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CNEF / CNA
Comissão Nacional de Estágio e Formação / Comissão Nacional de Avaliação
24 de Novembro de 2007
I
DEONTOLOGIA PROFISSIONAL
Grupo I
Durante o estágio, a (o) Colega assistiu, no escritório do seu patrono, a uma
consulta que ele deu a um amigo, a pedido deste, por quem foi procurado, sobre
problemas matrimoniais.
O seu patrono, considerando a relação de amizade existente, limitou-se a dar
uma orientação ao caso, informando-o dos seus direitos, não aceitando patrocínio nem
lhe tendo cobrado honorários e apenas tendo pedido à (ao) Colega para anotar o
resumo da consulta e da orientação dada para ficar em arquivo, o que fez.
Dois anos decorridos, possuindo já o seu próprio escritório, foi procurada a (o)
Colega por uma senhora que pretendia o seu patrocínio contra o seu ex - marido para
lhe exigir partilha dos seus bens comuns, uma vez que tinham sido casados em
comunhão de adquiridos, relacionando então o caso com a consulta a que assistiu e de
que tirara notas, durante o estágio, que até eram úteis para a satisfação dos interesses
da senhora.
Que atitude adoptaria perante a solicitação do patrocínio e perante os
factos de que tivera conhecimento nas circunstâncias relatadas? - 4 valores
Grupo II
Se, por hipótese, tivesse aceitado o patrocínio da dita senhora, figure a seguinte
situação:
Em inquirição de testemunhas para exclusão de bens da relação de bens
apresentada pelo ex - marido no inventário para separação de bens, a sua cliente
apresentou-lhe certidão de escritura pública de compra e venda de um imóvel
relacionado e a excluir da relação de bens, certidão em que ela figurava como
compradora, no estado de solteira, e que a (o) Colega pretendeu juntar aos autos,
manifestando verbalmente tal pretensão ao Juiz;
Este decidiu, também verbalmente, que não consentia, nesse momento, a
junção do documento e que no final da inquirição e só em face dos depoimentos
prestados, avaliaria da importância do documento para os autos.
- Comente a situação e diga como actuaria. - 2 valores
II
PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL
Grupo I
A – 1,5 valores
B – 1,5 valores
Em acção ordinária proposta em 2006, teve lugar audiência preliminar, sem que
o Advogado da Autora tenha estado presente, e na qual foi proferido o despacho
saneador, tendo sido ainda designada data para a audiência de discussão e
julgamento. Notificado, o Advogado da Autora comunicou ao Tribunal, por
requerimento, a impossibilidade de comparência na data designada para a audiência,
em razão de ter, no mesmo dia e hora, outro julgamento. O Juiz despachou mantendo
a data designada, por não ter o Mandatário dado cumprimento ao disposto no artº
155º, n.º 2, do CPC. Por fax remetido ao Tribunal e efectivamente ali recebido, antes
da data marcada para a audiência, o Mandatário, notificado daquele despacho,
confirmou a impossibilidade de comparência no julgamento agendado e interpôs
recurso de agravo.
A – 2 valores
Comente a decisão de absolvição da Autora do pedido reconvencional.
B – 2 valores
O Juiz devia ter convidado o Réu-reconvinte a aperfeiçoar o pedido
reconvencional?