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Antes de conhecer melhor a lei 8666/93 saiba onde o porque da sua existência. Quando os administradores
governamentais precisam comprar, locar ou contratar produtos, obras ou serviços, na maior parte das vezes,
é obrigatório um processo chamado de Licitação. De forma geral, a licitação é uma competição formal entre
empresas que desejam oferecer seus serviços as organizações públicas.
Como as entidades publicas usam verba do governo, devem realizar processos transparentes e seguir
algumas regras, por isso a lei 8666/93 foi criada.
Tudo esta bem descrito na Lei Federal 8.666/93, ou seja, estados e municípios, não podem criar leis
próprias para reger esse tipo de contrato. Além disso, a Lei 10.520/2002 complementa as regras para a
realização de uma licitação.
O Senado brasileiro aprovou, no dia 10 de dezembro de 2020, o projeto da Nova Lei de Licitações
4.253/2020. Caso sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, será um novo marco legal para substituição da
Lei 8.666/1993, que regulava os processos licitatórios no país, assim como a Lei do Pregão (nº 10.520/2002)
e a Lei do RDC (nº 12.462/2011).
▪ A competência para dispor sobre normas gerais de licitações e contratos é da União, nos termos do art. 22,
XXVII, e do art. 37, XXI, da CF:
Logo, para dar conta de seu papel, o governo precisa de produtos ou serviços de empresas privadas
especializadas. Mas para garantir a transparência do processo, em boa parte dos casos, essa distribuição de
competências deve ser regida por uma legislação — a Lei 8666 ou Lei de Licitações.
Como veremos neste artigo, entre vários princípios, ela prevê a possibilidade de exigência de garantia
contratual em licitação. Além disso, entenderemos melhor como funcionam os processos licitatórios e a
importância do Seguro Garantia Licitação. Acompanhe!
O que é uma licitação pública e como funciona?
A licitação é um processo administrativo utilizado pelos órgãos públicos para selecionar a proposta mais
vantajosa, de maior qualidade e menos onerosa para realizar compras ou a contratação de uma obra ou
serviço. Trata-se, portanto, de uma competição formal entre organizações que desejam oferecer seus
préstimos ou produtos ao governo.
Um dos objetivos dessa concorrência é dar oportunidade para que diferentes empresas — de diversos portes
— possam atender às demandas do Estado. Por isso, as licitações devem ser públicas e acessíveis para todos.
Além disso, como essas entidades utilizam recursos públicos, os processos devem ser absolutamente
transparentes e seguir alguns princípios. Assim, todas as regras acerca das licitações estão determinadas
na Lei 8666/93 (Lei 8.666, de 21 de junho de 1993), também conhecida como Lei de Licitações, e
complementadas pela Lei 10520 ( Lei 10.520, de 17 de junho de 2002).
As normas reforçam o conceito de eficiência dessas compras e o fundamento do bom uso da verba pública.
A Lei 8666/93 também define quem pode participar de uma concorrência: médias e grandes empresas,
MEI, MPE e até Pessoas Físicas.
Há, no entanto, segundo a Lei 8666, algumas exceções que visam proteger o processo licitatório de
concorrentes que podem prejudicá-lo. As regras estabelecidas na Lei de Licitações, por exemplo, buscam
evitar que uma pessoa ou empresa tenha vantagem sobre seus concorrentes.
Inexigibilidade de licitação
A Lei de Licitações prevê, ainda, dispensa ou inexigibilidade do procedimento licitatório em algumas
hipóteses. Quando comprovada a inviabilidade ou desnecessidade de licitação, é autorizado ao administrador
público contratar diretamente o fornecedor do produto ou a execução de serviços.
A inexigibilidade é permitida pela Lei 8666/93 em situações nas quais houver fornecedor exclusivo,
singularidade para contratação de serviços técnicos, contratação de artista, notória especialização e outras.
Contudo, dado que acompanhar regularmente esses veículos demanda bastante trabalho, existem,
atualmente, instrumentos legais e ferramentas tecnológicas para isso. Esses recursos permitem encontrar
chamadas de concorrência abertas às quais a sua empresa pode se candidatar.
Os boletins informativos específicos podem ser uma boa forma de descobrir processos em andamento.
Nesses periódicos, costumam ser publicados tanto avisos de licitação pública quanto homologações,
retificações e súmulas de contrato.
Há também softwares desenvolvidos especialmente com esse fim. Eles fazem a cobertura de portais
públicos de todo o Brasil. O RCC, por exemplo, permite o acompanhamento de editais por segmento e a
pesquisa por filtros. Outra opção são os chamados “bancos de licitação”.
O que é garantia contratual em licitação na Lei 8666/93?
Conforme a Lei 8666/93, para a assinatura de contratos, os órgãos públicos podem exigir uma garantia — e
é muito comum que o façam. A chamada garantia contratual em licitação objetiva assegurar o fiel
cumprimento das obrigações assumidas por empresas em processos licitatórios e contratos.
Já o Seguro Garantia Licitação é a modalidade de garantia mais utilizada nesses processos. Com ele, caso o
contrato firmado não seja cumprido, o valor da garantia contratual em licitação poderá ser convertido em
favor do Estado.
Um deles, conforme a Lei 8666/93, pretende assegurar o cumprimento de todas as normas contratuais pela
empresa que tenha sido vencedora em uma licitação. O Seguro Garantia licitante cobre, portanto, o risco
contra a recusa do vencedor. Isso significa que, se a empresa não assinar o contrato, essa modalidade protege
o licitante (segurado) dos custos da anulação da concorrência ou chamada do segundo colocado.
Por outro lado, há também o Seguro Garantia execução, que é voltado para contratos que têm o objetivo de
proteger contra uma possível inadimplência dos respectivos executantes. No caso de serem órgãos públicos,
essa garantia é exigida, pois, se as empresas vencedoras e responsáveis por serviços, obras ou fornecimento
de produtos não entregarem o acordado, o governo será indenizado no valor da apólice.
Quais são as vantagens do Seguro Garantia Licitação?
Além do Seguro Garantia, existem outras modalidades de garantia contratual em licitação previstas na Lei
8666/93, como caução em dinheiro ou títulos da dívida pública e fiança bancária.
Mas o Seguro Garantia em Licitação apresenta uma série de vantagens em comparação a essas outras duas
modalidades. Ao optar pela caução, o valor depositado ou usado em títulos fica retido e indisponível durante
o período do contrato. Já no caso da fiança bancária, o banco se torna o fiador e a empresa acaba por ter o
seu limite de crédito comprometido.
Sendo assim, a opção pelo Seguro Garantia Licitação se faz mais vantajosa, além de também ser menos
onerosa do que as outras modalidades. Ademais, estão entre os benefícios desse serviço a possibilidade de
contratação rápida e a proteção ao capital de giro da empresa.
Quanto custa um Seguro Garantia Licitação?
O valor do Seguro Garantia Licitação é calculado como uma pequena porcentagem do total do edital de
contratação. As taxas para contratos maiores podem variar de 1% a 1,5% ou serem até mais baixas. Já em
casos de valores maiores, o preço é de cerca de 3% do valor do contrato.
Entretanto, cabe ressaltar que esse custo pode ser maior ou menor, de acordo com a qualidade do crédito da
empresa que está contratando o seguro, além da saúde financeira da organização. Assim, para conseguir um
valor mais baixo, é preciso comprovar a solidez da empresa e a sua capacidade de cumprimento de suas
obrigações.
Isso significa, portanto, que durante dois anos teremos o chamado período de transição, no qual estarão em
vigor duas normas gerais relacionadas às licitações. Esse é o prazo para que órgãos públicos e empresas
possam se adequar às novidades.