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Justiça Eleitoral

PJe - Processo Judicial Eletrônico

29/05/2021

Número: 0600694-65.2020.6.14.0083
Classe: REPRESENTAÇÃO CRIMINAL/NOTÍCIA DE CRIME
Órgão julgador: 083ª ZONA ELEITORAL DE SANTARÉM PA
Última distribuição : 23/11/2020
Valor da causa: R$ 0,00
Assuntos: Violação do Sigilo do Voto
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ELEICAO 2020 MARIA DO CARMO MARTINS LIMA SUZIANE XAVIER AMERICO (ADVOGADO)
PREFEITO (REPRESENTANTE) LUCAS MARTINS SALES (ADVOGADO)
ALINE NEVES HOYOS (ADVOGADO)
WALMIR MOURA BRELAZ (ADVOGADO)
FRANCISCO BRASIL MONTEIRO FILHO registrado(a)
civilmente como FRANCISCO BRASIL MONTEIRO FILHO
(ADVOGADO)
SABATO GIOVANI MEGALE ROSSETTI registrado(a)
civilmente como SABATO GIOVANI MEGALE ROSSETTI
(ADVOGADO)
ARLISSON LUIS FERREIRA FIGUEIRA (ADVOGADO)
JACILENE DE SOUSA (NOTICIADO)
FRANCISCO NELIO AGUIAR DA SILVA (NOTICIADO)
JOSE MARIA TAPAJOS (NOTICIADO)
ELEICAO 2020 FRANCISCO NELIO AGUIAR DA SILVA
PREFEITO (NOTICIADO)
JOSE ERASMO MAIA COSTA (NOTICIADO)
PROMOTOR ELEITORAL DO ESTADO DO PARÁ (FISCAL
DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
41915 23/11/2020 22:35 REPRESENTAÇÃO quebra sigilo do VOTO Petição Inicial Anexa
265
Assessoria jurídica
COLIGAÇÃO PARTIDÁRIA JUNTOS POR SANTARÉM
(PT, PSB, PCdoB, PP, PROS, PDT e REDE)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ ELEITORAL DA 83ª ZONA ELEITORAL DE SANTARÉM – E.


TRE/PA

MEDIDA URGENTE

COLIGAÇÃO JUNTOS POR SANTARÉM (integrada pelos partidos PT, PSB, PC DO B,


PP, PROS, PDT, REDE), para disputa das eleições majoritárias 2020 em Santarém/PA, DRAP
autuado sob o PJe nº 0600450-39.2020.6.14.0083, por seus advogados, devidamente
constituídos (procuração em anexo), vem, respeitosamente, perante V. Exa., oferecer

REPRESENTAÇÃO ELEITORAL POR CONDUTA VEDADA


QUEBRA DO SIGILO DO VOTO – COMPRA DE VOTO – APURAÇÃO COM ARRIMO NO ESTABELECIDO NOS
ARTIGOS 41-A, PARÁGRAFOS, DA LEI DAS ELEIÇÕES; 22, SEGUINTES DA LEI COMPLEMENTAR 64/90;
CRIMES EM TESE ARTIGOS 299 E 312 DO CÓDIGO ELEITORAL

1
Contra

Jacilene de Sousa, brasileira, portadora CI/RG nº 3727693 PC/PA e do CPF nº


699.100.062-00, Título de Eleitor nº 0363 1196 1309, residente e domiciliada na Avenida
Frei Vicente Nº 675, Bairro Aeroporto Velho, CEP: 68.035-365, nesta cidade de Santarém-PA
(1ª Representada)

FRANCISCO NÉLIO AGUIAR DA SILVA, brasileiro, casado, atual prefeito de Santarém,


candidato à reeleição, CI/Rg nº 1395572 – PC/PA, CPF/MF nº 282.566.032-91, com
endereço para receber notificações/intimações à Avenida Rui Barbosa, nº 2280, bairro
Aldeia, na cidade de Santarém, Estado do Pará, CEP 68.040-030, celulares/WhatsApp 93-
99145-3488, 93-98411-2525, 93-98111-4514, e-mail: democratassantarem@gmail.com,
consoante RRC registrado no PJe sob o nº 0600460-83.2020.6.14.0083 (2º REPRESENTADO);

JOSÉ MARIA TAPAJÓS, brasileiro, casado, funcionário público municipal, CI/RG nº


3720540 – PC/PA, CPF/MF nº 050.580.402-63, com endereço para receber
notificações/intimações à Avenida Marabá, nº 141, bairro Aeroporto Velho, na cidade de
Santarém, Estado do Pará, CEP 68.010-580, celulares/WhatsApp 93-98111-4514, 93-99165-
6263, e-mail: democratassantarem@gmail.com, consoante RRC registrado no PJe sob o nº
0600681-66.2020.6.14.0083 (3º REPRESENTADO);

COLIGAÇÃO “SANTARÉM SEGUINDO EM FRENTE” (INTEGRADA PELOS PARTIDOS


REPUBLICANOS, PTB, CIDADANIA, PMB, PSD, AVANTE, PODE, PL, SOLIDARIEDADE,
DEM, MDB) para disputa das eleições majoritárias 2020 em Belém/PA, DRAP autuado sob o

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(PT, PSB, PCdoB, PP, PROS, PDT e REDE)

PJe nº 0600447-84.2020.6.14.0083, com sede à com endereço para receber


notificações/intimações à Avenida Rui Barbosa, nº 2280, bairro Aldeia, na cidade de
Santarém, Estado do Pará, CEP 68.040-030, celulares/WhatsApp 93-99145-3488, 93-99146-
4472, 93-98111-4514, e-mail: democratassantarem@gmail.com (4ª REPRESENTADA);

JOSE ERASMO MAIA COSTA, brasileiro, casado, servidor público estadual, CI/RG nº
3720707 – PC/PA, CPF/MF nº 254.397.902-68, com endereço para receber
notificações/intimações à Avenida Violeta, nº 952, bairro Jardim Santarém, na cidade de
Santarém, Estado do Pará, CEP 68.030-340, celulares/WhatsApp 93-98111-4514, 93-99145-
3488, e-mail: democratassantarem@gmail.com, consoante RRC registrado no PJe sob o nº
0600538-77.2020.6.14.0083 - VEREADOR ELEITO (5º REPRESENTADO); pelos fatos e
fundamentos seguintes:

I – DAS RAZÕES FÁTICO-JURÍDICAS PARA INSTAURAÇÃO DA RP

Excelência, a Representante recebeu denúncia a partir de vídeo que foi


viralizado no aplicativo de troca de mensagens WhatsApp, de que a eleitora (1ª representada
– Sra. Jacilene de Sousa, sendo atribuído pela mesária como número de 0363 1196 1309),
quebrou o sigilo de seu voto, tendo gravado vídeo através de celular, com o objetivo de
comprovar aos beneficiários (2º e 3º Representados) e seus apoiadores, auferindo
possivelmente vantagem ilícita/indevida pela venda de seu voto.
2

Apesar da qualidade da gravação, é indiscutível o voto nos 1º e 2º


Representados, assim como a quebra do sigilo na cabine de votação, pois, percebe-se suas
imagens impressas em papel e na urna eletrônica, no ato da votação.

A conduta é grave, prevista em lei como irregular, apta, se confirmada a compra


de voto ao longo da instrução processual, à cassação do registro dos beneficiários, o que
merece especial atenção desse d. juízo e apuração exemplar.

II – DO DIREITO – QUEBRA DO SIGILO DO VOTO – COMPRA DE VOTO – APURAÇÃO COM ARRIMO NO


ESTABELECIDO NOS ARTIGOS 41-A, PARÁGRAFOS, DA LEI DAS ELEIÇÕES; 22, SEGUINTES DA LEI
COMPLEMENTAR 64/90; CRIMES EM TESE ARTIGOS 299 E 312 DO CÓDIGO ELEITORAL

A Lei das Eleições visa assegurar a fidedignidade do voto e seu sigilo e


inviolabilidade, vedando taxativamente a utilização de equipamentos de gravação dentro da
cabine de votação ao disciplinar:

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✓ Lei das Eleições – Art 61. A urna eletrônica contabilizará cada


voto, assegurando-lhe o sigilo e inviolabilidade, garantida aos
partidos políticos, coligações e candidatos ampla fiscalização.
[...]
Art. 91-A. No momento da votação, além da exibição do
respectivo título, o eleitor deverá apresentar documento de
identificação com fotografia. (Incluído pela Lei nº 12.034, de
2009) (Vide ADIN 4467)

Parágrafo único. Fica vedado portar aparelho de


telefonia celular, máquinas fotográficas e filmadoras,
dentro da cabina de votação. (Incluído pela Lei nº
12.034, de 2009)

No mesmo sentido o Código Eleitoral além de garantir o sigilo do voto, prevê


como crime eleitoral a sua quebra:

✓ Código Eleitoral – CAPÍTULO II


3
DO VOTO SECRETO
Art. 103. O sigilo do voto é assegurado mediante as seguintes
providências:
I – uso de cédulas oficiais em todas as eleições, de acordo
com modelo aprovado pelo Tribunal Superior;
II – isolamento do eleitor em cabine indevassável
para o só efeito de assinalar na cédula o candidato de
sua escolha e, em seguida, fechá-la;
III – verificação da autenticidade da cédula oficial à vista
das rubricas;
IV – emprego de urna que assegure a inviolabilidade
do sufrágio e seja suficientemente ampla para que não
se acumulem as cédulas na ordem que forem
introduzidas.
[...]
CAPÍTULO IV
DO ATO DE VOTAR
Art. 146. Observar-se-á na votação o seguinte:
[...]

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XIII - se o eleitor, ao receber a cédula ou ao recolher-se à


cabia de votação, verificar que a cédula se acha
estragada ou, de qualquer modo, viciada ou assinalada
ou se ele próprio, por imprudência, imprevidência ou
ignorância, a inutilizar, estragar ou assinalar
erradamente, poderá pedir uma outra ao presidente da
seção eleitoral, restituindo, porém, a primeira, a qual será
imediatamente inutilizada à vista dos presentes e sem
quebra do sigilo do que o eleitor haja nela assinalado;
[...]
CAPÍTULO II
DOS CRIMES ELEITORAIS
Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si
ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem,
para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer
abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:
Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a
quinze dias-multa.
4
[...]
Art. 312. Violar ou tentar violar o sigilo do voto:
Pena - detenção até dois anos.

✓ Resolução 23.611/2019 – Art. 99. Na cabina de votação, é


vedado ao eleitor portar aparelho de telefonia celular,
máquinas fotográficas, filmadoras, equipamento de
radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa
comprometer o sigilo do voto (Lei nº 9.504/1997, art. 91-A,
parágrafo único).
Parágrafo único. Para que o eleitor possa se dirigir à
cabina de votação, os aparelhos mencionados no caput
poderão ficar sob a guarda da mesa receptora ou deverão
ser mantidos em outro local de escolha do eleitor.

Na prova – vídeo – colacionada em anexo depreende-se de sua


transcrição/decupagem o seguinte:

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Mesária - O próximo vai pra ele.

Jacilene - Ah é?

Mesária - Quando a senhora erra, ai o segundo, aí segundo.

Jacilene - São cinco números, né?

Mesária - É cinco números!

Jacilene - Vereador.

Mesária - Agora já foi. 036311961309, Dona Jacilene, pode ir lá, pode ir lá meu
bem.

Mesária - Pode ir, vamos votar.

Jacilene - Primeiro pra prefeito, vereador.

Mesária - Vereador primeiro.

Jacilene – Prefeito, né?

Mesária - Já foi.

Ainda, das imagens não se constata a entrega à mesária de qualquer documento


5
com foto (o que merece ser apurado na esfera própria), a eleitora (1ª Representada) iniciou
a gravação antes de dirigir-se à cabine de votação, permaneceu gravando durante todo
procedimento/ato de votação, restando claro que esta quebrou e quebraria o sigilo de seu
voto, com o fim ilícito.

Percebe-se que o equipamento de gravação utilizado pela eleitora foi colocado


de forma a ludibriar as mesárias, sendo certo que o objetivo era a comprovação posterior do
voto nos candidatos representados, o que por si só já justificaria a apuração necessária.

A ilicitude da gravação ambiente, quando apenas um dos interlocutores tem


ciência da gravação, sofreu mudança jurisprudência a partir das Eleições de 2016, quando o
STF (necessidade de harmonização do precedentes pelo TSE, a partir do RE nº 583.937/RJ –
TEMA 237, independentemente da repercussão geral reconhecida a partir do RE nº
1.040.515 – TEMA 979) e o TSE decidiram que a partir de então seria considerada como
prova lícita da capitação de sufrágio a gravação ambiental com ciência prévia de apenas um
dos interlocutores, pelo que colaciona-se:

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“Eleições 2016. Recurso especial eleitoral. Ação de investigação


judicial eleitoral. Vereador. Art. 41-A da Lei n° 9.504/97. Art. 22 da
LC N° 64/90. Preliminar. Gravação ambiental realizada por um dos
interlocutores sem autorização judicial. Licitude da prova.
Captação ilícita de sufrágio. Oferta de benesses em troca de voto.
Configuração. [...] 1. A jurisprudência que vem sendo aplicada por este
Tribunal Superior, nos feitos cíveis-eleitorais relativos a eleições
anteriores a 2016, é no sentido da ilicitude da prova obtida mediante
gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o
conhecimento dos demais e desacompanhada de autorização judicial,
considerando-se lícita a prova somente nas hipóteses em que captada
em ambiente público ou desprovida de qualquer controle de acesso. 2.
Não obstante esse posicionamento jurisprudencial, mantido mormente
em deferência ao princípio da segurança jurídica, entendimentos
divergentes já foram, por vezes, suscitados desde julgamentos referentes
ao pleito de 2012, amadurecendo a compreensão acerca da licitude
da gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o
conhecimento dos demais e sem autorização judicial. 3. À luz
6
dessas sinalizações sobre a licitude da gravação ambiental neste
Tribunal e da inexistência de decisão sobre o tema em processos
relativos às eleições de 2016, além da necessidade de harmonizar o
entendimento desta Corte com a compreensão do STF firmada no
RE n° 583.937/RJ (Tema 237), é admissível a evolução
jurisprudencial desta Corte Superior, para as eleições de 2016 e
seguintes, a fim de reconhecer, como regra, a licitude da gravação
ambiental realizada por um dos interlocutores sem o
conhecimento do outro e sem autorização judicial, sem que isso
acarrete prejuízo à segurança jurídica. 4. A despeito da repercussão
geral reconhecida pelo STF no RE n° 1.040.515 (Tema 979) acerca da
matéria relativa à (i)licitude da gravação ambiental realizada por um
dos interlocutores sem o conhecimento dos demais nesta seara eleitoral,
as decisões deste Tribunal Superior sobre a temática não ficam
obstadas, dada a celeridade cogente aos feitos eleitorais. 5. Admite-se,
para os feitos referentes às Eleições 2016 e seguintes, que sejam
examinadas as circunstâncias do caso concreto para haurir a
licitude da gravação ambiental. Ou seja, a gravação ambiental
realizada por um dos interlocutores sem o consentimento dos

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demais e sem autorização judicial, em ambiente público ou


privado, é, em regra, lícita, ficando as excepcionalidades, capazes
de ensejar a invalidade do conteúdo gravado, submetidas à
apreciação do julgador no caso concreto, de modo a ampliar os
meios de apuração de ilícitos eleitorais que afetam a lisura e a
legitimidade das eleições. 6. No caso, analisando o teor da conversa
transcrita e o contexto em que capturado o áudio, a gravação
ambiental afigura-se lícita, visto que os recorrentes
protagonizaram o diálogo, direcionando-o para oferta espontânea
de benesses à eleitora, de modo que restou descaracterizada a
situação de flagrante preparado. [...]” (Ac. de 9.5.2019 no REspe nº
40898, rel. Min. Edson Fachin.)

“Eleições 2016. Recurso especial. Aije. Captação ilícita de sufrágio.


Cassação dos diplomas de prefeito, vice-prefeito e vereador.
Procedência em primeira instância. Reforma, em parte, pelo tribunal a
quo. Oferta de bens em troca de voto. Omissão no julgado. Afronta ao
7
art. 275 do CE. Não ocorrência. Alegação de prova ilícita. Gravação
ambiental. Print de conversas em aplicativo de celular. Whatsapp.
Prova robusta para condenação. Prova testemunhal [...] 1. A matéria
relativa à ilicitude da gravação ambiental realizada por um dos
interlocutores sem o conhecimento dos demais, nos feitos eleitorais, teve
sua repercussão reconhecida pelo STF nos autos do RE nº 1.040.515
(Tema 979), que, embora se encontre pendente de julgamento, não obsta
a que esta Corte Superior prossiga com a análise da matéria, tendo em
vista a celeridade dos processos eleitorais, razão pela qual se indefere o
pedido de suspensão do feito. 2. Para os feitos relativos ao pleito de
2016, deve ser admitida, como regra, a licitude da gravação
ambiental realizada por um dos interlocutores sem o
consentimento dos demais e sem autorização judicial, em ambiente
público ou privado, avaliando-se, com cautela, caso a caso, a prova
obtida mediante gravações ambientais, de modo a ampliar os
meios de apuração de ilícitos eleitorais que afetem a lisura e a
legitimidade das eleições. [...] 5. Não incide a regra do art. 368-A do CE
quando se verifica que a prova testemunhal não é exclusiva ou singular,
tendo em vista a existência de outros elementos de prova nos autos. 6.

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Somente mediante o reexame de provas seria possível acolher a


alegação dos recorrentes de que não ficou demonstrada a captação
ilícita de sufrágio. Incidência do Verbete Sumular nº 24 do TSE. 7. O
entendimento atual do TSE pela licitude da gravação ambiental
prejudica a análise da alegação da divergência jurisprudencial. 8.
Recurso especial ao qual se nega provimento. [...]” (Ac. de 4.4.2019 no
REspe nº 45502, rel. Min. Og Fernandes.)

Ao fim, deve-se garantir a lisura do pleito, a liberdade do voto, sem qualquer


restrição, e, punir eventual prática de conduta vedada atinente à compra de voto, sua
comprovação e o que é igualmente grave, a quebra do sigilo do voto para fins espúrios.

Justifica-se a instauração do presente feito, seguindo a tramitação processual


prevista nos Arts. 41-A da Lei das Eleições cumulado com 22 da LC 64/90, facultando-se aos
representados ampla defesa e contraditório, e ao final, julgada totalmente procedente esta
RP para condenar cada um dos envolvidos na proporção de seus atos e benefícios, sendo
certo que 1 (um) único voto comprado, dá ensejo às sanções de multa (de até 50 mil Ufir) e
cassação do registro (ou diploma a depender do resultado das eleições).
8

O investimento da Justiça Eleitoral para acabar com a prática espúria da


captação ilícita de sufrágio, compra de voto, é elevadíssimo, recursos públicos destinados à
campanhas publicitárias, educativas para explicar e educar o eleitor ao não voto na
corrupção eleitoral1.

Merece realce que a Justiça Eleitoral e o TSE, por 6 (seis) vezes, já cassou
mandato de Governadores pela prática nefasta da compra de votos, caracterizada em
situações semelhantes a ora em análise, exemplificativamente destacam-se os casos dos ex-
Governadores dos Estados do Piauí [Mão Santa (PMDB) – ex-governador do Piauí2, cassado

1
Destaca-se exemplificativamente:
✓ https://www.tse.jus.br/o-tse/escola-judiciaria-eleitoral/publicacoes/revistas-da-eje/artigos/revista-
eletronica-eje-n.-1-ano-4/captacao-ilicita-de-sufragio-e-abuso-de-poder-economico-2013-
conceitos-e-distincoes
✓ https://tse.jusbrasil.com.br/noticias/100638569/compra-de-votos-e-crime-eleitoral-e-causa-
cassacao-e-inelegibilidade
2
Primeiro caso de governador cassado por corrupção no Brasil. “Na denúncia, Mão Santa foi acusado pelo
senador Hugo Napoleão (PFL), que ficou em segundo lugar na disputa pelo governo piauiense em 1998, de
comprar votos e abusar dos poderes econômico e político. Em 2001, por unanimidade, Mão Santa teve o
mandato cassado no TSE. Hoje é prefeito de Parnaíba (PI)” (fonte:
https://www.pautajudicial.com.br/noticia/mao-santa-foi-o-primeiro-governador-cassado-na-historia-do-tse.html).

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em 2001]; Roraima [Flamarion Portela (PSL): ex-governador de Roraima3, cassado em


2004]; Paraíba [Cássio Cunha Lima (PSDB), ex-governador da Paraíba4, cassado em 2009];
Maranhão [Jackson Lago (PDT), ex-governador do Maranhão5, cassado em 2009];
Tocantins [Marcelo Miranda (PMDB), governador do Tocantins6, cassado em 2009]; e,
Amazonas [José Melo (PROS), ex-governador do Amazonas7, cassado em 2017].

As condutas dos Representados são gravíssimas, pelo que objetivamente se


individualiza:

✓ 1ª Representada – ELEITORA: filmou seus votos (à Prefeito/Vice-


Prefeito) e vereador, quebrou o sigilo dos mesmos, em troca de
benefício, corrupção passiva eleitoral quanto à troca do voto por
algo e/ou alguma dádiva;

3
“As denúncia contra Francisco Flamarion Portela era de que ele havia violado a legislação eleitoral ao divulgar
obras e serviços de sua gestão à frente do Estado com o objetivo de influenciar indevidamente a vontade do
eleitorado. Naquela época, em 2002, ele disputava reeleição ao cargo de governador pelo PSL, depois se filiou
ao PT e, com as denúncias, acabou suspenso do partido. Em agosto de 2004, cinco dos sete ministros da Corte
entenderam que o governador reeleito tinha cometido abuso de poder político e econômico durante a campanha
eleitoral, e Flamarion Portela teve seu mandato cassado. Em junho deste ano, ele assumiu o Detran de Roraima.”
(fonte: idem nota anterior);
4
“O governador Cássio Cunha Lima foi denunciado por distribuir cheques para cidadãos de seu estado por meio 9
de um programa assistencial mantido pela Fundação Ação Comunitária (FAC), instituição vinculada ao governo
estadual. A ação ocorreu na disputa eleitoral de 2006, quando ele foi reeleito governador. Cunha Lima teria
iniciado em pleno ano eleitoral um suposto “programa assistencial” abrangendo os 223 municípios paraibanos. O
TSE, na sessão plenária do dia 17 de fevereiro de 2009, decidiu pela cassação dos mandatos do governador e seu
vice, José Lacerda Neto (DEM), por abuso de poder econômico e político e conduta vedada a agente público nas
eleições de 2006. Cunha Lima é senador.” (idem);
5
“Os candidatos eleitos a governador em 2006, Jackson Lago (PDT) e seu vice, Luís Carlos Porto, foram
denunciados por abuso do poder econômico e captação ilícita. Dentre outras acusações, estava a de que o ex-
governador, José Reinaldo, então aliado dos dois, teria feito convênios com associações civis em ano eleitoral.
Centenas de kits e cestas básicas foram dadas aos pescadores, combustível distribuído e casas na periferia foram
reformadas e construídas. Em abril de 2009, a maioria dos ministros da Corte concluiu que houve abusos que
beneficiaram a candidatura dos dois. Jackson Lago morreu em 4 de abril de 2011.” (idem).
6
De acordo com a acusação, Marcelo Miranda (PMDB) teria utilizado programas sociais do estado, como
“Governo Mais Perto de Você”, sem a devida autorização legislativa e previsão orçamentária, com a finalidade
de distribuir a possíveis eleitores recursos públicos por meio da entrega de benefícios. Mais de 80 mil óculos
foram distribuídos pelo programa “Governo Mais Perto de Você”. Acusou-se ainda o governador de ter utilizado
a máquina pública para criar mais de 35 mil cargos comissionados, fazer nomeações irregulares e movimentar
servidores públicos estaduais, em uma clara violação das proibições contidas na legislação eleitoral. Por
unanimidade, o TSE decidiu pela cassação do mandato de Miranda no dia 8 de setembro de 2009. Atual
governador do Tocantins, Miranda agora responde um novo pedido de cassação de chapa. Desta vez, é acusado
de caixa dois durante a campanha eleitoral de 2014. O processo encontra-se parado por pedido de vista do
ministro Luiz Fux.” (idem).
7
“O candidato a governador do Amazonas, José Melo (PROS), e seu vice, Henrique Oliveira (SD), foram
acusados de usar uma empresa laranja para receber dinheiro que seria empregado na captação ilícita de sufrágio
em benefício do candidato à reeleição. O esquema teria permitido a compra de votos em dinheiro através da
empresa de Nair Queiroz Blair. Em maio deste ano, por cinco votos a dois, os ministros decidiram cassar a chapa
por compra de votos nas eleições de 2014. Ainda cabe recurso, mas, por determinação do TSE, Melo deve deixar
o cargo imediatamente e novas eleições foram convocadas para agosto.” (idem).

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✓ 2º REPRESENTADO – FRANCISCO NÉLIO AGUIAR DA SILVA e 3º


REPRESENTADO – JOSÉ MARIA TAPAJÓS: beneficiários da compra do
voto, possíveis autores da conduta de promessa, doação,
oferecimento ou entrega de algo à eleitora em troca do voto;

✓ 4ª REPRESENTADA – COLIGAÇÃO “SANTARÉM SEGUINDO EM FRENTE”


(INTEGRADA PELOS PARTIDOS REPUBLICANOS, PTB, CIDADANIA,
PMB, PSD, AVANTE, PODE, PL, SOLIDARIEDADE, DEM, MDB):
Coligação que teve seus candidatos majoritários beneficiados pelo
ilícito;

✓ 5ª REPRESENTADO – JOSE ERASMO MAIA COSTA – VEREADOR ELEITO:


beneficiário conjuntamente com os 2º e 3º representados com a
compra do voto, ante a igualmente possível autoria da conduta de
promessa, doação, oferecimento ou entrega de algo à eleitora em
troca do voto;

As condutas, reitera-se, merecem a reprimenda exemplar da Justiça Eleitoral, o


que desde já se requer.

DA TUTELA INIBITÓRIA DE URGÊNCIA


10

O artigo 300 do CPC ao tratar das tutelas de urgência – fixou a necessidade de


constatar-se a probabilidade de direito e perigo de dano ou risco de resultado inútil do processo,
todos evidenciados na presente representação, ante a possibilidade de perpetuação do maltrato
ao texto legal, serve de fundamento para necessária e urgente análise desta peça que visa
garantir o cumprimento da Lei de regência, coibindo a veiculação de propaganda de forma
desvirtuada e ilegal.

A probabilidade do direito resta demonstrada pelas razões acima, aliada ao acervo


documental e probatório em anexo, que demonstram, por si só, inequívoca violação à lei
eleitoral, prática de conduta vedada e claro engendramento para comprovar-se o voto em troca
de algo, e a quebra do sigilo do voto.

O perigo de dano se debruça no potencial de perpetuação da irregularidade, a


merecer a utilização do poder de polícia dessa d. Justiça Especializada Eleitoral, bem como o
respeito à lei e ao princípio da igualdade, haja vista que os demais candidatos submeterem-se
aos termos da lei e estarem sendo prejudicados pelo desequilíbrio de forças frente ao abuso de
poder perpetrado pelos representados.

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Como teremos no próximo 29/11/2020 o 2º Turno das Eleições Municipais em


Santarém/PA, imprescindível que sejam adotadas medidas para coibir a pratica da corrupção
eleitoral constatada assim como impedir-se que a aludida eleitora (1ª
Representada/Investigada) realize ato semelhante.

Por fim, o risco ao resultado útil do processo também resta cristalino, na medida em
que, se tal medida fora negada, o que certamente não ocorrerá, poderão ser realizados ato
semelhantes ao constatado no 1º Turno, em claro desequilíbrio do jogo democrático eleitoral.

Portanto, é imprescindível ser deferida a medida inibitória em tela inaudita altera


pars, determinando-se:

i. que os Representados/Investigados sejam intimados para se absterem de


realizar novas “ações” semelhantes à constatada e denunciada no presente
ato;

ii. cumulativamente, impedindo-se que a 1ª Representada se dirija ao seu local de


votação (no 2º Turno) portando qualquer equipamento eletrônico,
exemplificativamente sendo determinada a realização de revista na mesma no
11
dia (29/11 – Domingo), horário e local em que for votar, ou, alternativamente,
expedindo-se decisão direcionada à mesma para que compareça previamente
perante a autoridade judicial no dia 29/11/2020 em horário a ser fixado por
esse d. juízo para que entregue todos os seus equipamentos eletrônicos
portáteis (celular, smart fone, câmera, etc.) e seja advertida para não reiterar a
conduta realizada no 1º Turno, sob pena de prisão em flagrante, sem por
óbvio impedi-la de votar, ou, alternativamente, outros ato impositivos fixados
por V .Exa.;

iii. tendo em vista a plausibilidade do direito alegado e a prática ao menos em tese


de condutas eminentemente vedadas, nos moldes delineados acima, sob as
penas de lei, inclusive pena de multa (astreintes) a ser arbitrada por este douto
juízo, sugerindo-se a aplicação em patamar elevado, pelo poderio econômico dos
mesmos a quantia de R$-100.000,00 (cem mil reais) por dia, limitada ao valor
que esse d. juízo entenda como proporcional e razoável;

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DAS PROVAS

Como acervo probatório, junta-se o vídeo referenciado acima, sua


degravação/decupagem, e outros comprovantes do exposto alhures, sem prejuízo de
documentos novos que venham a surgir ou tenham acesso no decorrer da tramitação processual.

Protesta, todavia desde já, pela produção de todos os meios de provas em direito
admitidos (ex vi art. 5º, inc. II, XXXV, LIV, LV, da CF/88 c/c art. 22, da LC 64/90, e ainda, art. 24,
alínea “a”, da Resolução TSE nº 23.608/2019, demais aplicáveis), sem exclusão de qualquer
delas, indicado nesta oportunidade:

➢ Seja oficiado à Zona Eleitoral (identificada a partir do Título da Eleitoral da 1ª


Representada/Investigada 0363 1196 1309) para que informe quem eram as
mesárias (Presidente, mesária e demais auxiliares) no dia 15/11/2020 no local
de votação em referência;

➢ Oitiva como testemunhas das pessoas responsáveis pelo local de votação da 1ª


Representada, sendo neste ato inviável a indicação nominal devido à pendência
de informação requerida no item anterior;
12

➢ acervo probatório – documental, mídia e demais anexados à exordial;

DO PEDIDO

Diante de todo exposto, requer:

i. no mérito, a TOTAL PROCEDÊNCIA desta Representação – Ação de


Investigação Judicial Eleitoral, de modo a reconhecer a gravidade
dos atos, aptos a configurar a conduta descrita no Art. 41-A e 91-A
da Lei das Eleições, demais comandos supracitados do Código
Eleitoral, da LC 64/90, e da Res. TSE nº 23.611/2019 (Art. 99),
claros abusos por parte dos Representados/Investigados, com a
consequente cassação do registro ou diploma, bem como a
decretação de inelegibilidade pelo prazo de 08 (oito) anos, tendo em
vista a clara tentativa de desequilíbrio causado pelos mesmos na
disputa que se avizinha, e, respectivas multas no patamar que esse
d. juízo entenda satisfatório nos moldes legais, observada a
razoabilidade e proporcionalidade das condutas;

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ii. seja determinada a citação dos Representados/Investigados para


que, querendo, ofereçam contestação aos termos da presente AIJE,
em observância do inciso I, alínea “a”, da Lei nº 64/90;

Por fim, protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas, em


especial, juntada do acervo documental em anexo, e das diligências já requeridas acima, e/ou
outras oportunamente requeridas, sem prejuízo da produção de prova testemunhal e outras
diligências que se fizerem necessárias ao longo da tramitação processual.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Santarém, PA., 23 de novembro de 2020.

Sábato G. M. Rossetti Francisco Brasil Monteiro Filho 13


OAB/PA 2.774 OAB/PA 11.604

Walmir Brelaz Aline Neves Hoyos


OAB/PA 6.971 OAB/PA 15.712

Lucas Martins Sales Suziane Xavier


OAB/PA 15.580 OAB/PA 17.673

Arlisson Figueira
OAB/PA 22.424

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