam ser executadas.
Escolhe e comete a alínea com a combinação certa.
Chave de correcção
1) Como ferramenta auxilia o gerenciamento das empresas dentro do mercado
76
extremamente competitivo, que ora se apresenta;
Orienta a empresa para que seja possível alcançar seus objectivos, seja através da
produção de bens ou de oferecimento de serviços.
77
organização;
A organização estará prevenida para enfrentar e minimizar desafios, surpresas,
emergências e riscos, decorrentes da instabilidade do ambiente externo;
Os empregados serão preparados e habilitados com antecipação para assumirem
maiores responsabilidades, sem risco da imprevisão e do desgaste de suas
competências;
Os empregados conhecerão as oportunidades e perspectivas de carreira
profissional e saberão que a empresa utiliza critérios justos, fundamentados no
desempenho na competência e no potencial demonstrado.
5) Projecções feitas pelos responsáveis funcionais, para o quadro de pessoal de que
irão carecer em cada um dos anos do ciclo de planeamento;
A extrapolação das necessidades de pessoal com base na resolução das
necessidades no passado, o que comporta margens de erro substanciais, tendo em
conta novas tecnologias disponíveis, diferentes perfis de aptidões, acréscimo de
produtividade;
A utilização de estudos sectoriais que podem, de forma detalhada e enfocada
perspectivar a evolução do sector de actividades em que a empresa actua e que
pode ser significativamente diverso da nacional;
Previsão baseada em aumentos de produtividade, o que sendo uma aproximação
interessante, também é parcelar e não abarca todas as variáveis relevantes.
78
UNIDADE 5: Modelos de Planeamento de Recursos Humanos
Introdução
A presente unidade visa introduzir ao estudante os principais fundamentos de modelos de
planeamento de recursos humanos. É importante que o estudante compreenda os principais
conceitos dos modelos para com melhor facilidade poder dominar todas as ferramentas que
serão estudadas ao longo do módulo.
Existem vários modelos de recursos humanos. Alguns são genéricos e abrangem toda a
organização, enquanto outros são específicos para determinados níveis ou unidades
organizacionais.
A discussão do modelo de construção do planeamento de recursos humanos, evidenciara à
partida duas questões importantes:
1º Tem a ver com o facto de que o plano, para ser viável, precisa de ter o apoio da gestão do
topo, porque exige grande disciplina organizacional e condiciona a liberdade de decisão dos
gestores de linha;
2º É um corolário de que antecede, a responsabilidade pela construção do planeamento de
recursos humanos, centralizada, para permitir o seu desenvolvimento equilibrado e
harmonioso, garantindo a coordenação e sinergias interfuncionais nele implícitas.
O recrutamento e selecção são sub-sistemas de administração de recursos humanos e envolve
5 modelos de administração que veremos mas adiante. É importante que o processo de gestão
de recursos humanos o planeamento, recrutamento e a selecção de recursos humanos,
relacionando-se com o ambiente organizacional através do convívio com o mercado de
trabalho e de recursos humanos, a oferta e a procura de indivíduos aptos para o mercado de
trabalho que são regulados pela lei.
79
Modelo que se propoe para a elaboração de um planeamento de recursos humanos
Estrutura de um plano de recursos humanos
Fase 3
Plano de RH,
recrutamente, formação,
planos de carreira, horas
extras, salários
Recrutamento e Revisão das previsões de
necessidade de produção, produtividade
formação
Previsão de mão-de-
obra
Fase 2 Fase 1
Oferta Plano de Procura
Previsão de
Análise de RH negócios Projecção das
Vendas/prod.
disponíveis Da empresa necessidades de
Projecção da oferta pessoal
Alteração de
horários e Influências da Utilização de Produtividade
condições de envolvete Mão-de-obra esperada
trabalho
Análise do perfil do
pessoal existente
80
necessárias.
Objectivos da unidade
Pretende-se que no fim desta unidade o estudante seja capaz de:
Identificar os diversos tipos de modelos de planeamento de recursos humanos;
Compreender as diversas actuações e complexidades de cada modelo de
planeamento de recursos humanos;
Recurso de aprendizagem
81
necessidade de pessoal, em seguida estabelecer o nível histórico e futuro para cada
factor e determinar os níveis históricos da força de trabalho para cada unidade e
finalmente projectar os níveis futuros da força de trabalho para cada unidade (nível
de vendas, volume de produção e o plano de expansão);
Seleccionar um factor estratégico para cada área funcional da empresa proporcionalmente
as necessidades de mão-de-obra.
82
4. Modelo baseado no fluxo de pessoal
Análise histórica de entradas, saídas, promoções, transferências internas que permite uma
predição de curto prazo das necessidades de pessoal na organização.
É um modelo que mapeia o fluxo das pessoas para dentro e fora da organização, adequado
para empresas conservadoras e que não pretendem aumentar seus serviços, pode antecipar
as consequências de contingências, como a política de promoções da organização,
aumento da rotatividade ou dificuldade de recrutamento e analisar a quantidade de
pessoas que deixam a organização e as que foram promovidas e permitir planear quantas
pessoas deverão ser admitidas para manter a estabilidade do sistema.
Trata-se de um modelo vegetativo e conservador adequado para a organizações estáveis e
sem planos de expansão.
83
Absenteismo.
Leituras Obrigatórias
14. ALMEIDA, W. Captação e selecção de talentos. Com foco em competências.
São Paulo, 2ª edição, 2009.
15. ARAÚJO, L.C.G. ; GARCIA, A.A. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas, 2010
16. BOHLANDER, G.; SNELL, S. Administração de recursos humanos. São Paulo,
Cengage Learning. 2009
17. DUTRA, J. S. Gestão de Carreiras na empresa contemporânea. São Paulo, Atlas,
2010.
18. CAMARA et al. Novo Humanator., Publicações Dom Queixote, Portugal, 2007.
19. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos o Capital Humano das
Organizações, 9ª Edição. 2009.
20. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro, Campus, 2004.
21. FISHER, A.L.; DUTRA, J.S.; AMORIM, W.A.C. Gestão de Pessoas. São Paulo,
Atlas, 2010.
22. LUCENA, M. D. da S. Planejamento de Recursos Humanos. São Paulo, Atlas,
2010.
23. MASCARENHAS, A.O. Gestão estratégica de pessoas. São Paulo, CENGAGE
Learning , 2008.
24. ULRICH, D. Os Campeões de Recursos Humanos. Inovando para obter os
melhores resultados. São Paulo, Futura, 2008.
25. WOOD JR., T.; FILHO, V.P. Remuneração e Carreira. São Paulo, Atlas, 2011
26. SILVA, Mário Celso Marcondes. Competências e Resultados em Planejamento
de Recursos Humanos-um factor diferencial da empresa moderna, 2ª ed, Rio de Janeiro.
2003.
Resumo da Unidade
Nesta unidade, para melhor compreensão e enquadramento do módulo, abordamos os
principais fundamentos de modelos de planeamento de recursos humanos. Onde vimos
que alguns modelos são genéricos e abrangem toda a organizaçào, enquanto outros são
especificos para determinados níveis ou unidades organizacionais.
Cada um dos modelos tem grande impacto na pesquisa interna na difinição das pessoas
necessárias para a organização.
Tarefas
Com o objectivo de consolidar os conhecimentos adquiridos na Unidade 5, responda de
uma forma concisa as seguintes questões:
1) Indique a ferramenta utilizada no modelo baseado na procura estimada de produto
serviço.
2) Em que consiste o modelo baseado em segmentos de cargos.
84
3) Modelo baseado na substituição de postos-chaves.
a) Cada funcionario é classificado em três alternativas de promovibilidade. Indique-
as.
b) Como é avaliado cada funcionário no seu desempenho?
4) Define o modelo baseado no fluxo de pessoal.
5) Em que consiste a previsão de insumos humanos?
Auto-avaliação
Caso
Analise cada um dos modelos, dando exemplo com uma determinada empresa.
Chave de correcção
1) Este modelo utiliza previsões ou extrapolações de dados históricos e está voltado
predominantemente para o nível operacional da organização;
Necessidades de pessoal
b) Desempenho excepcional;
Desempenho satisfatório;
85
Desempenho regular;
Desempenho fraco.
4) É um modelo que mapeia o fluxo das pessoas para dentro e fora da organização,
adequado para empresas conservadoras e que não pretendem aumentar seus
serviços, pode antecipar as consequências de contingências, como a política de
promoções da organização, aumento da rotatividade ou dificuldade de
recrutamento e analisar a quantidade de pessoas que deixam a organização e as
que foram promovidas e permitir planear quantas pessoas deverão ser admitidas
para manter a estabilidade do sistema.
86
UNIDADE 6: Decisões Estratégicas
Introdução
A presente unidade visa introduzir ao estudante os principais fundamentos de decisões
estratégico de recursos humanos. É importante que o estudante compreenda os principais
conceitos para com melhor facilidade poder dominar todas as ferramentas que serão
estudadas ao longo do módulo.
Organização como um sistema de decisões. Segundo Chiavenato, 7ª edição P.348, o
comportamento humano nas organizações é visualizado de maneira diferente pelas várias
teorias de administraçào.
a) Teoria Classica da administraçào - considera os individuos como participantes
da organizaçào, cujo a produtividade varia e pode ser elevada mediante incentivos
financeiros (remuneração de acordo com a produçào), e condições fisicas
ambientais do trabalho favoráveis posição simplista e mecânica.
b) Teoria das relações humanas - considera os individuos como participantes da
organização, como possuidores de necessidades, atitude, valores, objectivos
pessoais que precisaram de ser identificados, estimulados e compreendidos, para
obter sua participaçào na organização, condição básica para eficiência e posição
limitada.
c) Teoria Comportamental - os individuos que participam na organização
percebem, raciocinam, agem e decidem a sua participaçào ou não-participação na
organização como tomadores de opiniões e decisões.
87
de sucesso nos seus projectos profissionais e pessoais.
88
2º Obter informação sobre a situação, o administrador houve pessoas, pede relatórios,
observa pessoalmente, lê sobre o assunto, verifica antecedentes e factos passados.
3º Gerar soluções ou cursos alternativos de acção e o estágio de desenvolvimento
alternativas de solução, contudo avalia-las ou verificar sua viabilidade.
4º Avaliar as alternativas e escolher soluçòes ou curso de acção preferido.
5º Todos os casos, quanto maior o número de alternativas a desenvolver, melhor.
Objectivos da unidade
Pretende-se que no fim desta unidade o estudante seja capaz de:
Identificar o empregado de elevado potencial
Avaliar o impacto de cada um dos empregados de elevado potencial;
Analisar e tomar decisão dos empregados de elevado potencial;
Recurso de aprendizagem
Escolher a alternativa que melhor serve aos objectivos delineados. A opção de manter a
estratégia em vigor por vezes é a melhor decisão que nunca deve ser desconsiderada uma
vez que busca o avanço.
O recurso humano é uma área que trabalha com os aspectos relativos ao elemento humano
nas organizações. Segundo Milkovich e Boudreau (2006,19), a administração de recursos
humanos é entendida como uma série de decisões integradas que formam as relações de
trabalho, sua qualidade influência directamente a capacidade da organização e de seus
empregados em atingir seus objectivos.
A identificação dos empregados de elevado potencial é uma pré-condição para a
construção de planos de carreira uma vez que, estes são selectivos e só se aplicam a um
número limitado de pessoas, dentro da organização. Essa identificação é feita em duas
fases distintas, embora usando ferramentas semelhantes:
1ª Apuram-se aqueles empregados que tem elevado potencial e que constituem um
89
recurso no planeamento de recursos humanos do sector (departamento, equipa, unidade
estratégica de negócio), em que se inserem;
2ª Entre esses empregados de elevado potencial são, em cada sector escolhidos os 50%
mais pontuados, os quais serão incluídos num exercício que de modo global, apurará esses
empregados que são um activo de toda a empresa (ranking global).
Vendas - consiste na apetência dos titulares por contactos interpessoais na sua capacidade
de negociação, na resistência ao stress que estão reflectidos nas dimensões
comportamentais que são:
A visão helicóptero;
A persuasão, que demonstra a capacidade de convencer;
A tenacidade, que é a energia necessária para levar um plano ao erro;
A resistência ao stress, capacidade de suportar uma reacção do organismo (física e
mental). Estabilidade na produtividade quando a trabalhar sob pressão e perante
constrangimentos, desilusões ou rejeições. Capacidade de manter a eficiência
perante situações de stress (pressões em termos de tempo ou ambiguidade de
90
funções).
Carreira tradicional - é aquela pela qual o empregado faz uma troca com a organização:
ele se dedica e é fiel e, como recompensa recebe segurança e estabilidade.
91
Carreira Proteana - descreve um cenário no qual a pessoa, e não a organização passa a
ter o controlo da carreira, fala de um profissional flexível, que valoriza a liberdade,
acredita em aprendizado constante e procura recompensas intrínsecas ao trabalho.
Carreira sem fronteira - aquela que é capaz de destruir a hierarquia, romper com os
degraus dos organogramas, terciarizar o que não é sua competência principal e se
encontrar naquilo que faz de melhor.
92
Carreira tradicional foram desenvolvidas em paralelo, num mesmo contexto de
transformações económicas, sociais e tecnológicas, carreira proteana e sem fronteira
definem atitudes das pessoas, e não são traços de personalidade ou diferenças individuais.
Os planos de carreira assentam na identificação do potencial dos empregados, o que passa
pela utilização de um conjunto de ferramentas.
93
As dimensões comportamentais avaliadas podem ter peso diferenciado, consoante a sua
importância. Mediante as políticas de recursos humanos as empresas procuram
estabelecer uma comunicação com os seus empregados, e de certa forma, também
influenciar o comportamento e o envolvimento deles na organização. Essas politicas e
praticas de administração de recursos humanos associados a aquisição de conhecimentos
internos e externos à empresa, assim como a geração, difusão e armazenamento de
conhecimentos na empresa. Destacam-se as seguintes actividades:
Melhorar a capacidade das organizações, atrair e manter pessoas com habilidades,
comportamentos e competências de conhecimento;
Estimular comportamentos alinhados com os requisitos dos processos individuais
e colectivo de aprendizado ao fortalecimento de suas competências.
Ranking funcional, o painel é constituído pelas chefias dessa função e conduzido por um
técnico de recursos humanos. Uma pré-condição para que um empregado participe no
exercício é que seja conhecido de, pelo menos, dois membros do painel em situação de
trabalho, evitando assim, que só uma pessoa possa emitir parecer fundamentado sobre o
avaliado.
94
Ranking global
Neste exercício participam os 50% mais bem classificados em cada exercício funcional. A
razão de ser deste ranking, a nível da empresa é permitir numa perspectiva macro,
identificar deficiência ou ganho maior de quadros em cada uma das carreiras classificadas
e orientar o seu desenvolvimento em conformidade.
O painel que dirige o exercício global é composto pelo presidente e membros do conselho
de gerência da empresa. Na condução do exercício, o painel começa por repartir
empiricamente o grupo, que é em geral muito numeroso pelas 4 carreiras classificadas.
Um quadro pode figurar simultaneamente em mais de uma carreira classificada e lhe
forem, a priori, encontradas aptidões para tal.
95
para o seu desenvolvimento futuro, processo este pelo qual a organização identifica em
que medida o desempenho de cada trabalhador contribui para satisfazer os objectivos
estratégicos e atingir os resultados da organização.
Com base em tais exercícios é estruturado um plano de evolução dos melhores
empregados (10% a 15%) que poderá envolver formação para o desenvolvimento,
mudança de função ou posto de trabalho, expatriação ou outras medidas que lhes
permitam desenvolver-se rapidamente e adquirir a maturidade necessária para ocupar os
postos que a empresa carece de preencher, a médio prazo. A divulgação aos interessados
do potencial que lhes foi atribuído e da curva de carreira planeada deve ser efectuada com
reservas, de modo a não criar expectativas impossíveis de cumprir.
96
organização em relação a um novo colaborador sem experiência, onde o primeiro
faz o aconselhamento e orientação de carreira.
Leituras Obrigatórias
1. ALMEIDA, W. Captação e selecção de talentos. Com foco em competências.
São Paulo, 2ª edição, 2009.
2. ARAÚJO, L.C.G. ; GARCIA, A.A. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas, 2010
3. BOHLANDER, G.; SNELL, S. Administração de recursos humanos. São Paulo,
Cengage Learning. 2009
4. DUTRA, J. S. Gestão de Carreiras na empresa contemporânea. São Paulo, Atlas,
2010.
5. CAMARA et al. Novo Humanator., Publicações Dom Queixote, Portugal, 2007.
6. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos o Capital Humano das
Organizações, 9ª Edição. 2009.
7. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro, Campus, 2004.
8. FISHER, A.L.; DUTRA, J.S.; AMORIM, W.A.C. Gestão de Pessoas. São Paulo,
Atlas, 2010.
9. LUCENA, M. D. da S. Planejamento de Recursos Humanos. São Paulo, Atlas,
2010.
10. MASCARENHAS, A.O. Gestão estratégica de pessoas. São Paulo, CENGAGE
Learning , 2008.
11. ULRICH, D. Os Campeões de Recursos Humanos. Inovando para obter os
melhores resultados. São Paulo, Futura, 2008.
12. WOOD JR., T.; FILHO, V.P. Remuneração e Carreira. São Paulo, Atlas, 2011
13. SILVA, Mário Celso Marcondes. Competências e Resultados em Planejamento
de Recursos Humanos-um factor diferencial da empresa moderna, 2ª ed, Rio de Janeiro.
97
2003.
Resumo da Unidade
Nesta unidade, para melhor compreensão e enquadramento do módulo, abordamos as
principais decisões de planeamento de recursos humanos. Onde vimos que como
ferramenta auxilia o gerenciamento das empresas dentro do mercado extremamente
competitivo, que ora se apresenta e orienta para que seja possível alcançar seus
objectivos, seja através da produção de bens ou de oferecimento de serviços, como ja se
tinha falando na quarta unidade.
O processo decisório é o caminho mental que o administrador utiliza para chegar a uma
decisão que pode ser aplicavel a todos os problemas dentro do domínio organizacional.
Tarefas
Com o objectivo de consolidar os conhecimentos adquiridos na Unidade 6, responda de
uma forma concisa as seguintes questões:
1) Indique a semelhança existente entre a gestão de pessoas, vendas, consultoria e
gestão de projectos, definido-o.
2) Caracterize a variavel da carreira proteana e sem fronteira.
3) Em que consiste o exercicio de ranking.
4) Fale da constituição do rankink funcional.
5) Quais são os elementos que se destacam no desenvolvimento individual para
ajudar a melhorar o desempenho dos empregados conduzindo-o ao sucesso da
empresa.
6) O plano de desenvolvimento individal responde a 4 questões. Indique-as.
Auto-avaliação
Caso
Indique e comete dando exemplos das fases distintas para a identificação de elevado
potencial.
98
Chave de correcção
1) A semelhança é que todos tem as suas dimensões na visão helicoptero.
Visão helicóptero - capacidade e predisposição para:
Analisar os problemas na globalidade, dando simultaneamente atenção em função
de uma visão pessoal;
Posicionar factor e problemas dentro de um contexto mais vasto, detectando
imediatamente as inter-relações relevantes com sistemas mais gerais.
99
5) Formação (processo de médio e longo prazo), preparar o colaborador para
desempenhar com competência, zelo, eficácia e eficiência as tarefas do cargo que
ocupa na organização e adopta-lo de habilidades que melhorem continuamente a
sua performance;
Estilo gerencial, o líder ajuda todo o seu pessoal a dar o melhor de si elevando o seu
nível de competências e o seu desempenho pessoal e profissional seja na perspectiva de
desenvolver novas competências ou aprimorar as actuais;
Aconselhamento, cuidar dos problemas de pessoal quando surgem;
Acompanhamento, é reservado aos empregados mais talentosos e antigos da
organização em relação a um novo colaborador sem experiência, onde o primeiro faz o
aconselhamento e orientação de carreira.
100
UNIDADE 7: Factores que intervem no planeamento de recursos humanos
Introdução
A presente unidade faz menção o que foi referido na ultima unidade que visa introduzir ao
estudante os principais factores que intervem no planeamento de recursos humanos sendo
eles o abseteísmo, a rotatividade de pessoal e as mudanças da força de trabalho. É
importante que o estudante compreenda os principais conceitos de cada um dos factores
com melhor facilidade poder dominar todas as ferramentas que serão estudadas ao longo
do módulo.
O abseteísmo é a frequência ou a duração do tempo perdido quando os empregados não
vêm ao trabalho (Chiavenato, 2004, p.86). As causas do abseteísmo foram estudadas e
chegou-se a conclusão que ele é afectado pela capacidade profissional das pessoas e pela
motivação para o emprego, além dos factores internos e externos ao trabalho.
A rotatividade de pessoal é o resultado da entrada de novos funcionários e da saida de
outros. O desligamento pode ser por iniciativa do funcionário ou por iniciativa da
organização. No 1º caso o desligamento pode ocorrer por insatisfação do funcionário com
a organização ou pela visualização de oportunidades mais atractivas em outras empresas.
No 2º caso a empresa decide desligar o funcionário por vários motivos: necessidade de
redução da força de trabalho, substituição por outro mais adequado as suas necessidades.
As mudanças na força de trabalho também é um factor de interferência no planeamento de
recursos humanos, que afecta directamente as pessoas que nelas trabalham. A principal
consequência dessas mudanças é a falta de pessoas habilitadas para desenvolver estas
novas funções que estão surgindo.
Objectivos da unidade
Pretende-se que no fim desta unidade o estudante seja capaz de:
Analisar os factores que intervem no planeamento de recursos humanos;
Avaliar o impacto desses factores na organização;
Definir os melhores metodos para a sua aplicação;
101
Recurso de aprendizagem
102
uma forma de fuga motivada pelo baixo salário, clima laboral ruim ou outras
circunstâncias geradoras de insatisfação. Faltas significam muitas vezes que algo não esta
bem e que precisa de acções semeadoras para o problema. Dessa maneira, têm-se
intervenções em curto prazo, orientadas preferivelmente a penalizar as situações
fraudulentas acontecidas na organização e acções em médio e longo prazo, muito mais
relacionadas com a humanização das tarefas em todos os seus aspectos. Além de aumentar
os custos para a empresa, o absenteísmo aumenta o custo para a providência social, com
repasse das despesas a sociedade, reduz a produtividade da empresa com tomada de
acções e medidas reactivas e focadas para compensar essa perda inicial, propicia também
a sobrecarga dos trabalhadores que permanecem em seus postos de trabalho.
Absenteísmo não médico - entende-se por outras causas não relacionado com doença ou
comprometimento da saúde do próprio trabalhador, aspectos motivacionais existentes nos
ambientes de trabalho, os quais podem determinar o sucesso ou não das medidas
correctivas a serem aplicadas.
Conceitos de Absentismo
É o conjunto das ausências intencionais e de carácter repetitivo do trabalhador.
Refere-se a atrasos, faltas e saídas antecipadas no trabalho, de maneira justificada ou
injustificada ou ainda aquelas justificáveis.
Para Chiavenato (1999), absentismo ou ausentismo é o tempo de trabalho perdido quando
um trabalhador não desempenha as suas funções, seja por falta, atraso ou qualquer outro
motivo.
103
Para Costa (1971), Chiavenato e Mallada (2011), absentismo pode ser descrito como um
período em que um trabalhador de qualquer área fica ausente de suas tarefas seja ele por
motivos de doença ou particular.
Para Robbins (2002, p.20), absenteísmo é o não comparecimento do funcionário ao
trabalho.
Essas faltas podem ser explicadas como sendo voluntária ou involuntária como citado em
Mallada (2011).
Tipos de Absenteísmo
O absenteismo por doença é considerado como mais importante dos diversos tipos, devido
ao volume de ausências que acarreta. Contudo, segundo couto, podem ser classificados
vários, tais como:
a) Absenteismo voluntário - é a ausência do trabalhador por razões particulares (não
justificadas);
b) Absenteismo por doença - que são diagnosticados por procedimentos médicos.
c) Absenteismo por patologia profissional - ausência por acidente de trabalho ou
doenças profissionais.
d) Absenteismo legal - falta ao serviço amparado por lei.
104
e) Absenteismo compulsório - ausência por imperativo de ordem legal, ainda que o
trabalhador não deseje.
Variaveis do absenteismo
a) Variável Sexo, Nogueira (1980), as falta são mais alevadas em mulheres.
b) Variável idade, ao contrário do que se espera por se imaginar que jovens são mais
sadios que os idosos, diversas pesquisas mostram que é ao contrário, que o
absenteismo entre os jovens é maior quando comparado com os velhos (Robbins
1999).
c) Variável estado civil, Robbins (1999, p.30), revela que os casados tem menos
falta, pois o casamento impõe responsabilidade que pode tomar o emprego fixo,
mais valioso e importante.
d) Variável trabalho em turno, o absenteismo na chamada jornada 3 turnos.
e) Variável dia de semana, maior nº de licencas nas 2ª e 6ª feiras.
Para calcular o custo total das ausências, pode-se incluir todos os dias de trabalho
perdidos, por qualquer motivo (dias de afastamento por férias, doença, maternidade,
acidentes de trabalho e licenças de todas as espécies). Pode-se também calcular as
chamadas presenças pobres, que incluem apenas aquelas ausências que os empregados
podem controlar pessoalmente (como faltas ou atrasos por motivos particulares,
perfeitamente evitáveis).
O índice do absenteísmo pode ser mensal ou anual.
105
Alteração da quantidade e qualidade do que é produzido;
Perdas financeiras;
Maior custo de produção, prejuízo na imagem institucional, redução do periodo de fruição
de férias devido as faltas injustificadas, impacto na avaliação desempenho, perda de
oportunidades e desenvolvimento, sobrecarga de trabalho, insatisfação dos clientes,
aumento de reclamaçòes, perca de confiança na empresa.
Efeitos ou consequências do absenteísmo para o colaborador
Penalizações;
Descontos salariais;
Perda de prestigio ou admiração por parte da entidade empregadora e colegas;
Despromoções;
Despedimentos;
Perda de noção do trabalho em equipe e insatisfaçào, redução na renda familiar,
insegurança na possibilidade de perder o emprego, doença de origem psicologica.
Custos
Cultura, gera resistência;
Estrutura, gera ansiedade, recursos, frustrações;
Estratégia, múltiplos obstáculos.
Causas do absenteísmo
É difícil definir com precisão as causas do absentismo, visto que é um tema bastante
complexo, pois existem alguns efeitos que podem constituir a base para o absentismo.
Nem sempre as causas do absentismo estão no próprio empregado, mas na organização,
na supervisão deficiente, no empobrecimento das tarefas, na falta de motivação, nas
106
condições desagradáveis de trabalho, entre outras causas tais como:
Doença efectivamente comprovada;
Doença não comprovada;
Razões diversas de caracter familiar;
Atrasos involutários por motivo de força maior;
Faltas voluntárias por motivos pessoais;
Dificuldades e problemas financeiros;
Problemas de transporte;
Baixa motivação para trabalhar;
Supervisão preçaria da chefia;
Politicas inadequadas da organização.
As causas do absentismo foram estudadas e chegou-se a conclusão que ele é afectado pela
capacidade profissional das pessoas e pela motivação. Essas causas quando não abordadas
e resolvidas apropriadamente, certamente poderão produzir danos ao individuo gerando, o
surgimento de comprometimento psíquico, podendo vir a se tornar causas de absenteísmo
médico.
107
impostas pelo trabalho e a capacidade de resposta do indivíduo;
Medidas reintegrativas orientadas para a reintegração e reabilitação no local de
trabalho, facilitando e apressando o retorno ao trabalho.
O impacto do absentismo resulta em custos económicos significativos.
2. Rotatividade de pessoal
É o resultado da saída de alguns funcionários e a entrada de outros para substitui-los no
trabalho.
Expressa em termos percentuais, através da relação entre admissão, escasses e saida tendo
como referência o número médio de pessoas da organização durante um certo período de
tempo.
Rotatividade de pessoas refere-se ao fluxo de entradas e saidas de pessoas em uma
organização ou seja entradas para compensar as saidas de pessoas da organização.
Para Pomi (2005), Rotatividade, pode ser definida como sendo termo utilizado para
caracterizar o movimento de entradas e saídas, admissões e desligamentos de profissionais
de uma empresa em um determinado período.
Para Chiavenato (1981) Apud Net, Assumpção (1998), rotação de recursos humanos e a
movimentação de pessoal entre as organizações e seus ambientes é definida pela
quantidade de ingressos de uma organização.
108
empresa ou no mercado de trabalho. Ela ocorre quando a pessoa muda de local de
trabalho, posição profissional, empresa, mercado ou vinculo empregatório.
É também definido como flutuação de pessoal entre uma organização e seu ambiente
sendo o intercâmbio destas definido pelo volume de pessoas que ingressam e saem da
organização.
Índices de rotatividade
Para efeitos de planeamento;
Para analisar as perdas de pessoal e suas causas;
Para analisar as perdas de pessoal por abandono;
109
Por departamento ou secção;
Índice de estabilidade.
A avaliação de rotatividade de pessoal por departamento ou secção é calculada da
seguinte maneira:
[(A+D):2+(R+T)x100]:EM
R - recebimento de pessoal por transferência de outros subsistemas, departamentos ou
secções.
T - transferência do pessoal para outros subsistemas, departamentos ou secções.
EM - efectivo médio (N1+N2+N3+…Nn =somatório dos números de empregados no
inicio de cada mês)
A - nº de meses num período
D - departamento
110
Grau de flexibilidade das politicas da organização;
Conjuntura económica;
Mudanças tecnológicas;
Causas individuais
Inadequação dos trabalhadores;
Mudança de Município ou de estado;
Busca de melhores salários;
Insatisfação no trabalho;
Razões ligadas a idade, saúde e família;
Condições socioeconómicas dos funcionários;
Consequências da Rotatividade
Queda do nível de desempenho dos funcionários que ficam na empresa e também
do funcionário que se desliga da empresa;
Aumento de carga de trabalho;
Diminuição de desempenho;
111
Perda de indivíduos de alto nível de desempenho de grande potencial;
O elevado nº de entradas e saídas de funcionários de uma organização pode
influenciar na saída de outros colaboradores da empresa, ou sejam, funcionários
que não pensavam sair da empresa passam a faze-lo, isso acontece devido a
ausência dos funcionários que são desligados, sobrecarrega aos outros até se
contratar alguém para fechar o lugar;
Aplicação de estratégias genéricas e indiferentes a ser alcançada para toda a
organização ou a mesma politica salarial que por vezes leva a falência da
organização;
Vantagens da Rotatividade
Afastamento de funcionários com desempenho baixo;
Inovação;
Flexibilidade;
Adaptabilidade e redução de conflitos;
Aumento da competitividade;
Novos conhecimentos, ideias, abordagens, tecnologias e estilo;
112
Muitas empresas têm lançado incentivos financeiros para tomar o desligamento
atrativo, como os planos de demissão espontânea.
Cálculo da rotatividade
Índice de Nº de funcionários desligados
rotatividade = Efectivo médio da organização
113
b) saídas
Custos primários - são aqueles que tem uma ligação directa com a saída do funcionário,
com recrutamento e selecção, registo, integração e desligamento deste funcionário.
Custos de recrutamento e selecção;
Custos de registos e documentação;
Custos de integração;
Custos de abadono.
Custos secundários
Reflexos na produção, na atitude do pessoal, custo extra-laboral e custo operacional em
um curto prazo.
Reflexos na produção - que se refere a perca de produtividade, causada pela vaga que
ficará aberta pela inexperiência e insegurança do novo empregado.
114
superior, clientes e fornecedores.
Custo extra-laboral - com horas extras para cobrir a falta do funcionário que se desligou,
tempos adicionais de produção causada pela inexperiência do novo colaborador, elevação
do custo de produção e tempo adicional do superior que será responsável pela integração e
treinamento do novo funcionário.
Custo extra-operacional - que são custos com energia eléctrica, devido a redução de
produção causada pela deficiência inicial do novo funcionário, custos com lubrificação e
combustível, custos de manutenção, utilidades e planeamento e os custos com acréscimo
de acidentes e de erros.
Chiavenato (1995), aborda a rotatividade de pessoal como uma despesa que pode ser
evitada se houver mais critério e atenção na selecção de mão-de-obra. A rotatividade alta
reflete na produção, no clima organizacional, relacionamento interpessoal e para combater
a rotatividade é preciso detectar as suas causas e determinantes.
A causa da rotatividade de pessoal pode ser diagnosticada pelos fenomenos internos e
externos à organização cujos dados são obtidos em entrevistas no acto do desligamento
espontâneo ou programados de modo confidencial ou por dados colectados pela propria
empresa avaliados pela política de recursos humanos.
Para Icovich e Boudreau (2008), existem inúmeras abordagens criativas para reduzir as
dimensões voluntarias, especialmente nas áreas que carecem de treinamento e perdem
todo esse investimento quando os empregados vão embora prematuramente.
115
Por outra é preciso fazer um acompanhamento do desenvolvimento e desempenho no
funcionário na organização, de modo a apurar-se o desenvolvimento nas suas actividades
com eficiência e eficácia, e avaliar se o que foi por este aprendido na formação e
treinamento está sendo implementado.
Efeitos sociais
Queda salarial e baixo poder aquisitivo;
Maior carga tributária;
Paternalismo.
116
funções que estão surgindo. Para que um processo de mudança tenha sucesso, deve existir
liderança, confiança dos accionistas e tempo.
Formas de mudança
Mudança incremental, não gera grandes impactos na organização, a intervenção efectua-
se através de ligeiros ajustamentos organizacionais.
117
Tipos de mudanças
Mudanças tecnológicas, está ligada a produção na organização, a iniciativa parte da área
de produção para a área administrativa com vista a sua aprovação visto que a área
operacional é que lhe dá directamente as tecnologias de produção.
Resistência a mudança
118
Segundo Chiavenato, quem sempre viveu em empresas imutáveis e estáticas fechadas
onde as coisas não mudam, nunca aprenderam a mudar e a inovar como fazem as
empresas excelentes do mundo industrializado.
Para que a mudança seja dinâmica é necessário que exista um ambiente psicológico
propício ou adequado, uma cultura organizacional adequada, um estímulo individual e
grupal para a melhoria e para a excelência. Estes são os condicionantes para se formar um
alinhamento de equipa, para aperfeiçoar a implementação da mudança com o mínimo de
resistência possível.
A resistência a mudança é uma situação previsível e ao mesmo tempo adaptável, cabe ao
gestor e a organização compreender e criar esforços no sentido de alinhar os factores
determinantes da mudança buscando o melhor resultado para a organização e para os
indivíduos.
Coerção, a força é tida como recurso para atingir a mudança. Isto é, usa-se o poder formal
para forçar os funcionários a mudar.
Apoio da alta administração, ajuda a superar a resistência à mudança. O apoio por parte
desta simboliza aos funcionários que a mudança é importante para a organização.
119
4. A globalização e a concorrência.
1. A natureza da força de trabalho
A escala de valores que diferentes gerações adoptaram perante o trabalho está em
mudança. De uma forma geral, os trabalhadores com mais de 50 anos são leais ao seu
patrão, os que estão na escala dos 40 anos são leais a si próprios e os mais jovens tendem
a ser mais pragmáticos a lealdade para com os seus planos de carreira, isto ocasiona uma
maior mobilidade da força de trabalho, sobretudo entre os quadros que não hesitam em
mudar o empregador, a procura de lugares mais aliciantes e que a integre melhor na
trajectória de carreira que idealizam para si próprio. Por outro lado, as novas gerações,
valorizam sobretudo a flexibilidade, a satisfação e a realização profissionais, bem como o
ambiente de trabalho. Para além destas linhas de tendência, pode-se referir outras, como
ampliação dos fenómenos migratórios, onde a queda de taxa de natalidade e a melhoria de
cuidados de saúde ocasionaram modificações profundas no perfil do mercado de trabalho
e ainda o acréscimo do trabalho feminino com o conjunto de questões que levantam a
compatibilização do trabalho e da família.
2. As novas tecnologias
As novas tecnologia como informática, telecomunicações e a produção modular tiveram
um impacto profundo nas organizações, na medida em que provocaram alterações
fundamentais nos níveis de aptidões dos colaboradores, nas actividades quotidianas dos
gestores e na capacidade das organizações para dar respostas as necessidades mutantes
dos consumidores. A medida que o ritmo da mudança aumenta, mais depressa as aptidões
dos colaboradores se tornam obsolentos, exigindo um maior investimento na sua
formação e na reconversão profissional. Umas outras consequências que já analisamos, da
introdução de novas tecnologias consistem na flexibilização dos cargos, que possam a ser
polivalentes, adaptáveis e de conteúdo variável, consoante as necessidades do negócio.
3. Os choques económicos
Enquanto nos anos 50 e 60, do século XX o passado constitui uma boa base para previsão
do futuro, isso deixou de ser verdade e vivemos hoje uma era de descontinuidade em
que os choques económicos das últimas décadas, afectaram a economia em geral, foram
muito mais severas para certas indústrias e empresas.
Começamos por falar dos choques petrolíferos de 1974 e 1979 que multiplicaram o preço
do barril de petróleo e afectaram fortemente as economias industriais cujo equilíbrio e
120
expansão se baseavam na energia barata e abundante para além do impacto imediato que
foi sentido, por exemplo pela indústria automóvel e Química de plásticos de borracha ou
de produção eléctrica, acabando por atingir todos os sectores da economia. Este choque
seguiu na década oitenta, a inflacção para níveis impensáveis nos Países industrializados,
como todo o cortejo de distorções económicas e sociais que provocou em Outubro de
1970, o crash do bolso, com a queda das cotações, na actividade financeira e destruiu a
capacidade de auto financiamento da industria e dos serviços. Não restam duvidas que
outros choques económicos surgiram no futuro, o único problema é que não é possível
prever em que sectores eles se verificarão, nem quando ocorrerão. Essa é a ironia de uma
era de descontinuo como a nossa e temos a certeza de que o dia de amanhã será diferente
de outro, mas não sabemos como nem quando.
4. A globalização económica
A globalização da economia significa que a ocorrência tanto nos pode surgir do Japão,
México ou da Alemanha, como da fabrica que opera do nosso lado. Mas também quer
dizer que as organizações maduras e bem estruturadas tem de se defender dos seus
concorrentes tradicionais como de pequenas empresas que desenvolvem produtos ou
serviços inovadores e os comercializam com espírito agressivo e surpreendente. Nas
organizações de sucesso são os que conseguem dar uma resposta mais eficaz à
concorrência ou antecipar-lhes de forma sustentada, capaz de desenvolver novos produtos
e comercializa-los em tempo recorde. Serão flexíveis baseando-se em ciclos de produção,
custos e num permanente fluxo de novos produtos e serviços.
121
Causas intrínsecas e extrínsecas da mudança
As mudanças intrínsecas são as que decorrem da própria estrutura da empresa, e das
normas que regem a organização e prestação de trabalho, quando se verifica que essa
estrutura ou a forma como funcionam, um obstáculo à competitividade da empresa para
uma posição que põe em causa a sua sobrevivência, a mudança impõe-se por motivo
intrínseco.
Seria extrínseca a mudança que é imposta por alterações radicais do meio envolvente, que
é o caso dos choques económicos e podemos ainda referir alterações legislativas
restritivas à mudança de hábitos de consumo, aparecimento de produtos e serviços mais
atraentes. A mudança pode ser espontânea ou provocada por uma avaliação feita pelos
gestores dos pontos fortes e fracos da empresa e da adopção de uma estratégia de
mudança de antecipação em relação ao mercado. A lógica dessa mudança é alterar o
portfolio de produtos, a forma de organização do trabalho, o relacionamento com os
clientes, por decisão ou iniciativa dos gestores.
Uma outra vantagem de mudança espontânea tem a ver com possibilidade de planificar de
uma forma cuidadosa e de executar de acordo com o plano previamente estudado e
calendarizado, em vez de ir ao reboque dos acontecimentos e por vezes introduzir
alterações súbitas contraditórias que é difícil aceitar pela organização com risco de
revogar as ideias pensadas. No entanto há que reconhecer que as mudanças nas
organizações são provocadas pela situação desfavorável da empresa no mercado que
obriga os gestores a proceder a:
Uma redefinição dos objectivos do negócio (para que existam), corresponde as
necessidades dos nossos clientes? Como nos diferenciamos da concorrência?
Uma retribuição dos meios disponíveis (pessoas, produto, meios técnicos e
financeiros) em função de visão sobre o futuro de negócio da empresa. Essa
situação pode ter diferentes razões.
Competitividade decrescente, perda de quota de mercado, queda de lucro, elevação
total de pessoal;
Por norma, só quando os factores de crise no seio da empresa, são iniludíveis e não é
possível prosseguir como dantes, é que os gestores encaram mudanças, e na maior parte
dos casos, procuram actuar sobre os sintomas mais evidentes de mal estar, sem cuidar de
descortinar as suas razões profundas e as suas verdadeiras causas. Por vezes por não
querer mexer na estrutura de poder existente e que lhes trás beneficio na generalidade dos
122
casos, por falta de tempo de planificação e por serem pressionados para fazer qualquer
coisa que salve a empresa ou investe a linha de tendência desfavorável do negócio. Em
qualquer destas situações, a mudança provocada é efectuada num prazo muito mais curto
do que a espontânea em condições estratégicas mais desfavoráveis e com menor
desenvolvimento dos colaboradores.
Factores condicionantes
Como o mundo está em acelerada mudança, o impacto do desenvolvimento
tecnologico, as novas formas de organização e configuração empresarial, novos
produtos e serviços e novos processos de trabalho estão modificando
profundamente os requisitos da força de trabalho;
Com a forte mudança, muitos segmentos da força de trabalho estão se tornando
deficientes nas novas habilidades necessárias para desempenhar as actividades
requeridas no novo século;
Essas deficiências de habilidades provocam perdas significativas para a
organização em termos de trabalho de qualidade inferior, baixa produtividade,
aumento nos acidentes de trabalho e constantes queixas dos clientes;
Para atacar esse problema e começar a corrigir essa deficiência são necessários enormes
recursos das organizações no dimensionamento dos processos de agregar, aplicar,
recompensar, desenvolver e manter pessoas.
123
Leituras Obrigatórias
ARAÚJO, L.C.G.; GARCIA, A.A. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas, 2010
BOHLANDER, G.; SNELL, S. Administração de Recursos Humanos. São Paulo,
Cengage Learning. 2009
CAMARA et al. Novo Humanator., Publicações Dom Queixote, Portugal, 2007
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro, Campus, 2004
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos o Capital Humano das Organizações, 9ª
Edição. 2009
FISHER, A. L.; DUTRA, J. S.; AMORIM, W.A.C. Gestão de Pessoas. São Paulo, Atlas,
2010
MASCARENHAS, A. O. Gestão Estratgica de Pessoas. São Paulo, CENGAGE
Learning, 2008
ULRICH, D. Os Campeões de Recursos Humanos. Inovando para obter os melhores
resultados. São Paulo, Futura, 2008
Resumo da Unidade
Nesta unidade, para melhor compreensão e enquadramento do módulo, abordamos os
principais factores que intervem no planeamento de recursos humanos, onde vimos que o
abseteísmo, a rotatividade de pessoal e as mudanças na força de trabalho influenciam no
crescimento e desenvolvimento da organizaç`ao num certo período de tempo.
É importante que cada colaborador melhore o seu desempenho e a sua assuidade nas
organizações para juntos alcançarem o mesmo objectivo.
Para atacar esses factores e começar a corrigir essa deficiência são necessários enormes
recursos das organizações no dimensionamento dos processos de agregar, aplicar,
recompensar, desenvolver e manter pessoas.
Tarefas
Com o objectivo de consolidar os conhecimentos adquiridos na Unidade 2, responda de
uma forma concisa as seguintes questões:
1) Defina Abseteísmo, rotatividade de pessoal e mudanças nos requisitos da força de
124
trabalho.
2) Fale da politica do abseteísmo orientada para a prevenção.
3) Aponte as consequências da rotatividade.
4) Enumere os efeitos da mudança nos requisitos da força de trabalho.
Auto-avaliação
Caso – Tratado-se duma empresa do grupo A (Venda de Vidros)
Tratando-se duma empresa com graves problemas de gestão, uma vez que existe maior
índice de abseteísmo, fraca produção e não existe desenvolvimento profissional.
a) Elabore um plano de gestão tendo em conta os 3 factores estudados.
Chave de correcção
1) Abseteísmo é:
É uma expressão utilizada para designar faltas ou ausências dos empregados ao trabalho.
É a frequência ou duração do tempo perdido, quando os empregados não vão ao trabalho.
É o conjunto das ausências intencionais e de carácter repetitivo do trabalhador.
Refere-se a atrasos, faltas e saídas antecipadas no trabalho, de maneira justificada ou
injustificada ou ainda aquelas justificáveis.
Para Chiavenato (1999), absentismo ou ausentismo é o tempo de trabalho perdido
quando um trabalhador não desempenha as suas funções, seja por falta, atraso ou
qualquer outro motivo.
Para Costa (1971), Chiavenato e Mallada (2011), absentismo pode ser descrito como um
período em que um trabalhador de qualquer área fica ausente de suas tarefas seja ele por
motivos de doença ou particular.
Para Robbins (2002, p.20), absenteísmo é o não comparecimento do funcionário ao
trabalho.
Rotatividade de pessoal é:
É o resultado da saída de alguns funcionários e a entrada de outros para substitui-los no
trabalho.
Expressa em termos percentuais, através da relação entre admissão, escasses e saida
tendo como referência o número médio de pessoas da organização durante um certo
125
período de tempo.
Para Pomi (2005), Rotatividade, pode ser definida como sendo termo utilizado para
caracterizar o movimento de entradas e saídas, admissões e desligamentos de
profissionais de uma empresa em um determinado período.
Para Chiavenato (1981) Apud Net, Assumpção (1998), rotação de recursos humanos e a
movimentação de pessoal entre as organizações e seus ambientes é definida pela
quantidade de ingressos de uma organização.
Mudanças nos requisitos da força de trabalho entende-se como um processo que ocorre
dentro da organização em função do tempo e os avanços tecnológicos, para responder as
exigências que vão surgindo no mercado. Por outra é a alteração da estrutura e de forma
de funcionamento de uma organização, com o propósito de a tornar mais competitiva e
ajustada a realidade do mercado.
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O elevado nº de entradas e saídas de funcionários de uma organização pode
influenciar na saída de outros colaboradores da empresa, ou sejam, funcionários
que não pensavam sair da empresa passam a faze-lo, isso acontece devido a
ausência dos funcionários que são desligados, sobrecarrega aos outros até se
contratar alguém para fechar o lugar;
Aplicação de estratégias genéricas e indiferentes a ser alcançada para toda a
organização ou a mesma politica salarial que por vezes leva a falência da
organização;
4) Qualidade inferior de trabalho;
Baixa Produtividade;
Aumento nos acidentes de trabalho;
Constantes queixas dos clientes;
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