DISCIPLINA: ARTES
TURMAS: 2º ANO
O processo de criação do artista é a parte mais valiosa da obra. Lógico que o produto
final é importante, mas é durante o inicio e o término da obra que estão suas
inquietações, erros e acertos, dúvidas e certezas, vontade de mudar tudo e o mais
importante os seus questionamentos.
A obra final de um artista não é o ápice de sua criação, mas descobrir já durante o
processo que impactos irão causar no seu público.
O artista vive a obra somente enquanto ela esta sendo produzida, pois quando é
finalizada quem passa a vivenciá-la é o fruidor, o contemplador de sua obra.
Os processos de criação na atualidade estão sendo cada vez mais valorizados, pois é
o instante do autor com sua obra. A construção da obra é um lugar que tem vários
caminhos e isso é prazeroso tanto para quem faz como para quem vê.
http://blogdolayo.wordpress.com/2010/11/09/o-que-e-processo-de-criacao-em-arte/
Texto
(...) Cada artista tem seu tempo de criação. É difícil saber quando começa
a gravidez e quando se dá o parto. Há pintores que são
permanentemente prenhes, parindo ninhadas como era o caso de Picasso. Eu,
antes de iniciar a viagem – o quadro -, consulto minha bússola interior e traço o
rumo. Mas, quando estou no mar grosso, sempre sopra um vento forte que me
desvia da rota preestabelecida e me leva a descobrir o novo quadro. Todo
criador é um Pedro Álvares Cabral. (...)
(In: Camargo, Iberê, Gaveta dos Guardados, São Paulo: EDUSP, 1998. p.31-36.)
Dobradura é a arte de construir objetos com papel. Uma de suas variantes é o origami.
VOCÊ IRA CRIAR NO MINIMO 3 PEIXES COM CORES DIFERENTES ( UM PEIXE DE CADA
COR E PODE UTILIZAR A PRÓPRIA FOLHA DO CADERNO DE DESENHO E COLORIR DO
SEU JEITO ) E COMPOR UMA OBRA EM UMA FOLHA SEPARADA.
OBSERVAÇÃO : VOCÊ IRA FAZER A DOBRADURA DO PEIXE E O FUNDO PODE SER REALIZADO
COM DESENHO E PINTURA COM LÁPIS DE COR.
O PROCESSO DE CRIAÇÃO NA DANÇA – PARTE 2
Baile na roça é o título que Cândido Portinari deu à primeira tela em que retratou o Brasil,
pintando uma típica festa popular de sua cidade natal no interior de São Paulo, Brodósqui. A
obra foi rejeitada pelo Salão Oficial da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, pelas
inovações técnicas incorporadas pelo pintor. Baile na roça é também o nome do espetáculo
que o Balé da Cidade de São Paulo remonta neste ano para comemorar os cem anos desse
pintor brasileiro que sempre buscou as raízes de seu país.Mas as relações entre Portinari e a
dança estão longe de se esgotar neste nome. Além de pintar variadas telas sobre bailes e
festas de sua terra, ele ainda estendeu sua arte para os figurinos e os cenários do balé Iara,
apresentado no Brasil em 1946 pelo Original Ballet Russe.
Aliás, foi a partir do convite de remontar Iara, história da rainha das águas e sua luta contra o
Sol da seca nordestina, que Baile na roça – Coreografias para Portinari começou a andar com
seus próprios pés. O Projeto Portinari, coordenado pelo filho do pintor, conseguiu resgatar os
cenários e os figurinos da peça, mas a coreografia permaneceu desconhecida. Diante da falta
de registros sobre Iara, o diretor José Possi Neto (ECA/USP) montou um novo espetáculo,
inspirado em diferentes telas do pintor e dançado pela primeira vez em 1998, quando Possi era
diretor do Balé da Cidade.
A versão atual mantém a divisão anterior em cinco balés, sendo que um deles subdivide-se
ainda em três partes. “Cada um dos balés foi coreografado por bailarinos da companhia. Cada
um tem uma busca e se inspirou em telas e aspectos diferentes de Portinari”, explica Possi. A
ligação entre eles são os trechos da coreografia de Ana Teixeira que se alternam com as
criações dos outros bailarinos. “Ela quis mostrar as mulheres fortes através de seus pés, suas
mãos e costas marcantes nas telas. Os três quadros da coreógrafa são mais conceituais”,
conta a diretora artística do Balé da Cidade de São Paulo, Mônica Mion, que dançou o
espetáculo em 1998. Na cena sobre as mãos, os figurinos de Lino Villaventura permitem que
somente as mãos dos dançarinos apareçam. O mesmo acontece com outras partes do corpo.
Da roça para o palco – Os pés dos bailarinos traduzem para a dança os pés da roça, dos
espantalhos, dos retirantes, dos músicos, das crianças, dos brasileiros enfim retratados por
Portinari, ele próprio “um caipira”, como se definia. Ao fundo do palco, as pinturas que
influenciaram cada cena do espetáculo são projetadas com uma alteração – os personagens
de Brodósqui foram retirados para que os dançarinos dessem vida a eles durante o balé. É
assim que o sanfoneiro, o João Negrinho e os familiares de Portinari, retratados em Baile na
roça, pulam para o palco e que os cenários das telas do pintor se transformam em cenários do
espetáculo.
Um ícone bastante pintado por Portinari, ao qual ele se compara em um de seus depoimentos,
é o espantalho. Essa importante figura da crendice popular, tema apreciado pelo pintor, recebe
o único solo do espetáculo, quando um dançarino se movimenta pendurado por elásticos,
utilizando técnicas circenses. Além de retratar a realidade na “roça”, a temática urbana das
telas do pintor também serviu de inspiração, como conta Possi.
Representando retirantes oprimidos na cidade grande, uma bailarina dança dentro de uma
espécie de aquário que se esvazia ao fim da cena, ao som de Deodeca, de Caetano Veloso e
Jacques Morelembaum. A Orquestra Sinfônica Municipal, com regência do maestro Henrique
Lian, interpreta as composições também assinadas por Egberto Gismonti, Sérgio Assada e
Hermeto Paschoal, que encerra o balé com forrós, “os bailes da roça”, segundo Possi. Para o
diretor, o espetáculo tem uma estética com valores e temáticas brasileiros, características que
Portinari teve coragem de assumir em sua obra Baile na roça, desafiando os preceitos
acadêmicos vigentes no País para retratar a identidade nacional.
ATIVIDADES
1 ) APÓS A LEITURA DO TEXTO RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO EM
FOLHA SEPARADA :