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Comentários:
• Provavelmente o ônibus não manteve a velocidade constante ao longo de
todo o percurso.
• Se o ônibus realizou duas paradas de 15 minutos em postos de conveniência
ao longo do caminho, então manteve velocidade zero por meia hora.
• De modo geral, nenhum móvel costuma manter a velocidade constante ao
longo de todo o trajeto.
• Os carros encontram sinais fechados, engarrafamentos e naturalmente não
se consegue manter uma velocidade constante ao longo de todo o
percurso.
• Isaac Newton, ao estudar movimentos, preocupou-se em determinar
exatamente a velocidade em cada instante ao longo de todo o trajeto.
• Para conseguir tal feito, criou o conceito de velocidade instantânea a partir
da definição de velocidade média.
• Inicialmente vamos pensar que as posições sejam conhecidas em cada
instante ao longo do trajeto, ou seja, as posições ocupadas são dadas em
função do tempo: .
• Desse modo temos que .
Exemplo 3: Um móvel se desloca ao longo de uma estrada segundo a
função , sendo medido em segundos e em metros.
1. Determine a velocidade média do móvel entre os instantes e .
Temos e .
( )
Então .
2. Determine a velocidade média do móvel entre os instantes e .
Temos e .
, ( ) , ,
Então .
, , ,
3. Determine a velocidade média do móvel entre os instantes e .
Temos e .
, ( ) , ,
Então .
, , ,
• Observe que para intervalos de tempo muito pequenos iniciados no instante
, obtemos velocidades médias cada vez mais próximas de .
𝒕 𝒗𝒎
2,01 3,01
2,001 3,001
2,0001 3,0001
2,00001 3,00001
2,000001 3,000001
• Agora ficou mais fácil perceber o que está acontecendo: quanto mais próximo
estiver de , teremos mais próxima de .
• Formalmente diremos que o limite de quando tende para é igual a 3 e
escreveremos
.
→
𝑣 (m/s)
𝑡 −𝑡−2
𝑣 =
𝑡−2
𝑡(s)
0 2
• O conceito de limite foi criado por Newton inicialmente para resolver esse
tipo de problemas.
• A partir daí ficou definido o conceito de velocidade instantânea como o limite
da velocidade média.
𝑣(𝑡 ) = lim 𝑣
→
∆𝑠
• De outro modo também poderíamos escrever: 𝑣(𝑡 ) = lim
→ ∆𝑡
∆𝑠
𝑣(𝑡 ) = lim
∆ → ∆𝑡
• Repare que o conceito de limite surge para resolver o problema de calcular
um quociente da forma para valores de tão próximos de quanto
desejemos.
• E no caso não teria sentido fazer , já que isso resultaria no quociente ,
o qual chamamos de indeterminação.
• Porém, o fato de que é raiz das funções que se apresentam tanto no
numerador como no denominador, nos permite simplificar esse quociente e
resolver o problema inicial.
• Depois de simplificada a expressão, é permitido fazer na fórmula
encontrada e obter o valor exato do limite.
• Vejamos alguns exemplos a seguir.
Exemplo 4: Calcule .
2 −4 −3 −3 0
• .
• Outro modo é o método da chave:
2𝑥 − 6𝑥 + 𝑥 + 0𝑥 + 3 𝑥−1
−2𝑥 + 2𝑥
2𝑥 −4𝑥 −3𝑥 −3
−4𝑥 + 𝑥 + 0𝑥 + 3
4𝑥 − 4𝑥
−3𝑥 + 0𝑥 + 3
3𝑥 − 3𝑥
−3𝑥 + 3
3𝑥 − 3
0
• Então .
• Esse limite pode ser calculado diretamente fazendo , o que nos dá:
• .
Exemplo 5: Calcule .
• Então .
• Aqui podemos usar ou racionalização ou mudança de variável.
• Usando novamente mudança de variável, temos .
• Portanto quando temos , ou seja, .
•E .
• Logo
• Lembrando que , vamos desenvolver:
•
.
• Então
.
• Podemos observar que é raiz do polinômio
• Aplicando Briot-Ruffini obtemos:
2 1 0 −9 0 27 0 −28
1 2 −5 −10 7 14 0
• .
• Logo
.
Definição intuitiva de limite
0 𝑎 𝑥
• Note que o conceito de limite é local e depende apenas da existência da
função próximo ao ponto considerado, não sendo necessário que a função
esteja definida nesse ponto.
Exemplo 8: Considere a função definida pela lei de formação dada a seguir.
𝑦
O gráfico de é:
3 • É possível verificar que quando 𝑥 assume
valores próximos de 1, a função 𝑓(𝑥)
assume valores próximos de 2.
2
• Embora por definição se tenha 𝑓 1 = 3,
podemos observar que lim 𝑓 𝑥 = 2.
→
1
0 1 𝑥
• Observe que no Exemplo 8, quando se aproxima de , tanto por valores
mores do que , quanto por valores maiores do que , obtém-se sempre
valores de próximos de .
• Então independentemente da forma como se faça se aproximar de ,
teremos sempre o mesmo resultado para o limite de .
• Essa situação não acontece sempre. Vejamos alguns casos em que isso não
ocorre.
Exemplo 9: Considere a função .
• está definida para todo real diferente de .
𝑥
0
−1
𝑥
0
−1
Definição informal de Limites Laterais
0 𝑎 𝑥
• Considere uma função real definida em um intervalo da forma
0 𝑎 𝑥
Teorema 11: Considere uma função definida em um intervalo , exceto
possivelmente em . Existe o limite se, e somente se, os
limites laterais e existirem e forem iguais.
Simbolicamente temos:
𝑦
𝑦 = 𝑓(𝑥)
0 𝑎 𝑥
• Como uma consequência imediata do Teorema 11, podemos concluir que
vale a unicidade do limite.
Teorema 12 (Unicidade do Limite): O limite, quando existe, é único. Em
outras palavras: Se e , então .
−2 0 1 𝑥
Exemplo 14: Determine e reais para que existam e ,
para a função dada a seguir:
•
• .
• Como queremos que exista , devemos ter ,
ou seja, .
•
•
• Como queremos que exista , devemos ter ,
ou seja, .
• Observe que 𝑔 1 = 3.
• Porém lim 𝑔 𝑥 = 2.
→
• O gráfico de 𝑔 apresenta um “furo” no ponto (1,2).
Exemplo 17: A função é descontínua em .
• ℎ 1 = 1 + 3 = 4.
• lim ℎ 𝑥 = lim 𝑥 + 3 = 4.
→ →
• lim ℎ 𝑥 = lim 3 − 𝑥 = 2.
→ →
• Como os limites laterais são distintos, o gráfico
de ℎ apresenta um “salto” em 𝑥 = 1.
Pergunta: Existe alguma maneira de tornar as funções e dos exemplos 15
e 16 contínuas em ?
• Sim!
• Para isso basta obtermos um gráfico com traçado ininterrupto nesse ponto.
• No Exemplo 15, não existe .
• Porém está definida em uma vizinhança de , de modo que
.
• Então se fizermos resolveremos o problema obtendo uma curva
contínua.
• No Exemplo 16, existe , mas .
• Novamente se fizermos teremos um traçado
contínuo para o gráfico de .
Definição: Uma função é contínua em um ponto quando:
existe;
existe e
.
Exemplo 18: Determine e reais para que a função a seguir seja contínua
em e .
• A função está definida tanto em como em .
• Vamos calcular os limites laterais:
•
•
•
•
• Devemos ter e .
• Então e .
• Temos o sistema
• Que equivale a .