Você está na página 1de 11

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA

CÍVEL DA COMARCA DE PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS – MG.

WENDEL PEREIRA LIMA, brasileiro, menor, nascido em 04/03/2007, inscrito no


CPF de nº 171.510.306-81, IHURY PEREIRA LIMA, brasileiro, menor, nascido em
11/07/2009, inscrito no CPF de nº 171.510.376-94 e IAN PEREIRA LIMA, brasileiro,
menor, nascido em 09/09/2017, inscrito no CPF de nº 164.772.496-18, todos
representados, neste ato, por sua genitora Sra. VANUZA PEREIRA DE CASTRO,
brasileira, convivente em união estável, do lar, com RG de nº MG – 14.778.471 e
inscrita no CPF de nº 082.613.236-76, todos residentes e domiciliado à Rua Bom Jesus,
nº164, Centro, na cidade de São Gonçalo do Abaeté – MG, CEP 38.790-000, vêm
respeitosamente, por meio de sua advogada, infra assinado, com fundamento no artigo
1.566, IV, do Código Civil e artigo 2º da Lei nº. 5.478/68, pleitear

AÇÃO DE ALIMENTOS c/c GUARDA E VISITAÇÃO

em face de ALEXANDRO DA SILVA LIMA, brasileiro, estado civil desconhecido,


profissão desconhecida, residente e domiciliado à Rua Sete de Setembro, 5, Juscelino
Kubitschek, na cidade de Carmo do Paranaíba - MG, CEP 38.840-971, pelos fatos e
motivos que passa a expor:

INTROITO

(a) Benefícios da Justiça Gratuita


O Requerente na pessoa de sua representante legal não tem condições de arcar com as
despesas do processo, uma vez que são insuficientes seus recursos financeiros para
pagar todas as despesas processuais, inclusive o recolhimento das custas iniciais.

Destarte, o Demandante ora formula pleito de gratuidade da justiça, o que faz por
declaração de sua procuradora, sob a égide do NCPC, art. 99, § 4º c/c NCPC, art.
105, in fine, quando tal prerrogativa se encontra inserta em declaração acostada.

(b) Quanto à audiência de conciliação

O Requerente opta pela realização de audiência conciliatória (NCPC, art. 319, inc. VII),
razão qual requer a citação do Promovido, por carta e entregue em mãos próprias
(NCPC, art. 247, inc. I) para comparecer à audiência designada para essa finalidade
(NCPC, art. 334, caput c/c NCPC, art. 695, caput).

I - DOS FATOS

As partes constituíram um relacionamento de 15 (quinze) anos, separados há quase 2


(dois) anos.

Desse relacionamento nasceram 3 três filhos, conforme prova cópia das certidões de
nascimento, qual seja:

 WENDEL PEREIRA LIMA, nascido em 04/03/2007;


 IHURY PEREIRA LIMA, nascido em 11/07/2009;
 IAN PEREIRA LIMA, nascido em 09/09/2017

Apesar da relação jurídica que os une, o Requerido deixou de cumprir sua parcela de
responsabilidade no sustento dos menores, não contribuindo com qualquer valor, dificultando
no sustento e na formação da criança.

Cumpre esclarecer que a genitora dos menores encontra-se desempregada e vem, com muita
dificuldade, arcando com as despesas decorrentes da criação das crianças, tais como moradia,
água, luz, gás, gasolina, alimentação, vestuário, educação, medicamentos, lazer e etc.

Trata-se de ação que busca resguardar a dignidade e subsistência do Requerente.


A fixação de alimentos é medida urgente e indispensável à garantia de condições
mínimas de sobrevivência, razão pela qual busca a intervenção estatal.

II - DA GUARDA

Inicialmente cumpre destacar que o direito busca, precipuamente, resguardar os direitos


e interesses dos menores, devendo ser conduzida a presente ao fim de atendê-los.

A legislação brasileira, em atenção às necessidades do menor, previu no Código Civil,


em seu art. 1.583 as condições mínimas que o genitor deve prover para que a guarda lhe
seja atribuída, in verbis:

Art. 1.583 – A guarda será unilateral ou compartilhada.

§ 1º - Compreendendo-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos


genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, §5º) e, por guarda
compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e
deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes
ao poder familiar dos filhos comuns.

Dessa forma, deve-se definir a guarda com primordial atenção aos interesses dos
menores, a ser conduzida conforme os termos e condições a seguir.

III - DA GUARDA UNILATERAL EXCLUSIVA

Não obstante a orientação pela guarda compartilhada instituída pela Lei 13.058/14, cabe
ao Magistrado a sensibilidade de conceber que não se trata de uma regra absoluta,
afinal, se o genitores não possuem uma relação saudável, não terão condições de
conduzir a guarda compartilhada.

No presente caso, não presente os requisitos necessários à boa convivência familiar a


justificar a guarda compartilhada, o deferimento da guarda unilateral é medida
necessária.

Nesse sentido, busca a intervenção desse judiciário, a fim de que a criança detenha uma
vida digna com aquele que possa lhe prover as melhores condições.
No presente caso, a guarda em favor da mãe é a que melhor atende os interesses do
menor, entendimento diferente só pode ocorrer em casos extremos, conforme leciona a
doutrina sobre o tema:

“No entender de Sílvio de Salvo Venosa, a mãe, costumeiramente, é mais


apta, e teria melhores condições de exercer a guarda dos filhos de tenra
idade, devendo, somente em casos muito extremos, ser dela retirada
(...).”(MADALENO, Rolf. MADALENO, Ana Carolina Carpes.
Síndrome da alienação parental. Importância da detecção. 5º ed. Forense:
2017. Kindle edition. p. 626).

Nesse sentido, confirmam os precedentes sobre o tema:

APELAÇÃO. AÇÃO DE MODIFICAÇÃO. GUARDA. MELHOR


INTERESSE DA CRIANÇA. Sobreposição à inovação trazida pela Lei
13.058/2014, que instituiu o regime da guarda compartilhada. A
preferência estabelecida pelo tipo legal não se confunde com a aplicação
com o princípio do melhor interesse da criança. Portanto, até que o
estado latente de beligerância entre os genitores não seja efetivamente
superado, não se vislumbra cogitar a adoção da guarda compartilhada,
pois sua incidência pressupõe respeito ao disposto no art. 227 da CF,
sendo certo que o apelante pretende exclusivamente a inversão da guarda
unilateral a seu favor. Elementos fático-probatórios que indicam que a
genitora goza de melhores condições para o exercício da guarda
unilateral, não havendo comprovação de maus-tratos `infante ou situação
de abandono. Cuidados dispensados pela avó materna, em
complementariedade com a genitora, não salutares ao desenvolvimento
da criança. Eventual descumprimento do regime de guarda compactuado
após a propositura desta demanda que deve ser objeto de cumprimento de
sentença. RECURSO NÂO PROVIDO. (TJSP; Apelação Cível
100180291.2017.8.26.0140; Relator: Rosangela Telles; órgão Julgador:
2ª Câmara de Direito Privado; Foro de Chavantes – Vara Única; Data do
Julgamento: 28/05/2012; ata de Registro: 03/02/2020).
Diante de todo o exposto, diante dos fatos narrados, resta demonstrada a inviabilidade
da guarda compartilhada e necessária definição da guarda unilateral em favor da
genitora.

IV - DA REGULAMENTAÇÃO DE CONVIVÊNCIA

A convivência familiar é direito garantido por lei que resguarda o interesses do menor,
requerendo desde já, que seja determinada a convivência familiar com a regulamentação
de visitas.

Trata-se de direito dos pais em continuar acompanhando o desenvolvimento


educacional de seus filhos, conforme dispõe o “caput” do artigo 1.589 do CC:

Art. 1.589 – O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos,


poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com
outro cônjuge, ou fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e
educação.

A doutrina Maria Berenice Dias ao disciplinar sobre a matéria destacada:

“O rompimento do casamento ou da união estável dos genitores não pode


comprometer a continuidade dos vínculos parentais, pois o exercício do
poder familiar em nada é afetado. O estado de Família é indisponível.”
(inManual de Direito das Famílias. 12ª ed. Revista dos Tribunais: 2017.
Pag. 545).

E assevera ainda:

“O direito de convivência não é assegurado somente ao pai e à mãe, é


direito do próprio filho de com eles conviver, o que reforça os vínculos
paterno e materno-filial. (...) O interesse de ser resguardado,
prioritariamente, é do filho, e objetiva atenuar a perda da convivência
diuturna na relação parental”(op. cit. p. 557)”.

Trata-se de princípio que deve ser mantido no presente caso, conforme pacífica
jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. DIREITO
CONSTITUCIONAL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE
REVISÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. PRINCÍPIO DO
MELHOR INTERESSE DO MENOR. (...) 1.A visitação a filho menor
consiste em direito da personalidade inerente ao exercício do próprio
poder familiar, propiciando aos genitores o convívio necessário para
possibilitar aos filhos o desenvolvimento do afeto parental e da própria
saúde psíquica e psicológica do infante, de modo que este cresça como
pessoa plena nos atributos que o tornem mais propenso ao ajuste familiar
e social. 2. (...) 3. Nesse norte, o julgador deve dar a solução que
proporcione mais bem-estar e qualidade de vida ao menor, deixando-o a
salvo de ameaças à sua integridade física, psicológica ou psíquica, para
que, tanto quanto possível, seu desenvolvimento se realize de forma
plenamente saudável, em consonância com o art. 227 da CF com o art. 4º
do Estatuto da Criança e do Adolescente. 4. (...). (TJ-DF
20160910021784 – Segredo de Justiça 000211-02.20168.07.0009,
Relator: ROMULO DE ARAUJO MENDES, Data de Julgamento:
26/04/2017, 4ª TURMA CÍVEL, Data da Publicação: Publicado no DJE:
19/05/2017).

Portanto tem-se como prioridade a manutenção da convivência familiar, que deverá ser
promovida pela garantia das visitas da seguinte forma:

Hoje as crianças, embora possuírem idade suficiente para a pernoite, não possuem
vínculo suficiente com o Requerido para a pernoite, assim o genitor exercerá o direito
de visitas ao filho, nos finais de semana alternados, retirando-os da casa da mãe às 9:00
horas no sábado e devolvendo-o ás 18:00 do mesmo dia e da mesma forma no domingo.

Nas férias escolares de janeiro e julho, o plano de convivência não sofrerá alteração, até
que o Requerido estabeleça laços sólidos de convivência com o menor.

No dia dos Pais e aniversário deste o menor permanecerá com o pai e no Dia das Mães e
aniversário desta com a mãe.

Feriados Letivos, o menor passará com um ou com outro de forma alternada, sem
pernoite.
Natal e Ano novo, um com o genitor outro com a genitora, invertendo no ano seguinte.

V - DOS ALIMENTOS

A Lei estabelece sabiamente os parâmetros a serem seguidos para que a prestação de


Alimentos seja firmada, devendo atender ao binômio necessidade x possibilidade, como
passará a demonstrar:

Nas palavras da doutrinadora Maria Berenice Dias:

“O fundamento do dever de alimentos se encontra no princípio da


solidariedade, ou seja, a fnta da obrigação alimentar são os laços de
parentabilidade que ligam as pessoas que constituem uma família,
independentemente do seu tipo: casamento, união estável, famílias
monoparentais, homoafetivas, socioafetivas, entre outras.” (Maria
Berenice Dias, Manual do Direito de famílias, edição – 2017, e-book, 28.
Alimentos).

Ou seja, o direito a alimentos busca reservar o bem maior da vida e assegurar a


existência do indivíduo que depende deste auxílio para sobreviver.

VI - DA NECESSIDADE DO ALIMENTANDO

Cumpre esclarecer que a genitora dos menores encontra-se desempregada e vem, com
muita dificuldade, arcando sozinha com as despesas decorrentes da criação das crianças,
tais como moradia, água, luz, gás, alimentação, vestuário, medicamentos, uniforme,
material escolar e etc.

As necessidades dos alimentandos ficam perfeitamente demonstradas diante das


despesas fixas mensais inerentes a subsistência dos mesmos, conforme documentos
anexos.

Além de todas essas despesas fixas, ainda tem as variáveis, como por exemplo, exames,
consultas médicas.
VII - DA POSSIBILIDADE FINANCEIRA DO ALIMENTANTE

Por outro lado, a situação financeira do Requerido é razoável, sabe-se que ele esta
empregado na cidade do Carmo do Paranaíba e se recusa a prestar qualquer tipo de
assistência aos filhos.

Considerando que o Requerido é apto a garantir a sua subsistência e a dos Requerentes,


é de bom alvitre que os alimentos sejam determinados no patamar de 60% (sessenta por
cento) do valor do salário mínimo vigente, ou seja, 20% para cada filho.

IX - DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Os alimentos provisórios tem fundado amparo na Lei 5.478/68 em seu art. 4º “Ao
despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo
devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita”.

No presente caso dois elementos ficam perfeitamente caracterizados, a probabilidade do


direito e o risco da demora, se não vejamos:

A PROBABILIDADE DO DIREITO: Resta caracterizada diante da demonstração


inequívoca do vínculo familiar e de responsabilidade familiar prevista do art. 1.694 do
CC.

Já o RISCO DA DEMORA, fica caracterizado pela natureza alimentar da presente ação,


indispensável à subsistência dos Requerentes, ou seja, tal circunstância confere grave
risco de perecimento do resultado útil do processo, conforme leciona Humberto
Theodoro Júnior:

“um risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse
demonstrado pela parte”, em razão do “periculum in mora”, risco esse
que deve ser objetivamente apurável, sendo que e a plausabilidade do
direito substancial consubstancia-se no direito “invocado por quem
pretenda a segurança, ou seja, o “fumus boni iuris” (in Curso Direito
Processual Civil, 2016. I. p. 366)”.

Nesse sentido:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPUGNAÇÃO AO DIREITO DE
DECISÃO. REJEIÇÃO DA TESE DO ALIMENTANTE PARA QUE
OS ALIMENTOS PROVISÓRIOS ARBITRADOS EM FAVOR DA
FILHA INCIDAM DA CITAÇÃO. DIES A QUO QUE DEVE
OBSERVAR A DATA DO ARBITRAMENTO. EXEGESE DO
ARTIGO 4º DA LEI 5.478/68. PRECENDENTES DESTA CORTE.
INTERLOCUTÓRIO MANTIDO. “Ao contrário dos alimentos
definitivos, ou seja, aqueles fixados na sentença – os quais, a teor do art.
13, §2º, da Lei 5.478/68, são devidos a partir da citação do devedor, os
alimentos provisórios fixados liminarmente, são passiveis de
exigibilidade a partir do seu arbitramento, pois visam atender, desde
logo, as necessidades do alimentado” (TJSC, Agravo de Instrumento n.
2013.044826-2, Des. Eládio Torret Rocha, j. 03/04/2014). RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJSC, Agravo de Instrumento n.
4011281-46.2017.8.24.0000, da capital, rel., Des. Selso de Oliveira, 4ª
CÂMARA DE DIREITO CIVEL, j. 28/02/2019).

Diante de tais circunstâncias, é inegável a existência de fundado receio de dano


irreparável, sendo imprescindível a fixação de alimentos provisórios em valor de 60%
(sessenta por cento) do salário mínimo vigente, ou seja, 20% para cada filho, nos termos
do art. 4º da Lei 5.478/68.

X - DOS PEDIDOS

Por todo exposto, REQUER:

A) A concessão do benefício da gratuidade processual, nos termos da do art. 5º,


LXXIV e pela Lei 13.105/15, assim como art. 98 e seguintes do CPC, não
podendo arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo
do próprio sustento;

B) A concessão da liminar, de alimentos provisórios em favor do Requerente, com a


fixação de 60% (sessenta por cento) do salário mínimo vigente, sendo 20% (vinte por
cento) para cada filho menor;
C) Seja expedido mandado de citação pessoal do Requerido na forma dos §§ 1º e 2º
do artigo 695 do NCPC, para seu comparecimento na audiência de conciliação
ou mediação designada, advertindo-o de que deverá estar acompanhado por
advogado ou defensor público, nos termos do § 4º do Artigo 695 do NCPC, o
mandado de citação deve ser expedido no endereço residencial, qual seja, Rua
Sete de Setembro, 5, Juscelino Kubitschek, na cidade de Carmo do Paranaíba -
MG, CEP 38.840-971, informando ainda, nesta oportunidade, o celular de
contato do Requerido (34) 9 9931-6522, caso seja necessário;

D) A conversão dos alimentos provisórios em definitivos, condenando o Requerido


ao mínimo de 60% (sessenta por cento) do salário mínimo vigente, sendo 20%
(vinte por cento) para cada filho, a serem pagos, bem como arcar com 50%
(cinquenta por cento) dos gastos com despesas médicas, hospitalares,
farmacêuticas e odontológicas, bem como materiais escolares e uniformes, assim
cumprindo o seu papel como pai que é garantir uma vida digna para os seus
filhos;

E) Seja decretada a guarda unilateral dos filhos menores em favor de sua genitora;

F) Que seja estabelecido plano de convivência conforme sugerido na presente


inicial;

G) A produção de todos os meios de provas admitidas em direito, em especial a


testemunhal mediante designação de audiência;

H) Intimação do Ministério Público para intervir no feito, nos moldes do art. 698,
do CPC;

I) A condenação do requerido ao pagamento de honorários advocatícios nos


parâmetros previstos no art. 85, §2º, do CPC.
Dá-se a causa o valor de R$7.920,00 (sete mil novecentos e vinte reais).

Nestes termos;

Pede deferimento.

Patos de Minas – MG, 10 de maio de 2021.

P.p. Paula Mattos Magalhães de Souza Coelho

OAB/MG 144.462

Você também pode gostar