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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1 Introdução........................................................................................................................6
2.1 Ética..........................................................................................................................7
5 Conclusao......................................................................................................................13
6 Referências Bibliográficas.............................................................................................14
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1 Introdução
2.1 Ética
Observa-se que a palavra ética passou a fazer parte do vocabulário do homem comum e
está sempre na mídia, demonstrando a vigência de uma preocupação urgente e universal. A
este respeito, Cortina (2003, p. 18) afirma que: “embora a ética esteja na moda, e todo
mundo fale dela, ninguém chega realmente a acreditar que ela seja importante, e mesmo
essencial para viver”. Pictograma de três pessoas, com as mãos viradas para cima, na altura
da cintura. A pessoa do meio tem as sobrancelhas caídas e a boca retorcida para baixo.
Sobre a cabeça de cada um deles, um ponto de interrogação.
Segundo Cortella (2009, p. 102), “a ética é o que marca a fronteira da nossa convivência.
[...] é aquela perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores para
existirmos juntos [...] é o conjunto de seus princípios e valores que orientam a minha
conduta”. Quanto a ser um assunto tradicional dos filósofos e pensadores, Chauí (1998),
afirma que a Filosofia existe há vinte e cinco séculos e, neste período, a ética, enquanto um
dos seus principais ramos, esteve sempre presente e continua viva. A ética, hoje, é
compreendida como parte da Filosofia, cuja teoria estuda o comportamento moral e
relaciona a moral como uma prática, entendida por Cortella (2007) como o “exercício das
condutas”. Além disso, é entendida como um tipo ou qualidade de conduta que é esperada
das pessoas como resultado do uso de regras morais no comportamento social.
As duas estão entrelaçadas. A moral é entendida como um conjunto de normas para o agir
específico ou concreto. Assim, constitui-se de valores e preceitos ligados aos grupos sociais
e às diferentes culturas, determinando o que é ou não aceito por este grupo como bom ou
correto. Já a ética é a reflexão sobre a moral.
A ética discute os valores que se traduzem em existências humanas mais felizes, mais
realizadas, com mais bem-estar e qualidade de vida. Além disso, busca os valores que
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signifiquem dignidade, liberdade, autonomia e cidadania. Na medida em que entendemos a
importância da ética para a sobrevivência humana com qualidade e integridade,
compreendemos também a complexidade envolvida em suas relações com outros campos
do saber e da prática, fundamentais à vida humana em sociedade.
A ética deriva etimologicamente de «ethos» que significa modo de ser ou carácter. O seu
significado está intimamente ligado à fundamentação da moral pela razão. A existência da
ética tem longa data. Presente na antiguidade clássica, em concreto na Grécia, sob a forma
de «parrhesia» significa falar de forma livre, ou seja liberdade de expressão, dando forma à
democracia (Fernández-Molina, 2007). A ética na visão de Araújo (1992, p.163) concretiza
de forma explícita a «…construção de uma civilização pautada por uma normatividade que
vise a realização concreta da ideia da dignidade humana extensiva a todos os seres
humanos». Inequivocamente fundamenta-se a concepção ética no princípio da liberdade e
dignidade do homem em sociedade.
Numa breve abordagem filosófica, e apesar das inúmeras definições em que é apresentada a
ética como uma parte da filosofia que se ocupa da moral associada ao comportamento
humano, Martins (1996, p.79) define que a ética não estipula regras ou normas, mas sim
«…reflete sobre os princípios da vida moral…», ou seja, não apresenta um carácter
normativo, uma vez que a norma é do domínio da moral, na medida em que a moral se
associa à regulação da conduta num quadro mais amplo que é o da ética. Da mesma forma,
na perspectiva de Shachaf (2005), a ética promove um conjunto de valores que definem o
que é correcto e o que é errado, associando os valores a ideais, enquanto a moral se fixa no
modo como as práticas ocorrem na vida quotidiana. Posição divergente apresenta
Bustamante-Rodríguez (2007, p.119) na forma como refere a possibilidade de definir que a
ética é «…de forma general las normas y deberes morales de cualquier ámbito…»,
associando-a à conduta humana e sua organização em sociedade. Esta definição
essencialmente normativa e regulatória contrasta nitidamente com a posição crítica de
Souza (2007) que refere a perda de um sentido conceptual e universal da ética em favor de
um carácter normativo e regulatório. Assim, verifica-se uma instrumentalização da ética,
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retirando-se-lhe amplitude e universalidade ao ser utlizada de forma redutora como meio de
normatização da conduta humana.
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liberdade individual e a autodeterminação. Froehlich (1996) fundamenta a sua discordância
com Foskett’s, com o argumento óbvio da existência de uma intrínseca ligação entre os
valores profissionais e os direitos fundamentais do ser humano. Bayles apud Froehlich
(1996) enuncia um conjunto de direitos fundamentais: liberdade e autodeterminação;
proteção contra ofensa; igualdade de oportunidades; privacidade; mínimo bem-estar. A
estes direitos acrescenta o reconhecimento pelo trabalho do profissional da informação que
se encontra inscrito na grande maioria dos códigos de ética.
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é um problema que deve ser considerado sobretudo ao nível da sociedade, não devendo ser
analisado numa perspectiva de consagração de um direito fundamental do ser humano. Esta
posição bastante racional levanta novas perspectivas acerca dos fundamentos da ética na
informação, uma vez que o desenvolvimento da literacia como suporte essencial à
democracia depende do princípio universal do acesso gratuito à informação.
Na sua génese, o código de ética para o profissional tem como base dois modelos
conceptuais distintos. Quando decorre da assunção de princípios da igualdade e da
liberdade, imbuído de um certo espírito emanado pela Declaração Universal dos Direitos
Humanos, a sua linha de acção tem uma base procedimental. Quando a sua estruturação
tem implícita a razão kantiana, o saber universal, e deriva de imperativos racionais
associados a um iluminismo cognoscente, os códigos de ética têm uma base prescritiva,
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pelo que procedem à enumeração de um conjunto de regras com bastante rigidez, o que
nem sempre se adequa às novas realidades que surgem na relação entre profissionais da
informação e utilizadores dos centros de informação (Souza, 2007).
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5 Conclusao
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6 Referências Bibliográficas
Frankel, Mark (1989). Professional codes: Why, how, and with what impact? Journal of
Business Ethics. February/March, Volume 8, Issue 2-3, pp 109-115. Disponível na Internet
em http://link.springer.com/article/. Acesso aos 24 de Maio de 2021.
Shachaf, P. (2005). A global perspective on library association codes of ethics. Library &
Information Science Research. Disponível em
http://eprints.rclis.org/8941/1/Code_of_Ethics.pdf Acesso aos 24 de Maio de 2021.
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UNESCO (1998). Declaração Universal Dos Direitos Humanos. Disponível na Internet
em: http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf. Acesso aos 24 de Maio
de 2021.
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