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INTROITO
Destarte, o Demandante ora formula pleito de gratuidade da justiça, o que faz por
declaração de sua procuradora, sob a égide do NCPC, art. 99, § 4º c/c NCPC, art.
105, in fine, quando tal prerrogativa se encontra inserta em declaração acostada.
O Requerente opta pela realização de audiência conciliatória (NCPC, art. 319, inc. VII),
razão qual requer a citação do Promovido, por carta e entregue em mãos próprias
(NCPC, art. 247, inc. I) para comparecer à audiência designada para essa finalidade
(NCPC, art. 334, caput c/c NCPC, art. 695, caput).
I - DOS FATOS
Desse relacionamento nasceram 3 três filhos, conforme prova cópia das certidões de
nascimento, qual seja:
Apesar da relação jurídica que os une, o Requerido deixou de cumprir sua parcela de
responsabilidade no sustento dos menores, não contribuindo com qualquer valor, dificultando
no sustento e na formação da criança.
Cumpre esclarecer que a genitora dos menores encontra-se desempregada e vem, com muita
dificuldade, arcando com as despesas decorrentes da criação das crianças, tais como moradia,
água, luz, gás, gasolina, alimentação, vestuário, educação, medicamentos, lazer e etc.
II - DA GUARDA
Dessa forma, deve-se definir a guarda com primordial atenção aos interesses dos
menores, a ser conduzida conforme os termos e condições a seguir.
Não obstante a orientação pela guarda compartilhada instituída pela Lei 13.058/14, cabe
ao Magistrado a sensibilidade de conceber que não se trata de uma regra absoluta,
afinal, se o genitores não possuem uma relação saudável, não terão condições de
conduzir a guarda compartilhada.
Nesse sentido, busca a intervenção desse judiciário, a fim de que a criança detenha uma
vida digna com aquele que possa lhe prover as melhores condições.
No presente caso, a guarda em favor da mãe é a que melhor atende os interesses do
menor, entendimento diferente só pode ocorrer em casos extremos, conforme leciona a
doutrina sobre o tema:
IV - DA REGULAMENTAÇÃO DE CONVIVÊNCIA
A convivência familiar é direito garantido por lei que resguarda o interesses do menor,
requerendo desde já, que seja determinada a convivência familiar com a regulamentação
de visitas.
E assevera ainda:
Trata-se de princípio que deve ser mantido no presente caso, conforme pacífica
jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. DIREITO
CONSTITUCIONAL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE
REVISÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. PRINCÍPIO DO
MELHOR INTERESSE DO MENOR. (...) 1.A visitação a filho menor
consiste em direito da personalidade inerente ao exercício do próprio
poder familiar, propiciando aos genitores o convívio necessário para
possibilitar aos filhos o desenvolvimento do afeto parental e da própria
saúde psíquica e psicológica do infante, de modo que este cresça como
pessoa plena nos atributos que o tornem mais propenso ao ajuste familiar
e social. 2. (...) 3. Nesse norte, o julgador deve dar a solução que
proporcione mais bem-estar e qualidade de vida ao menor, deixando-o a
salvo de ameaças à sua integridade física, psicológica ou psíquica, para
que, tanto quanto possível, seu desenvolvimento se realize de forma
plenamente saudável, em consonância com o art. 227 da CF com o art. 4º
do Estatuto da Criança e do Adolescente. 4. (...). (TJ-DF
20160910021784 – Segredo de Justiça 000211-02.20168.07.0009,
Relator: ROMULO DE ARAUJO MENDES, Data de Julgamento:
26/04/2017, 4ª TURMA CÍVEL, Data da Publicação: Publicado no DJE:
19/05/2017).
Portanto tem-se como prioridade a manutenção da convivência familiar, que deverá ser
promovida pela garantia das visitas da seguinte forma:
Hoje as crianças, embora possuírem idade suficiente para a pernoite, não possuem
vínculo suficiente com o Requerido para a pernoite, assim o genitor exercerá o direito
de visitas ao filho, nos finais de semana alternados, retirando-os da casa da mãe às 9:00
horas no sábado e devolvendo-o ás 18:00 do mesmo dia e da mesma forma no domingo.
Nas férias escolares de janeiro e julho, o plano de convivência não sofrerá alteração, até
que o Requerido estabeleça laços sólidos de convivência com o menor.
No dia dos Pais e aniversário deste o menor permanecerá com o pai e no Dia das Mães e
aniversário desta com a mãe.
Feriados Letivos, o menor passará com um ou com outro de forma alternada, sem
pernoite.
Natal e Ano novo, um com o genitor outro com a genitora, invertendo no ano seguinte.
V - DOS ALIMENTOS
VI - DA NECESSIDADE DO ALIMENTANDO
Cumpre esclarecer que a genitora dos menores encontra-se desempregada e vem, com
muita dificuldade, arcando sozinha com as despesas decorrentes da criação das crianças,
tais como moradia, água, luz, gás, alimentação, vestuário, medicamentos, uniforme,
material escolar e etc.
Além de todas essas despesas fixas, ainda tem as variáveis, como por exemplo, exames,
consultas médicas.
VII - DA POSSIBILIDADE FINANCEIRA DO ALIMENTANTE
Por outro lado, a situação financeira do Requerido é razoável, sabe-se que ele esta
empregado na cidade do Carmo do Paranaíba e se recusa a prestar qualquer tipo de
assistência aos filhos.
Os alimentos provisórios tem fundado amparo na Lei 5.478/68 em seu art. 4º “Ao
despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo
devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita”.
“um risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse
demonstrado pela parte”, em razão do “periculum in mora”, risco esse
que deve ser objetivamente apurável, sendo que e a plausabilidade do
direito substancial consubstancia-se no direito “invocado por quem
pretenda a segurança, ou seja, o “fumus boni iuris” (in Curso Direito
Processual Civil, 2016. I. p. 366)”.
Nesse sentido:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPUGNAÇÃO AO DIREITO DE
DECISÃO. REJEIÇÃO DA TESE DO ALIMENTANTE PARA QUE
OS ALIMENTOS PROVISÓRIOS ARBITRADOS EM FAVOR DA
FILHA INCIDAM DA CITAÇÃO. DIES A QUO QUE DEVE
OBSERVAR A DATA DO ARBITRAMENTO. EXEGESE DO
ARTIGO 4º DA LEI 5.478/68. PRECENDENTES DESTA CORTE.
INTERLOCUTÓRIO MANTIDO. “Ao contrário dos alimentos
definitivos, ou seja, aqueles fixados na sentença – os quais, a teor do art.
13, §2º, da Lei 5.478/68, são devidos a partir da citação do devedor, os
alimentos provisórios fixados liminarmente, são passiveis de
exigibilidade a partir do seu arbitramento, pois visam atender, desde
logo, as necessidades do alimentado” (TJSC, Agravo de Instrumento n.
2013.044826-2, Des. Eládio Torret Rocha, j. 03/04/2014). RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJSC, Agravo de Instrumento n.
4011281-46.2017.8.24.0000, da capital, rel., Des. Selso de Oliveira, 4ª
CÂMARA DE DIREITO CIVEL, j. 28/02/2019).
X - DOS PEDIDOS
E) Seja decretada a guarda unilateral dos filhos menores em favor de sua genitora;
H) Intimação do Ministério Público para intervir no feito, nos moldes do art. 698,
do CPC;
Nestes termos;
Pede deferimento.
OAB/MG 144.462