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Arte no Egito

A história da civilização egípcia se compõe por dinastias, pelas figuras


avassaladoras dos faraós, que não eram apenas regentes supremos (reis) mas
também deuses, uma autoridade sobre humana, que era cultuada por todos, além
do início da cultura mitológica, o desenvolvimento das ciências, da medicina, das
táticas de guerra, do comércio, agricultura, avanços dos quais até hoje estão
enraizados na sociedade ocidental, desde 3.000 anos antes de Cristo.

1. Cobertura do sarcófago de Tutankamon 1340 a.C. Ouro, incrustado com


esmalte e pedras preciosas, altura total 1,84 m. Museu egípcio, Cairo.
2. A rainha nefertiti 1360 a.c. calcário, altura: 0,51 cm. Museu de Berlim.
3. Desenho com hieróglifos.

Quando nos referimos a atitude dos egípcios para com a morte e a


imortalidade, sabemos que ainda muito aprender sobre a origem e o significado das
sepulturas, sarcófagos, mastabas e pirâmides, o conceito de imortalidade aplicado
apenas às aristocracias, devido a sua associação com os imortais faraós.

A forma padronizada das sepulturas e dos túmulos de forma trapezoidal


recobertos por ouro e pedras preciosas dentro de uma câmara mortuária que ficava
bem abaixo do solo e ligava - se a mastaba, local onde havia uma cartela para as
oferendas e um cubículo do secreto para estar todo morto. As mastabas reais
chegavam a alcançar um tamanho admirável e logo se transformavam em pirâmide.
:

As pirâmides não eram estruturas isoladas, mas funcionavam com imensos


distritos funerários, com templos e outras edificações que eram cenário de grandes
celebrações religiosas, tanto durante e a pós a vida do faraó. A Arquitetura egípcia
começou como estruturas feitas de tijolos de argila e madeira, logo depois veio a
pedra talhada e com ela as três grandes pirâmides de miquerinos, quéfren e quéops
e Gizé.
4. Pirâmides de Miquerinos (2470 a.C), Quéfren (2500 a C), Quéops (2530) e
Gizé. No entorno mastabas.

Outro grande feito arquitetônico dos egípcios foi a grande esfinge, que
esculpida na rocha, como uma corporificação da realeza Divina, se torna ainda mais
impressionante do que as próprias pirâmides, pois a cabeça real surge do corpo de
um leão, elevando-se a uma altura de 20 m, sua impressionante majestade veio a
ser depois de 3000 anos mais tarde vista como uma imagem do Deus do sol.

Escultura:.

É na escultura que se revela a maior parte dos traços característicos da arte


no antigo Egito. A estatuária egípcia é adequada a natureza divina do faraó, essa
abordagem cúbica da forma humana pode ser notavelmente observada na escultura
egípcia, o escultor delinea os planos frontal e lateral na superfície de um bloco
retangular e em seguida trabalhar para dentro até que os planos se contornam, só
desse modo ele pode obter figuras de firmeza e mobilidade tridimensionais tão
intensas.

Outra característica marcante é a qualidade do retrato dos rostos, sendo o


mais vivo possível e bastante acentuados os detalhes da face, além dos contrastes
que identificam o masculino e o feminino na forma da qual é representada o corpo,
esses cultores não apenas sabiam contrastar a estrutura dos rostos, mas também
enfatizar as formas suaves e salientes que existem no corpo humano.
5.A grande esfinge. Velho império 2500 a.C. Altura 20 m.
6.o príncipe rahotep e sua esposa nofret 2480 a.C. Calcário pintado, altura 1,20 m.
Museu Egípcio, Cairo.
7. Miquerinos e sua esposa. 2.500 a.C. Ardósia. Altura: 1,42 m. Museu de belas
artes, Boston.

Pintura:

A pintura egípcia sobreviveu praticamente intacta, ao longo de todos esses


milênios que perdura essa arte voltada totalmente para adoração aos faraós, essas
obras de arte que carregam consigo o misticismo, o sobrenatural, o transcendental,
que explica essa ligação entre os humanos e os deuses no antigo Egito. As figuras
representadas nas pinturas, nada mais é do que a representação das crenças dessa
civilização.

Os pintores egípcios usavam da lei da frontalidade para desenhar e pintar suas


imagens, As representações das pessoas eram feitas da seguinte forma: os olhos, o
peito e os ombros são representados de frente, enquanto a cabeça e as pernas
ficam de lado, delineando bem os traços faciais e demonstrando a aparência
enigmática dos soberanos egípcios.

Essas pinturas podem ser encontradas em sarcófagos, tumbas, mastabas e


pirâmides, em cores como o azul, vermelho, amarelo, branco e preto, sendo que os
sarcófagos podem ser adornados com pedras preciosas cravejadas no ouro, essa
rica cultura, deu início há um trabalho mais elaborado da pintura de representação
humana, assim como também a sua relação com a natureza e os animais,
coincidindo com o surgimento das mitologias.
8. Cleópatra - Última rainha do Egito. (69 a.C - 30 a.C)
9. Nefertiti - Rainha do Antigo Egito, esposa do faraó Aquenáton, tornaram-se
conhecidos pela revolução religiosa, na qual adoravam apenas um deus, Áton, ou o
disco solar.

Arte egípcia por si só incrível, mas o legado cultural que os egípcios deixaram
para o ocidente vão além, em todo o Egito ainda existem de 118 a 168 pirâmides,
incontáveis pinturas e desenhos, papiros e hieróglifos, mitologias e crenças, faraós
e deuses imortalizados pela arte. Diversas contribuições, que ainda hoje são
consideradas um marco civilizatório inigualável.

Dos cultos aos soberanos mortos até a adoração de um Deus só, histórias
mitológicas e enigmas misteriosos, toda a arte egípcia é voltada para a imortalidade
do espírito. A intencionalidade dos artistas, engenheiros e arquitetos, assim como
também os escultores, era ressaltar imortalizar a imagem do homem endeusado,
que transcende a existência humana.

A arte no Egito deixou para trás o período primitivo, em que os homens faziam
arte sem um objetivo maior, apenas com intuito de registrar a sua vida cotidiana,
além de sua conexão com a natureza. Abrindo espaço para uma nova forma de se
fazer arte, de um jeito mais rebuscado e com uma intencionalidade educativa e
cultural, como posteriormente religiosa.

Em sequência a arte egípcia, tantos os gregos, quantos os romanos tiveram


muita influência dessa forma de arte, tendo como referência não só a
espiritualidade, mas a representação desta mesma. Os mitos, as crenças os
costumes, a civilidade, o fazer artístico arquitetônico, escultórico e pictório, sendo
assim uma herança cultural para todo o ocidente.

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