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Sertãozinho, até ontem, tinha 1 internação e 12 leitos de UTI ao todo (da rede pública) para

atender pacientes graves infectados com o Covid-19, representando 8,3% de ocupação do


Sistema de Saúde do município. A cidade de São Paulo, por outro lado, já estava com mais de
70% dos leitos de UTI ocupados por pacientes da doença. Esta proporção de leitos de UTI
ocupados por casos de SRAG é um dos componentes da matriz de risco proposta pelo
Ministério da Saúde, no seu boletim epidemiológico n° 11, e coloca as cidades de Sertãozinho
e São Paulo em quadrantes de risco totalmente distintos. Isto é só um exemplo de discrepância
dos dados entre as cidades. Agora imagine o quanto de diferença (quantidade de casos ativos,
total de óbitos, proporção de leitos/10 mil habitantes, taxa de ocupação destes leitos, kit de
testes, insumos, etc..) existe entre os mais de 500 municípios no estado de São Paulo todo. Por
que utilizar as mesmas medidas do decreto do Estado de São Paulo para municípios em
situações tão distintas? Vale lembrar que o prefeito havia deixado claro em alterar o decreto a
qualquer tempo caso a situação fugisse do controle (o número de infectados, óbitos ou
internações aumentasse para um nível crítico).

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