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MANDADO DE INJUNÇÃO ADI POR OMISSÃO

Natureza e finalidade. Natureza e finalidade.


Conforme disposto no inciso LXXI do
artigo 5º da Constituição Federal,  é uma ação de natureza objetiva ideada
conceder-se-á mandado de como instrumento de
injunção quando necessário ao exercício controle abstrato ou principal de
dos direitos e liberdades constitucionais constitucionalidade da omissão,
e das prerrogativas inerentes à empenhado na defesa objetiva
nacionalidade, à soberania e à da Constituição. Isso significa que o
cidadania . mandado de injunção é uma ação
Com a finalidade de o Poder constitucional de garantia de Direitos,
Judiciário dar ciência ao Poder tanto que está previsto no art. 5º, LXXI;
Legislativo sobre a ausência de norma enquanto a ação direta de
regulamentadora, o que torna inviável o inconstitucionalidade por omissão é uma
exercício dos direitos e garantias ação constitucional de garantia
constitucionais e das prerrogativas da Constituição, uma vez que se
inerentes encontra estabelecida no art. 103, § 2º.
à nacionalidade, soberania e cidadania.
Cabimento Cabimento
 sempre que a falta de norma presta-se a tornar efetiva uma norma
regulamentadora torne inviável o constitucional, independentemente de o
enunciado definir um direito ou não.
exercício dos direitos e liberdades
Essa diferença é destacada do próprio
constitucionais e das prerrogativas texto expresso da Constituição, que
inerentes à nacionalidade, à soberania e configura os contornos destas duas
à cidadania. ações: o art. 5º, LXXI, fala do mandado
de injunção para tornar viável “o
exercício dos direitos e liberdades...”; e o
art. 103, § 2º pronuncia a ação direta de
inconstitucionalidade por omissão de
medida “para tornar efetiva norma
constitucional”. Quanto a essa distinção,
percebe-se que a atividade normativa
supletiva do Poder Judiciário, no
mandado de injunção, é um meio para a
garantia de viabilidade e exercício do
direito, enquanto na ação direta de
inconstitucionalidade por omissão é
o próprio fim para a concretização da
norma constitucional.
Legitimados ativos Legitimados ativos
a legitimidade ativa está reservada
Possui legitimidade ativa para impetrar o exclusivamente aos entes, autoridades e
mandado de injunção qualquer pessoa órgãos arrolados, taxativamente, no
natural ou jurídica titular de direito, art. 103, incisos I a IX, da Constituição
liberdade ou prerrogativa inerentes à Federal.
nacionalidade, à soberania e à cidadania.

Competência Competência
No que tange à legitimidade ativa, o a competência é exclusivamente do
mandado de injunção pode ser Supremo Tribunal Federal ou dos
intentado por qualquer pessoa, natural Tribunais de Justiça dos Estados (nas
ou jurídica, nacional ou estrangeira, que omissões contestadas perante as
se veja impedida de exercer os direitos e Constituições estaduais).
as liberdades constitucionais, e também
as prerrogativas inerentes a
nacionalidade, soberania e cidadania, em
razão de omissão do Poder Público em
editar normas infraconstitucionais que
confiram efetividade às normas
constitucionais de eficácia limitada.
Art. 102 ,105,121 e 125 CF

Efeitos da decisão Efeitos da decisão


Os efeitos da decisão proferida no As decisões definitivas proferidas ao final
mandado de injunção tem eficácia da Ação Direta de Inconstitucionalidade
subjetiva limitada às partes, com pelo Supremo Tribunal Federal
possibilidade de eficácia ultra produzem efeitos erga omnes, ex tunc e
partes ou erga omnes, a depender da vinculante.
posição doutrinária adotada, que são
três.
Segundo a posição
denominada concretista direta, o
mandado de injunção julgado
procedente concretiza o direito
diretamente até a regulamentação da
norma pertinente, independente da
atuação do órgão omisso.
Já a posição concretista
intermediária defende que, julgado
procedente o mandado de injunção, o
judiciário deve fixar prazo para que o
órgão omisso elabore a norma
regulamentadora. Apenas após
decorrido o prazo e permanecendo a
inércia do órgão, o direito é
concretizado.
Ambas as posições concretistas, direta e
intermediária, ainda podem ser
subdivididas em geral (quando a decisão
tiver efeitos erga omnes, ou seja, válida
para todos), coletiva (quando válida
apenas para um determinado grupo,
classe ou categoria),
ou individual (efeitos válidos apenas
para o impetrante).
Finalmente, conforme posição não
concretista, a decisão procedente em
mandado de injunção apenas decreta a
mora do poder, órgão ou autoridade
competente, reconhecendo
formalmente a inércia.

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