Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE DE BELAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS


CURSO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

TRABALHO DE GESTÃO DE CONFLITOS DE RECURSOS


HUMANOS

TEMA: POLÍTICA EMPRESARIAL


POLÍTICA DE TOLERÂNCIA ZERO
ESTABELECIMENTO DE UM SISTEMA PARA APRESENTAR
QUEIXAS

Autor: David Futíla


Nº de processo: 16184 Docente
Período: Noite
___________________
4º Ano Miguel Firmino
Sala nº 17
Luanda, 2021
ÍNDICE

INTRODUÇÃO 3

2. Política de Empresa 4

2.1 Tipos de políticas empresariais 5

2.2 A importância da política empresarial 5

2.3 Normatiza a atuação da empresa 6

2.4 Dá direcionamento 6

2.5 Permite a criação da imagem da marca ............................................................6

2.6 Clareza com relação às condutas que se espera de todos ...............................7

3. Politica de Tolerância
zero ..................................................................................7

3.1 “Janelas
Quebradas” .........................................................................................8

1. Estabilidade de Um sistema para apresentar queixas .......................................9


4.1 Participações .................................................................................................9

5.
CONCLUSÃO .................................................................................................11

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................12


1. INTRODUÇÃO

Cada uma das empresas que está inserida no mercado atual tem suas
próprias características e maneiras de se posicionar. Isso acontece, principalmente,
no que diz respeito aos produtos e serviços que esta oferece em seu segmento, à
forma como se relaciona com seus principais stakeholders, que são seus
consumidores, colaboradores e  fornecedores, e também à forma com que
administradores e diretores escolhem para conduzir a organização como um todo. 

“Analisando o contexto empresarial, trata-se de um elemento da construção


do planejamento estratégico. As políticas são criadas para documentar ações
previamente planejadas, que deverão ser seguidas para que determinados
processos sejam executados de acordo com o propósito das organizações. Em
resumo, uma política é uma decisão tomada antecipadamente, é uma cartilha para o
direcionamento de determinadas decisões” Segundo Girólamo (2007, p. 112) .

Quando refletimos sobre estes pontos, somos levados a analisar e a procurar


entender, com maior profundidade, o conceito de política empresarial, que nada
mais é que a guia de definições estratégicas, consideradas como os principais
alicerces da organização.

São basicamente as políticas internas, parâmetros, balizamentos ou


orientações, que facilitam e servem de base para o processo de tomada de decisões
em qualquer nível da empresa. 

Página | 3
2. Politica de Empresa

Todas as empresas possuem características específicas e diretrizes sobre a


maneira de lidar com clientes, colaboradores, fornecedores, produtos, serviços e,
principalmente, com a administração empresarial. 

Nesse sentido, a política empresarial padroniza a linguagem utilizada em


todos os departamentos e operações, para que assim a comunicação entre todos
aqueles que fazem parte do negócio se entendam e tenham alinhamento no dia a
dia profissional, no sentido de caminharem juntos, rumo ao alcance do sucesso.

A política empresarial nasceu da política das nações que é totalmente


diferente da politicagem que vemos acontecendo no Brasil. Um Cientista político de
grande importância em todo o mundo é o advogado português Adriano Moreira que
com 95 anos ainda é atuante, ele descreve a política de maniera diferente.

A Política empresarial pode também ser entendida como o instrumento pelo


qual as ações mais importantes da empresa são definidas, é por este instrumento
que se determina o diferencial, a comunicação, a conduta dos funcionários e os
modos de se resolver problemas internos e externos com funcionários, sociedade
onde a empresa está inserida, clientes e até com o governo. Parece complexo, mas
depois de começar a implementar pode-se entender este caminho como fácil e como
facilitador da superação de diversos obstáculos antes não compreendidos. A PE
facilita as ações, norteiam o processo decisório, limita ação das pessoas, resolve
problemas diversos com a sociedade, reduz drasticamente o custo das operações e
até custos fixos e posiciona a organização na direção de seus fluxo de caixa auto
sustentável.

____________________________________________________________
Segundo Girólamo (2007, p. 15) "A Política empresarial também busca
atender questões de Direitos humanos; Direitos trabalhistas; Preservação
do Meio ambiente e o Combate à corrupção entre outros." Página | 4
2.1 Tipos de políticas empresariais

Após compreender melhor do que se tratam as políticas empresariais, veja


quais os tipos existentes a seguir:

 Políticas internas: orientam e regulam os relacionamentos entre os


funcionários da organização; 

 Políticas externas: guiam o relacionamento da empresa com outros grupos; 

 Políticas estabelecidas: são provenientes dos objetivos, desafios e metas


estabelecidas pela administração, ou seja, trata-se da delimitação de
questões estratégicas ou táticas; 

 Políticas solicitadas: são resultantes das solicitações dos subordinados à


administração: estão relacionadas às questões operacionais; 

 Políticas impostas: provenientes de fatores do ambiente, tais como governo,


sistema financeiro, sindicatos, etc; 

 Políticas explícitas: são aquelas que precisam sempre ser formalizadas em


documentos;

 Políticas implícitas: diz respeito à políticas que não necessitam de


formalização, e têm como fonte a tradição, usos e costumes da organização. 

2.2 A importância da política empresarial


A política empresarial é um dos fatores mais importantes de uma corporação.
Todo e qualquer tipo de empresário, empreendedor, líder e gestor precisa dedicar
tempo à sua elaboração, para que dessa maneira seja possível atingir metas e
objetivos, que levem a empresa ao tão almejado sucesso.  Diante deste ponto,
convido você a continuar me acompanhando, para compreender alguns outros
motivos que tornam tão importante a criação de políticas empresariais dentro das
empresas. Confira:

Página | 5
2.3 Normatiza a atuação da empresa

A primeira razão que faz com que empresários, gestores e empreendedores


tenham que definir suas políticas empresariais, é que elas estabelecem as bases da
organização por meio da definição dos objetivos, desafios e metas que precisam ser
alcançados e o que cada um pode fazer dentro desse processo. 

Segundo Segundo Oliveira (2010, p. 52), as políticas empresariais servem


também para ajudar as empresas a se posicionarem no segmento em que atuam.
Isso acontece porque elas são diretrizes que contribuem para que o empresário
defina os objetivos mais amplos que deseja alcançar ao longo de sua trajetória.

Baseadas na missão e visão da empresa, as políticas conseguem definir


claramente os objetivos da organização, proporcionando um melhor aproveitamento
dos pontos fortes, diminuindo os pontos fracos e determinando o diferencial da
empresa frente à concorrência.

2.4 Dá direcionamento

Enquanto CEO de uma empresa, por diversas vezes, já me vi diante de


conflitos e momentos em que eu tinha que tomar decisões que poderiam mudar o
curso das coisas dentro da organização. Em situações assim, em que eu
praticamente não sabia qual rumo seguir ou escolha fazer, o que me ajudou e deu
direcionamento foram as políticas empresariais que foram definidas para o IBC. 

2.5 Permite a criação da imagem da marca

Outro ponto que faz das políticas empresariais algo importante é o fato de que
ela contribui para que os mais diversos tipos de negócios criem a imagem de sua
marca no mercado em que atuam. Isso acontece, devido a possibilidade que elas
dão às pessoas de conhecerem mais e melhor a missão, visão e valores
organizacionais, bem como a sua forma de se posicionar em seu segmento.  A partir
disso, gera-se um boca a boca, não só entre os clientes, mas também entre
fornecedores, parceiros e concorrentes, que pode ser tanto positivo, quanto
negativo, dependendo da impressão causadas por meio de suas ações.

Página | 6
Como se posicionar? 

As políticas empresariais servem também para ajudar as empresas a se


posicionarem no segmento em que atuam. Isso acontece porque elas são diretrizes
que contribuem para que o empresário defina os objetivos mais amplos que deseja
alcançar ao longo de sua trajetória. Estes objetivos podem se referir tanto à
definição de políticas centradas nos clientes, no desenvolvimento de ações
sustentáveis, que beneficiem os colaboradores, fornecedores e parceiros, entre
diversas outras. 

Fazer o que se prega

A partir do momento que uma empresa define que suas políticas serão
direcionadas para a proteção do meio ambiente e valorização de seu capital
humano, é imprescindível que ela coloque em prática ações para implementar o que
prega. 

2.6 Clareza com relação às condutas que se espera de todos

Algo de real importância para todo e qualquer tipo de empresa é a


necessidade de deixar claro, principalmente para os colaboradores, o que se espera
de cada um deles. Neste sentido, as políticas empresariais se aplicam com
perfeição, pois empresários e gestores podem se unir e elaborar manuais de
conduta para os profissionais, das próprias políticas, dos processos e procedimento
organizacionais, manual financeiro, entre diversos outros, que vão balizar o
comportamento e as ações de cada membro que compõe a empresa. 

De acordo com Chiavenato (2008, p. 96):

O trabalhador do conhecimento não será necessariame nte aquele que opera


um computador ou algum equipamento sofisticado, mas aquele que transforma os
dados processados em benefício para o cliente ou para a sociedade, sobretudo o
trabalhador que conhece e sabe operar alguma tecnologia.

3. Politica de Tolerância zero

Página | 7
É uma expresao utilizada para escrever acçoes baseadas em decisoes nao-
descriminarios da autoridades policiais ou de outros individuos que gozem de similar
posiçao dentro da organizaçao. Não são apenas os países em desenvolvimento que
enfrentam há décadas problemas graves de segurança urbana. Nos anos 1980 e
1990, a violência também atingiu índices alarmantes em metrópoles dos Estados
Unidos. Para superar o que foi caracterizado como “epidemia de crimes”, cidades
como Nova York e Chicago adotaram a política de tolerância zero.

O sistema baseou-se no princípio da repressão inflexível a crimes menores


para promover o respeito à legalidade e promover a redução de crimes. O modelo
divide opiniões nos Estados Unidos sobre sua efetividade e consequências
relacionadas ao aumento da população carcerária e a casos de abuso policial.

A tolerância zero também foi chamada de choque de polícia. Neste formato,


autoridades policiais podem agir de maneira discricionária, para coibir a atividade
criminal.

3.1 “Janelas Quebradas”

O conceito que deu origem ao modelo de segurança pública tolerância zero


foi a teoria das Janelas Quebradas, um texto publicado em 1982 pelo cientista
político James Q. Wilson e o psicólogo criminalista George L.Kelling, na
revista Atlantic Monthly. O argumento dos autores considera um prédio com algumas
janelas quebradas. Eles defendem que, se elas não forem reparadas, a tendência é
que os vândalos quebrem mais algumas janelas.  Eventualmente, o prédio pode até
mesmo ser invadido se estiver desocupado, como efeito do aspecto de depredação.

Os autores usaram essas imagens para explicar que a criminalidade pode aos
poucos se infiltrar em uma comunidade, provocando sua decadência e destruição.
Para os dois autores, se uma janela quebrada não for imediatamente consertada, as
pessoas que passam pela rua podem pensar que ninguém se importa com o local e,
portanto, não há um responsável ou autoridade para manter a ordem.

A premissa das janelas quebradas é: "Pequenas desordens levariam a


grandes desordens e, mais tarde, ao crime".Essa teoria sustentou políticas de

____________________________________________________________ Página | 8
Moreira (1979, p. 13) "A ciência de lidar com problemas relativos à Estado,
Governo, Poder, autoridade e conflito".
segurança pública em diversas cidades. Além de Nova York, Chicago e Houston
também tiveram modelos de "choque de segurança".

3.2 Críticas

A maioria dessas cidades adotou o modelo após a década de 1980, quando a


criminalidade alcançou altos índices em várias regiões dos Estados Unidos. Os
defensores da tolerância zero apontam a efetiva redução dos crimes, enquanto os
críticos afirmam que o problema desse modelo é tratar questões sociais pelo
enfoque da segurança.

Ou seja, há redução de crimes e contravenções cometidos por segmentos


sociais desfavorecidos, mas o formato não é efetivo para o combate aos crimes de
corrupção, por exemplo. O termo tolerância zero também foi usado na política de
prevenção de drogas e para argumentar que a Justiça penal tem um papel
importante no enfrentamento ao uso de substâncias ilícitas.

Alguns analistas afirmam ainda que há mais violações por parte da força
policial quando uma política de tolerância zero é aplicada.  Para esta corrente de
pensamento, o policiamento com tolerância zero vai contra os preceitos da polícia
comunitária e a lógica da prevenção.

4. Estabelecimento de sistema de tolerância zero para apresentar queixas

4.1 Participações

Para submeter uma participação à CNPD, tem à sua disposição três


formulários específicos, consoante o assunto da sua queixa, que permitem recolher
desde logo a informação básica necessária para a CNPD poder realizar uma análise
preliminar da situação exposta e tramitar o caso com mais celeridade.

Segundo Harriott, Hardy (2011, p. 44) “conforme descrevi neste último item,
um dos fatores que tornam as políticas empresariais importantes para as
organizações, é a possibilidade que elas dão a estas de criar parâmetros capazes

Página | 9
de direcionar a conduta e o comportamento dos colaboradores, deixando claro, para
cada profissional, o que se espera deles”.

Se a sua participação não se relacionar com comunicações de marketing não


solicitado (spam), com videovigilância ou com dados biométricos, tem o formulário
geral para apresentar a sua queixa. Faça uma exposição sucinta. Descreva os
factos, nós fazemos a análise. Indique no formulário geral se tiver documentação
relevante para o caso ou provas do que alega. Se considerar necessário, a CNPD
entrará em contacto consigo num momento posterior para lhas pedir. Leia
atentamente a informação constante dos formulários. Se tem dúvidas sobre alguma
matéria de proteção de dados, incluindo sobre a legalidade de um procedimento ou
prática, se pretende pedir informações ou solicitar esclarecimentos, então o
formulário correto não é nenhum destes. Clique aqui para fazer o seu Pedido de
Informação.

Na legislação, o acidente de trabalho está regulamentado no artigo 19 da Lei


8.213/91, ao qual estabelece que acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo
exercício do trabalho provocando lesão corporal ou perturbação funcional que
cause a morte ou a perda ou a redução, permanente ou temporária,
da capacidade para o trabalho.

Existem algumas hipóteses em que algumas situações são equiparadas à


acidente de trabalho. A própria legislação traz essas situações no artigo 21 da Lei nº
8.213/91 ao qual estabelece que o acidente ligado ao trabalho, embora não tenha
sido a causa única, haja contribuído diretamente para:

 morte do trabalhador;
 redução ou perda da sua capacidade para o trabalho;
 produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
 o acidente sofrido no local e no horário do trabalho em consequência de ato
de agressão, ato de imprudência, negligência ou imperícia, desabamento,
incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;

Página | 10
 a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício
de sua atividade e o acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de
trabalho, na realização de serviço sob a autoridade da empresa.

5. CONCLUSÃO

Feita a minha abordagem conclui-se que, um dos fatores que tornam as


políticas empresariais importantes para as organizações, é a possibilidade que elas
dão a estas de criar parâmetros capazes de direcionar a conduta e o comportamento
dos colaboradores, deixando claro, para cada profissional, o que se espera deles. 

Outro ponto que torna este fator essencial, e que ele ajuda o colaborador a
entender, com maior clareza, se as políticas empresariais que a organização coloca
em prática, estão de acordo com seus valores pessoais. À medida que existe um
alinhamento neste sentido, as chances de que a empresa seja bem-sucedida em
suas ações, bem como do profissional ter sucesso em sua carreira, são
significativas, já que ambos estarão trabalhando em parceria, para que haja um
beneficiamento mútuo. 

Porém, é necessário também ter em mente que o contrário pode muito bem
acontecer. Ou seja, a empresa pode deixar suas políticas claras para seus
colaboradores e um ou outro perceber que tais diretrizes não estão de acordo com
seus valores e princípios pessoais e muitos menos com os objetivos de carreira que
têm para si. 

Assim, é possível concluir que ao definir as políticas que a empresa deve


seguir em suas ações, o processo de tomada de decisão passa a ser facilitado, já
que o CEO ou os gestores saberão que direção tomar, decidindo por aquilo que
esteja alinhado às políticas que regem a atuação empresarial. 

Página | 11
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

www.allcost.pt/pt/politica-empresarial

www.ibccoaching.com.br/portal/rh-gestao-pessoas/o-que-sao-politicas-empresariais/
Artigo 19 da Lei 8.213/91
MARQUES, José Roberto. Desenvolvimento Humano, 1999

MOREIRA, Adriano (1979) Ciências políticas. Bertrand, Lisboa - Portugal.

GIRÓLAMO, Sálvio Di. (2007) Da decisão política à prática empresarial. Do autor.


São Paulo

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas . 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010


– 6ª reimpressão.

POGORZELSKI, Steve: HARRIORT, Jesse: HARDY, Doug. Finding keepers: novas


estratégias para contratar e reter talentos. Porto Alegre: Bookman, 2011.

ROVER, Ardinete; PEREIRA, Débora Diersmann Silva. Diretrizes para elaboração


de trabalhos científicos: apresentação, elaboração de citações e referências de
trabalhos científicos. 1. Ed. Joaçaba: Unoesc, 2013.

Página | 12

Você também pode gostar