Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Campus Araraquara
Discente: Artur Pinheiro do Val / Prontuário: 1510011
Curso: Licenciatura em Matemática
RESENHA
Pavanello, R.M. & Nogueira, M.I.N. Avaliação em Matemática: algumas considerações. In:
Estudos em Avaliação Educacional. v. 27, n. 66, 2016.
Este artigo trata a respeito das formas como se deram as avaliações em matemática
até os dias atuais, levando em consideração que há diversas concepções matemáticas e
que isto influencia em sua avaliação.
Um consenso em avaliação matemática é que, esta está ligada diretamente ao
ensino-aprendizagem da matéria pois, através da avaliação, o professor pode saber como
está ocorrendo a aprendizagem dos alunos e fazer alterações, se necessário, em sua
prática pedagógica, e os alunos podem saber como estão se saindo, pelo ponto de vista do
professor, podendo dar mais ênfase no estudo daquilo que não foi bem compreendido.
Este escrito não tem a intenção de polemizar ainda mais as questões sobre
avaliação matemática, porém pretende-se tratar deste assunto sob algumas questões
obviamente lógicas, são elas: o que avaliar, o que ensinar, por que ensinar, para quem
ensinar e como ensinar (grifo do autor).
Conforme Caraça (1989, apud PAVANELLO e NOGUEIRA, 2006), em sua obra, há
duas formas de pensar o conhecimento matemático: o pronto e acabado e o em constante
construção.
A primeira concepção, de um saber matemático pronto e acabado, trás a ideia de
que este é algo refinado, com seus tópicos distintos devidamente organizados, e sendo
assim, passa a sensação de que sua utilização é, infalivelmente, um processo mecânico
(DAVIS e HERSH, apud PAVANELLO e NOGUEIRA, 2006).
A segunda concepção, segundo Caraça (1989, apud PAVANELLO e NOGUEIRA,
2006) e também, conforme Gonzalez (1997, apud PAVANELLO e NOGUEIRA, 2006),
indica que a construção do conhecimento matemático é consequência de um processo
histórico, e teve influências socioeconômicas e culturais.
Esta segunda forma de pensar em conhecimento matemático nos mostra que este
processo não é meramente acumulativo, mas é consequência de dúvidas, e estas só são
eliminadas após muita reflexão.
Ainda sob este olhar, pode-se dizer que o conhecimento matemático não evolui
apenas por ele mesmo, mas também devido às demandas de seu tempo e da sociedade
em que ele se constrói.
Definir matemática como algo pronto e acabado, significa fazer matemática (grifo do
autor) através dela mesma, atando a busca de novos saberes a esta área do
conhecimento.
Por outro lado, conceber a matemática como algo em constante construção,
significa fazer matemática (grifo do autor) à partir da realidade, de situações problemas do
dia-a-dia, com a tendência destes serem cada vez mais complexos.
O porquê de ensinar matemática, geralmente, está relacionado à três razões:
desenvolver o raciocínio, porque está presente na vida cotidiana e por ser ferramenta para
as demais ciências (grifo do autor).