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ESTUDO COMPARATIVO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS ENTRE O GRANITO

NATURAL E O GRANITO ARTIFICIAL DE CONCRETO.

STUDY COMPARATIVE OF TECHNICAL FEATURES BETWEEN NATURAL GRANITE


AND ARTIFICIAL GRANITE OF CONCRETE.

Marcelo André Terra Almeida(1) ; Ricardo Augusto Silva Albuquerque(1)


(1)Pós Graduando , Instituto IDD , Tecnologia em Concreto , São Paulo
Avenida Paulista, nº 509, Edifício Patrimônio, Bela Vista , São Paulo, SP Brasil – CEP: 01311 – 910

Resumo
O presente trabalho teve como objetivo comparar as características físicas de um granito natural e um
“granito artificial de concreto”, para tanto foi desenvolvido um programa experimental relacionando as
características de resistência à compressão, absorção e dureza, comparando os materiais estudados. Este
estudo se torna necessário, pois além de ser um material finito, o granito como um recurso natural agride o
meio ambiente de onde o mesmo é extraído. Sua extração pode vir a causar vários danos à saúde dos que
o extraem e o beneficiam. Com o desenvolvimento e estudos de traços, será possível à utilização de um
“granito artificial de concreto”, com as mesmas características básicas e esperadas do granito natural,
desenvolvido através da tecnologia de concreto, com traços que atinjam e atendam as características
básicas e esperadas do granito natural. Foram realizados ensaios de resistência à compressão, absorção e
dureza do granito natural e do “granito artificial de concreto”, com os dados dos ensaios, será comparada e
verificada a possibilidade de substituição do granito natural pelo “granito artificial de concreto”.
Palavra Chave: Granito Artificial de Concreto

Abstract
The present work had as objective to compare the physical characteristics of natural granite and a “artificial
granite of concrete”, for in such a way developed an experimental program relating the characteristics of
compressive strength, absorption and surface hardness, comparing the studied materials. This study the
necessary becomes, therefore of beyond being a finite material, the granite as a natural resource, attacks
the environment of where the same is extracted. Its extraction can see to cause some damages to the health
of that they extract them and they benefit it. With the development and studies of designs, it will be possible
to the use of an “artificial granite of concrete”, with the same basic and waited characteristics of the natural
granite, developed through the concrete technology, with designs that reach and take care of the basic and
waited characteristics of the natural granite. Essays compressive strength tests, absorption and surface
hardness of the natural granite and the “artificial granite of concrete” were accomplished, and with the test
data of the essays, it will be compared and verified the possibility of substitution of the natural granite for the
“artificial granite of concrete”.
Keywords: Artificial Granite of Concrete

1. Introdução

Este trabalho possui como objetivo comparar as características físicas de um granito


natural e um “granito artificial de concreto”, relacionando as características de resistência
à compressão axial, absorção e dureza, para que se tenha uma comparação entre os
1
materiais estudados. O intuito é comparar a relação entre os dois tipos de granitos, para
que seja possível afirmar através dos resultados de ensaios de características físicas que
a substituição do granito natural pelo “granito artificial de concreto” é possível
tecnicamente.
Existe maior flexibilidade na obtenção das características do “granito artificial de
concreto”, inclusive superiores ao granito natural, posto que, formulado artificialmente, ao
passo que as características do granito natural não podem ser alteradas. Um dos
diferencias para a escolha da utilização do “granito artificial de concreto” é que se poderá
escolher o design da placa, que será determinado pelo tipo de agregado e pigmento
utilizado no concreto da fabricação, bem como seu tipo de polimento.
Para o desenvolvimento e melhorias das características físicas do “granito artificial de
concreto” foi necessário desenvolver, criar e modificar vários traços de concreto para que
este ficasse equivalente ao granito natural, obtendo um produto adequado à substituição
do granito natural.
Outro propósito deste programa experimental é a viabilidade de se utilizar um “granito
artificial de concreto” em substituição ao natural, em atendimento a melhora do meio
ambiente e social. Os lugares onde se extraem e beneficiam o granito natural é
extremamente agressivo ao ambiente e a sociedade, segundo o Ministério do Trabalho,
nas serrarias de granito ocorre a maior incidência de afastamento de trabalhadores devido
à inalação da poeira de sílica, oriunda das máquinas que serram o granito, esta inalação
pode levar a silicose uma doença incurável causada pelo acúmulo desta poeira nos
pulmões.
Outra vantagem do “granito artificial de concreto” é a utilização do refugo da produção das
chapas de granito que podem ser usadas na sua produção, além de ser um produto
moldável.

2. Fundamentação
Segue algumas definições e características do concreto e do granito natural,
estabelecendo uma correlação entre eles.

2.1 Concreto
O concreto pode ser definido segundo Araújo, Rodrigues e Freitas (2000) como o material
resultante da mistura de aglomerante, agregado miúdo, agregado graúdo, água e, se
necessário, aditivos, seguindo uma proporção pré-determinada.
De acordo com Mehta e Monteiro (2008), o concreto é um material compósito que
consiste essencialmente de um meio aglomerante (mistura de cimento hidráulico e água),
dentro do qual estão mergulhadas partículas ou fragmentos de agregados. O aglomerante
mais utilizado para a fabricação de concreto é o cimento Portland - material finamente
pulverizado que, somente quando hidratado, adquire propriedades ligantes, decorrentes
das reações químicas que ocorrem entre os minerais do cimento e a água. Os elementos
que formam a pasta de cimento são visualizados apenas com auxílio de um microscópio,
enquanto as partículas de agregado graúdo são facilmente vistas no concreto a olho nú.
2
Paulon (2005) compara o concreto endurecido a uma rocha artificial, visto que o concreto
adquire a forma de um conglomerado, formado por agregados de diversas dimensões,
envoltos por uma pasta de cimento. Esta pasta é heterogênea, formada por partículas,
filmes, microcristais e elementos sólidos, ligados por uma massa porosa que contêm
vazios (poros) e espaços com soluções.
Segundo Mehta e Monteiro (2008), a microestrutura do concreto é determinada pelas
fases que a compõe e suas características: tipo, quantidade, tamanho, forma e
distribuição. Os autores diferenciam que, a nível macroscópico, são visíveis apenas duas
fases (partículas de agregado e matriz de pasta de cimento), enquanto a nível
microscópico, aparece uma terceira fase: a região interfacial entre as partículas de
agregado graúdo e a pasta endurecida, conhecida como zona de transição. Este conceito
é complementado por Paulon (2005), ao abordar que as propriedades mecânicas,
elásticas, físicas e químicas do concreto dependem de diversos fatores relativos à pasta,
aos agregados e à ligação entre eles, sendo que todas as fases contribuem para as
propriedades finais do concreto.

2.1.2 Concreto Polido

Segundo, Roncalli (2009), lapidar um diamante é possível pela utilização da ciência e arte
milenar e, claro, pelo talento do profissional.
No processo de lapidação, é inspecionada a qualidade do mineral (diamante bruto),
estudados quais são as qualidades das ferramentas de corte e polimento a serem
utilizadas para obter a lapidação ideal e o resultado final: ter o melhor brilho do diamante.
Isto não é nada diferente da lapidação como sistema: parte mecânica e parte química.
Lançado comercialmente nos EUA em 2004 para pisos cimentícios (concreto, placa vibro-
prensada e revestimentos de alta resistência), vem ganhando espaço cada vez maior no
Brasil.
Vale ressaltar que para o desempenho ideal dos processos de lapidação de pisos
cimentícios torna-se obrigatória a utilização de máquinas próprias de lapidação, unidades
aspiradoras sofisticadas e outros acessórios que possibilitam obter um brilho próximo ao
porcelanato e as pedras ornamentais quando se expõe os agregados, sistema a seco
sem poeira e lama, que torna possível trabalho em áreas de atividades comerciais com
liberação rápida das mesmas.
Faz-se necessária a utilização de ferramentas diamantadas metálicas e diamantadas
resinadas de excelente qualidade e rendimento, responsáveis diretas pela qualidade do
brilho na lapidação do piso. O “granito artificial de concreto” tem que atender as
características de polimento, pois poderá ser usado como pedra ornamental.

2.2 Granito Natural


Conceitos e definições das rochas ornamentais. A Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT, nos termos da norma 15.012:2003 define rocha ornamental como:
material rochoso natural, submetido a diferentes graus ou tipos de beneficiamento,
utilizado para exercer uma função estética. A rocha para revestimento corresponde à
3
rocha natural que, submetida a processos diversos de beneficiamento, é utilizada no
acabamento de superfícies, especialmente pisos, paredes e fachadas, em obras de
construção civil. A pedra de revestimento corresponde ao material rochoso natural
selecionado, beneficiado e acabado em formatos e tamanhos específicos, para atender a
requisitos dimensionais exigidos para fins estruturais ou arquitetônicos.
Segundo LODI. E (2013) o granito é uma rocha magmática de grande beleza e
exclusividade que transmite a força da natureza evocando a sua origem. A composição
básica do granito à base de quartzo, feldspato e mica conferem-lhe uma dureza muito
elevada na escala de Mohs’ e uma grande resistência à abrasão.
Apesar dos mais conhecidos serem os granitos tradicionais e uniformes de grão médio,
existe uma extensa variedade de materiais exóticos e exclusivos de diferentes cores,
tonalidades e formas, incluindo alguns com veios de grande tamanho.
A gama de granitos é enorme, cor e disponibilidades a materiais exóticos, o que lhe
confere uma alta capacidade de adaptação a diferentes aplicações e tendências em
arquitetura exterior e interior, desde paredes e pavimentos, até revolucionar o mundo das
bancadas.
Os granitos naturais processados pelas marmorarias estão disponíveis numa série de
acabamentos: polido, alisado, granulado, envelhecido, acetinado e enxameado.

2.2.1 Utilização

Ainda de acordo com Publ. INST.LODI. E (2013) - Os produtos de rochas ornamentais e


sua cadeia produtiva informam que: As rochas ornamentais, utilizadas inicialmente na
arquitetura e na construção como elemento estrutural, atingiram um grande uso como
elemento de revestimento em pisos, paredes e fachadas. No tocante às estruturas, a
pedra foi gradualmente sendo substituída por outros materiais, como o aço e o concreto
armado, que aliam vantagens de resistência e facilidade construtiva na maior escala.
Desde que se desenvolveram técnicas de beneficiamento para o acabamento das peças
de mármores e granitos, tais materiais passaram a ser amplamente utilizados nos
revestimentos de construções mais sofisticadas, pois apresentavam características de
beleza, funcionalidade, facilidade de aplicação e durabilidade, além é claro, do forte apelo
de exclusividade.
De uma maneira geral, os aspectos mais determinantes para a utilização das rochas
ornamentais derivam do seu aspecto estético-decorativo, em que merecem destaque as
características cromáticas, a harmonia do desenho e a sanidade da rocha. O campo de
utilização conforme especificado é bastante vasto e historicamente tem sua aplicação
distribuída 75% em obras civis, 15% em arte funerária e 10% em aplicações diversas. As
utilizações das rochas ornamentais são praticamente ilimitadas, pela infinidade de usos
que se pode obter com a exploração e a combinação de suas qualidades estruturais e
estéticas. Entretanto, estas podem ser reunidas em três principais grupos: Arquitetura e
Construção - é o grupo de aplicação de maior expressão e que movimenta os maiores
volumes de produtos e de dinheiro no mercado mundial. Estão incluídos aqui todos os
tipos de construção de edificações, sejam elas públicas (como escolas, hospitais, edifícios

4
administrativos, esportivos) ou privadas (residências unifamiliares ou condomínios,
prédios comerciais, shopping centers, prédios de serviços ou templos religiosos etc.).
Construção e revestimento de elementos urbanos — na pavimentação de vias para
veículos e para pedestres, de praças e parques, na construção de jardins, fontes, bancos
ou assentos, calçadas, meios-fios etc.
Arte e decoração — na produção de obras de arte como esculturas, estátuas, objetos e
acessórios arquitetônicos e de decoração como balcões, bancadas de pias, móveis e
outros pequenos objetos decorativos. Esse grande campo de aplicação gera um conjunto
de produtos extremamente amplo, tais como: blocos, chapas, peças sob medida para
revestimento de paredes e/ou fachadas, ladrilhos modulares, revestimento de escada e
de pisos, obras dimensionais etc.

2.3 Ensaios Relacionados

Mostraremos os principais ensaios realizados entre o “granito artificial de concreto” e o


granito natural, mostrando que é possível criar um concreto com as características do
granito natural.

2.3.1 Ensaios do Concreto (“granito artificial de concreto”) e granito natural.

Dentre os vários tipos de ensaios relacionados ao concreto e ao granito natural, vamos


citar alguns que irão fazer parte do nosso objetivo neste projeto, são eles:

2.3.1.1 Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos: NBR 5739.

A resistência é a medida de tensão exigida para romper o material. No projeto de


estruturas de concreto armado NBR 6118, considera-se o concreto como o material mais
adequado para resistir aos esforços de compressão, e é por isso que a resistência á
compressão do material é sempre especificada. Sendo a resistência do concreto função
do processo de hidratação do cimento, o qual é relativamente lento, tradicionalmente as
especificações e ensaios de resistência do concreto são baseados em corpos de prova
curados em condições específicas de temperatura e umidade, na idade de 28 dias
(MEHTA e MONTEIRO, 1994).
De acordo com os principais códigos nacionais e internacionais de concreto, a resistência
à compressão é a propriedade mecânica mais analisada no controle tecnológico do
concreto, devido à sua facilidade de obtenção, a partir de ensaios simples de curta
duração. Alguns parâmetros influenciam na resistência à compressão do concreto, como
por exemplo: a composição da mistura, as relações a/c (água/cimento) ou a/g
(água/aglomerante), os aditivos utilizados; o tipo de cimento; dentre outros (KLUG et al.,
2003).
A idade tradicionalmente considerada é aos 28 dias, porém, ensaios para as idades de 03
e 07 dias, muitas vezes se fazem necessários devido às exigências construtivas.
Portanto, o conhecimento da evolução das propriedades do concreto é de fundamental
importância para prever seus valores nas idades solicitadas.
5
2.3.1.2 Determinação da absorção de água por imersão NBR 9778.

Esta norma prescreve o modo pela qual deve ser executado o ensaio para determinação
da absorção de água.

2.3.1.3 Ensaio de Dureza Mohs’ NBR 13818 (anexo V).

Os riscos visíveis presentes na superfície do revestimento, devido à aplicação dos


minerais de ensaio indicados na Tabela 1, fornecem o índice de dureza na escala Mohs’:

Tabela 1 - Escala de dureza Mohs’


Dureza Dureza Dureza Dureza Dureza
Minerais Minerais Minerais Minerais Minerais
Mohs Mohs Mohs Mohs Mohs
Talco 1 Calcita 3 Apatita 4 Quartzo 7.00 Corundum 9
Gesso 2 Fluorita 4 Feldspato 6 Topázio 8.00 Diamante 10

2.3.2 Granito

As rochas ornamentais utilizadas para revestimento são submetidas a diversos tipos de


solicitações desde a sua extração, passando pelo beneficiamento, até a sua aplicação e,
principalmente, o seu uso. Estas solicitações são causadas, sobretudo pela ação das
intempéries, pela poluição ambiental, pelo ataque de produtos de limpeza e outros
líquidos agressivos, pelo desgaste abrasivo, pelo impacto com outros corpos, etc. Assim,
o conhecimento dos índices físico-mecânicos destas rochas diante das diversas
solicitações é de fundamental importância para o seu dimensionamento e a correta
especificação em seus mais variados campos de aplicação. Os referidos índices são
obtidos através de ensaios executados segundo procedimentos normalizados por
entidades reconhecidas internacionalmente, tais como: Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT); American Society for Testing and Materials (ASTM); Comitê Europeu de
Normalização (CEN) etc. As normas da ABNT adotam dispositivos que enfatizam de uma
maneira geral: o princípio, aparelhagem, execução do ensaio, amostragem, preparação
do corpo de prova, ensaio, expressão dos resultados e o relatório de ensaios. No Brasil,
os principais ensaios de caracterização tecnológica requeridos para as rochas que se
destinam ao uso como materiais de revestimento de edificações, com exceção de
ardósias, estão normalizados através da norma ABNT NBR 15.845:2015, que estabelece
no seu escopo métodos para os seguintes ensaios: Análise petrográfica, índices físicos,
como, densidade aparente, porosidade aparente, absorção de água, compressão uniaxial,
resistência ao congelamento e degelo, flexão por carregamento em três pontos (módulo
de ruptura), flexão por carregamento em quatro pontos, coeficiente de dilatação térmica
linear, resistência ao impacto de corpo duro. Índices físicos são como se denominam as
propriedades como densidade aparente (massa específica aparente), porosidade
6
aparente e absorção d’água de rochas que se destinam ao uso como materiais de
revestimento. A absorção d’água é a capacidade de assimilação ou incorporação de água
pela rocha, expressa em percentual. A avaliação deste índice é fundamental para se
inferir a penetração de líquidos que podem manchar a rocha e estes líquidos
contaminantes, seu contato prolongado e repetitivo pode levar à deterioração do material.
Resistência à compressão axial, neste ensaio busca encontrar a maior carga por unidade
de área que a rocha pode suportar sem romper, ou seja, possibilita a determinação da
tensão de ruptura da rocha quando submetida a esforços compressivos. Sua finalidade é
avaliar a resistência da rocha quando utilizada como elemento estrutural e obter um
parâmetro indicativo de sua integridade física para utilização como revestimento de
edificações.

3. Programa Experimental

Serão mostradas as seguintes etapas para desenvolvimento desse trabalho:

-Seleção do granito natural e dos agregados do “granito artificial de concreto”.


-Seleção do cimento, adição e aditivo para atingir os resultados esperados.
-Ensaio dos agregados.
-Desenvolvimento do traço de concreto.
-Ensaio de resistência à compressão axial.
-Ensaio de absorção de água.
-Ensaio de dureza Mohs’.

Os ensaios realizados exigem para cada um deles uma quantidade de amostra conforme
demonstrado na Tabela 2.
Tabela 2 – Quantidade de amostra para cada ensaio realizado.
Ensaio de compressão Ensaio de absorção de Ensaio de dureza
Material
axial NBR 5739 água NBR 9778 Mohs' NBR 13818

granito natural 2 2 5

"granito artificial
8 2 5
de concreto"

3.1 Preliminares
Neste capítulo serão apresentados os materiais utilizados neste trabalho, bem, como os
procedimentos utilizados para a produção do “granito artificial de concreto”, tais como: os
métodos de ensaios utilizados no estudo do traço, a composição da granulometria dos
agregados utilizados, os ensaios para determinação das características físicas e análises
dos resultados entre o granito natural do tipo Capão Bonito e o “granito artificial de
concreto”, no estado endurecido. A princípio foram realizados os ensaios de compressão
de corpos-de-prova cilíndricos NBR 5739, absorção de água NBR 9778 e dureza Mohs’
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NBR 13818 (anexo V) do granito natural, com essa caracterização do material foi iniciado
o desenvolvimento do traço do “granito artificial de concreto” para se atingir as mesmas
características do granito natural.

3.1.2 Cimento

O aglomerante utilizado foi um cimento Portland CPV ARI – Votorantim, conforme os


dados do ensaio previamente realizado, o cimento possui massa específica média de 3,09
g/cm³, foi selecionado esse cimento por possuir uma resistência ao 28 dias acima de 50
MPa e ter um desempenho melhor em relação a resistência à compressão axial, bem
como, diminuição da porosidade quando adicionada sílica ativa ao concreto, assim se
observa na (Tabela 3) as características físicas e químicas do cimento utilizado.

Tabela 3 – Ensaio químico, físico e mecânico do cimento Votorantim CP V – ARI.


Produto CP V-ARI Norma NBR 5733

Mês e Ano out/2015 Marca Votoran Unidade Santa Helena

Ensaios Químicos Físicos e Mecânicos


Teores [%] Finura[%] Blaine Água de Tempo de Pega Expansib. a Resistência a Compressão [MPa]
PF MgO SO3 para C3A>8 RI #200 #325 [cm²/g] consist.[%] Início[mm] Fim [mm] quente [mm] 1 Dia 3 dias 7 Dias 28 Dias
Limite da
≤ 4.5 ≤ 6.5 ≤ 4.5 ≤ 1.0 ≤ 6.0 N/A ≥ 3000 N/A ≥ 60 ≤ 600 ≤ 5.0 ≥ 14.0 ≥ 24.0 ≥ 34.0 N/A
Norma
01/10/2015 3.14 5.22 4.13 0.88 0.4 1.5 5000 31 155 245 - 26.8 36.9 43.8 51.9
02/10/2015 2.77 5.57 3.87 0.94 0.3 1.4 4940 31 165 295 - 25.8 37.6 44.4 53.5
Fonte : Cimento Votoran

3.1.3 Areia (agregado miúdo)

Foram utilizadas dois tipos de areia: areia natural de quartzo que possui massa específica
média de 2,64 g/cm³, fornecedor Mineradora Curumim e areia artificial proveniente de
britagem de rocha que possui massa específica média de 2,78 g/cm³, fornecedor Pedreira
Capão Bonito. Foram feitas as análises granulométricas conforme NBR NM 248 e
estudada a composição granulométrica ideal conforme se observa na Tabela 4.

8
Tabela 4 - Análise granulométrica da areia NBR NM 248.
AREIA AREIA ARTIFICIAL MÉDIA DAS AMOSTRAS
PENEIRA PESO PESO MÁXIMA 4%
PORCENTAGEM [%] PORCENTAGEM [%] PORCENTAGEM [%]
RETIDO RETIDO
VARIAÇÃO
ABERTURA
N° [g] RETIDA PASSANTE ACUMULADA [g] RETIDA PASSANTE ACUMULADA ENTRE % MÉDIA RETIDA PASSANTE ACUMULADA
mm
RETIDA
25 1 - - 100.00 - 0 - 100.00 - - - - 100.0 -
19 3\4 0 - 100.00 - 0 - 100.00 - - - - 100.0 -
12.5 1\2 0 - 100.00 - 0 - 100.00 - - - - 100.0 -
9.5 3\8 0 - 100.00 - 0 - 100.00 - - - - 100.0 -
6.3 1\4 0 - 100.00 - 7.3 0.73 99.27 0.73 - 0.73 1.5 0.1 99.9 0
4.8 4 0 - 100.00 - 46 4.60 94.67 5.33 - 4.60 9.2 0.9 98.9 1
2.4 8 0 - 100.00 - 331.4 33.15 61.52 38.48 - 33.15 66.3 6.6 92.3 8
1.2 16 0 - 100.00 - 211.65 21.17 40.34 59.66 - 21.17 42.3 4.2 88.1 12
0.6 30 40 4.00 96.00 4.00 121.3 12.13 28.21 71.79 - 8.13 56.3 5.6 82.4 18
0.3 50 250 25.00 71.00 29.00 84.85 8.49 19.72 80.28 16.51 217.0 21.7 60.7 39
0.15 100 600 60.00 11.00 89.00 47.1 4.71 15.01 84.99 55.29 489.4 48.9 11.8 88
0.075 200 100 10.00 1.00 99.00 31.3 3.13 11.88 88.12 6.87 86.3 8.6 3.2 97
FUNDO 10 1.00 - 100.00 118.75 11.88 - 100.00 - 10.88 31.8 3.2 - 100
SOMA 1000 100.00 321.00 999.65 100.00 529.38 999.9 100.0 363
MASSA INICIAL 1000 MASSA INICIAL 1000 MÓDULO DE FINURA (NBR-7217) 1.66
VARIAÇÃO MASSA(%) 0.0% VARIAÇÃO MASSA(%) (MAX.0,3%) 0.0% 80% 20% DMC (mm) 4.80
(MAX.0,3%) MÓDULO DE FINURA (NBR-7217) 1.22 MÓDULO DE FINURA (NBR-7217) 3.41 AF PÓ

3.1.4 Brita 0 (agregado graúdo)

A brita utilizada foi a Brita 0, com diâmetro máximo do agregado de 9,5 mm, possui massa
específica média de 2,72 g/cm³, fornecedor Pedreira Capão Bonito. Abaixo segue a
composição granulométrica do agregado (Tabela 5).

Tabela 5 - Análise granulométrica da brita 0 - NBR NM 248.


1° AMOSTRA 2° AMOSTRA MÉDIA DAS AMOSTRAS
PENEIRA PESO PESO MÁXIMA 4%
PORCENTAGEM % PORCENTAGEM % PORCENTAGEM %
RETIDO RETIDO
VARIAÇÃO
ABERTURA
N° [g] RETIDA PASSANTE ACUMULADA [g] RETIDA PASSANTE ACUMULADA ENTRE % MÉDIA RETIDA PASSANTE ACUMULADA
mm
RETIDA
25 1 0 - 100.00 - 0 - 100.00 - - - - 100.0 -
19 3\4 0 - 100.00 - 0 - 100.00 - - - - 100.0 -
12.5 1\2 0 - 100.00 - 0 - 100.00 - - - - 100.0 -
9.5 3\8 142.7 14.29 85.71 14.29 159.4 15.97 84.03 15.97 - 1.68 151.1 15.1 84.9 15
6.3 1\4 615.9 61.69 24.02 75.98 594 59.53 24.50 75.50 2.16 605.0 60.6 24.3 76
4.8 4 114.9 11.51 12.51 87.49 124.6 12.49 12.02 87.98 - 0.98 119.8 12.0 12.3 88
2.4 8 110.4 11.06 1.45 98.55 96.6 9.68 2.33 97.67 1.38 103.5 10.4 1.9 98
1.2 16 2.4 0.24 1.21 98.79 4.4 0.44 1.89 98.11 - 0.20 3.4 0.3 1.6 98
0.6 30 1.7 0.17 1.04 98.96 0.7 0.07 1.82 98.18 0.10 1.2 0.1 1.4 99
0.3 50 0.4 0.04 1.00 99.00 1.6 0.16 1.66 98.34 - 0.12 1.0 0.1 1.3 99
0.15 100 0.8 0.08 0.92 99.08 4.1 0.41 1.25 98.75 - 0.33 2.5 0.2 1.1 99
0.075 200 1.2 0.12 0.80 99.20 5 0.50 0.75 99.25 - 0.38 3.1 0.3 0.8 99
FUNDO 8 0.80 - 100.00 7.5 0.75 - 100.00 0.05 7.8 0.8 - 100
SOMA 998.4 100.00 871.33 997.9 100.00 869.74 998.2 100.0 871
MASSA INICIAL 1000 MASSA INICIAL 1000 MÓDULO DE FINURA (NBR-7217) 5.96
VARIAÇÃO MASSA(%)
0.2% VARIAÇÃO MASSA(%) (MAX.0,3%) 0.2%
(MAX.0,3%) DMC (mm) 12.50

3.1.5 Aditivos

Foi utilizado o aditivo Hiperplastificante Power Flow 4000 fornecedor MC - Bauchemie,


com densidade de 1,22 g/cm³, sua base de formulação é um Policarboxilato.

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3.1.6 Adições

Foram usados dois tipos de adições no concreto, o primeiro trata-se de uma sílica ativa
para podermos atingir uma resistência mais elevada, seu fornecedor é a Dow Corning. A
outra adição foi o pigmento em pó na cor vermelha fornecida pela empresa LanXess,
para aproximar da cor do granito natural em estudo.

3.1.7 Água

A água utilizada foi da rede pública de abastecimento, ou seja, da Companhia Sabesp da


cidade de Itapetininga/SP.

3. 2 Desenvolvimento do traço de concreto.


Em relação ao procedimento experimental foi usado um método de dosagem de concreto
de alto desempenho de Aitcin, Pierre Claude (2000) High Performance Concrete , abaixo
observa-se o traço o qual se conseguiu a característica ideal para o concreto em relação
ao granito natural, nota-se abaixo na Tabela 6 a composição do traço e na Tabela 7 as
características do traço.

Tabela 6 - Traço do granito artificial de concreto.


Caracteristicas dos Agregados e Dosagem
Material Fornecedor Especificação Dosagem
Cimento Votorantim CP V 631 Kgf

Brita 0 Pedreira Capão Bonito Granito 855 Kgf

Areia de Brita Pedreira Capão Bonito Granito 179 Kgf

Areia de Quartzo Curumim Areia Natural 716 Kgf

Aditivo 1 MC- Bauchemie Power Flow 4000 12.9 l


Adição 1 Dow Corning Sílica Ativa 33.7 Kgf

Pigmento em pó
Adição 2 LanXess 21.53 Kgf
vermelho

Água Sabesp Rede Pública 129 l

Tabela 7 – Características do traço.


Especificação do Traço
Resistência à Compressão (28 dias) 120,0 MPa
Abatimento Tronco de Cone (Slump). 200 ± 30 mm
Diâmetro Máximo 12.5 mm
Teor de Argamassa 64%
Fator Água/Cimento (A/C) 0.204

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3.3 Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos NBR 5739

Os ensaios de resistência à compressão foram realizados em duas amostras do granito


natural extraídos de um mesmo bloco e do “granito artificial de concreto”, foram realizados
nas idades de 3, 7, 14 e 28 dias, segundo NBR 5739, os corpos de prova tiveram suas
superfícies retificadas.

3.4 Ensaio de Absorção de Água NBR 9778

Foram ensaiadas quatro amostras para a obtenção da % de absorção de água, duas


amostras de granito natural e duas amostras de “granito artificial de concreto”.

3.5 Ensaio de dureza Mohs’ NBR 13818 (Anexo V).


Foram ensaiadas cinco placas de granito natural e cinco placas de “granito artificial de
concreto”, para esses ensaios foram usado o “Kit Test Mohs’ Hardeness”, são
ferramentas em formato de caneta usadas para executar o teste de riscamento nas
placas, a fim de determinar a dureza Mohs’, são cinco canetas com duas pontas cada,
cada uma com uma determinada escala de dureza, totalizando uma graduação de 1 a 10
com a mais baixa escala que é o talco e a mais alta que é o diamante.

4. Apresentação e Análise dos Resultados


Serão apresentados os resultados obtidos nos ensaios de compressão axial NBR 5739,
ensaio de absorção de água NBR 9778 e ensaio de dureza superficial Mohs’ NBR 13818,
dos dois materiais, granito natural e granito artificial de concreto.

4.1 Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos NBR 5739


O granito natural e o “granito artificial de concreto” foram submetidos ao ensaio de
compressão axial segundo NBR 5739.

4.1.1 “Granito artificial de concreto”

Foram submetidos a ensaios de compressão axial 8 (oito) corpos de prova de “granito


artificial de concreto”, produzidos conforme traço da Tabela 6, foram rompidos 2 corpos
de prova para cada idade (3,7,14 e 28 dias), essas amostras ficaram em cura submersa

11
conforme NBR 5738, suas faces retificadas antes do ensaio. Segue abaixo os resultados
do ensaio (Gráfico 1).

Gráfico 1 - Resistência à compressão axial NBR 5739 – “Granito Artificial de Concreto”

4.1.2 Granito Natural

Foram submetidos a ensaio de compressão axial 2 (dois) corpos de prova de granito


natural, extraídos do mesmo bloco, essas amostras tiveram suas faces retificadas antes
do ensaio (Figura 1). Segue abaixo os resultados do ensaio conforme Gráfico 2.

Figura 1 – Amostras extraídas do bloco de granito, caracterização e ruptura

12
Gráfico 2 – Resultados de ensaios à compressão axial NBR 5739

Os resultados apresentaram resistência a compressão axial de 131,4 MPa e 136,0 MPa,


esses valores estão condizentes com a literatura que estuda as pedras ornamentais do
Manual de Caracterização, Aplicação, Uso e Manutenção das Principais Rochas
Comerciais do Espirito Santo (Publicação do Instituto Uevaldo Lodi, 2013) conforme
Tabela 8.
Tabela 8 – Características Físico-Mecânicas
Características Físico-Mecânicas
Densidade Aparente 2668 Kgf/m³
Absorção d'água 0.22 %
Compressão Axial 126 MPa
Fonte: Manual de Caracterização, Aplicação, Uso e Manutenção Das Principais Rochas Comerciais do Espirito Santo (Publicação do
Instituto Uevaldo Lodi, 2013).

4.2 Ensaio de Absorção de Água NBR 9778


Foram ensaiadas quatro amostras para a obtenção da % de absorção de água, duas de
“granito artificial de concreto” e duas de granito natural, os resultados dos dois materiais
estão expostos no Gráfico 3.

Gráfico 3 – resultados dos ensaios da % de absorção de água após imersão em água do granito natural e
do “granito artificial de concreto”.

13
4.3 Ensaio de dureza Mohs` NBR 13818 (Anexo V).
Foram ensaiadas cinco placas de granito natural e cinco placas de “granito artificial de
concreto”, para esse ensaio foi usado o “Kit Test Mohs’ Hardeness”. Abaixo é
apresentado na Tabela 9 os resultados obtidos nas placas de granito natural e “granito
artificial de concreto”.
Tabela 9 – resultados dos ensaios de dureza Mohs’ para o granito natural e o “granito artificial de concreto”
Escala Mohs'
Classificação Classificação
Mateiral segundo NBR segundo Mohs'
Escala que Escala que não
Média das escalas 13818 (anexo V) Hardnessde Tables
riscou a placa riscou a placa

Placa de granito
8 7 7.5 Quartzo Topazio ( Tourmaline)
natural

Placa de "granito
artificial de 8 7 7.5 Quartzo Topazio ( Tourmaline)
concreto"

Apresenta-se a sequência da realização do ensaio de dureza Mohs’ do granito natural


mostrada na Figura 2.
Figura 2 – sequência do ensaio de dureza Mohs’ do granito natural.

Segue apresentação da sequência do ensaio de dureza Mohs’ do “granito artificial de


concreto” na Figura 3.

Figura 3 – sequência do ensaio de dureza Mohs’ do “granito artificial de concreto”.

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Exposto abaixo imagens dos dois tipos de granito estudados no programa experimental
Figura 4.

Figura 4 – “Granito artificial de concreto” e granito artificial.

4.4 Síntese dos ensaios.

Apresenta-se na Tabela 10 o resumo dos ensaios realizados no programa experimental e


a comparação dos resultados obtidos entre o granito natural e o “granito artificial de
concreto”.

Tabela 10 – resumo dos ensaios do granito natural e “granito artificial de concreto”


% de Classificação
Fcj (2 8 )
Material absorção segundo NBR
[MPa]
de água 13818 (anexo V)
granito natural 136,0 0.27% Quartzo

"granito artificial de
126.6 2.44% Quartzo
concreto"

5. Considerações finais

Os resultados obtidos neste programa experimental propiciam as seguintes


considerações:
É possível criar um “granito artificial de concreto” atendendo as mesmas utilizações do
granito natural e com as mesmas características do granito natural, em relação à
resistência à compressão, absorção de água e dureza Mohs’.
Em relação à resistência à compressão, o granito natural obteve valor de 136,0 MPa e o
“granito artificial de concreto” 126,6 MPa, apesar do valor obtido no “granito artificial de
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concreto” ser inferior ao natural, ele atende a resistência necessária para utilização, pois
conforme Manual de Caracterização, Aplicação, Uso e Manutenção das Principais Rochas
Comerciais do Espirito Santo (Publicação do Instituto Uevaldo Lodi, 2013) existem
granitos naturais que tem a resistência entre 105 e 115 MPa, ou seja, a resistência do
“granito artificial de concreto” encontra-se dentro das resistência de algum dos granitos
naturais encontrados.
O valor obtido na análise de absorção de água do granito natural foi de 0,27%, valor este
próximo do valor mostrado no já citado Manual de Caracterização, Aplicação, Uso e
Manutenção das Principais Rochas Comerciais do Espirito Santo (Publicação do Instituto
Uevaldo Lodi, 2013), que apresenta valor de 0,22% para o mesmo tipo de granito
estudado. Entretanto, o “granito artificial de concreto” apresentou valor de 2,44% de
absorção de água, valor maior que o 0,27% do granito natural, todavia, conforme Pierre
Claude Aitcin (Concreto de Alto Desempenho – Ed. Pini 2000) não existe qualquer fluxo
de água através do concreto que possua A/C < 0,4. No presente programa experimental o
“granito artificial de concreto” foi dosado com A/C = 0,204, assim, menor que a relação
estudada por Pierre Claude Aitcin, desta feita, não irá possuir fluxo de água, mesmo com
2,44% de absorção.
A escala de dureza Mohs’ obtida foi de 7,5 nos dois tipos de granitos estudados, portanto,
temos a mesma capacidade de resistência a riscos, o que permite a mesma característica
do granito natural ao polimento com alto brilho.
No decorrer do desenvolvimento do “granito artificial de concreto” notou-se claramente
que a qualidade do produto depende do processo de seleção dos materiais constituintes
como, mistura, adensamento e cura conforme NBR 5738, ou seja, o processo de
produção do concreto é de extrema importância para o resultado final do produto.
Através do programa experimental e de todos os ensaios realizados conclui-se que é
possível produzir “granito artificial de concreto” que atenda as mesmas características do
granito natural, em relação à resistência à compressão axial, absorção de água e dureza
Mohs’.
Finalizando, o “granito artificial de concreto” sobressai ao granito natural na sua
diversidade de opção de cores, tipos de agregados que poderá ser utilizado na sua
fabricação e polimentos, o que propicia maior gama de produtos no mercado.

6. Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT


________. NBR 15012 Rochas para revestimentos de edificações – Terminologia. Rio de
Janeiro, ABNT, 2013.
________. NBR 5738: Concreto. Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-
prova. Rio de Janeiro, ABNT, 2008.
________. NBR 5739: Concreto. Ensaio de compressão em corpos-de-prova cilíndricos.
Rio de Janeiro, ABNT, 2007.

16
________. NBR 6118: Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento, Rio de Janeiro,
ABNT, 2004.
________. NBR 13.818 Anexo V – Determinação da dureza segundo a escala Mohs’. Rio
de Janeiro, ABNT,1997.
________. NBR 15.845-2: Determinação da densidade aparente, da porosidade aparente
e da absorção de água, Rio de Janeiro, ABNT,2015.
________. NBR NM 248: Agregados - Determinação da composição granulométrica. Rio
de Janeiro, ABNT 2003.
________. NBR 9778: Argamassa e concreto endurecidos - Determinação da absorção
de água, índice de vazios e massa específica. Rio de Janeiro, ABNT 2005 versão
corrigida 2:2009.

ARAÚJO, R. C. L.; RODRIGUES, E. H. V.; FREITAS, E. das G. A. Materiais de


construção. Rio de Janeiro: Seropédica, Editora Universidade Rural, 2000.

GOMES, P. C. C. Estudo de Parâmetros que Influenciam a Produção e as


Propriedades dos Concretos de Alta Resistência. Dissertação – Universidade Federal
do Rio de Janeiro, COPPE, Rio de Janeiro/RJ, 1995.

Fonte: Rochas Ornamentais - Manual de Caracterização, Aplicação, Uso e


Manutenção das Principais Rochas Comerciais no Espírito Santo Publicação do
Instituto Euvaldo Lodi – IEL- ES 1ª Edição Cachoeiro de Itapemirim/ ES – 2013.

MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: Microestrutura, Propriedades e


Materiais. 3. ed. São Paulo: IBRACON, 2008.

MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: Estrutura, Propriedades e Materiais.


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PAULON, V. A. Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações. 1. ed. São Paulo:


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selfcompacting, and normal vibrated. Edição: O. Wallevik and I, Nielsson. In:
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Desempenho, 2009.

AITCIN, PIERRE-CLAUDE. Concreto de Alto Desempenho. Editora Pini, 2000. 1.ed.


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