Você está na página 1de 72

CONSÓRCIO

BCV
CAMARGO CORRÊIA

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

AVALIAÇÃO ERGONÔMICA

São Paulo, 13 fevereiro de 2008


Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

O
OBBJJE
ETTIIV
VOOS
S

Os objetivos deste estudo são:

♦ Obter dados sobre as condições de trabalho

♦ das atividades desenvolvidas no:

CONSÓRCIO BCV- CAMARGO CORRÊIA

e,

♦ com base na análise científica das informações assim obtidas,

♦ elaborar um parecer técnico conclusivo sobre as condições


ergonômicas de trabalho naquelas áreas e,

♦ emitir recomendações para a sua solução.

__________________________________________________________ _________________________________________________________
www.wesergonomia.com.br .-1- . wes@wesergonomia.com.br
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

ÍÍ N
NDD II C
CEE

1 Introdução e Conceito 03

2 Metodologia de Trabalho e Ferramentas Utilizadas 15

3 Avaliação Ergonômica 22

4 Área Administrativa – Relatório 22

5 Comentários sobre as Condições Ergonômicas Encontradas 36

6 Inadequações e Recomendações Gerais 42

7 Inadequações e Recomendações Específicas 47

8 Norma Regulamentadora – 17 63

9 Bibliografia 71

10 Avaliação Ergonômica – Áreas de Campo 72

11 Mapeamento Ergonômico Geral 73

12 Ferramentas da Quantificação Ergonômicas 77

13 Fichas de Avaliação Ergonômicas – Atividades de Campo 86

__________________________________________________________ _________________________________________________________
www.wesergonomia.com.br .-2- . wes@wesergonomia.com.br
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

II N
N TT R
ROOD
DUUÇ
ÇÃÃO
O E
E C
COON
NCCE
E II TT O
O

Na história do trabalho, a aplicação da Ergonomia é muito recente e somente se


pode falar de “ergonomia aplicada ao trabalho” a partir dos anos 50, com o projeto
da primeira cápsula espacial tripulada norte-americana.
Temos hoje o conceito moderno de que Ergonomia é um conjunto de ciências e
tecnologias que procura fazer um ajuste confortável e produtivo entre o ser
humano e o seu trabalho, procurando basicamente adaptar as condições de
trabalho às características do Homem.
Em Ergonomia, os atores do binômio conforto-produtividade andam juntos. Não é
possível se pensar somente no conforto sem se pensar na produtividade; da
mesma forma, não é possível se pensar só na produtividade se não se pensar no
conforto, pois caso contrário, este resultado de produtividade será transitório.
Estamos hoje em outra era: na era da polivalência, da organização celular de
produção, dos grupos semi-autônomos de trabalho; em grande parte das
empresas, porém, ainda perdura a organização taylorista-fordista e em outras,
reina o mais profundo empirismo administrativo. A Ergonomia é capaz de dar
sustentação positiva às formas modernas de se administrar à produção, mas
também, são capazes de ajudar as fábricas tayloristas-fordistas diminuir a
incidência dos problemas, principalmente das lesões por esforços repetitivos /
traumas cumulativos.
Nos últimos anos, temos assistido no mundo a um relato do aumento substancial
da incidência de uma doença chamada “tenossinovite” dos membros superiores.
Não se trata de uma doença “nova” já que em 1700, Bernardino Ramazzini, foi o
primeiro a correlacionar doenças com a ocupação das pessoas, estabelecendo a
relação entre instrumentos mal construídos, a necessidade de aplicação anormal
de força da mão e a alta incidência de sintomas.
Após 1950 diversos autores já relatavam a alta incidência de problemas
ortopédicos dos membros superiores, de tal forma que podemos dizer que a
“descoberta” atual do fenômeno das “tenossinovites ocupacionais” é na realidade
mais uma constatação contemporânea de um fenômeno antigo.
As LER/DORT, podem ser definidas como lesões musculares e/ou de tendões
e/ou de fáscias e/ou de nervos nos membros superiores ocasionadas pela
utilização biomecanicamente incorreta dos membros superiores.
Quando se fala em ergonomia, geralmente se pensa somente nos aspectos
biomecânicos envolvidos nas posições, movimentos e esforços do nosso corpo.

__________________________________________________________ _________________________________________________________
www.wesergonomia.com.br .-3- . wes@wesergonomia.com.br
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Na realidade, porém, esta ciência analisa também, a questão da iluminação, do


conforto térmico, do desgaste energético para a execução das tarefas, etc e
também para a leitura de documentos.
Neste último aspecto, a ergonomia recomenda que se sempre que se redige algo
manuscrito, mecanográfica ou eletronicamente, devemos nos lembrar de alguns
detalhes para que a leitura possa ser feita de forma a mais fácil e exata (sem
erros) possível. É o caso, por exemplo, da necessidade de se evitarem frases
excessivamente longas e erros de redação, da importância da observância das
regras de acentuação, de pontuação, etc.

Com o uso da informática, surgiu ou se destacou a importância de um outro detalhe, que nem sempre é observado pelas
ASSIM, POR EXEMPLO, A
pessoas: a questão da escolha do tipo e do tamanho das letras (font).

ESCRITA DE PALAVRAS E PRINCIPALMENTE FRASES COM


TODAS AS LETRAS MAIÚSCULAS REDUZ BASTANTE A
LEGIBILIDADE DA MENSAGEM. POR OUTRO LADO, OS TIPOS MENOS
FAMILIARES DE LETRAS RESULTAM EM MAIORES POSSIBILIDADES DE
ERROS DE LEITURA, PRINCIPALMENTE SE ELA FOR FEITA
RAPIDAMENTE. OS TIPOS DE LETRAS ESCOLHIDAS COM FINALIDADES
ESTÉTICAS SÃO PÉSSIMAS ESCOLHAS. A melhor opção é a escolha dos tipos de
letras de uso mais freqüentes.

A explicação para isto tudo é simples: com base no que é mais comum, inclusive
nos atos automáticos e mais simples da nossa vida diária, todos nós temos
gravado no nosso subconsciente uma série de padrões do que é mais freqüente,
do que é normal. Assim, por exemplo, as portas se abrem para dentro do
ambiente (a não ser que sejam as portas de saídas de emergência), para se
aumentar o volume de um aparelho de som se desliza o controle para a direita ou
se gira o botão em sentido horário, para se ascender à luz de um ambiente
devemos pressionar a parte superior do interruptor (ou se desloca para cima no
caso de interruptores de alavanca, e assim por diante).
Isto tudo também é ergonomia.
Apresentamos a seguir alguns conceitos básicos de ergonomia, necessários para
servir de substrato para uma melhor compreensão das justificativas abordadas
durante o desenvolvimento do trabalho.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


4.
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

A - FATORES BIOMECÂNICOS QUE DÃO ORIGEM A LERs/DORTs.

Os quatro fatores biomecânicos mais importantes na origem das lesões por


traumas cumulativos nos membros superiores (LER/DORT) são:

• força excessiva;
• posturas incorretas dos membros superiores;
• alta repetitividade de um mesmo padrão de movimentos;
• compressão mecânica das delicadas estruturas dos membros superiores.

As lesões por traumas cumulativos (LER/DORT) nos membros superiores são


decorrentes da interação inadequada destes quatro fatores principais:

1. FORÇA:- quanto mais força a tarefa exigir do trabalhador, tanto mais


propenso estará o mesmo a desenvolver as LER/DORT. A classificação
que adotamos (modificada a partir de Silverstein) para esforço físico
manual é:

• menor que 4 kg - pouca força;


• 4 a 6 kg - força moderada;
• mais de 6 kg - força excessiva.

2. POSTURAS INCORRETAS DOS MEMBROS SUPERIORES:- ocasionam


desde o impacto de estruturas duras contra estruturas moles (como no
caso do ombro), fadiga por contração muscular estática (como no caso do
pescoço) e até mesma compressão de nervos (como no caso do punho).
As nove posturas críticas dos membros superiores são:
• pescoço excessivamente estendido;
• pescoço excessivamente fletido;
• braços abduzidos;
• braços elevados acima do nível dos ombros;
• membros superiores suspensos por muito tempo;
• sustentação estática dos antebraços pelos braços,
• flexão exagerada do punho;
• extensão exagerada do punho e;
• desvios laterais da mão.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


5.
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

3. REPETITIVIDADE:- quanto maior o número de movimentos desenvolvidos


pelo trabalhador em sua atividade, tanto mais freqüente o mesmo virá a ter
as LER/DORT.
Considera-se como trabalho altamente repetitivo:

• quando o ciclo de trabalho é menor que 30 segundos ou


• quando, mesmo sendo maior que 30 segundos mais de 50% do ciclo é
ocupado com apenas um tipo de movimento.

4. COMPRESSÃO MECÂNICA:- especialmente importantes são as formas


de compressão mecânica da base das mãos, no local onde passa o nervo
mediano.
Podemos ver que, à medida que se aumenta a intensidade de um dos
fatores, a partir de determinado ponto crítico passará a ocorrer um aumento
gradativo da incidência das LER/DORT; se houver um segundo fator
presente, mesmo diante de um valor menor do primeiro, já poderá aparecer
as LER/DORTs; se houver um terceiro fator, mais fácil será a ocorrência e
assim por diante.
Desta forma, entendemos bem porque alguma profissão (como o operador
de martelete pneumático) tem LER/DORT com grande facilidade, pois estão
presentes: a força, a repetitividade, a postura viciosa do carpo, a
compressão mecânica, a vibração e em alguns casos também o frio; desta
forma, também compreendemos a menor incidência entre digitadores
envolvidos na entrada de dados em computador, onde geralmente estão
presentes apenas a repetitividade e a postura viciosa do carpo (punho);
assim, um digitador que normalmente não tem uma repetitividade excessiva
em sua função poderá vir a ter LER/DORT em épocas de pico de produção
(em que se fazem muitas horas extras), se o seu posto de trabalho for
inadequado, por exemplo, local muito alto para colocar o teclado do
computador, ou se estiver trabalhando com um computador de teclado
excessivamente duro.
Também fica fácil compreender agora porque muitos trabalhadores (e
especialmente trabalhadoras), afastados de suas atividades profissionais
por tenossinovites, não têm uma melhora do quadro, porque muitas outras
atividades por elas desenvolvidas, inclusive em casa, têm um ou mais
destes fatores (lavar roupa, limpar móveis, encerar o chão, etc).

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


6.
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

B - FATORES CONTRIBUTIVOS:- eles ajudam no agravamento e na


complicação do quadro de LER/DORT, desde que haja algum dos fatores
biomecânicos básicos.
Os fatores contributivos devem ser entendidos desta forma: na ausência dos
quatro fatores biomecânicos principais (força excessiva, posturas
inadequadas, repetitividade ou compressão mecânica), a simples existência
dos fatores contributivos, NÃO será suficiente para gerar uma lesão;
entretanto, na existência deles (dos fatores principais), os fatores contributivos
tornarão os quadros mais graves.
Os fatores contributivos são:

1 - TENSÃO EXCESSIVA:- este fator costuma estar sempre presente em


situações de alta incidência de LER/DORT; ela pode estar associada ao
sistema de trabalho, mas também pode ser decorrente de um
relacionamento tenso ou mesmo agressivo entre trabalhador e seus
níveis de chefia.

2 - FRIO:- ocasiona uma vaso-constrição na periferia do corpo, dificultando


os processos de reparação dos tecidos (músculos, tendões).

3 - VIBRAÇÃO:- especialmente deletérias são as formas de vibração que


ocorrem em baixa freqüência. Este fator pode ser dimensionado de forma
indireta, quantificando- se a força necessária para suportar ou sustentar a
vibração a que estão expostas, as estruturas ou segmentos corpóreos em
estudo.

4 - GÊNERO:- as mulheres são 2 a 3 vezes mais predispostas a estas


lesões, por 3 motivos básicos:

a - menor resistência das estruturas;


b - inter-relação com hormônios, especialmente estrógenos, que
acumulam líquidos nos tecidos e dificultam a reparação da
inflamação;
c - cargas extras de trabalho proveniente das atividades domésticas,
muitas delas com alto potencial deletério para os membros
superiores.

5 - TRABALHAR EM POSTURA TENSA:- especialmente importante neste


sentido é trabalhar sentado com a coluna ereta, sem possibilidade de
adquirir uma postura mais confortável.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


7.
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

6 - DESPRAZER:- pessoas que gostam de sua atividade e de seu ambiente


social e de trabalho, pessoas com melhor adaptação geral à vida, em
geral possuem um limiar de dor muito elevado e sentem menos os
sintomas de qualquer lesão.

C - CONCEITO DE ÁREAS DE ALCANCE.


É recomendável que todos os componentes e objetos que são utilizados
freqüentemente, estejam posicionados dentro da área de alcance normal; já
os objetos utilizados eventualmente deverão estar dentro do alcance máximo
e, portanto, nenhum componente, equipamento ou objeto utilizado deverá
estar além da área de alcance máximo.

9 Considera-se área de alcance máximo o raio de ação formado pelos braços


estendidos à frente do operador e com o tronco na posição ereta; no caso
da posição sentada o tronco deve estar num ângulo de 90° com as coxas.

m
a

Figura 001

Arco a: Área de alcance normal, trabalhos rotineiros.


Arco b: Área de alcance máximo, objetos de uso eventual.

9 Área de alcance normal constitui-se da mesma situação anterior, porém


com os braços em flexão.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


8.
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

D - CONCEITO DE CONTRAÇÕES ISOTÔNICAS (OU DINÂMICAS) E


CONTRAÇÕES ISOMÉTRICAS (OU ESTÁTICAS).
O músculo humano se nutre principalmente no período de relaxamento. Isto é
devido ao fato de que, com o esforço muscular, a pressão interna do músculo
ultrapassa o valor da pressão arterial do sangue, ocorrendo uma obstrução
dos vasos sanguíneos que nutrem os músculos.
Durante uma contração muscular dinâmica, o músculo se contrai, se encurta,
deixando momentaneamente de receber sangue, mas no instante seguinte se
relaxa, se alonga e recebe o afluxo de sangue. No entanto, caso exista a
chamada contração isométrica ou estática, o músculo irá se contrair e
permanecerá contraído, deixando de receber seu aporte sanguíneo enquanto
perdurar aquela contração: os processos metabólicos que deveriam passar
por via aeróbica passam a ocorrer por via anaeróbica, com a produção e
acúmulo de ácido lático, que irrita as terminações nervosas do músculo
ocasionando dor.
O esforço é predominantemente dinâmico quando um músculo está
executando uma contração de intensidade menor que 50% de sua força
máxima; é misto (estático e dinâmico) quando a contração for maior que 50 %
da força máxima e à medida que se aproxima de 100% da força máxima, o
esforço se torna apenas estático.

E - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS DA MÁQUINA HUMANA SOB O


PONTO DE VISTA BIOMECÂNICO.

• Postura de trabalho ideal: aquela em que haja flexibilidade postural;


• Postura adequada: andando e alternando, sentado e de pé;
• Posturas ruins: de pé parado e sentado por tempo prolongado;
• Para posturas excepcionais, exigem-se pausas de recuperação;
• Bem adaptado para movimentos de alta velocidade, de grande amplitude,
porém somente contra pequena resistência;
• Tolera bem esforços musculares dinâmicos;
• Tolera mal a esforços musculares estáticos;
• Adapta-se bem às situações em que os objetos de trabalho estão mais
próximos do tronco.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


9.
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

F - TRABALHO EM POSIÇÃO SENTADA E INTERAÇÃO COM


MICROCOMPUTADORES.

Para as pessoas menos avisadas, trabalhar na posição sentada poderia significar


o ideal da pouca exigência das condições de trabalho sobre o organismo.
Entretanto, analisando a sintomatologia das pessoas que trabalham nesta postura,
verificamos que as coisas não se passam bem assim. As evidências
demonstradas por Nachenson em 1971, de que na posição sentada à pressão nos
discos intervertebrais é bem maior do que na posição de pé, veio apenas
confirmar aquilo que já era bem conhecido dos ortopedistas e reumatologistas:
trabalhar sentado pode originar uma série de dores e complicações. Temos então
caracterizada uma contradição: a posição ideal sob o ponto de vista de dispêndio
energético é ocasionadora de distúrbios músculo-ligamentares.
Outro aspecto complementar é que o hábito de trabalhar sentado contribui para o
sedentarismo com todas aquelas conseqüências que a cada dia se reforçam como
extremamente prejudiciais para a nossa qualidade de vida futura.
Como então superar esta contradição? A resposta é: sentando-se de forma
correta em cadeiras ergonomicamente bem projetadas, numa relação cadeira-
mesa-acessório também adequada. Este é um dos problemas, pois
tradicionalmente não se pensa no conforto ao se projetar uma cadeira para o
posto de trabalho: a prioridade costuma ser o simbolismo, o status representado
pelo “padrão” da cadeira, cujo exemplo maior é a figura do trono para o rei. Um
critério muito comum em nossas empresas é: supervisores têm “direito” às
cadeiras de poliuretano; a média gerência às cadeiras estofadas; a alta gerência
àquelas com braços; as cadeiras da diretoria dispõe de encosto para a cabeça.
Sendo este o critério usual para a escolha, não é de se estranhar ver muitos altos
executivos que, embora mantendo sua cadeira de status, procuram sentar-se em
cadeiras muito mais simples.
A generalização do uso de computadores e micros em escritório trouxe outro
desafio: como acertar o posto de trabalho para estas circunstâncias? Nesses
casos, os dois maiores problemas são os reflexos na tela do terminal de vídeo e
os desajustes posturais.

G - ALTERAÇÕES NA PRESSÃO DOS DISCOS INTERVERTEBRAIS

A primeira e mais importante alteração é que ocorre um súbito e importante


aumento (de cerca de 50%) da pressão dos discos intervertebrais da coluna
lombar. Vale a pena lembrar que os discos intervertebrais são estruturas,
praticamente desprovidas de nutrição por artérias e que um aumento em sua
pressão interna tem como conseqüência uma redução da sua nutrição o que, com
o passar dos anos, predispõe à degeneração daquelas estruturas.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


10 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Figura 01
pressão no disco intervertebral L5 / S1 de acordo com a posição

Este aumento de pressão quando se está sentado é decorrente da eliminação


total do amortecimento das pressões que os arcos dos pés e os tecidos moles dos
membros inferiores exercem quando se está em pé.
Estando sentando, a inclinação do tronco para frente acarreta uma tendência de
queda de todo o corpo devido à ação da gravidade; para equilibrar este esforço e
manter o tronco na posição ereta, os músculos para-vertebrais (que estão
firmemente fixados nos corpos vertebrais) entram em contratação, o que resulta
no aumento da pressão nos discos lombares.
Nesta situação, para reduzir a chance de fadiga, o indivíduo tenderá a apoiar os
cotovelos sobre a mesa, reduzindo a carga muscular no dorso; este procedimento,
no entanto, pode resultar em compressão do nervo ulnar que passa bem
superficialmente, logo abaixo da pele na região póstero-medial dos cotovelos.
Outro aspecto importante da pressão aumentada no disco é que ela ocorre de
forma assimétrica: todas as vezes que o tronco se inclina para frente, a parte
posterior da coluna – que é o seu ponto crítico – se apresenta sob tensão,
forçando o núcleo pulposo para trás e favorecendo a patologia discal.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


11 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Figura 02

** A pressão na parte anterior provoca tensão na parte posterior, podendo


romper após algum tempo os anéis fibrosos, ocasionando hérnia de disco.

H- OS MÚSCULOS DO DORSO

Os estudos a respeito dos músculos do dorso na posição sentada são realizados


com a utilização da eletromiografia de superfície. Pode-se assim evidenciar que,
quando existe certo grau de arqueamento do dorso – uma discreta cifose torácica
– praticamente não há qualquer atividade muscular pois as resultantes das
curvaturas da coluna tendem a zero. No entanto, deve-se lembrar, que nesta
posição a pressão nos discos já se apresenta assimétrica, favorecendo a patologia
discal.
Por outro lado, a postura ereta, também denominada “postura militar” , tão
recomendada a crianças pelos pais e educadores, apesar de implicar numa
pressão discal menor do que na posição sentada, envolve uma atividade muscular
numa tensão prolongada, com possibilita de fadiga precoce. Não é sem razão
que poucas pessoas suportam ficar por muito tempo nesta postura se não for
possível apoiar o tronco.
Na procura do melhor ângulo, que pudesse conciliar a menor pressão possível nos
discos com a mais baixa atividade eletromiográfica, Anderson e colaboradores
pesquisaram pessoas normais em que foi instalado um medidor de pressão no

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


12 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

disco intervertebral da região lombar e um eletromiógrafo multicanal para


monitorar a contração muscular para-vertebral; chegaram à conclusão de que o
ângulo de 100 a 110 graus entre o tronco e as coxas é o que melhor atende às
duas exigências. Ângulos maiores de 110 graus também são favoráveis, mas
comumente são incompatíveis com uma postura própria de trabalho em condições
normais.

figura 03
correlação do ângulo tronco / coxas e a pressão no disco intervertebral L5 / S1

I - GINÁSTICA LABORAL COMO FERRAMENTA DE PREVENÇÃO DE


OCORRÊNCIA DE DOENÇAS OSTEOMUSCULOLIGAMENTARES

A – Conceito

A ginástica laboral, nada mais é do que a combinação de algumas atividades


físicas que tem como característica comum, melhorar, sob o aspecto fisiológico, a
condição física do indivíduo em seu trabalho. Assim, a ginástica laboral é
constituída de atividades físicas que são elaboradas e adequadas especificamente
às exigências físicas laborais sobre as varias estruturas
osteomusculoligamentares dos trabalhadores.
Sejam estas exigências físicas laborais discretas ou grosseiras, o corpo sofre
problemas por ser utilizado de forma inadequada, exposto às situações de
estresse ou simplesmente por falta de uso (sedentarismo), estando assim sujeito
às lesões que podem até mesmo apresentar quadros de patologias irreversíveis.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


13 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

B – Objetivo

A ginástica laboral tem como principal objetivo, prevenir o aparecimento de lesões


músculo esqueléticas e/ou ligamentares devido a situações de stress.
Basicamente a ginástica laboral consiste em aulas/exercícios de aquecimento
músculo-esquelético, alongamento, resistência muscular localizada e
fortalecimento, que muitas vezes vem ao encontro da reeducação postural e
refinamento da coordenação motora.

Apresenta 02 níveis principais de atuação:

1. Aquecimento
Prepara o organismo para o trabalho físico e melhora o nível de concentração:
∗ Eleva a temperatura corporal
∗ Aumenta o aporte de oxigênio nos tecidos

2. Distensionamento
A principal finalidade é de distensionar e compensar todo e qualquer tipo de
tensão muscular adquirido pelo uso excessivo ou inadequado, das estruturas
músculoligamentares. O distensionamento é indicado para ser executado durante
a jornada de trabalho, em micro pausas de no máximo meio minuto, nos
momentos de stress físico e/ou mental causados pela atividade executada.

C –Reflexo da atividade física no ambiente de trabalho:

Produtividade - aumento de 02 a 05 %

Acidentes - redução de 20 a 25 %

Turnover - redução da 10 a 15 %

Faltas ao serviço - redução de 15 a 10 %


Fonte : Ministério da Saúde

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


14 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

M
MEETTO
ODDO
OLLO
OGGIIA
AEE FFE
ERRR
RAAM
MEEN
NTTA
ASSD
DEE TTR
RAAB
BAALLH
HOO

A - AVALIAÇÃO INDIVIDUALIZADA DOS POSTOS E SEUS USUARIOS

Observação prévia de todas as tarefas, com identificação dos movimentos e


esforços exigidos, equipamentos e materiais envolvidos e posturas adotadas.
Colheita de dados com os funcionários nos seus postos de trabalho, para registro
das principais dificuldades de cada tarefa e queixas mais freqüentes.

B - ANÁLISE DESCRITIVA

1- Feita a observação primária de todo o bloco ou área, passou-se à filmagem


de cada um dos mesmos postos, na mesma seqüência em fitas de vídeo
para permitir a observação posterior repetida das imagens para perceber
detalhes em velocidade normal ou em slow motion, medições de tempos,
avaliação de seqüências e de ciclos de operações se este for o caso;
2- As imagens relevantes foram documentadas também em fotografias digitais;

C - CHECK LISTS

1- CONDIÇÕES BIOMECÂNICAS DO POSTO DE TRABALHO


Utilizando-nos desta ferramenta de avaliação, traçamos um perfil geral das
condições em que a atividade é exercida naquele posto de trabalho.
O resultado da somatória dos pontos desta avaliação é interpretado segundo
as seguintes faixas:

• 11 a 14 Condições biomecânicas péssimas


• 07 a 10 Ruins
• 05 a 06 Razoáveis
• 02 a 04 Boas
Condições biomecânicas
• 00 a 01
excelentes

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


15 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

2- RISCO DE OCORRÊNCIA DE LER/DORT

Trata-se de um roteiro objetivo onde, através de um questionário aplicado


pelos consultores, consegue-se uma avaliação global de todo o posto de
trabalho, possibilitando a quantificação do risco do aparecimento de
tenossinovite.
Além, da análise global do posto, este método oferece uma visão clara e
individualizada dos fatores mais críticos e de como eles contribuem para o
risco do aparecimento das tenossinovites.

3- RISCO DE OCORRÊNCIA DE LER/DORT


Trata-se de um roteiro objetivo onde, através de um questionário aplicado
pelos consultores, consegue-se uma avaliação global de todo o posto de
trabalho, possibilitando a quantificação do risco do aparecimento de
tenossinovite.

Além, da análise global do posto, este método oferece uma visão clara e
individualizada dos fatores mais críticos e de como eles contribuem para o
risco do aparecimento das tenossinovites.
Dentro deste check list, são analisados os seguintes itens sobrecarga física:

• sobrecarga física;
• força com as mãos;
• postura;
• posto de trabalho;
• repetitividade;ferramentas de trabalho.

COR VERDE COR AMARELA COR VERMELHA COR ROXA

Condições Condições
Boas condições Condições
ergonômicas ergonômicas
ergonômicas ergonômicas ruins
razoáveis péssimas

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


16 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Para classificar as condições ergonômicas apresentadas será utilizado o seguinte


critério:

• <11 altíssimo risco de LER / DORT


• 11 a 14 Alto
• 15 a 18 risco moderado
• 19 a 22 baixo risco
• > 22 baixíssimo risco de gerar LERs/DORTs

4- RISCO DE OCORRÊNCIA DE LOMBALGIAS

Pelas peculiaridades das atividades observadas, incluímos neste estudo um


check-list específico para avaliar o risco de ocorrências de hérnias de disco,
entorses lombares e patologias agudas afins.

De forma semelhante à ferramenta anterior, os resultados deste check-list


são assim interpretados:

• 0 a 03 altíssimo risco de gerar lombalgia


• 04 a 05 alto risco
• 06 a 07 risco moderado
• 08 a 10 baixo risco
• 11 a 13 Baixíssimo risco de gerar lombalgia

D - CRITÉRIO QUANTITATIVO DE MOORE-GARG

Para avaliar uma situação de trabalho e classificá-la, quanto ao risco de


LER/DORT podemos utilizar algumas ferramentas quantitativas que nos
fornecem de forma prática um dimensionamento do potencial desta situação
de originar o aparecimento de casos.
Um destes métodos utilizados é o Critério Quantitativo de Moore e Garg –
1.995 – EUA que, através da somatória da pontuação de seis fatores,
consegue resultar num índice de sobrecarga para os membros superiores.
Este critério é obtido através da seguinte fórmula:

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


17 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

índice de sobrecarga para os membros superiores


ISMS = FIT + FDE + FFE + FPMP + FRT + FDT

Onde:

FIT = Fator Intensidade do Esforço


FDE = Fator Duração do Esforço
FFE = Fator Freqüência do Esforço
FPMP = Fator de Postura da Mão e do Punho
FRT = Fator Ritmo do Trabalho
FDT = Fator Duração do Trabalho

Completada a avaliação das condições em que os trabalhos são executados,


é feita a pontuação de cada item e aplicada à fórmula; o resultado final é
assim interpretado:

• < 3,00 baixo risco de sobrecarga sobre os membros superiores

• 03 a 7,00 risco duvidoso

risco de sobrecarga sobre os membros


• > 7,00
superiores

IMPORTANTE: na prática não dividimos os resultados em três faixas e sim


em duas: abaixo de 7,00 sem sobrecarga e acima de 7,00
com sobrecarga sobre os membros superiores

E - MODELO BIOMECÂNICO TRIDIMENCIONAL DA UNIVERSIDADE DE


MICHIGAN (E.U.A.).

Permite avaliações onde haja manuseio de cargas com flexão / extensão /


rotação do tronco e movimentos de empurrar / puxar cargas, levantar /
abaixar, em pé ou sentado, demonstrando o impacto (força) na coluna lombar
e nas articulações envolvidas (ombros, cotovelos, punhos, joelhos, etc).
Baseado em modelos matemáticos, formulados por aquele centro de
pesquisas em Ergonomia e fundamentados em estudos estatísticos. Este
recurso informatizado fornece automaticamente o grau de risco de distúrbios
naquelas articulações a que a população está sujeita quando se submete às

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


18 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

condições de esforço informadas nas posições assumidas segundo as


observações fotográficas feitas na atividade em análise.

Segundo esta ferramenta de avaliação:

‰
‰
‰ tarefas que podem ser realizadas com segurança por mais de 90% da
população geral são consideradas adequadas; estes parâmetros podem
também ser considerado isoladamente para cada articulação avaliada;
‰
‰
‰ tarefas realizadas com segurança por somente 80 a 90% da população
são consideradas preocupantes, ou seja, são situações não críticas, mas
que deverão ser analisadas do ponto de vista ergonômico, para a
avaliação da existência de outros fatores biomecânicos causadores de
lesões por esforços repetitivos;
‰
‰
‰ as tarefas que são realizáveis com segurança por menos de 80% da
população são consideradas críticas e, portanto, capazes de originar
L.E.R.; estes parâmetros poderão também, ser considerado isoladamente
para cada articulação avaliada;
‰
‰
‰ quanto menor a porcentagem da população capaz de realizar a tarefa,
mais crítica ela deverá ser considerada;
‰
‰
‰ tarefas que causam pressão no disco intervertebral L5/S1 superiores a
3.400 N deverão ser consideradas críticas e com magnitude capaz de
causar lesões naquela estrutura;tarefas que causam pressões no disco
intervertebral L5/S1 superiores a 6.600 N devem ser consideradas como
de risco iminente de ruptura daquele disco; trata-se de uma situação
insustentável, devendo ser tomadas atitudes imediatas de correção.

Prevalência de ocorrência de
Pressão no disco lombar
distúrbios Risco L5/S1
osteomusculoligamentares
Até 5% Baixíssimo Até 2000 N
6 a 15 % Baixo 2001 a 3400 N
16 a 50 % Moderado 3401 a 3800 N
51 a 80 % Alto 3801 a 4500 N
81 a 90 % Altíssimo 4501 a 6499 N
Acima de 90 % Iminente Acima de 6500 N

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


19 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

F - O CHECK-LIST DE SUZANNE RODGERS

Esta autora, um dos maiores expoentes da Ergonomia nos Estados Unidos, vem
orientando as empresas para a verificação de risco biomecânico em geral com a
aplicação de um check-list que considera cada uma das grandes partes de nosso
sistema musculoesquelético, e no qual são observados o nível de esforço, o
tempo de esforço e a freqüência dos esforços.
Este Critério foi revisado em 2001 pelo Prof Thomas E. Bernard, que dividiu os
segmentos corpóreos em lado direito e esquerdo e tabelas com combinação
numérica que passam a estabelecer o risco de sobrecarga em 4 graduações.

• Classificação do Nível de Esforço – utiliza-se uma tabela para classificar o


esforço de acordo com o posicionamento e ou condição envolvida.

• Tempo de Esforço Contínuo - É o período de tempo em que uma parte do


corpo permanece ativa antes de descansar, não correspondendo à quantidade
de unidades que são recrutadas ou quantas tarefas são concluídas; mede-se o
tempo total do esforço.

• Freqüência de esforço – quantidade de esforços realizados durante 1 minuto


de atividade.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


20 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

A
AVVA
ALLIIA
AÇÇÃ
ÃOOE
ERRG
GOON
NÔÔM
MIIC
CAA

CONSÓRCIO BCV- CAMARGO CORRÊIA

A estruturação da análise ergonômica e do relatório gerencial foi realizada para


atender as especificidades das várias áreas que compõe o consórcio BCV-
Camargo Correia. Para as áreas administrativas, devido à similaridade das tarefas
executadas será apresentado o descritivo geral, onde são destacadas as
características organizacionais e ergonômicas, bem como, as inadequações e as
recomendações presentes.
Especificamente para as atividades produtivas, será utilizada a planilha de análise
de condição de trabalho, para avaliar as características pertinentes,
especificidade, inadequações e as recomendações cabíveis para cada situação
encontrada.

Á
ÁRRE
EAAA
ADDM
MIIN
NIIS
STTR
RAATTIIV
VAA –– R
REELLA
ATTÓ
ÓRRIIO
OG ER
GE RA
ALL

I. C
CAAR
RAAC
CTTE
ERRIIZZA
AÇÇÃ
ÃOO
Os funcionários administrativos do Consórcio BCV - Camargo Correia prestam
serviços para o programa de modernização da Refinaria Henrique Lage- REVAP
localizada na cidade de São José dos Campos. Todos possuem jornada de
trabalho, que inicia na segunda e finaliza na sexta-feira, nos períodos
compreendidos:

Das 7h30min às 17h15min, para a segunda, terça, quarta e quinta feira.


Das 7h30mim às 16h30mim, para a sexta feira.

Estruturalmente a área administrativa do Consórcio BCV - Camargo Correia –


ocupa dois prédios localizados logo após a entrada da refinaria, fisicamente cada
prédio subdividiu-se em dois blocos que contem salas individuais, ocupadas pelas
gerencias ou atividades que requerem privacidade, e áreas de ocupação coletiva.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


21 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Segue quadro demonstrativo e fotos das áreas correspondentes:

Prédio 01 Prédio 02 Bloco

Recepção Treinamento e integração 01


Financeiro Gestão do QSMSRS 01

Supervisão Administrativa 01
Qualidade e segurança
Financeira
Secretariado Documentação 01

Suprimentos Arquivo de documentação Técnica 01

Comercial Responsabilidade Social 01


Arquivo técnico Recursos Humanos 02

Projetos Supervisores administrativos 02

Planejamento Tecnologia da informação 02


Tecnologia da informação Almoxarifado 1 e 2 02
- Diretoria 02
- Zeladoria e Copa 02
- Sala de treinamento 02
Quadro 01

Prédio 01

Recepção Financeiro

Foto 01 Foto 02

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


22 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Supervisão Administrativa Financeira Secretariado

Foto 03 Foto 04

Área de suprimentos Área Comercial

Foto 05 Foto 06

Arquivo Técnico Projetos

Foto 07 Foto 08

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


23 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Planejamento Tecnologia da Informação 01

Foto 09 Foto 10

Prédio 02

Sala Diretoria Sala Diretoria

Foto 11 Foto 12

Sala de Reunião Diretoria Sala de Treinamento

Foto 13 Foto 14

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


24 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Treinamento e Integração QSMSRS

Foto 15 Foto 16

Documentação Técnica Responsabilidade Social

Foto 17 Foto 18

Recursos Humanos Supervisão Administrativa

Foto 19 Foto 20

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


25 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Tecnologia da Informação (TI) 02 Almoxarifado da TI

Foto 21 Foto 22

Zeladoria/Lavanderia Copa

Foto 23 Foto 24

Almoxarifado de EPI(s) Sala de Depósito Manutenção

Foto 25 Foto 26

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


26 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Quanto ao quadro de pessoal, temos 103 funcionários que compõe a área


administrativa da empresa e podem realizar funções tipicamente administrativas
ou mistas(administrativas associada à função especifica e ou frentes de obras),
como demonstrado no quadro a seguir:

Função
FUNÇÃO Administrativo Função mista N°
(escritório)
Administrador X ------ 01

Almoxarife x Adm+Frente de obras 02

Analista de TI X ------ 01

Assistente administrativo I,II X ------ 03

Assistente social X ------ 01

Assistente técnico I,II,III X ------ 09


Auxiliar administrativo X ------ 05
Auxiliar técnico I,II,III. X ------ 09

Comprador I,II,III X ------ 10

Contador X ------ 01

Coordenador Administrativo X -------- 01

Coordenador Adm. Financeiro X ------ 01

Coordenador Comercial X ------ 01

Coordenador Técnico X -------- 01

Copeira X ------ 01
Desenhista Projetista I,II,II x ------ 12
Diretor x ------- 02

Encarregado Adm. I,II,III x -------- 04

Encarregado Comercial x -------- 01

Enfermeira do trabalho x ADM+ especifica 01

Medico do Trabalho x ADM+ especifica 02

Nutricionista x x 01

Ouvidor x x 01

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


27 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Psicólogo x x 01

Recepcionista x ----- 01

Secretária x ------ 01

Supervisor Administrativo x ----- 01

Supervisor Comercial x ------ 01

Supervisor de almoxarifado x ------ 01

Supervisor de documentação x ------ 01

Supervisor Técnico x ------ 01

Téc. de enfermagem do trabalho x ------ 04


x ADM+ especifica+
Técnico de medição e custo 02
frente de obra
x ADM+ especifica+
Técnico de meio ambiente 05
frente de obra
x ADM+ especifica+
Téc. de segurança do trabalho 05
frente de obra
Zelador x ------- 08
Quadro 02

Conceitualmente, as tarefas administrativas; são aquelas em que há o


predomínio de utilização das capacidades cognitivas, de maneira geral,
caracteriza-se por interação com microcomputador, leitura e escrita, contatos
telefônicos, etc.Hoje, o fator mais importante para as funções administrativas são
as especificidades das atividades. A postura depende de duas situações
fundamentais, tais como: o individuo e o mobiliário disponível.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


28 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

IIII.. E
ESSP
PEEC
CIIFFIIC
CIID
DAAD
DEES
SDDA
ASS FFU
UNNÇ
ÇÕÕE
ESSA
ADDM
MIIN
NIIS
STTR
RAATTIIV
VAAS
S

Diretor: Identificar as necessidades das gerencias, disponibilizar os recursos


necessários e coordenar o desenvolvimento e implantação de soluções,
garantindo seus resultados. Coordenar esforços para garantir a unicidade e
nível adequado de controle do Consórcio. Coordenar esforços para buscar o
estado da arte nas funções da diretoria e disseminar seu conhecimento para
equipe de consórcio. Estabelecer diretrizes e monitorar resultados.
Coordenar os esforços para o atendimento às diretrizes do SIGO, aos
requisitos legais, contratuais, normativos, de custo e prazo. Zelar pela
imagem do Consórcio e do Cliente.

Supervisor Administrativo: Planejar e coordenar algumas ou todas as


áreas que compõem a estrutura administrativa da obra, objetivando o
suprimento dos recursos materiais e humanos, quantitativa e
qualitativamente em condições de contribuir para a otimização dos resultados
do empreendimento: Contabilidade, Pessoal, Comunitária, Vigilância,
Suprimentos, Transporte, Serviço Médico, Treinamento, Secretaria,
Segurança do Trabalho, Recrutamento e Seleção, Gestão do Custo Indireto
e outras rotinas relacionadas.

Supervisor Comercial: Planejar e coordenar as atividades de apropriação e


medição da obra, envolvendo medições com sub-empreiteiro, medições
contratuais, apropriação dos insumos, tomada de preços para contratação de
sub-empreiteiros e análise das propostas. Preparar a contratação de sub-
empreiteiros, verificando os aspectos de viabilidade econômica e técnica,
preparando carta de intenção para elaboração de contrato ou aditivos
contratuais e assessoramento a gerência da obra na escolha da melhor
proposta. Analisar reivindicações apresentadas por sub-empreiteiro,
verificando sua procedência, emitindo parecer e encaminhando para
apreciação e decisão superior. Coordenar e orientar a valorização dos
serviços executados. Efetuar em conjunto com a contratante, a medição
financeira de serviços realizados. Preparar os elementos para a discussão do
desempenho econômico da obra. Preparar o orçamento anual da obra.

Supervisor Técnico: Supervisionar e controlar as inspeções realizadas em


campo pelos técnicos de segurança do trabalho, verificando e questionando
os desvios comportamentais dos colaboradores. Verificando os serviços de
sinalização de trânsito, visando auxiliar na organização do sistema viário.
Manter os extintores de incêndio, procedendo à carga, limpeza, manuseio,
transferência, etc., visando aumentar a vida útil dos mesmos. Elaborar
mensalmente planilhas com os dados estatísticos, elaborar e atualizar os
procedimentos sistêmicos de segurança, conforme a política prevencionista
do Empreendimento e/ou:supervisionar atividades de controle e
acompanhamento da documentação da obra, consulta e atualiza o sistema ,

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


29 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

estuda a retirada de documentos obsoletos de circulação e serviços de


elaboração de arquivos.
Supervisor de Almoxarifado: Supervisiona e coordena os serviços de
almoxarifado, determinando os locais onde estes deverão ser depositados e
a sua forma de empilhamento. Determina a separação dos grupos de
materiais, no depósito, separando os produtos perigosos e inflamáveis dos
demais. Lança no sistema informatizado de acompanhamento de campo os
produtos recebidos e expedido.
Supervisor de Documentação: Supervisiona atividades de controle e
acompanhamento da documentação da obra, consulta e atualiza o sistema ,
estuda a retirada de documentos obsoletos de circulação e serviços de
elaboração de arquivos.

Assistente Administrativo:

Administrar e apoiar os controles de transportes, refeitórios, alojamento,


repúblicas e conservação de canteiros.

Executar serviços burocráticos nas diversas áreas da Empresa (Pessoal,


Contabilidade, Suprimentos, etc.), digitando ou datilografando
documentações afins, efetuando cálculos de pouca complexidade. Separar
e classificar documentos e correspondência, transcrição de dados,
lançamentos, prestação de informações. Organizar arquivos ou fichários de
acordo com a necessidade (nível I).

Assistir ao superior imediato nas atividades burocráticas relativas à


administração de pessoal, contabilidade, finanças e recursos humanos da
obra. Participar da elaboração de projetos ou planos de organização dos
serviços administrativos, compondo fluxogramas, organogramas e demais
esquemas, a fim de atingir uma maior produtividade e eficiência nos
serviços. Orientar a obra na aplicação de normas gerais, baseando-se em
leis e decretos governamentais, visando uma administração uniforme para
todo o serviço. Elaborar, juntamente com o superior imediato, a
programação semanal dos serviços a serem executados, acertando
prazos, afim de que sejam cumpridas as metas estabelecidas (nível II).

Auxiliar Administrativo: Auxilia o assistente administrativo nos serviços de


administração dos controles de transportes, refeitórios, alojamento,
repúblicas, conservação de canteiros, controle de despesas, pagamentos,
serviços bancários e outros.

Assistente Técnico: Revisar e elaborar, mensalmente, o planejamento e o


cronograma obra, relativo a materiais, equipamentos e mão-de-obra.
Acompanhar a evolução da produção e volumes produzidos, materiais
consumidos, para fins de medição física. Calcular quantidades de materiais

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


30 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

necessários, de acordo com os projetos; efetuar cotação de preço de


materiais diversos. Controlar a quantidade de serviços executados para fins
de obtenção de atestado de execução. Efetuar conferência dos serviços por
administração com representante da contratante, relacionando eventuais
glosas nas medições corrigidas para discussão da procedência e inclusão
nas medidas seguintes. Controlar a entrada e saída de equipamentos
próprios, fechamento mensal da posição desses equipamentos e a
conservação dos equipamentos locados, providenciando a manutenção ou
substituição. Detalhar elementos modificados do projeto, segundo orientação,
esboçando as alterações, providenciando aprovação do superior imediato.

Auxiliar Técnico: Executar atividades de apoio, envolvendo: efetuar o


controle e acompanhamento da produção, anotando tempo gasto, volumes
produzidos, materiais consumidos, etc. Calcular quantidades de materiais
necessários, de acordo com os projetos (forma, armação, concreta). Auxiliar
nos serviços de elaboração de propostas para participação em
concorrências, efetuando levantamentos de quantidades. Prestar serviços
auxiliares na manutenção preventiva e corretiva de máquinas e
equipamentos, auxiliando em ensaios e testes operacionais, papa prevenção
de defeitos ou falhas nas máquinas e equipamentos instalados.

Profissionais de Recursos Humanos: Englobam coordenador, auxiliares e


assistentes administrativos, possuem atividades voltadas para o
desenvolvimento e a implantação de todos os processos de recursos
humanos, desde o gerenciamento de recolocação profissional, treinamentos
dos funcionários, atendimento ao público, solicitação de pagamentos e
recolhimentos previdenciários .
Profissionais da Tecnologia de Informação: Contatar as áreas
requisitantes de serviços de processamento de dados, a fim de coletar
informações e estudar a viabilidade dos mesmos; elaborar orçamento de
implantação; efetuar estudos e análises para elaboração de sistemas;
elaborar instruções para os programadores; preparar informações para
operação de sistema; executar trabalho de manutenção nos sistemas
implantados.
Profissionais da área da qualidade, segurança, meio ambiente, saúde, e
responsabilidade social:

Assistente Social:Elaborar e sugerir programas de Serviço Social,


Médico-Hospitalar, Comunidade, Saúde Pública e Trabalho, baseando-se
em levantamento de necessidades, objetivando solucionar os problemas
dentro das normas da Empresa, legislação em vigor e interesse dos
solicitantes.Definir procedimentos a serem seguidos, em linhas gerais e em
casos específicos, nos casos de visitas domiciliares e hospitalares a
empregados e familiares. Elaborar relatórios estatísticos e descritivos em

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


31 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

sua área de atuação. Emitir pareceres dentro de sua área de competência,


sempre que solicitado. Orientar os empregados quanto à solicitação de
benefícios diferenciados a entidades hospitalares.

Enfermeiro do Trabalho:Organizar e coordenar as atividades de


enfermagem no ambulatório médico, treinar e orientar o trabalho de
auxiliares. Prestar atendimento aos empregados, aplicando medicamentos
prescritos, curativos, inalações e testes, coletando material para exames
laboratoriais, administrando vacinas e outros tratamentos. Prestar os
primeiros socorros a empregados acidentados no trabalho ou acometidos
de mal súbito, encaminhando para tratamento médico adequado. Elaborar
e desenvolver programas de educação sanitária, visando à prevenção de
doenças profissionais e a melhoria das condições de saúde dos
empregados.

O Médico do Trabalho: Realizar controle médico de candidatos e


colaboradores, através de exames médicos pré-admissionais, periódicos,
demissionais, especiais e de ambulatório; Efetuar entrevistas e exames
físicos, emitindo laudos e analisando resultados de exames de laboratórios
e casos de reabilitação profissional; Submeter quando necessário os
colaboradores a tratamento, ministrando medicamentos ou encaminhando-
os para os especialistas. Coordenar as atividades de tipagem sanguínea,
controle de pressão arterial e vacinação; Efetuar perícia médica nos
colaboradores que estão retornando do afastamento por auxilio doença.
Coordenar equipe de saneamento, na execução das atividades de combate
a insetos e roedores; Controle da potabilidade da água, de pureza biológica
e de cloro residual, bem como na realização de inquéritos sanitários;
Realizar inspeções no ambiente de trabalho, levantando irregularidades de
higiene e segurança do trabalho, encaminhando sugestões aos
responsáveis, buscando a solução de tais condições.

Nutricionista: Planejar e elaborar cardápios, baseando-se no valor


nutritivo dos ingredientes, no resultado de pesquisas e nos hábitos
alimentares dos comensais. Definir a gramagem "per capita" dos alimentos,
através de pesquisa periódica de consumo e acompanhamento dos
resultados, determinando a quantidade e qualidade ideal de alimentos a
ser servida por refeição. Adaptar cardápios às condições climáticas e a
disponibilidade de compra de gêneros alimentícios da região e os limites de
custo pré-estabelecidos para a obra. Acompanhar a distribuição de
refeições, no refeitório e nas Frentes de obras, verificando se atende aos
planos preestabelecidos, bem como os padrões de higiene e conservação.
Zelar pela higiene das instalações da cozinha, bem como pela qualidade
dos alimentos e da água utilizada para cocção dos mesmos. Elaborar
relatórios sobre a qualidade de gêneros perecíveis, apontando casos de
alimentos deteriorados e encaminhando ao superior imediato para

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


32 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

conhecimento e providências. Promover e ministrar cursos de manipulação


de alimentos ao pessoal ligados à operação do refeitório.

Ouvidor: Responsável pelo atendimento centralizado das manifestações,


informações, reclamações e sugestões dos empregados e encaminhá-los a
gerência da obra.

Psicólogo: Responder pela seleção de pessoal necessário ao


preenchimento de vagas existentes na obra, entrevistando candidatos,
verificando requisitos funcionais e psicológicos, aplicando e montando
baterias de testes específicos de acordo com as fichas profissiográficas,
analisando os resultados dos testes e emitindo laudos psicológicos dos
candidatos. Participar de estudos referentes a elaboração de novas
baterias de testes, técnicas e procedimentos de seleção, padronização de
testes e reformulação de formulários. Manter controle de vagas e do fluxo
de candidatos. Responder pelos serviços de orientação psicológica aos
empregados da obra que apresentem desajustamento. Elaborar a
programação semanal dos serviços de recrutamento e seleção, acertando
prazos, a fim de que as vagas sejam preenchidas em tempo hábil.

Técnicos de Enfermagem do Trabalho: Acompanhar a emissão da


Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) dos colaboradores que por
ventura venham a sofrer acidente do trabalho; Acompanhar o colaborador
acidentado providenciando o atendimento e/ou internação junto ao Hospital
encaminhado dentro da jurisdição da obra ou em outro município;
Digitação do Programa e Controle da Medicina e Saúde Ocupacional
(PCMSO) elaborado pelo Médico do Trabalho. Cadastramento dos exames
médicos dos colaboradores para emissão do Perfil Profissiográfico
Previdenciário; Manutenção dos arquivos de documentação ambulatoriais;
Manter atualizado o registro de número de atendimentos diários para
realização de quadros de estatística mensal; Contatar postos de saúde
para agilizar campanhas de vacinação interna no canteiro de obras;
Recebimento e controle de exames médicos de sub-empreiteiros e
prestadores de serviços providenciando junto ao cliente e/ou fiscalização a
liberação dos colaboradores para a obra. Liberação de atestados de saúde
ocupacional (ASO) dos colaboradores.

Técnico de Meio Ambiente: Efetuar Treinamento Ambiental na integração


do colaborador. Aplicar a qualimetria ambiental, anotando as inspeções na
folha de coleta de dados; participar dos DDS (Diálogos Diários de
Segurança, Saúde e Meio Ambiente). Atuar constantemente junto as
Frentes de obras orientando e inspecionando-as. Assessorar os setores de
planejamento, projeto e produção na implantação de medidas ambientais
adequadas e eficazes, como sistemas de contenção de sedimentos,
sistema de separação e coleta de óleo, contenção de
erosão/assoreamento em áreas de empréstimo e bota-fora, organização e

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


33 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

sistematização das atividades de limpeza e desmatamento de áreas.


Acompanhar e assessorar atividades inerentes aos processos de
recomposição de áreas degradadas.

Técnico de Segurança do Trabalho: Inspecionar as diversas frentes de


trabalho, acompanhando os serviços, detectando e informando as
situações e graus de risco das atividades. Verificar a existência e o estado
de conservação dos equipamentos de proteção, ferramentas de trabalho,
condições de acesso, plataformas, iluminação e outras exigências
necessárias, providenciando para que as normas de segurança do trabalho
sejam obedecidas. Auxiliar na investigação de acidentes envolvendo
pessoal, máquinas e equipamentos móveis, bem como na elaboração dos
respectivos boletins e / ou relatórios. Inspecionar os equipamentos de
combate a incêndio, apontando irregularidades. Analisar os riscos de
incêndio, classificando-os conforme sua natureza e os meios de extinção,
visando minimizar os riscos de incidências dos mesmos. Observar o
cumprimento das normas de segurança do trabalho, e o uso correto dos
equipamentos de proteção individual. Auxiliar na montagem e realização da
SIPAT (Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho). Elaborar mapas
e controles estatísticos, demonstrando as incidências de ocorrências de
acidentes do trabalho.

Profissionais do Controle de Finanças, Suprimentos, Contador e


Compradores: Suas atividades estão voltadas para o desenvolvimento e
implantação de todos os processos contábeis, financeiros e compras, tais
como: análise de tributos, pagamentos, emissões e controles de notas
fiscais, cotações e aquisições de suprimentos, equipamentos, pagamento
dos clientes analise de fornecedores etc.
Já os compradores: analisam os pedidos de compras, consultando o
cadastro de fornecedores, a fim de selecioná-los. Efetuar contatos com
vendedores ou diretamente com fornecedores, negociando preços, prazos
de entrega, condições de pagamento, discutindo qualidade e
especificações técnicas do produto, a fim de atender as exigências do
requisitante. Analisar as propostas recebidas e elaborar relatório de
concorrência, a fim de ser encaminhado para decisão superior quanto à
compra. Manter-se atualizado quanto à evolução do mercado fornecedor,
consultando publicações comerciais, produtos disponíveis, locais, preços,
características, etc., a fim de agilizar e obter maiores vantagens no
processo de compras.
O Contador analisar os pedidos de compras, consultando o cadastro de
fornecedores, a fim de selecioná-los. Efetuar contatos com vendedores ou
diretamente com fornecedores, negociando preços, prazos de entrega,
condições de pagamento, discutindo qualidade e especificações técnicas
do produto, a fim de atender as exigências do requisitante. Analisar as
propostas recebidas e elaborar relatório de concorrência, a fim de ser
www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br
34 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

encaminhado para decisão superior quanto à compra. Manter-se


atualizado quanto à evolução do mercado fornecedor, consultando
publicações comerciais, produtos disponíveis, locais, preços,
características, etc., a fim de agilizar e obter maiores vantagens no
processo de compras.
Desenhistas Projetistas: Desenvolver estudos ou anteprojetos de pouca
complexidade relativos a métodos construtivos, "layout" de canteiros,
estruturas, terraplenagem, arquitetura, etc., através de informações
recebidas. Elaborar os projetos pré-dimensionando e desenvolvendo-as em
todas as suas etapas, definindo ou apresentando sugestões de utilização de
materiais. Efetuar levantamentos de campo para melhor visualização do
projeto. Efetuar cálculos trigonométricos, geométricos e operações que
envolvam dados de topografia, necessários à execução dos projetos.
Elaborar propostas de revisão de projetos visando torná-los exeqüíveis,
racionalizarem a execução dos mesmos etc., dando as justificativas para as
alterações. Auxiliar na elaboração de trabalhos para fins de concorrência.
Prestar assistência aos desenhistas na elaboração dos detalhes dos
projetos.

Outras áreas:
Almoxarife: Executa os serviços de controle de materiais que entram no
empreendimento e saem para os serviços da obra. Coordena e programa
os serviços de estocagem dos materiais em seus locais corretos, conforme
os procedimentos e lança no sistema de controle de fluxo a movimentação
dos mesmos ao entrarem e saírem dos depósitos.
Copeiro: Preparar, café, sucos, chá, refrescos, utilizando-se de cafeteiras,
espremedores e coadores, fervendo água, adicionando pó de café, açúcar,
espremendo frutas, etc. Servir água, refrescos, sucos, chá e café a
empregados e visitantes utilizando-se de bandeja, carrinho de mão, copos,
xícaras e bules. Proceder à limpeza da copa, conservando-a em perfeitas
condições de higiene, lavando suas dependências, louças, armários,
geladeiras, fogão, utensílios e aparelhos elétricos utilizados. Solicitar ao
superior a emissão de requisições de material para reabastecimento de
café, açúcar, frutas, refrescos concentrados, água, materiais de copa e
limpeza em geral, controlando seu consumo.
Zelador: Efetuar limpeza nas dependências da Empresa (salas, sanitários,
dormitórios, etc.), varrendo o chão, raspando e encerando piso, espanando
móveis e utensílios, limpando vidros, lavando sanitários com produtos
desinfetantes, bactericida e germicida, arrumando camas e provendo tais
instalações de materiais necessários sua limpeza.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


35 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

IIIIII.. C
COON
NDDIIÇ
ÇÕÕE
ESSA
AMMB
BIIE
ENNTTA
AIIS
S

As medições ambientais constantes na NR 17 do MTE estão contempladas no


PPR ( Programa de Prevenção de Riscos Ambientais da Unidade.

IIV
V.. C
COOMME
ENNTTÁ
ÁRRIIO
OSS S
SOOB
BRRE
E A
ASS C
COON
NDDIIÇ
ÇÕÕE
ESS E
ERRG
GOON
NÔÔM
MIIC
CAAS
S
EENNCCO
ONNTTR
RAAD
DAASS

Quanto ao desempenho das atividades de trabalho

De um modo geral, encontramos atividades de trabalhos mistos, alternados entre


escrita, leitura, atendimento telefônico e interação com microcomputador.
O padrão postural predominantemente adotado é a adoção da postura
sentada, que é o padrão indicado para este tipo de tarefa, mas a manutenção
da postura sentada por longos períodos provoca uma série de desvantagem para
o organismo, tais como:

Manutenção da contração muscular estática, para os músculos da coluna e


cintura escapular que desfavorece a nutrição e a remoção de resíduos
metabólicos;
Obstáculo à circulação sanguínea, para os membros inferiores o que
provoca o edema (inchaço) dos mesmos;
A alteração do alinhamento biomecânico da coluna vertebral,
principalmente, quando o funcionário apóia um dos braços na mesa ou
cruza uma de suas pernas provocando a compressão de estruturas como
músculos e nervos, predispondo-os a ocorrência de processos
inflamatórios futuros.

Padrão postural diferenciado pode ser encontrado no ambulatório médico, pois as


execuções da prática dos procedimentos clínicos permitem ao médico e ao técnico
de enfermagem, a possibilidade da alternância de postura para o padrão em pé o
mesmo ocorre também para os técnicos de segurança e qualidade, que realizam
inspeções freqüentes nas áreas.
Esta alternância postural provocada pela necessidade do atendimento
diferenciado no ambulatório médico e os deslocamentos dos técnicos na planta da
empresa minimiza os efeitos negativos da manutenção prolongada da postura
sentada.
Do ponto de vista cognitivo verificamos que os funcionários administrativos
possuem carga de trabalho adequada para as funções.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


36 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Outro fato, destacado é o uso ininterrupto dos computadores que no decorrer do


tempo, provoca fadiga cognitiva e visual. Identificadas pela dificuldade de
concentração e abstração relatada por parte dos funcionários.
Destacamos a ocorrência de reflexo em praticamente todos os postos de trabalho,
isso se dá devido o posicionamento das mesas trabalho, que estão fora do cone
de iluminação das luminárias quando há a possibilidade da complementação da
iluminação por meios naturais, esta é mal aproveitada, pois as mesas estão
dispostas de costas para as janelas o que provoca o ofuscamento das telas.
Ocorre em alguns postos de trabalho, a utilização de notebook, que apesar de ser
um bom equipamento de trabalho, este não favorece a sua utilização por longos
períodos devido à incompatibilidade de adequação postural do usuário, que
expõe ocorrência de processos infamatórios nas regiões do punho e pescoço.
De modo geral a questão postural é hoje a grande “vilã” do trabalho administrativo,
verificamos diversas situações onde a postura adotada durante o trabalho é
inadequada; algumas vezes devido à condição apresentada ou na sua maioria,
devido a vícios posturais ou questões pessoais.

Quanto ao mobiliário

O mobiliário utilizado é padronizado, a disposição dos funcionários temos 03 tipos


de mesas e 03 tipos de cadeira; Segue descrição:

Mesas e Cadeiras:

O modelo de mesa de trabalho 01 adotado pela


maioria dos funcionários administrativos, é
retilínea, o tampo possui boas dimensões
permitindo acomodação do monitor teclado,
mouse, telefone e demais materiais a serem
utilizados pelos usuários, as bordas são
ligeiramente arredondada e a superfície é de
material Anete reflexivo, não possuem regulagem
de altura mas o espaço para as pernas em sua
parte inferior é adequado. A mesa possui
gaveteiro único posicionado no lado direito, com 3
gavetas iguais e com puxadores adequados.
Foto 27

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


37 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Na sala reservada para reunião, encontramos o


modelo de mesa 02 também é retilínea,e o seu
tampo possui borda ligeiramente arredondada e
superfície anti reflexiva e o espaço para as
pernas em sua parte inferior é adequado.

Foto 28

Pode ser encontrada nas áreas, a mesa 03, que


é redonda e destina-se a realização de pequenas
reuniões, possui borda ligeiramente
arredondada,superfície anti reflexiva e o espaço
para as pernas em sua parte inferior é adequado.

Foto 29

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


38 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Cadeira 1
ƒ Estofamento confortável, Altura do assento
regulável
ƒ Encosto alto (dorso-lombar), ligeiramente
côncavo, com regulagem de altura e de inclinação.
ƒ Inclinação do conjunto (assento encosto)
ƒ Apoios de braços reguláveis
ƒ Bordas anteriores arredondadas
ƒ Espaço para as nádegas adequado
ƒ 5 Rodízios leves

Foto 30

Cadeira 2
ƒ Estofamento confortável, Altura do assento
regulável
ƒ Encosto alto (dorso-lombar), ligeiramente
côncavo, com regulagem de altura e de inclinação.
ƒ Inclinação do conjunto (assento encosto)
ƒ Sem apoios de braços
ƒ Bordas anteriores arredondadas
ƒ Espaço para as nádegas adequado
ƒ 5 Rodízios leves

Foto 31

Cadeira 3 – Disponibilizadas para as mesas de


reuniões e para visitas
ƒ Estofamento confortável
ƒ Altura do assento e encosto fixo
ƒ Encosto (dorso-lombar), ligeiramente côncavo,
ƒ Sem apoios de braços
ƒ Bordas anteriores arredondadas
ƒ Espaço para as nádegas adequado

Foto 32

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


39 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

A seguir, estão os resultados da análise da mesa de trabalho 01 e cadeiras


utilizadas de acordo com os critérios mínimos de conforto ergonômico
estabelecido na NR17:

Regula a

digitação
reflexiva

Puxador
Gaveta
escrita

lateral
MESA

Quina
altura

perna
Anti-

Área

Área

Área
viva
01 não não sim sim sim sim bom sim
Ideal ter borda

do antebraços
arredondada

Apoio de 2/3

Apoio de 2/3

Espaço livre
Anti-reflexo

Em um dos
antebraços

punho reto
Regulável

lados
NR17

Pega
Quadro 03

As mesas 02 e 03 adotadas para reunião, atendem as necessidades


propostas

Cadeira Conforto Observação


01 Adequada A cadeira 01 é utilizada pela maioria dos
funcionários administrativos apresenta um bom
padrão ergonômico (segue caracterização abaixo) *
02 Adequada Segue padrão acima referido, porem falta o apoio
para os braços.
03 Adequado Apesar de a cadeira ser fixa e não possibilitar a
regulagem de altura do encosto e assento, a cadeira
apresenta conforto adequado para a atividade
proposta ( reunião por períodos determinados de
tempo)
Quadro 04

* É estofada com espuma com boa densidade (28) e com 3 cm de altura, forrada
com tecido que permite a transpiração, assento plano com discreta inclinação para
trás (7o), com borda anterior arredondada, giratória, com espaço para as nádegas,
dimensão antero-posterior adequada (em torno de 42 cm), dotada de rodízios (05),
altura do assento regulável, encosto dorsal independente e com altura regulável. A
cadeira acompanha a curvatura natural das costas, permite a variação do ângulo
entre o encosto e o assento de 90 a 110 graus.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


40 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

O
Obbsseerrvvaaççããoo 0011::

1. O estofamento (ou espuma) reduz a pressão na região posterior das


coxas, facilitando a circulação sangue e reduz a pressão nos discos
intervertebrais, diminuindo a incidência de distúrbios daquelas
estruturas;
2. A possibilidade da regulagem da altura permite uma adequação da
cadeira ao tamanho do usuário;
3. A borda arredondada do assento permite que a região posterior dos
joelhos (fossa poplítea) não seja comprimida. Esta região é um ponto de
grande vulnerabilidade a compressões, pois por ali passam importantes
artérias, veias e nervos que são diretamente comprimidos pelos
assentos com quina viva;
4. O apoio do dorso reduz a pressão no disco intervertebral e permite o
repouso da musculatura que sustenta a coluna. O apoio para o dorso
tem um formato que acompanhe as curvaturas da coluna no sentido
vertical, sem retificá-las, mas também sem acentuá-las;
5. O ajuste da altura do encosto é útil para acomodar na altura correta
tanto pessoas altas como pessoas baixas;
6. A cadeira giratória permite que o usuário se adeqüe bem a postos
semicirculares ou perpendiculares (em “L”), e também a postos de
trabalho que exigem mobilidade;
7. Os 05 rodízios permitem boa estabilidade e um deslocamento ótimo,
sem exagero na facilidade de deslizamento da cadeira (o que
ocasionaria instabilidade mecânica), nem dificuldade.

As áreas de trabalho podem ser individuais (detalhe foto 33) ou coletivas e a


separações das áreas é feita por divisória baixa (Fotos 34).

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


41 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Padrão de mesa da unidade,


posicionada em ambiente individual.

Foto 33

Padrão de mesa da unidade,


posicionada em ambiente coletivo,
divisória baixa.

Foto 34

Quanto ao ambiente

As condições ambientais do ponto de vista qualitativo estão adequadas, a


iluminação é suficiente, o conforto térmico é obtido através de aparelhos de ar
condicionado e o nível de ruído embora esteja adequado, pode interferir na
concentração dos funcionários (proveniente da conversação, nas áreas
coletivas). Foi relatado que o ruído é aumentado, nos dias de chuvas, devido o
contado provocado da água com o telhado dos prédios, que não possui sistema
de isolamento para este fim.
A avaliação quantitativa está no PPRA (Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais) da Unidade e deve ser analisada para verificação da ocorrência de
desvios e sua correção.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


42 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

II N
NAAD
DEEQ
QUUA
AÇÇÕ
ÕEES
S E
E R
REEC
COOM
MEED
DAAÇ
ÇÕÕE
ESS G
GEER
RAA II S
S

As situações de trabalho abaixo descritas foram observadas de forma


generalizada, em quase todas as áreas desta avaliação, portanto, as melhorias
que forem implantadas, para solucionar ou minimizar estas inadequações,
também, deverão ser dimensionados a todas as situações apresentadas.

Nota: Para identificação das inadequações estará sendo usada a sigla INA e
para indicação das recomendações, a sigla REC, havendo sempre uma
correlação numérica entre elas, ou seja, para INA 1, corresponderá a REC 1.



♦ Programa de Ginástica Laboral



☞ INA 1: Todas as tarefas de trabalho produzem desgastes físicos, que
variam de intensidade, de acordo com o grau da exigência física e da
quantidade de inadequações ergonômicas apresentadas no trabalho. Para
poder preparar e adaptar melhor os funcionários para estas exigências é
indispensável que estes, estejam com as estruturas musculoligamentares
aquecidas e distensionadas.


☞ REC 1: Implementar Programa de Ginástica Laboral (PGL). Este programa
deverá ser instituído, aplicado e controlado por corpo técnico (fisioterapeutas
e ou professores de educação física), que deverá inicialmente em conjunto
com o grupo de ergonomia, realizar levantamento por área, de quais são as
sobrecargas existentes em cada posto, para posteriormente elaborar a serie
de exercícios específicos para estas sobrecargas. Este PGL deverá
contemplar pelo menos, exercícios de aquecimento e de distensionamento.
Os exercícios de relaxamento proporcionam um ganho ao PGL, porém a sua
aplicação não é obrigatória.
Os exercícios de aquecimento deveram ocorrer sempre no início da jornada
e os de distensionamento, nas pausas para rodízios no meio da manhã e no
meio da tarde.
As séries de exercícios deverão ser baseadas nos levantamentos setoriais
das sobrecargas e individualizadas por setores.
Na nossa experiência, estas séries de exercícios deverão ser trocadas a
cada dois ou três meses, para não levarem a monotonia.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


43 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

♦ Trabalho na Posição Sentada




☞ INA 2: As cadeiras e mesas utilizada na empresa apresentam um bom
padrão ergonômico.As mesas disponibilizadas apesar de não possibilitam a
regulagem de altura do seu tampo, são adequadas para a maioria dos
funcionários, porem as pessoas mais altas terão dificuldade para realizar os
ajuste do monitor e as pessoas mais baixas terão dificuldade para o apóio
dos pés no chão .



☞ REC 2: Para futuras aquisições, seguir e manter a padronização
ergonômica já adotada na empresa porem cabe sempre destacar os
critérios de recomendações ergonômicas, que estão descritos abaixo:

A cadeira
a) Estofamento

A cadeira de trabalho deve ser estofada (espuma de densidade média) e de


preferência, com tecido que permita a transpiração.
O estofamento (ou espuma) reduz a pressão na região posterior das coxas,
facilitando a circulação e reduz a pressão nos discos intervertebrais,
diminuindo a incidência de distúrbios daquelas estruturas.

b) Altura da cadeira

O usuário deve dispor de condições de regular a cadeira de trabalho de


acordo com o seu próprio “tamanho”; naturalmente o mecanismo para essa
regulagem da cadeira deve ser de fácil manejo.
Quando a mesma cadeira for utilizada por vários empregados com alturas
diferentes, poderão ser adotadas marcações com cores diferentes, que
facilitarão os encontros das regulagens ideais para cada caso.
Exemplificando, primeiramente realizaria a regulagem para pessoas baixas e
marcaríamos com a cor amarela, em seguida para as pessoas medianas e
marcaríamos com a cor azul e por ultimo com a cor verde para os mais altos.
Desta forma quando o funcionário utilizar o equipamento, apenas o
posicionaria na cor referente à sua estatura, obtenção assim a regulagem
ideal.

c) Profundidade do assento

A dimensão antero-posterior do assento não pode ser nem muito comprida


nem muito curta. O tamanho ideal é aquele em que as coxas fiquem
completamente apoiadas, mas sem comprimir a região posterior dos joelhos

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


44 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

e o seu tamanho lateral seja suficiente para acomodar toda a região da


nádega do usuário.

d) Borda anterior do assento arredondada

A região posterior das coxas (fossa poplítea) é um ponto de grande


vulnerabilidade à compressão, pois por ali passam importantes artérias, veias
e nervos, portanto é fundamental que a borda anterior do assento seja
arredondada, de modo a evitar essas compressões, que geram sintomas
como formigamento e edemas nos pé e nas pernas.
e) Apoio para o dorso
O apoio do dorso reduz a pressão no disco intervertebral e permite o repouso
da musculatura que sustenta a coluna.

Ž Estofado

O apoio do dorso deverá sempre ser estofado, para diminuir a


compressão nas estruturas lombares e dar maior conforto ao usuário,
sendo que a densidade da espuma a ser utilizada deverá ser igual ou
um pouco menor da que foi utilizado no assento.

Ž Anatômico

O apoio para o dorso deve ter um formato que acompanhe as


curvaturas da coluna no sentido vertical, sem retificá-las, mas também
sem acentuá-las.
Encostos dorsais muito retificados apóiam exclusivamente a região
dorsal, estimulando para que se trabalhe em certa cifose (arqueamento
para frente), com aumento assimétrico da pressão no disco
intervertebral.
Por outro lado, apoios dorsais excessivamente arqueados acentuam a
lordose lombar (arqueamento para trás) e embora apóiem bem a coluna
e garantam redução da pressão nos discos lombares, costumam levar à
fadiga dos músculos do pescoço.

Ž Altura regulável

O ajuste da altura do encosto é explicado por razões óbvias: para poder


acomodar na altura correta tanto pessoas altas como pessoas baixas.

f ) Espaço para acomodar as nádegas

O espaço existente entre o assento e o apoio dorsal deverá ser suficiente


para acomodar as nádegas do usuário. A inadequação deste espaço
acarretara uma situação, em que o encosto da cadeira ficara empurrando as
nádegas para frente, gerando desconforto em poucos minutos.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


45 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

g) Mobilidade
Para facilitar a movimentação no posto, as cadeiras de trabalho deverão ser
giratórias e com rodízios, principalmente para postos de trabalho
semicirculares ou perpendiculares (ou em “L”).
Os rodízios devem permitir um bom deslocamento, sem que haja exagero na
facilidade de deslizamento da cadeira (o que iria ocasionar instabilidade), ou
dificuldade na sua movimentação (o que leva a fadiga nas pernas e no
quadril).

Apoio para os pés


Numa situação ergonomicamente correta, o sentar-se deve obedecer a
alguns detalhes importantes:

a) Os pés devem estar totalmente apoiados em superfície plana, onde o piso,


na grande maioria dos casos, atende a esta recomendação, já que a falta de
apoio dos pés provoca uma compressão prolongada na porção inferior das
coxas, causando desconforto nas pernas/pés pela dificuldade de circulação
de sangue naquelas partes do corpo;

b) Pessoas altas e de média estatura não terão dificuldade de conseguir


apoiar os pés no chão (e isto é suficiente), porém as pessoas mais baixas
(altura inferior a 154 cm – levantamento antropométrico – sexo feminino –
percentil 20) que têm à sua disposição somente cadeiras padronizadas,
provavelmente terão dificuldade de apoiá-los; nestes casos, o recomendado
é a utilização de um apoio portátil para os pés, de altura regulável (a cada 5
cm); ele deve ser largo o suficiente para acomodar os dois pés (30 x 40 cm);
a inclinação é opcional e se existir, não deve ser maior que 30 graus e a sua
superfície superior deve ser revestida de material não derrapante.

c) São inadequados os apoios em arco (cadeiras altas, tipo “caixa de banco”)


ou em barras (travessas da estrutura da mesa), pois fazem a compressão
das partes moles das solas dos pés, prejudicando a circulação do sangue.

A plataforma de trabalho (mesa ou bancada)

a) Borda anterior
Os quatro fatores biomecânicos mais importantes na origem das lesões por
traumas cumulativos nos membros superiores (LER/DORT) são: a força
excessiva, as posturas incorretas, a alta repetitividade e a compressão
mecânica das estruturas dos membros superiores.
Quando se trabalha na posição sentada, a borda anterior do tampo da mesa
ou da bancada é normalmente utilizada como apoio do antebraço durante a
execução da tarefa ou no mínimo durante as micro-pausas.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


46 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Se essa borda anterior é em quina viva, a ação mecânica será concentrada


em uma área muito menor, com concentração da compressão sobre as fibras
nervosas, tendões, músculos, artérias e veias de pequeno calibre da região,
constituindo-se em importante fator causador de LERs/DORTs.
É por isso que se recomenda que as bordas anteriores das mesas e
bancadas utilizadas para a execução de trabalhos na posição sentada, sejam
sempre arredondadas.

b) Espaço para as pernas

Não é raro se encontrar situações onde apesar da mesa ou bancada dispor


de espaço suficiente para acomodar adequadamente as pernas do usuário, a
presença de objetos como caixas, arquivos, lixo, bolsas e etc, impedem um
posicionamento correto do usuário, que é obrigado a manter o seu corpo
torcido ou afastado e inclinado para frente.
Deve haver então um espaço sob a plataforma de trabalho, com altura,
profundidade e largura suficientes para abrigar as pernas do usuário e que
ele possa movimentá-las ocasionalmente sem necessitar afastar a cadeira.

c) Altura adequada

A altura da mesa ou da bancada de uma forma ideal, deveria ter a


possibilidade de ser regulada, de acordo com a altura de seu usuário.
Porém, mesas com essas regulagens são raras e quando disponíveis,
encarecem exageradamente o produto. A utilização de uma cadeira de
bom padrão ergonômico, que possibilite uma correta regulagem da altura
do trabalhador em relação ao posto de trabalho, de forma que seu braço e
antebraço estejam em um ângulo reto e seus pés adequadamente
apoiados, será o suficiente para atingirmos esta adequação.
d) Espaço
A plataforma de trabalho devera ter uma suficiente que comporte todos os
elementos do trabalho, equipamentos, instrumentos, ferramentas e etc,
utilizados para execução do mesmo, sendo sempre respeitadas as áreas de
alcance máximo e normal.

e) Superfície não reflexiva

Devem ser evitados os vidros e outros materiais de revestimento de mesas


que refletem a luz.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


47 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Assessórios
a) Suporte para texto
Estes suportes deverão sempre utilizados, quando o trabalho realizado exigir
o impute de um grande número de dados ou um grande texto, já que sua
utilização correta possibilita que o usuário leia que esta escrita no texto e o
que ele digitou, sem a necessidade de mover a cabeça e o pescoço, evitando
assim, fadiga precoce destas estruturas.
Para obtenção deste benefício, os suportes de texto, deverão ser
posicionados ao lado do monitor, de forma que para realizar a leitura do que
está escrito no texto e o que já foi digitado, o operador necessitará apenas
direcionar os olhos, não tendo a necessidade de movimentar o pescoço.

b) Apoio para o carpo (punho)


A finalidade destes assessórios é dar um correto posicionamento para os
punhos e diminuir as contrações estáticas no pescoço e nos ombros, para
sustentar este posicionamento.
Hoje no mercado, hoje existe uma grande variedade deste tipo de
equipamento, porem nossa opção ergonômica, deverá recair sobre o modelo
que possibilite um adequado posicionamento dos punhos do usuário, ou seja,
que as mãos, os punhos e os ante-braços estejam em posição neutra (sem
angulações), tanto para a utilização do teclado como do mouse e não traga
dificuldades na movimentação, possibilitando uma boa flexibilidade nos
movimentos destas estruturas.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


48 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

II N
NAAD
DEEQ
QUUA
AÇÇÕÕE
ESS E
E R RE ECCO
OMME
EDDA
AÇÇÕ
ÕEES
S
E
ESSPPE
ECC II FF II C
CAAS
S



☞ INA. 1 e INA.2: A mesa de trabalho adotada, por ser fixa, não possibilita o
usuário de realizar um bom ajuste de regulagem entre a cadeira e a mesa de
trabalho, que favorece a adoção de posturas desfavoráveis para os punhos,
cotovelos, coluna lombar e membros inferiores, durante as atividades de
escrita e digitação e dependendo do nível de adequação do campo visual,
também podem favorecer a adoção de postura desfavorável para a região
cervical expondo-a ocorrência de processos inflamatórios.

Coluna cervical rodada e


flexionada, além da
posição de conforto;

Distensão dos músculos


da cintura escapular.

Foto 35

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


49 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Seguem situações similares.

Coluna cervical Coluna cervical Coluna cervical


flexionada, além da flexionada, além da estendida, além da
posição de conforto; posição de conforto; posição de conforto;
Distensão dos Distensão dos Retração dos
músculos da cintura músculos da cintura músculos da cintura
escapular. escapular. escapular;

Foto 36 Foto 37 Foto 38

Coluna não apóia na Coluna não apoiada Pés apoiados na sapata


cadeira na cadeira. da cadeira
Pernas cruzadas Apoio dos pés
inadequados
Foto 39 Foto 40 Foto 41

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


50 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Para a maioria dos postos de trabalhos, não é necessário ter uma mesa especial,
o modelo utilizado na empresa atende às necessidades de trabalho da maioria dos
usuários, usando-se o teclado diretamente no tampo da mesa. Para acertar a
altura do monitor de vídeo, as pessoas mais altas devem utilizar apoio para o
monitor e as pessoas mais baixas devem utilizar os apóio dos pés porem:


☞ REC.1 : Deve-se zelar para que as pessoas muito altas tenham a
possibilidade de ter seu posto ajustado até altura de 81cm.


☞ REC.1.2: Disponibilizar apoio para os pés para pessoas baixas, a
necessidade do uso do apoio deve ser avaliada junto ao usuário, solicitando-
o a elevar a altura da sua cadeira de forma que a altura dos cotovelos fiquem
alinhados à superfície da mesa; dessa forma, se os pés estiverem
suspensos, ou mesmo não apoiados totalmente no piso, deve-se então fazer
uso do apoio para os pés.


☞ REC.1.3 : No caso de pessoas muito baixas, onde os apoios dos pés são
insuficientes para o bom ajuste do usuário ao plano de trabalho, deve-se
disponibilizar mesas dotadas de mecanismos de regulagem de altura do
tampo.


☞ REC.1.4: Enfatizar nos programas de treinamento já adotados na empresa, a
importância da utilização adequada dos recursos de regulagem oferecidos
pela cadeira e a utilização regular dos apoios para os pés, no caso das
pessoas mais baixas.

A seguir segue sugestões para aquisição de suporte para o monitor:

Sugestão 01: confeccionado Sugestão 02: possibilita regular Sugestão 03: apoio fixo
com material reciclado, a altura de forma individual
apresenta dois níveis de
regulagem de altura.
Foto 42 Foto 43 Foto 44

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


51 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066



☞ INA. 2: Foi verificada, em algumas estações de trabalho, a presença de
reflexos nas telas dos computadores, o reflexo gera fadiga visual importante,
visto que, os usuários necessitam aumentar o empenho do aparelho visual
para identificar os caracteres nas telas.

Foto 45 Foto 46



☞ REC. 2: Realizar estudo para reavaliar o layout e as luminárias, a fim de
posicioná-las de forma a não produzir reflexos sobre as superfícies de
trabalho, Recomenda-se;

As mesas devem, sempre que possível, ser alocadas em uma posição


perpendicular as janelas e paralelas às linhas de iluminação.
Sempre que possível, utilizar biombos que “quebrem” a incidência direta da
iluminação sobre as telas.
As fontes de luz devem ser providas de difusores.
Utilizar telas anti-reflexo nos monitores mais atingidos.
Luminárias encaixadas no teto ou em disposição suspensa e que irradiam
a luz lateralmente, deve possuir um ângulo do cone luminoso < que 45º.
Utilizar persianas ou filmes nas janelas e portas de vidro, de forma a
diminuir a incidência de luminosidade.



INA. 3: O deslumbramento provocado pela incidência de luz solar na parte
posterior do monitor ou superfície da mesa leva à fadiga visual e dores de
cabeça ao final da jornada.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


52 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Foto 47 Foto 48 Foto 49



☞ REC. 3: Disponibilizar redutores de luminosidade nas janelas como persianas
ou insufilme e orientar o empregado, quando este se faz presente , a utilizar
de forma correta o redutor de luminosidade disponível na janela.


☞ INA. 4: No escritório do almoxarifado a proximidade entre postos de
trabalho, o que limita o espaço e privacidade para as pessoas.
Conceitualmente quando elaboramos um layout devemos considerar os
seguintes raios de contato para o indivíduo. No espaço verde teríamos o
chamado relacionamento social, no azul o relacionamento pessoal e no lilás o
relacionamento íntimo, ou seja, estes espaços são limites onde o indivíduo
estabelece as proximidades de acordo com seu relacionamento com as
pessoas.

360cm

240cm

120cm

Escritório do almoxarifado 3,60 m

Foto 50 Figura 04

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


53 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066



☞ REC. 4: Para os projetos futuros, realizar mudança do layout para um melhor
posicionamento dos postos de trabalho, para que sejam respeitados os
“espaços pessoais” dos funcionários e possibilite uma melhor organização do
ambiente. O ideal seria ter 6 m2 por pessoa, mas como há dificuldades para
esta adequação, manter ao menos à distância de 1,20 m entre as mesas.



INA. 5: A adoção de postura assimétrica para a coluna e membros
superiores, encontrados de forma freqüente nas áreas avaliadas e é
decorrente do próprio hábito postural, dos usuários que adotam de forma
voluntária posturas desfavoráveis ao bom alinhamento corporal e tem por
conseqüência a sobrecarga muscular para ombros, coluna e pescoço ao
longo da jornada.

Área destinada ao
computador
Assimetria de tronco

Foto 51

A manutenção da rotação da cabeça leva a contração estática dos músculos da coluna e


se mantida por período prolongado leva a compressão dos discos intervertebrais
Foto 52 Foto 53

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


54 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066



☞ REC. 5: Estudar a viabilidade de realizar o programa de intervenção postural
no ambiente de trabalho, para sensibilizar e propor alternativas que
minimizem os efeitos negativos da adoção de posturas viciosas.



☞ INA. 6: Foi verificada a presença de caixas e bolsas em baixo das mesas de
trabalho, esses objetos estão ocupando o espaço reservado para as pernas
dos funcionários, podendo fazer com que estes se posicionem de maneira
assimétrica favorecendo a ocorrência de processos inflamatórios na coluna.

Foto 54 Foto 55



☞ REC. 6: Disponibilizar espaço adequado para o deposito dos materiais e
pertences em da área destinada para a acomodação dos membros
inferiores evitando assim a adoção de posturas desfavoráveis para coluna
pernas e pés dos usuários.


☞ INA. 7 Não observamos a utilização de assessórios para a tarefa de
digitação, com apoio para o carpo, tanto para o teclado como para o mouse,
porta texto ou apoio para os pés. A ausência destes assessórios leva a
adoção de posicionamentos inadequados e a compressão mecânica das
estruturas ligamentares dos punhos e antebraços.

Foto 56 Foto 57

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


55 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066



☞ REC. 7: Estudar a padronização para todos os postos administrativos, de um
“kit” básico de assessórios formado por apoio para o carpo , teclado, apoio
para o carpo para o mouse, suporte para texto e apoio para os pés para as
pessoas mais baixas (altura inferior a 1,55 m). Vide REC 3 –
Recomendações Gerais - Trabalho na Posição Sentada.



☞ INA. 8: Em alguns postos de trabalho foram encontrados Note Book, este
equipamento impõe aos usuários a adoção de posicionamentos incorretos
das mãos, dos punhos e principalmente do pescoço, devido o
posicionamento da tela (muito baixa) e da própria característica do teclado.
A utilização prolongada deste equipamento, associado aos posicionamentos
inadequados dos punhos, mãos e pescoço provoca contrações estáticas
importantes, sendo motivo freqüente de queixas de dores na região cervical.
Portanto estes equipamentos devem ser utilizados somente em situações
onde o tempo de utilização for pequeno (inferior a 30 minutos). Para períodos
de utilização do equipamento superiores há 30 minutos, devem ser
observadas as recomendações abaixo.

Foto 58 Foto 59



☞ REC. 8 : Para minimizar estes posicionamentos incorretos das mãos, punhos
e pescoço, poderemos utilizar duas distribuições que melhoram estas
inadequações:

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


56 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

1º Distribuição:

Teclado e mouse externos ao Note Book.


Note Book apoiado sobre suporte, que forma que a primeira linha da tela
esteja no mesmo nível dos olhos do operador.

Exemplo 1

1º Distribuição:

Teclado, monitor e mouse externos ao Note Book.


Monitor apoiado sobre suporte, que forma que a primeira linha da
tela esteja no mesmo nível dos olhos do operador.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


57 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Exemplo 2



☞ INA 9: Temos tarefas nas áreas administrativas, que necessitam a utilização
do telefone concomitante a utilização do teclado e mouse do computador
(cotações, consulta de cadastros etc), para poder realizar esta interação, o
usuário costuma apoiar o telefone no ombro e inclina a cabeça a fim de
alcançar o aparelho, adotando assim postura inadequada para a região
cervical e membros superiores.

A utilização do telefone apoiado em


ombro faz compressão no plexo
braquial e pode levar a ocorrência de
distúrbio neurológico, quando seu uso é
prolongado e freqüente.

Foto 60

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


58 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

☞ REC. 9: Em todos os postos administrativos, onde existir a necessidade da


utilização concomitante do telefone e do teclado / mouse deve-se implantar a
aparelhos telefônicos equipados com fone de ouvido e microfone acoplado
(Head-set). Em especial, deve ser tomada esta implementação na área de
compras visto que o número de ligações realizadas e ou recebidas pelos
compradores é alto.



☞ INA 10: Foi relatado por diversas funcionários que número de ramais
telefônicos disponibilizados por área está sub-dimensionado, é
frequentemente a realização de deslocamentos dos usuários para atender e
ou realizar ligações, temos em situações especiais, a ocorrência de adoção
de posturas desfavoráveis para tronco ou ombros para alcançar os
aparelhos disponíveis.

Foto 61 Foto 62



☞ REC 10: Avaliar junto aos gestores dos setores a real necessidade do uso
dos equipamentos telefônicos e disponibilizar para áreas extensões e ou
ramais adicionas quando necessário.



☞ INA 11: Os pontos de ligação da rede dos computadores estão ou
localizados afastados dos equipamentos, ou estão compridos fazendo com
que haja uma grande quantidade de fios espalhados pelo chão das áreas, o
que favorece o riscos de acidentes quando estes entram em contato com os
usuários.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


59 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Foto 63 Foto 64 Foto 65



☞ REC 11: Solicitar junto a TI a modificação dos pontos da rede de forma a
posicioná-los de forma segura e evite o contato direto do usuário com os
cabos de ligação dos equipamentos de informática e ou telefônico.



☞ INA 12: É comum na área de planejamento o uso concomitante de 02 telas
de computadores para que o projetista possa ter visão ampla do projeto em
desenvolvimento, em uma tela fica em aberto os comandos básicos a serem
utilizados e na outra, fica o trabalho em desenvolvimento. Esta situação
provoca a movimentação freqüente do pescoço com o uso exacerbado dos
músculos da região cervical, favorecendo a compressão dos discos
intervertebrais cervicais.

Foto 66 Foto 67



☞ REC 12 : Avaliar junto ao mercado a existência de tela de computador que se
adeqüe melhor a exigência da atividade de trabalho( maior, plana e anti-
reflexiva).

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


60 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066



☞ REC 13: Caso não possa ser efetivada a REC 12 modificar o layout de
forma que as telas fiquem lateralizadas, porem dentro da área de visão do
usuário a fim de evitar a movimentação freqüente da coluna cervical

Figura 05

A área pespontada refere-se a área que Os objetos a serem visualizados devem


o usuário possui a melhor possibilidade estar na área contida entre as linhas
de visualização traçadas a partir dos olhos dos usuários

Figura 06

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


61 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066




“INA 14: O almoxarifado de EPI(s) é pequeno, possui prateleiras dispostas
em paralelo e em ‘L” porem o espaço reservado para a movimentação do
almoxarife é pequeno, o que restringe a possibilidade de manobras
necessárias para movimentação dos componentes.
INA 14.1: A distribuição das peças e componentes locados nas prateleiras


não segue os conceitos ergonômicos, temos materiais pesados tanto na


porção superior como porção inferior da prateleira, e a sua pega produz
esforços estáticos de sustentação, principalmente da coluna e membros
superiores do operador. Cabe destacar, que o peso manipulado pelo
almoxarife na situação destacada na foto 69 é de 25 kg.



INA 14.2: Não há escada disponível para o uso do almoxarife para alcançar
os objetos mais altos expondo o operador a risco de acidentes.

Foto 68 Foto 69 Foto 70



☞ REC 14: Redistribuir a localização das prateleiras ou estantes de forma a
ampliar a área de movimentação das pessoas e equipamentos, os espaços
entre os corredores devem ter no mínimo 1 metro de distancia.



☞ REC 14.1 : As prateleiras ou estantes devem ter abertura dos dois lados e
possuir 03 níveis, sendo que o primeiro nível deve estar a 50 cm do chão, o
segundo entre 50 e 150 cm e o terceiro acima de 150 cm, e locar os
componentes de acordo com o peso:

No nível de baixo das estantes: peças com menos de 10 kg.

No nível intermediário, peças de 10 a 23 kg.

Nos níveis superiores: peças com menos de 12 kg

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


62 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Estabelecer área específica dentro do almoxarifado para armazenagem


das peças mais pesadas. Nesta área estabelecer apenas um nível de
bancada com 45 cm de altura do solo, sem prateleiras superiores e
disponibilizar dispositivos pneumáticos, para pega e colocação das peças
mais pesadas no carrinho.



☞ REC 14.2: Fornecer escada, com rodas e sistemas de travas, com altura
apropriada e guarda corpo, a fim de facilitar a pega dos equipamentos e
matérias nas prateleiras superiores e dar melhor condição de segurança para
o almoxarife.

Nota : Este conceito também deve ser seguido para os almoxarifados da zeladoria
e da manutenção.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


63 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

NORMA REGULAMENTADORA – 17

Portaria n°3.751 de 23.11.1990

17.1 Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que


permitam a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo
de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.1.1 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao
levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos
equipamentos e as condições ambientais do posto de trabalho e à
própria organização do trabalho.
17.1.2 Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a
análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo,
as condições de trabalho conforme estabelecido nesta Norma
Regulamentadora.

17.2 Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

17.2.1 Para efeito desta Norma Regulamentadora:


17.2.1.1 Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da
carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo
o levantamento e a disposição da carga.
17.2.1.2 Transporte manual de cargas designa toda atividade realizada de
maneira continua ou que inclua mesmo de forma descontinua, o
transporte manual de cargas.
17.2.1.3 Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito
anos e maior de quatorze anos.
17.2.2 Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas,
por um trabalhador, cujo peso seja suscetível de comprometer sua
saúde ou sua segurança.
17.2.3 Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas,
que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias
quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar com vistas a
salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


64 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

17.2.4 Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão


ser usados meios técnicos apropriados.

17.2.5 Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o


transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser
nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não
comprometer a sua saúde ou sua segurança.
17.2.6 O transporte e a descarga de materiais, feitos por impulsão ou tração de
vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho
mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico
realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força
e não comprometa a sua saúde ou sua segurança.
17.2.7 O trabalho de levantamento de material feito com equipamento
mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço
realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força
e não comprometa a sua saúde ou sua segurança.

17.3 Mobiliário dos postos de trabalho.

17.3.1 Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o


posto de trabalho deve ser planejado para esta posição.
17.3.2 Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito de pé, as
bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao
trabalhador condições de boa postura visualização e devem atender aos
seguintes requisitos mínimos.
a. Ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis
com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao
campo de trabalho e com a altura do assento;
b. Ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;
c. Ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e
movimentação adequada dos segmentos corporais.Para trabalho
que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos
estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos
para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões
que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre
as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das
características e peculiaridades do trabalho a ser executado.
17.3.3 Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos
seguintes requisitos mínimos de conforto:
a. Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função
exercida;
b. Características de pouca ou nenhuma conformação na base do
assento;

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


65 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

c. Borda frontal arredondada;


d. Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da
região lombar.

17.3.4 Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados,


a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte
para os pés que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.
17.3.5 Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé,
devem ser colocados assentos para descanso em locais em que
possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.

17.4 Equipamentos dos postos de trabalho.

17.4.1 Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem


estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e
à natureza do trabalho a ser executado.
17.4.2 Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação,
datilografia ou mecanografia deve:
a. Ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser
ajustado proporcionado boa postura, visualização e operação
evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual;
b. Ser utilizado documento de fácil legibilidade, sempre que possível,
sendo vedada à utilização de papel brilhante, ou de qualquer outro
tipo que provoque ofuscamento.
17.4.3 Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo devem observar o seguinte:
a. Condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do
equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexo,
e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;
b. O teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao
trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;
c. A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados
de maneira que as distâncias olho-teclado e olho-documento sejam
aproximadamente iguais;
d. Serem posicionados em superfície de trabalho com altura ajustável.
17.4.3.1 Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo forem utilizados eventualmente, poderão ser
dispensadas as exigências previstas no subitem 17.4.3, observada a
natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise
ergonômica do trabalho.

17.5 Condições ambientais de trabalho.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


66 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

17.5.1 As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às


características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do
trabalho a ser executado.
17.5.2 Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam
solicitação intelectual e atenção constante, tais como: selas de controle,
laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de
projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de
conforto:
a. Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma
brasileira registrada no INMETRO;
b. Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23°C;
c. Velocidade do ar não superior a 0,75 m/s;
d. Umidade relativa do ar não inferior a 40% (quarenta por cento).
17.5.3.1 Para as atividades que possuam as características definidas no subitem
17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas
relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de
conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de
valor não superior a 60 dB.
17.5.3.2 Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos
postos de trabalho, sendo os níveis dos ruídos determinados próximos à
zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.
17.5.3 Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada,
natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da
atividade.
17.5.3.1 A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
17.5.3.2 A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de
forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes
excessivos.
17.5.3.3 Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de
trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidas na NBR 5413,
norma brasileira registrada no INMETRO.

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


67 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

Limites de Tolerância (NBR 5413 )


ILUMINÂNCIA
ITEM TIPO DE ATIVIDADE MÍNIMA

Bancos / Áreas ►► arquivos e recepção sala de


300

Administrativas gerentes,datilografia,estatística, contabilidade,


500
auxiliares administrativos.

Corredores e
Escadas
►► geral 100

Central ►► parte posterior de quadros de distribuição (medir na 150


Elétrica vertical )

►► máquina de papel,calandragem,corte,
Indústria de Papéis/ 200
Industrias Químicas
►► usinagem e refinação
500
►► inspeção e laboratório
►► usinagem grosseira e trabalho de ajustador
200
Oficinas de Manutenção
►► usinagem média e trabalhos de ajustador, trabalhos 500
grosseiros de plaina,tornos e polimento
Locais de uso freqüente
150
Armazenamento ►► pequenos volumes
200
►► grandes volumes
►► sala de pesagens 500
Usinas de Leite/
Industrias ►► balanças 200
Alimentícias 500
►► laboratório

Terminais de ►► teclado 300


Vídeo
►► leitura de documentos p/ digitação
500

►► banheiros
150
150
Hotéis e ►► restaurantes 200
Restaurantes
►► cozinha geral 500

►► cozinha atividade local


►► oficina 200
Garagens / Oficinas
►► bancada
500

►► desenho,engenharia mecânica e
Escritórios 1000
►► arquitetura
►► salas de diagnóstico (geral) 200
Hospitais
►► salas de diagnóstico (mesa)
500

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


68 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

17.5.3.4 A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3


deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual,
utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade
do olho humano e em função do ângulo de incidência.
17.5.3.5 Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem
este será um plano horizontal a 0,75 m do piso.

17.6 Organização do trabalho.

17.6.1 A organização do trabalho deve ser adequada às características


psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser
executado.
17.6.2 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em
consideração, no mínimo:
a. As normas de produção;
b. O modo operatório;
c. A exigência de tempo;
d. A determinação do conteúdo de tempo;
e. O ritmo de trabalho;
f. O conteúdo das tarefas.
17.6.3 Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do
pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da
análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
a. Todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de
remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em
consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
b. Devem ser incluídas pausas para descanso;
c. Quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento
igual ou superior a 15 (quinze) dias, as exigências de produção
deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes
na época anterior ao afastamento.
17.6.4 Nas atividades de processamento eletrônico de dados deve-se, salvo o
disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho observar o
seguinte:
a. O empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação
dos trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado
no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o
automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer
espécie;

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


69 .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

b. O número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não


deve ser superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado
toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre
o teclado;
c. O tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder
o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que no período de tempo
restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades ,
observando o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do
Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço
visual;
d. Nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma
pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não
deduzidos da jornada normal de trabalho;
e. Quando o retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento
igual ou superior a 15 (quinze) dias, as exigências de produção em
relação ao número de toques deverá ser iniciada em níveis inferiores
ao máximo estabelecido na alínea.

Santo André, 12 de fevereiro de 2008

Drª. Rosimeire Marangoni dos Reis Dr. Wasni Esqueisaro Jr.


Fisioterapeuta Trabalho/Ergonomista Médico do Trabalho / Ergonomista
Crefito-3 / 5.001 Cremesp 47.025

Dr. Alberto Cidale


Médico do Trabalho / Ergonomista
Cremesp 45.197

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


- 70 - .
Ergonomia e Saúde Ocupacional
Tel / Fax : 11 49941205 / 44364066

BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA

• Ergonomia Aplicada ao Trabalho.


Manual Técnico da Máquina Humana
Dr. Hudson de Araújo Couto - Ed. Ergo - 1995 / 1996

• Cumulative trauma disorders –


A manual for musculoskeletal diseases of the upper limbs
Vern Putz - Anderson - Ed. Taylor - Smith - 1994

• Ergonomic Design for People at Work – Volumes 1 e 2


Eastman Kodak Company - 1986

• Ergonomia - Projeto e Produção


Itiro Ida - Ed. Edgard - 1992

• NIOSH ( National Institute for Occupational Safety and HeaLth )


Proceedings and Reccomended Heat Stress Standards - Ohio - 1991

• Como Gerenciar a Questão das LER/DORT


Dr. Hudson de Araújo Couto – Editora Ergo - 1998

• Ergonomia na Empresa – Útil, Prática e Aplicada


Mário César Rodriguez Vidal – Ed. Virtual Científica – 2001

• Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora 17


Ministério do Trabalho e Emprego – 2002

• Manual de Ergonomia
Etienne Grandjean – Editora Atheneu – 1999

• Análise Ergonômica do Trabalho


Nery dos Santos – Editora Atheneu – 1998

• Trabalho em escritórios e com computadores


COOHS – Canadian Organization of Occupational Safety and Health

• Biomecânica Ocupacional
Dan B Chaffin, Gunnar B.J. Anderson, Bernard J. Martin – Ed. Ergo - 2001

www.wesergonomia.com.br e-mail: wes@wesergonomia.com.br


- 71 - .

Você também pode gostar