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Características do Taylorismo contrariando a Ergonomia

A ergonomia que buscava respostas para problemas relacionados às más condições de


trabalho, à organização dos tempos de trabalho (ritmos e turnos) e à rejeição da fragmentação
de tarefas, produto da divisão exacerbada do trabalho que teve origem no final do século XIX
com o movimento chamado Taylorismo. O auge desses movimentos dá-se entre os anos de
1960 e 1970.

A partir da década de 1980, ocorre uma mudança no foco da atenção dos ergonomistas. Com o
objetivo de reduzir a sobrecarga física provocada pelo manuseio de cargas, ocorreu a
automação dos sistemas produtivos, a partir da qual se acreditava que os principais fatores de
risco, relacionados ao manuseio de cargas, seriam resolvidos.

Contudo, tal processo passou a ser fonte de uma série de problemas relacionados à natureza
cognitva da ação. Assim, ganhou importância a análise dos sistemas automáticos e
informatizados com ênfase na natureza cognitiva do trabalho. Isso, porque, o trabalhador
deixou de ser um executor direto da atividade, passsando a exercer o papel de controlador do
processo produtivo.

As inovações tecnológicas resultaram na intensificação do trabalho, vinculada muitas vezes à


execução de tarefas altamente repetitivas e novos meios de controle sobre o trabalhador. Ao
final da década de 1990, com o advento do setor de serviços, representado pelos call centers,
pelas redes de distribuição e sistemas delivery (MARRAS, 2000), cresce, ainda mais, a
necessidade de atenção conjunta voltada tanto para os aspectos físicos como para os
cognitivos, relacionados às atividades desenvolvidas pelos setores de serviços.

Atualmente, a Ergonomia congrega a atuação de diferentes profissionais vinculados às


questões do trabalho, como médicos, engenheiros, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas
ocupacionais, enfermeiros, administradores, sociológos, entre outros.

Além disso, tornou-se um instrumento que embasa ações de sindicatos de trabalhadores, que
dá suporte a organizações patronais e que serve de subsídio durante ações judiciais,
contribuindo sempre no sentido de transformar e adequar o trabalho às necessidades e
limitações do trabalhador, bem como às demandas para otimização do sistema produtivo.

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