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AS TRÊS RAIZES DO PECADO.

I João 2:15-17

Pr. Eduilio de Oliveira Silva

INTRODUÇÃO.

1. Frase alusiva: Algumas pessoas pensam que o pecado tem


que ver apenas com conduta externa: com as pessoas com
quem ficamos juntos, com os lugares que frequentamos , as
atividades que realizamos ou deixamos de realizar etc. Isso
não é inteiramente verdade, porque o pecado começa no
coração. Neste sermão analisaremos as três raízes do pecado
que flui através do coração.
2. Texto: 1 João 2:15-17. “Não ameis o mundo, nem o que no
mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está
nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da
carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não
são do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua
concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus
permanece para sempre.”
3. Contexto: Os judeus tinham por muitos séculos uma crença
básica que dividia o tempo em duas “Eras”, a “Era” presente
que era totalmente ruim, e a “Era” por vir, que seria a “Era”
de Deus, totalmente boa. Era a crença básica dos cristãos que
em Cristo a “Era” por vir havia chegado, o Reino de Deus já
estava aqui; mas o Reino de Deus não tinha sido introduzido
no mundo, ou tinha vindo para o mundo, mas para a Igreja.

a. Por isso foi necessário que os cristãos desenvolvessem um


contraste. A vida cristã dentro da Igreja era a “Era” por vir,
que era totalmente boa; por outra parte, o mundo ainda
estava vivendo na “Era” presente, que era totalmente má.
b. A consequência inevitável desta dualidade era uma divisão
completa entre a Igreja e o mundo, entre os quais nunca
poderia haver nenhum entendimento, nem mesmo para
compromisso temporário.
c. O mundo nesta passagem não significa o mundo em geral,
porque Deus amou o mundo que ele o fez; o mundo
(Kosmos) adquiriu um sentido moral, isso significa o
mundo que, de fato, tinha esquecido do Deus que o tinha
criado. Nosso autor se refere a sociedade humana que se
organiza sobre princípios falsos e é caracterizada por
baixos desejos, falsos valores e uma vida de egoísmo.
d. Havia um fator na situação do povo de João que fazia
ainda mais perigosas as circunstâncias. Os cristãos
estavam sob a tentação perigosa de chegar a um acordo
com o mundo. É sempre difícil de ser diferente dos outros,
e ser diferente era especialmente difícil para os cristãos
naquelas circunstâncias.

4. Jesus venceu o pecado em suas raízes e da mesma maneira


todos aqueles que estão Nele poderás vence-los também.
5. Quais são as três raízes do pecado que tem a origem no
coração?
6. Analisaremos as três raízes do pecado e como vence-las em
nossas vidas.

I. A CONCUPISCÊNCIA DA CARNE (O desejo da carne).


1. Lição 1: O mundo aparta de Deus o coração e quanto
mais prevaleça o amor ao mundo, mais decai o amor a
Deus.
a. O v. 16 fala da concupiscência da carne: os maus desejos
do coração.
b. No Novo Testamento a carne é a parte de nossa natureza
que quando está fora da graça de Jesus Cristo, oferece
uma cabeça de ponte para o pecado.
2. A expressão concupiscência (επιθυμία) da carne.

a. Significa os desejos que emanam da carne, ou seja, que


emanam da natureza humana corrompida, como o comer,
o beber, o ato sexual etc., buscados de uma maneira
desordenada, para usar e servir-se deles não na maneira
estabelecida por Deus, mais para abusar dos mesmos.
b. Abarca todos os apetites e desejos próprios de nossa
complexão corporal: a luxúria em primeiro lugar, mais
também os apetites desordenados da bebida, da comida,
dos prazeres mundanos, a aspiração ao bem-estar
sensível.
c. Isto quer dizer muito mais do que nós entendemos como
pecados da carne. Muitas vezes isto se limita
exclusivamente a os pecados sexuais.
d. O estar sujeito ao desejo da carne é viver um vida
dominada pelos sentidos. É ser glutão, rebuscado no luxo,
escravo do prazer, cobiçoso, relaxado na moral, egoísta
no uso das poses, desinteressado em todos os valores
espirituais, extravagante na gratificação dos desejos
materiais. O desejo da carne no tem em conta os
mandamentos de Deus, nem seu juízo, nem seus
princípios, nem ainda a mesma existência de Deus.
e. É interessante notar que esse foi o primeiro desejo de Eva
“E viu a mulher que a arvore era boa para comer. Gn.3:6.
Foi também a primeira tentação que Satanás lançou
contra Cristo: Luc. 4:3, “Manda que esta pedra se
transforme em pão.” Mais graças a Deus onde Eva caiu
Cristo venceu sendo Ele mesmo o socorro para todos que
também são tentados.

II. CONCUPISCÊNCIA DOS OLHOS (Desejo dos olhos)


1. Lição: A concupiscência dos olhos se refere à má inclinação
existente no homem de servir-se dos olhos para cometer
pecados. Os olhos são as janelas da alma, e através destas
janelas entram as maiores excitações, que incitam a alma ao
mal.
2. O v. 16 fala da tendência de deixar-se cativar pelas
aparências.
a. Os rabinos chamavam os olhos “os proscênios da
luxúria.” A concupiscência dos olhos não se pode
restringi-la, como há cridos muitos autores, ao domínio
da luxúria, nem a cobiça dos bens terrenos.
3. É a tendência a deixar-se cativar pelas aparências.
a. É o espírito que identifica a ostentação excessiva com a
prosperidade real; que não pode ver nada sem desejar
possui-lo e que, uma vez que o possui se pavoneia e faz
gala dele.
b. É o espírito que crê que a felicidade se acha nas coisas
que se compram com dinheiro e que se podem ver; que
não reconhece outros valores além dos materiais.
4. Esse foi o segundo desejo de Eva: “E que era agradável aos
olhos” Gn. 3:6. Assim também Satanás tentou Cristo quando
lhes mostro os reinos do mundo por um momento. A causa da
concupiscência dos olhos de Davi (2 Sam.11:2) e Acã
(Jos.7:21) caíram. Ver a oração de Davi, Sal.119:37.
5. O desejo dos olhos abarca todas as más inclinações que são
atiçadas pela vista; os desejos desordenados de velo tudo:
espetáculos, teatros, circos, revistas, boxeou, e incluso coisas
ilícitas, pela vã curiosidade o prazer de velo tudo.

III. SOBERBA DA VIDA (vangloria da vida).


1. Lição: o homem anseia a grandeza e a pompa de uma vida de
vangloria, o qual compreende uma sede de honras e aplausos.
2. No v. 16 João usa uma palavra grega, alazoneía.
a. Para os antigos moralistas, o alazão era o homem que
pretendia ter mais que ninguém e valer mais que
ninguém. O alazão era o fanfarrão.
b. Quando não tem nenhum tostão em sua conta; fala dos
amigos que tem entre os poderosos
c. Vive em una casa alugada, mais fala de comprar uma
casa maior para poder celebrar festas luxuosas.
d. Sua conversação versa continuamente em presumir de
coisas que não possui, e passa a vida tratando de
impressionar a todos os que encontram com sua
importância inexistente.
6. O orgulho (αλαζονεία) da vida
a. É a jactância dos bens terrenos, das riquezas e da fortuna.
b. É a idolatria do próprio eu, a autossuficiência, que o leva
a não buscar-se mais que a si mesmo.
7. Este e o perigo real das riquezas.
a. Por isso, Jesus Cristo nos Evangelhos nos exorta
especialmente no evangelho de Lucas a está em guarda
contra o perigo das riquezas
b. Segundo vê João, o homem do mundo é o que o julga
todo por suas apetências, o escravo da ostentação
desmedida, o presumido fanfarrão que trata de presentar-
se como muito mais do que é. Um gozo que nunca se
acaba.
8. Querer ser o que não pode com o poder que não tem para
parecer quem não é. “Esse foi também o terceiro desejo de
Eva: “a arvore desejável para alcançar sabedoria” Gn. 3:6
(uma manifestação do “orgulho da vida,” o desejo de saber
mais do que Deus há revelado. Col.2:8 o orgulho do saber
profano). Satanás também tentou Cristo colocando-lhe sobre
o pináculo do templo, para que, o orgulho espiritual e
presunção, em base ao cuidado de seu Pai, se jogasse desde o
mesmo. Mais Jesus derrotou satanás mais uma vez.
9. A soberba, foi o pecado de Satanás que causou sua caída, e
forma o vínculo entre os dos inimigos do homem, que
corresponde a concupiscência dos olhos e a concupiscência
da carne.

CONCLUSIÓN
Recapitulação: Para concluir, podemos notar que a
concupiscência da carne, é os maus desejos do coração, que o
desejo dos olhos é a tendência a de cativar pelas aparências e
a soberba da vida o homem anseia a grandeza e a pompa de
uma vida de vangloria, o qual compreende uma sede de
honras e aplausos.
Segundo João a pessoa que se adscreve as metas e a maneira
do mundo está dedicando a vida a coisas que, literalmente,
não tem nenhum futuro.
a. Todas estas coisas são passageiras, e não tem nenhuma
permanência; mais a pessoa que ha posto a Deus como o
centro de sua vida se entrega a coisas que duram para
sempre.
b. A pessoa do mundo está condenada a desilusão; por
tanto, amar o mundo e as coisas que ele oferece em
desacordo a vontade de Deus é loucura, porque o
mundo passa, e também suas concupiscências (v. 17);
por outro lado, o fiel que cumpre a vontade de Deus
participa de sua eternidade.
c. La fugacidade das coisas mundanas é um motivo mais
para evitar o amor do mundo. Por o contrario, o que põe
em prática os mandamentos o que faz a vontade de Deus
esse possui a vida eterna.
10. Chamado: Convido-te a invocar a presença do Espírito Santo
a cada dia em suas vidas para poderdes vencê-los as três
dimensões do pecado que nasce no coração.
a. Oremos…

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