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POLIENCÉFALOMALÁCIA

EM RUMINATES
Adryell Emanoel Bento da Silva; Jéssica Oliveira Santos Gonçalves;
Lúcia Helena Castilho Nolasco Bezerra; Roberta Estelita da Silva.

ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA
A Polioencefalomalacia em ruminantes é uma doença que
atinge o sistema nervoso, podendo ocorrer em qualquer
lugar do mundo, decorrente de diversos fatores, afetando
bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos. Polioencefalomalacia
é o termo que indica um diagnóstico morfológico de
amolecimento por necrose (malácia) da substância cinzenta
(pólio) do córtex cerebral. Os fatores que podem
desenvolver a doença são: deficiência de tiamina,
intoxicação por enxofre, meningoencefalite por herpesvírus
bovino tipo 5 (BoHV-5), intoxicação por sal associada a
privação por água, intoxicação por chumbo, intoxicação
por plantas que produzem tiaminases, amprólio e “Uva do
Japão”.

SINAIS E SINTOMAS
Os sinais clínicos podem ocorrer de forma aguda ou
crônica. O animal pode apresentar cegueira,
estrabismo, e alterações comportamentais podem ser
observadas, como apatia, e é comum que o indivíduo
pressione a cabeça sob superfícies, como mostra a
imagem ao lado.

PATOGENIA E DIAGNÓSTICO
A deficiência da tiamina interfere no metabolismo da glicose
no sistema nervoso central. Sua falta causa um
comprometimento na produção de ATP, uma importante
substância para o funcionamento do cérebro.
O diagnóstico é realizado através do histórico, de exames
laboratoriais e pós-morte
Nos casos suspeitos de intoxicação por enxofre, pesquisa-se
o elemento na água, ração, volumoso ou suplemento mineral.
Em casos intoxicação por sal o histórico de consumo
excessivo de sal mineral ou restrição hídrica por vários dias é
crucial. Nos casos de intoxicação por chumbo, as
concentrações sanguíneas do mineral são indicadores no
diagnóstico clínico.
Também pode ser realizado diagnóstico terapêutico, a partir
da recuperação dos animais em resposta ao tratamento com
tiamina e corticoides.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO
O tratamento de deficiência da vitamina B1, é baseado na
administração de Cloridrato de tiamina Intramuscular (IM) ou
Intravenoso (IV) ( 10 a 20 mg/kg ) e Dexametasona IM ( 0,2
mg/kg ). Esse protocolo deve ser realizado de 4 a 6 vezes ao dia
ou uma vez ao dia durante 3 dias seguidos.
No caso de intoxicação por enxofre, deve-se encontrar a fonte
desse mineral e eliminar da dieta do animal.
Para prevenção deve-se oferecer suplementos minerais na
quantidade correta, permitir o acesso a água de qualidade e em
quantidade adequada, observar (quantificar) o teor de enxofre
oferecido na dieta e restringir o acesso dos animais a locais
contaminados..

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