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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA

Licenciatura em Ensino Básico - EaD

Teste Especial 2 de Necessidade Educativas Especiais. a.a. 2019

Nome: Marcela Irene Damião Alberto

Matrícula: 10.0529.2018

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BLOCO1: IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO

Nome: Alberto Aziza Idade: 11 anos


Classe: 3ª Número de reprovações: 3
Tipo de NEE: Atraso mental Origem: Congénita

Caracterização do Atraso mental

O aluno apresenta comprometidos, além das funções intelectuais, o seu desenvolvimento e o seu
comportamento adaptativo (ajustamento social, comunicação, autonomia. Apresenta também
falta de equilíbrio, dificuldades de locomoção, dificuldades de coordenação e dificuldades de
manipulação. Apresenta atraso evolutivo em situações de jogo e lazer, falta de auto-controlo,
tendência para evitar situações de fracasso e possibilidade de existência de perturbações da
personalidade.

Esta criança apresenta raciocínio e compreensão abaixo da média em relação a outras crianças da
mesma idade. Apresar da sua deficiência o menino consegue socializar-se e brincar com outras
criavas quando bem orientado e acompanhado pelo professor e outros intervenientes de apoio.

Face a todas dificuldades da criança, isso exige do professor um esforço e dedicação


complementar, adicionado de estratégias de ensino altamente eficientes
O professor tem flexibilizado o currículo por meio de estratégias diferenciadas que auxiliem essa
criança a aprender e também tem utilizado brinquedos que possam incentivar a leitura, a
associação de palavras e dos objectos e a categorização.

BLOCO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Atraso mental

Segundo CORREIA (2011), o atraso metal é uma condição, geralmente irreversível,


caracterizada por uma capacidade intelectual inferior à normal com dificuldades de aprendizado
e de adaptação social, que normalmente está presente desde o nascimento ou que se manifesta
nos primeiros anos da infância.

Concordando com o autor acima considero atraso mental é um nível baixo de funcionamento
intelectual e de pobre adaptação.

Sintomas do atraso mental

Segundo MADER (2004), a maior parte das crianças com atraso mental não manifesta sintomas
perceptíveis até ao período pré-escolar. Os sintomas se tornam aparentes em idade mais precoce
naquelas mais gravemente afectadas.

Em geral, o primeiro problema percebido pelos pais é um atraso no desenvolvimento da


linguagem. As crianças com atraso mental aprendem de forma mais lenta a usar palavras, a uni-
las e a construir frases completas. Algumas vezes, seu desenvolvimento social é lento devido a
dificuldades cognitivas e deficiências da linguagem. As crianças com atraso mental podem
demorar para aprender a se vestir e se alimentar sozinhas.

Para MENDES (2005), as crianças com atraso mental são mais propensas do que as outras
crianças a ter problemas comportamentais, tais como explosões, crises de raiva e comportamento
fisicamente agressivo ou auto-agressivos. Esses comportamentos se relacionam com frequência a
situações específicas de frustração combinadas com deficiência na capacidade de comunicar e
controlar impulsos.

Olhando para os sintomas do atraso mental entende-se que elas podem ser facilmente enganadas,
exploradas e convencidas a maus comportamentos menores.
Possíveis causas do atraso mental
Segundo SILVA (2011), na maioria dos casos, a causa do atraso mental é desconhecida, mas
várias condições durante a gravidez podem causar ou contribuir para o atraso mental da criança,
como o uso de certas drogas, o consumo excessivo de álcool, a radioterapia e a má nutrição.

As dificuldades associadas ao parto prematuro, o traumatismo crânio-encefálico ou a


concentração muito baixa de oxigénio durante o parto também podem causar retardo mental.

Anomalias cromossómicas, como na síndrome de Down, são causas comuns de retardo mental,
porém esse quadro pode ser consequência de outros distúrbio hereditários que podem ser
corrigidos antes que o retardo mental ocorra, como no caso da fenilcetonúria ou do cretinismo,
por exemplo.

Tipos de atraso mental


Atraso mental leve 
CORREIA (2011) explica que é caracterizado por um quociente intelectual (QI) entre  52 a 68.
Essas pessoas geralmente não apresentem defeitos físicos evidentes, mas podem apresentar
epilepsia e necessitam de supervisão de instituições educacionais especiais.  São frequentemente
imaturos e pouco refinados, com pouca capacidade de interacção social. A sua linha de
pensamento é muito específica e em geral, eles são incapazes de generalizar. Possuem
dificuldades para ajustar-se a situações novas e podem apresentar uma má capacidade de
julgamento, falta de prevenção e credulidade excessiva,  e são capazes de cometer crimes
impulsivos.
Face a todas essas situações em que a capacidade intelectual é limitada todas as crianças com
retardo mental podem beneficiar-se com a educação especial.
Atraso mental moderado 

É caracterizado por um quociente de inteligência  (QI) entre 36 e 51.   Elas apresentam uma
maior lentidão para aprender a falar  ou sentar, mas se receber treinamento e apoio adequados, os
adultos com esse grau de retardo mental conseguem viver com alguma independência.  Mas a
intensidade do apoio deve ser estabelecida para cada paciente e algumas vezes pode ser
preciso apenas uma pequena ajuda, para que consiga estar integrado (FERREIRA, 2006).
Atraso mental grave 
É caracterizado por um quociente de inteligencia (QI) entre 20 e os 35. Como características do
atraso mental grave pode-se destacar uma incapacidade de aprendizagem mesmo quando
comparada a uma criança com um atraso menos intenso, especialmente nos casos em que o QI é
inferior a 19.  Nesses casos,  em geral a criança não consegue aprender, falar ou compreender em
um grau que se encontra, sendo sempre necessário apoio profissional especializado (FERREIRA,
2006).

BLOCO C: PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Tendo em conta que a pessoa com atraso mental tem dificuldade para aprender, entender e
realizar actividades comuns para as outras pessoas o professor deve diversificar actividades
específicas de modo a garantir a aprendizagem deste aluno como:
 O professor deve conversar com a família e os profissionais que acompanham o estudante
sobre as necessidades dele e os instrumentos adequados para a aprendizagem
 Adoptar metodologias diversificadas que contemplem estilos de aprendizagem variados
como recursos visuais, manipulação de objectos, registos através de desenhos, recortes,
modelagem, enfim tentar, como professor, perceber qual o canal sensorial com o qual o
aluno tem mais facilidade para aprender.
 Favorecer sempre que possível, a experiência directa, mediada por um colega. Pedir para
o colega mostrar como se faz determinada actividade, fazendo junto com a criança com
deficiência mental
 Priorizar actividades e solicitar tarefas de duração breve, com objectivos bem claros e
condizentes com o desempenho do aluno. Exemplo: não adianta ensinar multiplicação se
ele ainda não aprendeu a somar.
 Flexibilização do tempo de realização das tarefas, respeitando-se o ritmo do aluno,
porém, sem deixar de estabelecer com ele metas a serem cumpridas
 Avaliar o progresso diário do aluno, sua aprendizagem, utilizando suas próprias
produções como parâmetro para o seu próprio desenvolvimento.
BLOCO D: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORREIA, L. M. Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares. Porto:
Porto Editora, 2011.

FERREIRA, J. R. A exclusão da diferença: a educação do portador de deficiência. Piracicaba:


UNIMEP, 2006.

MADER, Gabriel. Integração da pessoa portadora de deficiência: a vivência de um novo


paradigma, 2004.

MENDES Enicéia Gonçalves. Deficiência mental: a construção científica de um conceito e a


realidade. Tese de doutorado – USP: São Paulo, 2005.

SILVA, S. Educação Especial: Múltiplas Leituras e Diferentes Significados, Campinas, são


Paulo, Mercado das Letras, 2001

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