Você está na página 1de 31

INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS

SEGURANÇA DO TRABALHO
HIGIENE DO TRABALHO I

RESUMO DA NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

MACEIÓ
2021
1

EMMANUEL DE OLIVEIRA ALVES

RESUMO DA NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

Trabalho apresentado à disciplina de Higiene


do Trabalho I, no Curso Técnico Subsequente
em Segurança do Trabalho como requisito
parcial para obtenção de nota.

MACEIÓ
2021
2

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente………………... 5

Figura 2 - Medidor de Stress Térmico…………………………………………………... 8

Figura 3 - Brasil Climas……………………………………………………………….... 13

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Incremento da duplicação de dose…………………………………………... 5

Tabela 2 - Direção das vibrações de corpo inteiro…………………………………….... 12

Tabela 3 - Zonas Climáticas e Correspondência com a CLT…………………………... 14

Tabela 4 - Graus de Insalubridade…………………………………………………….... 24


3

SUMÁRIO

ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES………………………………………. 4

ANEXO 1 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU


5
INTERMITENTE……………………………………………………………………….

ANEXO 2 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO…………. 7

ANEXO 3 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR………. 8

ANEXO 5 - RADIAÇÕES IONIZANTES…………………………………………….. 10

ANEXO 7 - RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES…………………………………….... 11

ANEXO 8 - VIBRAÇÕES……………………………………………………………... 12

ANEXO 9 - FRIO………………………………………………………………………. 13

ANEXO 10 - UMIDADE………………………………………………………………. 15

ANEXO 11 - AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É


CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL
DE TRABALHO……………………………………………………………………….. 16

ANEXO 12 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS………….. 17

ANEXO 13 - AGENTES QUÍMICOS…………………………………………………. 18

ANEXO 14 - AGENTES BIOLÓGICOS……………………………………………… 23

QUESTÕES…………………………………………………………………………….. 25

BIBLIOGRAFIA……………………………………………………………………….. 30
4

ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem acima dos


limites de tolerância. Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de
exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do
item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário
mínimo nacional, equivalente a:
● 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
● 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
● 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o
de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.
A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento
do adicional respectivo.
A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de
trabalho dentro dos limites de tolerância;
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.
Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do
trabalhador, comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do
trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido aos
empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização.
A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de
avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do
trabalhador.
5

ANEXO 1 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO


OU INTERMITENTE

Denomina-se ruído todo som que é indesejável.


Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites
de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto.
Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com
instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito
de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo
ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e
iminente.
Figura 1 - Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente

Fonte: NR 15 - Anexo 1
Os limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente possuem incremento de
duplicação de dose igual a 5 dB(A). Ou seja, a cada 5 dB(A) o prejuízo dobra e a carga
horária cai pela metade (q=5).

Tabela 1 - Incremento da duplicação de dose

Dose Nível de Ruído dB (A) Máxima Exposição Diária Permissível

100% 85 8 horas

200% 90 4 horas
6

400% 95 2 horas

800% 100 1 hora

1600% 105 30 minutos

3200% 110 15 minutos

6400% 115 7 minutos


Fonte: adaptado do anexo 1 da NR 15
7

ANEXO 2 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO

Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de
duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de
pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras
devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de
impacto será de 130 dB (linear).
Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de
resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e
circuito de compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C).
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a
níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de resposta
para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST),
oferecerão risco grave e iminente.
8

ANEXO 3 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR

Entende-se por calor, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, temperatura


alta. A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro
de Globo" - IBUTG definido pelas situações abaixo:

Ambientes internos ou externos sem carga solar (menor fórmula):


IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Ambientes externos com carga solar (maior fórmula):


IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
Onde:
tg = temperatura de globo.
tbs = temperatura de bulbo seco.
tbn = temperatura de bulbo úmido natural.

Figura 2 - Medidor de Stress Térmico

Fonte: Instrutherm

Constituição do Medidor de Stress Térmico:


a) Termômetro de Globo:
Uma esfera oca de cobre de aproximadamente 1 mm de espessura e com diâmetro de
152,4 mm, pintada externamente de preto fosco. Com um sensor de temperatura
posicionado no centro da esfera de cobre, com fixação que garanta a hermeticidade do
sistema, impedindo a existência de fluxo de ar do interior do globo para o ambiente e
vice-versa.
9

b) Termômetro de Bulbo Seco:


Sensor de temperatura do ar protegido da radiação solar direta ou daquelas
provenientes de fontes artificiais por meio de dispositivos que barrem a incidência da
radiação e permite a livre circulação de ar ao seu redor.
c) Termômetro de Bulbo Úmido Natural:
Sensor de temperatura revestido com um pavio tubular branco, confeccionado em
tecido com alto poder de absorção de água, como, por exemplo, algodão, mantido
úmido com água destilada.
10

ANEXO 5 - RADIAÇÕES IONIZANTES

Entende-se Radiações Ionizantes como ondas eletromagnéticas de altíssima frequência


que possuem grande poder de ionização, ou seja, possuem energia suficiente para arrancar
elétrons dos átomos constituintes da matéria, podendo gerar rupturas de ligações moleculares
e, consequentemente, a alteração em nível celular (DNA), realizando ação mutagênica. Fazem
parte deste grupo: a radiação alfa (α), radiação beta (β), radiação gama (γ) e os raios X.
Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam ser expostos a radiações
ionizantes, os limites de tolerância, os princípios, as obrigações e controles básicos para a
proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pela
radiação ionizante, são os constantes da Norma CNEN-NN-3.01 (Comissão Nacional de
Energia Nuclear): "Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica", de março de 2014, aprovada
pela Resolução CNEN n.º 164/2014, ou daquela que venha a substituí-la.
11

ANEXO 7 - RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES

Entende-se por Radiações Não-ionizantes as ondas eletromagnéticas de menor energia


e menor frequência quando comparadas às radiações ionizantes. Portanto, são radiações cuja
energia é insuficiente para ionizar a matéria sobre a qual incide.
São radiações não-ionizantes as microondas, ultravioletas e laser.
As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações
não-ionizantes, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres, em decorrência de
laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra
(ultravioleta na faixa - 400- 320 nanômetros) não serão consideradas insalubres.
12

ANEXO 8 - VIBRAÇÕES

As vibrações são o movimento oscilatório de um corpo produzido por forças


desequilibradas de componentes de movimento rotativo ou alternativo de máquinas e
equipamentos. Dependendo da frequência do movimento oscilatório e sua intensidade, as
vibrações podem causar desde desconforto (formigamentos e adormecimento leves) até
comprometimentos no tato e sensibilidade à temperatura, perda de destreza e incapacidade
para o trabalho (problemas articulares).
O equipamento utilizado para medir as vibrações é denominado de acelerômetro.
As Vibrações de Mão e Braço (VMB) são medidas a partir de 2 eixos e as Vibrações
de Corpo Inteiro (VCI) são medidas a partir dos 3 eixos (x, y, z).

Tabela 2 - Direção das vibrações de corpo inteiro

EIXO DIREÇÃO E SENTIDO

X das costas para o peito

Y do lado direito para o lado esquerdo

Z dos pés para a cabeça


Fonte: Higiene no Trabalho. rede e-Tec Brasil. p.122

Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição


ocupacional diária a VMB correspondente a um valor de aceleração resultante de exposição
normalizada (aren) de 5 m/s2.
Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados quaisquer dos limites de
exposição ocupacional diária a VCI:
a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s2;
b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.
As situações de exposição a VMB e VCI superiores aos limites de exposição
ocupacional são caracterizadas como insalubres em grau médio.
13

ANEXO 9 - FRIO

Entende-se como frio, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, temperatura


baixa.
As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em
locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a
proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção
realizada no local de trabalho.
No artigo 253 da CLT, considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo,
o que for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do
Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze
graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus).

Figura 3 - Brasil Climas

Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/mapas/GEBIS%20-%20RJ/map6113.jpg
14

Tabela 3 - Zonas Climáticas e Correspondência com a CLT

Temperatura abaixo da qual


Zona Climática Correspondência com o é considerado artificialmente
(Brasil Clima) artigo 253 da CLT frio (artigo 253 da CLT)
ºC

Quente primeira, segunda e terceiras 15


zonas

Subquente quarta zona 12

Mesotérmico Brando
quinta, sexta e sétima zonas 10
Mesotérmico Mediano
Fonte: adaptado de
<http://www.apejust-go.org.br/index.php/informes-videos/241-estta-engenharia-de-seguranca-do-trabalho-e-tecn
ologia-de-alimentos>
15

ANEXO 10 - UMIDADE

As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com


umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas
insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
16

ANEXO 11 - AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA


POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO

Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes


químicos (na sua forma gasosa ou vapor), a caracterização de insalubridade ocorrerá quando
forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do quadro 1 do anexo 11 (NR 15).
Todos os valores fixados como "Asfixiantes Simples" determinam que nos ambientes
de trabalho, em presença destas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá ser 18
(dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver
abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.
17

ANEXO 12 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS

Entende-se por poeiras, aerodispersóides derivados do fracionamento de um sólido ou


vegetal suspenso no ar.
O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos referente à
extração, tratamento, moagem, transporte do minério, ou ainda a outras operações com
exposição a poeiras do manganês ou de seus compostos é de até 5 mg/m3 no ar, para jornada
de até 8 (oito) horas por dia.
O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos referente à
metalurgia de minerais de manganês, fabricação de compostos de manganês, fabricação de
baterias e pilhas secas, fabricação de vidros especiais e cerâmicas, fabricação e uso de
eletrodos de solda, fabricação de produtos químicos, tintas e fertilizantes, ou ainda outras
operações com exposição a fumos de manganês ou de seus compostos é de até 1 mg/m3 no ar,
para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
Para sílica livre cristalizada o limite de tolerância para poeira respirável, expresso em
mg/m3 é dado pela fórmula:

LT = 8 / (%QUARTZO + 2)

E o limite de tolerância para a poeira total (respirável e não-respirável), expresso em


mg/m3 é dado pela fórmula:

LT = 24 / (%QUARTZO + 3)

Sempre será entendido que "Quartzo" significa sílica livre cristalizada.


Sempre que os limites de tolerância forem ultrapassados, as atividades e operações
com o manganês e sílica serão consideradas como insalubres no grau máximo.
18

ANEXO 13 - AGENTES QUÍMICOS

ARSÊNICO

Insalubridade de grau máximo: Extração e manipulação de arsênico e preparação de


seus compostos. Fabricação e preparação de tintas à base de arsênico. Fabricação de produtos
parasiticidas, inseticidas e raticidas contendo compostos de arsênico. Pintura a pistola com
pigmentos de compostos de arsênico, em recintos limitados ou fechados. Preparação do
Secret. Produção de trióxido de arsênico.
Insalubridade de grau médio: Bronzeamento em negro e verde com compostos de
arsênico. Conservação e peles e plumas; depilação de peles à base de compostos de arsênico.
Descoloração de vidros e cristais à base de compostos de arsênico. Emprego de produtos
parasiticidas, inseticidas e raticidas à base de compostos de arsênico. Fabricação de cartas de
jogar, papéis pintados e flores artificiais à base de compostos de arsênico. Metalurgia de
minérios arsenicais (ouro, prata, chumbo, zinco, níquel, antimônio, cobalto e ferro).
Operações de galvanotécnica à base de compostos de arsênico. Pintura manual (pincel, rolo e
escova) com pigmentos de compostos de arsênico em recintos limitados ou fechados, exceto
com pincel capilar.
Insalubridade de grau mínimo: Empalhamento de animais à base de compostos de
arsênico. Fabricação de tafetá “sire”. Pintura a pistola ou manual com pigmentos de
compostos de arsênico ao ar livre.

CARVÃO

Insalubridade de grau máximo: Trabalho permanente no subsolo em operações de


corte, furação e desmonte, de carregamento no local de desmonte, em atividades de manobra,
nos pontos de transferência de carga e de viradores.
Insalubridade de grau médio: Demais atividades permanentes do subsolo
compreendendo serviços, tais como: operações de locomotiva, condutores, engatadores,
bombeiros, madeireiros, trilheiros e eletricistas.
Insalubridade de grau mínimo: Atividades permanentes de superfícies nas
operações a seco, com britadores, peneiras, classificadores, carga e descarga de silos, de
transportadores de correia e de teleférreos.
19

CHUMBO

Insalubridade de grau máximo: Fabricação de compostos de chumbo, carbonato,


arseniato, cromato mínio, litargírio e outros. Fabricação de esmaltes, vernizes, cores,
pigmentos, tintas, ungüentos, óleos, pastas, líquidos e pós à base de compostos de chumbo.
Fabricação e restauração de acumuladores, pilhas e baterias elétricas contendo compostos de
chumbo. Fabricação e emprego de chumbo tetraetila e chumbo tetrametila. Fundição e
laminação de chumbo, de zinco velho, cobre e latão. Limpeza, raspagem e reparação de
tanques de mistura, armazenamento e demais trabalhos com gasolina contendo chumbo
tetraetila. Pintura a pistola com pigmentos de compostos de chumbo em recintos limitados ou
fechados. Vulcanização de borracha pelo litargírio ou outros compostos de chumbo.
Insalubridade de grau médio: Aplicação e emprego de esmaltes, vernizes, cores,
pigmentos, tintas, ungüentos, óleos, pastas, líquidos e pós à base de compostos de chumbo.
Fabricação de porcelana com esmaltes de compostos de chumbo. Pintura e decoração manual
(pincel, rolo e escova) com pigmentos de compostos de chumbo (exceto pincel capilar), em
recintos limitados ou fechados. Tinturaria e estamparia com pigmentos à base de compostos
de chumbo.
Insalubridade de grau mínimo: Pintura a pistola ou manual com pigmentos de
compostos de chumbo ao ar livre.

CROMO

Insalubridade de grau máximo: Fabricação de cromatos e bicromatos. Pintura a


pistola com pigmentos de compostos de cromo, em recintos limitados ou fechados.
Insalubridade de grau médio: Cromagem eletrolítica dos metais. Fabricação de
palitos fosfóricos à base de compostos de cromo (preparação da pasta e trabalho nos
secadores). Manipulação de cromatos e bicromatos. Pintura manual com pigmentos de
compostos de cromo em recintos limitados ou fechados (exceto pincel capilar). Preparação
por processos fotomecânicos de clichês para impressão à base de compostos de cromo.
Tanagem a cromo.
20

FÓSFORO

Insalubridade de grau máximo: Extração e preparação de fósforo branco e seus


compostos. Fabricação de defensivos fosforados e organofosforados. Fabricação de projéteis
incendiários, explosivos e gases asfixiantes à base de fósforo branco.
Insalubridade de grau médio: Emprego de defensivos organofosforados. Fabricação
de bronze fosforado. Fabricação de mechas fosforadas para lâmpadas de mineiros.

HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO

Insalubridade de grau máximo: Destilação do alcatrão da hulha. Destilação do


petróleo. Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado,
parafina ou outras substâncias cancerígenas afins. Fabricação de fenóis, cresóis, naftóis,
nitroderivados, aminoderivados, derivados halogenados e outras substâncias tóxicas derivadas
de hidrocarbonetos cíclicos. Pintura a pistola com esmaltes, tintas, vernizes e solventes
contendo hidrocarbonetos aromáticos.
Insalubridade de grau médio: Emprego de defensivos organoclorados: DDT
(diclorodifeniltricloretano) DDD (diclorodifenildicloretano), metoxicloro
(dimetoxidifeniltricloretano), BHC (hexacloreto de benzeno) e seus compostos e isômeros.
Emprego de defensivos derivados do ácido carbônico. Emprego de aminoderivados de
hidrocarbonetos aromáticos (homólogos da anilina). Emprego de cresol, naftaleno e derivados
tóxicos. Emprego de isocianatos na formação de poliuretanas (lacas de desmoldagem, lacas de
dupla composição, lacas protetoras de madeira e metais, adesivos especiais e outros produtos
à base de poliisocianetos e poliuretanas). Emprego de produtos contendo hidrocarbonetos
aromáticos como solventes ou em limpeza de peças. Fabricação de artigos de borracha, de
produtos para impermeabilização e de tecidos impermeáveis à base de hidrocarbonetos.
Fabricação de linóleos, celulóides, lacas, tintas, esmaltes, vernizes, solventes, colas, artefatos
de ebonite, gutapercha, chapéus de palha e outros à base de hidrocarbonetos. Limpeza de
peças ou motores com óleo diesel aplicado sob pressão (nebulização). Pintura a pincel com
esmaltes, tintas e vernizes em solvente contendo hidrocarbonetos aromáticos.
21

MERCÚRIO

Insalubridade de grau máximo: Fabricação e manipulação de compostos orgânicos


de mercúrio.

SILICATOS

Insalubridade de grau máximo: Operações que desprendam poeira de silicatos em


trabalhos permanentes no subsolo, em minas e túneis (operações de corte, furação, desmonte,
carregamentos e outras atividades exercidas no local do desmonte e britagem no subsolo).
Operações de extração, trituração e moagem de talco. Fabricação de material refratário, como
refratários para fôrmas, chaminés e cadinhos; recuperação de resíduos.

SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS

Para as substâncias ou processos as seguir relacionados, não deve ser permitida


nenhuma exposição ou contato, por qualquer via:
- 4 - amino difenil (p-xenilamina);
- Produção de Benzidina;
- Betanaftilamina;
- 4 - nitrodifenil.
Entende-se por nenhuma exposição ou contato significa hermetizar o processo ou
operação, através dos melhores métodos praticáveis de engenharia, sendo que o trabalhador
deve ser protegido adequadamente de modo a não permitir nenhum contato com o
carcinogênico. Sempre que os processos ou operações não forem hermetizados, será
considerada como situação de risco grave e iminente para o trabalhador.

OPERAÇÕES DIVERSAS

Insalubridade de grau máximo: Operações com cádmio e seus compostos, extração,


tratamento, preparação de ligas, fabricação e emprego de seus compostos, solda com cádmio,
utilização em fotografia com luz ultravioleta, em fabricação de vidros, como antioxidante, em
revestimentos metálicos, e outros produtos.
Operações com as seguintes substâncias:
22

- Éter bis (cloro-metílico)


- Benzopireno
- Berílio
- Cloreto de dimetil-carbamila
- 3,3' – dicloro-benzidina
- Dióxido de vinil ciclohexano
- Epicloridrina
- Hexametilfosforamida
- 4,4' - metileno bis (2-cloro anilina)
- 4,4' - metileno dianilina
- Nitrosaminas
- Propano sultone
- Betapropiolactona
- Tálio
- Produção de trióxido de amônio ustulação de sulfeto de níquel.

Insalubridade de grau médio: Aplicação a pistola de tintas de alumínio. Fabricação


de pós de alumínio (trituração e moagem). Fabricação de emetina e pulverização de ipeca.
Fabricação e manipulação de ácido oxálico, nítrico sulfúrico, bromídrico, fosfórico, pícrico.
Metalização a pistola. Operações com o timbó. Operações com bagaço de cana nas fases de
grande exposição à poeira. Operações de galvanoplastia: douração, prateação, niquelagem,
cromagem, zincagem, cobreagem, anodização de alumínio. Telegrafia e radiotelegrafia,
manipulação em aparelhos do tipo Morse e recepção de sinais em fones. Trabalhos com
escórias de Thomás: remoção, trituração, moagem e acondicionamento. Trabalho de retirada,
raspagem a seco e queima de pinturas. Trabalhos na extração de sal (salinas). Fabricação e
manuseio de álcalis cáusticos.
Insalubridade de grau mínimo: Fabricação e transporte de cal e cimento nas fases de
grande exposição a poeiras. Trabalhos de carregamento, descarregamento ou remoção de
enxofre ou sulfitos em geral, em sacos ou a granel.
23

ANEXO 14 - AGENTES BIOLÓGICOS

Insalubridade de grau máximo


Trabalho ou operações, em contato permanente com:
- pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu
uso, não previamente esterilizados;
- carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais
portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);
- esgotos (galerias e tanques); e
- lixo urbano (coleta e industrialização).

Insalubridade de grau médio


Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material
infecto-contagiante, em:
- hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e
outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao
pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso
desses pacientes, não previamente esterilizados);
- hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao
atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais
animais);
- contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros
produtos;
- laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico);
- gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao
pessoal técnico);
- cemitérios (exumação de corpos);
- estábulos e cavalariças; e
- resíduos de animais deteriorados.
24

Tabela 4 - Graus de Insalubridade

ANEXO Atividades ou operações que exponham o trabalhador Percentual

1 Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos 20%


limites de tolerância.

2 Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de 20%


tolerância.

3 Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores aos 20%


limites de tolerância.

4 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de


novembro de 1990)

5 Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior 40%


aos limites de tolerância.

6 Ar comprimido. 40%

7 Radiações não-ionizantes consideradas insalubres em 20%


decorrência de inspeção realizada no local de trabalho.

8 Vibrações consideradas insalubres em decorrência de 20%


inspeção realizada no local de trabalho.

9 Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção 20%


realizada no local de trabalho.

10 Umidade considerada insalubre em decorrência de 20%


inspeção realizada no local de trabalho.

11 Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores 10%, 20% e 40%


aos limites de tolerância.

12 Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos 40%


limites de tolerância.

13 Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, 10%, 20% e 40%


consideradas insalubres em decorrência de inspeção
realizada no local de trabalho.

14 Agentes biológicos. 20% e 40%


Fonte: NR-15
25

QUESTÕES

1 - Na Norma Regulamentadora 15, a eliminação ou neutralização da insalubridade deverá


ocorrer com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho
dentro dos limites de tolerância e com a adoção de:
A) equipamento de proteção individual.
B) equipamento de proteção coletivo.
C) dispositivos e máquinas.
D) proteção contra ruídos e vibrações.

2 - Considerando a Norma Regulamentadora 15 − NR 15 − Atividades e Operações Insalubres


− Anexo 1 − Limites de Tolerância para ruído contínuo ou intermitente, máxima exposição
diária permissível, a máxima exposição diária permissível e o nível de ruído, respectivamente,
são:
A) 1,0 hora − 102 dB.
B) 4,0 horas − 90 dB.
C) 6,0 horas − 86 dB.
D) 3,0 horas − 88 dB.
E) 2,5 horas − 95 dB.

3 - As radiações podem ser ionizantes e não ionizantes. Como exemplo de radiação não
ionizante encontram-se os(as):
A) raios ultravioleta
B) raios X
C) nêutrons
D) partículas alfa
E) partículas beta

4 - Considerando a exposição aos agentes insalubres nas atividades abaixo descritas, são
agentes insalubres que devem ser classificados em grau médio, no laudo de insalubridade:
I. Trabalhos com exposição a vibrações de corpo inteiro.
II. Agentes biológicos nos trabalhos e operações em contato permanente com material
infectocontagiante em cemitérios, na exumação de corpos.
III. Trabalhos com exposição a micro-ondas.
26

Quais estão corretas?


A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

5 - O trabalhador que desenvolve atividades em que fica exposto à radiações ionizantes e não
ionizantes estão sob condições insalubres de trabalho. A esse respeito, assinale a afirmativa
correta.
A) Os limites de tolerância à exposição de radiações ionizantes são estabelecidos por
Norma elaborada pelo conselho Nacional de Energia Nuclear- CNEN.
B) O CNEN considera as micro-ondas, as ultravioletas e o laser como radiações
ionizantes.
C) As operações que expõem os trabalhadores às radiações não-ionizantes serão sempre
consideradas insalubres.
D) As atividades que expõem os trabalhadores às radiações da luz negra serão
consideradas insalubres.
E) As atividades que expõem os trabalhadores às radiações ultravioletas na faixa de 320 a
400 nanômetros serão consideradas insalubres.

6 - Em relação aos limites de tolerância para ruídos de impacto, identifique como verdadeiras
(V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:
( ) As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a
níveis de ruído de impacto superiores a 135 dB (linear), medidos no circuito de resposta para
impacto, ou superiores a 130 dB (C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST),
oferecerão risco grave e iminente.
( ) Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de
pressão sonora operando no circuito linear e com circuito de resposta para impacto. As
leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído
de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser
avaliado como ruído contínuo.
27

( ) Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta
para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e no circuito de
compensação (C). Nesse caso, o limite de tolerância será de 120 dB (C).
( ) Entende-se por ruído intermitente aquele que apresenta picos de energia acústica de
duração inferior a 1 segundo, em intervalos superiores a 1 segundo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo:
A) V - F - F - V
B) V - F - V - V
C) F - V - V - F
D) V - F - F - F
E) F - V - F - V

7 - De acordo com a Norma Regulamentadora nº 15, Atividades e Operações Insalubres, os


trabalhos e as operações em contato permanente com pacientes ou com material
infectocontagiante, em serviços de emergência, ambulatórios e em postos de vacinação,
caracterizam insalubridade de grau:
A) Máximo.
B) Médio.
C) Mínimo.
D) Mínimo ou médio.
E) Médio ou máximo.

8 - Em uma fábrica, foram realizadas medições de temperatura de bulbo úmido natural e de


temperatura de globo, sendo seus valores respectivamente iguais a 25 ºC e 40 ºC.
Considerando que o ambiente é interno e sem carga solar, podese afirmar que o Índice de
Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) é igual a:
A) 28,3 ºC.
B) 29,5 ºC.
C) 29,9 ºC.
D) 31,7 ºC.
E) 32,3 ºC.
28

9 - A Norma Regulamentadora (NR) 15 menciona a relação das atividades e operações


envolvendo agentes químicos e tipo de insalubridade correspondente. Assinale a alternativa
que contemple uma atividade com chumbo, que corresponde à insalubridade de grau mínimo.
A) Fabricação de compostos de chumbo, carbonato, arseniato, cromato mínio, litargírio e
outros.
B) Fabricação de esmaltes, vernizes, cores, pigmentos, tintas, unguentos, óleos, pastas,
líquidos e pós à base de compostos de chumbo.
C) Limpeza, raspagem e reparação de tanques de mistura, armazenamento e demais
trabalhos com gasolina contendo chumbo tetraetila.
D) Fundição e laminação de chumbo, de zinco velho cobre e latão.
E) Pintura a pistola ou manual com pigmentos de compostos de chumbo ao ar livre.

10 - De acordo com a NR-15, as atividades ou operações executadas em locais alagados ou


encharcados, com umidade excessiva, poderão ser consideradas insalubres:
A) quando ultrapassarem os limites de tolerância previstos no respectivo anexo.
B) em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
C) ainda que não sejam, necessariamente, capazes de produzir danos à saúde dos
trabalhadores.
D) mas não geram direito a adicional ocupacional.
E) ou perigosas, garantindo ao trabalhador adicional ocupacional.
29

RESPOSTAS

1-A
2-B
3-A
4-E
5-A
6-C
7-B
8-B
9-E
10 - B
30

BIBLIOGRAFIA

NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES.


Disponível em:
<https://sit.trabalho.gov.br/portal/images/SST/SST_normas_regulamentadoras/NR-15-atualiz
ada-2019.pdf>
Acesso em: 04 de Abril de 2021.

NHO 06 - Norma de Higiene Ocupacional - Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor.


Fundacentro.
Disponível em:
<http://www.norminha.net.br/Arquivos/Arquivos/NHO-06.pdf>
Acesso em: 04 de Abril de 2021.

STUMM, Silvana. BELTRAMI, Monica. Higiene no Trabalho. Rede e-Tec Brasil. Curitiba:
2013.

SIQUEIRA, Ilton Luis Guimaraes de. Como identificar zona climática e a temperatura
considerada artificialmente como frio para avaliação de condições de insalubridade.
Disponível em:
<http://www.apejust-go.org.br/index.php/informes-videos/241-estta-engenharia-de-seguranca-
do-trabalho-e-tecnologia-de-alimentos>
Acesso em: 05 de Abril de 2021.

QUESTÕES DE CONCURSO DE NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES -


SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (TEORIA E NORMAS)
Disponível em:
<https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/seguranca-e-saude-no-traba
lho-teoria-e-normas-nr-15-atividades-e-operacoes-insalubres>
Acesso em: 06 de Abril de 2021.

Você também pode gostar