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Med área 51
Temos diferentes tipos de “TCE”, por exemplo: fratura exposta, com Relembrando..
afundamento, fechado e nós vimos várias implicações desses .
traumatismos cranianos que podem ter repercussões diversas,
especialmente gerando hematomas de diferentes tipos e como
consequência pode gerar o aumento da pressão intracraniana que seria umas das complicações e
pode haver vários desdobramentos.
TOMOGRAFIAS
SEIOS E DRENAGEM
Quando temos sangue entre os sulcos cerebrais
então temos uma HEMORRAGIA
SUBARACNÓIDE. Essas hemorragias em 80% dos
casos são consequência de aneurismas ou má
formações artéria venosas. Vimos que temos veias
no espaço SUBARACNÓIDE, ex: A veia cerebral
média superficial, veias anastomóticas superior e
inferior e nós temos também as verias cerebrais
superiores que vão drenar para o seio sagital
superior. Essas veias podem ser atingidas em
quadros traumáticos e em quadros de aneurismas podemos ter má formação das veias e também
podemos ter aneurisma nas artérias, ou seja, má formação nas paredes das artérias.
Nos TCE especialmente na parede lateral do crânio, a veia mais atingida é veia cerebral média
superficial. Isso no espaço SUBARACNÓIDE. Já em traumas ântero-posteriores as veias mais
atingidas são as veias cerebrais superiores a qual tem função de manter o encéfalo fixo evitando
grandes movimentos no sentido ântero-posterior.
Vimos que temos o plexo venoso basilar que se encontra na região do clivo do occipital e nós
temos o seio cavernoso drenando em direção a esse plexo venoso basilar e também em direção ao
seio petroso inferior. O seio cavernoso se comunica bilateralmente através dos seios
intercavernosos anterior e posterior (anterior que se localiza anteriormente a glândula pituitária e
posteriormente a mesma glândula o seio intercavernoso posterior).
A veia Cerebral Magna é uma veia profunda e
importante, pois os seios venosos da Dura-máter são
superficiais, fazendo, assim, a drenagem venosa
superficial. As veias profundas se comunicam com os
seios venosos, e a principal delas é a veia Cerebral
Magna. Essa veia Cerebral Magna drena em direção ao
seio reto, no tentório do cerebelo. Ainda, o seio sagital
inferior também drena para o seio reto e se encontra
inferiormente à foice do cérebro. A veia cerebral magna
é uma veia calibrosa e recebe de outras veias. As
principais veias são as veias cerebrais internas, que
drenam profundamente do encéfalo e chegam à veia cerebral magna, que drena para o seio reto.
Ou seja, há uma comunicação da drenagem profunda do encéfalo com o sistema superficial dos
seios venosos, chegando ao seio reto.
Veias Cerebrais Internas Veia Cerebral Magna Seio Reto
Também há outra veia, que é a veia Basal. São veias menores, mas também chegam à veia
Cerebral Magna. As principais veias, as maiores, que recebem de muitas outras veias mais
profundas, são as veias Cerebrais Internas que drenam para a veia Cerebral Magna.
OBS.: Os seios são um espaço entre as lâminas da Dura-Máter, mas que conduzem sangue
venoso e se comunicam com as veias profundas do Cérebro. Dessa forma, temos o sistema de
drenagem venosa: A drenagem venosa superficial é feita pelos seios da dura-máter e a
drenagem venosa profunda é feita pelas veias profundas como a veia cerebral magna, as veias
cerebrais internas, a veia Basal. Essas são veias profundas que, geralmente, tem nomes muito
semelhantes aos nomes das artérias e essas veias tem comunicação com os seios venosos. Os
seios venosos são uma espécie de veia, mas ao invés de serem delimitados por endotélio de
vasos, são delimitados pela dura-máter, por meninge.
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A dura-máter tem uma lâmina meníngea (voltada para a Aracnóide) e uma lâmina periostal
(voltada para o crânio). Assim, quando se têm essas duas lâminas, ela forma os seios venosos
entre essas duas lâminas. Mas quando ela tem apenas uma lâmina, ela se volta diretamente
para a Aracnóide e há o espaço subdural. Assim, entre esses seios corre sangue venoso e
líquor.
Seio Cavernoso Plexo Venoso Basilar Seio Marginal Seio Occipital Confluência dos Seios
GRAVIDADE TCE
Um dos mecanismos mais comuns do TCE são as forças inerciais causadas pelo mecanismo
de aceleração e desaceleração. Movimentos esses que vão provocar desde a
movimentação ântero-posterior, látero-lateral e até discretos movimentos rotacionais, que na
grande maioria vem acompanhados de hematomas subdurais, associados ao mecanismo de ação
e desaceleração.
Existem alguns casos de TCE nos quais ocorrem uma concussão cerebral, havendo um
acometimento transitório da funções neurológicas, muitas vezes devido ao impacto do encéfalo,
podendo vir acompanhado de uma perda transitória de consciência, associado também a perda de
memória (tanto a memória de fixação quanto a transitória). O indivíduo pode esquecer fatos que
já eram inerentes, como pode esquecer de fatos que ocorreram durante a situação traumática: não
lembra como aconteceu, perde a consciência, não lembra dos fatos que antecederam o
traumatismo ou ocorre a perda da memória de fixação, em que o indivíduo pode não lembrar de
imediato o seu nome, algumas informações importantes sobre ele mas depois pode vir a recobrar
tais informações.
Para medir a gravidade do TCE é utilizada a Escala de Coma de Glasgow (ECG), que tem
o objetivo de avaliar o nível de consciência que a pessoa tem ou não no momento do TCE,
avaliando 3 aspectos importantes: a resposta verbal, a resposta motora e a abertura ocular. É
necessário analisar os 3 aspectos e atribuir uma pontuação a cada um deles. E, de acordo com a
pontuação, é atribuído um score final (pontuação final) para dizer se o paciente tem no momento
da avaliação um TCE leve, moderado ou grave.
TCE leve: os pacientes têm uma pontuação mais alta (entre 14 e 15). Geralmente não
apresentam perda de consciência. E após o traumantismo, as vezes apresentam dor de
cabeça, leve tontura e leve alteração mental.
TCE moderado (entre 9 e 13): geralmente, o paciente é vítima de politraumas,
fraturas em outros locais, como por exemplo, decorrente de acidente automobilístico.
Apresentam perda de consciência no momento do traumatismo, mas o que o diferencia
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do TCE grave é a presença de alterações neurológicas momentâneas (perda de
memória imediata, memória de fixação), reversíveis, não apresentando sequelas,
lesões permanentes.
TCE grave (entre 3 e 8): o paciente perde a consciência e tem perda neurológica.
Esses indivíduos, geralmente, deixam sequelas e na grande maioria de gravidade
maior vão entrar em estado de coma.
A Escala de Coma de Glasgow é usada tanto para adultos quanto de forma modificada para
avaliar lactentes (crianças até dois anos de idade). Como o bebê não consegue verbalizar, é
necessário identificar através de sinais durante o exame, para analisar como ele está após um
traumatismo craniano. Ao final é preciso saber qual foi a resposta dele com relação à abertura
ocular, à resposta motora e à resposta verbal.
Abertura ocular
RESPOSTA MOTORA
1 Ausente Ausente
Mas observem que agora além da flexão plantar ele está com os pés ligeiramente afastados,
que é o que a gente chama de pé equinovaro, no outro os pés são mais próximos chegam até a
está um sobre o outro e este além de está na flexão está ligeiramente afastado e arqueado. Então
esta é a posição descerebrada, tanto na criança, como nos adultos a posição decorticada a gente
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contou como 3 e na descerebrada como 2, vai cair bastante em relação a resposta motora e quando
o paciente está totalmente sem resposta é ausente.
RESPOSTA VERBAL
CRÂNIO
A dura-máter dá origem à várias partes, não só aos seios venosos, mas também a outras
porções: a foice do cérebro, a foice do cerebelo (internamente à fossa craniana posterior, fixado
inferiormente à crista occipital interna), tentório/tenda do cerebelo (internamente à fossa craniana
posterior, fixado superiormente à crista occipital interna). O tentório do cerebelo fica na crista
petrosa. Observa-se também, envolvendo a hipófise, o diafragma da sela, que também é formado
por dura-máter. A dura-máter tem essas várias projeções. Além dos seios venosos também
intradurais, que correspondem a drenagem venosa superficial.
OBS.: Parte óssea do crânio que tem no laboratório, só vou ressaltar pra a gente fechar isso
aqui, porque muitos de vocês não tiveram a oportunidade de ver a fenda nasal no
laboratório, porque está quebrada, só que antes dava para observar. Então a gente tem a
crista etmoidal, aqui do lado vocês estão vendo uma brechinha bem estreitinha aqui, é a
fenda nasal, e do lado, aqui é o forame etmoidal anterior. E aqui internamente é a fenda
nasal, dava para observar lá antes, só que quebrou e a gente não consegue mais observar,
tem apenas um vão só.
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POLÍGONO DE WILLIS
A partir do arco da aorta nós temos três ramos diretos: Artéria tronco braquiocefálico, artéria
carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda. O tronco braquiocefálico vai originar a
subclávia direita e a carótida comum direita. É a partir das subclávias que se originam as artérias
vertebrais, as artérias vertebrais que passam pelos forames transversários no pescoço, elas se
originam das artérias subclávias que são justamente elas que ao passarem pelo forame magno do
occipital, elas vão se anastomosar para dá origem a artéria basilar, que fica localizada a frente da
ponte.
E as artérias carótidas comuns, tanto a direita como a esquerda elas vão se dividir em:
carótida externa e carótida interna, e é justamente a carótida interna que entra no canal carótico,
e dentro do crânio ela vem originar artérias importantes, especialmente a artéria carótida interna
que vai originar as artérias cerebrais anteriores que vem na direção anteriores. Cada carótida
interna origina uma artéria cerebral anterior, ela também origina as artérias cerebrais médias, uma
carótida interna de cada lado origina uma artéria cerebral média, a artéria comunicante posterior
também é ramo da carótida interna.
As artérias cerebrais anteriores de um lado e do outro, elas se comunicam pela artéria
comunicante anterior (é uma pequena artéria). A artéria carótida interna também vai originar a
artéria oftálmica, que penetra pelo canal óptico junto com o nervo óptico, ela também origina uma
artéria chamada corióidea anterior, ela vai promover a irrigação do plexo coróide.
Em relação a artéria basilar, nós vamos ver que a artéria basilar vai originar várias artérias,
entre elas as artérias cerebrais posteriores (são os ramos terminais da artéria basilar), são
importantes para a formação do polígono de Willis. A artéria basilar, não faz parte do polígono,
assim como as cerebelares.
O polígono é formado pela parte pré-comunicante
(antes da comunicante posterior) da artéria cerebral
posterior, a artéria cerebral posterior vai ter uma parte
pré-comunicante e uma pós-comunicante, a artéria
comunicante posterior que vem da carótida interna, ela
se junta com a cerebral posterior, faz uma anastomose.
A parte pós -comunicante, é a parte que vai seguir logo
em seguida, que vai originar diversos ramos, ramo
dorsal do corpo caloso, artéria occipital medial ramos
temporais (que irrigam o lobo temporal, na vista
inferior e interna), ela vai originar vários ramos. As
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artérias comunicantes posteriores também fazem parte do polígono, também chamado círculo
arterial do cérebro, as próprias artérias carótidas internas bilateralmente também fazem parte do
polígono.
As artérias cerebrais médias não fazem parte do polígono, mas são muito importantes. São
as mais afetadas em caso de AVE, em mais de 60% dos casos, e justamente por ela não está no
polígono é mais arriscado, porque as artérias que estão no polígono elas se anastomosam entre si,
e isso permite uma circulação colateral. Então, se tivermos por exemplo uma obstrução, na
cerebral posterior na parte pré comunicante, ainda tem a artéria cerebral posterior que vai para o
outro lado, e pode permitir a passagem de sangue/fluxo para a pós-comunicante, então o dano não
seria muito grande, afetaria mais alguns pequenos ramos perfurantes, que são irrigados da parte
pré-comunicante, mas a parte pós-comunicante seria preservada devido à existência da A.
Comunicante posterior que leva sangue para ela.
Então as artérias que estão
no polígono elas se ajudam,
permitem que o sangue seja
distribuído entre elas,
preservando o máximo de tecido
nervoso possível, pois existe
anastomose entre elas que
permite uma circunstância
colateral, ou seja, uma ajuda a
outra.
Já a A. Cerebral média,
como ela tá fora do polígono,
fora da área de anastomose, é
bem calibrosa, é bem mais
afetadas em casos de AVE, como
ela irriga toda a área externa do
córtex cerebral, lobo frontal, parietal, temporal -apenas externamente, pois inferiormente e
internamente é a A. Cerebral posterior; então dano nela causa grandes problemas.
Artérias que fazem parte do polígono de willis: Artéria cerebral anterior, a parte pré
comunicante, as comunicantes posteriores, as caróticas internas, as cerebrais anteriores e a
comunicante anterior. A basilar não faz parte, ela apenas origina as cerebrais posteriores, que são
parte do polígono. Cerebral média também não faz parte.
A artéria basilar origina, geralmente, a a. Cerebelares inferior anterior como primeiro ramo
e o segundo ramo é a a. Do labirinto, também conhecida como auricular interna, que é o ramo que
passa pelo meato acústico interno. Depois às artérias da ponte ou pontinas, divididas em curtas e
longas. O penúltimo ramo da basilar é a A. Cerebelares superior. E por último é a A. Cerebral
posterior, que faz parte do polígono no ramo pré-comunicante.
A A. Cerebral média da origem a dois ramos: o ramo terminal superior e inferior, a partir
desses saem outros tantos Ramos. Essa artéria penetra profundamente na fissura lateral e
superficialmente há a veia Cerebral média, entre a pia-máter e a aracnóide.
TECIDO NERVOSO
Grupo 2