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DE BETÃO (EC8)
Engenharia Civil
Júri
Agosto de 2010
Agradecimentos
Aos meus amigos Tico e Tiago e ao meu colega Cris, ao lado de quem trabalhei para ser
Engenheiro.
Aos meus pais e à minha família que sempre valorizaram e patrocinaram os meus estudos.
À Microsoft por ceder livremente o seu software MS Visual Basic Express Edition para fins não
comerciais.
i
Resumo
São abordadas as verificações aos Estados Limite Último de resistência à flexão composta
(secção 6.1 de EC2) e de resistência ao esforço transverso (secção 6.2 do EC2). A verificação
e pormenorização dos requisitos de ductilidade das zonas críticas (secções 5.4.2.3 e 5.4.3.2 do
EC8) são também tratadas. O trabalho dá maior ênfase às verificações de ductilidade, uma vez
que este é o aspecto mais directamente ligado ao Eurocódigo 8 e aquele que se diferencia da
prévia legislação portuguesa: RSA e REBAP.
O trabalho desenvolve-se sobre pilares rectangulares que, a par dos circulares, são os únicos
para os quais o EC8 apresenta um método simplificado para pormenorização de cintas nas
zonas críticas que evite um cálculo explícito da ductilidade em curvatura através do cálculo de
relações momento curvatura. São comparadas as duas formas de verificação de ductilidade:
através das prescrições de cintas do EC8 e através do cálculo da relação momento-curvatura.
Palavras-chave:
ii
Abstract
This purpose of this work was to create a computer program capable of performing security
verifications on reinforced concrete columns subjected to seismic actions according to
Eurocode 8.
Ultimate Limit State of bending with axial force (section 6.1 of EC2) and shear (Section 6.2 of
EC2) verifications are computed and two methods of computation are developed for verification
and detailing for ductility requirements of critical regions (sections 5.4.2.3 and 5.4. 3.2 of EC8).
The work puts greater emphasis on ductility provision, since this is the verification most directly
linked to Eurocode 8 and the one that most differs from previous Portuguese legislation: RSA
and REBAP.
This work is developed on rectangular columns for which, together with circular cross sections,
are the only ones that a simplified method avoiding explicit calculation of curvature ductility by
calculating the moment curvature relation is presented in EC8. In this study two ways for
verification of ductility are compared: through the detailing requirements presented on EC8
(mostly about hoops pattern) and by the calculation of moment-curvature relationship.
In the last chapter the computer program is tested with examples and the obtained results are
commented.
Keywords:
iii
Índice
1 Introdução .............................................................................................................................. 1
2 Materiais ................................................................................................................................ 2
2.1.2 Relações tensões-extensões de cálculo para análise estrutural não linear ......... 3
iv
6.1 Exemplo de aplicação 1 – Exemplo Geral .................................................................. 32
Bibliografia ................................................................................................................................... 50
v
Índice de ilustrações
Ilustração 1 – Diagrama parábola-rectângulo para o betão comprimido [2]. ................................ 2
Ilustração 2 – Tensões extensões para análise estrutural[2] ........................................................ 3
Ilustração 3 – Digrama parábola-rectângulo para o betão confinado [2]. ..................................... 4
Ilustração 4 – Tensão efectiva de compressão lateral .................................................................. 4
Ilustração 5 – Relação tensões-extensões para betão confinado proposta pelo MC90[5]. ......... 5
Ilustração 6 – Diagrama tensões-extensões do aço para armaduras de betão armado .............. 6
Ilustração 7 – Domínio admissível de extensões de rotura para cálculo de secções aos Estados
Limite Último [2]. ............................................................................................................................ 7
Ilustração 8 – Diagramas de extensões fixados pelo programa ................................................... 8
Ilustração 9 – Discretização da secção em fibras horizontais. ..................................................... 9
Ilustração 10 – Discretização em elementos rectangulares ....................................................... 12
Ilustração 11 – Atribuição do campo de extensões .................................................................... 12
Ilustração 12 – Diagrama momento-curvatura para cálculo do coeficiente de ductilidade em
curvatura ...................................................................................................................................... 17
Ilustração 13 – Distribuição horizontal não uniforme do confinamento [5] ................................. 19
Ilustração 14 – Distribuição vertical não uniforme do confinamento [5]...................................... 19
Ilustração 15 – Interface de introdução de dados ....................................................................... 21
Ilustração 16 – Campo de extensões da secção ........................................................................ 22
Ilustração 17 – Discretização da secção e separação de betão confinado e não confinado ..... 23
Ilustração 18 – Fluxograma de cálculo da relação momento-curvaturaErro! Marcador não
definido.
Ilustração 19 – Separador Secção .............................................................................................. 26
Ilustração 20 – Separador Flexão ............................................................................................... 27
Ilustração 21 – Separador Esforço Transverso ........................................................................... 28
Ilustração 22 – Separador Ductilidade Local .............................................................................. 29
Ilustração 23 – Separador Momento-Curvatura .......................................................................... 30
Ilustração 24 – Secção exemplo aplicação ................................................................................. 32
Ilustração 25 – Inserção de dados no interface do programa ..................................................... 32
Ilustração 26 – Armadura longitudinal ......................................................................................... 32
Ilustração 27 – Interface de opções de extensão do aço e coeficientes de minoração ............. 33
Ilustração 28 – Resistência à flexão - direcção y ........................................................................ 33
Ilustração 29 – Resistência à flexão - direcção z ........................................................................ 33
Ilustração 30 – Verificação da resistência à flexão composta desviada para N=1000KN .......... 34
Ilustração 31 – Verificação da resistência à flexão composta desviada para N=600KN ............ 34
Ilustração 32 – Verificação ao esforço transverso na direcção y. ............................................... 35
Ilustração 33 – Verificação ao esforço transverso na direcção z. ............................................... 35
Ilustração 34 – Introdução de parâmetros sísmicos ................................................................... 35
Ilustração 35 – Secção transversal representada pelo programa .............................................. 36
Ilustração 36 – Traçado de cintas para exemplo com maior confinamento do betão ................ 36
vi
Ilustração 37 – Inserção de dados referentes ao traçado das cintas ......................................... 36
Ilustração 38 – Inserção de dados referentes ao diâmetro e espaçamento das cintas.............. 37
Ilustração 39 – Resultados da função verificação DCM na direcção de maior inércia para
N=1000KN ................................................................................................................................... 37
Ilustração 40 – Resultados da função verificação DCM na direcção de menor inércia para
N=1000KN. .................................................................................................................................. 38
Ilustração 41 – Resultados da função verificação DCM na direcção de maior inércia para
N=600KN. .................................................................................................................................... 39
Ilustração 42 – Resultados da função verificação DCM na direcção de menor inércia para
N=600KN. .................................................................................................................................... 39
Ilustração 43 – Relação momento-curvatura para hipótese 1 e relação constitutiva parábola-
rectângulo na direcção de maior inércia. .................................................................................... 40
Ilustração 44 – Relação momento-curvatura para hipótese 1 e relação constitutiva parábola-
rectângulo na direcção de menor inércia. ................................................................................... 41
Ilustração 45 – Relação momento-curvatura para hipótese 1 e relação constitutiva para análise
estrutural na direcção de maior inércia. ...................................................................................... 41
Ilustração 46 – Relação momento-curvatura para hipótese 1 e relação constitutiva para análise
estrutural na direcção de menor inércia. ..................................................................................... 41
Ilustração 47 – Secção sem reforço de estribos na zona crítica ................................................ 42
Ilustração 48 – Resultados da função verificação DCM na direcção de maior inércia ............... 43
Ilustração 49 – Resultados da função verificação DCM na direcção de menor inércia.............. 43
Ilustração 50 – Relação momento-curvatura para hipótese 2 e relação parábola rectângulo na
direcção de maior inércia. .......................................................................................................... 44
Ilustração 51 – Relação momento-curvatura para hipótese 2 e relação parábola rectângulo na
direcção de menor inércia. .......................................................................................................... 44
Ilustração 52 – Relação momento-curvatura para hipótese 2 e relação constitutiva para análise
estrutural na direcção de maior inércia. ...................................................................................... 44
Ilustração 53 – Relação momento-curvatura para hipótese 2 e relação constitutiva para análise
estrutural na direcção de menor inércia. ..................................................................................... 44
Ilustração 54 – Gráfico e legenda detalhado para a relação momento curvatura H1R1_1000.
Cada linha do gráfico representa a “contribuição” para o momento flector da secção da área de
cor correspondente. .................................................................................................................... 46
Ilustração 55 – Secção transversal e materiais. ......................................................................... 47
Ilustração 56 – Diagrama de interacção M-N.............................................................................. 48
Ilustração 57 – Diagrama momento-curvatura para dois valores de esforço axial. .................... 48
vii
Notação
Letras Latinas
Letras gregas
Coeficiente de eficiência das armaduras de confinamento
Coeficiente de eficiência horizontal das armaduras de confinamento
Coeficiente de eficiência vertical das armaduras de confinamento
viii
Coeficiente parcial do betão
Coeficiente parcial do aço
Extensão
Extensão do betão à compressão
Extensão do betão à compressão correspondente à tensão máxima fc
Extensão do betão confinado correspondente à tensão máxima fc
Extensão última do betão à compressão
Extensão última do betão confinado à compressão
Extensão de cedência do aço de armadura
Valor de cálculo da extensão limite do aço de armadura
Valor característico da extensão limite do aço de armadura
Ângulo. Ângulo interno da treliça
Coeficiente de ductilidade em curvatura
Valor de cálculo do esforço axial reduzido
Percentagem de armadura longitudinal
Tensão
Tensão no betão
Tensão efectiva de compressão lateral
Curvatura
Percentagem mecânica de armadura transversal nas zonas críticas
ix
1 Introdução
Não sendo possível abranger todas as verificações presentes nos Eurocódigos, este trabalho
trata da verificação de pilares sujeitos a acções sísmicas de acordo com o EC8[3] e EC2[2].
Trata da verificação aos Estados Limite Último de resistência à flexão (secção 6.2 de EC2[2]),
esforço transverso (secção 6.2 do EC2[2]) e verificação e pormenorização dos requisitos de
ductilidade (capítulos 5.4.2.3 e 5.4.3.2 do EC8[3]). O programa desenvolvido foca-se apenas do
no dimensionameto e pormenorização do elemento, e processos de análise da estrutura
(incluindo escolha do coeficiente de comportamento) e determinação dos esforços no elemento
(no caso específico de pilares também a análise dos efeitos de 2ªordem e inclusão das
imperfeições geométricas) não são abordados. O evoluir da tecnologia informática permite
realizar os cálculos necessários às verificações abordadas a uma velocidade muito superior e
alguns aspectos do programa requerem mesmo métodos numéricos que não são de todo
viáveis de forma não automática. Ao mesmo tempo a automatização de processos rotineiros
pode ajudar a reduzir o erro humano.
Uma primeira (capítulo 2) onde, sucintamente, são descritas as propriedades dos matérias,
neste caso betão e aço para armaduras.
1
2 Materiais
2.1 Betão
(1)
(2)
em que:
tensão no betão
extensão no betão
extensão ao ser atingida a resistência máxima, de acordo com Quadro 3.1 EC2 [2]
c
fck
fcd
c2 cu2 c
0
2
2.1.2 Relações tensões-extensões de cálculo para análise estrutural não linear
Para a análise estrutural não linear o Eurocódigo 2[1], propõe uma relação representada na
Ilustração 2 e dada pela seguinte expressão:
(3)
Em que:
O Eurocódigo 2 [1] propõe uma relação constitutiva parábola rectângulo semelhante à do betão
não confinado, mas em que os valores , e são modificados para , e de
acordo com as expressões:
(4)
(5)
(6)
3
(7)
– Não confinado
Como o Eurocódigo 2 [1] não refere como calcular a tensão efectiva de confinamento, recorreu-
se ao MC90 [1], que apresenta as mesmas expressões para , e que o EC2 [1],
propõe um modelo simplificado para a avaliação de :
(8)
Em que:
4
Segundo o Designer’s Guide [4] o valor de extensão última do betão pode ser definido através
de:
(9)
(10)
(11)
Em que é a tensão máxima do betão considerada ( ou ).
Para o cálculo de secções transversais pode-se usar uma das relações tensões-extensões
definidas em EC2 3.2. [1]:
5
A
kfyk kfyk
kfyk/s
fyk
fyd = fyk/s
B
ud uk
fyd/Es
Ilustração 6 – Diagrama tensões-extensões do aço para armaduras de betão armado
Em que:
é a extensão característica
Classe de ductilidade A B C
k 1.05 1.08 1.15<1.35
uk[%] 2.5 5.0 7.5
6
3 Verificação da resistência ao Estado Limite Último
Neste capítulo é abordada a verificação aos estados limite de resistência à flexão e esforço
transverso. A resistência à flexão e ao esforço transverso são calculadas de acordo com o
EC2[1]. A resistência à flexão composta desviada é computada de três formas distintas
descritas em 3.1.2.
A flexão composta, para zonas cujas secções se mantém planas antes e após o carregamento,
deve ser calculada de acordo com as indicações de 6.1. do EC2[1].
Ilustração 7 – Domínio admissível de extensões de rotura para cálculo de secções aos Estados Limite Último [1].
7
3.1.1.1 Implementação do diagrama de rotura M-N
O utilizador insere a geometria da secção, os materiais (no betão o utilizador opta por uma das
classes do EC2[1] e no aço pela tensão de cedência característica fyk), e a posição das
armaduras.
8
Em seguida determinam-se as tensões através das relações constitutivas já descritas e os
esforços pelas seguintes equações de equilíbrio:
(12)
(13)
Em que:
9
Fluxograma 1 – Flexão Composta
10
3.1.2 Flexão composta desviada
(14)
Em que:
11
Ilustração 10 – Discretização em elementos rectangulares
O efeito das armaduras é considerado como forças concentradas no seu centro de geométrico.
Arbitra-se inicialmente o valor das extensões de dois cantos. As extensões admissíveis são
definidas pelas características dos materiais. O algoritmo de atribuição das extensões nos
cantos é o mesmo que o utilizado para a flexão composta simples e definido na Ilustração 8.
1
Cada par arbitrado de extensões nos cantos define implicitamente um ponto da linha neutra ln .
2
Arbitra-se seguidamente o segundo ponto da linha neutra ln (implicitamente a inclinação no
plano do papel), como na Ilustração 11.
12
(15)
Definida a linha neutra e recorrendo a uma das extensões dos cantos, também já conhecida, é
possível, por relações geométricas, obter as extensões em qualquer ponto:
(16)
(17)
Sendo :
a extensão no elemento i
As tensões obtêm-se da mesma forma que são obtidas na implementação da flexão composta.
(18)
(19)
(20)
13
3.2 Esforço Transverso
Esta cláusula ( 5.4.2.3.(1)P do EC8[3] ) está de acordo com a filosofia de Capacity Design
(C.D.) ou dimensionamento por capacidade resistente, onde se atribui uma hieraquia de
prioridades de modos de rotura, onde modos como esforço tranverso devem ser evitados em
deterimento de roturas mais ducteis como a flexão. O tema do Capacity Design é mais
abordado no capítulo 4, referente às verificações de ductilidade.
3.2.1 Implementação
O utilizador pode escolher entre inserir o valor de cálculo do esforço transverso actuante ou
recorrer à função “Calcular Vsd por C.D.” do programa que calcula o valor de através do
equilíbrio do momento resistente nos extremos dos pilares, de acordo com o descrito em 0. O
utilizador necessita de inserir a geometria da secção (em princípio já introduzida), os valores
possíveis (ou escolhidos de esforço axial) e a classe de ductilidade da estrutura (DCM ou
DCH).
O utilizador insere o valor de esforço actuante e escolhe o ângulo θ. O distância z pode ser
definido como 0,9d ou pode ser inserido pelo utilizador.
O programa fornece como resultado (para além do valor de cálculo do esforço de corte) a área
(21)
(22)
14
Em que é igual a para e é calculado de acordo com 6.6 de [1].
( em MPa) (23)
15
4 Verificação da ductilidade
Como não é expectável que plastifique toda a estrutura, para que a requerida ductilidade da
estrutura seja atingida, é necessário que as regiões que possam plastificar (zonas críticas)
possuam suficiente capacidade de rotação.
Esta condição é verificada se, nas zonas críticas, o valor do coeficiente de ductilidade em
curvatura , satisfaz as condições (24) e (25) presentes em 5.2.3.4(3) do EC8[3] .
(24)
(25)
Em que:
16
Ilustração 12 – Espectro de resposta elástico[2]
O valor de deve ser multiplicado por 1,5 sempre que o aço utilizado para armadura
longitudinal seja da classe B.
17
O valor pode ser verificado de duas formas:
(26)
Onde :
18
Ilustração 14 – Força de desvio
(27)
(28)
(29)
Em que:
O EC8 [2] define 3 categorias diferentes de ductilidade e dissipação de energia: DCL (baixa),
DCM (média) e DCH (alta). A classe DCL corresponde a seguir as indicações do EC2 [1] e é
recomendada apenas para zonas de baixa sismicidade.
19
Tabela 2 – Disposições construtivas das classes DCM e DCH
DCM DCH
na base da coluna
em todas as zonas
críticas à excepção da base
em que:
é a taxa volumétrica de armadura longitudinal
4.2 Implementação
20
A classe do betão, o aço e seus valores de cálculo, a geometria da secção, a posição
dos varões longitudinais e o esforço axial. Todos estes valores em princípio já terão
sido definidos pelo utilizador aquando do cálculo à flexão
Os parâmetros sísmicos q0, Tc e T1 necessários ao cálculo, nas duas direcções
consideradas.
O diâmetro, espaçamento e traçado dos estribos. O utilizador tem de definir o traçado
dos estribos indicando que varões é que estes circundam. Para que o programa possa
calcular os valores de (distância varões longitudinais cintados consecutivos) o
utilizador tem de indicar a ordem dos varões. (ver 5 Guia de utilização)
O cálculo é feito de acordo com 5.2.3.4. do EC8[3] no qual se tem se garantir um coeficiente de
ductilibidade em curvatura: . Para tal é necessário calcular a relação momento-curvatura das
secções críticas.
21
independente) é necessário determinar o campo de extensões compatível com que satisfaça,
por relações constitutivas e equações de equilíbrio, a condição imposta do valor de esforço
axial. A partir desse campo de extensões (agora totalmente definido) obtém-se, novamente a
partir das relações constitutivas dos materiais e das equações de equilíbrio, o valor do
momento flector.
(30)
(31)
A secção é discretizada como no cálculo da flexão composta (ver 3.1.1.1). A única diferença
reside na separação da secção de betão em duas: a do betão confinado e do betão de
recobrimento.
22
Ilustração 19 – Discretização da secção e separação de betão confinado e não confinado
1
Resolvendo iterativamente a equação (31) , com um erro de 0,1% no esforço axial
, obtém-se e consequentemente o campo de extensões.
O valor do momento obtém-se pela equação (32), utilizando as mesmas relações constitutivas
dos materiais utilizadas para o cálculo de N:
(32)
Arbitram-se valores de curvatura até que uma das condições (33) ou (34) seja atingida:
(33)
(34)
1
A equação (31) tem implícita a equação (30). A equação 31 é resolvida por iteração, variando
valores de , presente na equação (30).
23
Fluxograma 2 – Momento-Curvatura
24
5 Guia de utilização
É realizado na plataforma MS Visual Basic.net e é estruturado com base nas ferramentas que
este dispõe. O programa é dividido em 6 separadores (Secção; Flexão; Esforço transverso;
Ductilidade local; Momento-Curvatura; Opções).
Cada separador possui uma área de interface distinta, mas o programa funciona em conjunto:
a informação inserida num separador é acessível e utilizada por funções de outros
separadores.
5.2 Secção
O separador Secção (Ilustração 20) serve apenas para inserir dados. Aí o utilizador deve
fornecer os dados referentes à geometria, disposição dos varões e classe de resistência do aço
e do betão.
25
Ilustração 20 – Separador Secção
26
5.3 Flexão
O separador flexão (Ilustração 21) calcula a curva de intercação de flexão composta e desviada
da secção.
Relação constitutiva do aço – o utilizador opta por uma das duas opções:
o Tramo plástico horizontal – tramo plático do diagrama tensões-extensões do
aço horizontal e sem necessidade de verificação da extensão última.
o Tramo plático inclinado – tramo plático do diagrama tensões-extensões do aço
inclinado. Caso o utilizador opte por esta opção tem de inserir o valor da
constante de endurecimento k e da extensão de rotura de dimensionamento.
Botão flexão composta – o programa executa a função “flexão composta”. Os
resultados (esforço axial, momento flector, extensão máxima do betão e no aço) são
apresentados na caixa de texto da esquerda.
Botão flexão desviada – o programa executa a função “flexão desviada”. O utilizador
deve inserir qual o número de elementos que o programa considerará para a realização
da integração discreta das tensões do betão. Por defeito o programa considera 400
elementos (20X20) que, com bases nos testes do autor, é um valor que, na grande
maioria dos casos, causa um erro numérico muito reduzido. Os resultados (esforço
axial, momentos flector em ambas as direcções, e extensões) são apresentados na
caixa de texto do lado esquerdo.
27
5.4 Esforço Transverso
28
5.5 Ductilidade Local
O separador Ductilidade Local (Ilustração 23) verifica as disposições construtivas exigidas pelo
EC8[3] e verifica se a ductilidade da secção está de acordo com o requerido de acordo com a
expressão 5.15 do EC8[3].
(26)
A B
29
O utilizador deve descrever a ordem dos varões nas tabelas A e B. Na tabela A o utilizador
deve mencionar quais os varões que estão “enganchados” e qual e sua ordem. Na tabela B o
utilizador deve descrever o traçado dos estribos.
A função deste separador (Ilustração 24) é calcular a relação momento curvatura para a
verificação da ductilidade.
30
M-C 1 (parábola-rectângulo) – o programa calcula a relação momento-curvatura
considerando o diagrama parábola rectângulo como representado na Ilustração 3. O
efeito do confinamento é tido em conta através do valor de e para a função “M-
C 1” poder ser executada a função DCM ou DCH têm de o ser primeiro.
M-C 2 (análise estrutural) – o programa calcula a relação momento-curvatura
considerando o diagrama para análise estrutural como representado na Ilustração 5. O
efeito do confinamento é tido em conta através do valor de e para a função “M-
C 2” poder ser executada a função DCM ou DCH têm de o ser primeiro.
M-C 1 (não confinado) – o programa calcula a relação momento-curvatura
considerando o diagrama parábola rectângulo como representado na Ilustração 2. O
efeito do confinamento não é tido em conta.
Cada um das três funções devolve o valor de (valor máximo de extensão do betão) e os
pontos calculados do diagrama M-C na forma de tabela na textbox à direita indicando os
seguintes dados:
Cuvatura;
Momento flector;
Extensão das fibras extremas da secção;
Extensão das fibras extremas no núcleo confinado;
5.7 Opções
31
6 Exemplos de aplicação
em ambas as direcções
Classe DCM
Ilustração 25 – Secção exemplo aplicação
A400NR Classe C
C25/30
O programa verifica (não dimensiona) a resistência à flexão. Deste modo é necessário arbitrar
primeiro as armaduras (Ilustração 28).
32
Realizando a função de flexão composta, com as duas hipóteses de diagrama de tensões-
extensões do aço (ver Ilustração 28 para as propriedades escolhidas para o diagrama de
estensões de ramo superior inclinado) e com a relação parábola-rectângulo escolhida para o
betão obtêm-se os resultados representados na Ilustração 29 e na Ilustração 30.
6.000 6.000
5.000 5.000
4.000 4.000
3.000 3.000
2.000 2.000
N(KN)
N(KN)
1.000 1.000
0 0
endurecido endurecido
-3.000 -3.000
M(KNm) M(KNm)
Verifica-se que não existe grande diferença na escolha da relação constitutiva do aço para este
cálculo. Por esta razão as seguintes análises serão feitas com os resultados do modelo não
endurecido.
33
Utilizando a opção flexão desviada, e optando pelo modelo elástico perfeitamente plástico para
o aço, obtêm-se os seguintes gráficos (25) e (26):
200 Método 1
Método 2
150
Mz(KNm)
Método 3
100
momento actuante
50
0
0 100 200 300 400 500 600
My(KNm)
200
Método 1
Mz (KNm)
150
Método 2
100 Método 3
momento actuante
50
0
0 100 200 300 400 500 600
My (KNm)
O esforço de corte é calculado de com a filosofia do capacity design (ver 0). O factor 1,1 é
correspondente à majoração dos momentos para a classe DCM. Os valores 235,4KN e
500,7KN são os valores de e .
Assim:
34
Ilustração 33 – Verificação ao esforço transverso na Ilustração 34 – Verificação ao esforço transverso na
direcção y. direcção z.
Estudam-se neste capítulo duas hipóteses de dimensionamento das cintas nas zonas críticas.
A primeira hipótese possui maior confinamento do que a segunda. Começa-se, nas duas
hipóteses, por verificar a ductilidade pelo método da verificação da expressão 5.15 do EC8[3]
(descrito em 4.2.1) e em seguida pela forma explícita (descrita em 4.2.2). A verificação pela
forma explícita é feita usando as duas relações constitutivas para o betão confinado descritas
em 2.2. É necessário verificar a ductilidade em ambas as direcções.
35
6.1.3.1 Hipótese 1 – Exemplo com maior confinamento do betão
Para auxiliar o traçado do estribo, o programa desenha a secção e numera os varões, como
representado na Ilustração 36.
36
Ilustração 39 – Inserção de dados referentes ao diâmetro e espaçamento das cintas
Ilustração 40 – Resultados da função verificação DCM na direcção de maior inércia para N=1000KN
37
Coeficiente de ductilidade em curvatura
para
Espaçamento mínimo entre cintas
Na direcção de menor inércia inserem-se os dados correspondentes da mesma forma que para
a direcção de maior inércia (neste exemplo apenas é necessário rodar a geometria da secção).
Os resultados são, para a categoria DCM, os abaixo indicados (Ilustração 41).
Ilustração 41 – Resultados da função verificação DCM na direcção de menor inércia para N=1000KN.
38
Verifica-se, pelas ilustrações 39 e 40, que a secção cumpre os requisitos de ductilidade para
um valor de esforço axial N=1000KN.
Repete-se o mesmo processo para esforço axial N=600KN (Ilustração 42 e Ilustração 43).
Ilustração 42 – Resultados da função verificação DCM na direcção de maior inércia para N=600KN.
Ilustração 43 – Resultados da função verificação DCM na direcção de menor inércia para N=600KN.
Verifica-se que a secção também verifica a ductilidade para N=600KN. Uma vez que a
exigência de confinamento dada pela expressão 5.15 do EC8[3] depende linearmente de a
verificação para N=600KN (o esforço axial menor) por este método não faz sentido a não ser
que se altere alguma das outras variáveis (o que não é o caso do presente exemplo).
39
6.1.3.1.2 Verificação explícita
Inserem-se os dados da mesma forma que para o cálculo implícito através da equação 5.15 do
EC8[3].
700
0,0075; 0,0155; 612,0
536,3
600 0,0195; 560,87
0,1475; 550,7
500
0,007; 474,86
0,1585; 510,98
M-C N=1000
M(KNm)
400
M-C N=600
300
My
200 Mmax
Mu
100
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18
φ(m-1)
Ilustração 44 – Relação momento-curvatura para hipótese 1 e relação constitutiva parábola-rectângulo na
direcção de maior inércia.
40
700
0,013; 610,11
600 0,02; 562,69
0,1365; 528,38
500 0,007; 529,50 0,154; 492,97
0,0065; 467,70 M-C n=1000
M(KNm)
200 Mmax
Mu
100
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
φ(m-1)
700
0,013; 610,11
600 0,02; 562,69
0,1365; 528,38
500 0,007; 529,50
0,0065; 467,70 0,154; 492,97
M-C n=1000
M(KNm)
200 Mmax
Mu
100
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18
φ(m-1)
Ilustração 46 – Relação momento-curvatura para hipótese 1 e relação constitutiva para análise estrutural na
direcção de maior inércia.
300
0,017; 0,0325; 271,65
250 247,73 0,0375; 250,09 0,1755; 231,20
0,015; 216,94 0,332; 219,36
200 M-C N=1000
M(KNm)
M-C N=600
150
My
100
Mmax
50 Mu
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
φ(m-1)
Ilustração 47 – Relação momento-curvatura para hipótese 1 e relação constitutiva para análise estrutural na
direcção de menor inércia.
41
O confinamento permite que o betão atinja uma extensão última, calculada de acordo com a
equação (9), .
2
Para o valor de esforço axial N=1000KN, os coeficientes de ductilidade são obtidos por
e e
e , todos valores bastante superiores ao valor requerido de
5,2, de acordo com a equação (24), igual em ambas as direcções.
Pode-se notar, nos gráficos acima, que a secção tem pico de resistência e que atinjido esse
pico há um rápido descréscimo de alguma dessa resistência. Tal deve-se ao efeito do
destacamento do betão e de como isso é simulado pelo programa de cálculo. Este tema é
abordado com mais detalhe no ponto 6.1.3.3 deste documento.
2
é o coeficiente de ductilidade em curvatura na direcção y considerando a relação constitutiva
parábola-rectângulo do betão confinado. é o coeficiente de ductilidade em curvatura na direcção y
considerando a relação constitutiva para análise estrutural do betão confinado.
42
6.1.3.2.1 Através da expressão 5.15 do EC8[3].
Neste caso não verificaria a equação (26), como apresentado na Ilustração 49 e na Ilustração
50, não cumprindo assim os requisitos de ductilidade.
43
6.1.3.2.2 Verificação explícita
600 250
0,0125;
0,007; 0,017; 0,026;
506,4
500 466,6 218,8 226,4
200 0,03;
0,0165; 191,4
400
456,8
150
M(KNm)
M(KNm)
300 M-C
M-C My
100
200 My Mmax
Mmax Mu
100 Mu 50
0 0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0 0,01 0,02 0,03 0,04
φ(m-1) φ(m-1)
700 300
0,016; 0,0165; 0,0325;
600 610,22 246,75 271,88
0,0205; 250
0,007; 0,0385;
500 530,64 539,15 228,56
200
M(KNm)
400
M-C 150 M-C
M(KNm)
300 My My
Mmax 100 Mmax
200 Mu
Mu
100 50
0 0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0 0,02 0,04 0,06
φ(m-1) φ(m-1)
Neste caso o efeito de confinamento é muito pouco eficaz. Repare-se (Ilustração 49) que o
valor é de apenas 0,0333 e . A extensão última, calculada de acordo
com a equação (9), é . Os valores de coeficiente de ductilidade em
curvatura são: e e e , todos eles inferiores ao
valor requerido de 5,2.
44
Tabela 3 – Tabela síntese dos resultados da verificação de ductilidade
H1R1
0,0236 0,0236 0,0070 0,1585 22,64 0,0236 0,0150 0,3950 26,33
600
H1R2
0,0236 0,0236 0,0065 0,1540 23,69 0,0236 0,0150 0,3320 22,13
600
H1R1
0,0236 0,0236 0,0075 0,1475 19,67 0,0236 0,0170 0,2815 16,56
1000
H1R2
0,0236 0,0236 0,0070 0,1365 19,50 0,0162 0,0170 0,1755 10,32
1000
H2R1
0,0041 0,0041 0,0070 0,0165 2,36 0,0033 0,0170 0,0300 1,76
1000
H2R2
0,0041 0,0041 0,0070 0,0205 2,93 0,0033 0,0170 0,0385 2,26
1000
em que:
é a extensão máxima atingida pelo betão confinado.
, são as curvaturas de cedência em y e z respectivamente
, são as curvaturas última em y e z respectivamente
Outro aspecto a realçar é que na verificação de ductilidade pela inequação (26) a direcção de
maior inércia é mais condicionante (comparar Ilustração 40 com Ilustração 41, Ilustração 42
com Ilustração 43 e Ilustração 49 com Ilustração 50). Isto acontece porque a necessidade de
estribos é proporcional a e todas as outras variáveis, excepto o coeficiente em ductilidade
requerido (que neste exemplo é igual nas duas direcções), não dependem da direcção
considerada.
45
Na verificação por relações de momento-curvatura repara-se que nem sempre a direcção de
maior inércia é mais condicionante, até porque a perda de resistência por destacamento do
betão de recobrimento é mais relevante para a menor inércia. Aliás os três exemplos em que a
curvatura última é condicionada pela resistência ser inferior a 85% da máxima e não por se
atingir a extensão máxima são para a direcção de menor inércia.
Abaixo apresenta-se um gráfico (Ilustração 55) mais detalhado para a relação momento-
curvatura para a hipótese 1 e relação constitutiva parábola-rectângulo na direcção maior inércia
com esforço axial N=1000KN (H1R1_1000).
700
600
500 Mtotal
400 Mcore
(KNm)
Mrec1
300
Mrec2
200
Mrec3
100
Marmaduras
0
Ilustração 55 – Gráfico e legenda detalhado para a relação momento curvatura H1R1_1000. Cada linha do
gráfico representa a “contribuição” para o momento flector da secção da área de cor correspondente.
46
6.2 Exemplo de Aplicação 2 – Comparação de resultados
3
Diagrama bilinear para as armaduras
Diagrama parábola-rectângulo para o betão e para o cálculo da interacção M-N com
.
4
Diagrama para análise estrutural , como representado na Ilustração 2.
A resistência do betão à compressão foi tomada nula e não foi tido em conta o efeito do
confinamento.
Considera-se que existe rotura assim quando se atinge a extensão última nalguma fibra de
betão ou aço.
Os resultados obtidos pelo autor tiveram por base as mesmas hipóteses consideradas por
Virtuoso[8].
3
Foi considerado que a extensão de rotura do aço era de 0,01
4
Correspondente à equação (3) do presente relatório. Foi considerado que a extensão de rotura do betão
não confinado à compressão era de 0,0033, ao contrário do que no resto do presente documento, onde a
extensão de rotura do betão Classe C25/30 é de 0,0035.
47
4.000
3.000
2.000
Autor
N(KN)
Virtuoso F.
1.000
0
-100 0 100 200 300 400 500
M(KNm)
-1.000
450
400 N = 1000KN
350
300
M(KNm)
250 N = 0KN
200
150
Autor
100
Virtuoso
50
0
0 0,005 0,01 φ(m-1) 0,015 0,02 0,025
Os resultados obtidos pelo programa realizado no âmbito deste trabalho são muito
semelhantes aos obtidos por Virtuoso[8].
É possível notar que neste exemplo não há uma quebra de resistência após o momento de
pico. Isso deve-se a inexistência de confinamento que determina que a rotura se dê assim que
se atinge a extensão ultima no betão de recobrimento.
48
7 Conclusões Gerais
O principal objectivo desta dissertação, que era a automatização dos procedimentos de cálculo
das verificações de segurança de pilares sujeitos a acções sísmicas foi cumprindo, tendo-se
conseguido apresentar mais do que uma solução para o fazer.
Como desenvolvimento futuro pode-se também sugerir a adaptação do programa para outro
tipo de secções que não rectangulares, o que pode não resultar numa dificuldade muito
acrescida uma vez que o programa funciona por métodos numéricos e que o próprio programa
já considera secções não uniformes (zonas confinadas e zonas não confinadas). Para a
adopção de outro tipo de secções teria de se considerar as relações momento-curvatura, e
poder-se-ia comparar esses resultados com resultados experimentais que pudessem de
alguma forma confirmar o modelo analítico.
49
Bibliografia
[1] CEB – FIB Model Code 90, CEB – FIB. Thomas Telford 1993
[2] EN 1992-1:2004, Eurocode 2: Design of concrete structures – Part 1: General rules and
rules for buildings. CEN, Bruxelas, 2004
[3] EN 1998-1:2004, Eurocode 8: Design of structures for earthquake resistance – Part 1:
General rules and rules for buildings. CEN, Bruxelas, 2004
[4] Faccioli, E.; Fardis, M.; Pinto, P. entre outros. Designers Guide to En 1998-1 and 1998-
5. Eurocode 8: Design Provisions for Earthquake Resistant Structures. Thomas Telford
2005.
[5] Lobo, José Figueiredo. Estruturas reticuladas de betão armado: discussão dos
conceitos teóricos subjacentes ao Eurocódigo 8 e suas consequências praticas no
projecto. Tese de mestrado. IST 1999
[6] Lopes, Mário e outros. Sismos e edifícios. Edições Orion. Lisboa 2008.
[7] Pipa, José Manuel. Ductilidade de elementos de betão armado sujeitos a acções
cíclicas. Tese de doutoramento. IST 1993
[8] Virtuoso, F.; Gomes, A.; Mendes, P.. Cálculo da relação momento-curvatura e do
diagrama de interacção momento-esforço normal em secções de betão armado pré-
esforçado, Relatório ICIST DT nº 4/98. Lisboa 1998.
[9] REBAP, Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado; Decreto-Lei
nº349-C/83, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Lisboa, 1984.
[10] RSA, Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes;
Decreto-Lei nº235/83, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Lisboa, 1983.
50