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formação sôbre se a aposentadoria, disponibilidade ou reforma foi decretada


a pedido ou ex-officio.
III) O estudo do requerimento será feito pelo Ministério a que per-
tencer o funcionário civil ou militar;
IV) O Ministério promoverá as diligências que julgar necessárias à
instrução do requerimento e à comprovação das alegações;
V) As diligências a que se refere o parágrafo anterior devem ser satis-
feitas com os esclarecimentos possíveis pelos 6rgãos a que forem solicitados,
com a anexação, em todos os casos, dos assentamentos referentes à vida
militar ou funcional;
VI) Da decisão final, que compete ao Presidente da República, sO-
mente será admitido pedido de reconsideração, na forma da legislação vigente;
VII) Verificando-se, ap6s a reversão, que o funcionário aposentado,
reformado ou pôsto em disponibilidade infringiu, anteriormente, disposição
de lei ou regulamento ou tenha cometido falta disciplinar ou funcional, será
apurada a responsabilidade, em processo regular, para aplicação da sanção
cabível;
VIII) O provento da disponibilidade a que se refere o art. 4.° da re-
ferida Lei n. ° 171 será proporcional ao tempo de serviço e calculado na base
do atual vencimento ou remuneração correspondente ao cargo de que fôra
afastado o funcionário. - José Pereira Lira, Secretário da Presidência da
República. (Expedida à todos os Ministros de Estado).

MILITAR - CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO

- O tempo de efetivo serviço dos militares é o tempo de praça;


anos de serdço são os resultantes da soma dos anos de efetivo ser-
viço com os dos de acréscimos legais .
• - Interpretação do art. 182, f 6.°, da Constituição; idem do
art. 79 do decreto-lei 9.698, de 1946.

MINISTÉRIO DA GUERRA

AVISO N.o 200


A fim de dirimir dúvidas quanto à interpretação do art. 192 da Consti-
tuição da República, aplicável aos militares, por fôrça do disposto no § 6.°
do art. 182 da mesma Constituição, aprovo o parecer n.o 36, de 27 de feve-
reiro findo, emitido pelo Dr. Consultor Jurídico dêste Ministério.
1 . Consulta o Exmo. Senhor Ministro da Guerra, a fim de dirimir
dúvidas quanto à inft)rpretação do artigo 192 da Constituição, tornado ex-
tensivo aos militares, por fôrça do art. 182, § 6.° da mesma: a) se como
tempo de efetivo serviço previsto pela letra a do § 2.° do art. 93 do decreto-
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-lei n.o 9.698 (Estatuto dos Militares); b) se somente como tempo com-
putável para fins de inatividade, letra b dos mesmos parágrafo e artigo; c) se
ainda prevalece a condição prevista pela letra b do art. 51 do mesmo decreto.
A consulta deve referir-se ao art. 97 do decreto-lei n. ° 9. 698, e não ao art.
93, que não se relaciona com a matéria.
2. O art. 192 da Constituição de 1946 estabelece que o tempo de
serviço público, federal, estadual ou municipal se computará integralmente
para efeitos de disponibilidade e aposentadoria, estendendo-se às reformas
por fôrça do art. 182 § 6.°.
3. E o art. 97 do Estatuto dos Militares (decreto-lei n.o 9.698, de
1946), dispondo sôbre o tempo de serviço dos militares, define as expressões
"tempo de efetivo serviço" e "anos de serviço", do seguinte modo: "a) tem-
po de efetivo serviço: espaço de tempo, contado dia a dia entre a data inicial
de praça e a data do licenciamento, da transferência para a reserva ou da
reforma. Na apuração do tempo de efetivo serviço são deduzidos os períodos
não computáveis e desprezados os acréscimos previstos na legislação vigente
no Exército, na Marinha e na Aeronáutica, exceto o tempo dobrado de ser-
viço em campanha, que é considerado efetivo; b) anos de serviço (computá-
veis para fins de inatividade): soma do tempo de efetivo serviço (alínea
anterior, inclusive tempo dobrado de campanha) e dos acréscimos legais
(guarnições especiais, curso de Colégio Militar, licença especial, serviço pú-
blico e curso acadêmico, e arrendondamento para ano de fração maior de
seis meses).
4. Verifica-se, destarte, que, por definição legal, o tempo de efetivo
serviço, dos militares, e o tempo de praça, eis que contado desde a data da
verificação desta até o do licenciamento ou reforma; anos de serciço são os res-
tantes da soma dos anos de efetico serciço com os dos de acréscimos legais.
Os conceitos acima decorrem necessários por causa da legislação militar, que
ora prevê anos de efetivo seroiço, ora anos de seroiço, simplesmente. A primei-
ra expressão é mais restrita, tanto que se refere ao serviço militar proprii-
mente dito; a segunda expressão é mais ampla, tanto que abrange os acrésci-
mos legais citados no próprio Estatuto, art. 97 § 2.° letra b (guarnições es-
peciais, curso do Colégio Militar, licença especial, serviço público, curso Aca-
dêmico) .
5. Face ao exposto, estamos em que o dispositivo constitucional invocado
não modifica os conceitos consubstanciados nas letras a e b do § 2.° do art.
97 do decreto-lei n.o 9.698. A soma do tempo de serviço público federal,
estadual ou municipal, embora levado em conta para efeitos de reforma
(arts. 192 e 182 § 6.°), não altera de nenhum modo o conceito de anos de
efetír;o serdço, conforme definição do § 2.°, letra a, do art. 97 do Estatuto dos
Militares, prevalecendo as exigências legais nesse sentido, entre as quais se
pode citar a de contar o militar vinte e cinco anos de efetivo serciço, para que
possa passar para a reserva remunerada, a pedido (art. 51, letra b, do decreto·
-lei n.o 9.698).
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6. Tôda a dúvida provém da interpretação e do alcance atribuídos ao


art. 192 da Constituição Federal. O que ali se determina, em verdade, porém,
é simplesmente a obrigatoriedade do cômputo de todo o tempo do serviço
público para efeitos de inatividade. De modo nenhum, porém, será possível
deduzir dessa norma constitucional, a proibição de que leis administrativas
imponham limites ou condições à concessão dessa mesma inatividade. Na
espécie, portanto, o que há a esclarecer e acentuar é que o decreto-lei n.o
9.698, de 1946, ao dispor que o militar, para obter o direito à transferência,
a pedido, para a reserva remunerada, deve contar, no mínimo, vinte e cinco
anos de efetivo serviço, de nenhum modo fere a aludida norma constitucional.
Trata-se de condições estatutárias ou legais perfeitamente justificáveis, quando
se cogita de conceder vantagens decorrentes da situação militar. Vedado seria
deixar de computar, para efeitos de inatividade - todo o tempo de seroiço
público - uma vez satisfeitos os requisitos impostos por lei para a aquisição
do direito à transferência a pedido para a reserva remunerada.
7. Isto pôsto, respondo: a) os acréscimos decorrentes do art. 182 §
6.° da Constituição não constituem tempo de efetivo serviço, tal como define
o art. 97 § 2.° letra a, do decreto-lei n. ° 9.698; b) ditos acréscimos deverão
ser computados como anos de serviço, tal como prevê o art. 97, § 2.°, letra b,
do decreto-lei n.o 9.698; c) prevalecem as condições do art. 97, § 2.°, letras
a e b, do decreto-lei n.o 9.698, bem como tôdas as disposições legais que ora
se referem a anos de efetivo serviço, ora a anos de serviço. - Dem6stenes
Madureira de Pinho, Consultor Jurídico.

MAGISTÉRIO MILITAR CONTAGEM DE TEMPO DE


SERVIÇO

- O disposto no art. 182, f 4.°, da Constituição não se aplica


aos membros do magistério militar.
- 1nterpretação do decreto-lei 5.625, de 28-6-43; idem do de-
creto-lei 8.315, de 7-12-45.

MINISTÉRIO DA GUERRA

1. Ofício n.o 760-C, de 30 de setembro de 1947, da Diretoria de En-


sino do Exército, consultando sôbre como interpretar dispositivos legais em
vigor quanto ao acesso dos professôres no magistério militar.
Despacho: "Aprovo o parecer do Consultor JurídiCO. Publique-se. Em
3-2-48" .
2. Consulta a Diretoria de Ensino do Exército sôbre as seguintes con-
trovérsias :
La - Se o serviço público mandado computar integralmente pelo art.
30 do decreto-lei n.O 5.625, de 28-6-43 ("Lei de Promoções dos Oficiais do

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