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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VALENÇA

CURSO DE MEDICINA

DISCIPLINA SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE IV

5º período

Aluno: Maria Eduarda de Souza Fontes

Preceptor(a): Silvia Santos


2020

O começo ...

Meu nome é Maria Eduarda de Souza Fontes, tenho 21 anos e sou de Bom Jesus do Itabapoana- RJ. Durante o primeiro ano do ensino médio não sabia ao certo o que
queria fazer, ainda me considerava imatura para escolher, tão cedo, aquilo que faria durante toda a vida. Porém, sempre achei a carreira médica linda e sempre me
encantei pela forma com a qual os médicos tratam seus pacientes, dando esperança e renovando a fé de cada um, aumentando as chances de cura, não só através do
conhecimento, mas também da empatia e da humanização. Foi por isso que, ao longo dos dois últimos anos da escola, me interessei pela Medicina. Em 2017 fui morar fora
para fazer cursinho e lá aprendi o que realmente era estudar e lutar por uma vaga em uma faculdade tão concorrida. Em julho de 2018 me mudei para Valença, ingressei na
faculdade e, desde então, me identifiquei bastante com o curso. A cada dia sinto, ainda mais, que estou no lugar certo. Sobre Saúde da Família e Comunidade, considero
uma disciplina essencial e foi incrível tê-la desde o segundo período. A forma na qual vamos sendo inseridos, aos poucos, no cotidiano dos pacientes nos ajuda a crescer e
aprender sempre mais, não só como profissionais, mas como seres humanos. Primeiro, conhecemos o funcionamento da atenção primária como um todo, depois fomos
direcionados à comunidade, em Saúde da Família III, à abordagem familiar e, agora, ao indivíduo. Minhas expectativas para o semestre são de entender como os aspectos
sociais e culturais podem interferir no processo de saúde-doença, para poder conhecer as reais necessidades do paciente e, dessa forma, poder tratá-lo em todos os âmbitos.

O caminho...

 1ª Quinzena de atividades

O que vocês aprenderam nos últimos quinze dias?

No dia 27/08 foi ministrada uma oficina com o professor Cláudio sobre a aplicação do método de registro de informação denominado SOAP. E, ainda, tive a oportunidade
de conhecer um pouco mais sobre a Estratégia de Saúde da Família do Bairro de Fátima. Neste dia, como foi uma primeira visita, optei por apenas observar as consultas, o
modo de aplicação do SOAP eletrônico e a realização do exame físico. Além disso, tirei algumas dúvidas sobre a aplicação do SOAP e sobre a Medicina, de forma geral,
mas foram dúvidas mais pontuais, em relação aos casos dos pacientes que estavam sendo atendidos no momento.

Além disso, através das experiências teóricas e práticas, pude aprender melhor a forma na qual o método é aplicado e entender a sua importância na Atenção Primária,
assim como as ferramentas que o compõem. Uma das coisas que achei mais interessantes foi que ele facilita a aplicação do princípio da longitudinalidade, de forma efetiva,
já que organiza as informações do atendimento em uma sequência lógica, objetiva e de fácil acesso para o posterior acompanhamento e continuidade do cuidado.

Na segunda etapa do dia 27, o professor Luiz Felipe nos ensinou a utilizar a Consulta em 7 passos, método paralelo ao Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP), como
corroborado no artigo A consulta em 7 Passos: Execução e Análise Crítica de Consultas em Medicina Geral e Familiar no trecho: ‘’A consulta em 7 passos tem por base um
modelo clínico integrado, que é um desenvolvimento do método clínico centrado na pessoa. Isto é, centra-se na singularidade de cada pessoa e, ao mesmo tempo, presta
atenção aos aspectos biomédicos, ao médico, à relação médico-paciente e ao contexto em que tudo decorre.’’

Esse método é uma forma mais organizada e bem estruturada que direciona a consulta. Funciona como uma espécie de ‘’check-list’’, que deve ser aplicado em cada
paciente, mas de forma natural. Ele tem como objetivo romper com o modelo paternalista, no qual médico é o ‘’dono’’ da consulta e cabe a ele decidir o que fazer ou não.
Essa nova proposta entende a complexidade da condição humana e a dinâmica que do processo de saúde-doença e, por isso, busca dar autonomia ao paciente. Promove a
participação do indivíduo nas decisões, para que haja troca de informação e não apenas uma linha reta do médico para o paciente. Tal fator tem influência direta na adesão
ao tratamento, pois quando o paciente verdadeiramente entende e aceita o provável motivo da comorbidade e o hábito a ser mudado, a motivação é muito maior e,
consequentemente, as chances de cura. Ademais, ao estabelecer essa relação, o médico ainda consegue criar um vínculo forte com o paciente, o que facilita e otimiza as
próximas consultas e, ainda, auxilia a descobri detalhes que antes não foram ditos pelo paciente por falta de confiança no profissional.

Concluindo, ao realizar esse método, é importante que o médico seja objetivo e claro e fique atento ao impacto das informações passadas, à reação do paciente a tudo que
está ouvindo, pois muitas vezes ele não vai demonstrar por meio da fala, mas por gestos. Além disso, é imprescindível fazer um feedback ao final de cada consulta,
verificando se o paciente entendeu a comorbidade que tem, o tratamento a se fazer e as mudanças no estilo de vida.

Como vocês aprenderam?

A base teórica das oficinas online, associadas aos vídeos exemplificativos me apresentaram ferramentas importantes do dia a dia da Atenção Básica e, de forma mais
prática, pude aprender através do acompanhamento dos atendimentos do doutor Victor na Estratégia de Saúde do Bairro de Fátima do turno da manhã. Nessa ESF, o SOAP
já é aplicado de forma eletrônica e isso, além de permitir a otimização do tempo de atendimento, sem perder a qualidade, ele tem ferramentas, como a Classificação
Internacional de Doenças (CID) e tabela da Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP). A última engloba os problemas mais recorrentes da APS, através da
utilização de códigos nas diferentes etapas da consulta. Outro fator importante é que seu foco é na pessoa e não na patologia propriamente dita. Ela permite o entendimento
do paciente como um todo, respeitando o princípio da integralidade. Lá encontram-se opções de motivo da consulta, como ‘’medo de câncer’’, ‘’problema de
relacionamento com os familiares’’. Então o objetivo é buscar conhecer o sentimento do paciente, porque, muitas vezes, o cerne do processo de adoecimento está no contexto
no qual o paciente está inserido, nos medos desse indivíduo.

Já a CID, que também é preenchida no portal do e-SUS tem como função monitorar a incidência e a prevalência de doenças, por meio de uma padronização universal das
doenças e dos problemas de saúde globais. Isso possibilita um monitoramento da incidência e da prevalência das doenças e, ainda, apresenta um cenário amplo da situação
da saúde não só no Brasil, mas de todo o mundo.

No que diz respeito à Consulta em 7 passos, além do conteúdo da oficina online, foram feitas pesquisas extras acerca do tema. Esses pontos, somados, possibilitaram o
entendimento detalhado de cada passo a ser seguido. Dentre eles, a preparação, os primeiros minutos, a exploração, a avaliação, o plano, o encerramento e a reflexão final.

Tais conhecimentos foram adquiridos não só pelos vídeos e aulas, mas também, pela consulta em artigos e textos expositivos na internet.

Quais foram os significados deste novo conhecimento para o grupo e individualmente, como vocês o aplicaram?

A primeira quinzena acrescentou muito no meu aprendizado. Nela pude conhecer um pouco do dia a dia do Médico da Família e dos internos da faculdade, tirei dúvidas e
participei das aulas práticas. Isso me ajudou muito a solidificar o conteúdo exposto e, ainda, a entender como cada método é aplicado na prática e o impacto macro e micro
de cada um deles na sociedade. Esse conhecimento, ainda no começo/meio da faculdade é de suma importância para a nossa formação acadêmica e para sermos bons
profissionais futuramente.

Nessas duas semanas também foi possível resgatar aprendizados de períodos anteriores na disciplina, que agora estão sendo ainda mais fixados e correlacionados ao
cotidiano, como os princípios da Atenção Primária. Tanto o SOAP, quanto a Consulta em 7 passos nos remetem à longitudinalidade, à abordagem familiar e,
principalmente, à integralidade. Os três, associados têm extrema relevância no que tange à mudança do olhar para o indivíduo e, consequentemente, à prática da empatia.
ESF BAIRRO DE FÁTIMA

SOAP- ESF BAIRRO DE FÁTIMA (segue esse formato)


TABELA CIAP
 2ª Quinzena de atividades

O que vocês aprenderam nos últimos quinze dias?

Nos últimos quinze dias aprendemos a utilizar o protocolo SPIKES na comunicação de más notícias, além de fixar o conteúdo da Consulta em 7 passos, citado na quinzena
anterior, por meio de um teatro na aula prática.

O protocolo SPIKES consiste em um suporte de suma importância para os médicos, no que tange à comunicação de más notícias, mesmo que ainda pouco difundido no
mundo. Seu propósito é de reduzir o impacto emocional da informação dada, mas claro que associado à habilidade de diálogo por parte do médico. Primeiramente, é
importante ter o conceito de uma notícia ruim bem estabelecido. Segundo o artigo: Uso do Protocolo Spikes no Ensino de Habilidades em Transmissão de Más Notícias, ‘’O
termo "má notícia" designa qualquer informação transmitida ao paciente ou a seus familiares que implique, direta ou indiretamente, alguma alteração negativa na vida
destes. É importante que seja definido do ponto de vista do paciente: a notícia recebida por este é considerada desagradável em seu contexto’’.

A partir desse pensamento, pude inferir que, muitas vezes, no ponto de vista do médico, aquilo que está sendo dito não é nada muito preocupante, mas, para o paciente, pode
ser algo que vai fazer a diferença em sua vida e desencadeará mudanças drásticas em seus hábitos. Ao passo que, existem situações nas quais é feito o diagnóstico tardio de
uma doença terminal ou de alguma comorbidade, que mesmo descoberta no início, ainda não tem cura. Informações como essas são difíceis de serem ditas, mesmo que de
forma delicada. É por isso que, em todos os casos, o médico deve ser compreensivo e empático, independente do quanto ele acha que aquilo vai impactar na vida do
indivíduo. O SPIKES veio, então, dividido em 6 etapas, como um passo a passo, para auxiliar esse processo delicado. Ele é um método detalhista, que trabalha com cada
momento da consulta, desde à preparação do ambiente para a conversa, até a discussão de planos e tratamentos para o paciente (desde que ele esteja pronto para isso).

Essa ferramenta dá maior confiança ao profissional da saúde e um conforto ao indivíduo que está recebendo a notícia difícil e isso tem impacto, até mesmo, no tratamento,
podendo motivar o paciente a seguir o plano de cuidado, dar uma certa esperança e não fazer com que ele encare como uma ‘’causa perdida’’.

Como vocês aprenderam:

Os conhecimentos foram adquiridos através das aulas teóricas e fixados na prática presencial. No dia 10/09 o professor fez uma dinâmica de forma bem didática para que
pudéssemos entender realmente como funciona o SPIKES. Inicialmente, ele fez uma contextualização, para que já começássemos a refletir o tema, perguntando a cada aluno
qual especialidade gostaria de fazer e pediu para imaginar uma situação difícil na qual tivesse que dar uma má notícia, relacionada à área escolhida. Depois, ele dividiu a
sala em trios e pediu para escolhermos um tema para encenar, aplicando o SPIKES. Esse método foi muito interessante, pois mesmo sendo algo fictício, nos mostrou a
dificuldade que é passar uma notícia difícil para o outro, de achar palavras que amenizem a situação e que tragam um impacto menor no psicológico do paciente.

Na segunda etapa dessa aula prática, solidificamos o conteúdo da Consulta em 7 passos com o professor Luiz Felipe, que também expôs, de maneira bem didática, a forma
de aplicação do método. Ele e a Ariana prepararam um caso e pediram um voluntário para ser o médico, já que a Ariana seria a paciente fixa. O médico teria que aplicar
cada passo dos 7 e nisso, as outras pessoas da turma poderiam auxiliar, caso lembrassem de algum detalhe importante, a fim de que ficasse uma consulta bem completa.
Além das aulas presenciais, ainda tivemos oficinas, na qual os professores mostraram exemplos de vídeos com a aplicação dessas duas ferramentas e ainda pediram para
tentarmos achar cada passo e/ou componente do SPIKES. Por fim, pesquisei alguns artigos e textos para sedimentar o vivenciado na prática e encerrar o aprendizado de
forma concreta.

Quais foram os significados deste novo conhecimento para o grupo e individualmente, como vocês o aplicaram?

Esses últimos quinze dias me trouxeram novas perspectivas e me mostraram a importância da empatia. Neles aprendi que não se pode estimar o impacto que uma notícia
ruim fará na vida do indivíduo, até que se saiba sua compreensão e expectativas. A má notícia está sempre na perspectiva daquele que a está recebendo.

Entendi o quanto é necessário que o SPIKES seja mais conhecido e aplicado no mundo e a diferença que faz utilizá-lo ou não, pois reduzir os impactos de uma má notícia é
algo que todos podem fazer pelos outros.

Na prática, ainda não tive a oportunidade de usá-lo de forma efetiva, mas não há dúvidas de que é uma ferramenta que será diferencial em meu futuro profissional, pois é
sabível que o ato de transmitir más notícias, infelizmente, está presente em alguns momentos da atuação profissional, independente da especialização.

Em relação à Consulta em 7 passos não é diferente, pois ela também nos dá uma bagagem importante para nossa formação. Saber ouvir e decifrar as pessoas, de modo
geral, não é fácil e esse método nos ajuda a fazer, não só isso, mas também uma busca ativa por detalhes que as vezes são esquecidos ou deixados de lado, sendo que podem
ser o cerne da comorbidade. Tudo isso de forma humanizada, sempre procurando entender as expectativas da pessoa e o que ela quer saber sobre a patologia em questão.

Esses temas, então, trouxeram muito significado para nossa vida acadêmica e pessoal.
 3ª Quinzena de atividades

O que vocês aprenderam nos últimos quinze dias?

Nesses últimos quinze dias o foco da disciplina foi na Abordagem ao Tabagismo e na Mudança do Estilo de Vida. No que tange ao tabagismo, pude compreender que a
dependência química vai muito além do componente físico-químico do cigarro, mas existem outros dois ainda mais fortes, o psicológico e o comportamental, e são neles que
o MSF vai tentar intervir. O componente psicológico é aquela sensação de ‘’refúgio’’ que o cigarro promove quando surge um problema, seja ele pessoal, seja profissional.
Já o mecanismo de dependência comportamental é o que diz respeito aos hábitos da pessoa, que, muitas vezes, já criou o costume de fumar em determinado horário do dia e,
quando tenta parar, sente um desejo muito mais intenso nesse momento. A partir disso, pude entender melhor a complexidade da dependência ao cigarro e da intervenção
médica nesse aspecto.

Ademais, por meio das oficinas online e da visita à ESF Bairro de Fátima, conheci estratégias de abordagem aos indivíduos com dependência química e com outros
problemas, através dos estágios da Entrevista Motivacional. Pude entender que é imprescindível, em um primeiro momento, conhecer em qual estágio o indivíduo se
encontra, para assim tentar intervir e, o mais importante, é ter em mente que o objetivo principal não é passar do primeiro estágio (pré-contemplativo) para a cessação, mas
sim, tentar intervir em cada etapa, buscando uma evolução gradual, até chegar ao fim da dependência. Quando se atua dessa forma, as chances de alcançar o objetivo são
muito maiores. Mas é de suma importância que o indivíduo seja instruído, desde o início, acerca dos sintomas intensos da abstinência, que ele vai passar por momentos
difíceis, com uma vontade de fumar que parece ser incessante, mas que aquela fase passa e que depois os benefícios são muito maiores.

É importante salientar, ainda, que se o paciente tiver uma recaída, o médico não pode ‘’desistir’’ do paciente, mas deve motivá-lo ainda mais e continuar do estágio no qual
ele retornou, que não necessariamente vai ser a contemplação. Cabe ao médico, nesse momento, dizer que entende o que a pessoa está passando, que não é fácil abandonar
o cigarro e, a partir disso, vai tentar traçar uma nova estratégia, mas sempre de acordo com o que ele acha que vai ter mais chances de obter êxito, sem a necessidade de
parar de forma abrupta, mas podendo reduzir ou ainda, trabalhar com o método do adiamento.

Por fim, na oficina do dia 22/09 aprendi, ainda, a importância da criação de grupos de tabagismo nas Unidades e o quanto eles auxiliam as pessoas com dependência, pois o
compartilhamento de experiências de pessoas que estão passando pela mesma dificuldade as ajuda a reconhecer de forma mais efetiva os benefícios da mudança do hábito e
a não cometer os mesmos erros. Isso faz com que haja um estímulo maior de mudança, pois uma pessoa vai ajudando a outra a não ter a recaída, compartilha as vitórias
diárias e mostra como aquilo alterou seu cotidiano.

Como vocês aprenderam:

Através da visita à UBS do Bairro de Fátima, onde acompanhei o atendimento do médico Victor na parte da manhã. Nesse dia procurei conhecer um pouco mais sobre como
é feita a abordagem ao tabagismo na Estratégia e o Victor disse que como eles estão sem grupo de tabagismo, a abordagem é feita de forma mais individual. Ele utiliza a
abordagem breve, começando com perguntas mais abertas, procurando saber se o paciente sabe os danos que o cigarro provoca, o que ele pode causar e, depois, começa a
identificar o estágio motivacional no qual ele está inserido e, a partir disso, procura saber se ele está disposto a alterar o hábito, as vezes não de forma brusca, mas com
uma lógica de redução de danos, diminuindo o número de maços/dia.

Além disso, ainda tivemos um embasamento teórico e prático nas oficinas presenciais, nas quais pude fixar o conteúdo, por meio de encenações. Na primeira, ministrada
pelo professor Luiz Felipe, interpretei um médico urologista que tinha como objetivo fazer uma intervenção breve, aumentando a percepção do paciente sobre os riscos do
cigarro e mostrar as inúmeras razões que ele tinha para mudar o hábito, para que assim pudesse o encaminhar para o médico da Estratégia de Saúde do seu bairro, que
continuaria os passos da entrevista motivacional.

Para concluir, na oficina do professor Claudio iniciamos com uma dinâmica diferente acerca da entrevista motivacional, na qual organizamos cada estágio com a devida
tarefa motivacional, a fim de que pudéssemos solidificar o conteúdo, de forma mais efetiva, para depois iniciarmos a discussão do tema. Na segunda parte da aula foram
distribuídos papeis para cada aluno com temas relacionados à mudança do estilo de vida e discutimos um pouco sobre cada um deles. Essa atividade me permitiu entender
que apesar da Entrevista Motivacional ser bastante utilizada na abordagem ao tabagismo, ela também pode ser utilizada em diversos outros aspectos, no que se refere às
mudanças do estilo de vida, como na intervenção na obesidade e na hipertensão arterial, através do incentivo à prática de exercícios físicos e a alterações nos hábitos
alimentares.

Quais foram os significados deste novo conhecimento para o grupo e individualmente, como vocês o aplicaram?

Tais conhecimentos são de suma importância não só para a minha formação profissional, mas também para a de todos os alunos da disciplina. Conhecer estratégias de
abordagem aos indivíduos com dependência química ou com outro hábito de vida prejudicial à saúde é o diferencial para a clínica deles, pois ao seguir as etapas da
Entrevista Motivacional (EM), superando as ambivalências, expressando empatia, e estimulando sempre a autoeficácia, as chances de obter um desfecho positivo são muito
maiores. Mas, ao mesmo tempo, também entendi que nem sempre é possível perceber avanços no paciente de forma imediata, que ele pode acabar tendo recaídas e voltando
quase à estaca zero, mesmo após algumas tentativas, mas isso não deve nos desestimular. É necessário entender pelo que o paciente está passando e tentar sempre deixar
claro os benefícios da cessação, além de utilizar um fator que o incentive positivamente, como a saúde do filho que mora com ele, que acaba aspirando o ar poluído pelo
cigarro que ele fuma diariamente ou, no que diz respeito à obesidade, conversar sobre o fato de alguém da família poder desenvolver obesidade se seguir a sua alimentação.

Portanto, ao longo dessa quinzena pude compreender que a EM desvia o médico daquela postura paternalista e o direciona para uma posição mais humanizada, com troca
de conhecimentos entre ele e o paciente, compreendendo a sua realidade o ajudando efetivamente. Esses ‘’simples’’ aspectos melhoram grandemente a adesão e o
engajamento por parte do indivíduo e é por isso que, futuramente, gostaria de aplicar esses conhecimentos adquiridos fazendo atendimentos baseados nesses métodos.
Referências Bibliográficas

1 V Ramos - Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, 2009 - rpmgf.pt. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4132959/mod_resource/content/1/10609-10525-1-PB.pdf>

2 Disponível em: file:///C:/Users/maria/Downloads/SOAP%20e%20a%20CIAP%20na%20pratica%20da%20ESF.pdf

3 CA Lino, KL Augusto, RAS Oliveira… - Revista Brasileira de …, 2011 - SciELO Brasil. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
55022011000100008>

4 F Büchele, M Marcatti, DR Rabelo - Texto & Contexto Enfermagem, 2004 - redalyc.org. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/714/71413206.pdf>

Vídeos interessantes:

5 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Q3KEg1dyt9w>

6 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=AxmXT2FVWHI>

7 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=EBx9Kq6ap0U>


Maria Eduarda de Souza Fontes (1,5)

Parabéns Maria Eduarda, seu portfolio remete o aprendizado e as reflexões críticas que você construiu na disciplina. Senti falta da conclusão apenas, mas foi
algo estrutural que para o próximo trabalho você concluirá com sucesso. Fiquei muito feliz de perceber sua sensibilidade no cuidado ao outro e na
valorização da MFC para um cuidado integral no território. Acredito que você contemplou positivamente o módulo e seus objetivos. Continue assim! Quem
sabe nos vemos no internato? Abraços.

Conteúdo / relato Reflexão e Fontes de Organização/ Gramática e Correlação


ALUNO do aprendizado autocrítica estudo/ Citações Estrutura ortografia teórico-prática TOTAL/6
I B MB E I B MB E I B M E I B MB E I B M E I B MB E
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Maria Eduarda de Souza x x x x x x 1,5
Fontes (1,5)

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