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COMPETÊNCIA – CRIANÇA E ADOLESCENTE

A competência consiste na distribuição da jurisdição aos órgãos judiciários para que, então,
exerçam o poder jurisdicional dentro do limite territorial imposto por lei, com o fim de
atender o interesse público.

1. Demandas de natureza CÍVEL (art. 147, I e II)

Regra: domicílio dos pais ou responsável. Há, inclusive, súmula sobre o tema (S. 383, STJ);

Exceção: não ausência daqueles, no lugar onde se encontre a criança ou o adolescente.

Além do mais, a justiça da Infância e da Juventude é, a despeito da natureza territorial, de


acordo com o STJ, competência absoluta. No entanto, deve-se preservar o princípio do
melhor interesse do menor, o que possibilita a flexibilização de normas.

2. Demanda de natureza INFRACIONAL

Ela é determinada em virtude do local da ação ou omissão (art. 147, §1º), já que visa
aproximar o juiz do local onde, provavelmente, as provas para o deslinde da causa serão
colhidas, mas mantem-se a competência do Juízo da Infância e da Juventude. Quanto a isso,
independe da vítima ou do patrimônio lesado, o que afasta a competência da Justiça Federal
quando é lesado o patrimônio da União, como afirma o STF.

Ainda, podemos mencionar o art. 148, que fixa a competência em razão da matéria. No caput
estão elencadas as hipóteses em que o Juízo da Infância e da Juventude é competente.

Exceção: enquanto que, em seu parágrafo único, a despeito da matéria ser do Juízo da
Família, o ECA atribui também à Vara da Infância e da Juventude em virtude da situação de
risco.

Exceção: Ocorre que há uma exceção, a de relações de trabalho em que criança ou


adolescente esteja envolvida, uma vez que a própria CF atribui à Justiça do Trabalho a
competência para apreciar este tipo de litígio.

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