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ESTÉTICA DA RECEPÇÃO
(REZEPTIONSÄSTHETIK / READER-
RESPONSE CRITICISM)
by Carlos Ceia | Dez 30, 2009 | 0 comments
Escola de teoria literária identificada na era pós-estruturalista, a par tir dos finais da
década de 1960, em primeiro lugar na Alemanha e mais tarde nos Estados Unidos,
tendo em comum a defesa da soberania do leitor na recepção crítica da obra de ar te
literária. Na Alemanha, tomou o nome de Rezeptionästhetik; no mundo anglo-americano,
vingou a expressão reader-response criticism; em por tuguês, por força da dificuldade de
tradução literal da expressão inglesa, tem-se preferido a tradução estrita do original
alemão.
Todo o leitor pode ser de alguma forma, em algum momento, por algum motivo um
crítico. É impensável a crítica que não resulte de um acto de ler e porque este é a sua
origem, a escrita só se revela no acto de consumação da leitura. Não há
críticos/escritores em primeira instância. A produção do texto crítico só é possível
depois do acto de ler algo que também é escrita. A ideia bar thiana-estruturalista do
crítico como um prolongamento do escritor, continuando sempre a ser escritor, um
especialista da escrita, um demiurgo do texto, perde a sua lógica na origem: antes de
ser escritor, o crítico tem de ser leitor, tem que estar dependente, subordinado por um
dever de originalidade, a um texto já concebido. Não tem como missão a
reconstituição do objecto analisado, mas a sua interrogação, não a sua repetição, mas
a dissecação da sua natureza. Desde os Princípios de Crítica Literária (1924), de I. A.
Richards, que a prática crítica toma como princípio geral de actuação o postulado do
crítico como leitor, como um leitor mais atento e especializado, cuja missão é expor o
seu ponto de vista formado pela leitura explícita do texto literário. O Bar thes
estruturalista recusará esta perspectiva. Para ele, a crítica literária não é identificável
com a leitura, o crítico não é um leitor, porque este é aquele que se limita ao acto de ler
palavra por palavra um texto, simplesmente repetindo-o. Enquanto a leitura é
assumida como um processo de simples identificação com o texto, a crítica – não faz,
por tanto, sentido a separação que nos parece natural entre leitura crítica e leitura
espontânea, em que a primeira se refere a um exercício especulativo e a segunda a um
mero acto de descodificação verbal sem intuito de "tocar" no texto – coloca o crítico
a uma cer ta distância do texto.
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