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APOSTILA

NOBS, NOAS e Pacto pela saúde


no texto da Lei

Feita com carinho por Lithyere, do @materia.resumida

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SUMÁRIO

Normas Operacionais Básicas do SUS


NOBS 91 – p. 1 a 8
NOBS 92 – p. 9 a 21
NOBS 93 – p. 22 a 35
NOBS 96 – p. 36 a 65

Normas Operacionais de Assistência à Saúde


NOAS 2001 – p. 66 a 91
NOAS 2002 – p. 91 a 116

Pacto pela Saúde – p. 117


Pacto pela vida – p. 118
Pacto em defesa do SUS – p. 124
Pacto de gestão – p. 124 a 158

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NOB 91 NOVA POLÍTICA DE FINANCIAMENTO
DO SUS PARA 1991
INSTITUTO NACIONAL DE
ASSISTÊNCIA MÉDICA DA NORMA OPERACIONAL BÁSICA Nº 01/91
PREVIDÊNCIA SOCIAL
INTRODUÇÃO:
RESOLUÇÃO Nº 258, DE 07 DE JANEIRO A presente Norma Operacional Básica tem por
DE 1991 O PRESIDENTE DO INSTITUTO objetivo fornecer instruções aos responsáveis
NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DA pela implantação e operacionalização do
PREVIDÊNCIA SOCIAL, no uso das Sistema Único de Saúde – SUS, elaborada de
atribuições que lhe são regimentalmente conformidade com as Leis nºs 8.074/90 e
conferidas e 8.080/90.

1. CONSIDERANDO que o Texto São estabelecidas nesta Norma tanto os aspectos


Constitucional, Título VIII, da Ordem Social, de natureza operacional como também aqueles
Seção II, da Saúde, que define as diretrizes do intrinsecamente necessários ao gerenciamento
Sistema Único de Saúde – SUS, e as disposições dos serviços e ações de saúde estabelecidos pela
da Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990; Constituição de 1988, nos três níveis de
| governo, como também do controle,
2. CONSIDERANDO que o Sistema Único de acompanhamento e fiscalização da aplicação
Saúde será financiado, nos termos do Art. 195 dos recursos.
da Constituição Federal, com recursos do
orçamento da Seguridade Social, da União, dos Pretende-se que através do conhecimento e
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, domínio total das instruções aqui contidas e da
além de outras fontes; subsequente familiarização com o sistema de
financiamento implantado possa ser adotada a
3. CONSIDERANDO a necessidade de política proposta, baseada na concessão de um
assegurar o acesso universal, igualitário e crédito de confiança aos Estados e Municípios,
progressivo da população às ações de saúde, sem prejuízo do acompanhamento a ser exercido
através da adoção de uma nova política de pelos mecanismos de controle e avaliação que
financiamento do Sistema Único de Saúde; estão sendo desenvolvidos.

4. CONSIDERANDO a baixa cobertura Visando a adoção da nova política de


assistencial da população, com segmentos financiamento do SUS, o orçamento do
populacionais excluídos do atendimento, INAMPS, definido para o exercício de 1991,
especialmente os mais pobres e nas regiões mais será dividido em 5 itens:
carentes, com sobre-oferta de serviços em
alguns lugares e ausência em outros; a) financiamento da atividade ambulatorial
proporcional à população;
5. CONSIDERANDO a necessidade de
redistribuição das responsabilidades quanto às b) recursos transferidos na forma de AIHs a
ações e serviços de saúde entre os vários níveis cada unidade executora, proporcional à
de governo, com um reforço do poder população;
municipal, resolve: Aprovar a Norma
Operacional Básica/SUS nº 01/91, constante do c) custeio da máquina administrativa do
Anexo I da presente Resolução, que trata da INAMPS/MS;
nova política de financiamento do Sistema
Único de Saúde – SUS para 1991. d) custeio de Programas Especiais em saúde.
RICARDO AKEL

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e) investimentos (despesas de capital), alocados 1.1.4 – As ações e serviços públicos de saúde, a
no Plano Quinquenal de Saúde MS/INAMPS nível ambulatorial, os serviços privados
em lei orçamentária de iniciativa do Poder contratados ou conveniados que integram o
Executivo, aprovados pelo Congresso Nacional, Sistema Único de Saúde serão pagos através de
e em caráter excepcional a critério do Ministro sistema de cobertura ambulatorial.
de Estado da Saúde.
1.1.5 – Fica instituída a Unidade de Cobertura
É importante para o êxito do programa o Ambulatorial (UCA), destinada a reajustar os
pressuposto da contrapartida dos Estados e valores a serem repassados aos Estados, Distrito
Municípios de valores estabelecidos nos seus Federal e Municípios.
orçamentos, em conformidade com os Planos
Estaduais e Municipais aprovados pelos 1.1.5.1 – A Unidade de Cobertura Ambulatorial
respectivos Conselhos e referendados pelo (UCA) será fixada através de Resolução do
Poder Executivo. Presidente do INAMPS/MS, considerando. a
classificação dos Estados dentro dos seguintes
PARTE I – FINANCIAMENTO DA critérios: população, capacidade instalada,
ATIVIDADE AMBULATORIAL: qualidade e desempenho técnico da rede de
serviços de saúde do Estado e considerados os
1.1 – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS casos atípicos.

1.1.1 – Ressalvados os casos de manifesta 1.1.5.2 – O valor nominal da UCA, a partir de


impraticabilidade ou inconveniência e desde que abril de 1991, será atualizado de acordo com a
observadas as disposições contidas no Art. 17 da política de diretrizes orçamentárias e financeiras
Lei 8.074, de 31/07/90, será utilizado o do INAMPS.
instrumento convenial como forma de
transferência de recursos do INAMPS para os 1.1.6 – O INAMPS transferirá até o último dia
Estados, Distrito Federal e Municípios. útil de cada mês, diretamente aos Estados,
Distrito Federal e Municípios, os recursos
1.1.2 – O Convênio firmado com os Estados, previstos no orçamento anual, em duodécimos
Distrito Federal e Municípios estabelecerá em mensais, deduzida a Guia de Autorização do
suas cláusulas as políticas e diretrizes do SUS Pagamento – GAP/PRESTADOR, como
relativas à programação, execução, estabelecido em cláusula convenial.
acompanhamento e controle das ações de saúde,
aprovadas no Plano Nacional de Saúde e 1.1.7 – O atual sistema de GAP/PRESTADOR,
fundamentada na Lei 8.080/90. será implementado a partir de fevereiro de 1991,
através do Sistema de Informações
1.1.3 – Enquanto não for regulamentada a Ambulatoriais do SUS (SIA-SUS), com o
aplicação dos critérios previstos no Art. 35 da pagamento centralizado no INAMPS/DG.
Lei 8.080/90, o montante a ser transferido a
Estados, Distrito Federal e Municípios será 1.1.8 – O Sistema de Cobertura Ambulatorial
definido no Convênio, de acordo com: será executado em 04 (quatro) etapas:
1ª – Cobertura Ambulatorial em janeiro/91 e
a) o critério populacional com base nos dados criação dos Fundos Estaduais e Municipais de
estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia Saúde;
e Estatística – IBGE; 2ª – estabelecimento de requisitos básicos para
b) empenho global (valor semestral e/ou anual); transferências de recursos diretamente aos
c) índice de reajuste com base na Unidade de Municípios;
Cobertura Ambulatorial – UCA. 3ª – articulação entre Municípios através da
constituição de Consórcios com o objetivo de

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desenvolver em conjunto as ações e os serviços de recursos ao setor saúde, bem como a sua
de saúde que lhes correspondam; administração.
4ª – pagamento dos prestadores, diretamente
pelo INAMPS/DG, através de sistema próprio 1.1.8.1.3 – Caso não tenha sido constituído o
de informatização SIA-SUS, a partir de Fundo Estadual e/ou Municipal de Saúde, os
fevereiro de 1991. recursos serão repassados diretamente à conta
especial da Secretaria de Estado da Saúde, no
Banco do Brasil S.A.
1.1.8.1 – PRIMEIRA ETAPA:
1.1.8.2. – SEGUNDA ETAPA
1.1.8.1.1 – Funcionamento da cobertura
ambulatorial 1.1.8.2.1 – São requisitos básicos para as
transferências automáticas e diretas de recursos
a) a cobertura ambulatorial anual será obtida de custeio do SUS para os Municípios:
através da multiplicação do valor da UCA pela
população de cada unidade da federação; a) criação de Conselhos Municipais de Saúde,
compostos por representantes do governo
b) o produto dessa operação será dividido em municipal, prestadores de serviço, profissionais
duodécimos. de saúde e usuários, com composição paritária;

c) o valor mensal a ser transferido até o último b) criação de Fundo Municipal de Saúde;
dia útil de cada mês a Estados e Distrito Federal
e Municípios, será obtido: – do duodécimo c) apresentação do Plano Municipal de Saúde
subtrai-se a GAP/Prestador do Estado; – deste aprovado pelos respectivos Conselhos e
resultado 10% serão transferidos às Secretarias referendado pela autoridade do Poder
Estaduais de Saúde; – o saldo resultante será Executivo;
dividido novamente pela população de cada
unidade da Federação; – o (quociente d) Programação e Orçamentação da Saúde
encontrado, corresponde a uma variável que, (PROS);
multiplicada pela população de cada município
da unidade federativa, representa o repasse a ser e) apresentação de Relatório de Gestão Local
efetuado às Secretarias Municipais de Saúde. (de desempenho assistencial, gerencial e
financeiro);
d) para os Municípios que não atenderem aos
critérios estabelecidos na Lei 8.080/90 e normas f) contrapartida de recursos para a saúde de no
complementares do INAMPS/MS; o valor que mínimo 10% de seu orçamento; e
lhe é destinado, será repassado à Secretaria
Estadual de Saúde. g) constituição de Comissão de Elaboração do
Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS),
e) na existência de saldos derivados das com o prazo de 02 (dois) anos para a sua
situações supramencionadas, os mesmos serão implantação.
alocados às respectivas Secretarias de Estado de
Saúde. 1.1.8.2.2 – Os Municípios que não preencherem
os requisitos explicitados no item anterior terão
1.1.8.1.2 – Os Estados e Municípios deverão os recursos a ele destinados, repassados às
constituir o seu Fundo de Saúde, no prazo de Secretarias Estaduais de Saúde correspondentes,
120 (cento e vinte) dias contados da publicação que adotarão critérios próprios de distribuição
desta Resolução, em conformidade com a dos recursos.
legislação vigente, a fim de assegurar o aporte

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1.1.8.2.3 – Nesta hipótese, as Secretarias Saúde, concretizando, desta forma, o programa
Estaduais de Saúde serão responsabilizadas de descentralização previsto no Texto
transitoriamente pela cobertura ambulatorial Constitucional e na Lei 8.080/90, visando à
correspondente, assim como pela cooperação municipalização.
técnica com os Municípios respectivos, com
vistas ao pronto cumprimento dos requisitos. 1.1.8.4.3 – Os Estados, Distrito Federal e
Municípios administrarão os recursos
1.1.8.3 – TERCEIRA ETAPA destinados à saúde, cabendo-lhes a
responsabilidade na promoção das ações de
1.1.8.3.1 – Em conformidade com o Art. 18, saúde diretamente voltadas aos seus cidadãos.
inciso VII, da Lei 8.080, de 19/09/90, os
Municípios poderão formar consórcios PARTE II – INSTRUMENTOS DE
administrativos intermunicipais, visando à ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E
articulação e integração da assistência à saúde. AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO

1.1.8.3.2 – O Município-polo do Consórcio 2.1 – DOS CONSELHOS DE SAÚDE


deve contar com uma rede assistencial adequada
e com a complexidade necessária ao 2.1.1 – Os Conselhos de Saúde, em caráter
atendimento da população convergente, de permanente e deliberativo, com representação
forma a oferecer resolutividade das ações de paritária e compostos por representantes dos
atendimento ambulatorial e hospitalar em sua governos, prestadores de serviços, profissionais
área de abrangência. de saúde (50%) e usuários (50%) atuarão na
formulação de estratégias e no controle da
1.1.8.3.3 – O rateio dos custos consistirá no execução da política de saúde na instância
pagamento pelo Município de menor nível de correspondente, inclusive nos aspectos
complexidade para aquele que oferecer econômicos e financeiros.
atendimento de maior complexibilidade.
1.1.8.3.4 – A retenção e o posterior repasse 2.1.2 – Caberá aos Conselhos de Saúde a
direto de recursos ao Município-pólo, caberá ao aprovação dos Planos de Saúde em cada esfera
INAMPS desde que seja estabelecido no de sua atuação, bem como a fiscalização da
instrumento de acordo. movimentação dos recursos repassados às
Secretarias Estaduais, e Municipais e/ou Fundos
1.1.8.3.5 – Os Municípios que se articularem de Saúde.
mediante consórcio deverão cumprir os
requisitos básicos explicitados no subitem 2.2 – DOS FUNDOS DE SAÚDE
1.1.8.2.1 desta norma.
2.2.1 – Os Fundos de Saúde de natureza
1.1.8.4 – QUARTA ETAPA contábil e financeira e vinculados aos objetivos
do Sistema Único de Saúde, devem ser
1.1.8.4.1 – O atual sistema de pagamento aos previamente autorizados pelo legislativo e a
prestadores de serviços (entidades filantrópicas, aplicação de suas receitas far-se-á através de
hospitais universitários, entidades contratadas e dotação consignada na Lei de Orçamento ou em
conveniadas e outros), será modificado a partir crédito adicional.
de fevereiro de 1991 com a implementação do
Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA- 2.2.2 – Os Fundos de Saúde serão geridos pelo
SUS), sendo este centralizado no INAMPS/DG. órgão de saúde da esfera correspondente e
fiscalizados pelo Conselho de Saúde respectivo.
1.1.8.4.2 – O INAMPS repassará aos Estados,
Distrito Federal, e/ou Municípios os recursos 2.2.3 – Os Planos de Aplicação dos Fundos
correspondentes, de acordo com os Planos de Especiais, demonstrando a origem e aplicação

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dos recursos, acompanharão a lei orçamentária, 2.2.12 – As prestações de contas relativas aos
conforme dispõe o inciso I, do Parágrafo 2º do Fundos de Saúde integrarão a prestação de
Art. 2º da Lei 4.320, de 17 de março de 1964. contas da respectiva entidade ou unidade gestora
(Secretarias Estaduais e/ou Municipais), em
2.2.4 – Na forma do art. 73 do Decreto 93.872, demonstrativo distinto e periodicidade
de 23/12/86 é vedado levar a crédito de qualquer convencionada.
fundo, recursos orçamentários que não lhe
forem especificamente destinados em orçamento 2.3 – DOS CONSÓRCIOS
ou em crédito adicional. ADMINISTRATIVOS INTERMUNICIPAIS

2.2.5 – A aplicação dos recursos destinados aos 2.3.1 – Os Consórcios Administrativos serão
Fundos de Saúde deve constar de programação e acordos firmados, na forma do subitem
especificado em orçamento próprio, aprovado
antes do início do exercício financeiro a que se 1.1.8.3.1, entre entidades da mesma espécie,
referir. para realização de objetivos de interesse comum
dos partícipes.
2.2.6 – É vedada a utilização dos recursos em
despesas que não se identifiquem diretamente 2.3.2 – Aplicam-se aos Consórcios
com a realização do objetivo do Convênio ou Administrativos todos os princípios e preceitos
serviços determinados. regedores dos convênios.

2.2.7 – Se a Lei que o instituiu não dispuser em 2.3.3 – Os Consórcios dependem de autorização
contrário, à execução orçamentária dos Fundos legislativa para serem validamente celebrados e
de Saúde aplicam-se as mesmas normas gerais serão dirigidos por um profissional da área de
de execução orçamentária da União. saúde, por um Prefeito ou por qualquer membro
da população indicado pelos representantes
2.2.8 – Extinguir-se-á, por força da Lei, o Fundo junto ao consórcio, de cada município.
de Saúde inativo por mais de 02 (dois)
exercícios financeiros. 2.3.4 – Comporá, ainda, os consórcios, um
Conselho Fiscal e uma Diretoria Administrativa.
2.2.9 – Os recursos financeiros destinados aos
Fundos de Saúde serão depositados e mantidos 2.4 – DOS RELATÓRIOS DE GESTÃO
em conta especial, no Banco do Brasil S.A,
segundo cronograma aprovado, destinados a 2.4.1 – O Relatório de Gestão, requisito básico
atender aos saques previstos em programação para a transferência automática de recursos aos
específica. Municípios deverá abordar, dentre outros, os
seguintes aspectos:
2.2.10 – O saldo financeiro do exercício,
apurado em balanço, poderá ser utilizado em 2.4.1.1 – finalidades essenciais (caracterizar a
exercício subseqüente, se incorporado ao entidade e mencionar, sucintamente, suas
orçamento do Fundo. atribuições regimentais ou estatutários);

2.2.11 – A Lei que instituir o Fundo determinará 2.4.1.2 – plano de trabalho elaborado
normas peculiares de controle, prestação e (descrever, de, forma resumida, os programas ou
tomada de contas, de acordo com as normas projetos de trabalho, destacando as metas ou
baixadas pela Administração Federal, sem elidir objetivos previstos);
a competência do Tribunal de Contas da União
ou Órgão equivalente. 2.4.1.3 – plano de trabalho executado
(mencionar as atividades desenvolvidas no
exercício, destacando as extra-programadas e as

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não executadas, em relação ao plano de trabalho 2.6.1.1 – A descrição do que se pretende realizar
elaborado, com as justificativas pertinentes), e e dos objetivos a alcançar;

2.4.1.4 – resultados alcançados (evidenciar as 2.6.1.2 – a demonstração da origem e a


metas ou objetivos atingidos, relativamente a aplicação dos recursos.
cada programa ou projeto, a programação e
execução orçamentária desses programas ou 2.6.2 – Os saldos resultantes das aplicações
projetos, acompanhados de demonstrações financeiras dos recursos destinados aos Fundos
financeiras, sem prejuízo da fiscalização de Saúde serão reinvestidos nas suas atividades,
indispensável sobre a execução local). devendo ser objeto de Plano de Aplicação
Adicional.
2.5 – DA PROGRAMAÇÃO E
ORÇAMENTAÇÃO DA SAÚDE – PROS 2.6.3 – Salvo determinação em contrário da lei
que o instituiu, o saldo positivo (financeiro) do
2.5.1 – A PROS dos Estados, Distrito Federal e fundo especial apurado em balanço será
Municípios deve compatibilizar as necessidades transferido para o exercício seguinte, a crédito
da política de saúde com a disponibilidade de do mesmo fundo e mediante reprogramação no
recursos, buscando melhoria da eficiência e dos Plano de Aplicação Anual.
procedimentos a serem seguidos para
concretização das ações de saúde em benefício 2.7 – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DOS
dos usuários. FUNDOS DE SAÚDE

2.5.2 – A PROS constituirá a base das atividades 2.7.1 – As prestações de contas relativas aos
e ações de cada nível de direção do SUS, Fundos de Saúde, integrarão a prestação de
devendo demonstrar as diretrizes, objetivos e contas correspondente aos recursos gerais da
metas a serem atingidos, o diagnóstico das respectiva entidade ou unidade gestora, em
necessidades da população, bem como as demonstrativo distinto e será constituído dos
estratégias que levem à obtenção dos objetivos seguintes elementos básicos:
propostos.
2.7.1.1 – relação dos agentes responsáveis,
2.5.3 – Para a consecução dos objetivos indicando nome, cargo ou função, número do
propostos, será de grande importância a CPF e período de gestão compreendendo: –
participação ativa no processo de planejamento dirigente máximo; – membros do órgão
db todos quantos executam as ações de saúde, colegiado responsável por atos e gestão
bem como dos que as recebam. definidos em Lei; – substitutos dos responsáveis
no exercício.
2.5.4 – As diretrizes a serem observadas na
elaboração da PROS serão as estabelecidas pelo 2.7.1.2 – cópia do ato que ficou a gestão ou
Conselho Nacional de Saúde, em função das execução do Fundo;
características epidemiológicas e da organização
dos serviços em cada jurisdição administrativa. 2.7.1.3 – relatório de gestão, na forma do
subitem 2.4.1;
2.6 – DOS PLANOS DE APLICAÇÃO
2.7.1.4 – cópia das alterações das normas que
2.6.1 – Os Planos de Aplicação dos Fundos de regulam a gestão do fundo, ocorridas no
Saúde deverão obrigatoriamente acompanhar a exercício, se for o caso;
Lei do Orçamento, como se depreende do Art.
2º, Parágrafo 2º da Lei 4.320, de 17/03/64 e 2.7.1.5 – demonstrativo dos créditos autorizados
compreenderão: e/ou da despesa autorizada;

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2.7.1.6 – demonstrativo da despesa 3.3.3 – do cumprimento do programa de
empenhada/liquidada; trabalho expresso em termos monetários e em
termos de prestação de serviços.
2.7.1.7 – balancete financeiro;
3.4 – Caberá ao INAMPS, órgão repassador dos
2.7.1.8 – demonstração das variações recursos e responsável por imposição legal,
patrimoniais; e perante o Tribunal de Contas da União, pelo
cumprimento dos programas financeiros,
2.7.1.9 – parecer dos órgãos internos se houver, exercer o controle e fiscalização da execução
que devam dar seu pronunciamento sobre as orçamentária e financeira, na forma do subitem
contas. anterior e em conformidade com os
procedimentos em vigor.
2.7.2 – As prestações de contas dos Fundos de
Saúde serão apresentadas semestralmente ao 3.5 – A Diretoria de Administração e Finanças
órgão de Auditoria Regional das do INAMPS criará Relatórios Gerenciais
Coordenadorias de Cooperação Técnica e informatizados de acompanhamento e controle,
Controle do INAMPS, que as examinará e sobre que permitam a identificação dos fatores
elas emitirá parecer, de acordo com as específicos do novo sistema de financiamento
instruções vigentes sobre a matéria. do SUS, com vistas ao suprimento de
informações ao Ministério da Saúde, Conselhos
PARTE III – DO CONTROLE E e Fundos de Saúde e demais órgãos envolvidos
ACOMPANHAMENTO no programa.

3.1 – A avaliação técnica e financeira do SUS 3.6 – Este sistema visará a articulação e
em todo o Território Nacional será efetuada e interligação do INAMPS com os órgãos
coordenada pelo Ministério da Saúde e correlatos do SUS, objetivando uniformizar os
INAMPS, em cooperação técnica com os procedimentos adotados.
Estados, Distrito Federal e Municípios.
PARTE IV – DISPOSIÇÕES GERAIS
3.2 – O Ministério da Saúde acompanhará,
através de seu sistema de auditoria, a 4.1 – Até que se edite normas específicas sobre
conformidade à programação aprovada da o Sistema Único de Saúde – SUS, dadas as
aplicação dos recursos repassados a Estados, características próprias de que se reveste o
Distrito Federal e Municípios, cabendo-lhe programa, deverão ser observadas as
aplicar as medidas previstas em lei quando disposições legais aplicáveis aos Convênios,
constatadas a malversação, desvio ou emprego Acordos e Ajustes.
inadequado dos recursos.
4.2 – Até que o Conselho Nacional de Saúde
3.3 – O controle e fiscalização da execução aprove as normas de aplicação dos critérios de
orçamentária e financeira compreenderá a alocação de recursos referidos no Art. 35 da Lei
verificação: Federal 8.080, de 19/09/90, será utilizado
exclusivamente o critério populacional.
3.3.1 – da legalidade dos atos de que resultem a
realização da despesa; 4.3 – Os recursos financeiros do Sistema Único
de Saúde – SUS destinados aos Estados, Distrito
3.3.2 – da responsabilidade de todos quanto, de Federal e Municípios serão depositados em
qualquer modo efetuem despesas, administrem conta especial no Banco do Brasil S.A e
ou guardem bens e valores públicos; movimentados sob fiscalização dos respectivos
Conselhos de Saúde.

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4.4 – É vedada a transferência de recursos para de espécies diferentes e aquele só o é entre
o financiamento de ações não previstas nos entidades da mesma espécie.
Planos de Saúde, exceto em situações
emergenciais ou de calamidades pública, na área 4.10 – O atual Sistema de GAP/Prestador será
de saúde. implementado a partir de fevereiro de 1991,
através do Sistema de Informações
4.5 – As transferências de recursos para Ambulatoriais (SIA-SUS), com o pagamento
investimentos (despesas de capital) serão centralizado no INAMPS/DG.
alocadas observados os seguintes aspectos:
4.11 – O quantitativo de Autorização de
4.5.1 – desde que previstas no Plano Quinquenal Internação Hospitalar – AIH, a cada unidade
de Metas do MS; executora, será proporcional à população,
obedecidas as normas específicas já expedidas
4.5.2 – se previstas em lei orçamentária, de sobre a matéria cabendo às Secretarias Estaduais
iniciativa do Poder Executivo e aprovados pelo de Saúde a distribuição entre Municípios e
Congresso Nacional; Prestadores.

4.5.3 – em caráter excepcional a critério do 4.12 – As AIH's, com valores de tabela


Ministro de Estado da Saúde; específicas, serão creditadas diretamente aos
hospitais das redes próprias, estaduais e
4.5.4 – e formalizadas mediante celebração de Municipais, em conta-corrente especial no
Convênio e/ou Termo Aditivo ao Convênio Banco do Brasil S.A.
SUS, observada a Lei Orçamentária e a política
de diretrizes orçamentárias e financeiras do 4.13 – O INAMPS/MS criará uma reserva de
INAMPS/MS. AIH's a ser definida em normas
complementares, a fim de compensar os centros
4.6 – Cabe aos Conselhos de Saúde a aprovação de maior complexidade.
dos Planos de Saúde, em suas áreas de
abrangência, bem como atuar na formulação de 4.14 – Fica assim assegurado o acesso a
estratégia no controle da execução da política de serviços de saúde a centros especializados e de
saúde, inclusive nos aspectos econômicos e alta complexidade que serão remunerados
financeiros e na fiscalização da movimentação complementarmente através de uma Câmara de
dos recursos repassados às Secretarias Estaduais Compensação de AIH's.
e Municipais e/ou Fundos de Saúde.
4.15 – O INAMPS/MS, a partir de julho de
4.7 – Os orçamentos próprios dos Fundos de 1991, após acordo com as Secretarias Estaduais
Saúde deverão ser aprovados antes do início do de Saúde, estabelecerá um percentual sobre o
exercício financeiro a que se referir. faturamento das unidades próprias do Estado
e/ou cedidas, a título de ressarcimento, tendo em
4.8 – Os Governos Estaduais e Municipais, vista a cessão de servidores efetivos do seu
deverão alocar um mínimo de 10% (dez por Quadro sem ônus para os Estados.
cento) do seu orçamento em 1991, na área de
saúde. 4.16 – O Diretor de Administração e Finanças
do INAMPS poderá elaborar Rotinas Técnicas e
4.9 – Aplicam-se aos consórcios os princípios e Orientações de Serviços sobre o disposto nesta
preceitos regedores dos Convênios até que seja Norma.
publicada legislação específica sobre a matéria,
distinguindo-se os Consórcios dos Convênios 5 – Esta Norma Operacional Básica poderá ser
porque este é celebrado entre pessoas jurídicas aditada mediante a publicação de Normas
Operacionais Complementares que se destinarão

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a definir procedimentos padronizados relativos a ANEXO I
questões específicas (Programação e NORMA OPERACIONAL BASICA –
Orçamentação da Saúde, Plano de Aplicação e SUS/1992
Prestação de Contas).

NOB 92 INTRODUÇÃO

A presente Norma Operacional Básica da


Assistência à Saúde do Sistema Único de Saúde
PORTARIA Nº 234, DE 07 DE FEVEREIRO para 1992 (NOB – SUS/92), da Secretaria
DE 1992 Nacional de Assistência à Saúde, tem como
objetivos normalizar a assistência à saúde no
O Secretário Nacional de Assistência à Saúde e SUS; estimular a implantação, o
Presidente do Instituto Nacional de Assistência desenvolvimento e o funcionamento do sistema;
Médica da Previdência Social-INAMPS e dar forma concreta e instrumentos
(respondendo), no uso das atribuições que lhe operacionais à efetivação dos preceitos
são regimentalmente cpnfer idas e, constitucionais da saúde. Saúde, entendida
como direito de todo cidadão e dever do Estado,
CONSIDERANDO a necessidade de continuar a ser garantido pelo acesso gratuito, universal e
avançando no processo de construção e equânime a um conjunto de ações e serviços de
maturação do SUS; saúde organizados e distribuídos de forma
regionalizada e articulados de forma
CONSIDERANDO a necessidade de normalizar hierarquizada, constituindo um sistema único,
a organização e operacionalização da assistência com gestor único em cada esfera de governo, de
à saúde no SUS para 1992, a fim de evitar a execução municipalista em termos operacionais
descontinuidade de açãoes e serviços prestados e gerenciais, com obrigatória participação da
à população; sociedade organizada no seu planejamento,
execução, controle e avaliação.
CONSIDERANDO o consenso obtido entre a
Secretaria Nacional de Assistência à Saúde/MS, Além do texto constitucional, são fundamentos
o CQNASS, o CONASEMS e o INAMPS no da NOB – SUS/92, as leis que regulamentam o
que diz respeito aos termos desta norma; e SUS: a Lei 8.080, de 19/09/90 e a Lei 8.142 de
28/12/90.
CONSIDERANDO o consenso entre o
CONASS e o.CONASEMS sobre a A Lei 8.080/90 é a lei orgânica da saúde. Entre
oportunidade da publicação desta norma, outros aspectos relevantes, ela define as
resolve: – Editar a Norma Operacional Básica responsabilidades de cada esfera de governo
do Sistema Único de Saúde para 1992 (NOB – (federal, estadual e municipal); tanto as comuns
SUS/92), conforme texto constante no Anexo I (planejamento, financiamento e controle), como
da presente Portaria. as específicas de cada um. Traz, de forma muito
clara, como incumbência primária do município,
RICARDO ANEL a execução das ações e a gestão dos serviços de
saúde. Atribui aos estados, neste particular,
apenas o que o nível municipal for incapaz de
assumir; e ao Ministério da Saúde apenas o que
estiver acima do .nível estadual de competência.
Ela define o repasse de recursos federais aos
municípios e estados de forma regular, mediante
critérios demográficos, epidemiológicos, de

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capacidade instalada e do desempenho, histórico estágios de implantação nas diversas regiões do
pregresso. país.
A Lei. 8.142/90 aborda, dentre outras, as
questões das Conferências de Saúde, e define os Dentre os vários movimentos destacam-se:
pré-requisitos para que Municípios e Estados – universalização do acesso às ações e serviços
possam receber os repasses da União de forma de saúde, gratuitos e de qualidade, para todos os
regular e automática, quais sejam: cidadãos;
– construção dos quesitos da lei 8.142/90 por
a. Conselho de Saúde (participação da sociedade todos os estados, municípios e Distrito Federal;
na administração do SUS) – descentralização, de fato, da execução das
ações e da gestão dos serviços para os
b. Fundo de Saúde (identidade e gestão municípios;
específica dos recursos para saúde) – unificação, de fato, do comando em cada
esfera de governo;
c. Plano de Saúde (atuação planejada para – aperfeiçoamento do financiamento; pelas três
produzir transformação) esferas de governo, das formas e critérios de
repasses financeiros; – reorganização da rede de
d. Relatório de Gestão (sistema de controle e serviços com estruturação de distritos sanitários;
avaliação) – assimilação e descongestionamento das
demandas
e. Comissão de PCCS para profissionais de – substituição da "gestão da demanda" pela
saúde (política de recursos humanos). "gestão planejada para produzir transformação
(Dispensável, no caso da existência efetiva de dos indicadores de vida, saúde e doença";
Plano de Carreira, Cargos e Salários já – alargamento da visão sanitária, transcendendo
estabelecido). a "simples" questão. da assistência médica; e
– conscientização da sociedade sobre o que é o
f. Aplicação de recursos orçamentários próprios SUS e como participar dele.
em saúde (coparticipação responsável no
financiamento do SUS). Nestas circunstâncias, os Municípios, os
Estados e os próprios órgãos do Ministério da
As Leis 8.080/90 e 8.142/90, além do texto Saúde estão em estágios diferentes de
constitucional sobre a saúde, são leituras transformação e construção do SUS. Isto
obrigatórias a todos quanto atuam nessa área e, explica, em boa parte, o embaralhamento e
em especial, àqueles que ocupam superposição de papéis das três esferas gestoras
cargos/funções ou têm responsabilidade na do Sistema e eventuais fricções entre elas. São
administração do SUS. fenômenos naturais que devem ser
administrados também em cogestão.
Há que ser compreendido que o SUS não é
sucessor do SUDS ou do INAMPS, nem, é um Pode-se dizer que o sucesso do Sistema
novo rótulo para um produto velho. Ele é um dependerá fortemente da capacidade das três
sistema inteiramente novo e diferente de tudo esferas pactuarem a cogestão do SUS através do
que se dispôs até hoje no Brasil. Ele não é um diálogo permanente, dos encontros frequentes
programa que foi lançado tal dia, nem uma entre o MS, CONASS e CONASEMS, da
edificação que será inaugurada em tal data. cooperação técnica e da participação da
comunidade. Assim, a NOB – SUS/92 não
A construção do SUS é um processo pretende esgotar os temas que trata, nem ser a
continuado, que demanda vários movimentos palavra definitiva sobre eles, nem ainda ter a
complexos aos quais os diferentes Estados e durabilidade de uma lei, mesmo porque vários
Municípios dão respostas diferentes. Por isso aspectos do SUS somente poderão ser definidos,
mesmo, o SUS encontra-se em diferentes

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e obrigatoriamente aperfeiçoados, durante o pessoas. E através dessas ações que se oferecem
processo de sua construção. à população instrumentos de autocuidados que
vão desde a orientação quanto a nutrição, a
Mas, explicitando procedimentos (como a adoção de estilos de vida saudáveis,
metodologia de financiamento federal ou o aconselhamentos específicos como o de cunho
processo de municipalização) e clarificando genético e sexual, educação para o trânsito e
papéis (p.ex. quem faz o quê em termos de outros.
planejamento, auditoria, controle e avaliação), a
NOB – SUS/92 busca não só definir uma base No campo da proteção são exemplos de ações:
concreta de operação do SUS para 1992 mas vacinações, saneamento básico, vigilância
também constituir novo referencial para o epidemiológica e sanitária, exames médicos e
permanente desenvolvimento do Sistema nos odontológicos periódicos e ações de saúde
próximos anos. ambiental. Através da vigilância
epidemiológica, são obtidas as informações para
1 – O PLANEJAMENTO conhecer e acompanhar, a todo momento, o
estado de saúde da população, permitindo
O planejamento, que deve ser desenvolvido desencadear, oportunamente, as medidas
através de uma metodologia participativa, é a dirigidas à prevenção e ao controle das doenças
projeção das ações a serem executadas e a e agravos à saúde. A vigilância sanitária busca
racionalização dos procedimentos técnico- garantir a qualidade de produtos de consumo, do
administrativos, necessários à execução dessas meio ambiente e do local de trabalho, mediante
ações. O planejamento é um processo a identificação, o controle ou a eliminação de
permanente e dinâmico devendo contemplar fatores de risco à saúde neles eventualmente
também situações emergenciais equacionadas presentes.
em curto prazo.
As ações de recuperação da saúde a serem
O planejamento é de competência das três planejadas e desenvolvidas devem estar
esferas de Governo e constitui a base para a baseadas nos problemas de saúde de cada
execução, o acompanhamento, a avaliação, o população e os serviços médicos, ambulatoriais
controle e a gerência do sistema de saúde, e e hospitalares existentes, os quais devem estar
pressupõe o conhecimento da realidade estruturados para atender não apenas à demanda
existente e dos instrumentos disponíveis e da doença mas também para oferecer cobertura,
necessários para se atingir as metas propostas. aos problemas de saúde da população.

Assim, o planejamento, além de ascendente, O desenvolvimento das ações de saúde, sejam


deve ser uma tarefa dos municípios, estados e elas de promoção, proteção, recuperação ou
União. O conceito abrangente de saúde definido reabilitação, devem fazer parte do planejamento
na Constituição deverá nortear a mudança integrado das ações de saúde, pois somente
progressiva dos serviços, passando de um através da integralidade das ações haverá a
modelo assistencial centrado na doença e melhoria da qualidade da assistência.
baseado no atendimento a quem procura, para
um modelo de atenção integral à saúde, onde Uma das consequências do planejamento será
haja a incorporação progressiva de ações de proporcionar o aclaramento das
promoção e proteção da saúde e de prevenção responsabilidades das três esferas de governo,
da doença, ao lado daquelas de recuperação. da definição da prestação e gestão dos serviços e
do aporte dos recursos financeiros. Dessa forma,
No campo da promoção, são prioritárias as o processo de planejamento-orçamentação deve
ações de educação em saúde para a população. ser indivisível. Assim, a Programação e
Essas ações visam a redução dos fatores de risco Orçamentação em Saúde – PROS, é essencial
individual que constituem ameaça à saúde das

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enquanto parte integrante e detalhamento dos de repasse aos Estados, Distrito Federal e
planos de saúde. Municípios.

O primeiro passo no processo de planejamento é 2.1. FINANCIAMENTO DAS ATIVIDADES


a análise da realidade através do levantamento HOSPITALARES
dos problemas de saúde, suas causas e pontos
críticos e os recursos disponíveis: "do que e 2.1.1. As atividades assistenciais realizadas em
como as pessoas estão adoecendo ou regime de internação hospitalar pelos serviços
morrendo?", "o que deve ser feito para melhorar públicos de saúde e peles serviços privados,
os indicadores de vida/morte, saúde/doença?". contratados ou conveniados, que integram o
Sistema Único de Saúde serão pagas através do
A seguir são definidos os objetivos e metas a Sistema de Informações Hospitalares/SIH –
serem alcançadas e as atividades a serem SUS e seu formulário próprio AIH (Autorização
desenvolvidas (é importante identificar, nessa de Internação Hospitalar).
fase, os possíveis entraves políticos, técnicos,
administrativos e financeiros para a consecução 2.1.2. O quantitativo de Autorização de
de cada atividade e do plano de ação como um Internação Hospitalar – AIH, será proporcional
todo). Passa-se então à definição dos recursos à população, cabendo às Secretarias de Saúde e
necessários e das fontes de financiamento para os Conselhos de Saúde o planejamento é
cada atividade e ao estabelecimento de um distribuição entre os prestadores, observando os
cronograma de execução. É importante também seguintes aspectos; – para o Município que
estabelecimento e implantação de um sistema de atenda aos critérios estabelecidos para as
acompanhamento, avaliação e controle do plano transferências regulares e automáticas de
de ação, fundamentado num sistema de recursos de custeio do SUS, conforme a Lei
informações. 8.142/90, será destacado, mensalmente, um
número de AIH equivalente a um duodécimo de
8% de sua população e, obrigatoriamente,
2. O FINANCIAMENTO DO SUS – repassado à respectiva Secretaria Municipal de
ASSISTÊNCIA A SAÚDE Saúde.
Os Conselhos Municipais de Saúde aprovarão
A linha assistencial do SUS envolve o conjunto os critérios de distribuição dos quantitativos de
de ações de proteção, promoção, recuperação e AIH entre os prestadores públicos,
reabilitação dá saúde, centradas no indivíduo. O universitários, filantrópicos e privados,
financiamento de tais ações é competência das assegurada a prioridade nesta ordem; – o
três esferas de governo (União, estados e restante (equivalente a 1/12 de 2% da
municípios). Os recursos financeiros federais do população) será mantido sob gestão da
SUS, que deverão somar-se aos recursos Secretaria Estadual de Saúde, em fundo de
estaduais e municipais, estão classificados compensação de demanda hierarquizada; – estes
como: custeio das ações e serviços percentuais podem ser modificados no Estado
ambulatoriais, hospitalares e complementares e que estabelecer programa próprio de
recursos para investimento na rede em obras, e distribuição de AIH, sendo obrigatória sua
equipamentos. Neste último caso, através do aprovação pela entidade representativa das
Pró-Saúde com base em planos tripartites de Secretarias Municipais de Saúde e pelo
aplicação para os estados e municípios e de Conselho Estadual de Saúde, sob coordenação
forma regular e automática para os Estados. A da Secretaria Estadual de Saúde; – portanto, as
partir do corrente exercício, tais recursos estarão AIH estaduais ou sob gestão da SES, poderão
alocados no Fundo Nacional de Saúde, ser distribuídas entre a Secretaria Estadual e as
permanecendo o INAMPS, ainda, mas tão Secretarias Municipais de Saúde, de duas
somente, neste ano de 1992, atuando como via maneiras pelo planejamento integrado, Estado e
município, consolidado no Plano Estadual de

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Saúde e aprovado pelo CONSEMS e Conselho 2.1.6. O atendimento a tais critérios será
Estadual de Saúde; ou, de forma matemática, definido através da auto-avaliação da unidade
distribuindo diretamente aos municípios hospitalar em formulário próprio, ratificada pelo
gestores 80% do seu quociente populacional e gestor local do SUS.
repassando o restante à Secretaria Estadual. A
distribuição planejada tem precedência sobre o 2.1.7. Para os hospitais universitários e de
critério matemático. ensino, o IVQ incidirá sobre os Serviços
De todo o modo, quem deve distribuir as AIH Hospitalares, da mesma forma que nos demais
entre os hospitais dos municípios gestor é o hospitais. Tanto o IVQ quanto o FIDEPS
Secretário Municipal de Saúde, cabendo ao incidirão, apenas sobre o total faturado
gestor estadual distribuir as AIH estaduais e originalmente, ou seja, não haverá sobreposição
municipais dos municípios não gestores. – os de índices.
municípios poderão pleitear AIH adicionais do
fundo de compensação da Secretaria Estadual 2.1.8. As atividades ambulatoriais realizadas no
por sua atuação como referência estadual e aos âmbito dos hospitais, serão financiadas segundo
municípios vizinhos, através de consórcios as normas relativas às atividades ambulatoriais
formais ou informais, quando referência (item 2.2).
microrregional; – a distribuição das AIH entre
os prestadores públicos, universitários, 2.2. FINANCIAMENTO DAS ATIVIDADES
filantrópicos e privados será feita pelos AMBULATORIAIS
Secretários de Saúde respeitando o plano de
saúde aprovado pelo respectivo Conselho, bem 2.2.1 É competência das Secretarias Municipais
como os dispositivos legais do SUS, sempre de Saúde a celebração dos contratos de serviços
priorizando o setor público. ambulatoriais que participarão do SUS, de
forma complementar, dentro de um teto
2.1.3. É competência das Secretarias Municipais estabelecido em planejamento integrado com a
de Saúde a celebração de contratos com Secretaria Estadual de Saúde.
hospitais que participarão do sistema de forma
complementar, bem como sua exclusão, a não 2.2.2. As ações e serviços de saúde, públicos e
ser nos casos em que o estabelecimento se privados, contratados ou conveniados,
caracterize como sendo de referência. estadual, realizados ao nível ambulatorial, que integram o
regional ou nacional. Sistema Único de Saúde, serão pagos através de
um sistema de financiamento ambulatorial.
2.1.4. No caso dos municípios
"municipalizados" é competência das 2.2.3. A Unidade de Cobertura Ambulatorial
Secretarias Municipais de Saúde, em interação (UCA), destinada a definir os valores a serem
com seus Conselhos, a distribuição dos repassados aos Estados, Distrito Federal e
quantitativos de AIH entre os diversos Municípios é fixada através de Resolução do
prestadores, sempre priorizando o setor público. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde/MS,
considerando a classificação dos Estados dentro
2.1.5. 0 Índice de Valorização de Qualidade – dos seguintes critérios população, capacidade
IVQ, correspondente a um acréscimo de 20% instalada, complexidade da rede, desempenho
sobre o total devido ao hospital a título de financeiro em 1991 e desempenho da auditoria
Serviços Hospitalares, será concedido e estadual do ano anterior.
repassado aos hospitais que integram a rede do
SUS (públicos e privados contratados ou 2.2.4. O valor nominal da UCA, será atualizado
conveniados), desde que atendam os critérios de acordo com a política de diretrizes
estabelecidos em instrumento específico. orçamentárias e financeiras do Fundo Nacional
de

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2.2.5. Sempre que os valores da tabela de Estaduais de Saúde que, através de critérios
procedimentos ambulatoriais forem alterados, o aprovados pelos respectivos Conselhos e
valor nominal da UCA sofrerá alteração dentro constantes do Plano Estadual de Saúde
do necessário para suprir a diferença constatada. obrigatoriamente, os redistribuirão às
Secretarias Municipais, para utilização
2.2.6. Os Recursos para Cobertura Ambulatorial exclusiva em custeio das atividades de
– RCA destinados anualmente aos Estados e assistência à saúde.
Distrito Federal a título de cobertura
ambulatorial, são obtidos através da 2.2.10. Os estados que não tiverem cumprido o
multiplicação do valor da UCA pela população disposto no art. 4º da lei 8.142/90 deverão
de cada Unidade da Federação. repassar os resíduos do RCA aos municípios por
critério populacional.
2.2.7. O planejamento físico e orçamentário das
atividades ambulatoriais deverá ser produto do 2.2.11. Até o 20º dia após o recebimento do
trabalho conjunto dos Municípios e Estado, sob resíduo do RCA os Estados deverão encaminhar
coordenação da Secretaria Estadual de Saúde, à DAF/INAMPS relatório dos valores
aprovado pelos Conselhos Municipais de Saúde repassados a cada município, referentes a esse
e referendado pelo Conselho Estadual de Saúde. resíduo. O não encaminhamento na data
As prioridades, quotas, referências e contra prevista, implica em não envio dos resíduos do
referências devem ser definidas com base na RCA subsequentes.
epidemiologia, características demográficas e
capacidade instalada. 2.2.12. O atual sistema de Guia de Autorização
de Pagamento – GAP/PRESTADOR será
2.2.8. O valor mensal a ser transferido até o substituído pelo Sistema de Informações
último dia de cada mês aos Estados, Distrito Ambulatoriais do SUS (SIA – SUS).
Federal e Municípios, será obtido da seguinte
forma: – o valor anual calculado será dividido 2.3. ESTIMULO A MUNICIPALIZAÇÃO DO
em duodécimos, se constituindo no RCA/mês; – SUS E AS AÇÕES DE SAÚDE COLETIVA
do duodécimo subtrai-se o pagamento dos
serviços ambulatoriais executados pelos 2.3.1. O Fator de Estímulo à Municipalização –
prestadores públicos e contratados em caráter FEM, se caracteriza como repasse de recursos
complementar conforme plano regional; – deste de custeio aos municípios efetivamente
resultado, dito resíduo, 30% serão transferidos "municipalizados" dentro do SUS. São
às Secretarias Estaduais de Saúde, para considerados "municipalizados" os municípios
utilização exclusiva em custeio das atividades que atendem aos requisitos estabelecidos na Lei
de assistência à saúde; – os 70% restantes serão nº 8.142/90, para o repasse regular e automático
divididos novamente pela população de cada dos recursos financeiros federais do SUS.
Unidade da Federação; – o quociente
encontrado corresponde a uma variável que, 2.3.2. O montante a ser transferido aos
multiplicada pela população de cada município municípios, "municipalizados" a título de
da Unidade Federativa, representa o repasse a estímulo à municipalização do SUS, será
ser efetuado às Secretarias Municipais de Saúde, calculado da seguinte forma: – calcula-se o
para utilização exclusiva em custeio das valor correspondente a 5% da UCA do Estado; –
atividades de assistência à saúde. este valor é multiplicado pelo número de
habitantes do município "municipalizado"; – o
2.2.9. Os municípios que não atenderem aos produto dessa operação será dividido por doze;
critérios estabelecidos para repasses regulares e – o valor mensal a ser transferido ao município
automáticos conforme a Lei 8.142/90, terão os "municipalizado", corresponde ao duodécimo
resíduos do RCA que lhes seriam destinados encontrado.
repassados às correspondentes Secretarias

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2.3.3. O repasse efetuado a título de Fator de = 1% do valor mensal estimado para cobertura
Estímulo à Municipalização não será debitado ambulatorial;
do valor estabelecido para cobertura
ambulatorial, quer do município quer do Estado, – Grupo de Unidades Federadas de valor de
e independe da existência de resíduo. UCA intermediário: FEGE = 3%;

2.4. INVESTIMENTOS NA REDE A – Fator de – Grupo de estados de menor valor de UCA:


Estimulo à Gestão Estadual FEGE = 5%.

2.4.1. Os recursos de capital para aquisição ou 2.4.4. Os Estados e Distrito Federal deverão
recuperação de equipamentos para unidades administrar os recursos provenientes do FEGE
assistenciais, já existentes, serão transferidos ao através de estabelecimento de prioridades de
Distrito Federal e estados que tenham cumprido investimentos necessários, contemplando
o disposto no art. 4º da Lei 8.142/90. projetos já previstos no consolidado dos Planos
Municipais de Saúde aprovado pelos Conselhos
2.4.2. O Fator de Estímulo à Gestão Estadual – Estaduais de Saúde.
FEGE se destina a definir e reajustar os valores
a serem repassados mensalmente, de forma
regular e automática aos estados habilitados, – Pró-Saúde
para reposição e modernização tecnológica dos
equipamentos da rede pública estadual e 2.4.5. O Pró-Saúde se caracteriza como um
municipal. programa, que tem como principal objetivo a
reorganização dos serviços de saúde com a
2.4.2.1. A documentação comprobatória deverá participação das três esferas de governo:
ser encaminhada pela Secretaria Estadual de Federal, Estadual e Municipal.
Saúde à Presidência do INAMPS, que deliberará
sobre sua adequação e regularidade. 2.4.6. Os municípios a serem incluídos no
programa, serão selecionados par um dos
2.4.2.2. A habilitação ao repasse dos recursos seguintes critérios:
correspondentes ao FEGE será reconhecida – se caracterizarem como pólo de referência
mediante comunicado formal e exclusivo para macrorregional;
esse fim. – população igual ou superior a 200.000
habitantes;
2.4.2.3. Os projetos de leis de criação do Fundo – serem capitais das Unidades da Federação.
Estadual de Saúde e Conselho Estadual de
Saúde, em tramitação, e a conta especial, serão 2.4.7. Os projetos deverão ser elaborados
considerados para efeito de repasse de recursos segundo roteiro padrão contemplando as
do FEGE às Unidades Federadas. seguintes áreas: a) Desenvolvimento Gerencial
(Modelo Assistencial)
2.4.3. Os valores da FEGE para os diferentes b) Recursos Humanos (Desenvolvimento de
Estados e Distrito Federal correspondem a um RH)
percentual, que varia de 1% a 5%, do valor c) Recursos Físicos (reformas e/ou construção
mensal calculado para cobertura das atividades de unidades e aquisição e/ou recuperarão de
ambulatoriais, de maneira inversamente equipamentos)
proporcional aos valores definidos para os
grupamentos de Estados no sistema de cobertura 2.4.8. O gerenciamento do projeto em todas as
supracitado, da seguinte maneira: suas etapas – planejamento, orçamentação,
execução e avaliação – será exercido por uma
– Grupo de Unidades Federadas de valor de comissão formada por representantes das três
UCA mais elevado, inclusive São Paulo: FEGE

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instâncias de governo: federal, estadual e servir-se de empresas estaduais de
municipal. processamento de dados de estados vizinhos.

2.4.9. Os repasses de recursos financeiros serão O SIH – SUS continuará a ser processado de
feitos, observadas as disposições legais maneira centralizada pelo nível federal, com a
aplicáveis aos Convênios, Acordos e Ajustes. C diretriz, em 1992, de capacitação das empresas
– Outros investimentos estaduais com vistas e que estas assumam tal
processamento e partir de 1993. A
2.4.10. As transferências de outros recursos para operacionalização descentralizada dos dois
investimentos, que não os de repasse automático sistemas possibilitará, aos estados e municípios,
e regular e Pró-Saúde, poderão ser pleiteadas ao acesso mais rápido dos dados, bem como
MS, justificadas em função dos Planos de Saúde processamentos especificiais adequados aos
e observados os seguintes aspectos: diferentes usos. A partir do mês de julho, será
a) previstos no Plano Quinquenal de Saúde do obrigatória a apresentação das AIH em disquete.
MS;
b) previstos nos planos Municipais e/ou A existência e obrigatoriedade de utilização
Estaduais de Saúde, aprovados pelo respectivo destes dois sistemas não impede que outros,
Conselho; complementares, sejam desenvolvidos pelos
c) previstos em lei orçamentária, de iniciativa do estados e/ou municípios de acordo com suas
Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso necessidades, podendo mesmo ser citados como
Nacional; muito desejáveis, os de marcação de consultas,
d) em caráter de absoluta excepcionalidade. centrais de leitos e cadastro de estabelecimentos
de saúde, Aos municípios será assegurado o
3. OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO São direito de manter em seu serviço os registros
basicamente dois os sistemas de informação da geradores de dados e disponíveis, a nível local,
linha assistencial do SUS, implantados e para os procedimentos de auditoria, avaliação e
utilizados pelo nível federal: o Sistema de controle dos demais níveis.
Informações Ambulatoriais do SUS – SIA/SUS
e o Sistema de Informações Hospitalares do O modo de colher os dados ou registrá-los é de
SUS – SIH/SUS. exclusiva competência municipal, desde que
asseguradas as informações indispensáveis ao
Esses sistemas se constituem em grandes nível nacional e/ou estadual e as formas e meios
bancos de dados com informações relativas aos por eles estabelecidas, bem como possibilidade
atendimentos ambulatoriais e hospitalares, de se resgatar a informação primeira, geradora
disponíveis a todas as Secretarias Municipais e do atendimento.
Estaduais de Saúde bem como a outras
instituições que atuam na área. Tais dados 4. O CONTROLE E A AVALIAÇÃO
podem e devem ser utilizados em todos os
níveis para o planejamento, o controle e a Controle e Avaliação são atividades de
avaliação de ações e serviços de saúde. responsabilidade primária dos municípios;
simultaneamente dos Estados e também do
O SIA – SUS deverá estar totalmente Ministério da Saúde. O controle dos municípios
implementado em todas as Unidades da deve ser permanente e direto sobre todos os
Federação até março de 1992. É recomendável serviços assistenciais, ambulatoriais e
que o processamento seja feito no próprio hospitalares, voltado à qualidade do
Estado pela respectiva empresa estadual de atendimento aos usuários; à quantidade dos
processamento de dados ou pela própria serviços concernentes aos planos de saúde e à
Secretaria Estadual de Saúde, se capacitadas a capacidade instalada; à conformidade das contas
fazêlo. Os estados que não dispuserem de médicas com os serviços efetivamente
nenhuma destas duas alternativas, poderão

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produzidos; à resolubilidade dos atendimentos; 5. A AUDITORIA
à gratuidade aos usuários.
A Auditoria compete controlar e fiscalizar a
A avaliação dos municípios deve analisar se os aplicação dos recursos orçamentários e
serviços produzidos foram eficientes, eficazes e financeiros, bem como acompanhar a execução
efetivos; se atingiram as metas programadas e, dos programas de trabalho visando ao exame da
acima de tudo, se produziram os resultados regularidade, eficiência, eficácia e
desejados. A avaliação é, portanto, essencial economicidade da gestão administrativa. A
pré-requisito ao planejamento de período avaliação técnica e financeira do SUS, em todo
subsequente. O controle e a avaliação território nacional, será efetuada e coordenada
desenvolvidos pelos estados serão permanentes pelo MS e INAMPS em conjunto com os
porém não obrigatoriamente contínuos em todas estados, Distrito Federal e municípios.
as unidades e serviços assistenciais. Terão além
do caráter de Controlar de forma periódica os O Ministério da Saúde acompanhará através de
serviços, a função de "controlar o controle seu sistema de auditoria, a conformidade à
municipal". programação aprovada da aplicação dos
recursos repassados a estados, Distrito Federal e
A avaliação realizada pelos estados têm o municípios, cabendo-lhe aplicar as medidas
mesmo sentido da avaliação municipal, porém previstas constatados a malversação, desvio ou
com abrangência estadual. O controle e a emprego inadequado dos recursos.
avaliação exercidos pelo nível federal têm por
objetivo principal a adoção de medidas O controle e fiscalização da execução
corretivas para o aperfeiçoamento do Sistema, orçamentária, financeira e patrimonial
assumindo assim um caráter pedagógico e de compreenderá os seguintes aspectos:
cooperação técnica. Tais ações se desenvolverão
de maneira essencialmente analítica através de – da legalidade dos atos de que resultem a
demonstrativos e relatórios de acompanhamento realização da despesa;
dos serviços produzidos (SIA – SUS e SIH –
SUS), ficando as ações operacionais, – da responsabilidade de todos quanto, de
desenvolvidas através da verificação "in loco" qualquer modo efetue despesa, administrem ou
nas unidades, restritas aos casos de desvio nos guardem bens e valores públicos;
indicadores, de denúncia ou, preventivamente,
por amostragem. Nestas circunstâncias, as – do cumprimento do programa de trabalho
visitas de inspeção deverão ser feitas em expresso em termos monetários e em termos de
parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde. prestarão de serviços;

Finalmente, são objetos de análise do controle e – exame das Prestações de Contas dos agentes
da avaliação nas três esferas de governo, não responsáveis, tendo por base os registros
apenas a qualidade, produção e o custo dos contábeis e financeiros compatibilizado com o
serviços prestados, ambulatoriais e hospitalares, plano de trabalho evidenciadas em parecer de
como também a conformidade das ações auditoria a ser emitido após verificação "in
desenvolvidas com os Planos de Saúde, os loco" com o propósito de comprovar a
convênios de investimento e o desempenho dos legalidade, legitimidade e economicidade na
órgãos e sistemas loco regionais. Cabe a cada aplicação dos recursos públicos;
gestor, no seu nível de atuação, a definição das
normas operacionais de funcionamento de seus – orientação normativa, coordenação,
respectivos Sistemas de Controle e Avaliação. acompanhamento e avaliação das atividades das
auditorias regionais;

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Caberá ao INAMPS, órgão repassados dos repasse, de forma regular e automática, dos
recursos e responsável por imposição legal, recursos financeiros federais para cobertura de
perante o TCU, pelo cumprimento dos ações e serviços de saúde a serem
programas financeiros, exercer o controle e implementados pelos municípios. Ela deve ser
fiscalização da execução orçamentária e entendida principalmente pela nova
financeira: responsabilidade do município de administrar as
ações e serviços de saúde em sua área de
– examinar e avaliar a aplicação e as abrangência, planejando, decidindo e gerindo os
transferências dos recursos orçamentários e recursos humanos, materiais e financeiros.
financeiros das unidades conveniadas;
É o estabelecimento do comando único do SUS
– coordenar inspeções nos órgãos gestores de na esfera municipal. Na medida em que o
recursos provenientes de convênios, acordos ou município define suas próprias necessidades na
ajustes quanto à execução orçamentário área da saúde, bem como os meios para
satisfazê-las, os recursos disponíveis são
– financeira das transferências de recursos maximizados possibilitando o alcance da
efetuadas pelo INAMPS; eficiência e eficácia do setor. Uma outra grande
vantagem que se pode apontar é a de que ao
– solicitar a instauração de Tomada de Contas aproximar os agentes decisórios e executores
Especial quando a prestação de contas não for dos usuários, o sistema facilitará a participação
aprovada, e exaurida todas as providências mais efetiva da comunidade na definição e no
cabíveis; controle das ações de saúde. Nesta norma,
entretanto, serão regulamentados apenas os
– estabelecer prazo máximo para que o aspectos relativos aos critérios para repasse dos
responsável faça a apresentação da Prestação de recursos referentes á Lei 8.142/90 e ao fluxo da
Contas ou recolhimento dos recursos recebidos documentação necessária à aferição do seu
com os acréscimos legais devidos, segundo cumprimento.
índice oficial contados a partir da data do
recebimento até a data do recolhimento, quando Requisitos Básicos Para receberem os recursos,
esta não for apresentada dentro do prazo de forma regular e automática, para a cobertura
normal; e das ações e serviços de saúde, conforme
estabelecido na Lei 8.142/90, os municípios
– instaurar Tomada de Contas Especial da deverão contar com:
Entidade inadimplente quando for esgotado o
prazo máximo estabelecido na apresentação da FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE – de
Prestação de Contas, bem como da Ordem de natureza contábil e financeira, que deve ser
Recebimento não liquidada. previamente autorizado pelo poder legislativo,
gerido pela Secretaria Municipal de Saúde ou
É importante salientar que cabe ao Estado órgão equivalente e fiscalizado pelo Conselho
fiscalizar e controlar a execução orçamentária e Municipal de Saúde. Caso o Projeto de lei para
financeira no que diz respeito a seus recursos e sua criação esteja comprovadamente em
receitas próprios. tramitação, a conta especial será considerada
para fins do repasse, em. caráter provisório.
6 – O PROCESSO DE MUNICIPALIZACÃO
PARA REPASSE DE RECURSOS CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE –
deve ter caráter deliberativo com composição
Caracterização paritária de representantes do governo,
A municipalização na saúde não deve ser prestadores de serviço e profissionais de saúde
entendida apenas pelo cumprimento aos (50%) e usuários (50%). Cabe aos Conselhos a
critérios, estabelecidos na Lei 8.142/90, para aprovação dos Planos Municipais de Saúde,

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bem como atuar na formação de estratégias de Municipal de Saúde, em tramitação, e a conta
controle da execução da política de saúde. especial, serão considerados para efeito de
repasse dos recursos financeiros federais, de
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE – forma regular e automática, aos municípios.
aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde e
homologado pelo prefeito, será a base das Fluxo de Documentação
atividades e programação da Secretaria
Municipal de Saúde e seu financiamento será 6.1. A documentação comprobatória do
previsto na proposta orçamentária da Secretaria. cumprimento dos requisitos estabelecidos
"É vedada a transferência de recursos para o deverá ser encaminhada pelos governos
financiamento de ações não previstas nos Planos municipais às respectivas Secretarias Estaduais
de Saúde, exceto em situações emergenciais ou de Saúde, a fim de habilitá-los ao repasse
de calamidade pública, na área de saúde. "(Lei regular e automático dos recursos financeiros
8.080/90, artigo 30, parágrafo segundo). federais do SUS.

RELATÓRIOS DE GESTÃO – deverão 6.2. Cada Secretaria Estadual de Saúde


permitir o acompanhamento pelo Ministério da deliberará sobre a adequação e regularidade da
Saúde, através de seu sistema de auditoria, do documentação apresentada;
executado em relação á programação aprovada
da aplicação dos recursos repassados ao 6.3. A habilitação ao repasse dos recursos
Município. Esse relatório deve abordar, no (subitem 6.7) será reconhecida mediante
mínimo, as finalidades essenciais da Secretaria; comunicado formal e exclusivo para esse fim,
o Plano de Trabalho elaborado com metas e encaminhado pelo Secretário Estadual de Saúde
objetivos previstos: o plano de trabalho ao município requerente.
executado, em relação ao elaborado (atividades
programadas e não programadas, com as 6.4. Se o comunicado previsto não ocorrer np
justificativas pertinentes); e os resultados prezo de 30 (trinta) dias, contados a partir da
alcançados, evidenciando as metas ou objetivos entrega da documentação completa à Secretaria
realizados e a programação e execução Estadual de Saúde, o Município encaminhará
orçamentária e demonstração financeira. cópia do processo ao Coordenador de
Cooperação Técnica e Controle do INAMPS, no
CONTRAPARTIDA DE RECURSOS PARA Estado, que deliberará a respeito.
A SAÚDE NO RESPECTIVO
ORÇAMENTO – deve ser comprovada pela 6.5. As Secretarias Estaduais de Saúde
publicação no Diário Oficial do Município, da encaminharão os processos dos municípios
destinação global orçamentária. É recomendável habilitados ao repasse regular e automático, dos
que se observe a evolução dos recursos recursos financeiros federais do SUS à
destinados a saúde no orçamento do Município, Coordenadoria de Cooperação Técnica e
e que se estabeleça uma meta a ser alcançada de, Controle do INAMPS no Estado, que
aproximadamente, de 10% do orçamento. providenciará a elaboração do Convênio
conforme Minuta Padrão, e após as assinaturas
COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO dos Gestores Estaduais e Municipais, enviará o
PLANO DE CARREIRA, CARGOS E convênio com Ficha Resumo e Ficha de
SALÁRIOS – PCCS, previsto o prazo de dois Cadastro Financeiro (anexo) ao Gabinete do
anos para sua implantação. Cabe ao Estado Presidente do INAMPS.
controlar a manutenção do cumprimento de tais
quesitos, podendo até, em casos extremos, 6.6. No INAMPS, após assinatura do Presidente
solicitar a rescisão do Convênio de e do Ministro da Saúde serão providenciados
Municipalização. Os projetos de lei de criação sua publicação e envio de cópia a CCTC e ao
do Fundo Municipal de Saúde e Conselho

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Interessado, bem como o empenho e os repasses entretanto, um compromisso de melhoria de
financeiros. qualidade de tais recursos.

7 – PRODUTIVIDADE E QUALIDADE b) RECONHECIMENTO DA


HETEROGENEIDADE: Deverão ser
Na área da saúde, uma política de qualidade e consideradas as diferenças de realidade (social,
produtividade é fundamental, objetivando, em institucional e sanitária, por exemplo) buscando
última instância, assegurar, a cada usuário do flexibilidade de critérios, sem abrir mão das
SUS, um conjunto de serviços integrais de definições essenciais do Sistema como um todo,
saúde capaz de produzir o melhor resultado com tais como acessibilidade, integralidade e
o mínimo de recursos disponíveis, atendendo participação.
ainda suas expectativas de satisfação.
Visando, num primeiro momento, incentivar a c) DINÂMICA: A avaliação da qualidade deve
produtividade, a partir de janeiro de 1991, a ser compreendida como um processo em
modelo. de financiamento dos serviços evolução permanente; no qual não só os
hospitalares públicos foi profundamente componentes culturais devem ser encarados na
alterado, com a substituição da antiga sua mutabilidade e contradições, como também
modalidade de "orçamentação por verba" pela os padrões e indicadores traçados
adoção das AIH (Autorização de Internação preliminarmente devem ser continuamente
Hospitalar) de tal forma que, a unidade recebe, avaliados.
mensalmente, um valor equivalente à
quantidade e complexidade dos procedimentos d) GRADUALIDADE: O sistema deverá evitar
por ela realizados. certas distorções inerentes aos processos
gerados de forma centralizada, tais como
Nesta mesma linha, cabe agora aos gestores ritualismo, intempestividade, burocratização,
estaduais e municipais o desenvolvimento e imposição de normas, etc. Como medidas
universalização de mecanismos que possibilitem iniciadoras do processo de avaliação de
o pagamento de incentivos pessoais à qualidade no âmbito dos gestores e prestadores
produtividade, dedicação e deslocamento, o que de serviços do SUS, podem ser citadas:
já vem sendo praticado com sucesso por
diversas Secretarias Estaduais e Municipais. I – implantação do IVQ – Índice de Valorização
de Qualidade, no valor de 20% de acréscimo
Em relação à qualidade, será implementado no sobre o faturamento da unidade sob a rubrica de
SUS o Sistema de Avaliação de Qualidade em Serviços Hospitalares para todos os hospitais
Saúde – SAQS, que tem como compromisso públicos ou privados, integrantes da rede do
fundamental o incremento da qualidade do SUS, desde que preencham os requisitos
atendimento e da satisfação do usuário. As definidos pela SNAS/INAMPS, em comum
maiores responsabilidades deverão ser acordo com as entidades representativas dos
assumidas pelos gestores municipais ou, na sua outros gestores do SUS (CONASS E
impossibilidade, pelos estaduais. CONASEMS);

Como princípios operacionais gerais e II – elaboração de um documento básico sobre


estratégicos deste Sistema, podemos citar: "Direitos dos Usuários do Sistema Único de
Saúde", que além de servir como instrumento de
a) SIMPLICIDADE: Não devem ser criados informação à comunidade, fundamente a
novos entraves burocráticos para os gestores e implantação de um subsistema de avaliação de
prestadores – os instrumentos de avaliação satisfação de usuário; e
devem ser adequados à capacidade de resposta e
ao nível técnico dos recursos humanos III – incentivo para organização de "Comissões
disponíveis no sistema, sem perder de vista, Internas de Avaliação e Controle de Qualidade"

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a nível dos prestadores públicos e privados.
Acima de tudo, o Sistema de Avaliação de 8.5 É vedada a utilização dos recursos em
Qualidade em Saúde deverá ter um caráter despesas que não se identifiquem diretamente
pedagógico para todos os envolvidos, dentro do com a realização do objetivo do Convênio ou
qual o incremento á qualidade deve ser mais do serviços determinados.
que incentivado: provocado, e cuja avaliação
constituirá uma responsabilidade conjunta dos 8.6. Os recursos decorrentes de serviços
gestores, prestadores e usuários. prestados pelas unidades assistenciais se
caracterizam como receita própria. 8.7.
Enquanto não for regulamentada a aplicação dos
8 – DISPOSIÇÕES GERAIS critérios previstos no Art. 35 da Lei 8.080/90, o
montante a ser transferido a Estados. Distrito
8.1. O estabelecimento de políticas e normas Federal e Municípios será definido no
específicas relacionadas às órteses e próteses Convênio, de acordo com:
ambulatoriais, medicamentos especiais,
tratamentos fora de domicílio e campanhas de a) o critério populacional com base nos dados
vacinação, bem como seu financiamento, deve estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia
ser resultado de um planejamento integrado, e Estatística – IBGE;
Estado e municípios e consolidado no Plano
Estadual de Saúde. b) empenho global (valor semestral e/ou anual).

8.2. O Tratamento Fora de Domicílio – TFD, 8.8. E vedada a transferência de recursos para o
quando realizado dentro da mesma Unidade da financiamento de ações não previstas nos Planos
Federação em que se situa o município de de Saúde, exceto em situações emergenciais ou
residência do paciente, terá as despesas, não calamidade pública, na área de saúde.
previstas no pagamento da AIH, financiadas
pelo município de residência, caso o tratamento 8.9. Os casos omissos, recursos e outras
se realize em outra Unidade da Federação, tais pendências, deverão ser levados ao Conselho de
despesas correrão por conta da Unidade Saúde da instância imediatamente superior que
Federada de origem. O montante de recursos a sobre eles deliberará, ouvido o gestor do SUS
ser repassado pelo nível federal, nos casos que desta instância.
comprovadamente tiverem que ser realizados
fora do país, obedecerá valores 8.10. A partir de 1993 os recursos financeiros,
preestabelecidos. destinados à assistência à saúde, serão
repassados de forma globalizada aos Fundos
8.3. Até que sejam editadas normas específicas Estaduais de Saúde, devendo ser administrados
sobre o Sistema Único de Saúde – SUS e na pelas Secretarias Estaduais de Saúde e seus
ausência de outros instrumentos jurídicos que respectivos Conselhos, sem prejuízo das
regulamentem os repasses de recursos informações que deverão continuar a fluir para o
financeiros, deverão ser observadas as nível federal, possibilitando o planejamento, o
disposições legais aplicáveis aos Convênios, controle e a avaliação no que lhe compete.
Acordos e Ajustes. A implementação do planejamento ascendente e
a Programação e Orçamentação em Saúde –
8.4. Ressalvados os casos de manifesta PROS, em cumprimento às Leis nº 8080/90 e
impraticabilidade ou inconveniência e desde que 8142/90, substituirão, assim, a atual sistemática
observadas as disposições no Art. 17 da Lei dos repasses federais segmentados por
8.074, de 31/07/90, será utilizado o instrumento atividades. (Of. nº 74/92)
convenial como forma de transferência de
recursos do INAMPS para os Estados, Distrito
Federal e Municípios.

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no âmbito do Sistema Único de Saúde e
estabelece os mecanismos de financiamento das
NOB 93 ações de saúde, em particular da assistência
hospitalar e ambulatorial e diretrizes para os
investimentos no setor.

PORTARIA Nº 545, DE 20 DE MAIO DE 1993 Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na


data de sua publicação, ficando revogadas as
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE,
disposições em contrário.
usando das atribuições que lhe confere o artigo
87, inciso II, da Constituição, tendo em vista o JAMIL HADDAD
disposto no seu artigo 198, inciso II, combina
com os preceitos da Lei Orgânica Saúde (Lei nº
8.080/90 e 8.142/90), e 1. INTRODUÇÃO
Esta Norma Operacional Básica, do
Considerando os elementos de natureza Ministério da Saúde, tem como objetivo
política e administrativa constantes do disciplinar o processo de descentralização da
documento "Descentralização das Ações e gestão das ações e serviços de saúde na
Serviços de Saúde: a Ousadia de Cumprir e perspectiva de construção do Sistema Único de
Fazer Cumprir a Lei", aprovada pelo Conselho Saúde.
Nacional de Saúde em 15 de abril do presente
ano: Fundamenta-se para tanto, no texto
constitucional, leis que regulamentam o SUS - a
Considerando que a construção do Lei 8.080 de 19/09/90 e a Lei 8.142 de 28/12/90
Sistema União de Saúde - SUS é um processo - e no documento Descentralização das Ações e
de responsabilidade do Poder Público, orienta- Serviços de Saúde: A Ousadia de Cumprir a
se pelas diretrizes da descentralização político- Fazer Cumprir a Lei, aprovação pelo Conselho
administrativa dos serviços e ações de saúde e Nacional de Saúde, em 15 de abril de 1993.
deve estar submetido ao controle da sociedade;
A construção do SUS é um processo, no
Considerando ainda a efetiva qual a diretriz de descentralização das ações e
implementação do SUS vem assumindo serviços vem assumindo dimensões bastantes
dimensões complexas, cujo adequado complexas. Por esta razão, tem como
equacionamento e domínio exige o fundamentos os seguintes pressupostos:
estabelecimento de pressupostos essenciais na
cujo adequado equacionamento e domínio exige a) descentralização deve ser estendida
entendida como um processo implica
o estabelecimento de pressupostos essenciais na
condução do processo, definição clara de redistribuição de poder; redefinição de
papéis e estabelecimento de novas entre
responsabilidade das três esferas de governo e
fixação de procedimentos e normas as três esferas de governo; reorganização
institucional; reformulação de práticas; e
operacionais, resolve:
controle social;
Art. 1º - Aprovar a Norma Operacional
b) a descentralização envolve dimensões
Básica - SUS 01/93, constantes do anexo único
desta portaria, que regulamenta o processo de políticas, sociais e culturais e sua
efetivação pressupõe diálogo, negociação
descentralização da gestão dos serviços e ações
e pactuação entre os atores que vão

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constituir a base de legitimação das geográficas, fluxo de demanda, perfil
decisões; epidemiológico, oferta de serviços e,
acima de tudo, a vontade política expressa
c) o estabelecimento desta nova prática
pelos diversos municípios de se
requer a existência e funcionamento
consorciar ou estabelecer qualquer outra
regular dos Conselhos de Saúde,
relação de caráter cooperativo.
paritários e deliberativos, como
mecanismo privilegiado de participação e Considerando que os municípios, os
controle social; estados e os próprios órgãos do Ministério da
Saúde encontram-se em estágios diferentes em
d) a responsabilidade pelo financiamento
relação a descentralização do sistema, esta
das ações de saúde tem que ser
forma define procedimentos e instrumentos
compartilhada pelas três esferas de
operacionais que visam ampliar e aprimorar
governo, assegurando, regulamente, o
suas condições de gestão com o sentido de
aporto de recursos fiscais aos Fundos de
efetivar o comando único do SUS nas três
Saúde.
esferas de governo.
e) a transformação do sistema de saúde
Tais procedimentos e instrumentos
comporta rupturas bruscas que
configuram a convivência simultânea de
desorganizem as praticas atuais antes se
situações diferenciadas de gestão do SUS nos e
instaurem novas, impondo, por isso, um
municípios, dentro de uma nova sistema de
período de transição no qual medidas de
relacionamento entre as três esferas de governo,
caráter inovador devem der instituídas em
descritas e disciplinadas nos itens desta norma e
todos os estudos e municípios em
outros instrumentos complementares se fizerem
intensidade compatível com sua própria
necessários.
vontade e capacidade de absorção de
responsabilidades gerenciais e políticas, 2. DO GERENCIAMENTO DO
de modo e evitar solução de comunidade PROCESSO DE DESCENTRALIZAÇÃO
na atenção á saúde da população.
O gerenciamento do processo de
f) o objetivo mais importante que se descentralização no SUS, atendendo aos
pretende alcançar com a descentralização pressupostos apresentados, tem como eixo a
do SUS é a completa reformulação do prática do planejamento integrado em cada
modelo assistência hoje dominante, esfera de governo e como foros de negociação e
centrado na assistência médico-hospitalar deliberação as Comissões Intergestores e os
individual, assistemática, fragmentada e Conselhos de Saúde expletivamente,
sem garantia de qualidade, deslocando o estruturando funcionalmente a articulação
eixo deste modelo para a assistência descrita a seguir.
integral universalizada e equânime,
2.1. No âmbito nacional:
regionalizada e hierarquizada, e para a
prática da responsabilidade sanitária em 2.1.1. Comissão Intergestores Tripartite -
cada esfera de governo, em todos os integrada paritariamente por representantes do
pontos do sistema. Ministério da Saúde e dos órgãos de
representação do conjunto dos Secretários
g) a regionalização deve ser entendida
Municipais de Saúde/CONASEMS, tem por
como articulação e mobilização municipal
finalidade assistir o Ministério da
que leve em consideração: características

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Saúde/CONASEMS, tem por finalidade assistir execução da Política Mundial de Saúde, com
o Ministério da Saúde na elaborarão de composição e atribuições previstas em lei
propostas para a implantação e municipal de Saúde, com composição e
operacionalização do SUS submetendo-se ao atribuições previstas em lei municipal de Saúde,
poder deliberativo e fiscalizar do Conselho com composições previstas em lei municipal,
Nacional de Saúde. observado o disposto na Lei 8.142, de 1990.
2.1.2. Conselho Nacional de Saúde - 2.4. Fluxo decisório
constituído conformidade com o Decreto nº
Além do papel de cada um destes foros
99.438, de 07/08/90, atua órgão deliberação
em seu âmbito próprio, a dinâmica do
deliberativo na formulação de estratégias e no
referenciamento do processo de
controle da execução Política Nacional de
descentralização requer uma articulação entre
Saúde.
eles como segue.
2.2. No âmbito estadual:
2.4.1. Todos os aspectos operacionais do
2.2.1. Comissão Intergestores Bipartite - processo de descentralização no âmbito estadual
integrada paritariamente por dirigentes da serão objeto de regulamentação pela Comissão
Secretaria Estadual de Saúde e do órgão e do Bipartite. Na ocorrência de uma divergência não
órgão de representação dos Secretários superada neste foro, a questão deverá ser levada
Municipais de Saúde do estado, deverá ser a deliberação do Conselho Estadual de Saúde.
criada e formalizada através de portaria do Na inexistência deste, o problema será
Secretário Estadual de Saúde, sendo a instância submetido a Comissão Tripartite, quer do
privilegiada de negociação e decisão quando aos Conselho Estadual de Saúde, a questão poderá
aspectos operacionais do SUS. ser levada ao Conselho Nacional de Saúde para
sua resolução.
2.2.1.1. O Secretário de Saúde do mundo
município da capital será considerado membro 2.5. O Conselho Nacional de Saúde
nota desta Comissão. poderá ser tomada como instância de recurso em
qualquer tempo, ficando a seu critério consultar
2.2.1.2. Cada estado contará com uma
ou delegar a Comissão Tripartite e resolução do
Comissão Bipartite, cujas definições e propostas
problema.
deverão ser referendadas ou aprovadas pelo
respectivo Conselho Estadual, submetendo-se 2.6. Os acordos firmados pela Comissão
ao seu poder deliberativo e fiscalizador. Bipartite e aprovados pelo Conselho Nacional
Estadual de Saúde prevalecerão sobre as
2.2.2.Conselho Estadual de Saúde -
disposições desta norma, desde que ser não
instância permanente e deliberativa, atua
contrariem os dispositivos legais e considerem
formação de estratégia no controle da execução
as diretrizes contidas no documento
da Política Estadual de Saúde, com composição
descentralização das Ações e Serviços de Saúde:
e atribuições previstos em lei estadual,
A Ousadia de Cumprir e Fazer Cumprir a Lei.
observado o disposto na Lei 8.142, de 1990.
3. DO FINANCIAMENTO COM
2.3. No âmbito municipal:
RECURSOS ARRECADADOS PELA UNIÃO
2.3.1.Conselho Municipal de Saúde -
3.1. O financeiro das atividades
instância permanente e deliberativa, atua na
ambulatórias dar-se-á da seguinte forma:
formulação de estratégias e no controle da

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3.1.1. as ações e serviços ambulatoriais e 3.1.3.1. O valor anual calculado será
privados, que integram o Sistema Único de divido em duodécimos, constituindo-se no
Saúde serão custeados através do sistema de RCA/mês.
financiamento ambulatorial, tendo como
3.1.4. O Fator de Apoio ao Estado - FAE
instrumento operacional o Sistema de
caracteriza-se como repasse de custeio aos
Informações Ambulatoriais - SIA/SUS e o
estudos enquadrados nas condições de gestão
formulário para próprio para Autorização de
parcial é semiplena, utilização nas atividades de
Procedimentos Ambulatoriais de alto custo -
tratamento dora de domicílio, aquisição de
APA, a ser em Ordem de Serviços especifica e
medicamentos especiais e provisão de órteses de
sua emissão exclusivamente por (não
órteses ambulatoriais, em programação
credenciado pelo sistema e sem vínculo com
aprovada pela Comissão Bipartite.
prestador de conveniado ou contratado)
encarregado pelo gestor para este fim. 3.1.4.1. O FAE será calculado da seguinte
forma:
3.1.2. A Unidade de Cobertura
Ambulatorial - UCA, destinada a definir os - calcula-se o valor correspondente a 5%
valores a serem repassados aos estudos Distrito da UCA do estado;
e município é fixada através de resolução da - este valor é multiplicado pelo nº de
Secretaria de Assistência á Saúde/MS, habitantes do estado;
considerando a classificação dos estudos, com
base nas características da população, - o valor mensal a ser transferido
capacidade instalada, complexidade da rede, corresponde a um duodécimo do
desempenho financeiro e desempenho da montante encontrado.
auditoria estadual do ano anterior, ouvido a 3.1.5. A base de cálculo para o
Comissão Tripartite e aprovada pelo Conselho estabelecimento de teto financeiro mensal para
Nacional de Saúde. os municípios será a media de seu gasto
3.1.2.1. O valor nominal da UCA será histórico (janeiro a dezembro de 1992),
atualizado de acordo com a política de diretrizes corrigido sua capacidade potencia
orçamentárias e financeiras do Fundo Nacional l de produção (equipamento x recursos
de Saúde, como estabelecido pelo Decreto nº humanos), população adstrita e complexidade de
806, de 24/04/93. rede.
3.1.2.2. Sempre que os valores da tabela Os municípios que dispuserem de rede
de procedimentos ambulatoriais forem ambulatorial, mas sem registro anterior de
alterados, o valor nominal da UCA sofrerá produção, serão avaliados segundo a sua
alteração dentro para suprir a diferença capacidade potencial de produção, população
constada. adstrita e complexidade da rede para definição
3.1.3. Os Recursos para Cobertura dos seus tetos.
Ambulatorial - RCA, destinadas anualmente aos 3.1.5.1. Tal ajuste implica em
estados e ao Distrito Federal a título de redistribuição do volume de recursos já previsto
cobertura ambulatorial, serão obtidos através da no cálculo do RCA, não correspondendo,
multip1licação do valor da UCA pela população portanto, a um acréscimo no quantitativo
de cada Unidade da Federação. financeiro devido ao estado.

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3.1.5.2. Os valores destes tetos serão nos - valor mensal a ser transferido
mesmos percentuais que e os valores da UCA corresponde a duodécimo do montante
do estado a que pertence o município. encontrado.
3.1.6. Para os estados, o teto financeiro 3.3. O financiamento das atividades
será calculado deduzindo-se de seu RCA/mês os hospitalares dar-se-á da seguinte forma:
tetos fixados para seus municípios que
3.3.1. As atividades assistenciais
estiverem inclusos nas condições de gestão
realizadas em regime de internação hospitalar
incipiente, parcial ou semiplena (item 4,1 - Da
pelos serviços públicos e privados que integram
Operacionalização).
o Sistema único de Saúde serão custeio através
3.1.7. Os Conselhos de Saúde aprovarão do sistema de financiamento hospitalar, tendo
os critérios de programação dos quantitativos como investimento operacional o Sistema de
dos serviços, por ordem de prioridade entre Informações Hospitalares/SIH-SUS e seu
prestadores públicos, filantrópicos e privados, formulário próprio , a Autorização de Internação
assegurado o acesso ao universo de prestadores Hospitalar (AIH).
estendidos os requisitos de qualidade e
3.3.2. O teto quantitativo de AIH será
respeitadas as necessidades de cobertura
proporcional a população, cabendo as
identificadas no Plano de Saúde.
Secretarias de Saúde e aos Conselhos de Saúde
3.1.8. A programação física e o planejamento e a distribuição para os
orçamentária das atividades ambulatoriais diferentes prestadores, segundo as necessidades
deverá ser produto do trabalho conjunto dos da população, observando:
municípios e do estado na Comissão Bipartite
3.3.2.1. Para os municípios, o teto
Intergestores, sob coordenação da Secretaria
quantitativo mensal será equivalente a um
Estadual de Saúde, aprovado pelos Conselhos
duodécimo de 8% de sua população, enquanto
Municipais de Saúde e referendado pelo
para os estados será duodécimo de 2% da
Conselho Estadual de Saúde. As prioridades,
população, acrescido dos quantitativos aos seus
quetos, referências e contrarreferência devem
municípios que não estiverem inclusos nas
ser definidas com base em dados
condições de gestão incipiente, parcial, ou
epidemiológicos, características demográficas e
semiplena.
capacidade instalada, configurando uma rede
regionalizada e hierarquizada de serviços. 3.3.2.2. Tais percentuais ser modificados
por proposição da Comissão Bipartite, aprovada
3.2. O Fator de Apoio Município - FAM
no Conselho Estadual de Saúde, observado o
caracteriza-se como repasse de recursos de
limite de 10% que cabe ao estado.
custeio aos municípios enquadrados nas
condições de gestão incipiente, parcial e
semiplena. 3.3.2.3. Teto financeiro de custeio das atividades
hospitalares para estado será calculado através
- 3.2.1. O valor do FAM será obtido da
da multiplicação do quantitativo de AIH pelo
seguinte forma:
valor médio histórico da AIH no oeste (janeiro a
- calcula-se o valor correspondente a 5% dezembro de 1992), corrigido na mesma
da UCA do estado: proporção que a tabela básica de remuneração
de procedimentos hospitalares.
- este valor é multiplicado pelo nº de
habitantes do município;

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3.3.2.4. O teto financeiro de custeio das no prazo de 90 dias, através de normas
atividades hospitalares para município calculado complementares.
através da multiplicação do quantitativo de AIH
pelo valor médio da AIH no município (janeiro
de dezembro de 1992), corrigido na mesma 4. DAS CONDIÇÕES DE GESTÃO
proporção que a tabela básica de remuneração O processo de descentralização, objetivo
de procedimentos hospitalares: desta norma, dar-se-á através de diferentes
3.3.3. Os Conselhos de Saúde aprovarão sistemáticas de relacionamento entre a esfera
os critérios de programação dos quantitativos federal e as outras duas esferas político-
AIH, por ordem de prioridade entre prestadores administrativas, propiciando a convivência de
públicos, filantrópicos e privados, assegurado o situações diferenciadas no que se refere as
acesso ao universo de prestadores existentes, condições da gestão do SUS nos estados e
atendidos os requisitos de qualidade e municípios.
respeitadas as necessidades de cobertura 4.1. Sistemáticas de relacionamento para
identificadas no Plano de Saúde. municípios
3.3.4. A Comissão Bipartite, em cada 4.1.1. Condição de gestão incipiente
estado, definirá os quantitativos de AIH e o
funcionamento de uma Câmara de a) responsabilidade e prerrogativas - a
Compensação que viabilize a necessária Secretaria Municipal de Saúde assume
circulação de AIH entre os municípios, mantida imediata ou progressivamente, de acordo
gestão da Secretaria Estadual de Saúde. com suas condições técnico-operacionais,
em cronograma negociação com as
3.3.5. Os municípios poderão pleitear AIH Comissões Bipartites em cada estado, a
adicionais a Câmara de Compensação da responsabilidade sobre a contratação e
Secretaria Estadual ou a municípios vizinhos autorização do cadastramento de
para unidades que atuem referência. prestadores; programa e autoriza a
3.4. Os recursos de investimento terão sua utilização dos quantitativos de AIH e dos
alocação prevista no Plano Nacional de procedimentos ambulatoriais a serem
Prioridade em Investimento, após a avaliação, prestados por unidade: controle e avalia
negociação e compatibilização de Planos os serviços ambulatoriais e hospitalares
Municipais e Estaduais, aprovados pelos públicos e privados com ou sem fins
respectivos Conselhos de Saúde. lucrativos; demonstra disposição e
condição de assumir o gerenciamento das
3.4.1. Os estados enquadrados nas
unidades ambulatoriais públicas
condições de gestão parcial e semiplena
existentes no município; incorpora a rede
receberão prioritariamente em relação aos
de serviços ações básicas de saúde,
demais os recursos de investimento a serem por
nutrição, educação, vigilância
eles gerenciados em consonância com a política
epidemiológica e sanitária; desenvolve
nacional de investimento em saúde e
ações de vigilância de ambientes e
obedecendo o plano estadual de prioridades em
processos de trabalho e de assistência e
investimento.
reabilitando do trabalho e do portador de
3.5. O financiamento de ações de doença ocasionada pelo trabalho.
vigilância em saúde e outras ações será definido

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b) requisitos - para o enquadramento e Hospital - FCH, assinada pelo gestor
permanência nesta situação são municipal do SUS;
indispensáveis os itens b1, b2 e b3 e no
c2) as unidades ambulatoriais serão
quer for pertinente as responsabilidades
cadastradas através da Ficha de Cadastro
prerrogativas por ele assumidas,
Ambulatorial - FCA, assinada pelo gestor
município deve:
municipal do SUS;
b1) manifestar a Comissão Bipartite o
c3) a programação de cotas de
interesse em assumir as responsabilidades
Autorização de Internação Hospitalar -
caracterizadas nesta condição;
AIH será feita pela Secretaria Municipal
b2) dispor de Conselho Municipal de de Saúde, e aprovada pelo Conselho
Saúde em funcionamento, comprovado Municipal de Saúde;
semestralmente pela apresentação de atas
c4) a emissão da AIH será autorizada
das reuniões:
exclusivamente por médico encarregado
b3) dispor de Fundo Municipal de Saúde para este fim pelo gestor municipal,
uma Conta Espacial, comprovada respeitadas as restrições do item 4.1.1.b6;
semestralmente por extratos bancários;
c5) em relação aos serviços ambulatoriais,
b4) encaminhar a Comissão Bipartite a a Ficha de Programação Físico
proposta de incorporação das unidades Orçamentária - FPO será preenchida sob a
ambulatoriais públicas estaduais ou responsabilidade da Secretaria Municipal
federais ainda não cedidas município, de Saúde e a totalização dos montantes
para assumir o seu referenciamento; orçado por unidade, aprovados pelo
Conselho Municipal de Saúde;
b5) dispor de médico responsável emissão
das autorizações de internações c6) as unidades ambulatoriais
hospitalares, que não seja credenciado encaminharão, mensalmente, as
pelo sistema nem tenha vínculo com Secretarias Municipais de Saúde o
conveniador conveniado ou contrato. Boletim de Proteção Ambulatorial - BPA.
O BPA e o Boletim de Diferença de
b6) dispor de condições técnicas e
Pagamento - BDP serão assinados pelo
materiais para programar, acompanhar e
gestor municipal que, com este ato,
controlar a prestação de serviços;
responderá pela veracidade dos dados
b7) manter o registro e a remessa mensal nele contidos;
de dados para manutenção e atualização
c7) os hospitais deverão apresentar,
dos bancos de dados de nascido vivo,
mensalmente, as AIH utilizadas a
mortalidade, doenças de notificação
Secretaria Municipal de Saúde que se
compulsória, registro estabelecimentos e
encarregara de verificá-las e encaminhá-
produtos de interesse para a saúde, bem
las ao Ministério de Saúde para
como de outros que venham a ser
pagamento, com uma cópia a Secretaria
definidos pelas esferas federal e estadual.
Estadual de Saúde.
c) operacionalização:
4.1.2. Condição de gestão parcial
c1) as unidades hospitalares serão
cadastradas através da Ficha Cadastral de

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a) responsabilidade e prerrogativas – a b4) dispor de Fundo Municipal de Saúde
Secretaria Municipal de Saúde assume a em funcionamento, comprovado
responsabilidade sobre a autorização do semestralmente por extratos bancários;
cadastramento de prestadores; assume a
b5) dispor de condições técnicas e
programação e autoriza a utilização dos
materiais para programar, acompanhar e
quantitativos de AIH e procedimento
controlar a prestação de serviços;
ambulatoriais a serem prestados por
unidade; controla e avalia os serviços b6) dispor de medida responsável pela
ambulatoriais e hospitalares públicos e emissão das autorizações de internações
provados; assume o gerenciamento das hospitalares, que não seja credenciado
unidades ambulatoriais públicas pelo sistema nem tenha vínculo com
existentes no município; incorpora a rede prestador conveniado ou contratado.
de serviços ações básicas de saúde, b7) apresentar anualmente a Comissão
nutrição, educação de vigilância Bipartite o Plano Municipal de Saúde
epidemiológica e sanitária; assume a atualizado;
formulação, execução das ações de
vigilância de ambientes e processos de b8) apresentar anualmente a Comissão
trabalho e de assistência e reabilitação do Bipartite Relatório de Gestão atualizado;
acidentado do trabalho de doença b9) comprovar anualmente a Comissão
ocasionada pelo trabalho; recebe Bipartite a contrapartida de recursos
mensalmente recursos financeiros própria do Tesouro Municipal para a
correspondentes diferença entre o teto saúde;
financeiro estabelecido e o pagamento
efetuado diretamente pela esfera federal b10) apresentar a Comissão Bipartite
as unidades hospitalares e ambulatoriais comprovante da existência de comissão
públicas e privadas existentes no de elaboração do Plano de Carreira,
município. Cargos e Salários (PCCS) da saúde para o
município, ou o plano já elaborado;
b) requisito – para o enquadramento e
permanência nesta situação o município b11) manter o registro e a remessa de
deve: dados para manutenção e atualização dos
Bancos de dados de nascido vivo,
b1) manifestar a Comissão Bipartite o mortalidade, doenças de notificação
interesse em assumir as responsabilidades compulsória, registro de estabelecimentos
caracterizadas nesta condição; e produtos de interesse para saúde, bem
b2) encaminhar a Comissão Bipartite a como de outros que venham a ser
proposta de incorporação das unidades definidos pelas esferas federal e estadual.
ambulatoriais públicas estaduais ou c) operacionalização:
federais ainda não cedidas ao município;
c1) as unidades hospitalares serão
b3) dispor de Conselho Municipal de cadastradas através de Ficha Cadastral de
Saúde em funcionamento, comprovado Hospital – FCH, assinada pelo gestor
semestralmente pela apresentação de atas municipal do SUS;
das reuniões;

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c2) as unidades ambulatoriais serão respectiva prestação de contas, serão
cadastradas através da Ficha de Cadastro feitos conforme legislação vigente.
Ambulatorial -FCA, assinada pelo gestor
4.1.3. Condição de gestão semiplena
municipal do SUS;
a) responsabilidades e prerrogativas - a
c3) a programação da cota de Autorização
Secretaria Municipal de Saúde assume a
de Internação Hospitalar – AIH será feita
completa responsabilidade sobre a gestão
pela Secretaria Municipal de Saúde e
da prestação de serviços; planejamento,
aprovada pelo Conselho Municipal de
cadastramento, contratação, controle e
Saúde;
pagamento de prestadores ambulatoriais e
c4) a emissão da AIH será autorizada hospitalares, públicos e privados; assume
exclusivamente por médico encarregado o gerenciamento de toda a rede pública
para fim pelo gestor municipal, existente no município, exceto unidades
respeitadas as restrições do item 4.1.2.b6; hospitalares de referência sob gestão
estadual; assume a execução e controle
c5) em relação aos serviços ambulatoriais,
das ações básicas de saúde, nutrição e
a Ficha de Programação Físico,
educação, de vigilância epidemiológica,
Orçamentária – FPO será preenchida sob
de vigilância sanitária e de saúde do
a responsabilidade da Secretaria
trabalhador no seu território, conforme
Municipal de Saúde e a totalização dos
definido na Comissão Bipartite; recebe
montantes orçado por unidade aí incluídas
mensalmente o total dos recursos
as federais ou estaduais remanescentes,
financeiros para custeio correspondentes
aprovada pelo Conselho Municipal de
aos tetos ambulatorial e hospitalar
Saúde;
estabelecidos.
c6) as unidades ambulatoriais privadas ou
b) requisitos para enquadramento e
públicas incluindo as unidades federais ou
permanência nesta situação o município
estadias remanescentes em seu território,
deve:
apresentarão mensalmente a Secretaria
Municipal de Saúde o Boletim de b1) manifestar a Comissão Bipartite o
Produção Ambulatorial - BPA. O BPA e o interesse em assumir as responsabilidades
Boletim de Diferença de Pagamento - caracterizadas nesta condição:
BDP serão assinados pelo gestor
b2) dispor de condições técnicas e
municipal que, com este ato, responderá
materiais para assumi-las;
pela veracidade dos dados nele contidos;
b3) dispor de Conselho Municipal de
c7) os hospitais deverão apresentar,
Saúde em funcionamento, comprovado
mensalmente, as AIH utilizadas a
semestralmente pela apresentação de atas
Secretaria Municipal de Saúde, que se
das reuniões;
encarregará de verificá-las e encaminhá-
las ao Ministério da Saúde para b4) dispor de Fundo Municipal de Saúde
pagamento, com cópia a Secretaria em funcionamento, comprovado
Estadual de Saúde; semestralmente por extratos bancários;

c8) repasse financeiro dos saldos aos tetos


ambulatorial e hospitalar, bem como a

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b5) apresentar anualmente a Comissão operacionais, incluído o processamento de
Bipartite o Plano Municipal de Saúde dados pertinentes, serão definidos pelos
atualizado; municípios, observava necessidade de
manutenção dos bancos de dados
b6) apresentar anualmente a Comissão
estaduais e federais.
Bipartite Relatório de Gestão Atualizado;
c2) o repasse financeiro dos recursos
b7) comprovar anualmente a Comissão
relativos aos tetos ambulatorial e
Bipartite contrapartida de recursos
hospitalar, bem como a respectiva
próprios do Tesouro Municipal para a
prestação de contas, feito conforme
saúde;.
legislação em vigor.
b8) apresentar a Comissão Bipartite
4.1.4. Os municípios que, por avalização
comprovante de existência da comissão
da Comissão Bipartite, não tenham condições
de elaboração do Plano de Carreira,
técnicas e materiais para enquadramento em
Cargos e Salário (PCCS) da Saúde para o
nenhuma das condições descritas serão alvo de
município, ou plano ja elaborado;
um programa de capacitação sob
b9) apresentar a Comissão Bipartite os responsabilidade do estado, para que possam
indicadores de resultados com que se assumir gradativamente as responsabilidades e
compromete a ser avaliado. O prerrogativas que caracterizam a condição de
descumprimento por dois anos sucessivos, gestão incipiente, que venham a cumprir os
atestado pela Comissão Bipartite, requisitos para sua inclusão nesta sistemática.
determina a perda da condição;
4.1.5. Estas condições aplicam-se tão
b10) Os processos de habilitação de somente a municípios, o que não a formação de
municípios a condição semiplena, consórcios ou modalidades afins que visem a
aprovados pela Comissão Bipartite, serão ampliação de possibilidades políticas, técnicas e
apreciados pela Comissão Tripartite, a materiais do sistema de saúde.
qual caberá a seleção final, respeitadas as
4.2. Sistemáticas de relacionamento para
restrições financeiras.
os estados
b11) manter o registro e a remessa mensal
4.2.1. Condição de gestão parcial
de dados para manutenção e atualização
dos bancos de dados de nascido vivo, a) responsabilidade e prerrogativas – a
mortalidade, doença de notificação Secretaria Estadual de Saúde assume a
compulsória, produção e morbidade responsabilidade pela programação
hospitalar, produção ambulatorial, registro integrada com seus municípios,
de estabelecimento e produção. abrangendo manutenção de serviços e
investimentos, além da gestão dos
b12) manter permanentemente o Sistema
recursos de investimentos próprios e os
de Informações Ambulatoriais – SIA/SUS
transferidos pela esfera federal,
e o Sistema de Informações Hospitalares
respeitadas as responsabilidades e
– SIH/SUS;
prerrogativas dos municípios inclusos nas
c) operacionalização: condições de gestão incipiente, parcial e
c1) nesta condição, os instrumentos semiplena, a Secretaria Estadual de Saúde
relativos a todos os procedimentos assume cadastramento, programação,

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distribuição de cotas ambulatoriais e b5) dispor de Comissão Bipartite em
hospitalares, controle e avaliação da rede atividades, comprovada semestralmente
de serviços públicos e privados; coordena por apresentação de atas das reuniões;
a rede de referência estadual e os sistemas
b6) apresentar anualmente a Comissão
de alta complexidade; formula e coordena
Tripartite o Plano Estadual de Saúde
as políticas relativas ao tratamento fora de
atualizado;
domicílio, órteses e próteses
ambulatoriais e medicamentos especiais; b7) apresentar anualmente a Comissão
no seu âmbito, as ações de vigilância Tripartite Relatório de Gestão atualização;
epidemiológica, os hemocentros e a rede b8) comprovar anualmente a Comissão
de laboratórios de saúde; assume a Tripartite a contrapartida de recursos
formulação, execução e controle das próprios do Tesouro Estadual para a
ações de vigilância de ambientes e saúde;
processos de trabalho e de assistência e
reabilitação do acidentado do trabalho e b9) apresentar Tripartite o Plano de
do portador de doença ocasionada pelo Carreira, Cargos e Salários (PCCS) da
trabalho; recebe mensalmente recursos saúde para o estado, ou plano já
financeiros correspondentes a diferença elaborado;
entre o teto financeiro estabelecido e o b10) apresentar anualmente a Comissão
pagamento efetuado correspondente ao Tripartite a Programação Integrada,
conjunto as unidades hospitalares e aprovada pelo órgão colegiado de
ambulatoriais próprias, contratadas gestores municipais e pelo Conselho
suplementarmente pelo estado e aquelas Estadual de Saúde;
dos municípios que não estiverem
enquadrados nas condições de gestão b11) apresentar a Comissão Tripartite
incipiente, parcial e semiplena. Terno de Compromisso, aprovado pelo
Conselho Estadual de Saúde, que
b) requisitos – para o enquadramento e contemple as metas que o gestor se
permanência nesta situação o estado deve: propõe a cumprir no período de um ano,
b1) manifestar a Comissão Tripartite o submetendo a mesma os indicadores de
interesse em assumir as responsabilidades resultados com que se compromete a ser
caracterizadas nesta condição; avaliado. Dois descumprimentos
sucessivos determinam a perda da
b2) dispor de condições técnicas e condição;
materiais para assumi-las;
b12) manter permanentemente o Sistema
b3) dispor de Conselho Estadual de Saúde de informações Ambulatoriais - SIA/SUS
em funcionamento, comprovado e o Sistema de Informações Hospitalares -
semestralmente pela apresentação de atas SIH/SUS;
das reuniões;
B13) manter o registro e a remessa
b4) dispor de Funda Estadual de Saúde mensal de dados para manutenção e
em funcionamento, comprovado atualização dos bancos de dados de
semestralmente por extratos bancários; mortalidade, doenças de notificação
compulsória produção morbidade

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hospitalar, produção ambulatorial, registro reabilitação do acidentado trabalho e do
de estabelecimentos e produtos de portador de doença ocasionada pelo
interesse para a saúde, bem como de trabalho.
outros que venham a ser definidos pela
b) obrigações;
esfera federal.
b1) dispor de Conselho Estadual de Saúde
c) operacionalização:
em funcionamento;
c1) respeitados procedimentos
b2) dispor de Fundo Estadual de Saúde;
operacionais atributos aos municípios
inclusos nas condições de gestão b3) dispor de Comissão Bipartite em
incipiente, parcial e semiplena, nesta atividade;
condição, os instrumentos relativos a b4) dispor de condições técnicas e
todos os procedimentos operacionais materiais para programar, acompanhar e
serão definidos pelos estados, observando controlar a prestação de serviços;
a necessidade de manutenção dos bancos
de dados federais. b5) dispor de médico responsável pela
emissão das autorizações de internações
c2) o repasse financeiro dos recursos hospitalares, que nã seja credenciado pelo
relativos aos tetos ambulatorial e sistema nem tenho vínculo com prestador
hospitalar, bem como a respectiva conveniado ou contratado.
prestação de contas, serão feito conforme
legislação vigente. b6) manter o Sistema de Informações
Ambulatoriais - SIH/SUS;
4.3.3. Os estados que, por avalização da
Comissão Tripartite, não tenham possibilidades b11) manter o registro e a remessa mensal
técnicas e materiais para o enquadramento em de dados para manutenção e atualização
nenhuma das condições descritas permanecerão dos bancos de nascido vivo, mortalidade,
na condição de gestão incipiente, como segue; doenças e notificação compulsória,
produção ambulatorial, registro de
a) responsabilidades e prerrogativas - estacionamentos e produtos de interesse a
respeitadas as responsabilidades e saúde, bem como de outros que venham a
prerrogativas dos municípios inclusos nas ser definidos esfera federal.
condições de gestão incipiente, parcial e
semiplena, a Secretaria Estadual de Saúde c) operacionalização - respeitados os
assume a responsabilidade sobre a procedimentos operacionais atribuídos
autorização do cadastramento de aos municípios inclusos nas condições de
prestadores; programa e autorização dos gestão incipiente, parcial e semiplena;
quantitativos de AIH e dos procedimentos c1) as unidades ambulatoriais serão
ambulatoriais a serem prestados por cadastradas através da Ficha de Cadastro
unidade; controla e avalia os serviços Ambulatorial - FCA, assinada pelo gestor
ambulatoriais e hospitalares públicos e estadual do SUS;
privados com seus fins lucrativos;
coordena a execução ações de vigilância c2) as unidades ambulatoriais serão
epidemiológica e sanitária; desenvolve cadastradas através da Ficha de Cadastro
ações de vigilância de ambientes, Ambulatorial - FCA, assinalada pelo
processos de trabalho e de assistência e gestor estadual do SUS;

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c3) a distrição de cotas de Autorização de municipios em condição de gestão semiplena,
Internação Hospitalar - AIH, negociada na bem como dos saldos relativos a estes tetos para
Comissão Bipartite, será feita pela os inclusos na situação parcial, será
Secretaria Estadual de Saúde e aprovada mensalmente, obedecido a um cronograma a ser
pelo Conselho Estadual de Saúde: estabelecido pelas partes.
c4)a emissão de AIH será autorizada 5.3. No prazo de 60 dias, a partir da data
exclusivamente por médico encarregado de publicação desta norma, o Ministério da
pelo gestor estadual, respeitadas as Saúde reverá os termos de cessão de bens e de
restrições do item 4.3.3.b4; pessoal ora em vigor, bem como o convênio que
lhes dá suporte, alterando-os no que for
c5) em relação aos serviços ambulatoriais,
pertinente segundo o disposto nesta norma.
a Ficha de Programação Físico
Orçamentária - FPO será preenchida sob a 5.4. Até que seja elaborado o Plano
responsabilidade da Secretaria Estadual Nacional de Prioridades em Investimentos, com
de Saúde, e a totalização do montante base nos Planos Estaduais e Municipais, os
orçado por município aprovada pelo recursos de investimento do Ministério da
Conselho Estadual de Saúde; Saúde e de suas entidades vinculadas serão
liberados mediante apresentação de parecer dos
c6) o Boletim de Proteção Ambulatorial -
respectivos Conselhos de Saúde e de suas en
BPA e o Boletim de Diferença de
entidades vinculadas serão liberados mediante a
Pagamento - BDP serão assinados pelo
apresentação de parecer dos respectivos
gestor estadual do SUS que, com ato,
Conselhos de Saúde.
responderá pela veracidade dos dados
nele contidos; 5.5. Os recursos provenientes de serviços
prestados pelas unidades assistenciais deverão
c7) os hospitais deverão apresentar as
ser identificados nas Fundos de Saúde Estaduais
AIH utilizadas a Secretaria Estadual de
e Municipais, como receitas operacional
Saúde, que encarregar-se-á verificá-las e
provenientes da federal, e utilizados na
encaminhá-las ao Ministério da Saúde
execução de ações de saúde previstas nos
para pagamento.
respectivos Planos de Saúde.
5. DISPOSIÇÕES FINAIS
5.6. Até que sejam definidos critérios e
5.1.Até que sejam editados novos mecanismos de correção da série histórica pela
instrumentos jurídicos que regulamentem as Comissão Tripartite, o teto financeiro
transferências de recursos financeiros, materiais ambulatorial mensal para os municípios será
e humanos no Sistema Único de Saúde, deverão fixado com base na media de seu gasto histórico
ser observado as disposições legais aplicáveis (janeiro a dezembro de 1992).
aos Convênios, Acordos e Ajustes.
5.7. A Guia de Autorização de Pagamento
5.1.1. Os bens móveis e imoveis bem - GAP não será aceita para pagamento de
como os recursos humanos serão transferidos da serviços ambulatoriais, após a expiração do
esfera federal aos estados e municípios, prazo dos convênios celebrados entre INAMPS
mediante termos de cessão específicos. e estado para implantação do Sistema de
5.2. O repasse financeiro dos recursos Informações Ambulatoriais - SIA/SUS.
relativos aos tetos ambulatoriais para estado e

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5.8. O teto financeiro hospitalar para comunicado para manifestação do Conselho
municípios e estados só será estabelecido de Nacional de Saúde.
imediato para os inclusos nas condições de
5.15. Os municípios que cumpriram o
gestão parcial e semiplena.
estabelecido na Portaria nº 234/92
5.8.1. Para os demais municípios, a série (NOB-SUS/1992), os "municipalizados", serão
histórica, correspondente ao gasto realizado automaticamente incluídos na condição de
entre a data de publicação deste norma e o dia gestão parcial, desde que manifestem seu
31 de dezembro de 1993, será utilizada para a interesse por escrito ao Ministério da Saúde. No
fixação de tetos. prazo de 120 dias, a partir da data de publicação
desta norma, o município comprovará a
5.9. Com a publicação desta norma,
Comissão Bipartite o cumprimento de todos os
deixam de existir o Fator de Estimulo a
requisitos pertinentes. A não comprovação
Municipalização FEM e o Fator de Estimulo a
implica em perda temporária de condição,
Gestão Estadual - FEGE previstos na Portaria nº
cabendo a Comissão Bipartite reavaliar o caso.
234/92 (NOB-SUS/1992).
5.16. Os casos omissos deverão ser
5.10. Em cada esfera de governo, os
dirigidos nas Comissões Bipartites, no Conselho
recursos provenientes de taxas e multas
Estadual de Saúde, ou na Comissão Tripartite,
aplicadas pela vigilância sanitária deverão ser
conforme fluxo estabelecido nas Disposições
alocados no respectivo Fundo de Saúde.
Preliminares desta norma.
5.11. Os estados terão o prazo de 30 dias,
a partir da data de publicação desta norma, para
constituir a Comissão Bipartite, findo o qual a
Comissão Tripartite incumbir-se-á de avaliar o
processo de enquadramento dos municípios na
nova sistemática até que os estados se habilitem
a fazê-lo.
5.12. A partir da data de sua constituição,
a Comissão Bipartite terá o prazo de 30 dias
para submeter ao Conselho Estadual de Saúde a
proposta de critérios que orientarão o processo
de descentralização no estado.
5.13. A Comissão Bipartite terá o prazo de
30 dias, a partir da data de entrega da solicitação
de enquadramento em qualquer das condições
de gestão pelo município, para análise,
manifestação e encaminhamento ao Ministério
da Saúde.
5.14. No caso do estado que,
permanecendo na condição de gestão incipiente,
não cumprar as obrigações previstas, no prazo
de 60 dias a partir da data de publicação deste
norma, a Comissão Tripartite encaminhará

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Esses ideais foram transformados, na
Carta Magna, em direito à saúde, o que significa
NOB 96 que cada um e todos os brasileiros devem
construir e usufruir de políticas públicas −
econômicas e sociais − que reduzam riscos e
agravos à saúde. Esse direito significa,
PORTARIA Nº 2.203, DE 5 DE igualmente, o acesso universal (para todos) e
NOVEMBRO DE 1996.
equânime (com justa igualdade) a serviços e
O Ministro de Estado da Saúde, no uso de ações de promoção, proteção e recuperação da
suas atribuições, e considerando que está saúde (atendimento integral).
expirado o prazo para apresentação de
contribuições ao aperfeiçoamento da Norma A partir da nova Constituição da
Operacional Básica – NOB 1/96 do Sistema República, várias iniciativas institucionais,
Único de Saúde (SUS), o qual foi definido pela legais e comunitárias foram criando as
Portaria nº 1.742, de 30 de agosto de 1996, e condições de viabilização plena do direito à
prorrogado por recomendação da Plenária da 10ª saúde. Destacam-se, neste sentido, no âmbito
Conferência Nacional de Saúde, resolve: jurídico institucional, as chamadas Leis
Orgânicas da Saúde (Nº. 8.080/90 e 8.142/90), o
Art. 1º Aprovar, nos termos do texto anexo Decreto Nº.99.438/90 e as Normas Operacionais
a esta Portaria, a NOB 1/96, a qual redefine o Básicas (NOB), editadas em 1991 e 1993.
modelo de gestão do Sistema Único de Saúde,
constituindo, por conseguinte, instrumento Com a Lei Nº 8.080/90, fica
imprescindível à viabilização da atenção regulamentado o Sistema Único de Saúde -
integral à saúde da população e ao SUS, estabelecido pela Constituição Federal de
disciplinamento das relações entre as três 1988, que agrega todos os serviços estatais −
esferas de gestão do Sistema. das esferas federal, estadual e municipal − e os
serviços privados (desde que contratados ou
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na conveniados) e que é responsabilizado, ainda
data de sua publicação. que sem exclusividade, pela concretização dos
princípios constitucionais.
ADIB D. JATENE
As Normas Operacionais Básicas, por sua
vez, a partir da avaliação do estágio de
ANEXO implantação e desempenho do SUS, se voltam,
mais direta e imediatamente, para a definição de
1. INTRODUÇÃO
estratégias e movimentos táticos, que orientam a
Os ideais históricos de civilidade, no operacionalidade deste Sistema.
âmbito da saúde, consolidados na Constituição
2. FINALIDADE
de 1988, concretizam-se, na vivência cotidiana
do povo brasileiro, por intermédio de um A presente Norma Operacional Básica tem
crescente entendimento e incorporação de seus por finalidade primordial promover e consolidar
princípios ideológicos e doutrinários, como, o pleno exercício, por parte do poder público
também, pelo exercício de seus princípios municipal e do Distrito Federal, da função de
organizacionais. gestor da atenção à saúde dos seus munícipes
(Artigo 30, incisos V e VII, e Artigo 32,
Parágrafo 1º, da Constituição Federal), com a

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consequente redefinição das responsabilidades b) os instrumentos gerenciais para que
dos Estados, do Distrito Federal e da União, municípios e estados superem o papel exclusivo
avançando na consolidação dos princípios do de prestadores de serviços e assumam seus
SUS. respectivos papéis de gestores do SUS;
Esse exercício, viabilizado com a c) os mecanismos e fluxos de
imprescindível cooperação técnica e financeira financiamento, reduzindo progressiva e
dos poderes públicos estadual e federal, continuamente a remuneração por produção de
compreende, portanto, não só a responsabilidade serviços e ampliando as transferências de caráter
por algum tipo de prestação de serviços de global, fundo a fundo, com base em
saúde (Artigo 30, inciso VII), como, da mesma programações ascendentes, pactuadas e
forma, a responsabilidade pela gestão de um integradas;
sistema que atenda, com integralidade, à
d) a prática do acompanhamento, controle
demanda das pessoas pela assistência à saúde e
e avaliação no SUS, superando os mecanismos
às exigências sanitárias ambientais (Artigo 30,
tradicionais, centrados no faturamento de
inciso V).
serviços produzidos, e valorizando os resultados
Busca-se, dessa forma, a plena advindos de programações com critérios
responsabilidade do poder público municipal. epidemiológicos e desempenho com qualidade;
Assim, esse poder se responsabiliza como
e) os vínculos dos serviços com os seus
também pode ser responsabilizado, ainda que
usuários, privilegiando os núcleos familiares e
não isoladamente. Os poderes públicos estadual
comunitários, criando, assim, condições para
e federal são sempre co-responsáveis, na
uma efetiva participação e controle social.
respectiva competência ou na ausência da
função municipal (inciso II do Artigo 23, da
Constituição Federal). Essa responsabilidade, no 3. CAMPOS DA ATENÇÃO À SAÚDE
entanto, não exclui o papel da família, da
comunidade e dos próprios indivíduos, na A atenção à saúde, que encerra todo o
promoção, proteção e recuperação da saúde. conjunto de ações levadas a efeito pelo SUS, em
todos os níveis de governo, para o atendimento
Isso implica aperfeiçoar a gestão dos das demandas pessoais e das exigências
serviços de saúde no país e a própria ambientais, compreende três grandes campos, a
organização do Sistema, visto que o município saber:
passa a ser, de fato, o responsável imediato pelo
atendimento das necessidades e demandas de a) o da assistência, em que as atividades
saúde do seu povo e das exigências de são dirigidas às pessoas, individual ou
intervenções saneadoras em seu território. coletivamente, e que é prestada no âmbito
ambulatorial e hospitalar, bem como em outros
Ao tempo em que aperfeiçoa a gestão do espaços, especialmente no domiciliar;
SUS, esta NOB aponta para uma reordenação
do modelo de atenção à saúde, na medida em b) o das intervenções ambientais, no seu
que redefine: sentido mais amplo, incluindo as relações e as
condições sanitárias nos ambientes de vida e de
a) os papéis de cada esfera de governo e, trabalho, o controle de vetores e hospedeiros e a
em especial, no tocante à direção única; operação de sistemas de saneamento ambiental

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(mediante o pacto de interesses, as forma indissociável no SUS, em suas
normalizações, as fiscalizações e outros); e abrangências estadual e nacional.
c) o das políticas externas ao setor saúde, Os estabelecimentos desse subsistema
que interferem nos determinantes sociais do municipal, do SUS-Municipal, não precisam ser,
processo saúde-doença das coletividades, de que obrigatoriamente, de propriedade da prefeitura,
são partes importantes questões relativas às nem precisam ter sede no território do
políticas macroeconômicas, ao emprego, à município. Suas ações, desenvolvidas pelas
habitação, à educação, ao lazer e à unidades estatais (próprias, estaduais ou
disponibilidade e qualidade dos alimentos. federais) ou privadas (contratadas ou
conveniadas, com prioridade para as entidades
Convém ressaltar que as ações de política
filantrópicas), têm que estar organizadas e
setorial em saúde, bem como as administrativas
coordenadas, de modo que o gestor municipal
− planejamento, comando e controle − são
possa garantir à população o acesso aos serviços
inerentes e integrantes do contexto daquelas
e a disponibilidade das ações e dos meios para o
envolvidas na assistência e nas intervenções
atendimento integral.
ambientais. Ações de comunicação e de
educação também compõem, obrigatória e Isso significa dizer que,
permanentemente, a atenção à saúde. independentemente da gerência dos
estabelecimentos prestadores de serviços ser
Nos três campos referidos, enquadra-se,
estatal ou privada, a gestão de todo o sistema
então, todo o espectro de ações compreendidas
municipal é, necessariamente, da competência
nos chamados níveis de atenção à saúde,
do poder público e exclusiva desta esfera de
representados pela promoção, pela proteção e
governo, respeitadas as atribuições do
pela recuperação, nos quais deve ser sempre
respectivo Conselho e de outras diferentes
priorizado o caráter preventivo.
instâncias de poder. Assim, nesta NOB gerência
É importante assinalar que existem, da é conceituada como sendo a administração de
mesma forma, conjuntos de ações que uma unidade ou órgão de saúde (ambulatório,
configuram campos clássicos de atividades na hospital, instituto, fundação etc.), que se
área da saúde pública, constituídos por uma caracteriza como prestador de serviços ao
agregação simultânea de ações próprias do Sistema. Por sua vez, gestão é a atividade e a
campo da assistência e de algumas próprias do responsabilidade de dirigir um sistema de saúde
campo das intervenções ambientais, de que são (municipal, estadual ou nacional), mediante o
partes importantes as atividades de vigilância exercício de funções de coordenação,
epidemiológica e de vigilância sanitária. articulação, negociação, planejamento,
4. SISTEMA DE SAÚDE MUNICIPAL acompanhamento, controle, avaliação e
auditoria. São, portanto, gestores do SUS os
A totalidade das ações e de serviços de Secretários Municipais e Estaduais de Saúde e o
atenção à saúde, no âmbito do SUS, deve ser Ministro da Saúde, que representam,
desenvolvida em um conjunto de respectivamente, os governos municipais,
estabelecimentos, organizados em rede estaduais e federal.
regionalizada e hierarquizada, e disciplinados
segundo subsistemas, um para cada município - A criação e o funcionamento desse
o SUS-Municipal - voltado ao atendimento sistema municipal possibilitam uma grande
integral de sua própria população e inserido de responsabilização dos municípios, no que se
refere à saúde de todos os residentes em seu

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território. No entanto, possibilitam, também, um atenção integral àquela população que necessita
elevado risco de atomização desordenada dessas de um sistema que lhe é próprio.
partes do SUS, permitindo que um sistema
As instâncias básicas para a viabilização
municipal se desenvolva em detrimento de
desses propósitos integradores e
outro, ameaçando, até mesmo, a unicidade do
harmonizadores são os fóruns de negociação,
SUS. Há que se integrar, harmonizar e
integrados pelos gestores municipal, estadual e
modernizar, com eqüidade, os sistemas
federal − a Comissão Intergestores Tripartite
municipais.
(CIT) − e pelos gestores estadual e municipal −
A realidade objetiva do poder público, nos a Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Por
municípios brasileiros, é muito diferenciada, meio dessas instâncias e dos Conselhos de
caracterizando diferentes modelos de Saúde, são viabilizados os princípios de
organização, de diversificação de atividades, de unicidade e de eqüidade.
disponibilidade de recursos e de capacitação
Nas CIB e CIT são apreciadas as
gerencial, o que, necessariamente, configura
composições dos sistemas municipais de saúde,
modelos distintos de gestão.
bem assim pactuadas as programações entre
O caráter diferenciado do modelo de gestores e integradas entre as esferas de
gestão é transitório, vez que todo e qualquer governo. Da mesma forma, são pactuados os
município pode ter uma gestão plenamente tetos financeiros possíveis − dentro das
desenvolvida, levando em conta que o poder disponibilidades orçamentárias conjunturais −
constituído, neste nível, tem uma capacidade de oriundos dos recursos das três esferas de
gestão intrinsecamente igual e os seus governo, capazes de viabilizar a atenção às
segmentos populacionais dispõem dos mesmos necessidades assistenciais e às exigências
direitos. ambientais. O pacto e a integração das
programações constituem, fundamentalmente, a
A operacionalização das condições de
conseqüência prática da relação entre os
gestão, propostas por esta NOB, considera e
gestores do SUS.
valoriza os vários estágios já alcançados pelos
estados e pelos municípios, na construção de A composição dos sistemas municipais e a
uma gestão plena. ratificação dessas programações, nos Conselhos
de Saúde respectivos, permitem a construção de
Já a redefinição dos papéis dos gestores
redes regionais que, certamente, ampliam o
estadual e federal, consoante a finalidade desta
acesso, com qualidade e menor custo. Essa
Norma Operacional, é, portanto, fundamental
dinâmica contribui para que seja evitado um
para que possam exercer as suas competências
processo acumulativo injusto, por parte de
específicas de gestão e prestar a devida
alguns municípios (quer por maior
cooperação técnica e financeira aos municípios.
disponibilidade tecnológica, quer por mais
O poder público estadual tem, então, recursos financeiros ou de informação), com a
como uma de suas responsabilidades nucleares, conseqüente espoliação crescente de outros.
mediar a relação entre os sistemas municipais; o
As tarefas de harmonização, de integração
federal de mediar entre os sistemas estaduais.
e de modernização dos sistemas municipais,
Entretanto, quando ou enquanto um município
realizadas com a devida eqüidade (admitido o
não assumir a gestão do sistema municipal, é o
princípio da discriminação positiva, no sentido
Estado que responde, provisoriamente, pela
da busca da justiça, quando do exercício do
gestão de um conjunto de serviços capaz de dar

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papel redistributivo), competem, portanto, por gerente deve ocorrer somente com o gestor do
especial, ao poder público estadual. Ao federal, município onde o seu estabelecimento está
incumbe promovê-las entre as Unidades da sediado, seja para atender a população local,
Federação. seja para atender a referenciada de outros
municípios.
O desempenho de todos esses papéis é
condição para a consolidação da direção única O gestor do sistema municipal é
do SUS, em cada esfera de governo, para a responsável pelo controle, pela avaliação e pela
efetivação e a permanente revisão do processo auditoria dos prestadores de serviços de saúde
de descentralização e para a organização de (estatais ou privados) situados em seu
redes regionais de serviços hierarquizados. município. No entanto, quando um gestor
municipal julgar necessário uma avaliação
específica ou auditagem de uma entidade que
5. RELAÇÕES ENTRE OS SISTEMAS lhe presta serviços, localizada em outro
MUNICIPAIS município, recorre ao gestor estadual.
Os sistemas municipais de saúde Em função dessas peculiaridades, o
apresentam níveis diferentes de complexidade, pagamento final a um estabelecimento pela
sendo comum estabelecimentos ou órgãos de prestação de serviços requeridos na localidade
saúde de um município atenderem usuários ou encaminhados de outro município é sempre
encaminhados por outro. Em vista disso, quando feito pelo poder público do município sede do
o serviço requerido para o atendimento da estabelecimento.
população estiver localizado em outro
Os recursos destinados ao pagamento das
município, as negociações para tanto devem ser
diversas ações de atenção à saúde prestadas
efetivadas exclusivamente entre os gestores
entre municípios são alocados, previamente,
municipais.
pelo gestor que demanda esses serviços, ao
Essa relação, mediada pelo estado, tem município sede do prestador. Este município
como instrumento de garantia a programação incorpora os recursos ao seu teto financeiro. A
pactuada e integrada na CIB regional ou orçamentação é feita com base na programação
estadual e submetida ao Conselho de Saúde pactuada e integrada entre gestores, que,
correspondente. A discussão de eventuais conforme já referido, é mediada pelo estado e
impasses, relativos à sua operacionalização, aprovada na CIB regional e estadual e no
deve ser realizada também no âmbito dessa respectivo Conselho de Saúde.
Comissão, cabendo, ao gestor estadual, a
Quando um município, que demanda
decisão sobre problemas surgidos na execução
serviços a outro, ampliar a sua própria
das políticas aprovadas. No caso de recurso, este
capacidade resolutiva, pode requerer, ao gestor
deve ser apresentado ao Conselho Estadual de
estadual, que a parte de recursos alocados no
Saúde (CES).
município vizinho seja realocada para o seu
Outro aspecto importante a ser ressaltado município.
é que a gerência (comando) dos
Esses mecanismos conferem um caráter
estabelecimentos ou órgãos de saúde de um
dinâmico e permanente ao processo de
município é da pessoa jurídica que opera o
negociação da programação integrada, em
serviço, sejam estes estatais (federal, estadual ou
particular quanto à referência intermunicipal.
municipal) ou privados. Assim, a relação desse

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6. PAPEL DO GESTOR ESTADUAL c) programação, acompanhamento,
controle e avaliação;
São identificados quatro papéis básicos
para o estado, os quais não são, d) apropriação de custos e avaliação
necessariamente, exclusivos e seqüenciais. A econômica;
explicitação a seguir apresentada tem por
e) desenvolvimento de recursos humanos;
finalidade permitir o entendimento da função
estratégica perseguida para a gestão neste nível f) desenvolvimento e apropriação de
de Governo. ciência e tecnologias; e

O primeiro desses papéis é exercer a g) comunicação social e educação em


gestão do SUS, no âmbito estadual. saúde.

O segundo papel é promover as condições O desenvolvimento desses sistemas, no


e incentivar o poder municipal para que assuma âmbito estadual, depende do pleno
a gestão da atenção a saúde de seus munícipes, funcionamento do CES e da CIB, nos quais se
sempre na perspectiva da atenção integral. viabilizam a negociação e o pacto com os
diversos atores envolvidos. Depende,
O terceiro é assumir, em caráter transitório
igualmente, da ratificação das programações e
(o que não significa caráter complementar ou
decisões relativas aos tópicos a seguir
concorrente), a gestão da atenção à saúde
especificados:
daquelas populações pertencentes a municípios
que ainda não tomaram para si esta a) plano estadual de saúde, contendo as
responsabilidade. estratégias, as prioridades e as respectivas metas
de ações e serviços resultantes, sobretudo, da
As necessidades reais não atendidas são
integração das programações dos sistemas
sempre a força motriz para exercer esse papel,
municipais;
no entanto, é necessário um esforço do gestor
estadual para superar tendências históricas de b) estruturação e operacionalização do
complementar a responsabilidade do município componente estadual do Sistema Nacional de
ou concorrer com esta função, o que exige o Auditoria;
pleno exercício do segundo papel. c) estruturação e operacionalização dos
Finalmente, o quarto, o mais importante e sistemas de processamento de dados, de
permanente papel do estado é ser o promotor da informação epidemiológica, de produção de
harmonização, da integração e da modernização serviços e de insumos críticos;
dos sistemas municipais, compondo, assim, o d) estruturação e operacionalização dos
SUSEstadual. sistemas de vigilância epidemiológica, de
O exercício desse papel pelo gestor requer vigilância sanitária e de vigilância alimentar e
a configuração de sistemas de apoio logístico e nutricional;
de atuação estratégica que envolvem e) estruturação e operacionalização dos
responsabilidades nas três esferas de governo e sistemas de recursos humanos e de ciência e
são sumariamente caracterizados como de: tecnologia;
a) informação informatizada; f) elaboração do componente estadual de
b) financiamento; programações de abrangência nacional, relativas

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a agravos que constituam riscos de Da mesma forma que no âmbito estadual,
disseminação para além do seu limite territorial; o exercício dos papéis do gestor federal requer a
configuração de sistemas de apoio logístico e de
g) elaboração do componente estadual da
atuação estratégica, que consolidam os sistemas
rede de laboratórios de saúde pública;
estaduais e propiciam, ao SUS, maior eficiência
h) estruturação e operacionalização do com qualidade, quais sejam:
componente estadual de assistência
a) informação informatizada;
farmacêutica;
b) financiamento;
i) responsabilidade estadual no tocante à
prestação de serviços ambulatoriais e c) programação, acompanhamento,
hospitalares de alto custo, ao tratamento fora do controle e avaliação;
domicílio e à disponibilidade de medicamentos
d) apropriação de custos e avaliação
e insumos especiais, sem prejuízo das
econômica;
competências dos sistemas municipais;
e) desenvolvimento de recursos humanos;
j) definição e operação das políticas de
sangue e hemoderivados; e f) desenvolvimento e apropriação de
ciência e tecnologias; e
k) manutenção de quadros técnicos
permanentes e compatíveis com o exercício do g) comunicação social e educação em
papel de gestor estadual; saúde.

l) implementação de mecanismos visando O desenvolvimento desses sistemas


a integração das políticas e das ações de depende, igualmente, da viabilização de
relevância para a saúde da população, de que negociações com os diversos atores envolvidos
são exemplos aquelas relativas a saneamento, e da ratificação das programações e decisões, o
recursos hídricos, habitação e meio ambiente. que ocorre mediante o pleno funcionamento do
Conselho Nacional de Saúde (CNS) e da CIT.
7. PAPEL DO GESTOR FEDERAL
Depende, além disso, do
No que respeita ao gestor federal, são
redimensionamento da direção nacional do
identificados quatro papéis básicos, quais sejam:
Sistema, tanto em termos da estrutura, quanto de
a) exercer a gestão do SUS, no âmbito agilidade e de integração, como no que se refere
nacional; às estratégias, aos mecanismos e aos
instrumentos de articulação com os demais
b) promover as condições e incentivar o
níveis de gestão, destacando-se:
gestor estadual com vistas ao desenvolvimento
dos sistemas municipais, de modo a conformar a) a elaboração do Plano Nacional de
o SUS-Estadual; Saúde, contendo as estratégias, as prioridades
nacionais e as metas da programação integrada
c) fomentar a harmonização, a integração
nacional, resultante, sobretudo, das
e a modernização dos sistemas estaduais
programações estaduais e dos demais órgãos
compondo, assim, o SUS-Nacional; e
governamentais, que atuam na prestação de
d) exercer as funções de normalização e serviços, no setor saúde;
de coordenação no que se refere à gestão
b) a viabilização de processo permanente
nacional do SUS.
de articulação das políticas externas ao setor, em

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especial com os órgãos que detém, no seu a flexibilização do seu uso diferenciado pelos
conjunto de atribuições, a responsabilidade por gestores estaduais e municipais, segundo
ações atinentes aos determinantes sociais do prioridades locais e ou regionais;
processo saúde-doença das coletividades;
i) o incentivo aos gestores estadual e
c) o aperfeiçoamento das normas municipal ao pleno exercício das funções de
consubstanciadas em diferentes instrumentos controle, avaliação e auditoria, mediante o
legais, que regulamentam, atualmente, as desenvolvimento e a implementação de
transferências automáticas de recursos instrumentos operacionais, para o uso das
financeiros, bem como as modalidades de esferas gestoras e para a construção efetiva do
prestação de contas; Sistema Nacional de Auditoria;
d) a definição e a explicitação dos fluxos j) o desenvolvimento de atividades de
financeiros próprios do SUS, frente aos órgãos educação e de comunicação social;
governamentais de controle interno e externo e
k) o incremento da capacidade reguladora
aos Conselhos de Saúde, com ênfase na
da direção nacional do SUS, em relação aos
diferenciação entre as transferências
sistemas complementares de prestação de
automáticas a estados e municípios com função
serviços ambulatoriais e hospitalares de alto
gestora;
custo, de tratamento fora do domicílio, bem
e) a criação e a consolidação de critérios e assim de disponibilidade de medicamentos e
mecanismos de alocação de recursos federais e insumos especiais;
estaduais para investimento, fundados em
l) a reorientação e a implementação dos
prioridades definidas pelas programações e
sistemas de vigilância epidemiológica, de
pelas estratégias das políticas de reorientação do
vigilância sanitária, de vigilância alimentar e
Sistema;
nutricional, bem como o redimensionamento
f) a transformação nos mecanismos de das atividades relativas à saúde do trabalhador e
financiamento federal das ações, com o às de execução da vigilância sanitária de portos,
respectivo desenvolvimento de novas formas de aeroportos e fronteiras;
informatização, compatíveis à natureza dos
m) a reorientação e a implementação dos
grupos de ações, especialmente as básicas, de
diversos sistemas de informações
serviços complementares e de procedimentos de
epidemiológicas, bem assim de produção de
alta e média complexidade, estimulando o uso
serviços e de insumos críticos;
dos mesmos pelos gestores estaduais e
municipais; n) a reorientação e a implementação do
sistema de redes de laboratórios de referência
g) o desenvolvimento de sistemáticas de
para o controle da qualidade, para a vigilância
transferência de recursos vinculada ao
sanitária e para a vigilância epidemiológica;
fornecimento regular, oportuno e suficiente de
informações específicas, e que agreguem o o) a reorientação e a implementação da
conjunto de ações e serviços de atenção à saúde, política nacional de assistência farmacêutica;
relativo a grupos prioritários de eventos vitais p) o apoio e a cooperação a estados e
ou nosológicos; municípios para a implementação de ações
h) a adoção, como referência mínima, das voltadas ao controle de agravos, que constituam
tabelas nacionais de valores do SUS, bem assim risco de disseminação nacional;

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q) a promoção da atenção à saúde das Secretários Municipais de Saúde
populações indígenas, realizando, para tanto, as (CONASEMS).
articulações necessárias, intra e intersetorial;
A CIB, composta igualmente de forma
r) a elaboração de programação nacional, paritária, é integrada por representação da
pactuada com os estados, relativa à execução de Secretaria Estadual de Saúde (SES) e do
ações específicas voltadas ao controle de vetores Conselho Estadual de Secretários Municipais de
responsáveis pela transmissão de doenças, que Saúde (COSEMS) ou órgão equivalente. Um
constituem risco de disseminação regional ou dos representantes dos municípios é o Secretário
nacional, e que exijam a eventual intervenção do de Saúde da Capital. A Bipartite pode operar
poder federal; com subcomissões regionais.
s) a identificação dos serviços estaduais e As conclusões das negociações pactuadas
municipais de referência nacional, com vistas ao na CIT e na CIB são formalizadas em ato
estabelecimento dos padrões técnicos da próprio do gestor respectivo. Aquelas referentes
assistência à saúde; a matérias de competência dos Conselhos de
Saúde, definidas por força da Lei Orgânica,
t) a estimulação, a indução e a
desta NOB ou de resolução específica dos
coordenação do desenvolvimento científico e
respectivos Conselhos são submetidas
tecnológico no campo da saúde, mediante
previamente a estes para aprovação. As demais
interlocução crítica das inovações científicas e
resoluções devem ser encaminhadas, no prazo
tecnológicas, por meio da articulação intra e
máximo de 15 dias decorridos de sua
intersetorial;
publicação, para conhecimento, avaliação e
u) a participação na formulação da política eventual recurso da parte que se julgar
e na execução das ações de saneamento básico. prejudicada, inclusive no que se refere à
habilitação dos estados e municípios às
condições de gestão desta Norma.
8. DIREÇÃO E ARTICULAÇÃO
9. BASES PARA UM NOVO MODELO
A direção do Sistema Único de Saúde DE ATENÇÃO À SAÚDE
(SUS), em cada esfera de governo, é composta
pelo órgão setorial do poder executivo e pelo A composição harmônica, integrada e
respectivo Conselho de Saúde, nos termos das modernizada do SUS visa, fundamentalmente,
Leis Nº 8.080/90 e Nº 8.142/1990. atingir a dois propósitos essenciais à
concretização dos ideais constitucionais e,
O processo de articulação entre os portanto, do direito à saúde, que são:
gestores, nos diferentes níveis do Sistema,
ocorre, preferencialmente, em dois colegiados a) a consolidação de vínculos entre
de negociação: a Comissão Intergestores diferentes segmentos sociais e o SUS; e
Tripartite (CIT) e a Comissão Intergestores b) a criação de condições elementares e
Bipartite (CIB). fundamentais para a eficiência e a eficácia
A CIT é composta, paritariamente, por gerenciais, com qualidade.
representação do Ministério da Saúde (MS), do O primeiro propósito é possível porque,
Conselho Nacional de Secretários Estaduais de com a nova formulação dos sistemas
Saúde (CONASS) e do Conselho Nacional de municipais, tanto os segmentos sociais,
minimamente agregados entre si com

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sentimento comunitário − os munícipes −, c) a programação pactuada, com a
quanto a instância de poder político- correspondente orçamentação participativa.
administrativo, historicamente reconhecida e
Os elementos, acima apresentados,
legitimada − o poder municipal − apropriam-se
contribuem para um gerenciamento que conduz
de um conjunto de serviços bem definido, capaz
à obtenção de resultados efetivos, a despeito da
de desenvolver uma programação de atividades
indisponibilidade de estímulos de um mercado
publicamente pactuada. Com isso, fica bem
consumidor espontâneo. Conta, no entanto, com
caracterizado o gestor responsável; as atividades
estímulos agregados, decorrentes de um
são gerenciadas por pessoas perfeitamente
processo de gerenciamento participativo e,
identificáveis; e os resultados mais facilmente
sobretudo, da concreta possibilidade de
usufruídos pela população.
comparação com realidades muito próximas,
O conjunto desses elementos propicia uma representadas pelos resultados obtidos nos
nova condição de participação com vínculo, sistemas vizinhos.
mais criativa e realizadora para as pessoas, e
A ameaça da ocorrência de gastos
que acontece não-somente nas instâncias
exagerados, em decorrência de um processo de
colegiadas formais − conferências e conselhos −
incorporação tecnológica acrítico e desregulado,
mas em outros espaços constituídos por
é um risco que pode ser minimizado pela
atividades sistemáticas e permanentes, inclusive
radicalização na reorganização do SUS: um
dentro dos próprios serviços de atendimento.
Sistema regido pelo interesse público e
Cada sistema municipal deve materializar, balizado, por um lado, pela exigência da
de forma efetiva, a vinculação aqui explicitada. universalização e integralidade com eqüidade e,
Um dos meios, certamente, é a instituição do por outro, pela própria limitação de recursos,
cartão SUS-MUNICIPAL, com numeração que deve ser programaticamente respeitada.
nacional, de modo a identificar o cidadão com o
Esses dois balizamentos são objeto da
seu sistema e agregá-lo ao sistema nacional.
programação elaborada no âmbito municipal, e
Essa numeração possibilita uma melhor
sujeita à ratificação que, negociada e pactuada
referência intermunicipal e garante o
nas instâncias estadual e federal, adquire a
atendimento de urgência por qualquer serviço de
devida racionalidade na alocação de recursos em
saúde, estatal ou privado, em todo o País. A
face às necessidades.
regulamentação desse mecanismo de vinculação
será objeto de discussão e aprovação pelas Assim, tendo como referência os
instâncias colegiadas competentes, com propósitos anteriormente explicitados, a
conseqüente formalização por ato do MS. presente Norma Operacional Básica constitui
um importante mecanismo indutor da
O segundo propósito é factível, na medida
conformação de um novo modelo de atenção à
em que estão perfeitamente identificados os
saúde, na medida em que disciplina o processo
elementos críticos essenciais a uma gestão
de organização da gestão desta atenção, com
eficiente e a uma produção eficaz, a saber:
ênfase na consolidação da direção única em
a) a clientela que, direta e imediatamente, cada esfera de governo e na construção da rede
usufrui dos serviços; regionalizada e hierarquizada de serviços.
b) o conjunto organizado dos Essencialmente, o novo modelo de
estabelecimentos produtores desses serviços; e atenção deve resultar na ampliação do enfoque
do modelo atual, alcançando-se, assim, a efetiva

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integralidade das ações. Essa ampliação é essencial em qualquer nível ou ação, na medida
representada pela incorporação, ao modelo em que permitem a compreensão globalizadora
clínico dominante (centrado na doença), do a ser perseguida, e fundamentam a negociação
modelo epidemiológico, o qual requer o necessária à mudança e à associação de
estabelecimento de vínculos e processos mais interesses conscientes. É importante, nesse
abrangentes. âmbito, a valorização da informação
informatizada.
O modelo vigente, que concentra sua
atenção no caso clínico, na relação Além da ampliação do objeto, da mudança
individualizada entre o profissional e o paciente, do método e da tecnologia predominantes,
na intervenção terapêutica armada (cirúrgica ou enfoque central deve ser dado à questão da
medicamentosa) específica, deve ser associado, ética. O modelo vigente – assentado na lógica
enriquecido, transformado em um modelo de da clínica – baseia-se, principalmente, na ética
atenção centrado na qualidade de vida das do médico, na qual a pessoa (o seu objeto)
pessoas e do seu meio ambiente, bem como na constitui o foco nuclear da atenção.
relação da equipe de saúde com a comunidade,
O novo modelo de atenção deve perseguir
especialmente, com os seus núcleos sociais
a construção da ética do coletivo que incorpora
primários – as famílias. Essa prática, inclusive,
e transcende a ética do individual. Dessa forma
favorece e impulsiona as mudanças globais,
é incentivada a associação dos enfoques clínico
intersetoriais.
e epidemiológico. Isso exige, seguramente, de
O enfoque epidemiológico atende ao um lado, a transformação na relação entre o
compromisso da integralidade da atenção, ao usuário e os agentes do sistema de saúde
incorporar, como objeto das ações, a pessoa, o (restabelecendo o vínculo entre quem presta o
meio ambiente e os comportamentos serviço e quem o recebe) e, de outro, a
interpessoais. Nessa circunstância, o método intervenção ambiental, para que sejam
para conhecimento da realidade complexa e para modificados fatores determinantes da situação
a realização da intervenção necessária de saúde.
fundamenta-se mais na síntese do que nas
Nessa nova relação, a pessoa é estimulada
análises, agregando, mais do que isolando,
a ser agente da sua própria saúde e da saúde da
diferentes fatores e variáveis.
comunidade que integra. Na intervenção
Os conhecimentos − resultantes de ambiental, o SUS assume algumas ações
identificações e compreensões − que se faziam específicas e busca a articulação necessária com
cada vez mais particularizados e isolados (com outros setores, visando a criação das condições
grande sofisticação e detalhamento analítico) indispensáveis à promoção, à proteção e à
devem possibilitar, igualmente, um grande recuperação da saúde.
esforço de visibilidade e entendimento
integrador e globalizante, com o aprimoramento
dos processos de síntese, sejam lineares, 10.FINANCIAMENTO DAS AÇÕES E
sistêmicos ou dialéticos. SERVIÇOS DE SAÚDE

Além da ampliação do objeto e da 10.1.Responsabilidades


mudança no método, o modelo adota novas O financiamento do SUS é de
tecnologias, em que os processos de educação e responsabilidade das três esferas de governo e
de comunicação social constituem parte

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cada uma deve assegurar o aporte regular de específica para financiamento do SUS -a
recursos, ao respectivo fundo de saúde. Contribuição Provisória sobre Movimentações
Financeiras - está criada, ainda que em caráter
Conforme determina o Artigo 194 da
provisório. A solução definitiva depende de uma
Constituição Federal, a Saúde integra a
reforma tributária que reveja esta e todas as
Seguridade Social, juntamente com a
demais bases tributárias e financeiras do
Previdência e a Assistência Social. No inciso VI
Governo, da Seguridade e, portanto, da Saúde.
do parágrafo único desse mesmo Artigo, está
determinado que a Seguridade Social será Nas esferas estadual e municipal, além
organizada pelo poder público, observada a dos recursos oriundos do respectivo Tesouro, o
“diversidade da base de financiamento”. financiamento do SUS conta com recursos
transferidos pela União aos Estados e pela
Já o Artigo 195 determina que a
União e Estados aos Municípios. Esses recursos
Seguridade Social será financiada com recursos
devem ser previstos no orçamento e
provenientes dos orçamentos da União, dos
identificados nos fundos de saúde estadual e
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e
municipal como receita operacional proveniente
de Contribuições Sociais.
da esfera federal e ou estadual e utilizados na
10.2. Fontes execução de ações previstas nos respectivos
As principais fontes específicas da planos de saúde e na PPI.
Seguridade Social incidem sobre a Folha de 10.3.Transferências Intergovernamentais e
Salários (Fonte 154), o Faturamento (Fonte 153 Contrapartidas
- COFINS) e o Lucro (Fonte 151 - Lucro
As transferências, regulares ou eventuais,
Líquido).
da União para estados, municípios e Distrito
Até 1992, todas essas fontes integravam o Federal estão condicionadas à contrapartida
orçamento do Ministério da Saúde e ainda havia destes níveis de governo, em conformidade com
aporte significativo de fontes fiscais (Fonte 100 as normas legais vigentes (Lei de Diretrizes
- Recursos Ordinários, provenientes Orçamentárias e outras).
principalmente da receita de impostos e taxas).
O reembolso das despesas, realizadas em
A partir de 1993, deixou de ser repassada ao MS
função de atendimentos prestados por unidades
a parcela da Contribuição sobre a Folha de
públicas a beneficiários de planos privados de
Salários (Fonte 154, arrecadada pelo Instituto
saúde, constitui fonte adicional de recursos. Por
Nacional de Seguridade Social - INSS).
isso, e consoante à legislação federal específica,
Atualmente, as fontes que asseguram o estados e municípios devem viabilizar estrutura
maior aporte de recursos ao MS são a e mecanismos operacionais para a arrecadação
Contribuição sobre o Faturamento (Fonte 153 - desses recursos e a sua destinação exclusiva aos
COFINS) e a Contribuição sobre o Lucro respectivos fundos de saúde.
Líquido (Fonte 151), sendo que os aportes
Os recursos de investimento são alocados
provenientes de Fontes Fiscais são destinados
pelo MS, mediante a apresentação pela SES da
praticamente à cobertura de despesas com
programação de prioridades de investimentos,
Pessoal e Encargos Sociais.
devidamente negociada na CIB e aprovada pelo
Dentro da previsibilidade de CES, até o valor estabelecido no orçamento do
Contribuições Sociais na esfera federal, no Ministério, e executados de acordo com a
âmbito da Seguridade Social, uma fonte legislação pertinente.

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10.4.Tetos financeiros dos Recursos implantação desta NOB e que gerem aumento
Federais de despesa, serão previamente discutidas com o
Ministério do Planejamento e Orçamento e o
Os recursos de custeio da esfera federal,
Ministério da Fazenda.
destinados às ações e serviços de saúde,
configuram o Teto Financeiro Global (TFG), 11. PROGRAMAÇÃO, CONTROLE,
cujo valor, para cada estado e cada município, é AVALIAÇÃO E AUDITORIA
definido com base na PPI. O teto financeiro do
11.1. Programação Pactuada e Integrada -
estado contém os tetos de todos os municípios,
PPI
habilitados ou não a qualquer uma das
condições de gestão. 11.1.1. A PPI envolve as atividades de
assistência ambulatorial e hospitalar, de
O Teto Financeiro Global do Estado
vigilância sanitária e de epidemiologia e
(TFGE) é constituído, para efeito desta NOB,
controle de doenças, constituindo um
pela soma dos Tetos Financeiros da Assistência
instrumento essencial de reorganização do
(TFA), da Vigilância Sanitária (TFVS) e da
modelo de atenção e da gestão do SUS, de
Epidemiologia e Controle de Doenças
alocação dos recursos e de explicitação do pacto
(TFECD).
estabelecido entre as três esferas de governo.
O TFGE, definido com base na PPI, é Essa Programação traduz as responsabilidades
submetido pela SES ao MS, após negociação na de cada município com a garantia de acesso da
CIB e aprovação pelo CES. O valor final do teto população aos serviços de saúde, quer pela
e suas revisões são fixados com base nas oferta existente no próprio município, quer pelo
negociações realizadas no âmbito da CIT − encaminhamento a outros municípios, sempre
observadas as reais disponibilidades financeiras por intermédio de relações entre gestores
do MS − e formalizado em ato do Ministério. municipais, mediadas pelo gestor estadual.
O Teto Financeiro Global do Município 11.1.2. O processo de elaboração da
(TFGM), também definido consoante à Programação Pactuada entre gestores e
programação integrada, é submetido pela SMS à Integrada entre esferas de governo deve
SES, após aprovação pelo CMS. O valor final respeitar a autonomia de cada gestor: o
desse Teto e suas revisões são fixados com base município elabora sua própria programação,
nas negociações realizadas no âmbito da CIB − aprovando-a no CMS; o estado harmoniza e
observados os limites do TFGE − e formalizado compatibiliza as programações municipais,
em ato próprio do Secretário Estadual de incorporando as ações sob sua responsabilidade
Saúde.. direta, mediante negociação na CIB, cujo
resultado é deliberado pelo CES.
Todos os valores referentes a pisos, tetos,
frações, índices, bem como suas revisões, são 11.1.3. A elaboração da PPI deve se dar
definidos com base na PPI, negociados nas num processo ascendente, de base municipal,
Comissões Intergestores (CIB e CIT), configurando, também, as responsabilidades do
formalizados em atos dos gestores estadual e estado na busca crescente da eqüidade, da
federal e aprovados previamente nos respectivos qualidade da atenção e na conformação da rede
Conselhos (CES e CNS). regionalizada e hierarquizada de serviços.
As obrigações que vierem a ser assumidas 11.1.4. A Programação observa os
pelo Ministério da Saúde, decorrentes da princípios da integralidade das ações de saúde e

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da direção única em cada nível de governo, 11.2.2. Os bancos de dados nacionais,
traduzindo todo o conjunto de atividades cujas normas são definidas pelos órgãos do MS,
relacionadas a uma população específica e constituem instrumentos essenciais ao exercício
desenvolvidas num território determinado, das funções de controle, avaliação e auditoria.
independente da vinculação institucional do Por conseguinte, os gestores municipais e
órgão responsável pela execução destas estaduais do SUS devem garantir a alimentação
atividades. Os órgãos federais, estaduais e permanente e regular desses bancos, de acordo
municipais, bem como os prestadores com a relação de dados, informações e
conveniados e contratados têm suas ações cronogramas previamente estabelecidos pelo
expressas na programação do município em que MS e pelo CNS.
estão localizados, na medida em que estão
11.2.3. As ações de auditoria analítica e
subordinados ao gestor municipal.
operacional constituem responsabilidades das
11.1.5. A União define normas, critérios, três esferas gestoras do SUS, o que exige a
instrumentos e prazos, aprova a programação de estruturação do respectivo órgão de controle,
ações sob seu controle − inscritas na avaliação e auditoria,incluindo a definição dos
programação pelo estado e seus municípios − recursos e da metodologia adequada de trabalho.
incorpora as ações sob sua responsabilidade É função desse órgão definir, também,
direta e aloca os recursos disponíveis, segundo instrumentos para a realização das atividades,
os valores apurados na programação e consolidar as informações necessárias, analisar
negociados na CIT, cujo resultado é deliberado os resultados obtidos em decorrência de suas
pelo CNS. ações, propor medidas corretivas e interagir com
outras áreas da administração, visando o pleno
11.1.6.A elaboração da programação
exercício, pelo gestor, de suas atribuições, de
observa critérios e parâmetros definidos pelas
acordo com a legislação que regulamenta o
Comissões Intergestores e aprovados pelos
Sistema Nacional de Auditoria no âmbito do
respectivos Conselhos. No tocante aos recursos
SUS.
de origem federal, os critérios, prazos e fluxos
de elaboração da programação integrada e de 11.2.4. As ações de controle devem
suas reprogramações periódicas ou priorizar os procedimentos técnicos e
extraordinárias são fixados em ato normativo do administrativos prévios à realização de serviços
MS e traduzem as negociações efetuadas na CIT e à ordenação dos respectivos pagamentos, com
e as deliberações do CNS. ênfase na garantia da autorização de internações
e procedimentos ambulatoriais − tendo como
11.2. Controle, Avaliação e Auditoria
critério fundamental a necessidade dos usuários
11.2.1. O cadastro de unidades prestadoras − e o rigoroso monitoramento da regularidade e
de serviços de saúde (UPS), completo e da fidedignidade dos registros de produção e
atualizado, é requisito básico para programar a faturamento de serviços.
contratação de serviços assistenciais e para
11.2.5. O exercício da função gestora no
realizar o controle da regularidade dos
SUS, em todos os níveis de governo, exige a
faturamentos. Compete ao órgão gestor do SUS
articulação permanente das ações de
responsável pelo relacionamento com cada
programação, controle, avaliação e auditoria; a
UPS, seja própria, contratada ou conveniada, a
integração operacional das unidades
garantia da atualização permanente dos dados
organizacionais, que desempenham estas
cadastrais, no banco de dados nacional.
atividades, no âmbito de cada órgão gestor do

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Sistema; e a apropriação dos seus resultados e a Esses recursos podem corresponder a uma ou
identificação de prioridades, no processo de mais de uma das situações descritas a seguir.
decisão política da alocação dos recursos.
12.1.1. Piso Assistencial Básico (PAB)
11.2.6. O processo de reorientação do
O PAB consiste em um montante de
modelo de atenção e de consolidação do SUS
recursos financeiros destinado ao custeio de
requer o aperfeiçoamento e a disseminação dos
procedimentos e ações de assistência básica, de
instrumentos e técnicas de avaliação de
responsabilidade tipicamente municipal. Esse
resultados e do impacto das ações do Sistema
Piso é definido pela multiplicação de um valor
sobre as condições de saúde da população,
per capita nacional pela população de cada
priorizando o enfoque epidemiológico e
município (fornecida pelo IBGE), e transferido
propiciando a permanente seleção de prioridade
regular e automaticamente ao fundo de saúde ou
de intervenção e a reprogramação contínua da
conta especial dos municípios e,
alocação de recursos. O acompanhamento da
transitoriamente, ao fundo estadual, conforme
execução das ações programadas é feito
condições estipuladas nesta NOB. As
permanentemente pelos gestores e
transferências do PAB aos estados
periodicamente pelos respectivos Conselhos de
correspondem, exclusivamente, ao valor para
Saúde, com base em informações
cobertura da população residente em municípios
sistematizadas, que devem possibilitar a
ainda não habilitados na forma desta Norma
avaliação qualitativa e quantitativa destas ações.
Operacional.
A avaliação do cumprimento das ações
programadas em cada nível de governo deve ser O elenco de procedimentos custeados pelo
feita em Relatório de Gestão Anual, cujo roteiro PAB, assim como o valor per capita nacional
de elaboração será apresentado pelo MS e único − base de cálculo deste Piso − são
apreciado pela CIT e pelo CNS. propostos pela CIT e votados no CNS. Nessas
definições deve ser observado o perfil de
12.CUSTEIO DA ASSISTÊNCIA
serviços disponíveis na maioria dos municípios,
HOSPITALAR E AMBULATORIAL
objetivando o progressivo incremento desses
Os recursos de custeio da esfera federal, serviços, até que a atenção integral à saúde
destinados à assistência hospitalar e esteja plenamente organizada, em todo o País. O
ambulatorial, conforme mencionado valor per capita nacional único é reajustado com
anteriormente, configuram o TFA, e os seus a mesma periodicidade, tendo por base, no
valores podem ser executados segundo duas mínimo, o incremento médio da tabela de
modalidades: Transferência Regular e procedimentos do Sistema de Informações
Automática (Fundo a Fundo) e Remuneração Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS).
por Serviços Produzidos.
A transferência total do PAB será suspensa
12.1. Transferência Regular e Automática no caso da não-alimentação, pela SMS junto à
Fundo a Fundo SES, dos bancos de dados de interesse nacional,
por mais de dois meses consecutivos.
Consiste na transferência de valores
diretamente do Fundo Nacional de Saúde aos 12.1.2. Incentivo aos Programas de Saúde
fundos estaduais e municipais, independente de da Família (PSF) e de Agentes Comunitários de
convênio ou instrumento congênere, segundo as Saúde (PACS)
condições de gestão estabelecidas nesta NOB.

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Fica estabelecido um acréscimo Os percentuais acima referidos são
percentual ao montante do PAB, de acordo com revistos quando do incremento do valor per
os critérios a seguir relacionados, sempre que capita nacional único, utilizado para o cálculo
estiverem atuando integradamente à rede do PAB e do elenco de procedimentos
municipal, equipes de saúde da família, agentes relacionados a este Piso. Essa revisão é proposta
comunitários de saúde, ou estratégias similares na CIT e votada no CNS. Por ocasião da
de garantia da integralidade da assistência, incorporação desses acréscimos, o teto
avaliadas pelo órgão do MS (SAS/MS) com financeiro da assistência do estado é
base em normas da direção nacional do SUS. renegociado na CIT e apreciado pelo CNS.
a) Programa de Saúde da Família (PSF): A ausência de informações que
comprovem a produção mensal das equipes,
•acréscimo de 3% sobre o valor do PAB
durante dois meses consecutivos ou quatro
para cada 5% da população coberta, até
alternados em um ano, acarreta a suspensão da
atingir 60% da população total do
transferência deste acréscimo.
município;
•acréscimo de 5% para cada 5% da 12.1.3. Fração Assistencial Especializada
população coberta entre 60% e 90% da (FAE)
população total do município; e
É um montante que corresponde a
•acréscimo de 7% para cada 5% da
procedimentos ambulatoriais de média
população coberta entre 90% e 100% da
complexidade, medicamentos e insumos
população total do município.
excepcionais, órteses e próteses ambulatoriais e
Esses acréscimos têm, como limite, 80% Tratamento Fora do Domicílio (TFD), sob
do valor do PAB original do município. gestão do estado.
b) Programa de Agentes Comunitários de O órgão competente do MS formaliza, por
Saúde (PACS): portaria, esse elenco a partir de negociação na
CIT e que deve ser objeto da programação
•acréscimo de 1% sobre o valor do PAB
integrada quanto a sua oferta global no estado.
para cada 5% da população coberta até
atingir 60% da população total do A CIB explicita os quantitativos e
município; respectivos valores desses procedimentos, que
•acréscimo de 2% para cada 5% da integram os tetos financeiros da assistência dos
população coberta entre 60% e 90% da municípios em gestão plena do sistema de saúde
população total do município; e e os que permanecem sob gestão estadual. Neste
•acréscimo de 3% para cada 5% da último, o valor programado da FAE é
população coberta entre 90% e 100% da transferido, regular e automaticamente, do
população total do município. Fundo Nacional ao Fundo Estadual de Saúde,
conforme as condições de gestão das SES
Esses acréscimos têm, como limite, 30%
definidas nesta NOB. Não integram o elenco de
do valor do PAB original do município.
procedimentos cobertos pela FAE aqueles
c) Os percentuais não são cumulativos relativos ao PAB e os definidos como de alto
quando a população coberta pelo PSF e pelo custo/complexidade por portaria do órgão
PACS ou por estratégias similares for a mesma. competente do Ministério (SAS/MS).

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12.1.4. Teto Financeiro da Assistência do transferidos pela SES às SMS, conforme
Município (TFAM) definição da CIB.
É um montante que corresponde ao 12.2. Remuneração por Serviços
financiamento do conjunto das ações Produzidos
assistenciais assumidas pela SMS. O TFAM é
Consiste no pagamento direto aos
transferido, regular e automaticamente, do
prestadores estatais ou privados contratados e
Fundo Nacional ao Fundo Municipal de Saúde,
conveniados, contra apresentação de faturas,
de acordo com as condições de gestão
referente a serviços realizados conforme
estabelecidas por esta NOB e destina-se ao
programação e mediante prévia autorização do
custeio dos serviços localizados no território do
gestor, segundo valores fixados em tabelas
município (exceção feita àqueles eventualmente
editadas pelo órgão competente do Ministério
excluídos da gestão municipal por negociação
(SAS/MS).
na CIB).
Esses valores estão incluídos no TFA do
12.1.5. Teto Financeiro da Assistência do
estado e do município e são executados
Estado (TFAE)
mediante ordenação de pagamento por parte do
É um montante que corresponde ao gestor. Para municípios e estados que recebem
financiamento do conjunto das ações transferências de tetos da assistência (TFAM e
assistenciais sob a responsabilidade da SES. O TFAE, respectivamente), conforme as condições
TFAE corresponde ao TFA fixado na CIT e de gestão estabelecidas nesta NOB, os valores
formalizado em portaria do órgão competente relativos à remuneração por serviços produzidos
do Ministério (SAS/MS). estão incluídos nos tetos da assistência,
definidos na CIB.
Esses valores são transferidos, regular e
automaticamente, do Fundo Nacional ao Fundo A modalidade de pagamento direto, pelo
Estadual de Saúde, de acordo com as condições gestor federal, a prestadores de serviços ocorre
de gestão estabelecidas por esta NOB, apenas nas situações em que não fazem parte
deduzidos os valores comprometidos com as das transferências regulares e automáticas fundo
transferências regulares e automáticas ao a fundo, conforme itens a seguir especificados.
conjunto de municípios do estado (PAB e
12.2.1. Remuneração de Internações
TFAM).
Hospitalares
12.1.6. Índice de Valorização de
Consiste no pagamento dos valores
Resultados (IVR)
apurados por intermédio do Sistema de
Consiste na atribuição de valores Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS),
adicionais equivalentes a até 2% do teto englobando o conjunto de procedimentos
financeiro da assistência do estado, transferidos, realizados em regime de internação, com base
regular e automaticamente, do Fundo Nacional na Autorização de Internação Hospitalar (AIH),
ao Fundo Estadual de Saúde, como incentivo à documento este de autorização e fatura de
obtenção de resultados de impacto positivo serviços.
sobre as condições de saúde da população,
12.2.2. Remuneração de Procedimentos
segundo critérios definidos pela CIT e fixados
Ambulatoriais de Alto Custo/ Complexidade
em portaria do órgão competente do Ministério
(SAS/MS). Os recursos do IVR podem ser

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Consiste no pagamento dos valores Automática Fundo a Fundo e Remuneração de
apurados por intermédio do SIA/SUS, com base Serviços Produzidos.
na Autorização de Procedimentos de Alto Custo
13.1. Transferência Regular e Automática
(APAC), documento este que identifica cada
Fundo a Fundo
paciente e assegura a prévia autorização e o
registro adequado dos serviços que lhe foram Consiste na transferência de valores
prestados. Compreende procedimentos diretamente do Fundo Nacional de Saúde aos
ambulatoriais integrantes do SIA/SUS definidos fundos estaduais e municipais, independente de
na CIT e formalizados por portaria do órgão convênio ou instrumento congênere, segundo as
competente do Ministério (SAS/MS). condições de gestão estabelecidas nesta NOB.
Esses recursos podem corresponder a uma ou
12.2.3. Remuneração Transitória por
mais de uma das situações descritas a seguir.
Serviços Produzidos
13.1.1. Piso Básico de Vigilância Sanitária
O MS é responsável pela remuneração
(PBVS)
direta, por serviços produzidos, dos
procedimentos relacionados ao PAB e à FAE, Consiste em um montante de recursos
enquanto houver municípios que não estejam na financeiros destinado ao custeio de
condição de gestão semiplena da NOB 01/93 ou procedimentos e ações básicas da vigilância
nas condições de gestão municipal definidas sanitária, de responsabilidade tipicamente
nesta NOB naqueles estados em condição de municipal. Esse Piso é definido pela
gestão convencional. multiplicação de um valor per capita nacional
pela população de cada município (fornecida
12.2.4. Fatores de Incentivo e Índices de
pelo IBGE), transferido, regular e
Valorização
automaticamente, ao fundo de saúde ou conta
O Fator de Incentivo ao Desenvolvimento especial dos municípios e, transitoriamente, dos
do Ensino e da Pesquisa em Saúde (FIDEPS) e estados, conforme condições estipuladas nesta
o Índice de Valorização Hospitalar de NOB. O PBVS somente será transferido a
Emergência (IVH-E), bem como outros fatores estados para cobertura da população residente
e ou índices que incidam sobre a remuneração em municípios ainda não habilitados na forma
por produção de serviços, eventualmente desta Norma Operacional.
estabelecidos, estão condicionados aos critérios
O elenco de procedimentos custeados pelo
definidos em nível federal e à avaliação da CIB
PBVS, assim como o valor per capita nacional
em cada Estado. Esses fatores e índices
único − base de cálculo deste Piso − , são
integram o teto financeiro da assistência do
definidos em negociação na CIT e formalizados
município e do respectivo estado.
por portaria do órgão competente do Ministério
13. CUSTEIO DAS AÇÕES DE (Secretaria de Vigilância Sanitária - SVS/MS),
VIGILÂNCIA SANITÁRIA previamente aprovados no CNS. Nessa
definição deve ser observado o perfil de
Os recursos da esfera federal destinados à
serviços disponíveis na maioria dos municípios,
vigilância sanitária configuram o Teto
objetivando o progressivo incremento das ações
Financeiro da Vigilância Sanitária (TFVS) e os
básicas de vigilância sanitária em todo o País.
seus valores podem ser executados segundo
Esses procedimentos integram o Sistema de
duas modalidades: Transferência Regular e
Informação de Vigilância Sanitária do SUS
(SIVS/SUS).

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13.1.2. Índice de Valorização do Impacto 14. CUSTEIO DAS AÇÕES DE
em Vigilância Sanitária (IVISA) EPIDEMIOLOGIA E DE CONTROLE DE
DOENÇAS
Consiste na atribuição de valores
adicionais equivalentes a até 2% do teto Os recursos da esfera federal destinados às
financeiro da vigilância sanitária do estado, a ações de epidemiologia e controle de doenças
serem transferidos, regular e automaticamente, não contidas no elenco de procedimentos do
do Fundo Nacional ao Fundo Estadual de SIA/SUS e SIH/SUS configuram o Teto
Saúde, como incentivo à obtenção de resultados Financeiro de Epidemiologia e Controle de
de impacto significativo sobre as condições de Doenças (TFECD).
vida da população, segundo critérios definidos
O elenco de procedimentos a serem
na CIT, e fixados em portaria do órgão
custeados com o TFECD é definido em
competente do Ministério (SVS/MS),
negociação na CIT, aprovado pelo CNS e
previamente aprovados no CNS. Os recursos do
formalizado em ato próprio do órgão específico
IVISA podem ser transferidos pela SES às SMS,
do MS (Fundação Nacional de Saúde
conforme definição da CIB.
-FNS/MS). As informações referentes ao
13.2. Remuneração Transitória por desenvolvimento dessas ações integram
Serviços Produzidos sistemas próprios de informação definidos pelo
Ministério da Saúde.
13.2.1. Programa Desconcentrado de
Ações de Vigilância Sanitária (PDAVS) O valor desse Teto para cada estado é
definido em negociação na CIT, com base na
Consiste no pagamento direto às SES e
PPI, a partir das informações fornecidas pelo
SMS, pela prestação de serviços relacionados às
Comitê Interinstitucional de Epidemiologia e
ações de competência exclusiva da SVS/MS,
formalizado em ato próprio do órgão específico
contra a apresentação de demonstrativo de
do MS (FNS/MS).
atividades realizadas pela SES ao Ministério.
Após negociação e aprovação na CIT e prévia Esse Comitê, vinculado ao Secretário
aprovação no CNS, e observadas as condições Estadual de Saúde, articulando os órgãos de
estabelecidas nesta NOB, a SVS/MS publica a epidemiologia da SES, do MS no estado e de
tabela de procedimentos do PDAVS e o valor de outras entidades que atuam no campo da
sua remuneração. epidemiologia e controle de doenças, é uma
instância permanente de estudos, pesquisas,
13.2.2. Ações de Média e Alta
análises de informações e de integração de
Complexidade em Vigilância Sanitária
instituições afins.
Consiste no pagamento direto às SES e às
Os valores do TFECD podem ser
SMS, pela execução de ações de média e alta
executados por ordenação do órgão específico
complexidade de competência estadual e
do MS, conforme as modalidades apresentadas a
municipal contra a apresentação de
seguir.
demonstrativo de atividades realizadas ao MS.
Essas ações e o valor de sua remuneração são 14.1. Transferência Regular e Automática
definidos em negociação na CIT e formalizados Fundo a Fundo
em portaria do órgão competente do Ministério
Consiste na transferência de valores
(SVS/MS), previamente aprovadas no CNS.
diretamente do Fundo Nacional de Saúde aos
Fundos Estaduais e Municipais,

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independentemente de convênio ou instrumento perante os outros gestores e perante a população
congênere, segundo as condições de gestão sob sua responsabilidade.
estabelecidas nesta NOB e na PPI, aprovada na
A partir desta NOB, os municípios podem
CIT e no CNS.
habilitar-se em duas condições:
14.2. Remuneração por Serviços
a) GESTÃO PLENA DA ATENÇÃO
Produzidos
BÁSICA; e
Consiste no pagamento direto às SES e
b) GESTÃO PLENA DO SISTEMA
SMS, pelas ações de epidemiologia e controle
MUNICIPAL.
de doenças, conforme tabela de procedimentos
discutida na CIT e aprovada no CNS, editada Os municípios que não aderirem ao
pelo MS, observadas as condições de gestão processo de habilitação permanecem, para efeito
estabelecidas nesta NOB, contra apresentação desta Norma Operacional, na condição de
de demonstrativo de atividades realizadas, prestadores de serviços ao Sistema, cabendo ao
encaminhado pela SES ou SMS ao MS. estado a gestão do SUS naquele território
municipal, enquanto for mantida a situação de
14.3. Transferência por Convênio
não-habilitado.
Consiste na transferência de recursos
15.1. GESTÃO PLENA DA ATENÇÃO
oriundos do órgão específico do MS (FNS/MS),
BÁSICA
por intermédio do Fundo Nacional de Saúde,
mediante programação e critérios discutidos na 15.1.1. Responsabilidades
CIT e aprovados pelo CNS, para: a) Elaboração de programação municipal
a) estímulo às atividades de epidemiologia dos serviços básicos, inclusive domiciliares e
e controle de doenças; comunitários, e da proposta de referência
ambulatorial especializada e hospitalar para seus
b) custeio de operações especiais em
munícipes, com incorporação negociada à
epidemiologia e controle de doenças;
programação estadual.
c) financiamento de projetos de
b) Gerência de unidades ambulatoriais
cooperação técnico-científica na área de
próprias.
epidemiologia e controle de doenças, quando
encaminhados pela CIB. c) Gerência de unidades ambulatoriais do
estado ou da União, salvo se a CIB ou a CIT
15. CONDIÇÕES DE GESTÃO DO
definir outra divisão de responsabilidades.
MUNICÍPIO
d) Reorganização das unidades sob gestão
As condições de gestão, estabelecidas
pública (estatais, conveniadas e contratadas),
nesta NOB, explicitam as responsabilidades do
introduzindo a prática do cadastramento
gestor municipal, os requisitos relativos às
nacional dos usuários do SUS, com vistas à
modalidades de gestão e as prerrogativas que
vinculação de clientela e à sistematização da
favorecem o seu desempenho.
oferta dos serviços.
A habilitação dos municípios às diferentes
e) Prestação dos serviços relacionados aos
condições de gestão significa a declaração dos
procedimentos cobertos pelo PAB e
compromissos assumidos por parte do gestor
acompanhamento, no caso de referência interna
ou externa ao município, dos demais serviços

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prestados aos seus munícipes, conforme a PPI, da alocação de recursos expressa na
mediado pela relação gestor-gestor com a SES e programação.
as demais SMS.
d) Comprovar capacidade técnica e
f) Contratação, controle, auditoria e administrativa e condições materiais para o
pagamento aos prestadores dos serviços exercício de suas responsabilidades e
contidos no PAB. prerrogativas quanto à contratação, ao
pagamento, ao controle e à auditoria dos
g) Operação do SIA/SUS quanto a
serviços sob sua gestão.
serviços cobertos pelo PAB, conforme normas
do MS, e alimentação, junto à SES, dos bancos e) Comprovar a dotação orçamentária do
de dados de interesse nacional. ano e o dispêndio realizado no ano anterior,
correspondente à contrapartida de recursos
h) Autorização, desde que não haja
financeiros próprios do Tesouro Municipal, de
definição em contrário da CIB, das internações
acordo com a legislação em vigor.
hospitalares e dos procedimentos ambulatoriais
especializados, realizados no município, que f) Formalizar junto ao gestor estadual,
continuam sendo pagos por produção de com vistas à CIB, após aprovação pelo CMS, o
serviços. pleito de habilitação, atestando o cumprimento
dos requisitos relativos à condição de gestão
i) Manutenção do cadastro atualizado das
pleiteada.
unidades assistenciais sob sua gestão, segundo
normas do MS. g) Dispor de médico formalmente
designado como responsável pela autorização
j) Avaliação permanente do impacto das
prévia, controle e auditoria dos procedimentos e
ações do Sistema sobre as condições de saúde
serviços realizados.
dos seus munícipes e sobre o seu meio
ambiente. h) Comprovar a capacidade para o
desenvolvimento de ações de vigilância
k) Execução das ações básicas de
sanitária.
vigilância sanitária, incluídas no PBVS.
i) Comprovar a capacidade para o
l) Execução das ações básicas de
desenvolvimento de ações de vigilância
epidemiologia, de controle de doenças e de
epidemiológica.
ocorrências mórbidas, decorrentes de causas
externas, como acidentes, violências e outras, j) Comprovar a disponibilidade de
incluídas no TFECD. estrutura de recursos humanos para supervisão e
auditoria da rede de unidades, dos profissionais
m) Elaboração do relatório anual de
e dos serviços realizados.
gestão e aprovação pelo CMS.
15.1.3. Prerrogativas
15.1.2. Requisitos
a) Transferência, regular e automática, dos
a) Comprovar o funcionamento do CMS.
recursos correspondentes ao Piso da Atenção
b) Comprovar a operação do Fundo Básica (PAB).
Municipal de Saúde.
b) Transferência, regular e automática, dos
c) Apresentar o Plano Municipal de Saúde recursos correspondentes ao Piso Básico de
e comprometer-se a participar da elaboração e Vigilância Sanitária (PBVS).
da implementação da PPI do estado, bem assim

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c) Transferência, regular e automática, dos g) Contratação, controle, auditoria e
recursos correspondentes às ações de pagamento aos prestadores de serviços
epidemiologia e de controle de doenças. ambulatoriais e hospitalares, cobertos pelo
TFGM.
d) Subordinação, à gestão municipal, de
todas as unidades básicas de saúde, estatais ou h) Administração da oferta de
privadas (lucrativas e filantrópicas), procedimentos ambulatoriais de alto custo e
estabelecidas no território municipal. procedimentos hospitalares de alta
complexidade conforme a PPI e segundo
15.2. GESTÃO PLENA DO SISTEMA
normas federais e estaduais.
MUNICIPAL
i) Operação do SIH e do SIA/SUS,
15.2.1. Responsabilidades
conforme normas do MS, e alimentação, junto
a) Elaboração de toda a programação às SES, dos bancos de dados de interesse
municipal, contendo, inclusive, a referência nacional.
ambulatorial especializada e hospitalar, com
j) Manutenção do cadastro atualizado de
incorporação negociada à programação estadual.
unidades assistenciais sob sua gestão, segundo
b) Gerência de unidades próprias, normas do MS.
ambulatoriais e hospitalares, inclusive as de
k) Avaliação permanente do impacto das
referência.
ações do Sistema sobre as condições de saúde
c) Gerência de unidades ambulatoriais e dos seus munícipes e sobre o meio ambiente.
hospitalares do estado e da União, salvo se a
l) Execução das ações básicas, de média e
CIB ou a CIT definir outra divisão de
alta complexidade em vigilância sanitária, bem
responsabilidades.
como, opcionalmente, as ações do PDAVS.
d) Reorganização das unidades sob gestão
m) Execução de ações de epidemiologia,
pública (estatais, conveniadas e contratadas),
de controle de doenças e de ocorrências
introduzindo a prática do cadastramento
mórbidas, decorrentes de causas externas, como
nacional dos usuários do SUS, com vistas à
acidentes, violências e outras incluídas no
vinculação da clientela e sistematização da
TFECD.
oferta dos serviços.
15.2.2. Requisitos
e) Garantia da prestação de serviços em
seu território, inclusive os serviços de referência a) Comprovar o funcionamento do CMS.
aos não-residentes, no caso de referência interna
b) Comprovar a operação do Fundo
ou externa ao município, dos demais serviços
Municipal de Saúde.
prestados aos seus munícipes, conforme a PPI,
mediado pela relação gestor-gestor com a SES e c) Participar da elaboração e da
as demais SMS. implementação da PPI do estado, bem assim da
alocação de recursos expressa na programação.
f) Normalização e operação de centrais de
controle de procedimentos ambulatoriais e d) Comprovar capacidade técnica e
hospitalares relativos à assistência aos seus administrativa e condições materiais para o
munícipes e à referência intermunicipal. exercício de suas responsabilidades e
prerrogativas quanto à contratação, ao
pagamento, ao controle e à auditoria dos

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serviços sob sua gestão, bem como avaliar o diagnóstico em patologia clínica e radiologia
impacto das ações do Sistema sobre a saúde dos básicas.
seus munícipes.
m) Comprovar a estruturação do
e) Comprovar a dotação orçamentária do componente municipal do Sistema Nacional de
ano e o dispêndio no ano anterior Auditoria (SNA).
correspondente à contrapartida de recursos
n) Comprovar a disponibilidade de
financeiros próprios do Tesouro Municipal, de
estrutura de recursos humanos para supervisão e
acordo com a legislação em vigor.
auditoria da rede de unidades, dos profissionais
f) Formalizar, junto ao gestor estadual e dos serviços realizados.
com vistas à CIB, após aprovação pelo CMS, o
15.2.3. Prerrogativas
pleito de habilitação, atestando o cumprimento
dos requisitos específicos relativos à condição a) Transferência, regular e automática, dos
de gestão pleiteada. recursos referentes ao Teto Financeiro da
Assistência (TFA).
g) Dispor de médico formalmente
designado pelo gestor como responsável pela b) Normalização complementar relativa ao
autorização prévia, controle e auditoria dos pagamento de prestadores de serviços
procedimentos e serviços realizados. assistenciais em seu território, inclusive quanto
a alteração de valores de procedimentos, tendo a
h) Apresentar o Plano Municipal de
tabela nacional como referência mínima, desde
Saúde, aprovado pelo CMS, que deve conter as
que aprovada pelo CMS e pela CIB.
metas estabelecidas, a integração e articulação
do município na rede estadual e respectivas c) Transferência regular e automática
responsabilidades na programação integrada do fundo a fundo dos recursos correspondentes ao
estado, incluindo detalhamento da programação Piso Básico de Vigilância Sanitária (PBVS).
de ações e serviços que compõem o sistema d) Remuneração por serviços de vigilância
municipal, bem como os indicadores mediante sanitária de média e alta complexidade e,
dos quais será efetuado o acompanhamento. remuneração pela execução do Programa
i) Comprovar o funcionamento de serviço Desconcentrado de Ações de Vigilância
estruturado de vigilância sanitária e capacidade Sanitária (PDAVS), quando assumido pelo
para o desenvolvimento de ações de vigilância município.
sanitária. e) Subordinação, à gestão municipal, do
j) Comprovar a estruturação de serviços e conjunto de todas as unidades ambulatoriais
atividades de vigilância epidemiológica e de especializadas e hospitalares, estatais ou
controle de zoonoses. privadas (lucrativas e filantrópicas),
estabelecidas no território municipal.
k) Apresentar o Relatório de Gestão do
ano anterior à solicitação do pleito, devidamente f) Transferência de recursos referentes às
aprovado pelo CMS. ações de epidemiologia e controle de doenças,
conforme definição da CIT.
l) Assegurar a oferta, em seu território, de
todo o elenco de procedimentos cobertos pelo
PAB e, adicionalmente, de serviços de apoio

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16. CONDIÇÕES DE GESTÃO DO c) Gerência de unidades estatais da
ESTADO hemorrede e de laboratórios de referência para
controle de qualidade, para vigilância sanitária e
As condições de gestão, estabelecidas
para a vigilância epidemiológica.
nesta NOB, explicitam as responsabilidades do
gestor estadual, os requisitos relativos às d) Formulação e execução da política de
modalidades de gestão e as prerrogativas que sangue e hemoterapia.
favorecem o seu desempenho.
e) Organização de sistemas de referência,
A habilitação dos estados às diferentes bem como a normalização e operação de câmara
condições de gestão significa a declaração dos de compensação de AIH, procedimentos
compromissos assumidos por parte do gestor especializados e de alto custo e ou alta
perante os outros gestores e perante a população complexidade.
sob sua responsabilidade.
f) Formulação e execução da política
A partir desta NOB, os estados poderão estadual de assistência farmacêutica, em
habilitar-se em duas condições de gestão: articulação com o MS.
a) GESTÃO AVANÇADA DO SISTEMA g) Normalização complementar de
ESTADUAL; e mecanismos e instrumentos de administração da
oferta e controle da prestação de serviços
b) GESTÃO PLENA DO SISTEMA
ambulatoriais, hospitalares, de alto custo, do
ESTADUAL.
tratamento fora do domicílio e dos
Os estados que não aderirem ao processo medicamentos e insumos especiais.
de habilitação, permanecem na condição de
h) Manutenção do cadastro atualizado de
gestão convencional, desempenhando as
unidades assistenciais sob sua gestão, segundo
funções anteriormente assumidas ao longo do
normas do MS.
processo de implantação do SUS, não fazendo
jus às novas prerrogativas introduzidas por esta i) Cooperação técnica e financeira com o
NOB, exceto ao PDAVS nos termos definidos conjunto de municípios, objetivando a
pela SVS/MS. Essa condição corresponde ao consolidação do processo de descentralização, a
exercício de funções mínimas de gestão do organização da rede regionalizada e
Sistema, que foram progressivamente hierarquizada de serviços, a realização de ações
incorporadas pelas SES, não estando sujeita a de epidemiologia, de controle de doenças, de
procedimento específico de habilitação nesta vigilância sanitária, bem assim o pleno exercício
NOB. das funções gestoras de planejamento, controle,
avaliação e auditoria.
16.1. Responsabilidades comuns às duas
condições de gestão estadual j) Implementação de políticas de
integração das ações de saneamento às de saúde.
a) Elaboração da PPI do estado, contendo
a referência intermunicipal e coordenação da k) Coordenação das atividades de
negociação na CIB para alocação dos recursos, vigilância epidemiológica e de controle de
conforme expresso na programação. doenças e execução complementar conforme
previsto na Lei nº 8.080/90.
b) Elaboração e execução do Plano
Estadual de Prioridades de Investimentos,
negociado na CIB e aprovado pelo CES.

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l) Execução de operações complexas •As estratégias de descentralização das
voltadas ao controle de doenças que possam se ações de saúde para municípios;
beneficiar da economia de escala. •As estratégias de reorganização do modelo
de atenção; e
m) Coordenação das atividades de
•Os critérios utilizados e os indicadores por
vigilância sanitária e execução complementar
meio dos quais é efetuado o
conforme previsto na Lei nº 8.080/90.
acompanhamento das ações.
n) Execução das ações básicas de
e) Apresentar relatório de gestão aprovado
vigilância sanitária referente aos municípios não
pelo CES, relativo ao ano anterior à solicitação
habilitados nesta NOB.
do pleito.
o) Execução das ações de média e alta
f) Comprovar a transferência da gestão da
complexidade de vigilância sanitária, exceto as
atenção hospitalar e ambulatorial aos
realizadas pelos municípios habilitados na
municípios habilitados, conforme a respectiva
condição de gestão plena de sistema municipal.
condição de gestão.
p) Execução do PDAVS nos termos
g) Comprovar a estruturação do
definidos pela SVS/MS.
componente estadual do SNA.
q) Apoio logístico e estratégico às
h) Comprovar capacidade técnica e
atividades à atenção à saúde das populações
administrativa e condições materiais para o
indígenas, na conformidade de critérios
exercício de suas responsabilidades e
estabelecidos pela CIT.
prerrogativas, quanto a contratação, pagamento,
16.2. Requisitos comuns às duas controle e auditoria dos serviços sob sua gestão
condições de gestão estadual e quanto à avaliação do impacto das ações do
a) Comprovar o funcionamento do CES. Sistema sobre as condições de saúde da
população do estado.
b) Comprovar o funcionamento da CIB.
i) Comprovar a dotação orçamentária do
c) Comprovar a operação do Fundo ano e o dispêndio no ano anterior,
Estadual de Saúde. correspondente à contrapartida de recursos
d) Apresentar o Plano Estadual de Saúde, financeiros próprios do Tesouro Estadual, de
aprovado pelo CES, que deve conter: acordo com a legislação em vigor.

•As metas pactuadas; j) Apresentar à CIT a formalização do


•A programação integrada das ações pleito, devidamente aprovado pelo CES e pela
ambulatoriais, hospitalares e de alto custo, CIB, atestando o cumprimento dos requisitos
de epidemiologia e de controle de doenças gerais e específicos relativos à condição de
– incluindo, entre outras, as atividades de gestão pleiteada.
vacinação, de controle de vetores e de k) Comprovar a criação do Comitê
reservatórios – de saneamento, de pesquisa Interinstitucional de Epidemiologia, vinculado
e desenvolvimento tecnológico, de ao Secretário Estadual de Saúde.
educação e de comunicação em saúde, bem
como as relativas às ocorrências mórbidas l) Comprovar o funcionamento de serviço
decorrentes de causas externas; de vigilância sanitária no estado, organizado
segundo a legislação e capacidade de

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desenvolvimento de ações de vigilância Básico (PAB) relativos aos municípios
sanitária. nãohabilitados.
m) Comprovar o funcionamento de b) Transferência regular e automática do
serviço de vigilância epidemiológica no estado. Piso Básico de Vigilância Sanitária (PBVS)
referente aos municípios não habilitados nesta
16.3. GESTÃO AVANÇADA DO
NOB.
SISTEMA ESTADUAL
c) Transferência regular e automática do
16.3.1. Responsabilidades Específicas
Índice de Valorização do Impacto em Vigilância
a) Contratação, controle, auditoria e Sanitária (IVISA).
pagamento do conjunto dos serviços, sob gestão
d) Remuneração por serviços produzidos
estadual, contidos na FAE;
na área da vigilância sanitária.
b) Contratação, controle, auditoria e
e) Transferência de recursos referentes às
pagamento dos prestadores de serviços incluídos
ações de epidemiologia e controle de doenças.
no PAB dos municípios não habilitados;
16.4. GESTÃO PLENA DO SISTEMA
c) Ordenação do pagamento dos demais
ESTADUAL
serviços hospitalares e ambulatoriais, sob gestão
estadual; 16.4.1. Responsabilidades Específicas
d) Operação do SIA/SUS, conforme a) Contratação, controle, auditoria e
normas do MS, e alimentação dos bancos de pagamento aos prestadores do conjunto dos
dados de interesse nacional. serviços sob gestão estadual, conforme
definição da CIB.
16.3.2. Requisitos Específicos
b) Operação do SIA/SUS e do SIH/SUS,
a) Apresentar a programação pactuada e
conforme normas do MS, e alimentação dos
integrada ambulatorial, hospitalar e de alto
bancos de dados de interesse nacional.
custo, contendo a referência intermunicipal e os
critérios para a sua elaboração. 16.4.2. Requisitos Específicos
b) Dispor de 60% dos municípios do a) Comprovar a implementação da
estado habilitados nas condições de gestão programação integrada das ações ambulatoriais,
estabelecidas nesta NOB, independente do seu hospitalares e de alto custo, contendo a
contingente populacional; ou 40% dos referência intermunicipal e os critérios para a
municípios habilitados, desde que, nestes, sua elaboração.
residam 60% da população.
b) Comprovar a operacionalização de
c) Dispor de 30% do valor do TFA mecanismos de controle da prestação de
comprometido com transferências regulares e serviços ambulatoriais e hospitalares, tais como:
automáticas aos municípios. centrais de controle de leitos e internações, de
procedimentos ambulatoriais e hospitalares de
16.3.3. Prerrogativas
alto/custo e ou complexidade e de marcação de
a) Transferência regular e automática dos consultas especializadas.
recursos correspondentes à Fração Assistencial
c) Dispor de 80% dos municípios
Especializada (FAE) e ao Piso Assistencial
habilitados nas condições de gestão
estabelecidas nesta NOB, independente do seu

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contingente populacional; ou 50% dos outras pactuadas na CIB e aprovadas pelo CES,
municípios, desde que, nestes, residam 80% da em especial aquelas já assumidas em
população. decorrência da NOB-SUS Nº 01/93.
d) Dispor de 50% do valor do TFA do 17.2. No processo de habilitação às
estado comprometido com transferências condições de gestão estabelecidas nesta NOB,
regulares e automáticas aos municípios. são considerados os requisitos já cumpridos
para habilitação nos termos da NOB-SUS Nº
16.4.3. Prerrogativas
01/93, cabendo ao município ou ao estado
a) Transferência regular e automática dos pleiteante a comprovação exclusiva do
recursos correspondentes ao valor do Teto cumprimento dos requisitos introduzidos ou
Financeiro da Assistência (TFA), deduzidas as alterados pela presente Norma Operacional,
transferências fundo a fundo realizadas a observando os seguintes procedimentos:
municípios habilitados.
17.2.1.para que os municípios habilitados
b) Transferência regular e automática dos atualmente nas condições de gestão incipiente e
recursos correspondentes ao Índice de parcial possam assumir a condição plena da
Valorização de Resultados (IVR). atenção básica definida nesta NOB, devem
c) Transferência regular e automática do apresentar à CIB os seguintes documentos, que
Piso Básico de Vigilância Sanitária (PBVS) completam os requisitos para habilitação:
referente aos municípios não habilitados nesta 17.2.1.1. ofício do gestor municipal
NOB. pleiteando a alteração na condição de gestão;
d) Transferência regular e automática do 17.2.1.2. ata do CMS aprovando o pleito
Índice de valorização do Impacto em Vigilância de mudança de habilitação;
Sanitária (IVISA).
17.2.1.3. ata das três últimas reuniões do
e) Remuneração por serviços produzidos CMS; 17.2.1.4. extrato de movimentação
na área da vigilância sanitária. bancária do Fundo Municipal de Saúde relativo
f) Normalização complementar, pactuada ao trimestre anterior à apresentação do pleito;
na CIB e aprovada pelo CES, relativa ao 17.2.1.5. comprovação, pelo gestor
pagamento de prestadores de serviços municipal, de condições técnicas para processar
assistenciais sob sua contratação, inclusive o SIA/SUS;
alteração de valores de procedimentos, tendo a
17.2.1.6. declaração do gestor municipal
tabela nacional como referência mínima.
comprometendo-se a alimentar, junto à SES, o
g) Transferência de recursos referentes às banco de dados nacional do SIA/SUS;
ações de epidemiologia e de controle de
17.2.1.7. proposta aprazada de
doenças.
estruturação do serviço de controle e avaliação
17. DISPOSIÇÕES GERAIS E municipal;
TRANSITÓRIAS
17.2.1.8. comprovação da garantia de
17. 1. As responsabilidades que oferta do conjunto de procedimentos coberto
caracterizam cada uma das condições de gestão pelo PAB; e
definidas nesta NOB constituem um elenco
mínimo e não impedem a incorporação de

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17.2.1.9. ata de aprovação do relatório de refere à gestão plena do sistema municipal, a
gestão no CMS; habilitação dos municípios é decidida na CIT,
com base em relatório da CIB e formalizada em
17.2.2. para que os municípios habilitados
ato da SAS/MS. No caso dos estados
atualmente na condição de gestão semiplena
categorizados na condição de gestão
possam assumir a condição de gestão plena do
convencional, a habilitação dos municípios a
sistema municipal definida nesta NOB, devem
qualquer das condições de gestão será decidida
comprovar à CIB:
na CIT, com base no processo de avaliação
17.2.2.1. a aprovação do relatório de elaborado e encaminhado pela CIB, e
gestão pelo CMS, mediante apresentação da ata formalizada em ato do MS.
correspondente;
17.4. A habilitação de estados a qualquer
17.2.2.2. a existência de serviços que das condições de gestão é decidida na CIT e
executem os procedimentos cobertos pelo PAB formalizada em ato do MS, cabendo recurso ao
no seu território, e de serviços de apoio CNS.
diagnóstico em patologia clínica e radiologia
17.5. Os instrumentos para a comprovação
básica simples, oferecidos no próprio município
do cumprimento dos requisitos para habilitação
ou contratados de outro gestor municipal;
ao conjunto das condições de gestão de estados
17.2.2.3.a estruturação do componente e municípios, previsto nesta NOB, estão
municipal do SNA; e sistematizados no ANEXO I.
17.2.2.4.a integração e articulação do 17.6. Os municípios e estados habilitados
município na rede estadual e respectivas na forma da NOB-SUS Nº 01/93 permanecem
responsabilidades na PPI. Caso o município não nas respectivas condições de gestão até sua
atenda a esse requisito, pode ser enquadrado na habilitação em uma das condições estabelecidas
condição de gestão plena da atenção básica até por esta NOB, ou até a data limite a ser fixada
que disponha de tais condições, submetendo-se, pela CIT.
neste caso, aos mesmos procedimentos referidos
17.7. A partir da data da publicação desta
no item 17.2.1;
NOB, não serão procedidas novas habilitações
17.2.3. os estados habilitados atualmente ou alterações de condição de gestão na forma da
nas condições de gestão parcial e semiplena NOB-SUS Nº 01/93. Ficam excetuados os casos
devem apresentar a comprovação dos requisitos já aprovados nas CIB, que devem ser
adicionais relativos à nova condição pleiteada protocolados na CIT, no prazo máximo de 30
na presente NOB. dias.
17.3. A habilitação de municípios à 17.8. A partir da publicação desta NOB,
condição de gestão plena da atenção básica é ficam extintos o Fator de Apoio ao Estado, o
decidida na CIB dos estados habilitados às Fator de Apoio ao Município e as transferências
condições de gestão avançada e plena do dos saldos de teto financeiro relativos às
sistema estadual, cabendo recurso ao CES. A condições de gestão municipal e estadual
SES respectiva deve informar ao MS a parciais, previstos, respectivamente, nos itens
habilitação procedida, para fins de formalização 3.1.4; 3.2; 4.1.2 e 4.2.1 da NOB-SUS Nº 01/93.
por portaria, observando as disponibilidades
17.9. A permanência do município na
financeiras para a efetivação das transferências
condição de gestão a que for habilitado, na
regulares e automáticas pertinentes. No que se

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forma desta NOB, está sujeita a processo 17.14. Num primeiro momento, em face
permanente de acompanhamento e avaliação, da inadequação dos sistemas de informação de
realizado pela SES e submetido à apreciação da abrangência nacional para aferição de
CIB, tendo por base critérios estabelecidos pela resultados, o IVR é atribuído aos estados a título
CIB e pela CIT, aprovados pelos respectivos de valorização de desempenho na gestão do
Conselhos de Saúde. Sistema, conforme critérios estabelecidos pela
CIT e formalizados por portaria do Ministério
17.10. De maneira idêntica, a permanência
(SAS/MS).
do estado na condição de gestão a que for
habilitado, na forma desta NOB, está sujeita a 17.15. O MS continua efetuando
processo permanente de acompanhamento e pagamento por produção de serviços (relativos
avaliação, realizado pelo MS e submetido à aos procedimentos cobertos pelo PAB)
apreciação da CIT, tendo por base critérios diretamente aos prestadores, somente no caso
estabelecidos por esta Comissão e aprovados daqueles municípios não habilitados na forma
pelo CNS. desta NOB, situados em estados em gestão
convencional.
17.11. O gestor do município habilitado na
condição de Gestão Plena da Atenção Básica 17.16. Também em relação aos
que ainda não dispõe de serviços suficientes procedimentos cobertos pela FAE, o MS
para garantir, à sua população, a totalidade de continua efetuando o pagamento por produção
procedimentos cobertos pelo PAB, pode de serviços diretamente a prestadores, somente
negociar, diretamente, com outro gestor no caso daqueles municípios habilitados em
municipal, a compra dos serviços não gestão plena da atenção básica e os não
disponíveis, até que essa oferta seja garantida no habilitados, na forma desta NOB, situados em
próprio município. estados em gestão convencional.
17.12. Para implantação do PAB, ficam as 17.17. As regulamentações
CIB autorizadas a estabelecer fatores complementares necessárias à operacionalização
diferenciados de ajuste até um valor máximo desta NOB são objeto de discussão e negociação
fixado pela CIT e formalizado por portaria do na CIT, observadas as diretrizes estabelecidas
Ministério (SAS/MS). Esses fatores são pelo CNS, com posterior formalização,
destinados aos municípios habilitados, que mediante portaria do MS.
apresentam gastos per capita em ações de
atenção básica superiores ao valor per capita Alterações na Norma Operacional Básica
nacional único (base de cálculo do PAB), em 01/96
decorrência de avanços na organização do
sistema. O valor adicional atribuído a cada A NOB/SUS 01/96 foi editada em 5 de
município é formalizado em ato próprio da SES. novembro de 1996 por meio da portaria GM/MS
nº 2.203.
17.13. O valor per capita nacional único,
base de cálculo do PAB, é aplicado a todos os Vários aspectos deveriam ser imediatamente
municípios, habilitados ou não nos termos desta regulamentados para viabilizar sua implantação,
NOB. Aos municípios não habilitados, o valor como por exemplo, os requisitos e instrumentos
para habilitação, implantação de nova tabela do
do PAB é limitado ao montante do valor per
SIA/SUS, o valor do PAB, o Fator de Ajuste, a
capita nacional multiplicado pela população e PPI, o Cartão SUS, a Vigilância Sanitária, as
pago por produção de serviço. Ações de Epidemiologia e Controle de Doenças,

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e a data do início de repasse automático fundo a • Foi criada a Parte Variável do PAB que
fundo do PAB. correspondia a incentivos destinados às
seguintes ações e programas:
Entretanto, em dezembro de 1996, houve a
substituição do Ministro Adib Jatene pelo (a) Programa de Agentes Comunitários de
Ministro Carlos Albuquerque, gerando uma Saúde;
reorientação na condução do Ministério da
Saúde e uma rediscussão sobre alguns conceitos (b) Programa de Saúde da Família;
contidos na versão original da NOB/SUS 01/96,
principalmente em relação ao PAB e o (c) Programa de Combate às Carências
financiamento necessário para a sua Nutricionais;
implementação.
(d) Ações Básicas de Vigilância Sanitária;
A Instrução Normativa 01/97, editada em 15 de
maio de 1997, regulamentou o processo, fluxos, (e) Assistência Farmacêutica Básica;
requisitos e instrumentos de comprovação para
Estados e municípios se habilitarem às novas (f) Ações Básicas de Vigilância Epidemiológica
condições de gestão da NOB/SUS 01/96. e Ambiental;

Discussões entre o Ministério da Saúde, • Como Incentivo às Ações de Vigilância


Estados e municípios sobre o financiamento do Sanitária foi definido um valor R$ 0,25
SUS e a implantação da NOB/SUS 01/96 habitante/ano para complementar o custeio das
consumiram quase todo o ano de 1997. Em ações já incluídas na parte fixa do PAB;
dezembro de 1997 e janeiro de 1998, o
Ministério da Saúde publicou um conjunto de • Foi definida uma nova tabela do SIA/SUS.
portarias regulamentando a implementação da
NOB/SUS 01/96. As principais alterações
introduzidas na NOB/SUS 01/96 foram:

• O conceito original do PAB foi modificado.


Deixou de ser Piso Assistencial Básico e passou
a ser chamado de Piso da Atenção Básica,
ampliando sua abrangência;

• A portaria 1.882/97 definiu uma parte fixa e


uma parte variável do novo PAB;

• O Valor Nacional da Parte Fixa do PAB foi


definido em R$ 10,00 per capita/ano a ser
transferido fundo a fundo regular e automática
aos municípios habilitados na NOB/SUS 01/96;
32 as origens e o processo de implantação do
sus

• Foi criado o “valor máximo da Parte Fixa do


PAB”, estipulado em R$18,00 habitante/ano na
reunião da CIT de 27 de janeiro de 1998;

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NOAS/SUS 01 - 2001 assistência; cria mecanismos para o
fortalecimento da capacidade de gestão do
Sistema Único de Saúde e procede à atualização
PORTARIA Nº 95, DE 26 DE JANEIRO DE dos critérios de habilitação de estados e
2001 municípios.
  O Ministro de Estado da Saúde,  no uso
Art. 2° Ficam mantidas as disposições
de suas atribuições,
constantes da Portaria GM/MS N° 1.882, de 18
Considerando os princípios do Sistema de dezembro de 1997, que estabelece o Piso da
Único de Saúde de universalidade do acesso e Atenção Básica – PAB,  bem como aquelas que
de integralidade da atenção; fazem parte dos demais atos normativos deste
Considerando o disposto no Artigo 198 Ministério da Saúde relativos aos incentivos às
da Constituição Federal de 1998, que estabelece ações de assistência na Atenção Básica.
que as ações e serviços públicos de saúde Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na
integram uma rede regionalizada e data de sua publicação, revogando-se as
hierarquizada e constituem um sistema único; disposições em contrário.
Considerando a necessidade de dar
continuidade ao processo de descentralização e   JOSÉ SERRA
organização  do Sistema Único de Saúde – SUS,   ANEXO
fortalecido com a implementação da Norma
Operacional Básica –SUS 01/96, de 05 de   NORMA OPERACIONAL DA
novembro de 1996; ASSISTÊNCIA À SAÚDE / SUS
Considerando que um sistema de saúde   NOAS-SUS 01/2001
equânime, integral, universal, resolutivo e de
boa qualidade concebe a atenção básica como  
parte imprescindível de um conjunto de ações INTRODUÇÃO
necessárias para o atendimento dos problemas
A implantação das Normas Operacionais
de saúde da população, indissociável dos demais
Básicas do SUS  - NOB-SUS 91, em especial
níveis de complexidade da atenção à saúde e
das  NOB-SUS 93 e 96 -, além de promover
indutora da reorganização do Sistema, e
uma integração de ações entre as três esferas de
Considerando as contribuições do governo, desencadeou um processo de
Conselho de Secretários Estaduais de Saúde – descentralização intenso, transferindo para os
CONASS e  Conselho Nacional de Secretários estados e, principalmente, para os municípios,
Municipais de Saúde – CONASEMS,  seguidas um conjunto de responsabilidades e recursos
da  aprovação da Comissão Intergestores para a operacionalização do Sistema Único de
Tripartite–CIT - e  Conselho Nacional de Saúde Saúde, antes concentradas no nível federal.
– CNS, em 15 de dezembro de 2000,  resolve:
A partir da implementação do Piso de
Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo desta Atenção Básica, iniciou-se um importante
Portaria, a Norma Operacional da Assistência à processo de ampliação do acesso à atenção
Saúde – NOAS-SUS 01/2001 que amplia as básica. A estratégia da Saúde da Família
responsabilidades dos municípios na Atenção encontra-se em expansão e, cada vez mais,
Básica; define o processo de regionalização da

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consolida-se como eixo estruturante para a administrativa estabelecida pela Constituição
organização da atenção à saúde. Federal de 1988, em que os três níveis de
governo são autônomos, sem vinculação
Ao final do ano de  2000, a habilitação nas
hierárquica. Tal característica do arranjo
condições de gestão previstas na NOB-SUS
federativo brasileiro torna bastante complexo o
01/96 atingia mais de 99% do total dos
processo de construção de um sistema funcional
municípios do país. A disseminação desse
de saúde. Os estados, e mais ainda os
processo possibilitou o desenvolvimento de
municípios, são extremamente heterogêneos e
experiências municipais exitosas e a formação
será sempre mera casualidade que o espaço
de um contingente de profissionais qualificados
territorial-populacional e a área de abrangência
em diferentes áreas da gestão do SUS.
político-administrativa de um município
No que diz respeito aos estados, houve correspondam a uma rede regionalizada e
avanços significativos na organização de redes resolutiva de serviços com todos os níveis de
articuladas e resolutivas de serviços, mediante o complexidade, ou mesmo que esta se localize
desenvolvimento do processo de programação dentro de um estado sem exercer poder de
integrada, a implantação de centrais de atração para além de suas fronteiras legais.
regulação, o fortalecimento do controle e
Existem, no Brasil, milhares de
avaliação, a organização de consórcios
municípios pequenos demais para gerirem, em
intermunicipais ou, ainda de forma mais
seu território, um sistema funcional completo,
explícita, por meio da formulação e progressiva
assim como existem dezenas que demandam a
implementação de planos de regionalização
existência de mais de um sistema em sua área de
promovidos pelas Secretarias de Estado da
abrangência, mas, simultaneamente, são pólos
Saúde/SES.
de atração regional. Da mesma forma, nas áreas
A experiência acumulada, à medida que o contíguas às divisas interestaduais, é freqüente
processo de gestão descentralizada do sistema que a rede de serviços de saúde deva se
amadurece,  evidencia um conjunto de organizar com unidades situadas em ambos os
problemas/obstáculos em relação a aspectos lados da demarcação político-administrativa.
críticos para a consolidação do Sistema Único Qualquer solução para esses problemas têm que
de Saúde / SUS. Alguns desses já se superar as restrições burocráticas de acesso e
manifestavam de forma incipiente quando do garantir a universalidade e a integralidade do
processo de discussão da NOB 96, entre SUS, evitando a desintegração organizacional e
dezembro de 1995 e novembro de 1996, mas a competição entre órgãos gestores e a
situavam-se em um estágio de baixo consenso e consequente atomização do SUS em milhares de
pouca maturidade nos debates entre o Ministério sistemas locais ineficientes, iníquos e não
da Saúde – MS , o Conselho de Secretários resolutivos.
Estaduais de Saúde - CONASS e o Conselho
Assim, para o aprofundamento do
Nacional de Secretários Municipais de Saúde -
processo de descentralização, deve-se ampliar a
CONASEMS,  em face da inexistência de  um
ênfase na regionalização e no aumento da
volume significativo de experiências concretas
equidade, buscando a organização de sistemas
de gestão e de análises da descentralização, em
de saúde funcionais com todos os níveis de
curso há pouco tempo.
atenção, não necessariamente confinados aos
Agregava-se a este cenário a peculiar territórios municipais e, portanto, sob
complexidade da estrutura político- responsabilidade coordenadora da SES. Além da

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lógica político-administrativa de delimitação funcionais de saúde, não necessariamente
dos sistemas de saúde, que assegura a restritos à abrangência municipal, mas
indivisibilidade dos territórios municipais e respeitando seus limites como unidade
estadual no planejamento da rede e a autonomia indivisível, de forma a garantir o acesso dos
dos entes governamentais na gestão, é cidadãos a todas as ações e serviços necessários
fundamental considerar, para a definição do para a resolução de seus problemas de saúde,
papel  da SES e de cada SMS no sistema otimizando os recursos disponíveis.
funcional, as noções de territorialidade na
identificação de prioridades de intervenção e de I . 1 – DA ELABORAÇÃO DO PLANO
organização de redes de assistência DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO
regionalizadas e resolutivas, além das 2 - Instituir o Plano Diretor de
capacidades técnico-operacionais necessárias ao Regionalização como  instrumento de
exercício das funções de alocação de recursos, ordenamento do processo de regionalização da
programação físico-financeira, regulação do assistência em cada estado e no Distrito Federal,
acesso, contratação de prestadores de serviço, baseado nos objetivos de definição de
controle e avaliação. prioridades de intervenção coerentes com as
O conjunto de estratégias apresentadas necessidades de saúde da população e garantia
nesta Norma Operacional da Assistência à de acesso dos cidadãos a todos os níveis de
Saúde articula-se em torno do pressuposto de atenção.
que, no atual momento da implantação do SUS, 2.1 - Cabe às Secretarias de Estado da 
a ampliação das responsabilidades dos Saúde e do Distrito Federal  a elaboração do
municípios na garantia de acesso aos serviços de Plano Diretor de Regionalização, em
atenção básica, a  regionalização e a consonância com o Plano Estadual de Saúde,
organização funcional do sistema são elementos sua submissão à aprovação da Comissão
centrais para o avanço do processo. Intergestores Bipartite - CIB e do Conselho
Neste sentido, esta NOAS-SUS atualiza a Estadual de Saúde – CES  e o encaminhamento
regulamentação da assistência, considerando os ao Ministério da Saúde.
avanços já obtidos e enfocando os desafios a 3 - No que diz respeito à assistência, o
serem superados no processo permanente de Plano  Diretor de Regionalização deverá ser
consolidação e aprimoramento do Sistema elaborado na perspectiva de garantir:
Único de Saúde.
A -  O acesso aos cidadãos, o mais
próximo possível de sua residência, a um
CAPÍTULO  I – REGIONALIZAÇÃO
conjunto de ações e serviços  vinculados às
1 - Estabelecer o processo de seguintes responsabilidades mínimas:
regionalização como  estratégia de
hierarquização dos serviços de saúde e de busca - assistência pré-natal, parto e puerpério;
de maior equidade. - acompanhamento do crescimento e
1.1 - O processo de regionalização deverá desenvolvimento infantil;
contemplar uma lógica de planejamento - cobertura universal do esquema
integrado, compreendendo as noções de preconizado pelo Programa Nacional de
territorialidade na identificação de prioridades Imunizações, para todas as faixas etárias;
de intervenção e de conformação de sistemas

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- ações de promoção da saúde e prevenção pode se dividir em regiões e/ou microrregiões
de doenças; de saúde. Por sua vez, a menor base territorial
de planejamento regionalizado, seja uma região
- tratamento das intercorrências mais
ou uma microrregião de saúde, pode
comuns na infância;
compreender um ou mais módulos assistenciais.
- atendimento de afecções agudas de
 B - Módulo assistencial – módulo
maior incidência;
territorial com  resolubilidade correspondente ao
- acompanhamento de pessoas com primeiro nível de referência, definida no Item 7
doenças crônicas de alta prevalência; - Capítulo I desta Norma, constituído por um ou
- tratamento clínico e cirúrgico de casos mais municípios, com área de abrangência
de pequenas urgências ambulatoriais; mínima a ser estabelecida para cada Unidade da
Federação, em regulamentação específica, e
- tratamento dos distúrbios mentais e com as seguintes características:
psicossociais mais frequentes;
- conjunto de municípios, entre os quais
- controle das doenças bucais mais há um município-sede, habilitado em Gestão
comuns; Plena do Sistema Municipal/GPSM com
- suprimento / dispensação dos capacidade de ofertar a totalidade dos serviços
medicamentos da Farmácia Básica. de que trata o Item 7 - Capítulo I desta Norma,
com suficiência, para sua população e para a
B – O acesso de todos os cidadãos aos população de outros municípios a ele adscritos;
serviços necessários à resolução de seus ou município em Gestão Plena do Sistema
problemas de saúde, em qualquer nível de Municipal, com capacidade de ofertar com
atenção, diretamente ou mediante o suficiência a totalidade dos serviços de que trata
estabelecimento de compromissos entre gestores o Item 7  - Capítulo I  para sua própria
para o atendimento de referências população, quando não necessitar desempenhar
intermunicipais. o papel de referência para outros municípios.
4  - Definir os seguintes conceitos-chaves C - Município-sede do módulo
para a organização da assistência no âmbito assistencial – município existente em um
estadual, que deverão ser observados no Plano módulo assistencial que apresente a capacidade
Diretor de Regionalização: de ofertar a totalidade dos serviços de que trata
A – Região de saúde – base territorial de o Item 7 - Capítulo I, correspondente ao
planejamento da atenção à saúde, não primeiro nível de referência intermunicipal, com
necessariamente coincidente com a divisão suficiência, para sua população e para a
administrativa do estado, a ser definida pela população de outros municípios a ele adscritos.
Secretaria de Estado da Saúde, de acordo com D - Município-pólo – município que, de
as especificidades e estratégias de acordo com a definição da estratégia de
regionalização da saúde em cada estado, regionalização de cada estado, apresente papel
considerando as características demográficas, de referência para outros municípios, em
socioeconômicas, geográficas, sanitárias, qualquer nível de atenção.
epidemiológicas, oferta de serviços, relações
entre municípios, entre outras. Dependendo do E - Unidade territorial de qualificação na
modelo de regionalização adotado, um estado assistência à saúde – representa a base territorial
mínima a ser submetida à aprovação do

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Ministério da Saúde e Comissão Intergestores contar da publicação desta Norma, a
Tripartite para qualificação na assistência à regulamentação específica sobre o Plano Diretor
saúde, que deve ser a menor base territorial de de Regionalização, no que diz respeito à
planejamento regionalizado de cada Unidade da organização da assistência.
Federação acima do módulo assistencial, seja
uma microrregião de saúde ou uma região de I.2 – DA AMPLIAÇÃO DO ACESSO E DA
saúde (nas UF em que o modelo de QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA
regionalização adotado não admitir 6 - Instituir a Gestão Plena da Atenção
microrregiões de saúde). Básica Ampliada –GPABA.
5 - Determinar que o Plano Diretor de 6.1 - Definir como  áreas de atuação
Regionalização contenha, no que diz respeito à estratégicas mínimas para habilitação na
assistência, no mínimo: condição de Gestão Plena da Atenção Básica
A - a descrição da organização do Ampliada:  o controle da tuberculose, a
território estadual em regiões/microrregiões de eliminação da hanseníase, o controle da
saúde e módulos assistenciais, com a hipertensão arterial, o controle da diabetes
identificação dos muncípios-sede e municípios- mellitus, a saúde da criança, a saúde da mulher e
pólo e dos demais municípios abrangidos; a saúde bucal, conforme detalhamento
apresentado  no  ANEXO 1 desta Norma.
B -  a identificação das prioridades de
intervenção em cada região/microrregião; 6.2 - As ações de que trata o ANEXO 1 
desta Norma  devem ser assumidas por todos os
C - o Plano Diretor de Investimentos para municípios brasileiros, de acordo com o seu
atender as prioridades identificadas e conformar perfil epidemiológico, como um componente
um sistema resolutivo e funcional de atenção à essencial e mínimo para o cumprimento das
saúde; metas do Pacto da Atenção Básica, instituído
D - a inserção e o papel de todos os pela Portaria GM/MS nº 3.925, de 13 de
municípios nas regiões/microrregiões de saúde, novembro de 1998.
com identificação dos municípios sede, de sua 6.3 - O conjunto de procedimentos
área de abrangência e dos fluxos de referência; assistenciais que compõem as ações de Atenção
E - os mecanismos de relacionamento Básica Ampliada é compreendido por aqueles
intermunicipal com organização de fluxos de atualmente cobertos pelo Piso de Atenção
referência e contra referência e implantação de Básica – PAB, acrescidos dos procedimentos
estratégias de regulação visando à garantia do relacionados no ANEXO 2 desta Norma.
acesso da população aos serviços; 6.4  - Para o financiamento do elenco de
F - a proposta de estruturação de redes de procedimentos da Atenção Básica Ampliada,
referência especializada em áreas específicas; será instituído o PAB-Ampliado, e seu valor
definido, no prazo de 60 (sessenta) dias, em
G - a identificação das necessidades e a
Portaria Conjunta da Secretaria Executiva/SE e
proposta de fluxo de referência para outros
da Secretaria de Políticas de Saúde/SPS, sendo
estados, no caso de serviços não disponíveis no
que os municípios que hoje já recebem o PAB
território estadual.
fixo em valor superior ao PAB-Ampliado não
5.1 – A Secretaria de Assistência à Saúde/ terão acréscimo no valor per capita.
SAS publicará, no prazo de 30 (trinta) dias, a

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6.5  - Os municípios já habilitados nas 8 - O financiamento federal do conjunto
condições de gestão da NOB 01/96 estarão de serviços de que trata o Item 7 - Capítulo I 
aptos a receber o PAB-Ampliado, após desta Norma  adotará a seguinte lógica:
avaliação das Secretarias de Estado da Saúde,
8.1 - o financiamento das ações
aprovação da CIB, e homologação da CIT, em
ambulatoriais será feito com base em um valor
relação aos seguintes aspectos:
per capita nacional, a ser definido em portaria
a) Plano Municipal de Saúde vinculado à conjunta da Secretaria Executiva/SE e 
programação físico-financeira; Secretaria de Assistência à Saúde/SAS, a ser
submetida à Comissão Intergestores Tripartite,
b) alimentação regular dos bancos de
no prazo de 60 (sessenta) dias após a publicação
dados nacionais do SUS;
desta Norma.
c) desempenho dos indicadores de
8.2  - o financiamento das internações
avaliação da atenção básica no ano anterior;
hospitalares será feito de acordo com o processo
d) estabelecimento do pacto de melhoria de Programação Pactuada e Integrada,
dos indicadores de atenção básica no ano conduzido pelo gestor estadual, respeitado o
subsequente; e Teto Financeiro da Assistência/TFA de cada
e) capacidade de assumir as Unidade da Federação.
responsabilidades mínimas definidas  no 8.3 - ao longo do processo de qualificação
Subitem 6.1 deste Item. das microrregiões, o Ministério da Saúde deverá
6.6 - A Secretaria de Políticas de adicionar recursos ao Teto Financeiro dos
Saúde/SPS é a estrutura do Ministério da Saúde Estados para cobrir a diferença entre os gastos
responsável pela regulamentação de critérios, atuais com esses procedimentos e o montante
fluxos e instrumentos do processo referido no correspondente ao per capita nacional
Subitem 6.5, e deverá, no prazo de 30 (trinta) multiplicado pela população.
dias, apresentá-los à Comissão Intergestores 8.4 - nas microrregiões não qualificadas, o
Tripartite para deliberação. financiamento dos procedimentos constantes do
ANEXO 3 desta Norma  continuará sendo feito
I. 3 – DA QUALIFICAÇÃO DAS de acordo com a lógica de pagamento por
MICRORREGIÕES NA ASSISTÊNCIA À produção.
SAÚDE
9 - O repasse dos recursos de que trata o
7 - Definir um conjunto mínimo de
Subitem  8.1 - Item 8 - Capítulo I desta Norma,
procedimentos de média complexidade como
para a cobertura da população de uma dada
primeiro nível de referência intermunicipal, com
microrregião estará condicionado à aprovação
acesso garantido a toda a população no âmbito
pela CIT da qualificação da referida
microrregional, ofertados em um  ou mais
microrregião na assistência à saúde.
módulos assistenciais.
9.1 - Nas Unidades da Federação cujo
7.1 - Esse conjunto mínimo de serviços de
modelo de regionalização não compreenda
média complexidade compreende as atividades
microrregiões de saúde, a unidade territorial de
ambulatoriais, de apoio diagnóstico e
qualificação na assistência à saúde será a menor
terapêutico e de internação hospitalar,
base territorial de planejamento regionalizado
detalhadas no ANEXO 3 desta Norma.
acima do módulo assistencial, ou seja, a região

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de saúde, desde que essa atenda a todos os municípios da microrregião na condição de
critérios requeridos para o reconhecimento da Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada.
consistência do Plano Diretor de Regionalização
D - comprovação da Programação
e às mesmas condições exigidas para a
Pactuada e Integrada implantada, sob a
qualificação das microrregiões descritas nesta
coordenação do gestor estadual, com definição
Norma  e na regulamentação complementar.
de limites financeiros para todos os municípios
9.2 - A Secretaria de Assistência à Saúde é do estado, com separação das parcelas
a estrutura do MS responsável pela análise financeiras correspondentes à própria população
técnica das propostas de qualificação das e à população referenciada;
microrregiões na assistência à saúde, a serem
E - apresentação do Termo de
submetidas à aprovação da CIT, de acordo com
Compromisso para Garantia de Acesso firmado
as regras estabelecidas nesta Norma.
entre cada município-sede e o estado, em
9.3 -  O processo de qualificação das relação ao atendimento da população
microrregiões na assistência à saúde será referenciada por outros municípios a ele
detalhado em regulamentação complementar  da adscritos.  
Secretaria de Assistência à Saúde, a ser
11- Após a qualificação de uma
submetida à Comissão Intergestores Tripartite,
microrregião, o montante de recursos
no prazo de 30 (trinta)  dias após a publicação
correspondente aos procedimentos listados no
desta Norma.
ANEXO 3 desta Norma  destinados à cobertura
10 - A qualificação de cada microrregião, de sua população, e o montante de recursos
no âmbito da assistência à saúde, estará referentes à cobertura da população residente
condicionada a: nos municípios a ele adscritos, passam a ser
transferidos fundo a fundo ao município sede de
A - apresentação pelo gestor estadual do
cada módulo assistencial, sendo que a parcela
Plano Diretor de Regionalização do estado,
relativa à população residente nos municípios
aprovado na CIB e CES incluindo o desenho de
adscritos estará condicionada ao cumprimento
todas as microrregiões;
de Termo de Compromisso para a Garantia de
B - apresentação, para cada microrregião a Acesso, conforme normatizado nos  Itens 30 e
ser qualificada, de: (i) municípios que compõem 31 – Capítulo II desta Norma.
a microrregião; (ii) definição dos módulos
11.1 - Caso exista na microrregião
assistenciais existentes, com explicitação de sua
qualificada um município habilitado em Gestão
área de abrangência e do município-sede de
Plena da Atenção Básica que disponha em seu
cada módulo; (iii) vinculação de toda a
território de laboratório de patologia clínica ou
população de cada município da microrregião a
serviço de radiologia ou ultra-sonografia
um único município-sede de módulo
gineco-obstétrica, em quantidade suficiente e
assistencial, de forma que cada município
com qualidade adequada para o atendimento de
integre somente um módulo assistencial e os
sua própria população, mas que não tenha o
módulos assistenciais existentes cubram toda a
conjunto de serviços requeridos para ser
população do estado. 
habilitado em Gestão Plena do Sistema
C - habilitação do(s) município(s)-sede de Municipal, esse município poderá celebrar um
módulo assistencial em Gestão Plena do acordo com o município-sede do módulo
Sistema Municipal e de todos os demais

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assistencial para, provisoriamente, atender sua ações desse nível de atenção, cuja
própria população no referido serviço. regulamentação específica será submetida à
aprovação da CIT.
I. 4 - DA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS 14 - O processo de Programação Pactuada
DE MÉDIA COMPLEXIDADE  
e Integrada/PPI, coordenado pelo gestor
12 - A Atenção de Média Complexidade – estadual, cujas diretrizes são apresentadas nos
MC – compreende um conjunto de ações e Itens 24 a 27 – Capítulo II desta Norma
serviços ambulatoriais e hospitalares que visam representa o principal instrumento para garantia
atender os principais problemas de saúde da de acesso da população aos serviços de média
população, cuja prática clínica demande a complexidade não disponíveis em seu município
disponibilidade de profissionais especializados e de residência, devendo orientar a alocação de
a utilização de recursos tecnológicos de apoio recursos e definição de limites financeiros para
diagnóstico e terapêutico, que não justifique a todos os municípios do estado, independente de
sua oferta em todos os municípios do país. sua condição de gestão.
13 - Excetuando as ações mínimas da 14.1 - A programação das ações
média complexidade de que trata o Item 7 -  ambulatoriais de média complexidade deve
Capítulo I desta Norma desta Norma, que compreender: identificação das necessidades de
devem ser garantidas no âmbito microrregional, saúde de sua população, definição de
as demais ações assistenciais de média prioridades, aplicação de parâmetros físicos e
complexidade, tanto ambulatoriais como financeiros definidos pelas Secretarias Estaduais
hospitalares, podem ser garantidas no âmbito de Saúde para os diferentes grupos de ações
microrregional, regional ou mesmo estadual, de assistenciais - respeitados os limites financeiros
acordo com o tipo de serviço, a disponibilidade estaduais - e estabelecimento de fluxos de
tecnológica, as características do estado e a referências entre municípios.
definição no Plano Diretor de Regionalização
do estado. 14.2 - A alocação de recursos referentes a
cada grupo de programação de ações
13.1 - O gestor estadual deve adotar ambulatoriais de média complexidade para a
critérios para a organização regionalizada das população própria de um dado município terá
ações de média complexidade que considerem: como limite financeiro o valor per capita
necessidade de qualificação e especialização dos estadual definido para cada grupo, multiplicado
profissionais  para o desenvolvimento das ações, pela população do município.
correspondência entre a prática clínica e
capacidade resolutiva diagnóstica e terapêutica, 14.3 - A programação de internações
complexidade e custo dos equipamentos, hospitalares deve compreender: a utilização de
abrangência recomendável para cada tipo de critérios objetivos que considerem a estimativa
serviço, métodos e técnicas requeridos para a de internações necessárias para a população, a
realização das ações. distribuição e complexidade dos hospitais, o
valor médio das Autorizações de Internação
13.2 - A Secretaria de Assistência à Saúde Hospitalar/AIH, bem como os fluxos de
elaborará, em 30 (trinta)  dias, instrumentos de referência entre municípios para internações
subsídio à organização e programação da média hospitalares.
complexidade, compreendendo grupos de
programação e critérios de classificação das 14.4 - A alocação de recursos
correspondentes às referências intermunicipais,

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ambulatoriais e hospitalares, decorre do normas nacionais, no controle do cadastro
processo de programação integrada entre nacional de prestadores de serviços, na vistoria
gestores e do estabelecimento de Termo de de serviços quando lhe couber, de acordo com
Compromisso de Garantia de Acesso, tratado as normas de cadastramento estabelecidas pelo
no  Item 30 – Capítulo II desta Norma  próprio Ministério da Saúde, na definição de
implicando a separação da parcela incorporação dos procedimentos a serem
correspondente às referências no limite ofertados à população pelo SUS, na definição
financeiro do município. do elenco de procedimentos de alta
complexidade, no estabelecimento de estratégias
15 - Diferentemente do exigido para a
que possibilitem o acesso mais equânime
organização das referências intermunicipais no
diminuindo as diferenças regionais na alocação
módulo assistencial, abordada na seção I.3 –
dos serviços, na definição de mecanismos de
Capítulo I desta Norma, no caso das demais
garantia de acesso para as referências
ações de média complexidade, quando os
interestaduais, na busca de mecanismos voltados
serviços estiverem dispersos por vários
à melhoria da qualidade dos serviços prestados,
municípios, admite-se que um mesmo
no financiamento das ações.
município encaminhe referências para mais de
um pólo de média complexidade, dependendo 16.1 - A garantia de acesso aos
da disponibilidade de oferta, condições de procedimentos de alta complexidade é de
acesso e fluxos estabelecidos na PPI. responsabilidade solidária entre o Ministério da
Saúde e as Secretarias de Estado da Saúde e do
15.1 - O gestor estadual, ao coordenar um
Distrito Federal.
processo de planejamento global no estado,
deve adotar critérios para evitar a superposição 17 - O gestor estadual é responsável pela
e proliferação indiscriminada e desordenada de gestão da política de alta complexidade/custo
serviços, levando sempre em consideração as no  âmbito do estado, mantendo  vinculação
condições de acessibilidade, qualidade e com a política nacional, sendo consideradas
racionalidade na organização de serviços. intransferíveis as funções de definição de
prioridades assistenciais e programação da alta
15.2  - Deve-se buscar estabelecer as
complexidade, incluindo:
referências para a média complexidade em um
fluxo contínuo, dos municípios de menor A - a definição da alocação de recursos
complexidade para os de maior complexidade, orçamentários do Teto Financeiro da
computando, no município de referência, as Assistência/ TFA do estado para cada área de
parcelas físicas e financeiras correspondentes ao alta complexidade;
atendimento da população dos municípios de
B - a definição de prioridades de
origem, conforme acordado no processo de
investimentos para garantir o acesso da
Programação Pactuada e Integrada entre os
população a serviços de boa qualidade, o que
gestores.
pode, dependendo das características do estado,
requerer desconcentração ou concentração para 
I. 5- DA POLÍTICA DE ATENÇÃO DE a otimização da oferta de serviços, tendo em
ALTA COMPLEXIDADE/CUSTO NO SUS
vista a melhor utilização dos recursos
16 - A responsabilidade do Ministério da disponíveis, a garantia de economia de escala e
Saúde sobre a política de alta melhor qualidade;   
complexidade/custo se traduz na definição de

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C - a delimitação da área de abrangência A - a programação das metas físicas e
dos serviços de alta complexidade; financeiras dos prestadores de serviços,
garantindo a possibilidade de acesso para a sua
D - a coordenação do processo de garantia
população e para a população referenciada
de acesso para a população de referência entre
conforme o acordado na PPI e no Termo de
municípios;
Garantia de Acesso assinado com o estado;
E – a definição de limites financeiros  para
B - realização de vistorias no que lhe
a alta complexidade, com explicitação da
couber, de acordo com as normas do Ministério
parcela correspondente ao atendimento da
da Saúde;
população do município onde está localizado o
serviço e da parcela correspondente a C - condução do processo de contratação;
referências de outros municípios;
D - autorização para realização dos
F - a condução dos remanejamentos procedimentos e a efetivação dos pagamentos
necessários na programação da alta (créditos bancários);
complexidade, inclusive com mudanças nos
E - definição de fluxos e rotinas
limites municipais;
intramunicipais compatíveis com as estaduais;
G - os processos de vistoria para inclusão
F - controle, a avaliação e a auditoria de
de novos serviços no que lhe couber, em
serviços. 
conformidade com as normas de cadastramento
do MS; 18.1 – Nos municípios habilitados em
Gestão Plena da Atenção Básica/GPAB ou
H - a implementação de mecanismos de
Gestão Plena da Atenção
regulação da assistência em alta complexidade
Básica-Ampliada/GPBA que tenham serviços de
(centrais de regulação, implementação de
alta complexidade em seu território, as funções
protocolos clínicos, entre outros), podendo
de gestão e relacionamento com os prestadores
delegar aos municípios a operação desses
de alta complexidade, são de responsabilidade
mecanismos;
do gestor estadual, podendo este delegar tais
I - o controle e a avaliação do sistema, funções aos gestores municipais.
quanto à sua resolubilidade e acessibilidade;
19 - Os procedimentos ambulatoriais e
J - a otimização da oferta de serviços, hospitalares que compõem a atenção de alta
tendo em vista a otimização dos recursos complexidade/custo foram definidos por meio
disponíveis, a garantia de economia de escala e da Portaria SAS nº 96, de 27 de março de 2000,
melhor qualidade. publicada no Diário Oficial de 01 de junho de
2000.
18 - Os municípios que tiverem em seu
território serviços de alta complexidade/custo, 20 - O financiamento  da alta
quando habilitados em Gestão Plena do Sistema complexidade se dará de duas formas:
Municipal, deverão desempenhar as funções
A -  parte das ações de alta complexidade
referentes à organização dos serviços de alta
será financiada com recursos do Teto Financeiro
complexidade em seu território, visando
da Assistência das unidades da federação;
assegurar o comando único sobre os
prestadores, destacando-se: B -  parte das ações de alta complexidade
será financiada com recursos oriundos do Fundo

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de Ações Estratégicas  e Compensação – FAEC, CAPÍTULO II – FORTALECIMENTO DA
ou de outro mecanismo que venha a substituí-lo CAPACIDADE DE GESTÃO NO SUS
com a mesma finalidade e que será gerenciado
pelo Ministério da Saúde, de acordo com a II. 1 -  DO PROCESSO DE
PROGRAMAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
regulamentação específica, a ser estabelecida,
no prazo de 60 (sessenta) dias,  em ato conjunto 24 - Cabe ao Ministério da Saúde a
da SE e SAS. coordenação do processo de programação da
assistência à saúde em âmbito nacional.
21 - O Ministério da Saúde/MS definirá os
valores de recursos destinados ao custeio da 24.1 - As unidades da federação deverão
assistência de alta complexidade para cada encaminhar ao Ministério da Saúde uma versão
estado e estes, de acordo com a PPI e dentro do consolidada da Programação Pactuada e
limite financeiro estadual, deverão prever a Integrada/PPI, cujo conteúdo será apresentado
parcela  dos recursos  a serem gastos em cada em regulamentação específica.
município para cada área de alta complexidade, 24.2 - As unidades da federação poderão
destacando a parcela a ser utilizada com a dispor de instrumentos próprios de programação
população do próprio município e a parcela a ser adequados às suas especificidades e de
gasta com a população de referência. informações detalhadas acerca da PPI,
22 - A assistência de alta complexidade  respeitados os princípios gerais e os requisitos
será programada no âmbito regional/estadual, e da versão consolidada a ser enviada ao
em alguns casos macrorregional, tendo em vista Ministério da Saúde.
as características especiais desse grupo – alta 24.3 -  A Secretaria de Assistência à
densidade tecnológica e alto custo, economia de Saúde, por intermédio do Departamento de
escala, escassez de profissionais especializados Descentralização da Gestão da Assistência,
e concentração de oferta em poucos municípios. deverá apresentar à Comissão Intergestores
22.1 - A programação deve prever, quando Tripartite, no prazo de 30 (trinta) dias,
necessário, a referência de pacientes para outros documento de proposição das diretrizes e
estados, assim como reconhecer o fluxo princípios orientadores, metodologia e
programado de pacientes de outros estados, parâmetros referenciais de cobertura e outros
sendo que esta programação será consolidada instrumentos específicos de apoio à
pela SAS/MS. programação da assistência ambulatorial e
hospitalar.
23 - A programação da Atenção de Alta
Complexidade deverá ser precedida de estudos 25 - Cabe à SES a coordenação da
da distribuição regional de serviços e da programação pactuada e integrada no âmbito do
proposição pela Secretaria de Estado da estado, por meio  do estabelecimento de
Saúde/SES de um limite financeiro claro para processos e métodos que assegurem:
seu custeio, sendo que Plano Diretor de A -  que as diretrizes, objetivos e
Regionalização apontará as áreas de prioridades da política estadual de saúde e os
abrangência dos municípios-pólo e dos serviços parâmetros de programação, em sintonia com a
de referência na Atenção de Alta Complexidade. Agenda de Compromissos e Metas Nacionais,
sejam discutidos com os gestores municipais,
aprovados pelos Conselhos Estaduais e

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implementados em fóruns regionais e/ou programação ambulatorial e hospitalar,
microrregionais de negociação entre gestores; respeitado o limite financeiro estadual, bem
como da definição de referências
B -  a alocação de recursos centrada em
intermunicipais na PPI. Dessa forma, o limite
uma lógica de atendimento às reais necessidades
financeiro por município deve ser gerado pela
da população e jamais orientada pelas
programação para o atendimento da própria
necessidades dos prestadores de serviços;
população, deduzida da necessidade de
C -  a operacionalização do Plano Diretor encaminhamento para outros municípios e
de Regionalização e de estratégias de regulação acrescida da programação para atendimento de
do sistema, mediante a adequação dos critérios e referências  recebidas de outros municípios.
instrumentos de pactuação e alocação dos
26.3 -  Os municípios habilitados ou que
recursos assistenciais e a adoção de mecanismos
vierem se habilitar na condição de Gestão Plena
que visem regular a oferta e a demanda de
do Sistema Municipal devem receber
serviços, organizar os fluxos e garantir o acesso
diretamente, em seu Fundo Municipal de Saúde,
às referências;
o montante total de recursos federais
D -  a explicitação do modelo de gestão correspondente ao limite financeiro programado
com a definição das responsabilidades sobre as para aquele município, compreendendo a
diversas unidades assistenciais de forma parcela destinada ao atendimento da população
coerente com as condições de habilitação e própria e,  condicionada ao cumprimento do
qualificação. Termo de Compromisso para Garantia de
26 - A Programação Pactuada e Integrada, Acesso celebrado com o gestor estadual, a
aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite, parcela destinada ao atendimento da população
deverá nortear a alocação de recursos federais referenciada, conforme detalhado no  Item 30 –
da assistência entre municípios pelo gestor Capítulo II e no ANEXO 4 desta Norma.
estadual, resultando na definição de limites 26.4 -  Os limites financeiros da
financeiros claros para todos os municípios do assistência por município estão sujeitos a
estado, independente da sua condição de reprogramação em função da revisão periódica
habilitação. da PPI, coordenada pelo gestor estadual.
26.1 - Define-se limite financeiro da Particularmente, a parcela correspondente às
assistência por município como o limite referências intermunicipais, poderá ser alterada
máximo de recursos federais que poderá ser pelo gestor estadual, trimestralmente, em
gasto com o conjunto de serviços existentes em decorrência de ajustes no Termo de
cada território municipal, sendo composto por Compromisso e pontualmente, em uma série de
duas parcelas separadas: recursos destinados ao situações específicas, detalhadas nos  Itens 31 e
atendimento da população própria e recursos 32 – Capítulo II e  no ANEXO 4 desta Norma.
destinados ao atendimento da população 27 - A SES deverá obrigatoriamente
referenciada de acordo com as negociações encaminhar ao Ministério da Saúde, em prazo a
expressas na PPI. ser estabelecido pela SAS/MS, os seguintes
26.2 -  Os limites financeiros da produtos do processo de programação da
assistência por município devem ser definidos assistência: 
globalmente em cada estado a partir da A - Publicação no Diário Oficial do
aplicação de critérios e parâmetros de Estado do limite financeiro global da assistência

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por municípios do estado, independente de sua Acesso, cuja forma é apresentada no ANEXO 4
condição de gestão, composto por uma parcela desta Norma . 
destinada ao atendimento da população do
30.1 - O Termo de Compromisso de
próprio município e uma parcela correspondente
Garantia de Acesso tem como base o processo
às referências intermunicipais;
de programação e contém as metas físicas e
B - Definição de periodicidade e métodos orçamentárias das ações definidas na PPI a
de revisão dos limites financeiros municipais serem ofertadas nos municípios pólo, os
aprovados, que pode se dar em função de: compromissos assumidos pela SES e SMS, os
incorporação de novos recursos ao limite mecanismos de garantia de acesso,  processo de
financeiro estadual, mudanças na capacidade acompanhamento e revisão do Termo e sanções
instalada de municípios, remanejamento de previstas.
referências entre municípios; imposição pelo
30.2 – A padronização dos instrumentos
município-pólo de barreiras ao acesso da
que correspondem aos anexos integrantes do
população encaminhada por outros municípios,
Termo de Compromisso de Garantia de Acesso
que colidam com as referências intermunicipais
será disponibilizada aos gestores pela SAS/SAS,
negociadas, entre outros motivos.
no prazo de 30 (trinta) dias, após a publicação
desta Norma
II. 2 - DAS RESPONSABILIDADES DE
CADA NÍVEL DE GOVERNO NA 31 - A SES poderá alterar a parcela de
GARANTIA DE ACESSO DA POPULAÇÃO recursos correspondente às referências
REFERENCIADA intermunicipais no limite financeiro do
28 - O Ministério da Saúde assume, de município em GPSM, nas seguintes situações,
forma solidária com as Secretarias de Estado da detalhadas no Termo de Compromisso para
Saúde e do Distrito Federal, a responsabilidade Garantia de Acesso:
pelo atendimento a pacientes referenciados entre
A - periodicamente (período não superior
estados.
a 12 meses), em função da revisão global da
29  - A garantia de acesso da população PPI, conduzida pela SES e aprovada pela CIB;
aos serviços não disponíveis em seu município
B -  trimestralmente, em decorrência do
de residência é de responsabilidade do gestor
acompanhamento da execução do Termo e do
estadual, de forma solidária com os municípios
fluxo de atendimento das referências, de forma a
de referência, observados os limites financeiros,
promover os ajustes necessários, a serem
devendo o mesmo organizar o sistema de
informados à CIB em sua reunião subsequente;
referência utilizando mecanismos e
instrumentos necessários, compatíveis  com a C - pontualmente, por meio de alteração
condição de gestão do município onde os direta pela SES (respeitados os prazos de
serviços estiverem localizados. comunicação aos gestores estabelecidos no
Termo de Compromisso, conforme detalhado no
30 - Nos casos em que os serviços de
ANEXO 4 desta Norma), a ser informada à CIB
referência estiverem localizados em municípios
em sua reunião subsequente, nos seguintes
habilitados em GPSM, os mesmos devem se
casos: abertura de novo serviço em município
comprometer com o atendimento da população
que anteriormente encaminhava sua população
referenciada subscrevendo com o estado um
para outro; redirecionamento do fluxo de
Termo de Compromisso para Garantia de
referência da população de um município pólo

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para outro, solicitado pelo gestor municipal; C - qualidade da assistência e  satisfação
problemas no atendimento da população dos usuários;
referenciada ou descumprimento pelo município
D - resultados e impacto sobre a saúde da
em GPSM dos acordos estabelecidos no Termo
população.
de Compromisso para Garantia de Acesso.
36 - Todos os níveis de governo devem
32 - Quaisquer alterações nos limites
avaliar o funcionamento do sistema de saúde, no
financeiros dos municípios em Gestão Plena do
que diz respeito ao desempenho nos processos
Sistema Municipal, decorrentes de ajuste ou
de gestão, formas de organização e modelo de
revisão da programação e do Termo de
atenção, tendo como eixo orientador a
Compromisso para Garantia do Acesso serão
promoção da equidade no acesso e na alocação
comunicadas pelas SES a SAS/MS, para que
dos recursos, e como instrumento básico para o
esta altere os valores a serem transferidos ao
acompanhamento e avaliação dos sistemas de
Fundo Municipal de Saúde correspondente.
saúde o Relatório de Gestão;
33 - Para habilitar-se ou permanecer
37 - O controle e a avaliação dos
habilitado na condição de GPSM, o município
prestadores de serviços, a ser exercido pelo
deverá participar do processo de programação e
gestor do SUS responsável de acordo com a
assumir, quando necessário, o atendimento à
condição de habilitação e modelo de gestão
população de referência, conforme acordado na
adotado, compreende o conhecimento global
PPI e consolidado por meio da assinatura do
dos estabelecimentos de saúde localizados em
referido Termo de Compromisso para a Garantia
seu território, o cadastramento de serviços, a
do Acesso.
condução de processos de compra e
contratualização de serviços de acordo com as
II.3 - DO PROCESSO DE CONTROLE, necessidades identificadas e regras legais, o
AVALIAÇÃO E REGULAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA acompanhamento do faturamento, quantidade e
qualidade dos serviços prestados, entre outras
34 - As funções de controle e avaliação atribuições.
devem ser coerentes com os processos de
planejamento, programação e alocação de 37.1 -  O cadastro completo e fidedigno de
recursos em saúde tendo em vista sua unidades prestadoras de serviços de saúde é um
importância para a revisão de prioridades e requisito básico para programação de serviços
diretrizes, contribuindo para o alcance de assistenciais, competindo ao gestor do SUS
melhores resultados em termos de impacto na responsável pelo relacionamento com cada
saúde da população. unidade, seja própria, contratada ou conveniada,
a garantia da atualização permanente dos dados
35 - O fortalecimento das funções de cadastrais e de alimentação dos bancos de dados
controle e avaliação dos gestores do SUS deve nacionais do SUS.
se dar principalmente, nas seguintes dimensões:
37.2 - O interesse público e a identificação
A -  avaliação da organização do sistema e de necessidades assistenciais devem pautar o
do modelo de gestão; processo de compra de serviços na rede privada,
B -  relação com os prestadores de que deve seguir a legislação, as normas
serviços; administrativas específicas e os fluxos de
aprovação definidos na Comissão Intergestores
Bipartite, quando a disponibilidade da rede

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pública for insuficiente para o atendimento da 40 - Ao gestor do SUS responsável pelo
população. relacionamento com cada unidade, conforme
sua condição de habilitação e qualificação, cabe
37.3 - Os contratos de prestação de
programar e regular a oferta de serviços e seu
serviços devem representar instrumentos
acesso de acordo com as necessidades
efetivos de responsabilização dos prestadores
identificadas.
com os objetivos, atividades e metas
estabelecidas pelos gestores de acordo com as 40.1 – A regulação da assistência deverá
necessidades de saúde identificadas. ser efetivada por meio da implantação de
complexos reguladores que congreguem
37.4 - Os procedimentos técnico-
unidades de trabalho responsáveis pela
administrativos prévios à realização de serviços
regulação das urgências, consultas, leitos e
e à ordenação dos respectivos pagamentos,
outros que se fizerem necessários.
especialmente a autorização de internações e de
procedimentos ambulatoriais de alta 41 - A regulação da assistência, voltada
complexidade e/ou alto custo, devem ser para a disponibilização da alternativa
organizados de forma a facilitar o acesso dos assistencial mais adequada à necessidade do
usuários e permitir o monitoramento adequado cidadão, de forma equânime, ordenada,
da produção e faturamento de serviços. oportuna e qualificada, pressupõe:
37.5 -  Outros mecanismos de controle e A - a realização prévia de um processo de
avaliação devem ser adotados pelo gestor avaliação das necessidades de saúde e de
público, como o acompanhamento dos planejamento/programação, que considere
orçamentos públicos em saúde, a análise da aspectos epidemiológicos, os recursos
coerência entre a programação, a produção e o assistenciais disponíveis e condições de acesso
faturamento apresentados e a implementação de às unidades de referência;
críticas possibilitadas pelos sistemas
B – a definição da estratégia de
informatizados quanto à consistência e
regionalização que explicite a responsabilização
confiabilidade das informações disponibilizadas
e papel dos vários municípios, bem como a
pelos prestadores.
inserção das diversas unidades assistenciais na
38 - A avaliação da qualidade da atenção rede;
pelos gestores deve envolver tanto a
C – a delegação de autoridade sanitária ao
implementação de indicadores objetivos
médico regulador, para que exerça a
baseados em critérios técnicos, como a adoção
responsabilidade sobre a regulação da
de instrumentos de avaliação da satisfação dos
assistência, instrumentalizada por protocolos
usuários do sistema, que considerem a
técnico-operacionais;
acessibilidade, a integralidade da atenção, a
resolubilidade e qualidade dos serviços D – a definição das interfaces da estratégia
prestados. da regulação da assistência com o processo de
planejamento, programação e outros
39 - A avaliação dos resultados da atenção
instrumentos de controle e avaliação.
e do impacto na saúde deve  envolver o
acompanhamento dos resultados alcançados em II . 4 - DOS HOSPITAIS PÚBLICOS
função dos objetivos, indicadores e metas SOB GESTÃO DE OUTRO NÍVEL DE
apontados no plano de saúde, voltados para a GOVERNO:
melhoria do nível de saúde da população.

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42 - Definir que unidades hospitalares 46  - A partir da publicação desta Norma,
públicas sob gerência de um nível de governo e e considerando o prazo previsto no seu Item 59
gestão de outro, habilitado em gestão plena do – Capítulo IV, os municípios poderão habilitar-
sistema, preferencialmente deixem de ser se em duas condições:
remunerados por produção de serviços e passem
GESTÃO PLENA DA ATENÇÃO
a receber recursos correspondentes à realização
BÁSICA AMPLIADA; e
de metas estabelecidas de comum acordo.
GESTÃO PLENA DO SISTEMA
43 -  Aprovar, na forma do Anexo 5 desta
MUNICIPAL.
Norma, modelo  contendo cláusulas mínimas do
Termo de Compromisso a ser firmado entre as 46.1 - Todos os municípios que vierem a
partes envolvidas, com o objetivo de regular a ser habilitados em Gestão Plena do Sistema
contratualização dos serviços oferecidos e a Municipal, de acordo com as normas do Item 48
forma de pagamento das unidades hospitalares. – Capítulo II desta Norma,  estarão também
habilitados em Gestão Plena da Atenção Básica
44 -  Os recursos financeiros para cobrir o
Ampliada.
citado Termo de Compromisso devem ser 
subtraídos das parcelas correspondentes à 46.2 - Cabe à Secretaria Estadual de
população própria e à população referenciada do Saúde a gestão do SUS nos municípios não
teto financeiro do (município/estado), e habilitados, enquanto for mantida a situação de
repassado diretamente ao ente público gerente não habilitação.
da unidade, em conta específica para esta 47 - Os municípios, para se habilitarem à
finalidade aberta em seu fundo de saúde. Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada,
deverão assumir as responsabilidades, cumprir
CAPÍTULO III . CRITÉRIOS DE os requisitos e gozar das prerrogativas definidas
HABILITAÇÃO E  DESABILITAÇÃO DE a seguir:
MUNICÍPIOS E ESTADOS
 Responsabilidades
III . 1  - CONDIÇÕES DE HABILITAÇÃO
DE MUNICÍPIOS E ESTADOS a) Elaboração do Plano Municipal de
Saúde, a ser submetido à aprovação do
A presente Norma  atualiza as condições
Conselho Municipal de Saúde, que deve
de gestão estabelecidas na NOB SUS 01/96,
contemplar a Agenda de Compromissos
explicitando as responsabilidades, os requisitos
Municipal, harmonizada com as agendas
relativos às modalidades de gestão e as
nacional e estadual, a integração e articulação
prerrogativas dos gestores municipais e
do município na rede estadual e respectivas
estaduais.
responsabilidades na PPI do estado, incluindo
45 - A habilitação dos municípios e detalhamento da programação de ações e
estados às diferentes condições de gestão serviços que compõem o sistema municipal,
significa a declaração dos compromissos bem como o Quadro de Metas, mediante o qual
assumidos por parte do gestor perante os outros será efetuado o acompanhamento dos Relatórios
gestores e perante a população sob sua de Gestão;
responsabilidade.
b) Gerência de unidades ambulatoriais
III .1.1 - Do processo de habilitação dos próprias;
municípios:

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c) Gerência de unidades ambulatoriais l) Manutenção  do cadastro atualizado das
transferidas pelo estado ou pela União: unidades assistenciais sob sua gestão, segundo
normas do MS;
d) Organização da rede de atenção básica,
incluída a gestão de prestadores privados, caso m) Realização de avaliação permanente do
haja neste nível de atenção; impacto das ações do Sistema sobre as
condições de saúde dos seus munícipes e sobre
e) Cumprimento  das responsabilidades
o seu meio ambiente, incluindo o cumprimento
definidas no Subitem 6.1 – Item 6 – Capítulo I
do pacto de indicadores da atenção básica;
desta Norma ;
n) Execução das ações básicas de
f) Disponibilização, em qualidade e
vigilância sanitária, de acordo com a legislação
quantidade suficiente para a sua população, de
em vigor e a normatização da Agência Nacional
serviços capazes de oferecer atendimento
de Vigilância Sanitária / ANVISA;
conforme descrito no Subitem 6.3 – Item 6 –
Capítulo I desta Norma; o) Execução das ações básicas de
epidemiologia, de controle de doenças e de
g) Desenvolvimento do cadastramento
ocorrências mórbidas, decorrentes de causas
nacional dos usuários do SUS, segundo a
externas, como acidentes, violências e outras, de
estratégia de implantação do Cartão Nacional de
acordo com normatização vigente;
Saúde, com vistas à vinculação de clientela e à
sistematização da oferta dos serviços; p) Elaboração do relatório anual de gestão
e aprovação pelo Conselho Municipal de Saúde/
h) Prestação dos serviços relacionados aos
CMS.
procedimentos cobertos pelo PAB ampliado e
acompanhamento, no caso de referência interna Requisitos
ou externa ao município, dos demais serviços
a) Comprovar o funcionamento do CMS;
prestados aos seus munícipes, conforme a PPI,
mediado pela SES; b) Comprovar a operação do Fundo
Municipal de Saúde;
i) Realização do cadastro, contratação,
controle, avaliação, auditoria e pagamento aos c) Apresentar o Plano Municipal de Saúde
prestadores dos serviços contidos no PABA, do período em curso, aprovado pelo respectivo
localizados em seu território e vinculados ao Conselho Municipal de Saúde, contendo a
SUS; programação física e financeira dos recursos
assistenciais destinados ao município;
j) Operação do SIA/SUS e o SIAB,
quando aplicável, conforme normas do d) Comprovar a disponibilidade de
Ministério da Saúde, e alimentação junto à serviços, com qualidade e quantidade
Secretaria Estadual de Saúde, dos bancos de suficientes, em seu território, para executar todo
dados nacionais; o elenco de procedimentos constantes Subitem
6.3 – Item 6 – Capítulo I desta Norma;
k) Autorização, desde que não haja
definição contrária por parte  da CIB, das e) Comprovar capacidade técnica e
internações hospitalares e dos procedimentos administrativa e condições materiais para o
ambulatoriais especializados, realizados no exercício de suas responsabilidades e
município, que continuam sendo pagos por prerrogativas quanto à contratação, ao
produção de serviços;

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pagamento, ao controle, avaliação e à auditoria financiamento do Elenco de Procedimentos
dos serviços sob sua gestão; Básicos e do incentivo de vigilância sanitária;
f) Comprovar, por meio da alimentação do b) Gestão municipal de todas as unidades
Sistema de Informações sobre Orçamentos básicas de saúde,  públicas ou privadas
Públicos em Saúde/SIOPS, a dotação (lucrativas e filantrópicas), localizadas no
orçamentária do ano e o dispêndio realizado no território municipal;
ano anterior, correspondente à contrapartida de
c) Transferência regular e automática dos
recursos financeiros próprios do Tesouro
recursos referentes ao PAB variável, desde que
Municipal, de acordo com a Emenda
qualificado conforme as normas vigentes.
Constitucional 29, de 14 de setembro de 2000;
48 - Os municípios, para se habilitarem à
g) Dispor de médico(s) formalmente
Gestão Plena do Sistema Municipal, deverão
designado(s) pelo gestor como responsável(is)
assumir as responsabilidades, cumprir os
pela autorização prévia (quando for o caso),
requisitos e gozar das prerrogativas definidas a
controle, avaliação e auditoria dos
seguir:
procedimentos e serviços realizados, em número
adequado para assumir  essas responsabilidades; Responsabilidades

h) Comprovar a capacidade para o a) Elaboração do Plano Municipal de


desenvolvimento de ações de vigilância Saúde, a ser submetido à aprovação do
sanitária, conforme normatização da ANVISA; Conselho Municipal de Saúde, que deve
contemplar a Agenda de Compromissos
i) Comprovar a capacidade para o
Municipal, harmonizada com as agendas
desenvolvimento de ações de vigilância
nacional e estadual, a integração e articulação
epidemiológica;
do município na rede estadual e respectivas
j) Comprovar a disponibilidade de responsabilidades na PPI do estado, incluindo
estrutura de recursos humanos para supervisão e detalhamento da programação de ações e
auditoria da rede de unidades, dos profissionais serviços que compõem o sistema municipal,
e dos serviços realizados; bem como o Quadro de Metas, mediante o qual
será efetuado o acompanhamento dos Relatórios
k) Submeter-se à avaliação pela SES em
de Gestão;
relação à capacidade de oferecer todo o Elenco
de Procedimentos Básicos Ampliado - EPBA e b) Gerência de unidades próprias,
ao estabelecimento do Pacto de AB para o ano ambulatoriais e hospitalares;
2001 e subseqüentes;
c) Gerência de unidades assistenciais
l) Formalizar, junto ao gestor estadual, transferidas pelo estado e pela União;
com vistas à CIB, após aprovação pelo CMS, o
d) Gestão de todo o sistema municipal,
pleito de habilitação, atestando o cumprimento
incluindo a gestão sobre os prestadores de
dos requisitos relativos à condição de gestão
serviços de saúde vinculados ao SUS,
pleiteada.
independente da sua natureza jurídica ou nível
Prerrogativas de complexidade, exercendo o mando único,
ressalvado as unidades estatais de hemonúcleos/
a) Transferência regular e automática dos
hemocentros e os laboratórios de saúde pública,
recursos referentes ao Piso de Atenção Básica 
Ampliado - PABA, correspondente ao

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em consonância com o disposto no  Item 50 – mórbidas, decorrentes de causas externas, como
Capítulo III desta Norma; acidentes, violências e outras pactuadas na CIB.
e) Desenvolvimento do cadastramento Requisitos
nacional dos usuários do SUS segundo a
a) Comprovar o funcionamento do CMS;
estratégia de implantação do  Cartão Nacional
de Saúde, com vistas à vinculação da clientela e b) Comprovar a operação do Fundo
sistematização da oferta dos serviços; Municipal de Saúde;

f) Garantia do atendimento em seu c) Apresentar o Plano Municipal de


território para sua população e para a população Saúde, aprovado pelo CMS, que deve
referenciada por outros municípios, contemplar a Agenda de Compromissos
disponibilizando serviços necessários, conforme Municipal, harmonizada com as agendas
definido na PPI,  e transformado em Termo de nacional e estadual, a integração e articulação
Compromisso para a Garantia de Acesso, assim do município na rede estadual e respectivas
como organização do encaminhamento das responsabilidades na PPI do estado, incluindo
referências para garantir o acesso de sua detalhamento da programação de ações e
população a serviços não disponíveis em seu serviços que compõem o sistema municipal,
território; bem como o Quadro de Metas, mediante o qual
será efetuado o acompanhamento dos Relatórios
g) Integração dos serviços existentes no
de Gestão;
município às centrais de regulação
ambulatoriais e  hospitalares; d) Demonstrar desempenho satisfatório
nos indicadores constantes do Pacto da Atenção
h) Cadastro, contratação, controle,
Básica, de acordo com normatização da SPS;
avaliação, auditoria e pagamento aos
prestadores de serviços ambulatoriais e e) Demonstrar desempenho satisfatório na
hospitalares localizados em seu território e gestão da atenção básica, conforme avaliação
vinculados ao SUS; descrita no Subitem 6.5 – Item 6 – Capítulo I
desta Norma;
i) Operação do SIH e do SIA/SUS,
conforme normas do MS, e alimentação, junto a f) Comprovar a oferta com qualidade e em
SES, dos bancos de dados de interesse nacional quantidade suficiente, em seu território, de todo
e estadual; o elenco de procedimentos cobertos pelo PABA
e daqueles definidos no Anexo 3 desta Norma,
j) Manutenção do cadastro atualizado de
bem como de leitos hospitalares para realização,
unidades assistenciais em seu território, segundo
no mínimo, de parto normal e primeiro
normas do MS;
atendimento nas clínicas médica e pediátrica;
k) Avaliação permanente do impacto das
g) Firmar Termo de Compromisso para
ações do Sistema sobre as condições de saúde
Garantia de Acesso com a Secretaria de Estado
dos seus munícipes e sobre o meio ambiente;
da Saúde;
l) Execução das ações básicas, de média e
h) Comprovar a estruturação do
alta complexidade em vigilância sanitária,
componente municipal do Sistema Nacional de
pactuadas na CIB;
Auditoria/SNA;
m) Execução de ações de epidemiologia,
de controle de doenças e de ocorrências

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i) Participar da elaboração e da q) Comprovar disponibilidade
implementação da PPI do estado, bem assim da orçamentária suficiente e mecanismos para
alocação de recursos expressa na programação; pagamento de prestadores públicos e privados
de saúde;
j) Comprovar capacidade técnica e
administrativa e condições materiais para o r) Formalizar, junto ao gestor estadual
exercício de suas responsabilidades e com vistas à CIB, após aprovação pelo CMS, o
prerrogativas quanto ao cadastro, à contratação, pleito de habilitação, atestando o cumprimento
ao controle, avaliação, à auditoria e ao dos requisitos específicos relativos à condição
pagamento dos serviços sob sua gestão, bem de gestão pleiteada.
como avaliar o impacto das ações do Sistema
Prerrogativas
sobre a saúde dos seus munícipes;
a) Transferência, regular e automática, dos
k) Comprovar, por meio da alimentação
recursos referentes ao valor per capita definido
do SIOPS,  a dotação orçamentária do ano e o
para o financiamento dos procedimentos
dispêndio no ano anterior correspondente à
constantes do Anexo 3 desta Norma , após
contrapartida de recursos financeiros próprios
qualificação da microrregião na qual está
do Tesouro Municipal, de acordo com a Emenda
inserido, para sua própria população e, caso seja
Constitucional 29, de  14 de setembro de 2000;
sede de módulo assistencial, para a sua própria
l) Dispor de médico(s) formalmente população e população dos municípios
designado(s) pelo gestor, como responsável(is) abrangidos;
pela autorização prévia (quando for o caso),
b) Receber, diretamente no Fundo
controle, avaliação e auditoria dos
Municipal de Saúde, o montante total de
procedimentos e serviços realizados, em número
recursos federais correspondente ao limite
adequado para assumir  essas responsabilidades;
financeiro programado para o município,
m) Comprovar o funcionamento de compreendendo a parcela destinada ao
serviço estruturado de vigilância sanitária e atendimento da população própria e aquela
capacidade para o desenvolvimento de ações de destinada ao atendimento à população
vigilância sanitária, de acordo com a legislação referenciada, de acordo com o Termo de
em vigor e  a pactuação estabelecida com a Compromisso para Garantia de Acesso firmado;
Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
c) Gestão do conjunto das unidades
n) Comprovar a estruturação de serviços e ambulatoriais especializadas e hospitalares,
atividades de vigilância epidemiológica e de estatais ou privadas, estabelecidas no território
controle de zoonoses, de acordo com a municipal.
pactuação estabelecida com a Fundação
Nacional de Saúde. III.1.2 - Do processo de habilitação dos
Estados
o) Apresentar o Relatório de Gestão do
ano anterior à solicitação do pleito, devidamente 49 -  A partir da publicação desta Norma,
aprovado pelo CMS; os estados podem habilitar-se em duas
condições:
p) Comprovar a organização do
componente municipal do Sistema Nacional de GESTÃO AVANÇADA DO SISTEMA
Auditoria e de mecanismos de controle e ESTADUAL
avaliação;

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GESTÃO PLENA DO SISTEMA tratamento fora do domicílio e dos
ESTADUAL. medicamentos e insumos especiais;
50  – São atributos comuns as duas i)Manutenção do cadastro atualizado de
condições de gestão estadual: unidades assistenciais sob sua gestão, segundo
normas do MS, e coordenação do cadastro
Responsabilidades
estadual de prestadores;
a) Elaboração do Plano Estadual de
j) Cooperação técnica e financeira com o
Saúde, e do Plano Diretor de Regionalização
conjunto de municípios, objetivando a
conforme previsto no Item 2 – Capítulo I  desta
consolidação do processo de descentralização, a
Norma;
organização da rede regionalizada e
b) Coordenação da PPI do estado, hierarquizada de serviços, a realização de ações
contendo a referência intermunicipal e pactos de de epidemiologia, de controle de doenças, de
negociação na CIB para alocação dos recursos, vigilância sanitária, assim  como o pleno
conforme expresso no item que descreve a PPI, exercício das funções gestoras de planejamento,
nos termos desta Norma; controle, avaliação e auditoria;
c) Gestão e gerência de unidades estatais k) Estruturação e operação do
de hemonúcleos/hemocentros e de laboratórios Componente Estadual do SNA;
de referência para controle de qualidade, 
l) Implementação de políticas de
vigilância sanitária e  vigilância epidemiológica;
integração das ações de saneamento às de saúde;
d) Formulação e execução da política de
m) Coordenação das atividades de
sangue e hemoterapia, de acordo com a política
vigilância epidemiológica e de controle de
nacional;
doenças e execução complementar conforme
e) Coordenação do sistema de referências pactuação estabelecida com a Fundação
intermunicipais, organizando o acesso da Nacional de Saúde.
população, bem como a normalização e
n) Execução de operações complexas
operação de câmara de compensação  para
voltadas ao controle de doenças que possam se
internações, procedimentos especializados e de
beneficiar da economia de escala;
alto custo e ou alta complexidade, viabilizando
com os municípios-pólo os Termos de o) Coordenação das atividades de
Compromisso para a Garantia de Acesso; vigilância sanitária e execução complementar
conforme a legislação em vigor e pactuação
f) Gestão dos sistemas municipais nos
estabelecida com a ANVISA;
municípios não habilitados;
p) Execução das ações básicas de
g) Formulação e execução da política
vigilância sanitária referentes aos municípios
estadual de assistência farmacêutica, de acordo
não habilitados nas condições de gestão
com a política nacional;
estabelecidas nesta Norma ;
h) Normalização complementar de
q) Execução das ações de média e alta
mecanismos e instrumentos de administração da
complexidade de vigilância sanitária, exceto as
oferta e controle da prestação de serviços
realizadas pelos municípios habilitados na
ambulatoriais, hospitalares, de alto custo, do
condição de Gestão Plena de Sistema
Municipal;

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r) apoio logístico e estratégico às conforme definido no Item 5 – Capítulo I  e 
atividades de atenção à saúde das populações Seção II.1 Capítulo II desta Norma;
indígenas, na conformidade de critérios
c) Alimentar com os dados financeiros do 
estabelecidos pela CIT.
Estado no Sistema de Informações sobre
Requisitos Orçamentos Públicos em Saúde – SIOPS;
a) Apresentar o Plano Estadual de Saúde, d) Comprovar o funcionamento da CIB;
aprovado pelo CES, contendo minimamente:
e) Comprovar a operação do Fundo
- Quadro de Metas, compatível com a Estadual de Saúde;
Agenda de Compromissos, por meio do qual a
f) Apresentar relatório de gestão aprovado
execução do Plano será acompanhada
pelo CES, relativo ao ano anterior à solicitação
anualmente nos relatórios de gestão;
do pleito;
- programação integrada das ações
g) Comprovar a transferência da gestão da
ambulatoriais, hospitalares e de alto custo, de
atenção hospitalar e ambulatorial aos
epidemiologia e de controle de doenças –
municípios habilitados, conforme a respectiva
incluindo, entre outras, as atividades de
condição de gestão;
vacinação, de controle de vetores e de
reservatórios – de saneamento, de pesquisa e h) Comprovar a estruturação do
desenvolvimento tecnológico, de educação e de componente estadual do SNA;
comunicação em saúde, bem como as relativas i) Comprovar capacidade técnica e
às ocorrências mórbidas decorrentes de causas administrativa e condições materiais para o
externas; exercício de suas responsabilidades e
- estratégias de descentralização das ações prerrogativas, quanto à contratação, pagamento,
de saúde para municípios; controle, avaliação e auditoria dos serviços sob
sua gestão e quanto à avaliação do impacto das
-  estratégias de reorganização do modelo
ações do Sistema sobre as condições de saúde
de atenção;
da população do estado.
- Plano Diretor de Regionalização,
j) Comprovar, por meio de alimentação do
explicitando: módulos assistenciais,
SIOPS, a dotação orçamentária do ano e o
microrregiões e regiões, com a identificação dos
dispêndio no ano anterior, correspondente à
núcleos dos módulos assistenciais e dos pólos
contrapartida de recursos financeiros próprios
microrregionais e regionais de média
do Tesouro Estadual, de acordo com a Emenda
complexidade; os prazos para qualificação das
Constitucional  nº 29, de 14 de setembro de
microrregiões; o plano diretor de investimento
2000;
para a formação e expansão de módulos
assistenciais; proposição de estratégias de k) Comprovar  a Certificação do processo
monitoramento e garantia de referências de descentralização das ações de epidemiologia
intermunicipais e critérios de  revisão periódica e controle de doenças;
dos tetos financeiros dos municípios; l) Comprovar o funcionamento de serviço
b) Apresentar a Programação Pactuação de vigilância sanitária no estado, organizado
Integrada, baseada no Plano de Regionalização, segundo a legislação e capacidade de

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desenvolvimento de ações de vigilância a) Transferência regular e automática dos
sanitária; recursos correspondentes ao Piso Assistencial
Básico/PAB relativos aos municípios não
m) Apresentar à CIT a formalização do
habilitados;
pleito, devidamente aprovado pelo CES e pela
CIB, atestando o cumprimento dos requisitos b) Transferência de recursos referentes às
gerais e específicos relativos à condição de ações de vigilância sanitária;
gestão pleiteada.
c) Transferência de recursos referentes às
51 - Além dos atributos comuns as duas ações de epidemiologia e controle de doenças.
condições de gestão estadual, ficam
52  - Além dos atributos comuns as duas
estabelecidos os seguintes atributos específicos
condições de gestão estadual, ficam
à Gestão Avançada do Sistema Estadual:
estabelecidos os seguintes atributos específicos
Responsabilidades à Gestão Plena do Sistema Estadual:
a) Contratação, controle, avaliação, Responsabilidades
auditoria e ordenação do pagamento do
a) Cadastro, contratação, controle,
conjunto dos serviços sob gestão estadual;
avaliação e auditoria e pagamento aos
b) Contratação, controle, avaliação,  prestadores do conjunto dos serviços sob gestão
auditoria e pagamento dos prestadores de estadual;
serviços incluídos no PAB dos municípios não
b) Operação do SIA/SUS e do SIH/SUS,
habilitados;
conforme normas do MS, e alimentação dos
c) Operação do SIA/SUS, conforme bancos de dados de interesse nacional.
normas do MS, e alimentação dos bancos de
Requisitos
dados de interesse nacional.
a) Comprovar a implementação da
Requisitos
programação integrada das ações ambulatoriais,
a) Apresentar a programação pactuada e hospitalares e de alto custo, contendo a
integrada ambulatorial, hospitalar e de alto referência intermunicipal e os critérios para a
custo, contendo a referência intermunicipal e os sua elaboração;
critérios para sua elaboração;
b) Comprovar a operacionalização de
b) Dispor de 60% dos municípios do mecanismos e instrumentos de regulação dos
estado habilitados nas condições de gestão serviços ambulatoriais e hospitalares;
estabelecidas nesta Norma, independente do seu
c) Dispor de 80% dos municípios
contingente populacional; ou 40% dos
habilitados nas condições de gestão
municípios habilitados, desde que, nestes,
estabelecidas nesta Norma, independente do seu
residam 60% da população;
contingente populacional; ou 50% dos
c) Dispor de 30% do valor do limite municípios, desde que, nestes, residam 80% da
financeiro programado  comprometido com população;
transferências regulares e automáticas aos
d) Dispor de 50% do valor do Teto
municípios.
Financeiro da Assistência/TFA do estado
comprometido com transferências regulares e
automáticas aos municípios;
Prerrogativas

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e) Comprovar disponibilidade A -  descumprirem as responsabilidades
orçamentária e mecanismos de pagamento aos assumidas na habilitação do município;
prestadores públicos e privados, bem como de
B -  apresentarem situação irregular na
repasse aos fundos municipais de saúde.
alimentação dos Bancos de Dados Nacionais por
f) Comprovar descentralização para os mais de 04 (quatro) meses consecutivos;
municípios habilitados da rede de Unidades
C -  a cobertura vacinal for menor do que
Assistenciais Básicas.
70% do preconizado pelo PNI para as vacinas:
Prerrogativas BCG, contra a poliomielite, contra o sarampo e
DPT;
a) Transferência regular e automática dos
recursos correspondentes ao valor do TFA, D -  apresentarem produção de serviços
deduzidas as transferências fundo a fundo insuficiente, segundo parâmetros definidos pelo
realizadas a municípios habilitados; MS e aprovados pela CIT,  de alguns
procedimentos básicos estratégicos;
b) Transferência regular e automática
referente às ações realizadas na área de E -  não firmarem o Pacto de Indicadores
Vigilância Sanitária; da Atenção Básica;
c) Remuneração por serviços produzidos F - apresentarem irregularidades que
na área da vigilância sanitária; comprometam a gestão municipal, identificadas
pelo componente estadual e/ou nacional do
d) Normalização complementar, pactuada
SNA.
na CIB e aprovada pelo CES, relativa ao
pagamento de prestadores de serviços 55 - São motivos de suspensão imediata,
assistenciais sob sua gestão, inclusive alteração pelo Ministério da Saúde, dos repasses
de valores de procedimentos, tendo a tabela financeiros transferidos mensalmente, Fundo a
nacional como referência mínima; Fundo, para os municípios:
e) Transferência de recursos referentes às A -  Não pagamento aos prestadores de
ações de epidemiologia e de controle de serviços sob sua gestão, públicos ou privados,
doenças. até 60 (sessenta) dias após a apresentação da
fatura pelo prestador;
III . 2 - DA DESABILITAÇÃO B -  Falta de alimentação dos bancos de
dados nacionais por 02 (dois) meses
III.2.1  - Da desabilitação dos municípios
consecutivos ou 03 (três)  meses alternados;
53  - Cabe à Comissão Intergestores
Bipartite Estadual a desabilitação dos C - Indicação de suspensão por Auditoria
municípios, que deverá ser homologada pela realizada pelos componentes estadual ou
Comissão Intergestores Tripartite. nacional do SNA, respeitado o prazo de defesa
do município envolvido.
III.2.1.1 - Da condição de Gestão Plena da III.2.1.2 - Da condição de Gestão Plena do
Atenção Básica Ampliada Sistema Municipal:
54 - Os municípios habilitados em gestão 56  - Os municípios  habilitados na gestão
plena da atenção básica ampliada serão Plena do Sistema Municipal serão desabilitados
desabilitados quando: quando:

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A -  não cumprirem as responsabilidades homologada pela CIT, apontando
definidas para a gestão Plena do Sistema irregularidades graves.  
Municipal; ou
B - se enquadrarem na situação de CAPÍTULO IV - DISPOSIÇÕES
TRANSITÓRIAS
desabilitação prevista no  Item 54 - Capítulo III
desta Norma; ou 58 -  Os municípios habilitados  segundo a
NOB-SUS 01/96 na Gestão Plena da Atenção
C -  não cumprirem Termo de Básica,  após avaliados conforme o descrito no
Compromisso para Garantia do Acesso. Subitem 6.5 – Item 6 – Capítulo I desta Norma,
56.1 -  São motivos de suspensão estarão habilitados na Gestão Plena da Atenção
imediata, pelo MS, dos repasses financeiros  a Básica Ampliada.
serem transferidos, mensalmente, fundo a 59 - Os municípios terão os seguintes
fundo, para os municípios: prazos, a partir da publicação desta Norma, para
a) Não pagamento dos prestadores de se habilitarem de acordo com o estabelecido
serviços sob sua gestão, públicos ou privados, pela NOB-SUS 01/96:
em período até 60 (sessenta)  dias após a - 30 (trinta) dias após a publicação desta
apresentação da fatura pelo prestador. Norma para dar entrada no processo de
b) Falta de alimentação dos bancos de habilitação junto à Comissão Intergestores
dados nacionais por 02 (dois) meses Bipartite;
consecutivos ou 03 (três)  meses alternados; - 60 (sessenta) dias para homologação da
c) Indicação de suspensão por Auditoria habilitação pela Comissão Intergestores
realizada pelos componentes estadual ou Tripartite.
nacional do SNA, respeitado o prazo de defesa 60 - Os municípios atualmente habilitados
do município envolvido.   em Gestão Plena Atenção Básica e os que se
habilitarem conforme previsto no Item 59, deste
III .2.2  - Da desabilitação dos estados Capítulo, deverão se adequar às condições
57 - Os Estados que não cumprirem as estabelecidas para a habilitação em Gestão
responsabilidades definidas para a forma de Plena da Atenção Básica Ampliada.
gestão à qual encontrarem-se habilitados serão 
61 - Os municípios atualmente habilitados
desabilitados pela CIT.
em Gestão Plena do Sistema Municipal e os que
57.1 - São motivos de suspensão imediata se habilitarem conforme previsto no  Item 59,
pelo MS dos repasses financeiros a serem deste Capítulo, deverão se adequar, no prazo de
transferidos, mensalmente, fundo a fundo, para 180 (cento e oitenta)  dias, às condições
os estados: estabelecidas para a habilitação em Gestão
Plena do Sistema Municipal definidas nesta
a) não pagamento dos prestadores de
Norma, sob pena de desabilitação na
serviços sob sua gestão, públicos ou privados,
modalidade.
até 60 (sessenta) dias após a apresentação da
fatura pelo prestador; 61.1 – Estes municípios poderão se
manter habilitados na Gestão Plena da Atenção
b) indicação de suspensão por auditoria
Básica ou Atenção Básica Ampliada, de acordo
realizada pelos componentes nacional do SNA,

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com a avaliação descrita nos Subitens 6.5 e 6.6
NOAS/SUS 01 – 2002
– Item 6 Capítulo I desta Norma.
62 - Os estados, cujos processos de PORTARIA Nº 373, DE 27 DE FEVEREIRO
habilitação já se encontram tramitando no DE 2002
Ministério da Saúde, terão 60 (sessenta) dias a
O Ministro de Estado da Saúde, no uso de
partir da data de publicação desta Norma, para
suas atribuições, e
resolver as pendências, de forma a poder se
habilitar de acordo com as regras da NOB-SUS Considerando os princípios do Sistema
01/96. Único de Saúde de universalidade do acesso e
de integralidade da atenção;
63 - As responsabilidades, fluxos e prazos
para melhor operacionalização dos processos de Considerando o disposto no Artigo 198
habilitação e desabilitação serão definidas em da Constituição Federal de 1998, que estabelece
portaria da SAS/MS, dentro  de 30 (trinta)  dias, que as ações e serviços públicos de saúde
a partir da data de publicação desta Norma. integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único;
64 – Os estados deverão elaborar,  120
(cento e vinte) dias após a publicação da Considerando a necessidade de dar
regulamentação dos planos de regionalização e continuidade ao processo de descentralização e
da PPI prevista nesta Norma os respectivos organização do Sistema Único de Saúde – SUS,
planos diretores de regionalização e PPI. fortalecido com a implementação da Norma
Operacional Básica –SUS 01/96, de 05 de
64.1 - Os municípios localizados em
novembro de 1996; e
estados que não cumprirem o prazo de que trata
este item poderão, enquanto persistir esta Considerando as contribuições do
situação, habilitar-se de acordo com as regras de Conselho de Secretários Estaduais de Saúde –
habilitação previstas na NOB-SUS 01/96. CONASS e Conselho Nacional de Secretários
Municipais de Saúde – CONASEMS, seguidas
65 – No que concerne à regulamentação
da aprovação da Comissão Intergestores
da assistência à saúde, o disposto nesta NOAS-
Tripartite – CIT e Conselho Nacional de Saúde
SUS atualiza as definições constantes da
– CNS, em 07 de dezembro de 2001;
Portaria GM/MS N° 2.203, de 05 de novembro
de 1996, no que couber. Considerando o contínuo movimento de
pactuação entre os três níveis de gestão, visando
o aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde,
resolve:
Art. 1º - Aprovar, na forma do Anexo
desta Portaria, a Norma Operacional da
Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2002 que
amplia as responsabilidades dos municípios na
Atenção Básica; estabelece o processo de
regionalização como estratégia de
hierarquização dos serviços de saúde e de busca
de maior eqüidade; cria mecanismos para o
fortalecimento da capacidade de gestão do

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Sistema Único de Saúde e procede à atualização efetivação da gestão estadual para as referências
dos critérios de habilitação de estados e intermunicipais.
municípios.
Em decorrência da necessidade de
Art. 2º - Esta Portaria entra data de sua viabilizar o debate sobre essas questões,
publicação, cessando os efeitos da Portaria GM/ identificadas como causadoras de maior
MS N° 95, de 26 de janeiro de 2001, publicada tensionamento na implantação da Norma, o
no Diário Oficial n° 20-E, de 29 de janeiro de processo de negociação foi reaberto durante o
2001, Seção 1. segundo semestre de 2001. Neste sentido, a
Comissão Intergestores Tripartite - CIT, em
BARJAS NEGRI reunião realizada em 22 de novembro de 2001,
firmou acordo contemplando propostas
referentes ao comando único sobre os
NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA prestadores de serviços de média e alta
À SAÚDE / SUS - NOAS-SUS 01/02 complexidade e o fortalecimento da gestão dos
INTRODUÇÃO estados sobre as referências intermunicipais.
Nessa mesma ocasião, deliberou-se pela
A presente Norma Operacional da constituição de um Grupo de Trabalho, com
Assistência à Saúde 01/2002 - NOAS-SUS representação tripartite, com a atribuição de
01/02 resulta do contínuo movimento de detalhar o acordo e incorporar a NOAS os
pactuação entre os três níveis de gestão, visando pontos acordados, mantendo a coerência do
o aprimoramento do Sistema Único de Saúde. texto. Em 07 de dezembro de 2001 foi feito um
A partir da publicação da NOAS-SUS relato, por representantes do Ministério da
01/01, em 26 de janeiro de 2001, o Ministério Saúde, CONASS e CONASEMS, aos membros
da Saúde, as Secretarias Estaduais de Saúde, do Conselho Nacional de Saúde, acerca da
através do CONASS, e as Secretarias negociação realizada na CIT e das alterações
Municipais de Saúde, através do CONASEMS, que dela resultaram.
desencadearam diversas atividades de Ainda como resultado do processo de
planejamento e de adequação de seus modelos elaboração da NOAS-SUS 01/02 e com o
assistenciais e de gestão aos preceitos objetivo de facilitar sua utilização, este
estabelecidos, ponderando criticamente os documento incorporou definições da
avanços e os desafios que novas diretrizes regulamentação complementar relacionadas aos
organizativas trariam para sua realidade temas que foram objeto do acordo, que, na
concreta. versão anterior, encontravam-se descritos em
Durante este percurso, em algumas documentos normativos específicos.
unidades da federação foram identificados Enfim, cabe destacar que esta NOAS-SUS
entraves na operacionalização de determinados 01/02, ao assegurar a manutenção das diretrizes
itens, decorrentes das dificuldades para organizativas definidas pela NOAS-SUS 01/01,
estabelecer o comando único sobre os procura oferecer as alternativas necessárias à
prestadores de serviços ao SUS e assegurar a superação das dificuldades e impasses oriundos
totalidade da gestão municipal nas sedes dos da dinâmica concreta de sua implementação.
módulos assistenciais, bem como da fragilidade
para explicitação dos mecanismos necessários à

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CAPÍTULO I 4. O PDR deverá ser elaborado na
perspectiva de garantir:
DA REGIONALIZAÇÃO
a) O acesso dos cidadãos, o mais próximo
1. Estabelecer o processo de
possível de sua residência, a um conjunto de
regionalização como estratégia de
ações e serviços vinculados às seguintes
hierarquização dos serviços de saúde e de busca
responsabilidades mínimas:
de maior eqüidade.
- assistência pré-natal, parto e puerpério;
1.1. O processo de regionalização deverá
contemplar uma lógica de planejamento - acompanhamento do crescimento e
integrado, compreendendo as noções de desenvolvimento infantil;
territorialidade, na identificação de prioridades
- cobertura universal do esquema
de intervenção e de conformação de sistemas
preconizado pelo Programa Nacional de
funcionais de saúde, não necessariamente
Imunizações, para todas as faixas etárias;
restritos à abrangência municipal, mas
respeitando seus limites como unidade - ações de promoção da saúde e prevenção
indivisível, de forma a garantir o acesso dos de doenças;
cidadãos a todas as ações e serviços necessários - tratamento das intercorrências mais
para a resolução de seus problemas de saúde, comuns na infância;
otimizando os recursos disponíveis.
- atendimento de afecções agudas de
I.1 DA ELABORAÇÃO DO PLANO maior incidência;
DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO
- acompanhamento de pessoas com
2. Instituir o Plano Diretor de doenças crônicas de alta prevalência;
Regionalização - PDR como instrumento de
ordenamento do processo de regionalização da - tratamento clínico e cirúrgico de casos
assistência em cada estado e no Distrito Federal, de pequenas urgências ambulatoriais;
baseado nos objetivos de definição de - tratamento dos distúrbios mentais e
prioridades de intervenção coerentes com as psicossociais mais freqüentes;
necessidades de saúde da população e garantia
de acesso dos cidadãos a todos os níveis de - controle das doenças bucais mais
atenção. comuns;

3. O PDR fundamenta-se na conformação - suprimento/dispensação dos


de sistemas funcionais e resolutivos de medicamentos da Farmácia Básica.
assistência à saúde, por meio da organização dos b) O acesso de todos os cidadãos aos
territórios estaduais em regiões/microrregiões e serviços necessários à resolução de seus
módulos assistenciais; da conformação de redes problemas de saúde, em qualquer nível de
hierarquizadas de serviços; do estabelecimento atenção, diretamente ou mediante o
de mecanismos e fluxos de referência e contra- estabelecimento de compromissos entre gestores
referência intermunicipais, objetivando garantir para o atendimento de referências
a integralidade da assistência e o acesso da intermunicipais.
população aos serviços e ações de saúde de
5. Definir os seguintes conceitos-chaves
acordo com suas necessidades.
para a organização da assistência no âmbito
estadual, que deverão ser observados no PDR:

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a) Região de Saúde - base territorial de c) Município-sede do módulo assistencial
planejamento da atenção à saúde, não (GPSM ou GPAB-A) - município existente em
necessariamente coincidente com a divisão um módulo assistencial que apresente a
administrativa do estado, a ser definida pela capacidade de ofertar a totalidade dos serviços
Secretaria Estadual de Saúde, de acordo com as de que trata o Item 8 - Capítulo I,
especificidades e estratégias de regionalização correspondente ao primeiro nível de referência
da saúde em cada estado, considerando as intermunicipal, com suficiência, para sua
características demográficas, socioeconômicas, população e para a população de outros
geográficas, sanitárias, epidemiológicas, oferta municípios a ele adscritos.
de serviços, relações entre municípios, entre
d) Município-pólo (GPSM ou GPAB-A) -
outras. Dependendo do modelo de
município que, de acordo com a definição da
regionalização adotado, um estado pode se
estratégia de regionalização de cada estado,
dividir em macrorregiões, regiões e/ou
apresente papel de referência para outros
microrregiões de saúde. Por sua vez, a menor
municípios, em qualquer nível de atenção.
base territorial de planejamento regionalizado,
seja uma região ou uma microrregião de saúde, e) Unidade territorial de qualificação na
pode compreender um ou mais módulos assistência à saúde - representa a base territorial
assistenciais. mínima a ser submetida à aprovação do
Ministério da Saúde e Comissão Intergestores
b) Módulo Assistencial - módulo
Tripartite para qualificação na assistência à
territorial com resolubilidade correspondente ao
saúde. Deverá ser a menor base territorial de
primeiro nível de referência, definida no Item 8
planejamento regionalizado com complexidade
- Capítulo I desta Norma, constituído por um ou
assistencial acima do módulo assistencial,
mais municípios, com área de abrangência
conforme definido no PDR. Poderá ser uma
mínima a ser estabelecida para cada Unidade da
microrregião ou uma região de saúde, de acordo
Federação, em regulamentação específica, e
com o desenho adotado pelo estado.
com as seguintes características:
6. Para se qualificarem aos requisitos da
- conjunto de municípios, entre os quais
NOAS SUS 01/02, os estados e o Distrito
há um município-sede, habilitado em Gestão
Federal deverão submeter à CIT os produtos,
Plena do Sistema Municipal/GPSM ou em
bem como os meios de verificação
Gestão Plena da Atenção Básica
correspondentes, definidos no Anexo 6 desta
Ampliada/GPAB-A, com capacidade de ofertar
norma, contendo, no mínimo:
a totalidade dos serviços de que trata o Item 8 -
Capítulo I desta Norma, com suficiência, para a) a descrição da organização do território
sua população e para a população de outros estadual em regiões/microrregiões de saúde e
municípios a ele adscritos; ou módulos assistenciais, com a identificação dos
municípios-sede e municípios-pólo e dos demais
- município em Gestão Plena do Sistema
municípios abrangidos;
Municipal ou em Gestão Plena da Atenção
Básica Ampliada / GPAB-A, com capacidade de b) a identificação das prioridades de
ofertar com suficiência a totalidade dos serviços intervenção em cada região/microrregião;
de que trata o Item 8 – Capítulo I para sua c) o Plano Diretor de Investimentos para
própria população, quando não necessitar atender as prioridades identificadas e conformar
desempenhar o papel de referência para outros um sistema resolutivo e funcional de atenção à
municípios.

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saúde, preferencialmente identificando diretriz de possibilitar o acesso do cidadão a
cronograma e fontes de recursos; todas as ações e serviços necessários para a
resolução de seus problemas de saúde, o mais
d) a inserção e o papel de todos os
próximo possível de sua residência.
municípios nas regiões/microrregiões de saúde,
com identificação dos municípios -sede, de sua c) O PDR subsidiará o processo de
área de abrangência e dos fluxos de referência; qualificação de regiões/microrregiões.
e) os mecanismos de relacionamento 6.1.2 na tramitação:
intermunicipal como organização de fluxos de
a) A Secretaria de Saúde do estado ou do
referência e contra referência e implantação de
Distrito Federal deverá encaminhar o os
estratégias de regulação visando à garantia do
produtos à respectiva Comissão Intergestores
acesso da população aos serviços;
Bipartite - CIB, que deverá convocar reunião
f) a proposta de estruturação de redes de para análise e aprovação, após, no máximo, 30
referência especializada em áreas específicas; (trinta) dias a contar da data de recebimento da
proposta;
g) a identificação das necessidades e a
proposta de fluxo de referência para outros b) Aprovado o Plano Diretor de
estados, no caso de serviços não disponíveis no Regionalização e demais produtos, a CIB deverá
território estadual; remetê-la ao Conselho Estadual de Saúde -
CES, que terá 30 (trinta) dias para apreciação e
6.1. Os produtos relativos à qualificação
deliberação;
dos estados e do Distrito Federal aos requisitos
desta Norma, no que tange a sua elaboração, c) Após aprovado nas instâncias estaduais,
tramitação, requisitos e meios de verificação, a Secretaria Estadual de Saúde deverá
obedecerão ao seguinte: encaminhar o PDR e demais produtos à
Secretaria Técnica da Comissão Intergestores
6.1.1 na sua elaboração:
Tripartite - CIT, que encaminhará a
a) Cabe às Secretarias de Saúde dos documentação referida à Secretaria de
estados e do Distrito Federal a elaboração do Assistência à Saúde - SAS/MS e à Secretaria de
PDR, em consonância com o Plano Estadual de Políticas de Saúde - SPS/ MS, para análise de
Saúde, que deverá contemplar uma lógica de conteúdo e viabilidade; após o que procederão
planejamento que envolva os municípios na ao encaminhamento destes, com parecer, à
definição dos espaços regionais/microrregionais Comissão Intergestores Tripartite para
de assistência à saúde, dos fluxos de referência, deliberação e homologação.
bem como dos investimentos para a
d) Caso não seja homologada pela CIT, a
conformação de sistemas de saúde resolutivos e
referida documentação deverá ser devolvido à
funcionais.
respectiva Secretaria Estadual de Saúde, para
b) O PDR deve contemplar a perspectiva ajuste e análise das recomendações e novamente
de redistribuição geográfica de recursos submetido à apreciação da CIB e do CES.
tecnológicos e humanos, explicitando o desenho
e) em caso de alteração do PDR pelo
futuro e desejado da regionalização estadual,
estado ou Distrito Federal após sua
prevendo os investimentos necessários para a
homologação pela CIT, deverá ser observada a
conformação destas novas regiões/microrregiões
mesma tramitação definida para a proposta
e módulos assistenciais, observando assim a
original.

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I.2 DA AMPLIAÇÃO DO ACESSO E DA Atenção Básica Ampliada - GPAB-A, mediante
QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA avaliação pela Secretaria Estadual de Saúde,
aprovação pela CIB, e homologação pela CIT.
7. Instituir a Gestão Plena da Atenção
Básica Ampliada (GPAB-A), como uma das 7.6. A Secretaria de Políticas de
condições de gestão dos sistemas municipais de Saúde/SPS é a unidade organizacional do
saúde. Ministério da Saúde responsável pela
regulamentação de critérios, fluxos e
7.1. Definir como áreas de atuação
instrumentos do processo de avaliação da
estratégicas mínimas da condição de Gestão
Atenção Básica para efeito de habilitação e
Plena da Atenção Básica Ampliada: o controle
manutenção nas condições de gestão definidas
da tuberculose, a eliminação da hanseníase, o
nesta Norma.
controle da hipertensão arterial, o controle da
diabetes mellitus, a saúde da criança, a saúde da I.3 DOS MÓDULOS ASSISTENCIAIS E
mulher e a saúde bucal, conforme detalhamento DA QUALIFICAÇÃO DAS
apresentado no ANEXO 1 desta Norma. MICRORREGIÕES
7.2. As ações de que trata o ANEXO 1 8. Definir um conjunto mínimo de
desta Norma devem ser assumidas por todos os procedimentos de média complexidade como
municípios brasileiros, respeitado o seu perfil primeiro nível de referência intermunicipal, com
epidemiológico, como um componente essencial acesso garantido a toda a população no âmbito
e mínimo para o cumprimento das metas do microrregional, ofertados em um ou mais
Pacto da Atenção Básica, instituído pela Portaria módulos assistenciais.
GM/MS N° 3.925, de 13 de novembro de 1998,
8.1. Esse conjunto mínimo de serviços de
e regulamentado anualmente em portaria
média complexidade compreende as atividades
específica.
ambulatoriais de apoio diagnóstico e terapêutico
7.3. O conjunto de procedimentos (M1) e de internação hospitalar, detalhadas no
assistenciais que compõem as ações de Atenção ANEXO 3 desta Norma.
Básica Ampliada é compreendido por aqueles
9. O financiamento federal do conjunto de
atualmente cobertos pelo Piso de Atenção
serviços do M1 adotará a seguinte lógica:
Básica (PAB), acrescidos dos procedimentos
relacionados no ANEXO 2 desta Norma. 9.1. O financiamento das atividades
ambulatoriais de apoio diagnóstico e terapêutico
7.4. Para o financiamento do elenco de
(M1), será feito com base na programação de
procedimentos da Atenção Básica Ampliada, foi
um valor per capita nacional mínimo, definido
instituído o PAB Ampliado, e seu valor definido
em Portaria do Ministro da Saúde.
em Portaria do Ministério da Saúde, sendo que
os municípios que hoje já recebem o PAB fixo 9.2. O financiamento das internações
em valor superior ao PAB Ampliado não hospitalares será feito de acordo com o processo
sofrerão alteração no valor per capita do PAB de Programação Pactuada e Integrada,
fixo destinado ao seu município. conduzido pelo gestor estadual, respeitado o
Limite Financeiro Global da Assistência de cada
7.5. Os municípios já habilitados nas
Unidade da Federação;
condições de gestão da NOB 01/96 estarão
aptos a receber o PAB Ampliado, após 9.3. Para apoiar o processo de qualificação
assumirem a condição de Gestão Plena da das regiões/microrregiões e garantir os recursos

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per capita para o financiamento dos 12. Os requisitos para a qualificação de
procedimentos mínimos da média complexidade cada região/microrregião e respectivos
(M1) para toda a população brasileira, o instrumentos de comprovação estão listados no
Ministério da Saúde adicionará recursos ao Anexo 7 desta Norma.
Limite Financeiro dos Estados, conforme
13. A solicitação de qualificação de cada
definido em Portaria específica, sendo que a
região/microrregião de saúde deverá ser
destinação destes recursos estará descrita na PPI
encaminhada à CIT, observando que:
dos estados e do Distrito Federal, devendo sua
incorporação ao Limite Financeiro dos Estados 13.1 O gestor estadual, conjuntamente
ocorrer na medida em que forem efetivadas as com os gestores municipais da região a ser
qualificações das regiões/microrregiões qualificada, deve encaminhar a CIB solicitação
assistenciais. de qualificação da região/microrregião;

9.4. Serão qualificadas apenas as regiões/ 13.2 A CIB deverá analisar a solicitação
microrregiões nas quais a PPI estadual tenha que, se aprovada, deverá ser encaminhada ao
definido a alocação dos recursos destinados ao CES, para conhecimento, e à Secretaria Técnica
financiamento dos procedimentos mínimos da da CIT, para deliberação;
média complexidade (M1) na(s) sede(s) de 13.3 A Secretaria Técnica da CIT deverá
módulo(s) assistencial(is). encaminhar documentação à Secretaria de
9.5. Nas microrregiões não qualificadas, o Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, que
financiamento dos procedimentos constantes do procederá a respectiva análise, de acordo com o
M1 desta Norma continuará sendo feito de PDR já aprovado;
acordo com a lógica de pagamento por 13.4. A SAS/MS deverá encaminhar
produção. parecer quanto ao processo de qualificação à
10. O repasse dos recursos de que trata o CIT, para decisão quanto à sua homologação.
Subitem 9.3 - Item 9 - Capítulo I, desta Norma, 14. Após a homologação na CIT do
para a cobertura da população de uma dada processo de qualificação de uma microrregião, o
microrregião estará condicionado à aprovação montante de recursos correspondente ao
pela CIT da qualificação da referida financiamento dos procedimentos listados no
microrregião na assistência à saúde. ANEXO 3A desta Norma (M1) destinados à
11 A qualificação compreende o cobertura da população do município-sede de
reconhecimento formal da constituição das módulo, acrescido do montante de recursos
regiões/microrregiões, da organização dos referentes à cobertura da população residente
sistemas funcionais de assistência à saúde e do nos municípios a ele adscritos, passam a ser
compromisso firmado entre o estado e os transferidos por uma das duas formas: (i) fundo
municípios componentes dos módulos a fundo ao estado habilitado quando o
assistenciais, para a garantia do acesso de toda a município-sede de módulo for habilitado em
população residente nestes espaços territoriais a GPAB-A (ii) fundo a fundo ao município-sede
um conjunto de ações e serviços correspondente de cada módulo assistencial quando esse for
ao nível de assistência à saúde relativo ao M1, habilitado em Gestão Plena do Sistema
acrescidos de um conjunto de serviços com Municipal de acordo com a Norma Operacional
complexidade acima do módulo assistencial, de da Assistência à Saúde, sendo que, neste caso, a
acordo com o definido no PDR. parcela relativa à população residente nos

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municípios adscritos estará condicionada ao acordo com o tipo de serviço, a disponibilidade
cumprimento de Termo de Compromisso para a tecnológica, as características do estado e a
Garantia de Acesso, conforme normatizado nos definição no Plano Diretor de Regionalização
Itens 37 e 38 - Capítulo II desta Norma. do estado.
15. Em módulos nos quais a sede estiver 19. O gestor estadual deve adotar critérios
sob gestão municipal, caso exista um município para a organização regionalizada das ações de
habilitado em Gestão Plena da Atenção Básica média complexidade que considerem:
Ampliada que disponha em seu território de necessidade de qualificação e especialização dos
laboratório de patologia clínica ou serviço de profissionais para o desenvolvimento das ações,
radiologia ou ultra-sonografia gineco-obstétrica, correspondência entre a prática clínica e
em quantidade suficiente e com qualidade capacidade resolutiva diagnóstica e terapêutica,
adequada para o atendimento de sua própria complexidade e custo dos equipamentos,
população, mas que não tenha o conjunto de abrangência recomendável para cada tipo de
serviços requeridos para ser sede de módulo serviço, economias de escala, métodos e
assistencial, esse município poderá celebrar um técnicas requeridos para a realização das ações.
acordo com o gestor do município-sede do
20. Os subsídios à organização e
módulo para, provisoriamente, atender sua
programação da média complexidade,
própria população no referido serviço.
compreendendo grupos de programação e
16. A Secretaria de Assistência à Saúde é a critérios de classificação das ações desse nível
unidade organizacional do MS responsável pela de atenção são descritos em instrumento a ser
análise técnica das propostas de qualificação das acordado pelas três esferas de governo e
microrregiões na assistência à saúde, a serem definido em Portaria do MS.
submetidas à aprovação da CIT, de acordo com
21. O processo de Programação Pactuada
as regras estabelecidas nesta Norma.
e Integrada (PPI), coordenado pelo gestor
I.4 DA ORGANIZAÇÃO DOS estadual representa o principal instrumento para
SERVIÇOS DE MÉDIA COMPLEXIDADE garantia de acesso da população aos serviços de
média complexidade não disponíveis em seu
17. A Atenção de Média Complexidade
município de residência, devendo orientar a
(MC) - compreende um conjunto de ações e
alocação de recursos e definição de limites
serviços ambulatoriais e hospitalares que visam
financeiros para todos os municípios do estado,
atender os principais problemas de saúde da
independente de sua condição de gestão.
população, cuja prática clínica demande a
disponibilidade de profissionais especializados e 21.1. A programação das ações
a utilização de recursos tecnológicos de apoio ambulatoriais de média complexidade deve
diagnóstico e terapêutico, que não justifique a compreender: identificação das necessidades de
sua oferta em todos os municípios do país. saúde de sua população, definição de
prioridades, aplicação de parâmetros físicos e
18. Excetuando as ações mínimas da
financeiros definidos nos estados para os
média complexidade (M1), que devem ser
diferentes grupos de ações assistenciais -
garantidas no âmbito dos módulos assistenciais,
respeitados os limites financeiros estaduais - e
as demais ações assistenciais de média
estabelecimento de fluxos de referências entre
complexidade, tanto ambulatoriais como
municípios.
hospitalares, podem ser garantidas no âmbito
microrregional, regional ou mesmo estadual, de

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21.2. A alocação de recursos referentes a 22.2. Deve-se buscar estabelecer as
cada grupo de programação de ações referências para a média complexidade em um
ambulatoriais de média complexidade para a fluxo contínuo, dos municípios de menor
população própria de um dado município terá complexidade para os de maior complexidade,
como limite financeiro o valor per capita computando, no município de referência, as
estadual definido para cada grupo, multiplicado parcelas físicas e financeiras correspondentes ao
pela população do município. atendimento da população dos municípios de
origem, conforme acordado no processo de
21.3. A programação de internações
Programação Pactuada e Integrada entre os
hospitalares deve utilizar critérios homogêneos
gestores.
de estimativa de internações necessárias para a
população, e considerar a distribuição e I.5 DA POLÍTICA DE ATENÇÃO DE
complexidade dos hospitais, o valor médio das ALTA COMPLEXIDADE/CUSTO NO SUS
internações hospitalares, bem como os fluxos de
23. A responsabilidade do Ministério da
referência entre municípios.
Saúde sobre a política de alta
21.4. A alocação de recursos complexidade/custo se traduz nas seguintes
correspondentes às referências intermunicipais, atribuições:
ambulatoriais e hospitalares, decorre do
a - definição de normas nacionais;
processo de programação pactuada integrada
entre gestores e do estabelecimento de Termo de b - controle do cadastro nacional de
Compromisso de Garantia de Acesso prestadores de serviços;
implicando a separação da parcela c - vistoria de serviços, quando lhe couber,
correspondente às referências no limite de acordo com as normas de cadastramento
financeiro do município. estabelecidas pelo próprio Ministério da Saúde;
22. Diferentemente do exigido para a d - definição de incorporação dos
organização das referências intermunicipais no procedimentos a serem ofertados à população
módulo assistencial, abordada na seção I.3 - pelo SUS;
Capítulo I desta Norma, no caso das demais
ações de média complexidade, quando os e - definição do elenco de procedimentos
serviços estiverem dispersos por vários de alta complexidade;
municípios, admite-se que um mesmo f - estabelecimento de estratégias que
município encaminhe referências para mais de possibilitem o acesso mais equânime
um município pólo de média complexidade, diminuindo as diferenças regionais na alocação
dependendo da disponibilidade de oferta, dos serviços;
condições de acesso e fluxos estabelecidos na
PPI. g - definição de mecanismos de garantia
de acesso para as referências interestaduais,
22.1. O gestor estadual, ao coordenar um através da Central Nacional de Regulação para
processo de planejamento global no estado, Procedimentos de Alta Complexidade;
deve adotar critérios para evitar a superposição
e proliferação indiscriminada e desordenada de h - formulação de mecanismos voltados à
serviços, levando sempre em consideração as melhoria da qualidade dos serviços prestados;
condições de acessibilidade, qualidade e i - financiamento das ações.
racionalidade na organização de serviços.

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23.1. A garantia de acesso aos g - os processos de vistoria para inclusão
procedimentos de alta complexidade é de de novos serviços no que lhe couber, em
responsabilidade solidária entre o Ministério da conformidade com as normas de cadastramento
Saúde e as Secretarias de Saúde dos estados e do MS;
do Distrito Federal.
h - a coordenação da implementação de
24. O gestor estadual é responsável pela mecanismos de regulação da assistência em alta
gestão da política de alta complexidade/custo no complexidade (centrais de regulação,
âmbito do estado, mantendo vinculação com a implementação de protocolos clínicos, entre
política nacional, sendo consideradas outros);
intransferíveis as funções de definição de
i - o controle e a avaliação do sistema,
prioridades assistenciais e programação da alta
quanto à sua resolubilidade e acessibilidade;
complexidade, incluindo:
j - a otimização da oferta de serviços,
a - a macroalocação de recursos
tendo em vista a otimização dos recursos
orçamentários do Limite Financeiro da
disponíveis, a garantia de economia de escala e
Assistência do estado para cada área de alta
melhor qualidade.
complexidade;
24.1 A regulação da referência
b - a definição de prioridades de
intermunicipal de alta complexidade será
investimentos para garantir o acesso da
sempre efetuada pelo gestor estadual.
população a serviços de boa qualidade, o que
pode, dependendo das características do estado, 25 - Os municípios que tiverem em seu
requerer desconcentração ou concentração para território serviços de alta complexidade/custo,
a otimização da oferta de serviços, tendo em quando habilitados em Gestão Plena do Sistema
vista a melhor utilização dos recursos Municipal, deverão desempenhar as funções
disponíveis, a garantia de economia de escala e referentes à organização dos serviços de alta
melhor qualidade; complexidade em seu território, visando
assegurar o comando único sobre os
c - a delimitação da área de abrangência
prestadores, destacando-se:
dos serviços de alta complexidade;
a - a programação das metas físicas e
d - a coordenação do processo de garantia
financeiras dos prestadores de serviços,
de acesso para a população de referência entre
garantindo a possibilidade de acesso para a sua
municípios;
população e para a população referenciada
e- a definição de limites financeiros conforme o acordado na PPI e no Termo de
municipais para a alta complexidade, com Garantia de Acesso assinado com o estado;
explicitação da parcela correspondente ao
b - realização de vistorias no que lhe
atendimento da população do município onde
couber, de acordo com as normas do Ministério
está localizado o serviço e da parcela
da Saúde;
correspondente às referências de outros
municípios; c - condução do processo de contratação;

f - a coordenação dos processos de d - autorização para realização dos


remanejamentos necessários na programação da procedimentos e a efetivação dos pagamentos
alta complexidade, inclusive com mudanças nos (créditos bancários);
limites financeiros municipais;

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e - definição de fluxos e rotinas cada município para cada área de alta
intramunicipais compatíveis com as estaduais; complexidade, destacando a parcela a ser
utilizada com a população do próprio município
f - controle, avaliação e auditoria de
e a parcela a ser gasta com a população de
serviços.
referência.
25.1 A regulação dos serviços de alta
29. A assistência de alta complexidade
complexidade será de responsabilidade do
será programada no âmbito regional/estadual, e
gestor municipal, quando o município
em alguns casos macrorregional, tendo em vista
encontrar-se na condição de gestão plena do
as características especiais desse grupo - alta
sistema municipal, e de responsabilidade do
densidade tecnológica e alto custo, economia de
gestor estadual, nas demais situações.
escala, escassez de profissionais especializados
25.2 A regulação dos serviços de alta e concentração de oferta em poucos municípios.
complexidade, localizados em município
29.1. A programação deve prever, quando
habilitado em GPSM de acordo com as regras
necessário, a referência de pacientes para outros
estabelecidas pela NOB SUS 01/96 em que
estados, assim como reconhecer o fluxo
persista a divisão do comando sobre os
programado de pacientes de outros estados,
prestadores, deverá ser assumida pelo município
sendo que esta programação será consolidada
ou pelo estado, de acordo com o cronograma de
pela SAS/MS.
ajuste do comando único aprovado na CIB
estadual, conforme previsto no item 66 desta 30. A programação da Atenção de Alta
Norma. Complexidade deverá ser precedida de estudos
da distribuição regional de serviços e da
25.3. Nos municípios habilitados em
proposição pela Secretaria Estadual de Saúde
Gestão Plena da Atenção Básica (GPAB) ou
(SES) de um limite financeiro claro para seu
Gestão Plena da Atenção Básica-Ampliada
custeio, sendo que o Plano Diretor de
(GPAB-A) que tenham serviços de alta
Regionalização apontará as áreas de
complexidade em seu território, as funções de
abrangência dos municípios-pólo e dos serviços
gestão e relacionamento com os prestadores de
de referência na Atenção de Alta Complexidade.
alta complexidade são de responsabilidade do
gestor estadual, podendo este delegar aos CAPÍTULO II
gestores municipais as funções de controle e
FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE
avaliação dos prestadores, incluindo o processo
GESTÃO NO SUS
autorizativo.
II.1 DO PROCESSO DE
26. As ações de alta complexidade e as
PROGRAMAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
ações estratégicas serão financiadas de acordo
com Portaria do Ministério da Saúde. 31. Cabe ao Ministério da Saúde a
coordenação do processo de programação da
27. O Ministério da Saúde, definirá os
assistência à saúde em âmbito nacional.
valores de recursos destinados ao custeio da
assistência de alta complexidade para cada 31.1. As secretarias de saúde dos estados e
estado. do Distrito Federal deverão encaminhar ao
Ministério da Saúde uma versão consolidada da
28. Caberá aos estados, de acordo com a
Programação Pactuada e Integrada (PPI),
PPI e dentro do limite financeiro estadual,
prever a parcela dos recursos a serem gastos em

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conforme definido em Portaria do Ministério da da assistência entre municípios pelo gestor
Saúde. estadual, resultando na definição de limites
financeiros para todos os municípios do estado,
31.2. As secretarias de saúde dos estados e
independente da sua condição de habilitação.
do Distrito Federal poderão dispor de
instrumentos próprios de programação 33.1. Define-se limite financeiro da
adequados às suas especificidades, respeitados assistência por município como o montante
os princípios gerais e os requisitos da versão máximo de recursos federais que poderá ser
consolidada a ser enviada ao Ministério da gasto com o conjunto de serviços existentes em
Saúde. cada território municipal, sendo composto por
duas parcelas separadas: recursos destinados ao
32. Cabe a SES a coordenação da
atendimento da população própria e recursos
programação pactuada e integrada no âmbito do
destinados ao atendimento da população
estado, por meio do estabelecimento de
referenciada de acordo com as negociações
processos e métodos que assegurem:
expressas na PPI.
a) que as diretrizes, objetivos e
33.2. Esses recursos poderão estar sob
prioridades da política estadual de saúde e os
gestão municipal, quando o município
parâmetros de programação, em sintonia com a
encontrar-se em GPSM, ou sob gestão estadual,
Agenda de Saúde e Metas Nacionais, sejam
quando o município estiver em outra condição
discutidos no âmbito da CIB com os gestores
de gestão.
municipais, aprovados pelos Conselhos
Estaduais e implementados em fóruns regionais 33.3.O Limite Financeiro da Assistência
e/ou microrregionais de negociação entre de cada estado, assim como do Distrito Federal
gestores; no que couber, independente de sua condição de
gestão, deverá ser programado e apresentado da
b) a alocação de recursos centrada em uma
seguinte forma:
lógica de atendimento às reais necessidades da
população e jamais orientada pelos interesses a) Relação de todos os municípios do
dos prestadores de serviços; estado, independentemente da sua condição de
gestão.
c) a operacionalização do Plano Diretor de
Regionalização e de estratégias de regulação do b) Condição de Gestão do Município/
sistema, mediante a adequação dos critérios e nível de governo responsável pelo comando
instrumentos de alocação e pactuação dos único de média e alta complexidade.
recursos assistenciais e a adoção de mecanismos
c) Parcela de recursos financeiros para o
que visem regular a oferta e a demanda de
atendimento da população residente sob gestão
serviços, organizar os fluxos e garantir o acesso
municipal
às referências;
d) Parcela de recursos financeiros para o
d) a explicitação do modelo de gestão com
atendimento das referências intermunicipais
a definição das responsabilidades inerentes ao
exercício do comando único de forma coerente e) Parcela de recursos financeiros para o
com as condições de habilitação. atendimento da população residente sob gestão
estadual
33. A Programação Pactuada e Integrada,
aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite,
deverá nortear a alocação de recursos federais

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f) Outros recursos sob gestão estadual, Particularmente, a parcela correspondente às
alocados nos municípios ou na Secretaria referências intermunicipais, poderá ser alterada
Estadual de Saúde pelo gestor estadual, trimestralmente, em
decorrência de ajustes no Termo de
g) Limite Financeiro Global da Unidade
Compromisso e pontualmente, em uma série de
Federativa - soma dos itens C, D, E e F.
situações específicas, detalhadas no Item 38 -
33.4. Os limites financeiros da assistência Capítulo II.
por município devem ser definidos globalmente
34. A SES deverá encaminhar ao
em cada estado a partir da aplicação de critérios
Ministério da Saúde os produtos do processo de
e parâmetros de programação ambulatorial e
programação da assistência, conforme definidos
hospitalar, respeitado o limite financeiro
em Portaria do Ministério da Saúde.
estadual, bem como da definição de referências
intermunicipais na PPI. Dessa forma, o limite II.2 DAS RESPONSABILIDADES DE
financeiro por município deve ser gerado pela CADA NÍVEL DE GOVERNO NA
programação para o atendimento da própria GARANTIA DE ACESSO DA POPULAÇÃO
população, deduzida da necessidade de REFERENCIADA
encaminhamento para outros municípios e
35. O Ministério da Saúde assume, de
acrescida da programação para atendimento de
forma solidária com as Secretarias de Saúde dos
referências recebidas de outros municípios.
estados e do Distrito Federal, a responsabilidade
33.5. Os municípios habilitados ou que pelo atendimento a pacientes referenciados entre
vierem a se habilitar na condição de Gestão estados.
Plena do Sistema Municipal devem receber
36. A garantia de acesso da população aos
diretamente, em seu Fundo Municipal de Saúde,
serviços não disponíveis em seu município de
o total de recursos federais correspondente ao
residência é de responsabilidade do gestor
limite financeiro programado para aquele
estadual, de forma solidária com os municípios
município, compreendendo a parcela destinada
de referência, observados os limites financeiros,
ao atendimento da população própria e,
devendo o mesmo organizar o sistema de
condicionada ao cumprimento efetivo do Termo
referência utilizando mecanismos e
de Compromisso para Garantia de Acesso
instrumentos necessários, compatíveis com a
celebrado com o gestor estadual, a parcela
condição de gestão do município onde os
destinada ao atendimento da população
serviços estiverem localizados.
referenciada.
37. A garantia do atendimento à população
33.6. Em regiões/microrregiões
referenciada será objeto de um Termo de
qualificadas, os recursos referentes ao M1
Compromisso para Garantia de Acesso a ser
alocados no município-sede serão repassados ao
assinado pelo gestor municipal e pelo gestor
Fundo Municipal de Saúde quando o município-
estadual quando o município-sede de módulo ou
sede estiver habilitado em GPSM ou ao Fundo
município-pólo estiver em GPSM.
Estadual de Saúde quando o município-sede
estiver habilitado em GPAB-A. 37.1. O Termo de Compromisso de
Garantia de Acesso tem como base o processo
33.7. Os limites financeiros da assistência
de programação e contém as metas físicas e
por município estão sujeitos a reprogramação
orçamentárias das ações definidas na PPI a
em função da revisão periódica da PPI,
serem ofertadas nos municípios pólo, os
coordenada pelo gestor estadual.

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compromissos assumidos pela SES e SMS, os para que essa Comissão tome as providências
mecanismos de garantia de acesso, o processo cabíveis.
de acompanhamento e revisão do Termo e
39. Quaisquer alterações nos limites
sanções previstas.
financeiros dos municípios em Gestão Plena do
38. A SES poderá alterar a parcela de Sistema Municipal, decorrentes de ajuste ou
recursos correspondente às referências revisão da programação e do Termo de
intermunicipais no limite financeiro do Compromisso para Garantia do Acesso serão
município em GPSM, nas seguintes situações, comunicadas pelas SES à SAS/MS, para que
detalhadas no Termo de Compromisso para esta altere os valores a serem transferidos ao
Garantia de Acesso: Fundo Municipal de Saúde correspondente.
A) periodicamente, em função da revisão 40. Para habilitar-se ou permanecer
global da PPI, conduzida pela SES e aprovada habilitado na condição de GPSM, o município
pela CIB; deverá assumir o comando único sobre os
prestadores do seu território e participar do
B) trimestralmente, em decorrência do
processo de programação e quando necessário,
acompanhamento da execução do Termo e do
garantir o atendimento à população de
fluxo de atendimento das referências, de forma a
referência, conforme acordado na PPI e
promover os ajustes necessários, a serem
consolidado por meio da assinatura do referido
informados à CIB em sua reunião subseqüente;
Termo de Compromisso para a Garantia do
C) pontualmente, por meio de alteração Acesso.
direta pela SES (respeitados os prazos de
II.3 DO PROCESSO DE CONTROLE,
comunicação aos gestores estabelecidos no
REGULAÇÃO E AVALIAÇÃO DA
Termo de Compromisso, conforme detalhado no
ASSISTÊNCIA
ANEXO 4 desta Norma), sendo a CIB
informada em sua reunião subseqüente, nos 41. As funções de controle, regulação e
seguintes casos: abertura de novo serviço em avaliação devem ser coerentes com os processos
município que anteriormente encaminhava sua de planejamento, programação e alocação de
população para outro; redirecionamento do recursos em saúde tendo em vista sua
fluxo de referência da população de um importância para a revisão de prioridades e
município pólo para outro, solicitado pelo gestor contribuindo para o alcance de melhores
municipal; problemas no atendimento da resultados em termos de impacto na saúde da
população referenciada ou descumprimento pelo população.
município em GPSM dos acordos estabelecidos
41.1.1. As atribuições do Controle,
no Termo de Compromisso para Garantia de
Regulação e Avaliação são definidas conforme
Acesso.
as pactuações efetuadas pelos três níveis de
38.1. Nas situações em que os recursos de governo.
média e alta complexidade de municípios que
42. O fortalecimento das funções de
efetuem atendimento das referências
controle e avaliação dos gestores do SUS deve
intermunicipais estejam sob gestão estadual, e
se dar principalmente nas seguintes dimensões:
os mecanismos de garantia de acesso não forem
cumpridos pelo estado, os municípios que se A) avaliação da organização do sistema e
sentirem prejudicados deverão acionar a CIB do modelo de gestão;

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B) relação com os prestadores de serviços; aprovação definidos na Comissão Intergestores
Bipartite, quando a disponibilidade da rede
C) qualidade da assistência e satisfação
pública for insuficiente para o atendimento da
dos usuários;
população.
D) resultados e impacto sobre a saúde da
44.3. Os contratos de prestação de
população.
serviços devem representar instrumentos
43. Todos os níveis de governo devem efetivos de responsabilização dos prestadores
avaliar o funcionamento do sistema de saúde, no com os objetivos, atividades e metas
que diz respeito ao desempenho nos processos estabelecidas pelos gestores de acordo com as
de gestão, formas de organização e modelo de necessidades de saúde identificadas.
atenção, tendo como eixo orientador a
44.4. Os procedimentos técnico-
promoção da eqüidade no acesso na alocação
administrativos prévios à realização de serviços
dos recursos, e como instrumento básico para o
e à ordenação dos respectivos pagamentos,
acompanhamento e avaliação dos sistemas de
especialmente a autorização de internações e de
saúde o Relatório de Gestão.
procedimentos ambulatoriais de alta
44. O controle e a avaliação dos complexidade e/ou alto custo, devem ser
prestadores de serviços, a ser exercido pelo organizados de forma a facilitar o acesso dos
gestor do SUS responsável de acordo com a usuários e permitir o monitoramento adequado
condição de habilitação e modelo de gestão da produção e faturamento de serviços.
adotado, compreende o conhecimento global
44.5. Outros mecanismos de controle e
dos estabelecimentos de saúde localizados em
avaliação devem ser adotados pelo gestor
seu território, o cadastramento de serviços, a
público, como o acompanhamento dos
condução de processos de compra e
orçamentos públicos em saúde, a análise da
contratualização de serviços de acordo com as
coerência entre a programação, a produção e o
necessidades identificadas e legislação
faturamento apresentados e a implementação de
específica, o acompanhamento do faturamento,
críticas possibilitadas pelos sistemas
quantidade e qualidade dos serviços prestados,
informatizados quanto à consistência e
entre outras atribuições.
confiabilidade das informações disponibilizadas
44.1. O cadastro completo e fidedigno de pelos prestadores.
unidades prestadoras de serviços de saúde é um
45. A avaliação da qualidade da atenção
requisito básico para programação de serviços
pelos gestores deve envolver tanto a
assistenciais, competindo ao gestor do SUS
implementação de indicadores objetivos
responsável pelo relacionamento com cada
baseados em critérios técnicos, como a adoção
unidade própria, contratada ou conveniada, a
de instrumentos de avaliação da satisfação dos
garantia da atualização permanente dos dados
usuários do sistema, que considerem a
cadastrais e de alimentação dos bancos de dados
acessibilidade, a integralidade da atenção, a
nacionais do SUS.
resolubilidade e qualidade dos serviços
44.2. O interesse público e a identificação prestados.
de necessidades assistenciais devem pautar o
46. A avaliação dos resultados da atenção
processo de compra de serviços na rede privada,
e do impacto na saúde deve envolver o
que deve seguir a legislação, as normas
acompanhamento dos resultados alcançados em
administrativas específicas e os fluxos de
função dos objetivos, indicadores e metas

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apontados no plano de saúde, voltados para a da assistência, instrumentalizada por protocolos
melhoria do nível de saúde da população. técnico-operacionais;
47. Os estados e municípios deverão D) a definição das interfaces da estratégia
elaborar seus respectivos planos de controle, da regulação da assistência com o processo de
regulação e avaliação que consistem no planejamento, programação e outros
planejamento do conjunto de estratégias e instrumentos de controle e avaliação.
instrumentos a serem empregados para o
II.4 DOS HOSPITAIS PÚBLICOS SOB
fortalecimento da capacidade de gestão.
GESTÃO DE OUTRO NÍVEL DE GOVERNO:
47.1. Ao gestor do SUS responsável pelo
49. Definir que unidades hospitalares
relacionamento com cada unidade, conforme
públicas sob gerência de um nível de governo e
sua condição de habilitação e qualificação, cabe
gestão de outro, preferencialmente deixem de
programar e regular os serviços e o acesso da
ser remunerados por produção de serviços e
população de acordo com as necessidades
passem a receber recursos correspondentes à
identificadas, respeitando os pactos firmados na
realização de metas estabelecidas de comum
PPI e os termos de compromisso para a garantia
acordo.
de acesso.
50. Aprovar, na forma do Anexo 5 desta
47.2. A regulação da assistência deverá ser
Norma, modelo contendo cláusulas mínimas do
efetivada por meio da implantação de
Termo de Compromisso a ser firmado entre as
complexos reguladores que congreguem
partes envolvidas, com o objetivo de regular a
unidades de trabalho responsáveis pela
contratualização dos serviços oferecidos e a
regulação das urgências, consultas, leitos e
forma de pagamento das unidades hospitalares.
outros que se fizerem necessários.
51. Os recursos financeiros para cobrir o
48. A regulação da assistência, voltada
citado Termo de Compromisso devem ser
para a disponibilização da alternativa
subtraídos das parcelas correspondentes à
assistencial mais adequada à necessidade do
população própria e à população referenciada do
cidadão, de forma equânime, ordenada,
limite financeiro do (município/estado), e
oportuna e qualificada, pressupõe:
repassado diretamente ao ente público gerente
A) a realização prévia de um processo de da unidade, em conta específica para esta
avaliação das necessidades de saúde e de finalidade aberta em seu fundo de saúde.
planejamento/programação, que considere
CAPÍTULO - III
aspectos epidemiológicos, os recursos
assistenciais disponíveis e condições de acesso CRITÉRIOS DE HABILITAÇÃO E
às unidades de referência; DESABILITAÇÃO DE MUNICÍPIOS E
ESTADOS
B) a definição da estratégia de
regionalização que explicite a responsabilização III.1 CONDIÇÕES DE HABILITAÇÃO
e papel dos vários municípios, bem como a DE MUNICÍPIOS E ESTADOS
inserção das diversas unidades assistenciais na A presente Norma atualiza as condições
rede; de gestão estabelecidas na NOB SUS 01/96,
C) a delegação pelo gestor competente de explicitando as responsabilidades, os requisitos
autoridade sanitária ao médico regulador, para relativos às modalidades de gestão e as
que exerça a responsabilidade sobre a regulação

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prerrogativas dos gestores municipais e b) Integração e articulação do município
estaduais. na rede estadual e respectivas responsabilidades
na PPI do estado, incluindo detalhamento da
52. A habilitação dos municípios e estados
programação de ações e serviços que compõem
às diferentes condições de gestão significa a
o sistema municipal.
declaração dos compromissos assumidos por
parte do gestor perante os outros gestores e c) Gerência de unidades ambulatoriais
perante a população sob sua responsabilidade. próprias.
III.1.1 Com relação ao processo de d) Gerência de unidades ambulatoriais
habilitação dos municípios transferidas pelo estado ou pela União.
53. A partir da publicação desta Norma os e) Organização da rede de atenção básica,
municípios poderão habilitar-se em duas incluída a gestão de prestadores privados,
condições: quando excepcionalmente houver prestadores
privados nesse nível e atenção.
· GESTÃO PLENA DA ATENÇÃO
BÁSICA AMPLIADA; e f) Cumprimento das responsabilidades
definidas no Subitem 7.1 - Item 7 - Capítulo I
· GESTÃO PLENA DO SISTEMA
desta Norma.
MUNICIPAL.
g) Disponibilização, em qualidade e
53.1. Todos os municípios que vierem a
quantidade suficiente para a sua população, de
ser habilitados em Gestão Plena do Sistema
serviços capazes de oferecer atendimento
Municipal, nos termos desta Norma, estarão
conforme descrito no Subitem 7.3 - Item 7 -
também habilitados em Gestão Plena da
Capítulo I desta Norma.
Atenção Básica Ampliada.
h) Desenvolvimento do cadastramento
53.2. Cabe à Secretaria Estadual de Saúde
nacional dos usuários do SUS, segundo a
a gestão do SUS nos municípios não
estratégia de implantação do Cartão Nacional de
habilitados, enquanto for mantida a situação de
Saúde, com vistas à vinculação de clientela e à
não habilitação.
sistematização da oferta dos serviços.
54. Os municípios, para se habilitarem à
i) Prestação dos serviços relacionados aos
Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada,
procedimentos cobertos pelo PAB Ampliado e
deverão assumir as responsabilidades, cumprir
acompanhamento, no caso de referência interna
os requisitos e gozar das prerrogativas definidas
ou externa ao município, dos demais serviços
a seguir:
prestados aos seus munícipes, conforme a PPI,
Responsabilidades mediado pela SES.
a) Elaboração do Plano Municipal de j) Desenvolver as atividades de: realização
Saúde, a ser submetido à aprovação do do cadastro, contratação, controle, avaliação,
Conselho Municipal de Saúde, que deve auditoria e pagamento aos prestadores dos
contemplar a Agenda de Saúde Municipal, serviços contidos no PAB-A, localizados em seu
harmonizada com as agendas nacional e território e vinculados ao SUS.
estadual, bem como o Quadro de Metas,
k) Operação do SIA/SUS e o SIAB,
mediante o qual será efetuado o
quando aplicável, conforme normas do
acompanhamento dos Relatórios de Gestão.
Ministério da Saúde, e alimentação junto à

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Secretaria Estadual de Saúde, dos bancos de mediante o qual será efetuado o
dados nacionais. acompanhamento dos Relatórios de Gestão.
l) Autorização, desde que não haja d) Comprovar, formalmente, capacidade
definição contrária por parte da CIB, das técnica e administrativa para o desempenho das
internações hospitalares e dos procedimentos atividades de controle, e avaliação, através da
ambulatoriais especializados, realizados no definição de estrutura física e administrativa,
município, que continuam sendo pagos por recursos humanos, equipamentos e mecanismos
produção de serviços. de comunicação.
m) Manutenção do cadastro atualizado das e) Comprovar, por meio da alimentação
unidades assistenciais sob sua gestão, segundo do Sistema de Informações sobre Orçamentos
normas do MS. Públicos em Saúde (SIOPS), a dotação
orçamentária do ano e o dispêndio realizado no
n) Realização de avaliação permanente do
ano anterior, correspondente à contrapartida de
impacto das ações do Sistema sobre as
recursos financeiros próprios do Tesouro
condições de saúde dos seus munícipes e sobre
Municipal, de acordo com a Emenda
o seu meio ambiente, incluindo o cumprimento
Constitucional 29, de 14 de setembro de 2000.
do pacto de indicadores da atenção básica.
f) Estabelecimento do Pacto da Atenção
o) Execução das ações básicas de
Básica para o ano em curso;
vigilância sanitária, de acordo com a legislação
em vigor e a normatização da Agência Nacional g) Comprovar, para efeito de avaliação da
de Vigilância Sanitária (ANVISA). Atenção Básica a ser realizada pela Secretaria
Estadual de Saúde e validada pela SPS/MS, para
p) Execução das ações básicas de
encaminhamento à CIT:
epidemiologia, de controle de doenças e de
ocorrências mórbidas, decorrentes de causas 1. Desempenho satisfatório nos
externas, como acidentes, violências e outras, de indicadores do Pacto da Atenção Básica do ano
acordo com normatização vigente. anterior;
q) Elaboração do relatório anual de gestão 2. Alimentação regular dos sistemas
e aprovação pelo Conselho Municipal de Saúde/ nacionais de informação em saúde já existentes
CMS. e dos que vierem ser criados conforme portaria;
r) Firmar o Pacto de Indicadores da 3. Disponibilidade de serviços (estrutura
Atenção Básica com o estado. física e recursos humanos) em seu território,
para executar as ações estratégicas mínimas;
Requisitos
4. Disponibilidade de serviços para
a) Comprovar a operação do Fundo
realização do elenco de procedimentos básicos
Municipal de Saúde;
ampliado - EPBA.
b) Comprovar o funcionamento do CMS.
h) Comprovar a capacidade para o
c) Apresentar o Plano Municipal de desenvolvimento de ações básicas de vigilância
Saúde, aprovado pelo CMS, que deve sanitária, conforme normatização da ANVISA;
contemplar a Agenda de Saúde Municipal,
harmonizada com as agendas nacional e
estadual, bem como o Quadro de Metas,

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i) Comprovar a capacidade para o programação de ações e serviços que compõem
desenvolvimento de ações básicas de vigilância o sistema municipal.
epidemiológica.
c) Gerência de unidades próprias,
j) Formalizar junto a CIB, após aprovação ambulatoriais e hospitalares.
pelo CMS, o pleito de habilitação, atestando o
d) Gerência de unidades assistenciais
cumprimento dos requisitos relativos à condição
transferidas pelo estado e pela União.
de gestão pleiteada.
e) Gestão de todo o sistema municipal,
Prerrogativas
incluindo a gestão sobre os prestadores de
a) Transferência regular e automática dos serviços de saúde vinculados ao SUS,
recursos referentes ao Piso de Atenção Básica independente da sua natureza jurídica ou nível
Ampliado (PAB-A), correspondente ao de complexidade, exercendo o comando único,
financiamento do Elenco de Procedimentos ressalvando as unidades públicas e privadas de
Básicos e do incentivo de vigilância sanitária. hemonúcleos/hemocentros e os laboratórios de
saúde pública, em consonância com o disposto
b) Gestão municipal de todas as unidades
na letra c do Item 57 - Capítulo III desta Norma.
básicas de saúde, públicas ou privadas
(lucrativas e filantrópicas) integrantes do SUS, f) Desenvolvimento do cadastramento
localizadas no território municipal. nacional dos usuários do SUS segundo a
estratégia de implantação do Cartão Nacional de
c) Transferência regular e automática dos
Saúde, com vistas à vinculação da clientela e
recursos referentes ao PAB variável, desde que
sistematização da oferta dos serviços.
qualificado conforme as normas vigentes.
g) Garantia do atendimento em seu
55. Os municípios, para se habilitarem à
território para sua população e para a população
Gestão Plena do Sistema Municipal, deverão
referenciada por outros municípios,
assumir as responsabilidades, cumprir os
disponibilizando serviços necessários, conforme
requisitos e gozar das prerrogativas definidas a
definido na PPI, e transformado em Termo de
seguir:
Compromisso para a Garantia de Acesso, assim
Responsabilidades como a organização do encaminhamento das
a) Elaboração do Plano Municipal de referências para garantir o acesso de sua
Saúde, a ser submetido à aprovação do população a serviços não disponíveis em seu
Conselho Municipal de Saúde, que deve território.
contemplar a Agenda de Saúde Municipal, h) Integração dos serviços existentes no
harmonizada com as agendas nacional e município aos mecanismos de regulação
estadual, bem como o Quadro de Metas, ambulatoriais e hospitalares.
mediante o qual será efetuado o
i) Desenvolver as atividades de realização
acompanhamento dos Relatórios de Gestão, que
do cadastro, contratação, controle, avaliação,
deverá ser aprovado anualmente pelo Conselho
auditoria e pagamento de todos os prestadores
Municipal de Saúde.
dos serviços localizados em seu território e
b) Integração e articulação do município vinculados ao SUS.
na rede estadual e respectivas responsabilidades
j) Operação do SIH e do SIA/SUS,
na PPI do estado, incluindo detalhamento da
conforme normas do MS, e alimentação, junto a

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SES, dos bancos de dados de interesse nacional 1. Desempenho satisfatório nos
e estadual. indicadores do Pacto da Atenção Básica do ano
anterior;
k) Manutenção do cadastro atualizado de
unidades assistenciais em seu território, segundo 2. Alimentação regular dos sistemas
normas do MS. nacionais de informação em saúde já existentes
e dos que vierem ser criados conforme portaria
l) Avaliação permanente do impacto das
ações do Sistema sobre as condições de saúde 3. Disponibilidade de serviços (estrutura
dos seus munícipes e sobre o meio ambiente. física e recursos humanos) em seu território,
para executar as ações estratégicas mínimas;
m) Execução das ações básicas, de média
e alta complexidade em vigilância sanitária, 4. Disponibilidade de serviços para
pactuadas na CIB. realização do elenco de procedimentos básicos
ampliado - EPBA.
n) Execução de ações de epidemiologia,
de controle de doenças e de ocorrências f) Firmar Termo de Compromisso para
mórbidas, decorrentes de causas externas, como Garantia de Acesso com a Secretaria Estadual
acidentes, violências e outras pactuadas na CIB; de Saúde.
o) Firmar o Pacto da Atenção Básica com g) Comprovar a estruturação do
o estado. componente municipal do Sistema Nacional de
Requisitos Auditoria (SNA).
a) Comprovar o funcionamento do CMS.
h) Participar da elaboração e da
b) Comprovar a operação do Fundo implementação da PPI do estado, bem como da
Municipal de Saúde e disponibilidade alocação de recursos expressa na programação.
orçamentária suficiente, bem como mecanismos
i) Comprovar, formalmente, capacidade
para pagamento de prestadores públicos e
técnica, administrativa e operacional para o
privados de saúde.
desempenho das atividades de controle,
c) Apresentar o Plano Municipal de regulação, e avaliação através da definição de
Saúde, aprovado pelo CMS, que deve estrutura física, administrativa, recursos
contemplar a Agenda de Saúde Municipal, humanos, equipamentos e mecanismos de
harmonizada com as agendas nacional e comunicação (linha telefônica e acesso à
estadual, bem como o Quadro de Metas, Internet).
mediante o qual será efetuado o
j) Comprovar, por meio da alimentação do
acompanhamento dos Relatórios de Gestão.
Sistema de Informações sobre Orçamentos
d) Estabelecimento do Pacto da Atenção Públicos em Saúde (SIOPS), a dotação
Básica para o ano em curso; orçamentária do ano e o dispêndio realizado no
ano anterior, correspondente à contrapartida de
e) Comprovar, para efeito de avaliação da
recursos financeiros próprios do Tesouro
Atenção Básica a ser realizada pela Secretaria
Municipal, de acordo com a Emenda
Estadual de Saúde e validada pela SPS/MS, para
Constitucional 29, de 14 de setembro de 2000.
encaminhamento a CIT:
k) Comprovar o funcionamento de serviço
estruturado de vigilância sanitária e capacidade
para o desenvolvimento de ações de vigilância

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sanitária, de acordo com a legislação em vigor e destinada ao atendimento à população
a pactuação estabelecida com a Agência referenciada, condicionado ao cumprimento
Nacional de Vigilância Sanitária. efetivo do Termo de Compromisso para
Garantia de Acesso firmado.
l) Comprovar a estruturação de serviços e
atividades de vigilância epidemiológica e de c) Gestão do conjunto das unidades
controle de zoonoses, de acordo com a prestadoras de serviços ao SUS ambulatoriais
pactuação estabelecida com a Fundação especializadas e hospitalares, estatais e privadas,
Nacional de Saúde. estabelecidas no território municipal.
m) Apresentar o Relatório de Gestão do III.1.2 Do processo de habilitação dos
ano anterior à solicitação do pleito, devidamente estados
aprovado pelo CMS.
56. A partir da publicação desta Norma, os
n) Comprovar o comando único sobre a estados podem habilitar-se em duas condições:
totalidade dos prestadores de serviços ao SUS
· GESTÃO AVANÇADA DO SISTEMA
localizados no território municipal.
ESTADUAL;
o) Comprovar oferta das ações do
· GESTÃO PLENA DO SISTEMA
primeiro nível de média complexidade (M1) e
ESTADUAL.
de leitos hospitalares.
57. São atributos da condição de gestão
p) Comprovar Adesão ao Cadastramento
avançada do sistema estadual:
Nacional dos usuários do SUS Cartão SUS.
Responsabilidades
q) Formalizar, junto a CIB, após
aprovação pelo CMS, o pleito de habilitação, a) Elaboração do Plano Estadual de
atestando o cumprimento dos requisitos Saúde, e do Plano Diretor de Regionalização,
relativos à condição de GPSM. incluindo o Plano Diretor de Investimentos e
Programação Pactuada e Integrada.
b) Coordenação da PPI do estado,
Prerrogativas
contendo a referência intermunicipal e pactos de
a) Transferência, regular e automática, dos negociação na CIB para alocação dos recursos,
recursos referentes ao valor per capita definido conforme expresso no item que descreve a PPI,
para o financiamento dos procedimentos do M1, nos termos desta Norma.
após qualificação da microrregião na qual está
c) Gerência de unidades públicas de
inserido, para sua própria população e, caso seja
hemonúcleos/hemocentros e de laboratórios de
sede de módulo assistencial, para a sua própria
referência para controle de qualidade, vigilância
população e população dos municípios
sanitária e vigilância epidemiológica e gestão
abrangidos.
sobre o sistema de hemonúcleos/hemocentros
b) Receber, diretamente no Fundo (públicos e privados) e laboratórios de saúde
Municipal de Saúde, o montante total de pública.
recursos federais correspondentes ao limite
d) Formulação e execução da política de
financeiro programado para o município,
sangue e hemoterapia, de acordo com a política
compreendendo a parcela destinada ao
nacional.
atendimento da população própria e aquela

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e) Coordenação do sistema de referências n) Implementação de políticas de
intermunicipais, organizando o acesso da integração das ações de saneamento às ações de
população, viabilizando com os municípios-sede saúde.
de módulos assistenciais e pólos os Termos de
o) Coordenação das atividades de
Compromisso para a Garantia de Acesso.
vigilância epidemiológica e de controle de
f) Gestão dos sistemas municipais nos doenças e execução complementar conforme
municípios não habilitados em nenhuma das pactuação estabelecida com a Fundação
condições de gestão vigentes no SUS Nacional de Saúde.
g) Gestão das atividades referentes a: p) Execução de operações complexas
Tratamento Fora de Domicílio para Referência voltadas ao controle de doenças que possam se
Interestadual, Medicamentos Excepcionais, beneficiar da economia de escala.
Central de Transplantes. O estado poderá
q) Coordenação das atividades de
delegar essas funções aos municípios em
vigilância sanitária e execução complementar
GPSM.
conforme a legislação em vigor e pactuação
h) Formulação e execução da política estabelecida com a ANVISA.
estadual de assistência farmacêutica, de acordo
r) Execução das ações básicas de
com a política nacional.
vigilância sanitária, referentes aos municípios
i) Normalização complementar de não habilitados nas condições de gestão
mecanismos e instrumentos de administração da estabelecidas nesta Norma.
oferta e controle da prestação de serviços
s) Execução das ações de média e alta
ambulatoriais, hospitalares, de alto custo, do
complexidade de vigilância sanitária, exceto as
tratamento fora do domicílio e dos
realizadas pelos municípios habilitados na
medicamentos e insumos especiais.
condição de Gestão Plena de Sistema
j) Manutenção do cadastro atualizado de Municipal.
unidades assistenciais sob sua gestão, segundo
t) Apoio logístico e estratégico às
normas do MS, e coordenação do cadastro
atividades de atenção à saúde das populações
estadual de prestadores.
indígenas, na conformidade de critérios
k) Organização e gestão do sistema estabelecidos pela CIT.
estadual de Controle, Avaliação e Regulação.
u) Operação dos Sistemas Nacionais de
l) Cooperação técnica e financeira com o Informação, conforme normas do MS, e
conjunto de municípios, objetivando a alimentação dos bancos de dados de interesse
consolidação do processo de descentralização, a nacional.
organização da rede regionalizada e
v) Coordenação do processo de pactuação
hierarquizada de serviços, a realização de ações
dos indicadores da Atenção Básica com os
de epidemiologia, de controle de doenças, de
municípios, informação das metas pactuadas ao
vigilância sanitária, assim como o pleno
Ministério da Saúde e acompanhamento da
exercício das funções gestoras de planejamento,
evolução dos indicadores pactuados.
controle, avaliação e auditoria.
m) Estruturação e operação do
Componente Estadual do SNA.

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Requisitos g) Comprovar a operação do Fundo
Estadual de Saúde e disponibilidade
a) Apresentar o Plano Estadual de Saúde,
orçamentária suficiente, bem como mecanismos
aprovado pelo CES, contendo minimamente:
para pagamento de prestadores públicos e
- Quadro de Metas, compatível com a privados de saúde.
Agenda de Saúde, por meio do qual a execução
h) Apresentar relatório de gestão aprovado
do Plano será acompanhada anualmente nos
pelo CES, relativo ao ano anterior à solicitação
relatórios de gestão;
do pleito.
- programação integrada das ações
i) Comprovar descentralização para os
ambulatoriais, hospitalares e de alto custo, de
municípios habilitados da rede de Unidades
epidemiologia e de controle de doenças -
Assistenciais Básicas.
incluindo, entre outras, as atividades de
vacinação, de controle de vetores e de j) Comprovar a transferência da gestão da
reservatórios - de saneamento, de pesquisa e atenção hospitalar e ambulatorial aos
desenvolvimento; municípios habilitados em GPSM, nos termos
desta Norma.
- estratégias de descentralização das ações
de saúde para municípios; k) Comprovar a estruturação do
componente estadual do SNA.
- estratégias de reorganização do modelo
de atenção; l)Comprovar, formalmente, capacidade
técnica, administrativa e operacional para o
b) Apresentar o Plano Diretor de
desempenho das atividades de controle,
Regionalização, nos termos desta Norma.
regulação, e avaliação através da definição de
c) Comprovar a implementação da estrutura física, administrativa, recursos
programação pactuada e integrada das ações humanos, equipamentos e mecanismos de
ambulatoriais, hospitalares e de alto custo, comunicação (linha telefônica e acesso a
contendo a referência intermunicipal e os internet). Comprovar também, a estruturação e
critérios para sua elaboração, bem como operacionalização de mecanismos e
proposição de estratégias de monitoramento e instrumentos de regulação de serviços
garantia de referências intermunicipais e ambulatoriais e hospitalares.
critérios de revisão periódica dos limites
m) Comprovar a Certificação do processo
financeiros dos municípios.
de descentralização das ações de epidemiologia
d) Comprovar, por meio da alimentação e controle de doenças.
do Sistema de Informações sobre Orçamentos
n) Comprovar o funcionamento de serviço
Públicos em Saúde (SIOPS), a dotação
de vigilância sanitária no estado, organizado
orçamentária do ano e o dispêndio realizado no
segundo a legislação e capacidade de
ano anterior, correspondente à contrapartida de
desenvolvimento de ações de vigilância
recursos financeiros próprios do Tesouro
sanitária.
Estadual, de acordo com a Emenda
Constitucional 29, de 14 de setembro de 2000. o) Estabelecimento do Pacto de
Indicadores da Atenção Básica.
e) Comprovar o funcionamento da CIB.
p) Apresentar à CIT a formalização do
f) Comprovar o funcionamento do CES.
pleito, devidamente aprovado pela CIB e pelo

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CES, atestando o cumprimento dos requisitos III.2.1.1 Da condição de Gestão Plena da
relativos à condição de gestão pleiteada. Atenção Básica Ampliada
Prerrogativas 60. Os municípios habilitados em gestão
a) Transferência regular e automática dos plena da atenção básica ampliada estarão
recursos correspondentes ao Piso de Atenção passíveis de desabilitação quando:
Básica (PAB) relativos aos municípios não
A) descumprirem as responsabilidades
habilitados, nos termos da NOB 96.
assumidas na habilitação do município;
b) Transferência regular e automática dos
B) apresentarem situação irregular na
recursos correspondentes ao financiamento per
alimentação dos Bancos de Dados Nacionais,
capita do M1 em regiões qualificadas, nos casos
estabelecidos como obrigatórios pelo MS, por 2
em que o município-sede estiver habilitado
(dois) meses consecutivos ou 3 (três) meses
somente em Gestão Plena da Atenção Básica
alternados;
Ampliada.
C) não cumprirem as metas de cobertura
58. Além dos atributos da condição de
vacinal para avaliação da Atenção Básica;
gestão avançada do sistema estadual, ficam
estabelecidos os seguintes atributos específicos D) não cumprirem os demais critérios de
à Gestão Plena do Sistema Estadual: avaliação da Atenção Básica, para manutenção
da condição de gestão, pactuados na Comissão
Responsabilidade
Intergestores Tripartite e publicados em
a) Cadastro, contratação, controle, regulamentação complementar a esta norma;
avaliação e auditoria e pagamento aos
E) não firmarem o Pacto de Indicadores
prestadores do conjunto dos serviços sob gestão
da Atenção Básica;
estadual.
F) apresentarem irregularidades que
Requisito
comprometam a gestão municipal, identificadas
a) Dispor de 50% do valor do Limite pelo componente estadual e/ou nacional do
Financeiro da Assistência do estado SNA.
comprometido com transferências regulares e
60.1. São motivos de suspensão imediata,
automáticas aos municípios.
pelo Ministério da Saúde, dos repasses
Prerrogativa financeiros transferidos mensalmente, fundo a
fundo, para os municípios:
a) Transferência regular e automática dos
recursos correspondentes ao valor do Limite a) não pagamento aos prestadores de
Financeiro da Assistência, deduzidas as serviços sob sua gestão, públicos ou privados,
transferências fundo a fundo realizadas a hospitalares e ambulatoriais, até o quinto dia
municípios habilitados. útil, após o cumprimento pelo Ministério da
Saúde das seguintes condições:
III.2 DA DESABILITAÇÃO
- crédito na conta bancária do Fundo
III.2.1 Da desabilitação dos municípios
Estadual/Municipal de Saúde, pelo Fundo
59. Cabe à Comissão Intergestores Nacional de Saúde;
Bipartite Estadual a desabilitação dos
municípios, que deverá ser homologada pela
Comissão Intergestores Tripartite.

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- disponibilização dos arquivos de transferidos, mensalmente, fundo a fundo, para
processamento do SIH/SUS, no BBS/MS pelo os municípios:
DATASUS.
a) não pagamento aos prestadores de
b) falta de alimentação dos Bancos de serviços sob sua gestão, públicos ou privados,
Dados Nacionais, estabelecidos como hospitalares e ambulatoriais, até o quinto dia
obrigatórios, por 2 (dois) meses consecutivos ou útil, após o cumprimento pelo Ministério da
3 (três) meses alternados; Saúde das seguintes condições:
c) indicação de suspensão por Auditoria - crédito na conta bancária do Fundo
realizada pelos componentes estadual ou Estadual/Municipal de Saúde, pelo Fundo
nacional do SNA, respeitado o prazo de defesa Nacional de Saúde;
do município envolvido.
- disponibilização dos arquivos de
III.2.1.2 Da condição de Gestão Plena do processamento do SIH/SUS, no BBS/MS pelo
Sistema Municipal DATASUS.
61. Os municípios habilitados na gestão b) falta de alimentação dos Bancos de
Plena do Sistema Municipal estarão passíveis de Dados Nacionais, estabelecidos como
desabilitação quando: obrigatórios pelo MS, por 2 (dois) meses
consecutivos ou 3 (três) meses alternados;
A) se enquadrarem na situação de
desabilitação prevista no Item 60 - Capítulo III c) indicação de suspensão por Auditoria
desta Norma; ou realizada pelos componentes estadual ou
nacional do SNA, respeitado o prazo de defesa
B) não cumprirem as responsabilidades
do município envolvido.
definidas para a gestão Plena do Sistema
Municipal, particularmente aquelas que se III.2.2 Da desabilitação dos estados e
referem a: suspensão do repasse financeiro
B.1 cumprimento do Termo de 62. Os estados que não cumprirem as
Compromisso para Garantia do Acesso. responsabilidades definidas para a forma de
gestão à qual encontrarem-se habilitados estarão
B.2 disponibilidade do conjunto de
passíveis de desabilitação pela CIT.
serviços do M1;
62.1. São motivos de suspensão imediata
B.3 atendimento às referências
pelo M=S dos repasses financeiros a serem
intermunicipais resultantes do PDR e da PPI.
transferidos, mensalmente, fundo a fundo, para
B.4 comando único da gestão sobre os os estados:
prestadores de serviço em seu território.
a) não pagamento aos prestadores de
61.1. A desabilitação de municípios em serviços sob sua gestão, públicos ou privados,
GPSM implicará permanência apenas em hospitalares e ambulatoriais, até o quinto dia
GPAB-A, desde que o motivo da desabilitação útil, após o cumprimento pelo Ministério da
não tenha sido referente às responsabilidades Saúde das seguintes condições:
atribuídas à gestão plena da atenção básica
- crédito na conta bancária do Fundo
ampliada.
Estadual/Municipal de Saúde, pelo Fundo
61.2. São motivos de suspensão imediata, Nacional de Saúde;
pelo MS, dos repasses financeiros a serem

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- disponibilização dos arquivos de localizados em estados em que a gestão
processamento do SIH/SUS, no BBS/MS pelo encontra-se compartilhada entre o gestor
DATASUS. estadual e o municipal, deverão se adequar ao
comando único, com a transferência da gestão
b) indicação de suspensão por auditoria
para a esfera municipal ou estadual, se for o
realizada pelos componentes nacionais do SNA,
caso, de acordo com cronograma previamente
homologada pela CIT, apontando
estabelecido na CIB estadual.
irregularidades graves.
67. Os impasses com relação ao ajuste do
c) não alimentação dos Bancos de Dados
comando único não solucionados na CIB
Nacionais, estabelecidos como obrigatórios pelo
estadual deverão ser encaminhados ao CES;
MS.
persistindo o impasse, o problema deverá ser
d) não firmar o Pacto de Atenção Básica. encaminhado a CIT, que definirá uma comissão
CAPÍTULO IV para encaminhar sua resolução.

DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS 68. Os estados atualmente habilitados nas


condições de gestão plena do sistema estadual
63. Os requisitos e os instrumentos de deverão adequar-se aos requisitos desta Norma
comprovação referentes ao processo de até o dia 29/03/2002, em conformidade com o
habilitação para os municípios habilitados em que se encontra disposto na Portaria GM/MS
GPSM conforme a NOB SUS 01/96, pleiteantes 129, de 18 de janeiro de 2002.
a GPSM desta NOAS estão definidos no Anexo
II da Instrução Normativa 01/02. 69. As instâncias de recurso para questões
relativas à implementação desta Norma são
64. Os instrumentos de comprovação, consecutivamente a CIB estadual, o CES, a CIT
fluxos e prazos para operacionalização dos e, em última instância, o CNS.
processos de habilitação e desabilitação de
municípios e estados estão definidos na IN 70. No que concerne à regulamentação da
01/02. assistência à saúde, o disposto nesta NOAS-
SUS atualiza as definições constantes da
65. Os municípios que se considerarem Portaria GM/MS nº 95, de 26 de janeiro de
em condições de pleitear habilitação em GPSM 2001.
em estados que não tiverem concluído seus
respectivos PDR, PDI e PPI deverão apresentar
requerimento a CIB estadual para que essa
Comissão oficialize o cronograma para
conclusão desses processos.
65.1. Caso a respectiva CIB não se
pronuncie em prazo de 30 (trinta) dias ou
apresente encaminhamento considerado
inadequado pelo município, este poderá
apresentar recurso a CIT, que tomará as medidas
pertinentes.
66. Os municípios atualmente habilitados
em gestão plena do sistema municipal,

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PACTO PELA SAÚDE Considerando a aprovação das Diretrizes
Operacionais do Pacto pela Saúde em 2006 –
Consolidação do SUS na reunião da Comissão
Intergestores Tripartite realizada no dia 26 de
PORTARIA Nº 399, DE 22 DE FEVEREIRO janeiro de 2006; e
DE 2006
Considerando a aprovação das Diretrizes
Operacionais do Pacto pela Saúde em 2006 –
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, Consolidação do SUS, na reunião do Conselho
INTERINO, no uso de suas atribuições, e Nacional de Saúde realizada no dia 9 de
fevereiro de 2006, resolve:
Considerando o disposto no art. 198 da
Constituição Federal de 1988, que estabelece as Art. 1º – Dar divulgação ao Pacto pela
ações e serviços públicos que integram uma Saúde 2006 – Consolidação do SUS, na forma
rede regionalizada e hierarquizada e constituem do Anexo I a esta portaria.
o Sistema Único de Saúde - SUS; Art. 2º – Aprovar as Diretrizes
Considerando o art. 7º da Lei nº 8080/90 Operacionais do Pacto pela Saúde em 2006 –
dos princípios e diretrizes do SUS de Consolidação do SUS com seus três
universalidade do acesso, integralidade da componentes: Pactos Pela Vida, em Defesa do
atenção e descentralização político- SUS e de Gestão, na forma do Anexo II a esta
administrativa com direção única em cada esfera Portaria.
de governo; Art. 3º - Ficam mantidas, até a assinatura
Considerando a necessidade de qualificar do Termo de Compromisso de Gestão constante
e implementar o processo de descentralização, nas Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde
organização e gestão do SUS à luz da evolução 2006, as mesmas prerrogativas e
do processo de pactuação intergestores; responsabilidades dos municípios e estados que
estão habilitados em Gestão Plena do Sistema,
Considerando a necessidade do
conforme estabelecido na Norma Operacional
aprimoramento do processo de pactuação
Básica - NOB SUS 01/96 e na Norma
intergestores objetivando a qualificação, o
Operacional da Assistência à Saúde - NOAS
aperfeiçoamento e a definição das
SUS 2002.
responsabilidades sanitárias e de gestão entre os
entes federados no âmbito do SUS; Art. 4º - Esta Portaria entra em vigor na
data de sua publicação.
Considerando a necessidade de definição
de compromisso entre os gestores do SUS em
JOSÉ AGENOR ÁLVARES DA SILVA
torno de prioridades que apresentem impacto
sobre a situação de saúde da população
brasileira;
Considerando o compromisso com a
consolidação e o avanço do processo de
Reforma Sanitária Brasileira, explicitada na
defesa dos princípios do SUS;

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detalhamento excessivo e enorme
complexidade.
ANEXO I
Na perspectiva de superar as dificuldades
PACTO PELA SAÚDE 2006
apontadas, os gestores do SUS assumem o
Consolidação do SUS compromisso público da construção do PACTO
O Sistema Único de Saúde - SUS é uma PELA SAÚDE 2006, que será anualmente
política pública que acaba de completar uma revisado, com base nos princípios
década e meia de existência. Nesses poucos constitucionais do SUS, ênfase nas necessidades
anos, foi construído no Brasil, um sólido de saúde da população e que implicará o
sistema de saúde que presta bons serviços à exercício simultâneo de definição de prioridades
população brasileira. articuladas e integradas nos três componentes:
Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e
O SUS tem uma rede de mais de 63 mil Pacto de Gestão do SUS.
unidades ambulatoriais e de cerca de 6 mil
unidades hospitalares, com mais de 440 mil Estas prioridades são expressas em
leitos. Sua produção anual é aproximadamente objetivos e metas no Termo de Compromisso de
de 12 milhões de internações hospitalares; 1 Gestão e estão detalhadas no documento
bilhão de procedimentos de atenção primária à Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde
saúde; 150 milhões de consultas médicas; 2 2006
milhões de partos; 300 milhões de exames I – O PACTO PELA VIDA:
laboratoriais; 132 milhões de atendimentos de
O Pacto pela Vida está constituído por um
alta complexidade e 14 mil transplantes de
conjunto de compromissos sanitários, expressos
órgãos. Além de ser o segundo país do mundo
em objetivos de processos e resultados e
em número de transplantes, o Brasil é
derivados da análise da situação de saúde do
reconhecido internacionalmente pelo seu
País e das prioridades definidas pelos governos
progresso no atendimento universal às Doenças
federal, estaduais e municipais.
Sexualmente Transmissíveis/AIDS, na
implementação do Programa Nacional de Significa uma ação prioritária no campo
Imunização e no atendimento relativo à Atenção da saúde que deverá ser executada com foco em
Básica. O SUS é avaliado positivamente pelos resultados e com a explicitação inequívoca dos
que o utilizam rotineiramente e está presente em compromissos orçamentários e financeiros para
todo território nacional. o alcance desses resultados.
Ao longo de sua história houve muitos As prioridades do PACTO PELA VIDA e
avanços e também desafios permanentes a seus objetivos para 2006 são:
superar. Isso tem exigido, dos gestores do SUS,
SAÚDE DO IDOSO:
um movimento constante de mudanças, pela via
das reformas incrementais. Contudo, esse Implantar a Política Nacional de Saúde da
modelo parece ter se esgotado, de um lado, pela Pessoa Idosa, buscando a atenção integral.
dificuldade de imporem-se normas gerais a um CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE
país tão grande e desigual; de outro, pela sua MAMA:
fixação em conteúdos normativos de caráter
técnico-processual, tratados, em geral, com Contribuir para a redução da mortalidade
por câncer de colo do útero e de mama.

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MORTALIDADE INFANTIL E cidadania, tendo o financiamento público da
MATERNA: saúde como um dos pontos centrais.
Reduzir a mortalidade materna, infantil As prioridades do Pacto em Defesa do
neonatal, infantil por doença diarréica e por SUS são:
pneumonias.
IMPLEMENTAR UM PROJETO
DOENÇAS EMERGENTES E PERMANENTE DE MOBILIZAÇÃO
ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA DENGUE, SOCIAL COM A FINALIDADE DE:
HANSENÍASE, TUBERCULOSE, MALÁRIA
Mostrar a saúde como direito de
E INFLUENZA
cidadania e o SUS como sistema público
Fortalecer a capacidade de resposta do universal garantidor desses direitos;
sistema de saúde às doenças emergentes e
Alcançar, no curto prazo, a
endemias.
regulamentação da Emenda
PROMOÇÃO DA SAÚDE: Constitucional nº 29, pelo Congresso
Nacional;
Elaborar e implantar a Política Nacional
de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção Garantir, no longo prazo, o incremento
de hábitos saudáveis por parte da população dos recursos orçamentários e financeiros
brasileira, de forma a internalizar a para a saúde.
responsabilidade individual da prática de
Aprovar o orçamento do SUS, composto
atividade física regula,r alimentação saudável e
pelos orçamentos das três esferas de
combate ao tabagismo.
gestão, explicitando o compromisso de
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE cada uma delas.
Consolidar e qualificar a estratégia da ELABORAR E DIVULGAR A CARTA
Saúde da Família como modelo de atenção DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DO SUS
básica à saúde e como centro ordenador das
III – O PACTO DE GESTÃO DO SUS
redes de atenção à saúde do SUS.
O Pacto de Gestão estabelece as
II – O PACTO EM DEFESA DO SUS:
responsabilidades claras de cada ente federado
O Pacto em Defesa do SUS envolve ações de forma a diminuir as competências
concretas e articuladas pelas três instâncias concorrentes e a tornar mais claro quem deve
federativas no sentido de reforçar o SUS como fazer o quê, contribuindo, assim, para o
política de Estado mais do que política de fortalecimento da gestão compartilhada e
governos; e de defender, vigorosamente, os solidária do SUS.
princípios basilares dessa política pública,
Esse Pacto parte de uma constatação
inscritos na Constituição Federal.
indiscutível: o Brasil é um país continental e
A concretização desse Pacto passa por um com muitas diferenças e iniquidades regionais.
movimento de repolitização da saúde, com uma Mais do que definir diretrizes nacionais é
clara estratégia de mobilização social necessário avançar na regionalização e
envolvendo o conjunto da sociedade brasileira, descentralização do SUS, a partir de uma
extrapolando os limites do setor e vinculada ao unidade de princípios e uma diversidade
processo de instituição da saúde como direito de

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operativa que respeite as singularidades Secretários Municipais de Saúde - CONASEMS
regionais. e será operacionalizado por meio do documento
de Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde
Esse Pacto radicaliza a descentralização
2006.
de atribuições do Ministério da Saúde para os
estados, e para os municípios, promovendo um Ministério da Saúde
choque de descentralização, acompanhado da
Conselho Nacional de Secretários de
desburocratização dos processos normativos.
Saúde-CONASS
Reforça a territorialização da saúde como base
para organização dos sistemas, estruturando as Conselho Nacional de Secretários
regiões sanitárias e instituindo colegiados de Municipais de Saúde-CONASEMS
gestão regional.
Anexo II
Reitera a importância da participação e do
controle social com o compromisso de apoio à DIRETRIZES OPERACIONAIS DO PACTO
sua qualificação. PELA SAÚDE EM 2006 – CONSOLIDAÇÃO
DO SUS
Explicita as diretrizes para o sistema de
financiamento público tripartite: busca critérios Transcorridas quase duas décadas do
de alocação eqüitativa dos recursos; reforça os processo de institucionalização do Sistema
mecanismos de transferência fundo a fundo Único de Saúde, a sua implantação e
entre gestores; integra em grandes blocos o implementação evoluíram muito, especialmente
financiamento federal e estabelece relações em relação aos processos de descentralização e
contratuais entre os entes federativos. municipalização das ações e serviços de saúde.
O processo de descentralização ampliou o
As prioridades do Pacto de Gestão são: contato do Sistema com a realidade social,
DEFINIR DE FORMA INEQUÍVOCA A política e administrativa do país e com suas
RESPONSABILIDADE SANITÁRIA DE especificidades regionais, tornando-se mais
CADA INSTÂNCIA GESTORA DO SUS: complexo e colocando os gestores a frente de
federal, estadual e municipal, superando o atual desafios que busquem superar a fragmentação
processo de habilitação. das políticas e programas de saúde através da
organização de uma rede regionalizada e
ESTABELECER AS DIRETRIZES PARA
hierarquizada de ações e serviços e da
A GESTÃO DO SUS, com ênfase na
qualificação da gestão.
Descentralização; Regionalização;
Financiamento; Programação Pactuada e Frente a esta necessidade, o Ministério da
Integrada; Regulação; Participação e Controle Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de
Social; Planejamento; Gestão do Trabalho e Saúde - CONASS e o Conselho Nacional de
Educação na Saúde. Secretários Municipais de Saúde -
CONASEMS, pactuaram responsabilidades
Este PACTO PELA SAÚDE 2006
entre os três gestores do SUS, no campo da
aprovado pelos gestores do SUS na reunião da
gestão do Sistema e da atenção à saúde. O
Comissão Intergestores Tripartite do dia 26 de
documento a seguir contempla o pacto firmado
janeiro de 2006, é abaixo-assinado pelo
entre os três gestores do SUS a partir de uma
Ministro da Saúde, o Presidente do Conselho
unidade de princípios que, guardando coerência
Nacional de Secretários de Saúde - CONASS e
com a diversidade operativa, respeita as
o Presidente do Conselho Nacional de

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diferenças loco-regionais, agrega os pactos Controle do câncer de colo de útero e de
anteriormente existentes, reforça a organização mama;
das regiões sanitárias instituindo mecanismos de
Redução da mortalidade infantil e
co-gestão e planejamento regional, fortalece os
materna;
espaços e mecanismos de controle social,
qualifica o acesso da população a atenção Fortalecimento da capacidade de respostas
integral à saúde, redefine os instrumentos de às doenças emergentes e endemias, com ênfase
regulação, programação e avaliação, valoriza a na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e
macro função de cooperação técnica entre os influenza;
gestores e propõe um financiamento tripartite Promoção da Saúde;
que estimula critérios de equidade nas
transferências fundo a fundo. Fortalecimento da Atenção Básica.

A implantação desse Pacto, nas suas três A – SAÚDE DO IDOSO


dimensões - Pacto pela Vida, Pacto de Gestão e Para efeitos desse Pacto será considerada
Pacto em Defesa do SUS - possibilita a idosa a pessoa com 60 anos ou mais.
efetivação de acordos entre as três esferas de
gestão do SUS para a reforma de aspectos 1 - O trabalho nesta área deve seguir as
institucionais vigentes, promovendo inovações seguintes diretrizes:
nos processos e instrumentos de gestão que • Promoção do envelhecimento ativo e
visam alcançar maior efetividade, eficiência e saudável;
qualidade de suas respostas e ao mesmo tempo,
• Atenção integral e integrada à saúde da
redefine responsabilidades coletivas por
pessoa idosa;
resultados sanitários em função das
necessidades de saúde da população e na busca • Estímulo às ações intersetoriais, visando
da equidade social. à integralidade da atenção;
I – PACTO PELA VIDA • A implantação de serviços de atenção
domiciliar;
O Pacto pela Vida é o compromisso entre
os gestores do SUS em torno de prioridades que • O acolhimento preferencial em unidades
apresentam impacto sobre a situação de saúde de saúde, respeitado o critério de risco;
da população brasileira.
• Provimento de recursos capazes de
A definição de prioridades deve ser assegurar qualidade da atenção à saúde
estabelecida através de metas nacionais, da pessoa idosa;
estaduais, regionais ou municipais. Prioridades
• Fortalecimento da participação social;
estaduais ou regionais podem ser agregadas às
prioridades nacionais, conforme pactuação • Formação e educação permanente dos
local. profissionais de saúde do SUS na área de
saúde da pessoa idosa;
Os estados/região/município devem
pactuar as ações necessárias para o alcance das • Divulgação e informação sobre a
metas e dos objetivos propostos. Política Nacional de Saúde da Pessoa
Idosa para profissionais de saúde,
São seis as prioridades pactuadas:
gestores e usuários do SUS;
Saúde do idoso;

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• Promoção de cooperação nacional e pacientes e os benefícios adicionais para o
internacional das experiências na cidadão e o sistema de saúde.
atenção à saúde da pessoa idosa;
B– CONTROLE DO CÂNCER DE
• Apoio ao desenvolvimento de estudos e COLO DE ÚTERO E DE MAMA:
pesquisas.
1 - Objetivos e metas para o Controle do
2 - Ações estratégicas: Câncer de Colo de Útero:
Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa - Cobertura de 80% para o exame
Instrumento de cidadania com informações preventivo do câncer do colo de útero, conforme
relevantes sobre a saúde da pessoa idosa, protocolo, em 2006.
possibilitando um melhor acompanhamento por
Incentivo da realização da cirurgia de alta
parte dos profissionais de saúde.
freqüência técnica que utiliza um instrumental
Manual de Atenção Básica e Saúde para a especial para a retirada de lesões ou parte do
Pessoa Idosa - Para indução de ações de saúde, colo uterino comprometidas (com lesões intra-
tendo por referência as diretrizes contidas na epiteliais de alto grau) com menor dano
Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. possível, que pode ser realizada em ambulatório,
com pagamento diferenciado, em 2006.
Programa de Educação Permanente à
Distância - Implementar programa de educação 2 – Metas para o Controle do Câncer de
permanente na área do envelhecimento e saúde mama:
do idoso, voltado para profissionais que
Ampliar para 60% a cobertura de
trabalham na rede de atenção básica em saúde,
mamografia, conforme protocolo.
contemplando os conteúdos específicos das
repercussões do processo de envelhecimento Realizar a punção em 100% dos casos
populacional para a saúde individual e para a necessários, conforme protocolo.
gestão dos serviços de saúde. C – REDUÇÃO DA MORTALIDADE
Acolhimento - Reorganizar o processo de MATERNA E INFANTIL:
acolhimento à pessoa idosa nas unidades de 1 - Objetivos e metas para a redução da
saúde, como uma das estratégias de mortalidade infantil
enfrentamento das dificuldades atuais de acesso.
Reduzir a mortalidade neonatal em 5%,
Assistência Farmacêutica - Desenvolver em 2006.
ações que visem qualificar a dispensação e o
acesso da população idosa. Reduzir em 50% os óbitos por doença
diarréica e 20% por pneumonia, em 2006.
Atenção Diferenciada na Internação -
Instituir avaliação geriátrica global realizada por Apoiar a elaboração de propostas de
equipe multidisciplinar, a toda pessoa idosa intervenção para a qualificação da atenção as
internada em hospital que tenha aderido ao doenças prevalentes.
Programa de Atenção Domiciliar. Criação de comitês de vigilância do óbito
Atenção domiciliar – Instituir esta em 80% dos municípios com população acima
modalidade de prestação de serviços ao idoso, de 80.000 habitantes, em 2006.
valorizando o efeito favorável do ambiente 2 - Objetivos e metas para a redução da
familiar no processo de recuperação de mortalidade materna

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Reduzir em 5% a razão de mortalidade E – PROMOÇÃO DA SAÚDE
materna, em 2006.
1 - Objetivos:
Garantir insumos e medicamentos para
Elaborar e implementar uma Política de
tratamento das síndromes hipertensivas no
Promoção da Saúde, de responsabilidade dos
parto.
três gestores;
Qualificar os pontos de distribuição de
Enfatizar a mudança de comportamento
sangue para que atendam as necessidades das
da população brasileira de forma a internalizar a
maternidades e outros locais de parto.
responsabilidade individual da prática de
D – FORTALECIMENTO DA atividade física regular, alimentação adequada e
CAPACIDADE DE RESPOSTAS ÀS saudável e combate ao tabagismo;
DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS,
Articular e promover os diversos
COM ÊNFASE NA DENGUE, HANSENIASE,
programas de promoção de atividade física já
TUBERCULOSE, MALARIA E INFLUENZA.
existentes e apoiar a criação de outros;
Objetivos e metas para o Controle da
Promover medidas concretas pelo hábito
Dengue
da alimentação saudável;
Plano de Contingência para atenção aos
Elaborar e pactuar a Política Nacional de
pacientes, elaborado e implantado nos
Promoção da Saúde que contemple as
municípios prioritários, em 2006;
especificidades próprias dos estados e
Reduzir a menos de 1% a infestação municípios devendo iniciar sua implementação
predial por Aedes aegypti em 30% dos em 2006;
municípios prioritários ate 2006;
F – FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO
2 - Meta para a Eliminação da BÁSICA
Hanseníase:
1 - Objetivos
Atingir o patamar de eliminação enquanto
Assumir a estratégia de saúde da família
problema de saúde pública, ou seja, menos de 1
como estratégia prioritária para o fortalecimento
caso por 10.000 habitantes em todos os
da atenção básica, devendo seu
municípios prioritários, em 2006.
desenvolvimento considerar as diferenças loco-
3 - Metas para o Controle da Tuberculose: regionais.
Atingir pelo menos 85% de cura de casos Desenvolver ações de qualificação dos
novos de tuberculose bacilífera diagnosticados a profissionais da atenção básica por meio de
cada ano; estratégias de educação permanente e de oferta
de cursos de especialização e residência
4- Meta para o Controle da Malária
multiprofissional e em medicina da família.
Reduzir em 15% a Incidência Parasitária
Consolidar e qualificar a estratégia de
Anual, na região da Amazônia Legal, em 2006;
saúde da família nos pequenos e médios
5 – Objetivo para o controle da Influenza municípios.
Implantar plano de contingência, unidades Ampliar e qualificar a estratégia de saúde
sentinelas e o sistema de informação - SIVEP- da família nos grandes centros urbanos.
GRIPE, em 2006.

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Garantir a infra-estrutura necessária ao A repolitização da saúde, como um
funcionamento das Unidades Básicas de Saúde, movimento que retoma a Reforma Sanitária
dotando-as de recursos materiais, equipamentos Brasileira aproximando-a dos desafios atuais do
e insumos suficientes para o conjunto de ações SUS;
propostas para esses serviços.
A Promoção da Cidadania como estratégia
Garantir o financiamento da Atenção de mobilização social tendo a questão da saúde
Básica como responsabilidade das três esferas como um direito;
de gestão do SUS.
A garantia de financiamento de acordo
Aprimorar a inserção dos profissionais da com as necessidades do Sistema;
Atenção Básica nas redes locais de saúde, por
3 – Ações do Pacto em Defesa do SUS:
meio de vínculos de trabalho que favoreçam o
provimento e fixação dos profissionais. As ações do Pacto em Defesa do SUS
devem contemplar:
Implantar o processo de monitoramento e
avaliação da Atenção Básica nas três esferas de Articulação e apoio à mobilização social
governo, com vistas à qualificação da gestão pela promoção e desenvolvimento da cidadania,
descentralizada. tendo a questão da saúde como um direito;

Apoiar diferentes modos de organização e Estabelecimento de diálogo com a


fortalecimento da Atenção Básica que considere sociedade, além dos limites institucionais do
os princípios da estratégia de Saúde da Família, SUS;
respeitando as especificidades loco-regionais. Ampliação e fortalecimento das relações
II - PACTO EM DEFESA DO SUS com os movimentos sociais, em especial os que
lutam pelos direitos da saúde e cidadania;
A – DIRETRIZES
Elaboração e publicação da Carta dos
O trabalho dos gestores das três esferas de
Direitos dos Usuários do SUS;
governo e dos outros atores envolvidos dentro
deste Pacto deve considerar as seguintes Regulamentação da EC nº 29 pelo
diretrizes: Congresso Nacional, com aprovação do PL nº
01/03, já aprovado e aprimorado em três
Expressar os compromissos entre os
comissões da Câmara dos Deputados;
gestores do SUS com a consolidação da
Reforma Sanitária Brasileira, explicitada na Aprovação do orçamento do SUS,
defesa dos princípios do Sistema Único de composto pelos orçamentos das três esferas de
Saúde estabelecidos na Constituição Federal. gestão, explicitando o compromisso de cada
uma delas em ações e serviços de saúde de
Desenvolver e articular ações, no seu
acordo com a Constituição Federal.
âmbito de competência e em conjunto com os
demais gestores, que visem qualificar e III - PACTO DE GESTÃO
assegurar o Sistema Único de Saúde como Estabelece Diretrizes para a gestão do
política pública. sistema nos aspectos da Descentralização;
2 - O Pacto em Defesa do SUS deve se Regionalização; Financiamento; Planejamento;
firmar através de iniciativas que busquem: Programação Pactuada e Integrada – PPI;
Regulação; Participação Social e Gestão do
Trabalho e da Educação na Saúde.

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DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO os processos de negociação e pactuação entre os
SUS gestores.
Premissas da descentralização Os principais instrumentos de
planejamento da Regionalização são o Plano
Buscando aprofundar o processo de
Diretor de Regionalização – PDR, o Plano
descentralização, com ênfase numa
Diretor de Investimento – PDI e a Programação
descentralização compartilhada, são fixadas as
Pactuada e Integrada da Atenção em Saúde –
seguintes premissas, que devem orientar este
PPI, detalhados no corpo deste documento.
processo:
O PDR deverá expressar o desenho final
Cabe ao Ministério da Saúde a proposição
do processo de identificação e reconhecimento
de políticas, participação no co-financiamento,
das regiões de saúde, em suas diferentes formas,
cooperação técnica, avaliação, regulação,
em cada estado e no Distrito Federal,
controle e fiscalização, além da mediação de
objetivando a garantia do acesso, a promoção da
conflitos;
equidade, a garantia da integralidade da atenção,
Descentralização dos processos a qualificação do processo de descentralização e
administrativos relativos à gestão para as a racionalização de gastos e otimização de
Comissões Intergestores Bipartite; recursos.
As Comissões Intergestores Bipartite são Para auxiliar na função de coordenação do
instâncias de pactuação e deliberação para a processo de regionalização, o PDR deverá
realização dos pactos intraestaduais e a conter os desenhos das redes regionalizadas de
definição de modelos organizacionais, a partir atenção à saúde, organizadas dentro dos
de diretrizes e normas pactuadas na Comissão territórios das regiões e macrorregiões de saúde,
Intergestores Tripartite; em articulação com o processo da Programação
As deliberações das Comissões Pactuada Integrada.
Intergestores Bipartite e Tripartite devem ser por O PDI deve expressar os recursos de
consenso; investimentos para atender as necessidades
A Comissão Intergestores Tripartite e o pactuadas no processo de planejamento regional
Ministério da Saúde promoverão e apoiarão e estadual. No âmbito regional deve refletir as
processo de qualificação permanente para as necessidades para se alcançar a suficiência na
Comissões Intergestores Bipartite; atenção básica e parte da média complexidade
da assistência, conforme desenho regional e na
O detalhamento deste processo, no que se macrorregião no que se refere à alta
refere à descentralização de ações realizadas complexidade. Deve contemplar também as
hoje pelo Ministério da Saúde, será objeto de necessidades da área da vigilância em saúde e
portaria específica. ser desenvolvido de forma articulada com o
Regionalização processo da PPI e do PDR.

A Regionalização é uma diretriz do 2.1- Objetivos da Regionalização:


Sistema Único de Saúde e um eixo estruturante Garantir acesso, resolutividade e
do Pacto de Gestão e deve orientar a qualidade às ações e serviços de saúde cuja
descentralização das ações e serviços de saúde e complexidade e contingente populacional
transcenda a escala local/municipal;

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Garantir o direito à saúde, reduzir A organização da Região de Saúde deve
desigualdades sociais e territoriais e promover a favorecer a ação cooperativa e solidária entre os
eqüidade, ampliando a visão nacional dos gestores e o fortalecimento do controle social;
problemas, associada à capacidade de
Para a constituição de uma rede de
diagnóstico e decisão loco-regional, que
atenção à saúde regionalizada em uma
possibilite os meios adequados para a redução
determinada região, é necessário a pactuação
das desigualdades no acesso às ações e serviços
entre todos os gestores envolvidos, do conjunto
de saúde existentes no país;
de responsabilidades não compartilhadas e das
Garantir a integralidade na atenção a ações complementares;
saúde, ampliando o conceito de cuidado à saúde
O conjunto de responsabilidades não
no processo de reordenamento das ações de
compartilhadas se refere à atenção básica e às
promoção, prevenção, tratamento e reabilitação
ações básicas de vigilância em saúde, que
com garantia de acesso a todos os níveis de
deverão ser assumidas por município;
complexidade do sistema;
As ações complementares e os meios
Potencializar o processo de
necessários para viabilizá-las deverão ser
descentralização, fortalecendo estados e
compartilhados e integrados a fim de garantir a
municípios para exercerem papel de gestores e
resolutividade e a integralidade de acesso;
para que as demandas dos diferentes interesses
loco-regionais possam ser organizadas e Os estados e a união devem apoiar os
expressadas na região; municípios para que estes assumam o conjunto
de responsabilidades;
Racionalizar os gastos e otimizar os
recursos, possibilitando ganho em escala nas O corte no nível assistencial para
ações e serviços de saúde de abrangência delimitação de uma Região de Saúde deve
regional. estabelecer critérios que propiciem certo grau de
resolutividade àquele território, como
suficiência em atenção básica e parte da média
- Regiões de Saúde complexidade;
As Regiões de Saúde são recortes Quando a suficiência em atenção básica e
territoriais inseridos em um espaço geográfico parte da média complexidade não forem
contínuo, identificadas pelos gestores alcançadas deverá ser considerada no
municipais e estaduais a partir de identidades planejamento regional a estratégia para o seu
culturais, econômicas e sociais, de redes de estabelecimento, junto com a definição dos
comunicação e infra-estrutura de transportes investimentos, quando necessário;
compartilhados do território;
O planejamento regional deve considerar
A Região de Saúde deve organizar a rede os parâmetros de incorporação tecnológica que
de ações e serviços de saúde a fim de assegurar compatibilizem economia de escala com
o cumprimento dos princípios constitucionais de eqüidade no acesso;
universalidade do acesso, eqüidade e
Para garantir a atenção na alta
integralidade do cuidado;
complexidade e em parte da média, as Regiões
devem pactuar entre si arranjos inter-regionais,

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com agregação de mais de uma Região em uma funcionamento do Colegiado devem ser
macrorregião; acordados na CIB;
O ponto de corte da média complexidade O Colegiado de Gestão Regional se
que deve estar na Região ou na macrorregião constitui num espaço de decisão através da
deve ser pactuado na CIB, a partir da realidade identificação, definição de prioridades e de
de cada estado. Em alguns estados com mais pactuação de soluções para a organização de
adensamento tecnológico, a alta complexidade uma rede regional de ações e serviços de
pode estar contemplada dentro de uma Região. atenção à saúde, integrada e resolutiva;
As regiões podem ter os seguintes O Colegiado deve ser formado pelos
formatos: gestores municipais de saúde do conjunto de
municípios e por representantes do(s) gestor(es)
Regiões intraestaduais, compostas por
estadual(ais), sendo as suas decisões sempre por
mais de um município, dentro de um mesmo
consenso, pressupondo o envolvimento e
estado;
comprometimento do conjunto de gestores com
Regiões Intramunicipais, organizadas os compromissos pactuados.
dentro de um mesmo município de grande
Nos casos onde as CIB regionais estão
extensão territorial e densidade populacional;
constituídas por representação e não for possível
Regiões Interestaduais, conformadas a a imediata incorporação de todos os municípios
partir de municípios limítrofes em diferentes da Região de Saúde deve ser pactuado um
estados; cronograma de adequação, no menor prazo
Regiões Fronteiriças, conformadas a partir possível, para a inclusão de todos os municípios
de municípios limítrofes com países vizinhos. nos respectivos colegiados regionais.

Nos casos de regiões fronteiriças o O Colegiado deve instituir processo de


Ministério da Saúde deve envidar esforços no planejamento regional, que defina as
sentido de promover articulação entre os países prioridades, as responsabilidades de cada ente,
e órgãos envolvidos, na perspectiva de as bases para a programação pactuada integrada
implementação do sistema de saúde e da atenção a saúde, o desenho do processo
consequente organização da atenção nos regulatório, as estratégias de qualificação do
municípios fronteiriços, coordenando e controle social, as linhas de investimento e o
fomentando a constituição dessas Regiões e apoio para o processo de planejamento local.
participando do colegiado de gestão regional. O planejamento regional, mais que uma
exigência formal, deverá expressar as
responsabilidades dos gestores com a saúde da
- Mecanismos de Gestão Regional população do território e o conjunto de objetivos
Para qualificar o processo de e ações que contribuirão para a garantia do
regionalização, buscando a garantia e o acesso e da integralidade da atenção, devendo as
aprimoramento dos princípios do SUS, os prioridades e responsabilidades definidas
gestores de saúde da Região deverão constituir regionalmente estar refletidas no plano de saúde
um espaço permanente de pactuação e cogestão de cada município e do estado;
solidária e cooperativa através de um Colegiado Os colegiados de gestão regional deverão
de Gestão Regional. A denominação e o ser apoiados através de câmaras técnicas

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permanentes que subsidiarão com informações e – Constituição, Organização e
análises relevantes. Funcionamento do Colegiado de Gestão
Regional:
- Etapas do Processo de Construção da
Regionalização A constituição do colegiado de gestão
regional deve assegurar a presença de todos os
- Critérios para a composição da Região
gestores de saúde dos municípios que compõem
de Saúde, expressa no PDR:
a Região e da representação estadual.
Contigüidade entre os municípios;
Nas CIB regionais constituídas por
Respeito à identidade expressa no
representação, quando não for possível a
cotidiano social, econômico e cultural;
imediata incorporação de todos os gestores de
Existência de infraestrutura de transportes saúde dos municípios da Região de saúde, deve
e de redes de comunicação, que permita o ser pactuado um cronograma de adequação, com
trânsito das pessoas entre os municípios; o menor prazo possível, para a inclusão de todos
Existência de fluxos assistenciais que os gestores nos respectivos colegiados de gestão
devem ser alterados, se necessário, para a regionais;
organização da rede de atenção à saúde; Constituir uma estrutura de apoio ao
Considerar a rede de ações e serviços de colegiado, através de câmara técnica e
saúde, onde: eventualmente, grupos de trabalho formados
com técnicos dos municípios e do estado;
Todos os municípios se responsabilizam
pela atenção básica e pelas ações básicas de Estabelecer uma agenda regular de
vigilância em saúde; reuniões;

O desenho da região propicia relativo grau O funcionamento do Colegiado deve ser


de resolutividade àquele território, como a organizado de modo a exercer as funções de:
suficiência em Atenção Básica e parte da Média • Instituir um processo dinâmico de
Complexidade. planejamento regional
A suficiência está estabelecida ou a • Atualizar e acompanhar a programação
estratégia para alcançá-la está explicitada no pactuada integrada de atenção em saúde
planejamento regional, contendo, se necessário,
• Desenhar o processo regulatório, com
a definição dos investimentos.
definição de fluxos e protocolos
O desenho considera os parâmetros de
• Priorizar linhas de investimento
incorporação tecnológica que compatibilizem
economia de escala com equidade no acesso. • Estimular estratégias de qualificação do
controle social
O desenho garante a integralidade da
atenção e para isso as Regiões devem pactuar • Apoiar o processo de planejamento local
entre si arranjos inter-regionais, se necessário
• Constituir um processo dinâmico de
com agregação de mais de uma região em uma
avaliação e monitoramento regional
macrorregião; o ponto de corte de média e alta
complexidade na região ou na macrorregião – Reconhecimento das Regiões
deve ser pactuado na CIB, a partir da realidade As Regiões Intramunicipais deverão ser
de cada estado.

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reconhecidas como tal, não precisando ser O uso dos recursos federais para o custeio
homologadas pelas Comissões Intergestores. fica restrito a cada bloco, atendendo as
especificidades previstas nos mesmos, conforme
As Regiões Intraestaduais deverão ser
regulamentação específica;
reconhecidas nas Comissões Intergestores
Bipartite e encaminhadas para conhecimento e As bases de cálculo que formam cada
acompanhamento do MS. Bloco e os montantes financeiros destinados
para os Estados, Municípios e Distrito Federal
As Regiões Interestaduais deverão ser
devem compor memórias de cálculo, para fins
reconhecidas nas respectivas Comissões
de histórico e monitoramento.
Intergestores Bipartite e encaminhadas para
homologação da Comissão Intergestores - Os blocos de financiamento para o
Tripartite. custeio são:
As Regiões Fronteiriças deverão ser • Atenção básica
reconhecidas nas respectivas Comissões
• Atenção de média e alta complexidade
Intergestores Bipartite e encaminhadas para
homologação na Comissão Intergestores • Vigilância em Saúde
Tripartite. • Assistência Farmacêutica
O desenho das Regiões intra e • Gestão do SUS
interestaduais deve ser submetida a aprovação
pelos respectivos Conselhos Estaduais de • Bloco de financiamento para a Atenção
Saúde. Básica

Financiamento do Sistema Único de O financiamento da Atenção Básica é de


Saúde responsabilidade das três esferas de gestão do
SUS, sendo que os recursos federais comporão
3.1 – São princípios gerais do o Bloco Financeiro da Atenção Básica dividido
financiamento para o Sistema Único de Saúde: em dois componentes: Piso da Atenção Básica e
Responsabilidade das três esferas de Piso da Atenção Básica Variável e seus valores
gestão – União, Estados e Municípios pelo serão estabelecidos em Portaria específica, com
financiamento do Sistema Único de Saúde; memórias de cálculo anexas.

Redução das iniquidades macrorregionais, O Piso de Atenção Básica - PAB consiste


estaduais e regionais, a ser contemplada na em um montante de recursos financeiros, que
metodologia de alocação de recursos, agregam as estratégias destinadas ao custeio de
considerando também as dimensões étnico- ações de atenção básica à saúde;
racial e social; Os recursos financeiros do PAB serão
Repasse fundo a fundo, definido como transferidos mensalmente, de forma regular e
modalidade preferencial de transferência de automática, do Fundo Nacional de Saúde aos
recursos entre os gestores; Fundos de Saúde dos Municípios e do Distrito
Federal.
Financiamento de custeio com recursos
federais constituídos, organizados e transferidos O Piso da Atenção Básica Variável - PAB
em blocos de recursos; Variável consiste em um montante financeiro
destinado ao custeio de estratégias específicas

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desenvolvidas no âmbito da Atenção Básica em Os recursos destinados ao custeio dos
Saúde. procedimentos pagos atualmente através do
Fundo de Ações Estratégicas e Compensação –
O PAB Variável passa a ser composto pelo
FAEC serão incorporados ao Limite Financeiro
financiamento das seguintes estratégias:
de cada Estado, Município e do Distrito Federal,
Saúde da Família; conforme pactuação entre os gestores.
Agentes Comunitários de Saúde; O Fundo de Ações Estratégicas e
Saúde Bucal; Compensação – FAEC se destina, assim, ao
custeio de procedimentos, conforme detalhado a
Compensação de especificidades regionais seguir:
Fator de incentivo da Atenção Básica aos • Procedimentos regulados pela CNRAC –
Povos Indígenas Central Nacional de Regulação da Alta
Incentivo à Saúde no Sistema Complexidade;
Penitenciário • Transplantes;
Os recursos do PAB Variável serão • Ações Estratégicas Emergenciais, de
transferidos ao Município que aderir e caráter temporário, implementadas com
implementar as estratégias específicas a que se prazo pré-definido;
destina e a utilização desses recursos deve estar
definida no Plano Municipal de Saúde; • Novos procedimentos: cobertura
financeira de aproximadamente seis
O PAB Variável da Assistência meses, quando da inclusão de novos
Farmacêutica e da Vigilância em Saúde passam procedimentos, sem correlação à tabela
a compor os seus Blocos de Financiamento vigente, até a formação de série histórica
respectivos. para a devida agregação ao MAC.
Compensação de Especificidades c) Bloco de financiamento para a
Regionais é um montante financeiro igual a 5% Vigilância em Saúde
do valor mínimo do PAB fixo multiplicado pela
população do Estado, para que as CIBs definam Os recursos financeiros correspondentes
a utilização do recurso de acordo com as às ações de Vigilância em Saúde comporão o
especificidades estaduais, podendo incluir Limite Financeiro de Vigilância em Saúde dos
sazonalidade, migrações, dificuldade de fixação Estados, Municípios e do Distrito Federal e
de profissionais, IDH, indicadores de resultados. representam o agrupamento das ações da
Os critérios definidos devem ser informados ao Vigilância Epidemiológica, Ambiental e
plenário da CIT. Sanitária;

b) Bloco de financiamento para a Atenção O Limite Financeiro da Vigilância em


de Média e Alta Complexidade Saúde é composto por dois componentes: da
Vigilância Epidemiológica e Ambiental em
Os recursos correspondentes ao Saúde e o componente da Vigilância Sanitária
financiamento dos procedimentos relativos à em Saúde;
média e alta complexidade em saúde compõem
o Limite Financeiro da Média e Alta O financiamento para as ações de
Complexidade Ambulatorial e Hospitalar do vigilância sanitária deve consolidar a reversão
Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios. do modelo de pagamento por procedimento,

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oferecendo cobertura para o custeio de ações Em Estados onde o valor per cápita que
coletivas visando garantir o controle de riscos compõe o TAM não atinge o teto orçamentário
sanitários inerentes ao objeto de ação, mínimo daquele Estado, a União assegurará
avançando em ações de regulação, controle e recurso financeiro para compor o Piso Estadual
avaliação de produtos e serviços associados ao de Vigilância Sanitária – PEVISA.
conjunto das atividades.
d) Bloco de financiamento para a
O Limite Financeiro de Vigilância em Assistência Farmacêutica
Saúde será transferido em parcelas mensais e o
A Assistência Farmacêutica será
valor da transferência mensal para cada um dos
financiada pelos três gestores do SUS devendo
Estados, Municípios e Distrito Federal, bem
agregar a aquisição de medicamentos e insumos
como o Limite Financeiro respectivo será
e a organização das ações de assistência
estabelecido em Portaria específica e detalhará
farmacêuticas necessárias, de acordo com a
os diferentes componentes que o formam, com
organização de serviços de saúde.
memórias de cálculo anexas.
O Bloco de financiamento da Assistência
Comporão ainda, o bloco do
Farmacêutica se organiza em três componentes:
financiamento da Vigilância em Saúde – Sub-
Básico, Estratégico e Medicamentos de
bloco Vigilância Epidemiológica, os recursos
Dispensação Excepcional.
que se destinam às seguintes finalidades, com
repasses específicos: O Componente Básico da Assistência
Farmacêutica consiste em financiamento para
• Fortalecimento da Gestão da Vigilância
ações de assistência farmacêutica na atenção
em Saúde em Estados e Municípios
básica em saúde e para agravos e programas de
(VIGISUS II)
saúde específicos, inseridos na rede de cuidados
• Campanhas de Vacinação da atenção básica, sendo de responsabilidade
dos três gestores do SUS.
• Incentivo do Programa DST/AIDS
O Componente Básico é composto de uma
Os recursos alocados tratados pela
Parte Fixa e de uma Parte Variável, sendo:
Portaria MS/GM nº 1349/2002, deverão ser
incorporados ao Limite Financeiro de Vigilância Parte Fixa: valor com base per capita para
em Saúde do Município quando o mesmo ações de assistência farmacêutica para a
comprovar a efetiva contratação dos agentes de Atenção Básica, transferido Municípios, Distrito
campo. Federal e Estados, conforme pactuação nas CIB
e com contrapartida financeira dos estados e dos
No Componente da Vigilância Sanitária,
municípios.
os recursos do Termo de Ajuste e Metas – TAM,
destinados e não transferidos aos estados e Parte Variável: valor com base per capita
municípios, nos casos de existência de saldo para ações de assistência farmacêutica dos
superior a 40% dos recursos repassados no Programas de Hipertensão e Diabetes, exceto
período de um semestre, constituem um Fundo insulina; Asma e Rinite; Saúde Mental; Saúde
de Compensação em VISA, administrado pela da Mulher; Alimentação e Nutrição e Combate
ANVISA e destinado ao financiamento de ao Tabagismo.
gestão e descentralização da Vigilância
A parte variável do Componente Básico
Sanitária.
será transferida ao município ou estado,

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conforme pactuação na CIB, à medida que este Autorizações para Pagamento de Alto Custo –
implementa e organiza os serviços previstos APAC.
pelos Programas específicos.
O Componente de Medicamentos de
O Componente Estratégico da Assistência Dispensação Excepcional será readequado
Farmacêutica consiste em financiamento para através de pactuação entre os gestores do SUS,
ações de assistência farmacêutica de programas das diretrizes para definição de política para
estratégicos. medicamentos de dispensação excepcional.
O financiamento e o fornecimento de As Diretrizes a serem pactuadas na CIT,
medicamentos, produtos e insumos para os deverão nortear-se pelas seguintes proposições:
Programas Estratégicos são de responsabilidade
Definição de critérios para inclusão e
do Ministério da Saúde e reúne:
exclusão de medicamentos e CID na Tabela de
Controle de Endemias: Procedimentos, com base nos protocolos
clínicos e nas diretrizes terapêuticas.
• Tuberculose, Hanseníase, Malária
e Leischmaniose, Chagas e outras Definição de percentual para o co-
doenças endêmicas de abrangência financiamento entre gestor federal e gestor
nacional ou regional; estadual;
• Programa de DST/AIDS (anti- Revisão periódica de valores da tabela;
retrovirais);
Forma de aquisição e execução financeira,
• Programa Nacional do Sangue e considerando-se os princípios da
Hemoderivados; descentralização e economia de escala.
• Imunobiológicos; e) Bloco de financiamento para a Gestão
do Sistema Único de Saúde
• Insulina;
O financiamento para a gestão destina-se
O Componente Medicamentos de
ao custeio de ações específicas relacionadas
Dispensação Excepcional consiste em
com a organização dos serviços de saúde, acesso
financiamento para aquisição e distribuição de
da população e aplicação dos recursos
medicamentos de dispensação excepcional, para
financeiros do SUS.
tratamento de patologias que compõem o Grupo
36 – Medicamentos da Tabela Descritiva do O financiamento deverá apoiar iniciativas
SIA/SUS. de fortalecimento da gestão, sendo
composto pelos seguintes sub-blocos:
A responsabilidade pelo financiamento e
aquisição dos medicamentos de dispensação • Regulação, controle, avaliação e
excepcional é do Ministério da Saúde e dos auditoria
Estados, conforme pactuação e a dispensação,
• Planejamento e Orçamento
responsabilidade do Estado.
• Programação
O Ministério da Saúde repassará aos
Estados, mensalmente, valores financeiros • Regionalização
apurados em encontro de contas trimestrais, de • Participação e Controle Social
acordo com as informações encaminhadas pelos
Estados, com base nas emissões das • Gestão do Trabalho

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• Educação em Saúde 4 – Planejamento no SUS
• Incentivo à Implementação de 4.1 – O trabalho com o Planejamento no
políticas específicas SUS deve seguir as seguintes diretrizes:
Os recursos referentes a este Bloco serão O processo de planejamento no âmbito do
transferidos fundo a fundo e regulamentados por SUS deve ser desenvolvido de forma articulada,
portaria específica. integrada e solidária entre as três esferas de
gestão. Essa forma de atuação representará o
- Financiamento para Investimentos
Sistema de Planejamento do Sistema Único de
Os recursos financeiros de investimento Saúde baseado nas responsabilidades de cada
devem ser alocados com vistas á superação das esfera de gestão, com definição de objetivos e
desigualdades de acesso e à garantia da conferindo direcionalidade ao processo de
integralidade da atenção à saúde. gestão do SUS, compreendendo nesse sistema o
Os investimentos deverão priorizar a monitoramento e avaliação.
recuperação, a re-adequação e a expansão da Este sistema de planejamento pressupõe
rede física de saúde e a constituição dos espaços que cada esfera de gestão realize o seu
de regulação. planejamento, articulando-se de forma a
Os projetos de investimento apresentados fortalecer e consolidar os objetivos e diretrizes
para o Ministério da Saúde deverão ser do SUS, contemplando as peculiaridades,
aprovados nos respectivos Conselhos de Saúde necessidades e realidades de saúde
e na CIB, devendo refletir uma prioridade locorregionais.
regional. Como parte integrante do ciclo de gestão,
São eixos prioritários para aplicação de o sistema de planejamento buscará, de forma
recursos de investimentos: tripartite, a pactuação de bases funcionais do
planejamento, monitoramento e avaliação do
Estímulo à Regionalização - Deverão ser SUS, bem como promoverá a participação
priorizados projetos de investimentos que social e a integração intra e intersetorial,
fortaleçam a regionalização do SUS, com base considerando os determinantes e condicionantes
nas estratégicas nacionais e estaduais, de saúde.
considerando os PDI (Plano de
Desenvolvimento Integrado) atualizados, o No cumprimento da responsabilidade de
mapeamento atualizado da distribuição e oferta coordenar o processo de planejamento se levará
de serviços de saúde em cada espaço regional e em conta as diversidades existentes nas três
parâmetros de incorporação tecnológica que esferas de governo, de modo a contribuir para a
compatibilizem economia de escala e de escopo consolidação do SUS e para a resolubilidade e
com eqüidade no acesso. qualidade, tanto da sua gestão, quanto das ações
e serviços prestados à população brasileira.
Investimentos para a Atenção Básica -
recursos para investimentos na rede básica de 4.2 – Objetivos do Sistema de
serviços, destinados conforme disponibilidade Planejamento do SUS:
orçamentária, transferidos fundo a fundo para Pactuar diretrizes gerais para o processo
municípios que apresentarem projetos de planejamento no âmbito do SUS e o elenco
selecionados de acordo com critérios pactuados dos instrumentos a serem adotados pelas três
na Comissão Intergestores Tripartite. esferas de gestão;

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Formular metodologias e modelos básicos Monitorar e avaliar o processo de
dos instrumentos de planejamento, planejamento, as ações implementadas e os
monitoramento e avaliação que traduzam as resultados alcançados, de modo a fortalecer o
diretrizes do SUS, com capacidade de adaptação planejamento e a contribuir para a transparência
às particularidades de cada esfera do processo de gestão do SUS.
administrativa;
4.3 - Pontos de pactuação priorizados para
Promover a análise e a formulação de o Planejamento
propostas destinadas a adequar o arcabouço
Considerando a conceituação,
legal no tocante ao planejamento no SUS;
caracterização e objetivos preconizados para o
Implementar e difundir uma cultura de sistema de planejamento do SUS, configuram-se
planejamento que integre e qualifique as ações como pontos essenciais de pactuação:
do SUS entre as três esferas de governo e
Adoção das necessidades de saúde da
subsidiar a tomada de decisão por parte de seus
população como critério para o processo de
gestores;
planejamento no âmbito do SUS;
Desenvolver e implementar uma rede de
Integração dos instrumentos de
cooperação entre os três entes federados, que
planejamento, tanto no contexto de cada esfera
permita um amplo compartilhamento de
de gestão, quanto do SUS como um todo;
informações e experiências;
Institucionalização e fortalecimento do
Promover a institucionalização e
Sistema de Planejamento do SUS, com adoção
fortalecer as áreas de planejamento no âmbito
do processo planejamento, neste incluído o
do SUS, nas três esferas de governo, com vistas
monitoramento e a avaliação, como instrumento
a legitimá-lo como instrumento estratégico de
estratégico de gestão do SUS;
gestão do SUS;
Revisão e adoção de um elenco de
Apoiar e participar da avaliação periódica
instrumentos de planejamento – tais como
relativa à situação de saúde da população e ao
planos, relatórios, programações – a serem
funcionamento do SUS, provendo os gestores de
adotados pelas três esferas de gestão, com
informações que permitam o seu
adequação dos instrumentos legais do SUS no
aperfeiçoamento e ou redirecionamento;
tocante a este processo e instrumentos dele
Promover a capacitação contínua dos resultantes;
profissionais que atuam no contexto do
Cooperação entre as três esferas de gestão
planejamento no SUS;
para o fortalecimento e a equidade no processo
Promover a eficiência dos processos de planejamento no SUS.
compartilhados de planejamento e a eficácia dos
Programação Pactuada e Integrada da
resultados, bem como da participação social
Atenção em Saúde – PPI
nestes processos;
A PPI é um processo que visa definir a
Promover a integração do processo de
programação das ações de saúde em cada
planejamento e orçamento no âmbito do SUS,
território e nortear a alocação dos recursos
bem como a sua intersetorialidade, de forma
financeiros para saúde a partir de critérios e
articulada com as diversas etapas do ciclo de
parâmetros pactuados entre os gestores.
planejamento;

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A PPI deve explicitar os pactos de A programação pactuada e integrada deve
referencia entre municípios, gerando a parcela subsidiar a programação física financeira dos
de recursos destinados à própria população e à estabelecimentos de saúde.
população referenciada.
A programação pactuada e integrada deve
As principais diretrizes norteadoras do guardar relação com o desenho da
processo de programação pactuada são: regionalização naquele estado.
A programação deve estar inserida no Regulação da Atenção à Saúde e
processo de planejamento e deve considerar as Regulação Assistencial
prioridades definidas nos planos de saúde em
Para efeitos destas diretrizes, serão
cada esfera de gestão;
adotados os seguintes conceitos:
Os gestores estaduais e municipais
Regulação da Atenção à Saúde - tem
possuem flexibilidade na definição de
como objeto a produção de todas as ações
parâmetros e prioridades que orientarão a
diretas e finais de atenção à saúde, dirigida aos
programação, ressalvados os parâmetros
prestadores de serviços de saúde, públicos e
pactuados nacional e estadualmente.
privados. As ações da Regulação da Atenção à
A programação é realizada Saúde compreendem a Contratação, a
prioritariamente, por áreas de atuação a partir Regulação do Acesso à Assistência ou
das ações básicas de saúde para compor o rol de Regulação Assistencial, o Controle Assistencial,
ações de maior complexidade; a Avaliação da Atenção à Saúde, a Auditoria
Assistencial e as regulamentações da Vigilância
A tabela unificada de procedimentos deve
Epidemiológica e Sanitária.
orientar a programação das ações que não estão
organizadas por áreas de atuação, considerando Contratação - o conjunto de atos que
seus níveis de agregação, para formar as envolvem desde a habilitação dos
aberturas programáticas; serviços/prestadores até a formalização do
contrato na sua forma jurídica.
A programação da assistência devera
buscar a integração com a programação da Regulação do Acesso à Assistência ou
vigilância em saúde; Regulação Assistencial - conjunto de relações,
saberes, tecnologias e ações que intermedeiam a
Os recursos financeiros das três esferas de
demanda dos usuários por serviços de saúde e o
governo devem ser visualizados na
acesso a estes.
programação.
Complexos Reguladores – uma das
O processo de programação deve
estratégias de Regulação Assistencial,
contribuir para a garantia de acesso aos serviços
consistindo na articulação e integração de
de saúde, subsidiando o processo regulatório da
Centrais de Atenção Pré-hospitalar e Urgências,
assistência;
Centrais de Internação, Centrais de Consultas e
A programação deve ser realizada a cada Exames, Protocolos Assistenciais com a
gestão, revisada periodicamente e sempre que contratação, controle assistencial e avaliação,
necessário, em decorrência de alterações de assim como com outras funções da gestão como
fluxo no atendimento ao usuário; de oferta de programação e regionalização. Os complexos
serviços; na tabela de procedimentos; e no teto reguladores podem ter abrangência intra-
financeiro, dentre outras. municipal, municipal, micro ou macro regional,

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estadual ou nacional, devendo esta abrangência integrada da atenção em saúde, do processo de
e respectiva gestão, serem pactuadas em regionalização, do desenho das redes;
processo democrático e solidário, entre as três
A operação dos complexos reguladores no
esferas de gestão do SUS.
que se refere a referencia intermunicipal deve
Auditoria Assistencial ou clínica – ser pactuada na CIB, podendo ser operada nos
processo regular que visa aferir e induzir seguintes modos:
qualidade do atendimento amparada em
Pelo gestor estadual que se relacionará
procedimentos, protocolos e instruções de
com a central municipal que faz a gestão
trabalho normatizados e pactuados. Deve
do prestador.
acompanhar e analisar criticamente os históricos
clínicos com vistas a verificar a execução dos Pelo gestor estadual que se relacionará
procedimentos e realçar as não conformidades. diretamente com o prestador quando este
estiver sob gestão estadual.
Como princípios orientadores do processo
de regulação, fica estabelecido que: Pelo gestor municipal com co-gestão do
estado e representação dos municípios da
Cada prestador responde apenas a um
região;
gestor;
Modelos que diferem do item ‘d’ acima
A regulação dos prestadores de serviços
devem ser pactuados pela CIB e
deve ser preferencialmente do município
homologados na CIT.
conforme desenho da rede da assistência
pactuado na CIB, observado o Termo de São metas para este Pacto, no prazo de
Compromisso de Gestão do Pacto e os seguintes um ano:
princípios: Contratualização de todos os prestadores
• Da descentralização, de serviço;
municipalização e comando único; Colocação de todos os leitos e serviços
• Da busca da escala adequada e da ambulatoriais contratualizados sob
qualidade; regulação;

• Considerar a complexidade da Extinção do pagamento dos serviços dos


rede de serviços locais; profissionais médicos por meio do código

• Considerar a efetiva capacidade de 7. Participação e Controle Social


regulação; A participação social no SUS é um
• Considerar o desenho da rede princípio doutrinário e está assegurado na
estadual da assistência; Constituição e nas Leis Orgânicas da Saúde
(8080/90 e 8142/90), e é parte fundamental
• A primazia do interesse e da
deste pacto.
satisfação do usuário do SUS.
7.1 - As ações que devem ser
A regulação das referências
desenvolvidas para fortalecer o processo de
intermunicipais é responsabilidade do gestor
participação social, dentro deste pacto são:
estadual, expressa na coordenação do processo
de construção da programação pactuada e • Apoiar os conselhos de saúde, as
conferências de saúde e os movimentos

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sociais que atuam no campo da saúde, visa regular as relações de trabalho e o
com vistas ao seu fortalecimento para desenvolvimento do trabalhador, bem como a
que os mesmos possam exercer consolidação da carreira como instrumento
plenamente os seus papéis; estratégico para a política de recursos humanos
no Sistema;
• Apoiar o processo de formação dos
conselheiros; Promover relações de trabalho que
obedeçam a exigências do princípio de
• Estimular a participação e avaliação dos
legalidade da ação do Estado e de proteção dos
cidadãos nos serviços de saúde;
direitos associados ao trabalho;
• Apoiar os processos de educação
Desenvolver ações voltadas para a adoção
popular em saúde, para ampliar e
de vínculos de trabalho que garantam os direitos
qualificar a participação social no SUS;
sociais e previdenciários dos trabalhadores de
• Apoiar a implantação e implementação saúde, promovendo ações de adequação de
de ouvidorias nos estados e municípios, vínculos, onde for necessário, nas três esferas de
com vistas ao fortalecimento da gestão governo, com o apoio técnico e financeiro aos
estratégica do SUS; Municípios, pelos Estados e União, conforme
• Apoiar o processo de mobilização social legislação vigente;
e institucional em defesa do SUS e na Os atores sociais envolvidos no desejo de
discussão do pacto; consolidação dos SUS atuarão solidariamente na
• Gestão do Trabalho busca do cumprimento deste item, observadas as
responsabilidades legais de cada segmento;
8.1 - As diretrizes para a Gestão do
Trabalho no SUS são as seguintes: Estimular processos de negociação entre
gestores e trabalhadores através da instalação de
A política de recursos humanos para o Mesas de Negociação junto às esferas de gestão
SUS é um eixo estruturante e deve buscar a estaduais e municipais do SUS;
valorização do trabalho e dos trabalhadores de
saúde, o tratamento dos conflitos, a As Secretarias Estaduais e Municipais de
humanização das relações de trabalho; Saúde devem envidar esforços para a criação ou
fortalecimento de estruturas de Recursos
Estados, Municípios e União são entes Humanos, objetivando cumprir um papel
autônomos para suprir suas necessidades de indutor de mudanças, tanto no campo da gestão
manutenção e expansão dos seus próprios do trabalho, quanto no campo da educação na
quadros de trabalhadores de saúde; saúde;
O Ministério da Saúde deve formular 8.2 - Serão priorizados os seguintes
diretrizes de cooperação técnica para a gestão componentes na estruturação da Gestão do
do trabalho no SUS; Trabalho no SUS:
Desenvolver, pelas três esferas de gestão, Estruturação da Gestão do Trabalho no
estudos quanto às estratégias e financiamento SUS - Esse componente trata das necessidades
tripartite de política de reposição da força de exigidas para a estruturação da área de Gestão
trabalho descentralizada; do Trabalho integrado pelos seguintes eixos:
As Diretrizes para Planos de Cargos e base jurídico-legal; atribuições específicas;
Carreira do SUS devem ser um instrumento que estrutura e dimensionamento organizacional e

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estrutura física e equipamentos. Serão de trabalhadores para o setor, tendo como
priorizados para este Componente, Estados, orientação os princípios da educação
Capitais, Distrito Federal e nos Municípios com permanente;
mais de 500 empregos públicos, desde que
Assumir o compromisso de discutir e
possuam ou venham a criar setores de Gestão do
avaliar os processos e desdobramentos da
Trabalho e da Educação nas secretarias
implementação da Política Nacional de
estaduais e municipais de saúde;
Educação Permanente para ajustes necessários,
Capacitação de Recursos Humanos para a atualizando-a conforme as experiências de
Gestão do Trabalho no SUS - Esse componente implementação, assegurando a inserção dos
trata da qualificação dos gestores e técnicos na municípios e estados neste processo;
perspectiva do fortalecimento da gestão do
Buscar a revisão da normatização vigente
trabalho em saúde. Estão previstos, para seu
que institui a Política Nacional de Educação
desenvolvimento, a elaboração de material
Permanente em Saúde, contemplando a
didático e a realização de oficinas, cursos
conseqüente e efetiva descentralização das
presenciais ou à distância, por meio das
atividades de planejamento, monitoramento,
estruturas formadoras existentes;
avaliação e execução orçamentária da Educação
Sistema Gerencial de Informações - Esse Permanente para o trabalho no SUS;
componente propõe proceder à análise de
Centrar, o planejamento, programação e
sistemas de informação existentes e desenvolver
acompanhamento das atividades educativas e
componentes de otimização e implantação de
conseqüentes alocações de recursos na lógica de
sistema informatizado que subsidie a tomada de
fortalecimento e qualificação do SUS e
decisão na área de Gestão do Trabalho.
atendimento das necessidades sociais em saúde;
Considerar que a proposição de ações para
Educação na Saúde formação e desenvolvimento dos profissionais
de saúde para atender às necessidades do SUS
9.1 – A - As diretrizes para o trabalho na
deve ser produto de cooperação técnica,
Educação na Saúde são:
articulação e diálogo entre os gestores das três
Avançar na implementação da Política esferas de governo, as instituições de ensino, os
Nacional de Educação Permanente por meio da serviços e controle social e podem contemplar
compreensão dos conceitos de formação e ações no campo da formação e do trabalho.
educação permanente para adequá-los às
B - RESPONSABILIDADE SANITÁRIA
distintas lógicas e especificidades;
Este capítulo define as Responsabilidades
Considerar a educação permanente parte
Sanitárias e atribuições do Município, do
essencial de uma política de formação e
Distrito Federal, do Estado e da União. A gestão
desenvolvimento dos trabalhadores para a
do Sistema Único de Saúde é construída de
qualificação do SUS e que comporta a adoção
forma solidária e cooperada, com apoio mútuo
de diferentes metodologias e técnicas de ensino-
através de compromissos assumidos nas
aprendizagem inovadoras, entre outras coisas;
Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e
Considerar a Política Nacional de Tripartite (CIT).
Educação Permanente em Saúde uma estratégia
Algumas responsabilidades atribuídas aos
do SUS para a formação e o desenvolvimento
municípios devem ser assumidas por todos os

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municípios. As outras responsabilidades serão • participar do financiamento tripartite do
atribuídas de acordo com o pactuado e/ou com a Sistema Único de Saúde;
complexidade da rede de serviços localizada no
• assumir a gestão e executar as ações de
território municipal.
atenção básica, incluindo as ações de
No que se refere às responsabilidades promoção e proteção, no seu território;
atribuídas aos estados devem ser assumidas por
• assumir integralmente a gerência de toda
todos eles.
a rede pública de serviços de atenção
Com relação à gestão dos prestadores de básica, englobando as unidades próprias
serviço fica mantida a normatização e as transferidas pelo estado ou pela
estabelecida na NOAS SUS 01/2002. As união;
referências na NOAS SUS 01/2002 às
• com apoio dos estados, identificar as
condições de gestão de estados e municípios
necessidades da população do seu
ficam substituídas pelas situações pactuadas no
território, fazer um reconhecimento das
respectivo Termo de Compromisso de Gestão.
iniqüidades, oportunidades e recursos;
RESPONSABILIDADES GERAIS DA
• desenvolver, a partir da identificação das
GESTÃO DO SUS
necessidades, um processo de
– MUNICÍPIOS planejamento, regulação, programação
pactuada e integrada da atenção à saúde,
Todo município é responsável pela
monitoramento e avaliação;
integralidade da atenção à saúde da sua
população, exercendo essa responsabilidade de • formular e implementar políticas para
forma solidária com o estado e a união; áreas prioritárias, conforme definido nas
diferentes instâncias de pactuação;
Todo município deve:
• organizar o acesso a serviços de saúde
• garantir a integralidade das ações de
resolutivos e de qualidade na atenção
saúde prestadas de forma
básica, viabilizando o planejamento, a
interdisciplinar, por meio da abordagem
programação pactuada e integrada da
integral e contínua do indivíduo no seu
atenção à saúde e a atenção à saúde no
contexto familiar, social e do trabalho;
seu território, explicitando a
englobando atividades de promoção da
responsabilidade, o compromisso e o
saúde, prevenção de riscos, danos e
vínculo do serviço e equipe de saúde
agravos; ações de assistência,
com a população do seu território,
assegurando o acesso ao atendimento às
desenhando a rede de atenção e
urgências;
promovendo a humanização do
• promover a equidade na atenção à saúde, atendimento;
considerando as diferenças individuais e
• organizar e pactuar o acesso a ações e
de grupos populacionais, por meio da
serviços de atenção especializada a partir
adequação da oferta às necessidades
das necessidades da atenção básica,
como princípio de justiça social, e
configurando a rede de atenção, por
ampliação do acesso de populações em
meio dos processos de integração e
situação de desigualdade, respeitadas as
articulação dos serviços de atenção
diversidades locais;
básica com os demais níveis do sistema,

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com base no processo da programação Participar do financiamento tripartite do
pactuada e integrada da atenção à saúde; Sistema Único de Saúde;
• pactuar e fazer o acompanhamento da Formular e implementar políticas para
referência da atenção que ocorre fora do áreas prioritárias, conforme definido nas
seu território, em cooperação com o diferentes instâncias de pactuação;
estado, Distrito Federal e com os demais
Coordenar, acompanhar e avaliar, no
municípios envolvidos no âmbito
âmbito estadual, a implementação dos Pactos
regional e estadual, conforme a
Pela Vida e de Gestão e seu Termo de
programação pactuada e integrada da
Compromisso;
atenção à saúde;
Apoiar técnica e financeiramente os
• garantir estas referências de acordo com
municípios, para que estes assumam
a programação pactuada e integrada da
integralmente sua responsabilidade de gestor da
atenção à saúde, quando dispõe de
atenção à saúde dos seus munícipes;
serviços de referência intermunicipal;
Apoiar técnica, política e financeiramente
• garantir a estrutura física necessária para
a gestão da atenção básica nos municípios,
a realização das ações de atenção básica,
considerando os cenários epidemiológicos, as
de acordo com as normas técnicas
necessidades de saúde e a articulação regional,
vigentes;
fazendo um reconhecimento das iniquidades,
• promover a estruturação da assistência oportunidades e recursos;
farmacêutica e garantir, em conjunto
Fazer reconhecimento das necessidades da
com as demais esferas de governo, o
população no âmbito estadual e cooperar técnica
acesso da população aos medicamentos
e financeiramente com os municípios, para que
cuja dispensação esteja sob sua
possam fazer o mesmo nos seus territórios;
responsabilidade, promovendo seu uso
racional, observadas as normas vigentes Desenvolver, a partir da identificação das
e pactuações estabelecidas; necessidades, um processo de planejamento,
regulação, programação pactuada e integrada da
• assumir a gestão e execução das ações
atenção à saúde, monitoramento e avaliação;
de vigilância em saúde realizadas no
âmbito local, compreendendo as ações Coordenar o processo de configuração do
de vigilância epidemiológica, sanitária e desenho da rede de atenção, nas relações
ambiental, de acordo com as normas intermunicipais, com a participação dos
vigentes e pactuações estabelecidas; municípios da região;

• elaborar, pactuar e implantar a política Organizar e pactuar com os municípios, o


de promoção da saúde, considerando as processo de referência intermunicipal das ações
diretrizes estabelecidas no âmbito e serviços de média e alta complexidade a partir
nacional. da atenção básica, de acordo com a
programação pactuada e integrada da atenção à
– ESTADOS
saúde;
Responder, solidariamente com
Realizar o acompanhamento e a avaliação
municípios, Distrito Federal e união, pela
da atenção básica no âmbito do território
integralidade da atenção à saúde da população;
estadual;

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Apoiar técnica e financeiramente os Assumir a gestão e a gerência de unidades
municípios para que garantam a estrutura física públicas de hemonúcleos / hemocentros e
necessária para a realização das ações de elaborar normas complementares para a
atenção básica; organização e funcionamento desta rede de
serviço.
Promover a estruturação da assistência
farmacêutica e garantir, em conjunto com as – DISTRITO FEDERAL
demais esferas de governo, o acesso da
Responder, solidariamente com a união,
população aos medicamentos cuja dispensação
pela integralidade da atenção à saúde da
esteja sob sua responsabilidade, fomentando seu
população;
uso racional e observando as normas vigentes e
pactuações estabelecidas; Garantir a integralidade das ações de
saúde prestadas de forma interdisciplinar, por
Coordenar e executar e as ações de
meio da abordagem integral e contínua do
vigilância em saúde, compreendendo as ações
indivíduo no seu contexto familiar, social e do
de média e alta complexidade desta área, de
trabalho; englobando atividades de promoção da
acordo com as normas vigentes e pactuações
saúde, prevenção de riscos, danos e agravos;
estabelecidas;
ações de assistência, assegurando o acesso ao
Assumir transitoriamente, quando atendimento às urgências;
necessário, a execução das ações de vigilância
Promover a eqüidade na atenção à saúde,
em saúde no município, comprometendo-se em
considerando as diferenças individuais e de
cooperar para que o município assuma, no
grupos populacionais, por meio da adequação da
menor prazo possível, sua responsabilidade;
oferta às necessidades como princípio de justiça
Executar algumas ações de vigilância em social, e ampliação do acesso de populações em
saúde, em caráter permanente, mediante acordo situação de desigualdade, respeitadas as
bipartite e conforme normatização específica; diversidades locais;
Supervisionar as ações de prevenção e Participar do financiamento tripartite do
controle da vigilância em saúde, coordenando Sistema Único de Saúde;
aquelas que exigem ação articulada e simultânea
Coordenar, acompanhar e avaliar, no
entre os municípios;
âmbito estadual, a implementação dos Pactos
Apoiar técnica e financeiramente os Pela Vida e de Gestão e seu Termo de
municípios para que executem com qualidade as Compromisso de Gestão;
ações de vigilância em saúde, compreendendo
Assumir a gestão e executar as ações de
as ações de vigilância epidemiológica, sanitária
atenção básica, incluindo as ações de promoção
e ambiental, de acordo com as normas vigentes
e proteção, no seu território;
e pactuações estabelecidas;
Assumir integralmente a gerência de toda
Elaborar, pactuar e implantar a política de
a rede pública de serviços de atenção básica,
promoção da saúde, considerando as diretrizes
englobando as unidades próprias e as
estabelecidas no âmbito nacional;
transferidas pela união;
Coordenar, normatizar e gerir os
Garantir a estrutura física necessária para
laboratórios de saúde pública;
a realização das ações de atenção básica, de
acordo com as normas técnicas vigentes;

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Realizar o acompanhamento e a avaliação observando as normas vigentes e pactuações
da atenção básica no âmbito do seu território; estabelecidas;
Identificar as necessidades da população Garantir o acesso de serviços de referência
do seu território, fazer um reconhecimento das de acordo com a programação pactuada e
iniqüidades, oportunidades e recursos; integrada da atenção à saúde;
Desenvolver, a partir da identificação das Elaborar, pactuar e implantar a política de
necessidades, um processo de planejamento, promoção da saúde, considerando as diretrizes
regulação, programação pactuada e integrada da estabelecidas no âmbito nacional;
atenção à saúde, monitoramento e avaliação;
Assumir a gestão e execução das ações de
Formular e implementar políticas para vigilância em saúde realizadas no âmbito do seu
áreas prioritárias, conforme definido nas território, compreendendo as ações de vigilância
instâncias de pactuação; epidemiológica, sanitária e ambiental, de acordo
com as normas vigentes e pactuações
Organizar o acesso a serviços de saúde
estabelecidas;
resolutivos e de qualidade na atenção básica,
viabilizando o planejamento, a programação Executar e coordenar as ações de
pactuada e integrada da atenção à saúde e a vigilância em saúde, compreendendo as ações
atenção à saúde no seu território, explicitando a de média e alta complexidade desta área, de
responsabilidade, o compromisso e o vínculo do acordo com as normas vigentes e pactuações
serviço e equipe de saúde com a população do estabelecidas;
seu território, desenhando a rede de atenção e
Coordenar, normatizar e gerir os
promovendo a humanização do atendimento;
laboratórios de saúde pública;
Organizar e pactuar o acesso a ações e
Assumir a gestão e a gerência de unidades
serviços de atenção especializada a partir das
públicas de hemonúcleos / hemocentros e
necessidades da atenção básica, configurando a
elaborar normas complementares para a
rede de atenção, por meio dos processos de
organização e funcionamento desta rede de
integração e articulação dos serviços de atenção
serviço.
básica com os demais níveis do sistema, com
base no processo da programação pactuada e – UNIÃO
integrada da atenção à saúde; Responder, solidariamente com os
Pactuar e fazer o acompanhamento da municípios, o Distrito Federal e os estados, pela
referência da atenção que ocorre fora do seu integralidade da atenção à saúde da população;
território, em cooperação com os estados Participar do financiamento tripartite do
envolvidos no âmbito regional, conforme a Sistema Único de Saúde;
programação pactuada e integrada da atenção à
saúde; Formular e implementar políticas para
áreas prioritárias, conforme definido nas
Promover a estruturação da assistência diferentes instâncias de pactuação;
farmacêutica e garantir, em conjunto com a
união, o acesso da população aos medicamentos Coordenar e acompanhar, no âmbito
cuja dispensação esteja sob sua nacional, a pactuação e avaliação do Pacto de
responsabilidade, fomentando seu uso racional e Gestão e Pacto pela Vida e seu Termo de
Compromisso;

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Apoiar o Distrito Federal, os estados e de média e alta complexidade desta área, de
conjuntamente com estes, os municípios, para acordo com as normas vigentes e pactuações
que assumam integralmente as suas estabelecidas;
responsabilidades de gestores da atenção à
Coordenar, nacionalmente, as ações de
saúde;
prevenção e controle da vigilância em saúde que
Apoiar financeiramente o Distrito Federal exijam ação articulada e simultânea entre os
e os municípios, em conjunto com os estados, estados, Distrito Federal e municípios;
para que garantam a estrutura física necessária
Proceder investigação complementar ou
para a realização das ações de atenção básica;
conjunta com os demais gestores do SUS em
Prestar cooperação técnica e financeira situação de risco sanitário;
aos estados, ao Distrito Federal e aos
Apoiar e coordenar os laboratórios de
municípios para o aperfeiçoamento das suas
saúde pública – Rede Nacional de laboratórios
atuações institucionais na gestão da atenção
de saúde Pública/RNLSP – nos aspectos
básica;
relativos à vigilância em saúde;
Exercer de forma pactuada as funções de
Assumir transitoriamente, quando
normatização e de coordenação no que se refere
necessário, a execução das ações de vigilância
à gestão nacional da atenção básica no SUS;
em saúde nos estados, Distrito Federal e
Identificar, em articulação com os estados, municípios, comprometendo-se em cooperar
Distrito Federal e municípios, as necessidades para que assumam, no menor prazo possível,
da população para o âmbito nacional, fazendo suas responsabilidades;
um reconhecimento das iniquidades,
Apoiar técnica e financeiramente os
oportunidades e recursos; e cooperar técnica e
estados, o Distrito Federal e os municípios para
financeiramente com os gestores, para que
que executem com qualidade as ações de
façam o mesmo nos seus territórios;
vigilância em saúde, compreendendo as ações
Desenvolver, a partir da identificação de de vigilância epidemiológica, sanitária e
necessidades, um processo de planejamento, ambiental, de acordo com as normas vigentes e
regulação, programação pactuada e integrada da pactuações estabelecidas;
atenção à saúde, monitoramento e avaliação;
Elaborar, pactuar e implementar a política
Promover a estruturação da assistência de promoção da saúde.
farmacêutica e garantir, em conjunto com as
RESPONSABILIDADES NA
demais esferas de governo, o acesso da
REGIONALIZAÇÃO
população aos medicamentos que estejam sob
sua responsabilidade, fomentando seu uso – MUNICÍPIOS
racional, observadas as normas vigentes e Todo município deve:
pactuações estabelecidas;
• contribuir para a constituição e
Definir e pactuar as diretrizes para a fortalecimento do processo de
organização das ações e serviços de média e alta regionalização solidária e cooperativa,
complexidade, a partir da atenção básica; assumindo os compromissos pactuados;
Coordenar e executar as ações de • participar da constituição da
vigilância em saúde, compreendendo as ações regionalização, disponibilizando de

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forma cooperativa os recursos humanos, Coordenar o processo de organização,
tecnológicos e financeiros, conforme reconhecimento e atualização das regiões de
pactuação estabelecida; saúde, conformando o plano diretor de
regionalização;
• participar dos colegiados de gestão
regionais, cumprindo suas obrigações Participar da constituição da
técnicas e financeiras. Nas CIB regionais regionalização, disponibilizando de forma
constituídas por representação, quando cooperativa os recursos humanos, tecnológicos
não for possível a imediata incorporação e financeiros, conforme pactuação estabelecida;
de todos os gestores de saúde dos
Apoiar técnica e financeiramente as
municípios da região de saúde, deve-se
regiões de saúde, promovendo a eqüidade inter-
pactuar um cronograma de adequação,
regional;
no menor prazo possível, para a inclusão
de todos os municípios nos respectivos Participar dos colegiados de gestão
colegiados de gestão regionais. regional, cumprindo suas obrigações técnicas e
financeiras;
• participar dos projetos prioritários das
regiões de saúde, conforme definido no Participar dos projetos prioritários das
plano municipal de saúde, no plano regiões de saúde, conforme definido no plano
diretor de regionalização, no estadual de saúde, no plano diretor de
planejamento regional e no plano regionalização, no planejamento regional e no
regional de investimento; plano regional de investimento.

• A responsabilidade a seguir será – DISTRITO FEDERAL


atribuída de acordo com o pactuado e/ou Contribuir para a constituição e
com a complexidade da rede de serviços fortalecimento do processo de regionalização
localizada no território municipal solidária e cooperativa, assumindo os
• Executar as ações de referência regional compromissos pactuados;
sob sua responsabilidade em Coordenar o processo de organização,
conformidade com a programação reconhecimento e atualização das regiões de
pactuada e integrada da atenção à saúde saúde, conformando o plano diretor de
acordada nos colegiados de gestão regionalização;
regionais.
Apoiar técnica e financeiramente as
– ESTADOS regiões de saúde, promovendo a eqüidade inter-
Contribuir para a constituição e regional;
fortalecimento do processo de regionalização Participar dos colegiados de gestão
solidária e cooperativa, assumindo os regional, cumprindo suas obrigações técnicas e
compromissos pactuados; financeiras, conforme pactuação estabelecida;
Coordenar a regionalização em seu Participar dos projetos prioritários das
território, propondo e pactuando diretrizes e regiões de saúde, conforme definido no plano
normas gerais sobre a regionalização, estadual de saúde, no plano diretor de
observando as normas vigentes e pactuações na regionalização, no planejamento regional e no
CIB; plano regional de investimento;

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Propor e pactuar diretrizes e normas gerais a proteção, a recuperação e a reabilitação
sobre a regionalização, observando as normas em saúde, construindo nesse processo o
vigentes, participando da sua constituição, plano de saúde e submetendo-o à
disponibilizando de forma cooperativa os aprovação do Conselho de Saúde
recursos humanos, tecnológicos e financeiros, correspondente;
conforme pactuação estabelecida.
• formular, no plano municipal de saúde, a
– UNIÃO política municipal de atenção em saúde,
incluindo ações intersetoriais voltadas
Contribuir para a constituição e
para a promoção da saúde;
fortalecimento do processo de regionalização
solidária e cooperativa, assumindo os • elaborar relatório de gestão anual, a ser
compromissos pactuados; apresentado e submetido à aprovação do
Conselho de Saúde correspondente;
Coordenar o processo de regionalização
no âmbito nacional, propondo e pactuando • operar os sistemas de informação
diretrizes e normas gerais sobre a referentes à atenção básica, conforme
regionalização, observando as normas vigentes e normas do Ministério da Saúde, e
pactuações na CIT; alimentar regularmente os bancos de
dados nacionais, assumindo a
Cooperar técnica e financeiramente com
responsabilidade pela gestão, no nível
as regiões de saúde, por meio dos estados e/ou
local, dos sistemas de informação:
municípios, priorizando as regiões mais
Sistema de Informação sobre Agravos de
vulneráveis, promovendo a eqüidade inter-
Notificação – SINAN, Sistema de
regional e interestadual;
Informação do Programa Nacional de
Apoiar e participar da constituição da Imunizações - SI-PNI, Sistema de
regionalização, disponibilizando de forma Informação sobre Nascidos Vivos –
cooperativa os recursos humanos, tecnológicos SINASC, Sistema de Informação
e financeiros, conforme pactuação estabelecida; Ambulatorial - SIA e Cadastro Nacional
Fomentar a constituição das regiões de de Estabelecimentos e Profissionais de
saúde fronteiriças, participando do Saúde – CNES; e quando couber, os
funcionamento de seus colegiados de gestão sistemas: Sistema de Informação
regionais. Hospitalar – SIH e Sistema de
Informação sobre Mortalidade – SIM,
– RESPONSABILIDADES NO bem como de outros sistemas que
PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO venham a ser introduzidos;
– MUNICÍPIOS • assumir a responsabilidade pela
Todo município deve: coordenação e execução das atividades
de informação, educação e comunicação,
• formular, gerenciar, implementar e no âmbito local;
avaliar o processo permanente de
planejamento participativo e integrado, • elaborar a programação da atenção à
de base local e ascendente, orientado por saúde, incluída a assistência e vigilância
problemas e necessidades em saúde, com em saúde, em conformidade com o plano
a constituição de ações para a promoção, municipal de saúde, no âmbito da

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Programação Pactuada e Integrada da informações e análises e apoiar os municípios
Atenção à Saúde; naqueles de responsabilidade municipal.
• A responsabilidade a seguir será –DISTRITO FEDERAL
atribuída de acordo com o pactuado e/ou Formular, gerenciar, implementar e avaliar o
com a complexidade da rede de serviços processo permanente de planejamento
localizada no território municipal participativo e integrado, de base local e
ascendente, orientado por problemas e
• Gerir os sistemas de informação
necessidades em saúde, com a constituição de
epidemiológica e sanitária, bem como
ações para a promoção, a proteção, a
assegurar a divulgação de informações e
recuperação e a reabilitação em saúde,
análises.
construindo nesse processo o plano estadual de
–ESTADOS saúde, submetendo-o à aprovação do Conselho
Formular, gerenciar, implementar e avaliar o de Saúde do Distrito Federal;
processo permanente de planejamento
Formular, no plano estadual de saúde, a
participativo e integrado, de base local e
política estadual de atenção em saúde, incluindo
ascendente, orientado por problemas e
ações intersetoriais voltadas para a promoção da
necessidades em saúde, com a constituição de
saúde;
ações para a promoção, a proteção, a
recuperação e a reabilitação em saúde, Elaborar relatório de gestão anual, a ser
construindo nesse processo o plano estadual de apresentado e submetido à aprovação do
saúde, submetendo-o à aprovação do Conselho Conselho Estadual de Saúde;
Estadual de Saúde;
Operar os sistemas de informação
Formular, no plano estadual de saúde, e epidemiológica e sanitária de sua competência,
pactuar no âmbito da Comissão Intergestores bem como assegurar a divulgação de
Bipartite - CIB, a política estadual de atenção informações e análises;
em saúde, incluindo ações intersetoriais voltadas
Operar os sistemas de informação
para a promoção da saúde;
referentes à atenção básica, conforme normas do
Elaborar relatório de gestão anual, a ser Ministério da Saúde, e alimentar regularmente
apresentado e submetido à aprovação do os bancos de dados nacionais, assumindo a
Conselho Estadual de Saúde; responsabilidade pela gestão, no nível local, dos
sistemas de informação: Sistema de Informação
Coordenar, acompanhar e apoiar os
sobre Agravos de Notificação – SINAN,
municípios na elaboração da programação
Sistema de Informação do Programa Nacional
pactuada e integrada da atenção à saúde, no
de Imunizações - SI-PNI, Sistema de
âmbito estadual, regional e interestadual;
Informação sobre Nascidos Vivos – SINASC,
Apoiar, acompanhar, consolidar e operar Sistema de Informação Ambulatorial - SIA e
quando couber, no âmbito estadual e regional, a Cadastro Nacional de Estabelecimentos e
alimentação dos sistemas de informação, Profissionais de Saúde – CNES; Sistema de
conforme normas do Ministério da Saúde; Informação Hospitalar – SIH e Sistema de
Operar os sistemas de informação Informação sobre Mortalidade – SIM, bem
epidemiológica e sanitária de sua competência, como de outros sistemas que venham a ser
bem como assegurar a divulgação de introduzidos;

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Assumir a responsabilidade pela pactuações estabelecidas, incluindo aqueles
coordenação e execução das atividades de sistemas que garantam a solicitação e
informação, educação e comunicação, no autorização de procedimentos, o processamento
âmbito do seu território; da produção e preparação para a realização de
pagamentos;
Elaborar a programação da atenção à
saúde, incluída a assistência e vigilância em Desenvolver e gerenciar sistemas de
saúde, em conformidade com o plano estadual l informação epidemiológica e sanitária, bem
de saúde, no âmbito da Programação Pactuada e como assegurar a divulgação de informações e
Integrada da Atenção à Saúde. análises.
–UNIÃO
Formular, gerenciar, implementar e avaliar o
RESPONSABILIDADES NA
processo permanente de planejamento
REGULAÇÃO, CONTROLE, AVALIAÇÃO E
participativo e integrado, de base local e
AUDITORIA
ascendente, orientado por problemas e
necessidades em saúde, com a constituição de 4.1- MUNICÍPIOS
ações para a promoção, a proteção, a Todo município deve:
recuperação e a reabilitação em saúde,
construindo nesse processo o plano nacional de • monitorar e fiscalizar a aplicação dos
saúde, submetendo-o à aprovação do Conselho recursos financeiros provenientes de
Nacional de Saúde; transferência regular e automática (fundo
a fundo) e por convênios;
Formular, no plano nacional de saúde, e
pactuar no âmbito da Comissão Intergestores • realizar a identificação dos usuários do
Tripartite – CIT, a política nacional de atenção SUS, com vistas à vinculação de
em saúde, incluindo ações intersetoriais voltadas clientela e à sistematização da oferta dos
para a promoção da saúde; serviços;

Elaborar relatório de gestão anual, a ser • monitorar e avaliar as ações de


apresentado e submetido à aprovação do vigilância em saúde, realizadas em seu
Conselho Nacional de Saúde; território, por intermédio de indicadores
de desempenho, envolvendo aspectos
Formular, pactuar no âmbito a CIT e epidemiológicos e operacionais;
aprovar no Conselho Nacional de Saúde, a
política nacional de atenção à saúde dos povos • manter atualizado o Sistema Nacional de
indígenas e executá-la, conforme pactuação com Cadastro de Estabelecimentos e
Estados e Municípios, por meio da Fundação Profissionais de Saúde no seu território,
Nacional de Saúde – FUNASA; segundo normas do Ministério da Saúde;

Coordenar, acompanhar e apoiar os • adotar protocolos clínicos e diretrizes


municípios, os estados e Distrito Federal na terapêuticas, em consonância com os
elaboração da programação pactuada e integrada protocolos e diretrizes nacionais e
da atenção em saúde, no âmbito nacional; estaduais;

Gerenciar, manter, e elaborar quando • adotar protocolos de regulação de


necessário, no âmbito nacional, os sistemas de acesso, em consonância com os
informação, conforme normas vigentes e

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protocolos e diretrizes nacionais, programação pactuada e integrada da
estaduais e regionais; atenção à saúde;
• controlar a referência a ser realizada em • Monitorar e fiscalizar os contratos e
outros municípios, de acordo com a convênios com prestadores contratados e
programação pactuada e integrada da conveniados, bem como das unidades
atenção à saúde, procedendo à públicas;
solicitação e/ou autorização prévia,
• Monitorar e fiscalizar a execução dos
quando couber;
procedimentos realizados em cada
• As responsabilidades a seguir serão estabelecimento por meio das ações de
atribuídas de acordo com o pactuado controle e avaliação hospitalar e
e/ou com a complexidade da rede de ambulatorial;
serviços localizada no território
• Monitorar e fiscalizar e o cumprimento
municipal
dos critérios nacionais, estaduais e
• Definir a programação físico-financeira municipais de credenciamento de
por estabelecimento de saúde; observar serviços;
as normas vigentes de solicitação e
• Implementar a avaliação das ações de
autorização dos procedimentos
saúde nos estabelecimentos de saúde,
hospitalares e ambulatoriais; processar a
por meio de análise de dados e
produção dos estabelecimentos de saúde
indicadores e verificação de padrões de
próprios e contratados e realizar o
conformidade;
pagamento dos prestadores de serviços;
• Implementar a auditoria sobre toda a
• Operar o complexo regulador dos
produção de serviços de saúde, públicos
serviços presentes no seu território, de
e privados, sob sua gestão, tomando
acordo com a pactuação estabelecida,
como referência as ações previstas no
realizando a co-gestão com o Estado e
plano municipal de saúde e em
outros Municípios, das referências
articulação com as ações de controle,
intermunicipais.
avaliação e regulação assistencial;
• Executar o controle do acesso do seu
• Realizar auditoria assistencial da
munícipe aos leitos disponíveis, às
produção de serviços de saúde, públicos
consultas, terapias e exames
e privados, sob sua gestão;
especializados, disponíveis no seu
território, que pode ser feito por meio de • Elaborar normas técnicas,
centrais de regulação; complementares às das esferas estadual e
federal, para o seu território.
• Planejar e executar a regulação médica
da atenção pré-hospitalar às urgências, –ESTADOS
conforme normas vigentes e pactuações Elaborar as normas técnicas complementares à
estabelecidas; da esfera federal, para o seu território;

• Elaborar contratos com os prestadores de Monitorar a aplicação dos recursos


acordo com a política nacional de financeiros recebidos por meio de transferência
contratação de serviços de saúde e em regular e automática (fundo a fundo) e por
conformidade com o planejamento e a convênios;

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Monitorar e fiscalizar a aplicação dos Participar da co-gestão dos complexos
recursos financeiros transferidos aos fundos reguladores municipais, no que se refere às
municipais; referências intermunicipais;
Monitorar o cumprimento pelos Operar os complexos reguladores no que
municípios: dos planos de saúde, dos relatórios se refere no que se refere à referência
de gestão, da operação dos fundos de saúde, intermunicipal, conforme pactuação;
indicadores e metas do pacto de gestão, da
Monitorar a implementação e
constituição dos serviços de regulação, controle
operacionalização das centrais de regulação;
avaliação e auditoria e da participação na
programação pactuada e integrada da atenção à Cooperar tecnicamente com os municípios
saúde; para a qualificação das atividades de
cadastramento, contratação, controle, avaliação,
Apoiar a identificação dos usuários do
auditoria e pagamento aos prestadores dos
SUS no âmbito estadual, com vistas à
serviços localizados no território municipal e
vinculação de clientela e à sistematização da
vinculados ao SUS;
oferta dos serviços;
Monitorar e fiscalizar contratos e
Manter atualizado o cadastramento no
convênios com prestadores contratados e
Sistema Nacional de Cadastro de
conveniados, bem como das unidades públicas;
Estabelecimentos e Profissionais de Saúde, bem
como coordenar e cooperar com os municípios Elaborar contratos com os prestadores de
nesta atividade; acordo com a política nacional de contratação
de serviços de saúde, em conformidade com o
Elaborar e pactuar protocolos clínicos e de
planejamento e a programação da atenção;
regulação de acesso, no âmbito estadual, em
consonância com os protocolos e diretrizes Credenciar os serviços de acordo com as
nacionais, apoiando os Municípios na normas vigentes e com a regionalização e
implementação dos mesmos; coordenar este processo em relação aos
municípios;
Controlar a referência a ser realizada em
outros estados, de acordo com a programação Fiscalizar e monitorar o cumprimento dos
pactuada e integrada da atenção à saúde, critérios estaduais e nacionais de
procedendo a solicitação e/ou autorização credenciamento de serviços pelos prestadores;
prévia, quando couber; Monitorar o cumprimento, pelos
Operar a central de regulação estadual, municípios, das programações físico-financeira
para as referências interestaduais pactuadas, em definidas na programação pactuada e integrada
articulação com as centrais de regulação da atenção à saúde;
municipais; Fiscalizar e monitorar o cumprimento,
Coordenar e apoiar a implementação da pelos municípios, das normas de solicitação e
regulação da atenção pré-hospitalar às urgências autorização das internações e dos procedimentos
de acordo com a regionalização e conforme ambulatoriais especializados;
normas vigentes e pactuações estabelecidas; Estabelecer e monitorar a programação
Estimular e apoiar a implantação dos físico-financeira dos estabelecimentos de saúde
complexos reguladores municipais; sob sua gestão; observar as normas vigentes de

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solicitação e autorização dos procedimentos regular e automática (fundo a fundo) e por
hospitalares e ambulatoriais, monitorando e convênios;
fiscalizando a sua execução por meio de ações
Realizar a identificação dos usuários do
de controle, avaliação e auditoria; processar a
SUS no âmbito do Distrito Federal, com vistas à
produção dos estabelecimentos de saúde
vinculação de clientela e à sistematização da
próprios e contratados e realizar o pagamento
oferta dos serviços;
dos prestadores de serviços;
Manter atualizado o cadastramento no
Monitorar e avaliar o funcionamento dos
Sistema Nacional de Cadastro de
Consórcios Intermunicipais de Saúde;
Estabelecimentos e Profissionais de Saúde no
Monitorar e avaliar o desempenho das seu território, segundo normas do Ministério da
redes regionais hierarquizadas estaduais; Saúde;
Implementar avaliação das ações de saúde Monitorar e avaliar as ações de vigilância
nos estabelecimentos, por meio de análise de em saúde, realizadas em seu território, por
dados e indicadores e verificação de padrões de intermédio de indicadores de desempenho,
conformidade; envolvendo aspectos epidemiológicos e
operacionais;
Monitorar e avaliar as ações de vigilância
em saúde, realizadas pelos municípios e pelo Elaborar e implantar protocolos clínicos,
gestor estadual; terapêuticos e de regulação de acesso, no âmbito
do Distrito Federal, em consonância com os
Supervisionar a rede de laboratórios
protocolos e diretrizes nacionais;
públicos e privados que realizam análises de
interesse da saúde pública; Controlar a referência a ser realizada em
outros estados, de acordo com a programação
Elaborar normas complementares para a
pactuada e integrada da atenção à saúde,
avaliação tecnológica em saúde;
procedendo a solicitação e/ou autorização
Avaliar e auditar os sistemas de saúde prévia;
municipais de saúde;
Operar a central de regulação do Distrito
Implementar auditoria sobre toda a Federal, para as referências interestaduais
produção de serviços de saúde, pública e pactuadas, em articulação com as centrais de
privada, sob sua gestão e em articulação com as regulação estaduais e municipais;
ações de controle, avaliação e regulação
Implantar e operar o complexo regulador
assistencial;
dos serviços presentes no seu território, de
Realizar auditoria assistencial da produção acordo com a pactuação estabelecida;
de serviços de saúde, públicos e privados, sob
Coordenar e apoiar a implementação da
sua gestão.
regulação da atenção pré-hospitalar às urgências
– DISTRITO FEDERAL de acordo com a regionalização e conforme
Elaborar as normas técnicas complementares à normas vigentes e pactuações estabelecidas
da esfera federal, para o seu território;
Executar o controle do acesso do seu
Monitorar a aplicação dos recursos usuário aos leitos disponíveis, às consultas,
financeiros recebidos por meio de transferência terapias e exames especializados, disponíveis no

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seu território, que pode ser feito por meio de – UNIÃO
centrais de regulação; Cooperar tecnicamente com os estados, o
Distrito Federal e os municípios para a
Definir a programação físico-financeira
qualificação das atividades de cadastramento,
por estabelecimento de saúde; observar as
contratação, regulação, controle, avaliação,
normas vigentes de solicitação e autorização dos
auditoria e pagamento aos prestadores dos
procedimentos hospitalares e ambulatoriais;
serviços vinculados ao SUS;
processar a produção dos estabelecimentos de
saúde próprios e contratados e realizar o Monitorar e fiscalizar a aplicação dos
pagamento dos prestadores de serviços; recursos financeiros transferidos fundo a fundo
e por convênio aos fundos de saúde dos estados,
Monitorar e fiscalizar contratos e
do Distrito Federal e dos municípios;
convênios com prestadores contratados e
conveniados, bem como das unidades públicas; Monitorar o cumprimento pelos estados,
Distrito Federal e municípios dos planos de
Elaborar contratos com os prestadores de
saúde, dos relatórios de gestão, da operação dos
acordo com a política nacional de contratação
fundos de saúde, dos pactos de indicadores e
de serviços de saúde, em conformidade com o
metas, da constituição dos serviços de
planejamento e a programação da atenção;
regulação, controle avaliação e auditoria e da
Credenciar os serviços de acordo com as realização da programação pactuada e integrada
normas vigentes e com a regionalização; da atenção à saúde;
Monitorar e avaliar o funcionamento dos Coordenar, no âmbito nacional, a
Consórcios de Saúde; estratégia de identificação dos usuários do SUS;
Monitorar e avaliar o desempenho das Coordenar e cooperar com os estados, o
redes regionais hierarquizadas; Distrito Federal e os municípios no processo de
Implementar avaliação das ações de saúde cadastramento de Estabelecimentos e
nos estabelecimentos, por meio de análise de Profissionais de Saúde;
dados e indicadores e verificação de padrões de Definir e pactuar a política nacional de
conformidade; contratação de serviços de saúde;
Monitorar e fiscalizar a execução dos Propor e pactuar os critérios de
procedimentos realizados em cada credenciamento dos serviços de saúde;
estabelecimento por meio das ações de controle
Propor e pactuar as normas de solicitação
e avaliação hospitalar e ambulatorial;
e autorização das internações e dos
Supervisionar a rede de laboratórios procedimentos ambulatoriais especializados, de
públicos e privados que realizam análises de acordo com as Políticas de Atenção
interesse da saúde pública; Especializada;
Elaborar normas complementares para a Elaborar, pactuar e manter as tabelas de
avaliação tecnológica em saúde; procedimentos enquanto padrão nacional de
Implementar auditoria sobre toda a utilização dos mesmos e de seus preços;
produção de serviços de saúde, pública e Estruturar a política nacional de regulação
privada, em articulação com as ações de da atenção à saúde, conforme pactuação na CIT,
controle, avaliação e regulação assistencial.

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contemplando apoio financeiro, tecnológico e de Todo município deve:
educação permanente;
promover e desenvolver políticas de
Estimular e apoiar a implantação dos gestão do trabalho, considerando os princípios
complexos reguladores; da humanização, da participação e da
democratização das relações de trabalho;
Cooperar na implantação e implementação
dos complexos reguladores; adotar vínculos de trabalho que garantam
os direitos sociais e previdenciários dos
Coordenar e monitorar a implementação e
trabalhadores de saúde na sua esfera de gestão e
operacionalização das centrais de regulação
de serviços, promovendo ações de adequação de
interestaduais, garantindo o acesso às
vínculos, onde for necessário, conforme
referências pactuadas;
legislação vigente;
Coordenar a construção de protocolos
As responsabilidades a seguir serão
clínicos e de regulação de acesso nacionais, em
atribuídas de acordo com o pactuado e/ou com a
parceria com os estados, o Distrito Federal e os
complexidade da rede de serviços localizada no
municípios, apoiando–os na utilização dos
território municipal
mesmos;
Estabelecer, sempre que possível, espaços
Acompanhar, monitorar e avaliar a
de negociação permanente entre trabalhadores e
atenção básica, nas demais esferas de gestão,
gestores;
respeitadas as competências estaduais,
municipais e do Distrito Federal; Desenvolver estudos e propor estratégias e
financiamento tripartite com vistas à adoção de
Monitorar e avaliar as ações de vigilância
política referente aos recursos humanos
em saúde, realizadas pelos municípios, Distrito
descentralizados;
Federal, estados e pelo gestor federal, incluindo
a permanente avaliação dos sistemas de Considerar as diretrizes nacionais para
vigilância epidemiológica e ambiental em Planos de Carreiras, Cargos e Salários para o
saúde; SUS – PCCS/SUS, quando da elaboração,
implementação e/ou reformulação de Planos de
Normatizar, definir fluxos técnico-
Cargos e Salários no âmbito da gestão local;
operacionais e supervisionar a rede de
laboratórios públicos e privados que realizam Implementar e pactuar diretrizes para
análises de interesse em saúde pública; políticas de educação e gestão do trabalho que
favoreçam o provimento e a fixação de
Avaliar o desempenho das redes regionais
trabalhadores de saúde, no âmbito municipal,
e de referências interestaduais;
notadamente em regiões onde a restrição de
Responsabilizar-se pela avaliação oferta afeta diretamente a implantação de ações
tecnológica em saúde; estratégicas para a atenção básica.
Avaliar e auditar os sistemas de saúde 5.2 –ESTADOS
estaduais e municipais. Promover e desenvolver políticas de gestão do
5 – RESPONSABILIDADES NA trabalho, considerando os princípios da
GESTÃO DO TRABALHO humanização, da participação e da
democratização das relações de trabalho;
5.1 - MUNICÍPIOS

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Desenvolver estudos e propor estratégias e Considerar as diretrizes nacionais para
financiamento tripartite com vistas à adoção de Planos de Carreiras, Cargos e Salários para o
política referente aos recursos humanos SUS – PCCS/SUS, quando da elaboração,
descentralizados; implementação e/ou reformulação de Planos de
Cargos e Salários no âmbito da gestão do
Promover espaços de negociação
Distrito Federal;
permanente entre trabalhadores e gestores, no
âmbito estadual e regional; Propor e pactuar diretrizes para políticas
de educação e de gestão do trabalho que
Adotar vínculos de trabalho que garantam
favoreçam o provimento e a fixação de
os direitos sociais e previdenciários dos
trabalhadores de saúde, no âmbito do Distrito
trabalhadores de saúde na sua esfera de gestão e
Federal, notadamente em regiões onde a
de serviços, promovendo ações de adequação de
restrição de oferta afeta diretamente a
vínculos, onde for necessário, conforme
implantação de ações estratégicas para a atenção
legislação vigente e apoiando técnica e
básica.
financeiramente os municípios na mesma
direção; 5.4 – UNIÃO
Promover, desenvolver e pactuar políticas de
Considerar as diretrizes nacionais para
gestão do trabalho considerando os princípios
Planos de Carreiras, Cargos e Salários para o
da humanização, da participação e da
SUS – PCCS/SUS, quando da elaboração,
democratização das relações de trabalho,
implementação e/ou reformulação de Planos de
apoiando os gestores estaduais e municipais na
Cargos e Salários no âmbito da gestão estadual;
implementação das mesmas;
Propor e pactuar diretrizes para políticas
Desenvolver estudos e propor estratégias e
de educação e gestão do trabalho que favoreçam
financiamento tripartite com vistas à adoção de
o provimento e a fixação de trabalhadores de
políticas referentes à força de trabalho
saúde, no âmbito estadual, notadamente em
descentralizada;
regiões onde a restrição de oferta afeta
diretamente a implantação de ações estratégicas Fortalecer a Mesa Nacional de
para a atenção básica. Negociação Permanente do SUS como um
espaço de negociação entre trabalhadores e
5.3 – DISTRITO FEDERAL
gestores e contribuir para o desenvolvimento de
Desenvolver estudos quanto às estratégias e
espaços de negociação no âmbito estadual,
financiamento tripartite de política de reposição
regional e/ou municipal;
da força de trabalho descentralizada;
Adotar vínculos de trabalho que garantam
Implementar espaços de negociação
os direitos sociais e previdenciários dos
permanente entre trabalhadores e gestores, no
trabalhadores de saúde na sua esfera de gestão e
âmbito do Distrito Federal e regional;
de serviços, promovendo ações de adequação de
Adotar vínculos de trabalho que garantam vínculos, onde for necessário, conforme
os direitos sociais e previdenciários dos legislação vigente e apoiando técnica e
trabalhadores de saúde na sua esfera de gestão e financeiramente os estados e municípios na
de serviços, promovendo ações de adequação de mesma direção;
vínculos, onde for necessário, conforme
Formular, propor, pactuar e implementar
legislação vigente;
as Diretrizes Nacionais para Planos de

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Carreiras, Cargos e Salários no âmbito do • Articular e cooperar com a construção e
Sistema Único de Saúde – PCCS/SUS; implementação de iniciativas políticas e
práticas para a mudança na graduação
Propor e pactuar diretrizes para políticas
das profissões de saúde, de acordo com
de educação e de gestão do trabalho que
as diretrizes do SUS;
favoreçam o provimento e a fixação de
trabalhadores de saúde, no âmbito nacional, • Promover e articular junto às Escolas
notadamente em regiões onde a restrição de Técnicas de Saúde uma nova orientação
oferta afeta diretamente a implantação de ações para a formação de profissionais
estratégicas para a atenção básica. técnicos para o SUS, diversificando os
campos de aprendizagem;
RESPONSABILIDADES NA
EDUCAÇÃO NA SAÚDE 6.2 – ESTADOS
Formular, promover e apoiar a gestão da
6.1 - MUNICÍPIOS
educação permanente em saúde e processos
Todo município deve: relativos à mesma no âmbito estadual;
• formular e promover a gestão da Promover a integração de todos os
educação permanente em saúde e processos de capacitação e desenvolvimento de
processos relativos à mesma, orientados recursos humanos à política de educação
pela integralidade da atenção à saúde, permanente, no âmbito da gestão estadual do
criando quando for o caso, estruturas de SUS;
coordenação e de execução da política
Apoiar e fortalecer a articulação com os
de formação e desenvolvimento,
municípios e entre os mesmos, para os
participando no seu financiamento;
processos de educação e desenvolvimento de
• promover diretamente ou em cooperação trabalhadores para o SUS;
com o estado, com os municípios da sua
Articular o processo de vinculação dos
região e com a união, processos
municípios às referências para o seu processo de
conjuntos de educação permanente em
formação e desenvolvimento;
saúde;
Articular e participar das políticas
• apoiar e promover a aproximação dos
regulatórias e de indução de mudanças no
movimentos de educação popular em
campo da graduação e da especialização das
saúde na formação dos profissionais de
profissões de saúde;
saúde, em consonância com as
necessidades sociais em saúde; Articular e pactuar com o Sistema
Estadual de Educação, processos de formação
• incentivar junto à rede de ensino, no
de acordo com as necessidades do SUS,
âmbito municipal, a realização de ações
cooperando com os demais gestores, para
educativas e de conhecimento do SUS;
processos na mesma direção;
• As responsabilidades a seguir serão
Desenvolver ações e estruturas formais de
atribuídas de acordo com o pactuado
educação técnica em saúde com capacidade de
e/ou com a complexidade da rede de
execução descentralizada no âmbito estadual;
serviços localizada no território
municipal 6.3 – DISTRITO FEDERAL
Formular e promover a gestão da educação

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permanente em saúde e processos relativos à 6.4 – UNIÃO
mesma, orientados pela integralidade da atenção Formular, promover e pactuar políticas de
à saúde, criando quando for o caso, estruturas de educação permanente em saúde, apoiando
coordenação e de execução da política de técnica e financeiramente estados e municípios
formação e desenvolvimento, participando no no desenvolvimento das mesmas;
seu financiamento;
Promover a integração de todos os
Promover a integração de todos os processos de capacitação e desenvolvimento de
processos de capacitação e desenvolvimento de recursos humanos à política de educação
recursos humanos à política de educação permanente, no âmbito da gestão nacional do
permanente; SUS;
Articular e participar das políticas Propor e pactuar políticas regulatórias no
regulatórias e de indução de mudanças no campo da graduação e da especialização das
campo da graduação e da especialização das profissões de saúde;
profissões de saúde;
Articular e propor políticas de indução de
Articular e cooperar com a construção e mudanças na graduação das profissões de saúde;
implementação de iniciativas políticas e práticas
Propor e pactuar com o sistema federal de
para a mudança na graduação das profissões de
educação, processos de formação de acordo com
saúde, de acordo com as diretrizes do SUS;
as necessidades do SUS, articulando os demais
Articular e pactuar com o Sistema gestores na mesma direção;
Estadual de Educação, processos de formação
RESPONSABILIDADES NA
de acordo com as necessidades do SUS,
PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
cooperando com os demais gestores, para
processos na mesma direção; 7.1 - MUNICÍPIOS

Desenvolver ações e estruturas formais de Todo município deve:


educação técnica em saúde com capacidade de apoiar o processo de mobilização social e
execução descentralizada no âmbito do Distrito institucional em defesa do SUS;
Federal;
prover as condições materiais, técnicas e
Promover e articular junto às Escolas administrativas necessárias ao funcionamento
Técnicas de Saúde uma nova orientação para a do Conselho Municipal de Saúde, que deverá
formação de profissionais técnicos para o SUS, ser organizado em conformidade com a
diversificando os campos de aprendizagem; legislação vigente;
Apoiar e promover a aproximação dos organizar e prover as condições
movimentos de educação popular em saúde da necessárias à realização de Conferências
formação dos profissionais de saúde, em Municipais de Saúde;
consonância com as necessidades sociais em
saúde; estimular o processo de discussão e
controle social no espaço regional;
Incentivar, junto à rede de ensino, a
realização de ações educativas e de apoiar o processo de formação dos
conhecimento do SUS; conselheiros de saúde;

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promover ações de informação e 7.3 – DISTRITO FEDERAL
conhecimento acerca do SUS, junto à população Apoiar o processo de mobilização social e
em geral; institucional em defesa do SUS;
Apoiar os processos de educação popular Prover as condições materiais, técnicas e
em saúde, com vistas ao fortalecimento da administrativas necessárias ao funcionamento
participação social do SUS; do Conselho Estadual de Saúde, que deverá ser
organizado em conformidade com a legislação
A responsabilidade a seguir será atribuída
vigente;
de acordo com o pactuado e/ou com a
complexidade da rede de serviços localizada no Organizar e prover as condições
território municipal necessárias à realização de Conferências
Estaduais de Saúde;
Implementar ouvidoria municipal com
vistas ao fortalecimento da gestão estratégica do Estimular o processo de discussão e
SUS, conforme diretrizes nacionais. controle social no espaço regional;
7.2 – ESTADOS Apoiar o processo de formação dos
conselheiros de saúde;
Apoiar o processo de mobilização social e
institucional em defesa do SUS; Promover ações de informação e
conhecimento acerca do SUS, junto à população
Prover as condições materiais, técnicas e
em geral;
administrativas necessárias ao funcionamento
do Conselho Estadual de Saúde, que deverá ser Apoiar os processos de educação popular
organizado em conformidade com a legislação em saúde, com vistas ao fortalecimento da
vigente; participação social do SUS;
Organizar e prover as condições Implementar ouvidoria estadual, com
necessárias à realização de Conferências vistas ao fortalecimento da gestão estratégica do
Estaduais de Saúde; SUS, conforme diretrizes nacionais
Estimular o processo de discussão e 7.4–UNIÃO
controle social no espaço regional; Apoiar o processo de mobilização social e
institucional em defesa do SUS;
Apoiar o processo de formação dos
conselheiros de saúde; Prover as condições materiais, técnicas e
administrativas necessárias ao funcionamento
Promover ações de informação e
do Conselho Nacional de Saúde, que deverá ser
conhecimento acerca do SUS, junto à população
organizado em conformidade com a legislação
em geral;
vigente;
Apoiar os processos de educação popular
Organizar e prover as condições
em saúde, com vistas ao fortalecimento da
necessárias à realização de Conferências
participação social do SUS;
Nacionais de Saúde;
Implementar ouvidoria estadual, com
Apoiar o processo de formação dos
vistas ao fortalecimento da gestão estratégica do
conselheiros de saúde;
SUS, conforme diretrizes nacionais.

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Promover ações de informação e Nos Termos de Compromisso de Gestão
conhecimento acerca do SUS, junto à população Estadual e Municipal, podem ser acrescentadas
em geral; as metas municipais, regionais e estaduais,
conforme pactuação;
Apoiar os processos de educação popular
em saúde, com vistas ao fortalecimento da Anualmente, no mês de março, devem ser
participação social do SUS; revistas as metas, os objetivos e os indicadores
do Termo de Compromisso de Gestão.
Apoiar o fortalecimento dos movimentos
sociais, aproximando-os da organização das O Termo de Compromisso de Gestão
práticas da saúde e com as instâncias de controle substitui o atual processo de habilitação,
social da saúde; conforme detalhamento em portaria específica.
Formular e pactuar a política nacional de Fica extinto o processo de habilitação para
ouvidoria e implementar o componente estados e municípios, conforme estabelecido na
nacional, com vistas ao fortalecimento da gestão NOB SUS 01/– 96 e na NOAS SUS 2002.
estratégica do SUS.
Ficam mantidas, até a assinatura do Termo
V - IMPLANTAÇÃO E MONITORAMENTO de Compromisso de Gestão constante nas
DOS PACTOS PELA VIDA E DE GESTÃO Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde
2006, as mesmas prerrogativas e
A - PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO
responsabilidades dos municípios e estados que
Para a implantação destes Pactos ficam estão habilitados em Gestão Plena do Sistema,
acordados os seguintes pontos: conforme estabelecido na Norma Operacional
A implantação dos Pactos pela Vida e de Básica - NOB SUS 01/96 e na Norma
Gestão, enseja uma revisão normativa em várias Operacional da Assistência à Saúde - NOAS
áreas que serão regulamentadas em portarias SUS 2002.
específicas, pactuadas na CIT. B–PROCESSO DE MONITORAMENTO
Fica definido o Termo de Compromisso O processo de monitoramento dos Pactos
de Gestão, Federal, Estadual, do DF e deve seguir as seguintes diretrizes:
Municipal, como o documento de formalização
Ser um processo permanente, de cada ente
deste Pacto nas suas dimensões Pela Vida e de
com relação ao seu próprio âmbito, dos estados
Gestão.
com relação aos municípios do seu território,
O Termo de Compromisso de Gestão, a dos municípios com relação ao estado, dos
ser regulamentado em normatização específica, municípios e estado com relação à União e da
contém as metas e objetivos do Pacto pela Vida, união com relação aos estados, municípios e
referidas no item I deste documento; as Distrito Federal;
responsabilidades e atribuições de cada gestor,
Ser orientado pelos indicadores, objetivos,
constantes do item III e os indicadores de
metas e responsabilidades que compõem o
monitoramento.
respectivo Termo de Compromisso de Gestão;
Os Termos de Compromisso de Gestão
Estabelecer um processo de
devem ser aprovados nos respectivos Conselhos
monitoramento dos cronogramas pactuados nas
de Saúde.
situações onde o município, estado e DF não
tenham condições de assumir plenamente suas

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responsabilidades no momento da assinatura do das regiões de saúde devem ser constituídos
Termo de Compromisso de Gestão; Colegiados de Gestão Regionais.
Desenvolver ações de apoio para a A definição sobre o número de membros
qualificação do processo de gestão. de cada CIB deve considerar as diferentes
situações de cada estado, como número de
A operacionalização do processo de
municípios, número de regiões de saúde,
monitoramento deve ser objeto de
buscando a maior representatividade possível.
regulamentação específica em cada esfera de
governo, considerando as pactuações realizadas. As decisões da CIB e CIT serão tomadas
sempre por consenso.
VI - DIREÇÃO E ARTICULAÇÃO DO
SUS As conclusões das negociações pactuadas
na CIT e na CIB serão formalizadas em ato
A direção do SUS, em cada esfera de
próprio do gestor respectivo.
governo, é composta pelo órgão setorial do
poder executivo e pelo respectivo Conselho de As decisões das Comissões Intergestores
Saúde, nos termos das Leis Nº 8.080/90 e Nº que versarem sobre matéria da esfera de
8.142/1990. competência dos Conselhos de Saúde deverão
ser submetidas à apreciação do Conselho
O processo de articulação entre os
respectivo.
gestores, nos diferentes níveis do Sistema,
ocorre, preferencialmente, em dois colegiados
de negociação: a Comissão Intergestores
Tripartite - CIT e a Comissão Intergestores
Bipartite - CIB, que pactuarão sobre a
organização, direção e gestão da saúde.
A CIT é composta, paritariamente, por
representação do Ministério da Saúde, do
Conselho Nacional de Secretários de Saúde -
CONASS e do Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde –
CONASEMS, sendo um espaço tripartite para a
elaboração de propostas para a implantação e
operacionalização do SUS.
A CIB, composta igualmente de forma
paritária, é integrada por representação da
Secretaria Estadual de Saúde (SES) e do
Conselho Estadual de Secretários Municipais de
Saúde (COSEMS) ou órgão equivalente é a
instância privilegiada de negociação e decisão
quanto aos aspectos operacionais do SUS. Um
dos representantes dos municípios é,
necessariamente, o Secretário de Saúde da
Capital. Como parte do processo de constituição

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