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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

Lucas Matheos de Brito Leal

Automação Predial – Eco Business Center

Recife
2020
1

Lucas Matheos de Brito Leal

Automação Predial – Eco Business Center

Trabalho de Conclusão do Curso de


Engenharia de Controle e Automação da
Universidade Federal de Pernambuco,
como requisito da disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso (EL403).

Orientador: Prof. Davidson da Costa


Marques

Recife
2020
2

Lucas Matheos de Brito Leal

Automação Predial – Eco Business Center

Trabalho de Conclusão do Curso de


Engenharia de Controle e Automação da
Universidade Federal de Pernambuco,
como requisito da disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso (EL403).

Data da Defesa do TCC: ______/______/______.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________

Prof.

Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________________

Prof.

Universidade Federal de Pernambuco


3

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu pai João neto e a minha mãe Lucilene Tavares, por todo o
apoio em momentos difíceis.

Agradecer a minha esposa Vanessa Bezerra por todo o companheirismo em


todas as jornadas.

Agradecer ao meu orientador por todos os conselhos e orientações.

Agradecer ao meu amigo e chefe Antônio Almir de Siqueira por todos os


ensinamentos e oportunidades.

Agradecer a toda equipe o Eco Business Center por me receber de braços


abertos
4

RESUMO

Este trabalho apresentará uma visão da construção e funcionamento do que


venha a ser a automação de um edifício empresarial. Sendo assim, apresenta partes
técnicas da rede de comunicação; hardwares utilizados e softwares desenvolvidos.

Dessa forma, seu foco será na medição de energia; como funciona o processo;
tipos de tarifa; distribuição de consumo nas unidades consumidoras; como funciona a
cobrança sobre unidades consumidoras e o sistema supervisório (SCADA).

Palavra-chave: BluePlant; PLC; SCADA; sistema supervisório.


5

ABSTRACT

This work will present a vision of the construction and operation of what will
become an automation of a business building. Therefore, it presents technical parts of
the communication network; hardware used and software developed.

Then, your focus will be on energy measurement; how the process works; fare
types; consumption distribution in consumer units; how charging for consumer units
and the supervisory system (SCADA).

Keywords: BluePlant; PLC; SCADA; Supervisory system.


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LISTA DE FIGURAS
Figura 1-Custos incluídos na tarifação da energia elétrica..................................................................18
Figura 2 - Termostato Warren Johnson .............................................................................................23
Figura 3 - Exemplo de Hierarquia de Rede. ........................................................................................26
Figura 4 - Modelo OSI. .......................................................................................................................27
Figura 5 - Tela Sinóptica de Monitoramento e Controle de Processo .................................................30
Figura 6 - Menu Edit - BluePlant. .......................................................................................................31
Figura 7 - Exemplo de Criação de Tag. ...............................................................................................32
Figura 8 - Exemplo de Template ........................................................................................................33
Figura 9 - Menu Security. ..................................................................................................................34
Figura 10 - Protocolo Utilizado Pelo Dispositivo.................................................................................34
Figura 11 - Nó Adicionado A Partir Do Canal Modbus. .......................................................................35
Figura 12 - Endereço E Node De Um Tag No Submenu Point. ............................................................35
Figura 13 - Grupos de Alarmes. .........................................................................................................36
Figura 14 - Items dos Alarmes. ..........................................................................................................37
Figura 15 - Menu Datasets. ...............................................................................................................38
Figura 16 - HistorianTable. ................................................................................................................39
Figura 17 - Menu de Tag Historian. ...................................................................................................40
Figura 18 - Menu Script. ....................................................................................................................40
Figura 19 - Menu Display. ..................................................................................................................41
Figura 20 - Menu Reports. .................................................................................................................42
Figura 21 - Certificado Leed. ..............................................................................................................43
Figura 22 - Edifício Eco Business Center e empresas participantes. ....................................................45
Figura 23 - Multimedidor Schneider. .................................................................................................46
Figura 24 - CLP NX3004. ....................................................................................................................47
Figura 25 - Quadro Elétrico Subsolo 3. ...............................................................................................48
Figura 26 - Tela Principal do Sistema Supervisório. ............................................................................51
Figura 27 - Tela 19º Pavimento..........................................................................................................52
Figura 28 - Seleção De Sala Individual................................................................................................53
Figura 29 - Quadro De Medição.........................................................................................................53
Figura 30 - Seleção De Salas Com Mais De Uma Unidade. ..................................................................54
Figura 31 - Quadro Exemplo De Salas Com Mais De Uma Unidade.....................................................54
Figura 32 - Bloco na rotina de consumo do CLP. ................................................................................56
Figura 33 - Sistema Daikin. ................................................................................................................58
Figura 34 - Tela de Pulsos Sistema Supervisório.................................................................................58
Figura 35 - Tela de Registro de Feriados. ...........................................................................................60
Figura 36 - Popup Para Emissão De Relatório. ...................................................................................61
Figura 37 - Gráfico De Variáveis Elétricas: Tensão. .............................................................................62
Figura 38 - PopUp de Controle de Escala. ..........................................................................................63
Figura 39 - Tela do Relatório Geral de Consumo. ...............................................................................64
Figura 40 - Relatório de Consumo Geral. ...........................................................................................65
Figura 41 - Primeiro Relatório individual do Sistema..........................................................................66
Figura 42 - Segunda Versão Do Relatório...........................................................................................67
Figura 43 - Novo Quadro de Leituras Totais. ......................................................................................68
Figura 44 - PopUp Relatórios .............................................................................................................69
7

LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Produção de Energia Elétrica no Brasil. ............................................................................15
Gráfico 2 - Composição tarifária ........................................................................................................19
8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dados dos Multimedidores ...............................................................................................56


Tabela 2 - Comparação de Medição do Mês de Setembro. ................................................................59
Tabela 3 - Resultados Obtidos ...........................................................................................................59
9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABRADE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISTRIBUIDORES DE


ENERGIA

ACL AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO LIVRE

ACR AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO REGULADA

ANEEL AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA

BEN BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL

CCEARs CONTRATOS DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA NO


AMBIENTE REGULADO

CCEE CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA


ELÉTRICA

EBC ECO BUSINESS CENTER

EE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

EPE EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA

INMETRO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E


TECNOLOGIA

MME MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

ONS OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO

OSI OPEN SYSTEM INTERCONNECTION


10

SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................................. 4
ABSTRACT ......................................................................................................................... 5
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................... 6
LISTA DE GRÁFICOS ....................................................................................................... 7
LISTA DE TABELAS.......................................................................................................... 8
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS .......................................................................... 9
SUMÁRIO .......................................................................................................................... 10
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12
1.1 MOTIVAÇÃO .......................................................................................................... 12
1.2 OBJETIVOS DO TRABALHO ................................................................................. 12
1.2.1 OBJETIVO GERAIS ............................................................................................. 12
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 12
1.3 METODOLOGIA E ORGANIZAÇÃO TEXTUAL ....................................................... 13
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA .......................................................................... 14
2.1. CONTEXTUALIZANDO O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO ............................. 14
2.2. O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO ....................................................................... 15
2.3. TARIFAÇÃO ............................................................................................................ 18
2.3.1. CÁLCULO DAS PARCELAS A E B .................................................................... 19
2.3.2. MODALIDADES E BANDEIRAS TARIFÁRIAS ................................................ 21
2.4 AUTOMAÇÃO PREDIAL ....................................................................................... 23
2.4.1 DEFINIÇÃO, APLICAÇÃO E FUNCIONALIDADE ........................................... 24
2.4.2 PILARES DA AUTOMAÇÃO PREDIAL ............................................................. 25
2.5 SISTEMAS SUPERVISÓRIOS DE CONTROLE E AQUISIÇÃO DE DADOS ....... 29
2.6 AVALIAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE .............................................................. 42
2.6.1 LEADERSHIP IN ENERGY AND ENVIRONMENTAL DESIGN - LEED ............... 42
3. EDIFÍCIO ECO BUSINESS CENTER .................................................................. 44
3.1 O EDIFÍCIO.............................................................................................................. 44
3.2 AUTOMAÇÃO DO EDIFÍCIO ................................................................................. 45
3.2.2 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS......................................................................... 45
3.2.3 SISTEMA DE MEDIÇÃO ..................................................................................... 48
3.2.4 FLUXO DE DADOS E INFORMAÇÕES: MULTIMEDIDOR AO SISTEMA
SUPERVISÓRIO. ................................................................................................................ 49
11

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................. 50


4.1 ADIÇÃO DE MULTIMEDIDORES PARA CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO DAS
ÁREAS COMUNS DOS PAVIMENTOS TIPO .................................................................. 51
4.2 QUADRO DE MEDIÇÃO DAS SALAS E LOJAS ................................................... 52
4.3 ADAPTAÇÃO NOS RELATÓRIOS DE CONSUMO .............................................. 55
4.4 TELA DE PULSOS DE AR CONDICIONADO VRV .............................................. 57
4.5 MANUTENÇÃO DO SCRIPT DE DIVISÃO DE CONSUMO ................................. 59
4.6 TELA DE REGISTRO DE FERIADOS .................................................................... 60
4.7 AUTOPREENCHIMENTO DA TELA DE EMISSÃO DE RELATÓRIOS .............. 61
4.8 IMPLEMENTAÇÃO DA ESCALA DO GRÁFICO DE VARIÁVEIS ELÉTRICAS 62
4.9 RELATÓRIO GERAL DE CONSUMO .................................................................... 63
4.10 REFORMULAÇÃO DO BANCO DE DADOS. ........................................................ 65
4.11 EVOLUÇÃO DOS RELATÓRIOS INDIVIDUAIS .................................................. 66
4.12 RELATÓRIOS INDIVIDUAIS GERADOS AUTOMATICAMENTE ...................... 68
5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 70
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 71
12

1 INTRODUÇÃO

1.1 MOTIVAÇÃO
Com o avanço da tecnologia e o surgimento da internet das coisas (IoT), a
automação residencial e predial se torna cada vez mais comuns e mais fáceis no
ambiente em que convivemos garantindo mais conforto e funcionalidade. A
capacidade de conexão entres os equipamentos, dispositivos e os milhares de tipos
de sensores existentes, possibilitam a criação de diversos ambientes, onde cada um
se adapta às necessidades exigidas, otimizando a eficiência operacional de todos os
dispositivos.
Tipicamente, as edificações representam 44% de consumo energéticos
destinados à iluminação e 20% ao sistema de ar condicionado (Lamberts, 2000). Tais
fatos sugerem a automação como uma possível solução na redução do consumo de
energia no qual realiza o gerenciamento dos equipamentos.
Diante do conhecimento difundido dos benefícios esperando da automação,
estes ainda apresentam diversas possibilidades soluções de automação. Sendo
assim, a curiosidade sobre o assunto, após ingressar no mercado de automação
predial e vivenciar grande parte do processo como desenvolvedor do software,
motivou para o desenvolvimento deste trabalho.

1.2 OBJETIVOS DO TRABALHO

1.2.1 OBJETIVO GERAIS

O objetivo geral desse trabalho é compreender o funcionamento do sistema de


automação predial do edifício Eco Business Center, situado em João pessoa, Paraíba.
O projeto apresentará o tipo de rede, os hardwares e os softwares utilizados.

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos são:

• Apresentar o tipo de rede, hardwares e softwares utilizados no projeto


do edifício Eco Business Center;
13

• Abordar os aspectos de tarifação e equipamentos utilizados;


• Analisar a forma de cobrança tarifária do edifício empresarial da energia
consumida pelos condôminos.

1.3 METODOLOGIA E ORGANIZAÇÃO TEXTUAL

O trabalho desenvolvido e o conteúdo produzido no âmbito do presente


documento são estruturados em quatro capítulos. Após o capítulo de introdução, o
documento apresenta a seguinte estrutura:

● Capítulo 2 - Consiste na fundamentação teórica que tem como


finalidade situar o leitor sobre como está dividido o setor elétrico
brasileiro, fornece uma breve explicação de como é calculada a tarifa de
energia e, por fim, explicar quais os tipos de tarifa presentes no setor.
● Capítulo 3 - Será abordado brevemente o que vem a ser a
automação predial, qual sua finalidade, principais dispositivos utilizados
e como se comunicam, apresenta brevemente o software SCADA
utilizado e o que é o certificado LEED.
● Capítulo 4 - Consiste em apresentar as modificações e correções
aplicadas ao software SCADA analisando os resultados obtidos.
14

2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

Neste capítulo é apresentado a fundamentação teórica do setor elétrico


brasileiro e das tecnologias utilizadas para o desenvolvimento do trabalho. Para isso,
temas como: Tarifação de energia; Medição elétrica; Redes de comunicação; Banco
de dados entre outros tópicos serão necessários para o entendimento de todo o
processo.

2.1. CONTEXTUALIZANDO O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

É de conhecimento geral o importante papel que a energia elétrica protagoniza


diante do ambiente social, além de ser indispensável para o desenvolvimento
socioeconômico. No Brasil, sua implantação se deu ao final do século XIX e ao longo
dos anos o setor passou por diversas fases de expansão, reformas e crises.
De todas as formas de geração de energia existente a fonte predominante, no
Brasil, é a geração a partir de usinas hidrelétricas que corresponde a cerca de quase
65% do total da energia produzida, seguida das Termelétricas com 28% e o restante
é provindo de usinas eólicas e solares, o Gráfico 1 mostra a distribuição da produção
de energia elétrica dividida por setores. (ANEEL, 2020)
15

Gráfico 1 - Produção de Energia Elétrica no Brasil.

Fonte: https://www.aneel.gov.br/infografico - ANEEL

2.2. O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

O setor elétrico brasileiro é composto por quatro segmentos, são eles: Geração;
Transmissão; Distribuição; Comercialização.

Como mencionado na seção 2.1 o modelo predominante da geração de energia


é o hidrelétrico, justificável pelo formação geológica do brasil, com a existência de
grandes rios de planalto, porém a gerações renováveis vêm ganhando espaço no
setor por apresentarem preços competitivos e potencial de expansão, de fato o foco
global está em sustentabilidade consequentemente essas formas de geração de
energia ganham mais destaque.

O setor de geração tem sua função bem definida pelo seu nome: Converter
energia de outra fonte ( Cinética, Térmica, Fotovoltaica, Eólica) em energia elétrica,
este setor conta com mais de 4000 agentes investindo em seu mercado, o que torna
a regulamentação mais difícil, sendo assim grande parte das empresas não são
reguladas, os participantes desse setor são: Geradores públicos, privados,
autoprodutores e produtores independentes.
16

O setor de transmissão compreende todo o sistema de instalações da rede


básica e de fronteira que se espalha por todo território nacional, sendo responsável
pelo “transporte” da energia elétrica das fontes geradoras até aos centros de
distribuição. Toda rede de transmissão é conectada ao Sistema Interligado Nacional
(SIN) reunindo quase todas as empresas de geração e de transmissão das regiões
brasileiras onde uma de suas principais funções é garantir a estabilidade e
confiabilidade da rede e ainda fazer a integração energética com os países vizinhos.

O setor de distribuição é responsável em receber a energia em alta tensão do


sistema interligado de transmissão, fazer o rebaixamento para os níveis comerciais e
por fim levar aos consumidores conectados à rede elétrica de uma empresa de
distribuição. Todo seu sistema é regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL) que é responsável por determinar as normas e os procedimentos técnicos.

A cobrança da energia consumida é de responsabilidade da distribuidora, na


qual emitem uma conta de energia com um valor correspondente ao consumo do mês
anterior, onde o padrão do consumo é cobrado em kWh (quilowatt-hora), cabendo à
ANEEL estabelecer as tarifas e garantir o equilíbrio econômico-financeiro da
distribuição para que possa oferecer um serviço de qualidade e confiável.

De acordo com a nova regra do setor elétrico, 2020, o setor de comercialização


se divide em duas esferas de mercado: Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e
Ambiente de Contratação Livre (ACL).

No ACR os agentes de distribuição compram a energia elétrica por meio de


leilões públicos que são organizados pela ANEEL e realizados pela Câmara de
comercialização de Energia Elétrica (CCEE), isso garante que as concessionárias
supram a demanda de energia requisitada pelos consumidores cativos, consumidores
comuns como residenciais, que não tem um consumo elevado, geralmente 500 kW,
os leilões ocorrem geralmente em 3 fases: a primeira são os interessados em disputar
direito a construção e exploração dos novos empreendimento, a segunda é a licitação
da energia dos novos empreendimentos e por fim ocorrem os lances de energia pelo
menor preço.

Não precisa abordar detalhadamente o que não é abordado no trabalho


17

Os leilões são firmados através dos Contratos de Comercialização de Energia


no Ambiente Regulado (CCEARs). Além dos leilões citados, ainda existem cinco tipos
de leilões:

• Energia Existente - são os contratos de energia gerada por usinas já


existentes em operação, tornando o custo de aquisição mais baixo;
• Energia de Reserva - criado para aumentar a segurança de fornecimento
de energia elétrica a fim de completar a demanda do mercado;
• Ajuste - o objetivo é ajustar possíveis diferenças entre as previsões feitas
pelas distribuidoras nos leilões anteriores;
• Fontes Alternativas - que atende o crescimento do mercado na
participação de fontes renováveis;
• Estruturante - tem como objetivo a compra de energia proveniente de
empreendimentos de interesse público com foco de garantir a
confiabilidade do sistema elétrico e o atendimento da demanda nacional,
com este último forma-se o Ambiente de Contratação Regulada.

No Ambiente de Contratação Livre os consumidores recebem o nome de


“Consumidores Livres”, diferentemente dos consumidores cativos, são indivíduos ou
empresas com um alto consumo de energia, cerca de 2.000 kW ou superior segundo
a portaria MME nº 514, sendo assim, podem comprar energia diretamente dos
geradores ou comercializadores, fazendo um contrato bilateral com condições
totalmente negociáveis, com isso cada unidade consumidora paga uma fatura pelo
transporte da energia a concessionária local e uma outra fatura referente aos termos
adquiridos no contrato com quem comercializa a energia. A adesão a esse tipo de
mercado traz vários benefícios, sendo o principal a redução de custo, já que a
negociação é feita diretamente com o comercializador e não com a concessionária,
geralmente a economia de energia que o a contratação livre proporciona é cerca de
10% a 20% segundo alguns fornecedores.

Nesse mercado, a energia é dividida de duas formas: Energia incentivada que


é um estímulo do governo para a expansão de fontes renováveis que abrangem as
pequenas hidrelétricas, usinas de biomassa, eólica e solar, nesse caso o comprador
dessa energia recebe um desconto na tarifa de uso do sistema de distribuição. A
energia convencional é a segunda tipo de energia desse mercado, nele a energia
18

elétrica provém dos tipos mais comuns de geradores que existem, grandes usinas
térmicas, hidrelétricas, a compra de energia desses geradores não concede o
desconto na tarifa no uso do sistema de distribuição. referências desse tópico?

2.3. TARIFAÇÃO

Toda metodologia da construção da tarifa de energia é coordenada pela


ANEEL, a tarifa é proposta de forma que se tenha uma remuneração adequada para
viabilizar a estrutura e manter serviços de qualidade na geração, transmissão,
distribuição e comercialização, levando em consideração todos os fatores
econômicos.

Os custos agregados a tarifa podem ser dívidas em: energia gerada, transporte
de energia até os consumidores (transmissão e distribuição) e, por fim, os encargos
setoriais. Porém, para a cobranças dos consumidores, o Governo acrescenta os
tributos de PIS/COFINS, ICMS e a contribuição de iluminação pública.

Figura 1-Custos incluídos na tarifação da energia elétrica.

Fonte: ANEEL SGT, 2016


Centralizar

Como mencionando no tópico anterior, o valor da energia gerada depende do tipo


de mercado na qual está se adquirindo, no mercado cativo esse valor é atribuído a
partir dos leilões e no mercado livre o valor já passa a ser negociado, portanto a
primeira etapa da construção da tarifa depende desses valores, para o transporte e
distribuição como são segmentos que não geram ganhos econômicos, a ANEEL faz
com que a tarifa seja composta pela eficiência do serviço prestado, por fim os
encargos setoriais que não dependem da ANEEL, mas sim do governo, onde alguns
tributos ainda incidem no custo de distribuição enquanto outros estão embutidos nos
19

custo de geração e transmissão. O Gráfico 2 mostra de forma percentual a


composição tarifária do valor final da energia elétrica.

Gráfico 2 - Composição tarifária

Fonte: ANEEL, 2016.

2.3.1. CÁLCULO DAS PARCELAS A E B

De acordo com os Procedimentos de Regulação Tarifária (Procedimentos


Gerais Submódulo 2.1), a composição da receita se dá a partir da Receita Requerida,
que é composta pela soma da Parcela A e B de forma que:

𝑅𝑅 = 𝑉𝑃𝐴 + 𝑉𝑃𝐵 (1)

Onde:

RR: Receita Requerida;

VPA: Valor da Parcela A, parcela que incorpora os custos relacionados às


atividades de transmissão e geração de energia elétrica, inclusive a geração própria,
além dos encargos setoriais; e

VPB: Valor da Parcela B, parcela que incorpora os custos típicos da atividade


de distribuição e de gestão comercial dos clientes.

Sendo a Parcela A calculada:

𝑉𝑃𝐴 = 𝐶𝐸 + 𝐶𝑇 + 𝐸𝑆 (2)
20

Onde:

CE: Custo de aquisição de energia elétrica e geração própria;

CT: Custo com conexão e uso dos sistemas de transmissão e/ou distribuição;

ES: Encargos setoriais definidos em legislação específica.

Diferente da Parcela A a Parcela B é um pouco mais complexa, requerendo


conhecimento do cálculo de alguns termos que serão apenas citados na construção
da equação da Parcela B:

𝑉𝑃𝐵 = (𝐶𝐴𝑂𝑀 + 𝐶𝐴𝐴) ∙ (1 − 𝑃𝑚 − 𝑀𝐼𝑄) − 𝑂𝑅 (3)

Onde:

CAOM: Custo de Administração, Operação e Manutenção;

CAA: Custo Anual dos Ativos;

𝑃𝑚: Fator de Ajuste de Mercado;

𝑀𝐼𝑄: Mecanismo de Incentivo a melhoria da qualidade;

OR: Outras Receitas.

A forma de cálculo dos fatores 𝑃𝑚, MIQ e OR são encontrados respectivamente


nos Submódulos 2.5 e 2.7. Seguindo com o cálculo da Parcela B, tem-se que:

𝐶𝐴𝑂𝑀 = 𝐶𝑂 + 𝑅𝐼 (4)

Onde:

CO: Custos Operacionais;

RI: Receitas Irrecuperáveis.

𝐶𝐴𝐴 = 𝑅𝐶 + 𝑄𝑅𝑅 + 𝐶𝐴𝐼𝑀𝐼 (5)

Onde:

RC: Remuneração do capital, inclusive tributos e contribuições sobre a renda;

QRR: Quota de Reintegração Regulatória;


21

CAIMI: Custo Anual das Instalações Móveis e Imóveis.

Por fim, todas as parcelas são devidamente calculadas e incluídas na tarifa


juntamente com os impostos cobrados pelo governo.

2.3.2. MODALIDADES E BANDEIRAS TARIFÁRIAS

A ANEEL categoriza as modalidades tarifárias de acordo com o consumo de


energia e demanda de potência das unidades consumidoras, sendo assim são
divididas em dois grupos: Grupo A: Consumidores de média ou alta tensão e Grupo
B: Consumidores de baixa tensão.

Antes de descrever os tipos de modalidade é importante deixar claro os


conceitos de consumo de energia e demanda de potência e a diferença entre eles.

Consumo é a contabilização da energia que um equipamento eletrônico gasta


quando está ligado a um determinado tempo. Sabe-se que todo equipamento
eletrônico tem uma potência elétrica dado em Watt (W), sendo assim o consumo é
calculado da forma que se multiplica a potência pelo tempo:

𝐸 = 𝑃𝑜𝑡 . 𝛥𝜏 (6)

Porém quando se trata do consumo na conta de energia a unidade calcula é


kWh.

A demanda é um conceito um pouco diferente, mas que envolve a mesma


propriedade de potência, basicamente, demanda é a potência em kW que o sistema
elétrico deve suportar para atender a unidade consumidora quando a carga máxima
estiver acionada. Portanto, a diferença entre as duas é que consumo é a potência
utilizada no tempo e a demanda é a potência necessária para suprir as necessidades
da unidade consumidora.

Para o Grupo A as modalidades de tarifa se dividem em: Verde e Azul. A


modalidade Verde é caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia
elétrica dependendo da hora de utilização do dia e contendo apenas uma única tarifa
para demanda de potência contratada. A tarifa Azul tem tarifas diferenciadas para o
consumo e a demanda de potência contratada dependendo da hora de utilização.
Essa modalidade de tarifa é mais conhecida como Tarifa de Hora Sazonal (THS) na
22

qual os horários das tarifa de consumo de energia variam de estado para estado, essa
divisão de horários são separados em Ponta e Fora de Ponta, no caso o horário de
Ponta representa o horário onde há a maior requisição de demanda de energia
elétrica, que por consequência torna a geração da energia mais cara, geralmente a
faixa horária fica em torno das 17h30 às 20h30, sendo assim dentro dessa faixa o
consumo de kWh fica mais caro, fora da faixa é o chamado horário fora de ponta onde
o custo da tarifa reduz significativamente, é válido ressaltar que em feriados e finais
de semana a tarifa cobrada é apenas a de fora de ponta. No mercado cativo a
diferença entre as tarifas de ponta chega a ser sete vezes o valor da tarifa de fora
ponta, já no mercado livre, dependendo da negociação essa diferença reduz
drasticamente.

Para o Grupo B existem duas modalidades de tarifa: Branca e Convencional


Monômia. A Tarifa Branca segue do mesmo jeito da tarifa Verde do Grupo A, porém
sem a contratação da demanda de potência, apenas as tarifas para o consumo de
acordo com a faixa de horário, já a tarifa convencional monômia é destinado ao
consumidor apenas uma tarifa fixa no mês, independente da hora de utilização.

O preço da tarifa no mês depende muito do custo de geração da energia, a ANEEL


criou, em 2015, um sistema de bandeiras tarifárias na qual informam as condições de
geração da energia no mês e com isso alerta o consumidor de quando é hora de
economizar no gasto de energia, pois se a geração de energia não foi como esperado,
o preço da tarifa vai aumentar, as bandeiras são divididas em 3 cores: Verde, Amarela
e Vermelha. A bandeira Verde indica que teve boas condições de geração no mês,
Amarela indica que a geração não foi como esperado, então serve de alerta para que
o consumidor pense em reduzir o seu consumo e economizar na conta de energia, a
bandeira Vermelha indica que a geração está em péssimas condições, ainda por cima
é dividida em duas partes onde indica que a geração está cara ou muito cara. O
cálculo e a previsão do custo da geração de energia do mês seguinte é feito pelo
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a partir dos dados informados pela
ONS a ANEEL sinaliza na conta de energia do consumidor, com a ajuda das bandeiras
tarifárias, se o custo da energia está mais alto ou mais baixo.

novamente, referências?
23

2.4 AUTOMAÇÃO PREDIAL

O primeiro conceito da Automação Predial surgiu em 1883 através do professor


da escola estadual de Whitewater, Estados Unidos, e futuro fundador da Johnson
Controls, Warren Johnson. Por conta do clima frio no inverno, Johnson trabalhou
durante 3 anos para desenvolver um dispositivo para medir e controlar a temperatura
de uma sala, foi então que surgiu o primeiro termostato mostrado na Figura 2.

Figura 2 - Termostato Warren Johnson

Fonte: https://www.johnsoncontrols.com/about-us/history/our-founder

O termostato era instalado em uma sala e funcionava da seguinte forma:


Quando a temperatura desta sala caia, uma luz era acionada na sala da equipe de
manutenção informando que eles deveriam colocar mais carvão no forno fazendo com
que a temperatura da sala aumentasse, esse foi o primeiro passo da automação
industrial.

Após este sistema de controle de temperatura através do termostato ter sido


implementado, percebeu-se que o sistema de aquecimento poderia se tornar mais
eficiente, principalmente nas regiões muito frias, onde fazer o desligamento do
sistema de aquecimento ao final do expediente de trabalho, por exemplo, era inviável
pois as condições de temperatura em uma sala no dia seguinte seria desfavorável e
24

levaria um tempo muito grande para a estabilização em uma temperatura confortável.


Sendo assim, os sistemas de aquecimentos começaram a trabalhar em módulos,
sendo divididos de duas formas: Sala Ocupada e Sala Desocupada, no módulo de
sala ocupada a temperatura era controlada para proporcionar conforto aos ocupantes
e no módulo sala desocupada o sistema opera de forma que a temperatura não
entrasse em equilíbrio térmico com o ambiente exterior, fazendo com que quando for
entrar no modo “Ocupado” a inércia térmica que o sistema precisaria vencer bem
menor, levando bem menos tempo para atingir a temperatura de conforto e usando
menos recursos.

A partir desse sistema e da chegada da energia elétrica a automação passou a


se desenvolver muito mais rápido chegando ao que conhecemos hoje.

2.4.1 DEFINIÇÃO, APLICAÇÃO E FUNCIONALIDADE

Pereira, Luiz Antônio. Automação Residencial: rumo a um futuro pleno de novas


soluções.: “Automação trata de sistemas desenvolvidos para a execução automática
de atividades repetitivas ou quando da ocorrência de determinados”. Tomando um
exemplo para essa definição, pode-se pensar em um Edifício Empresarial de vários
andares, basicamente, cada andar teria um ou mais circuitos de iluminação, cada um
com seus respectivos interruptores ou disjuntores, sendo assim, um colaborador teria
que percorrer os andares para ligar ou desligar os circuitos, desta forma haver a
probabilidade de falha humana, problemas esses que poderiam ser erro na rotina de
desligamento dos circuitos que ocasionaria maior gasto de energia ou até mesmo
apagar o circuito de iluminação de uma área que esteja ocupada, pode-se citar
também outros tipos de sistemas como: O sistema hidráulico com os níveis de caixa
de água potável ou poços artesianos, Sistema de refrigeração com o controle da
temperatura dos ar condicionados. Sendo assim, estes são alguns dos casos em que
a automação pode ser aplicada.

A automação é composta por uma rede de controladores que são instalados


próximos aos quadros elétricos, esses controladores são chamados de CLP (
Controlador lógico programável) ou do inglês PLC (Programmable Logic Controller),
sendo assim os controladores “enxergam” as informações do quadro elétrico, por
25

exemplo: O circuito de iluminação do segundo andar está ligado ou o reservatório


superior está cheio, podendo também enviar comandos para desligar o circuito de
iluminação ou desligar a bomba que está enchendo o reservatório superior, para isso
a informação passa por uma rede de comunicação até um dispositivo chamado
gerenciador de informação concentrando todas as informações e disponibilizando em
um computador através de um software com uma interface para usuário, fazendo com
que o operador seja capaz de visualizar todas as informações diretamente da tela do
computador e ainda por cima intervir enviando os comandos para os controladores.

2.4.2 PILARES DA AUTOMAÇÃO PREDIAL

Os pilares que compõem a automação predial podem ser distribuídos da


seguinte forma:

A. Comunicação.
B. Dispositivos de Campo.
C. Interfaces de Comunicação.
D. Software.

A definição de comunicação no âmbito social é “um processo que envolve a


troca de informações entre dois ou mais interlocutores por meio de regras mutuamente
entendíveis.”, na automação não é diferente, existe o meio em que as trocas de
informação acontecem que é denomina de Rede, na qual existe uma hierarquia e
nessa rede pode existir uma ou mais regras que são chamados de protocolos. A
hierarquia de rede é a divisão da rede em camadas, onde cada camada vai ter sua
função, a Figura 3 mostra um diagrama da hierarquia de uma rede de comunicação:
26

Figura 3 - Exemplo de Hierarquia de Rede.

Fonte: https://www.automatedlogic.com/Pages/products_OAB.aspx

Uma das hierarquias de rede mais simples que se pode ter é quando se divide
em três camadas, sendo uma para sensores e atuadores, uma segunda para os
controladores e a terceira para os softwares de supervisão, onde tem-se uma rede
que comunica os sensores e atuadores aos controladores e uma outra rede que
comunica os controladores ao software de supervisão.

Quando se fala em rede, não se pode deixar de comentar sobre os protocolos


de comunicação, como na definição colocada para comunicação menciona “regras
mutuamente entendíveis", os protocolos tomam esse lugar, sendo basicamente a
regra de como vão ocorrer as trocas de informações entre os dispositivos.

A maioria dos protocolos utilizados na área da automação seguem o modelo


OSI (Open System Interconnection), criado pela Organização Internacional para a
Normalização, do inglês: International organization for Standardization (ISO), com o
objetivo de ser um padrão para ser seguido pelos protocolos, por conta que
antigamente os fabricantes de dispositivos criavam seus próprios protocolos e na
maioria das vezes não era aberto, dificultando a comunicação com outro dispositivos.
Sendo assim, após a padronização pelo modelo OSI a comunicação dos dispositivos
de fabricantes diferentes ficou mais simples. Esse modelo consiste em uma divisão
da rede em 7 camadas, onde cada camada tem sua função específica, a Figura 4
mostra como o modelo OSI está apresentado:
27

Figura 4 - Modelo OSI.

Fonte: http://jkolb.com.br/modelo-osi-open-systems-interconnection

1. Camada física: consiste no caminho por onde percorre as informações,


nesta camada são especificados os dispositivos e o os meios de transmissão, no caso,
os cabos.
2. Camada de Enlace: Há o controle das informações que estão vindo da
camada física, o controle é feito tanto na verificação de erros quanto no fluxo de dados
transmitidos para as camadas superiores.
3. Rede: A rede uma é como se fosse uma central de distribuição das
informações, é nessa camada que há a verificação de qual dispositivo está enviando
a informação e para qual vai ser transferida e caso haja um grande volume de
informações para serem enviadas, a rede consegue criar uma ordem de prioridade
para o envio das mensagens.
4. Camada de Transporte: É responsável por garantir a entrega das
informações com consistência, verificando se não há erros ou duplicações, vale
ressaltar que alguns protocolos não possuem a camada de transporte, como o
protocolo UDP, isso faz com que o tráfego de informações fique mais rápido, porém
pode perder um pouco da confiabilidade já que não vai haver a consistência das
informações.
5. Camada de Sessão: Fica responsável por estabelecer as conexões
entre os hosts (qualquer computador conectado à rede).
28

6. Camada de Apresentação: É responsável por traduzir os dados para que


a camada de aplicação possa utilizá-los.
7. Camada de Aplicação: Essa camada é a que garante a integração
homem-máquina através de softwares.

Um dos protocolos utilizados neste projeto é o protocolo Modbus, um dos mais


utilizados no ambiente da automação por conta da sua usabilidade e facilidade na
comunicação com o dispositivo CLP. O Modbus é um protocolo de comunicação que
utiliza as camadas física, enlace e de aplicação do modelo OSI com os meios físicos
RS-232, RS-485 e Ethernet e se baseia no envio de dados discretos entrada e saída
digitais ou numéricos de entradas e saídas analógicas.

Para os dispositivos de campo, tem-se como exemplo as controladoras, que


podem ser de três tipos: Programável, Configurável e Não Programável. As mais
utilizadas no ambiente da automação são as controladoras programáveis, que já
foram mencionadas anteriormente com o nome de CLP ou PLC, essas controladoras
têm a capacidade de ter um algoritmo dentro delas, este algoritmo pode ser
programado pelo próprio operador para atender às solicitações do projeto, dessa
forma, o CLP recebe informações de outros dispositivos de campo ou da própria rede,
processam essas informações dentro do algoritmo e executam ações específicas, vale
ressaltar que quando se tem um hardware dedicado para fazer esse tipo de
processamento, a confiabilidade das ações a serem executadas tornam-se maiores

A interface de comunicação pode ser dividida em duas partes: Sensores e


Atuadores. Os sensores são dispositivos que recebem informações do meio, definidos
como “Entradas”, transformam essas informações em sinais elétricos e transmitem
esses sinais, através de cabos, até os controladores, isso torna os sensores uma parte
fundamental para a composição da automação. Os sensores mais utilizados podem
ser na forma de: Sensor de Temperatura, Umidade, Pressão, Vazão e Luminosidade.

Já os atuadores dispositivos, definidos como “Saídas”, que ao serem


alimentados provocam o acionamento um circuito, um exemplo de um atuado são os
relés, que ao ser energizado ativa o circuito no qual está ligado, na prática funcionaria
da seguinte maneira: Seja um sensor de presença instalado em um corredor de um
edifício, este sensor enviará a controladora um sinal “avisando” que há alguém no
corredor, a controladora por sua vez recebe essa informação, processa e manda a
29

informação ( comando) para o relé que está instalado antes do circuito de iluminação,
ao receber a informação da controladora, o relé é ativado e energiza o circuito de
iluminação na qual está instalado e as lâmpadas são ligadas. Pode-se ter outros
exemplos de atuadores utilizados na automação, são eles: Contatores, Atuadores
proporcionais, atuadores On-Off, variador de frequência.

A parte de software será abordada no tópico 2.3, pois foi onde este trabalho se
desenvolveu e obteve-se os resultados.

2.5 SISTEMAS SUPERVISÓRIOS DE CONTROLE E AQUISIÇÃO DE DADOS

Antes da implementação dos softwares de supervisão, as indústrias dependiam


de mão de obra no chão de fábrica para monitorar e controlar todos os processos,
sendo assim, era necessário que um técnico fosse até os instrumentos ligados ao
processo para coletar os dados e assim ajustá-los para fazer os controles. Com isso,
a necessidade de algo que unificasse esse tipo de tarefa se tornou imensurável. Foi
assim que a ideia de criar um software de supervisão surgiu.

Esses softwares foram nomeados de SCADA, do inglês: Supervisory Control


and Data Acquisition, traduzido para o português: Supervisão, Controle e Aquisição
de dados. São definidos como: “Uma arquitetura de sistema de controle que tem por
objetivos fazer o monitoramento, controle e armazenamento de variáveis de um
processo seja ele industrial ou não, onde todo o monitoramento,controle e
armazenamento é feito a partir de uma central de operação” (FM4 Automation).

De forma genérica, os softwares de supervisão apresentam funcionalidades


indispensáveis para o monitoramento de processos, são elas: Telas Sinópticas,
Alarmes, Relatórios, Gráficos Historiados, Banco de Dados, Lista de Protocolos de
comunicação compatíveis, alguns ainda apresentam sistemas Web Server.
O Software na qual se desenvolveu este projeto é o chamado BluePlant, da
fabricante Altus.
A Altus é uma empresa referência no mercado há mais de 35 anos, possui uma
linha completa de produtos voltados para automação, onde todos são desenvolvidos
com tecnologia própria entregando alto valor agregado nos negócios dos clientes,
garantindo produtividade, segurança e confiabilidade nas aplicações e processos. A
30

sua unidade matriz fica em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, junto a matriz também
se hospeda a fábrica de produtos da empresa, responsável pela fabricação,
montagem e reparo dos equipamentos produzidos. Além das unidades instaladas no
Brasil, a Altus também conta com unidades instaladas na Europa, com sede no Reino
Unido, fazendo parte do plano de expansão internacional da empresa, sendo assim,
facilita os processos de exportação para o continente Europeu (Altus, 2017).

O BluePlant foi uma solução de supervisão, controle e aquisição de dados,


criada e desenvolvida pela Altus, unindo desempenho e alta conectividade em um
sistema rico em recursos e funcionalidades (Altus, 2017).
As características e funcionalidades do software serão brevemente comentadas e
ilustradas:

Telas Sinóticas: São telas que representam uma sinopse do processo do qual
está sendo monitorado e controlado, este tipo de tela segue padrões visuais simples
para que o operador consiga uma visão geral do que está acontecendo e possibilite
uma tomada rápida de decisão, a Figura 5 mostra uma tela sinóptica, criado a partir
do menu Draw, para o controle de uma bomba, o monitoramento do nível de um
tanque e a interface de programação do BluePlant:

Figura 5 - Tela Sinóptica de Monitoramento e Controle de Processo

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.


31

Menu Edit: É composto por diversas funções, algumas já mencionadas


anteriormente, a Figura 6 mostra o menu e suas funções:

Figura 6 - Menu Edit - BluePlant.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.

Tag é uma forma organizacional de um projeto, um meio de rotular uma variável


com algum nome específico que faça sentido dentro do projeto, por exemplo: Tem-se
que as informações de um sensor de temperatura do subsolo de um edifício são
enviada através do CLP para o sistema SCADA, essas informações necessitam de
um rótulo para serem interpretadas, assim, pode-se criar uma Tag:
Sensor_Temperatura_SubSolo para que as informações sejam mantidas nela. Vale
ressaltar que toda Tag criada no software tem a necessidade de especificar o “Tipo”
de informação na qual ela está recebendo, como se trata de um Sensor de
temperatura a informação é do tipo Analógica, a Figura 7 apresenta o layout de
criação.
32

.
Figura 7 - Exemplo de Criação de Tag.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.

O menu de Tags possui um submenu com algumas outras funcionalidades


muito utilizadas nos projetos: Templates, História, Historian Tables.
Submenu Templates: É uma forma de organização mais profunda onde se
utiliza um agrupamento de Tags que pertençam a uma mesma localidade,
aproveitando o exemplo do subsolo, se, além do sensor de temperatura, existisse um
sensor de CO ou sensores de presença, poderia criar um Template Subsolo e nele,
colocaria as Tag de todos os sensores pertencentes ao Subsolo. A Figura 8 mostra
um exemplo de Template
33

Figura 8 - Exemplo de Template

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.

Os submenus de Historian e HistorianTables serão comentados após o menu


de banco de dados por conta da sua ligação direta com o assunto do menu.
No Menu de Security estão dispostas todas as contas com seus respectivos
níveis de acesso ao sistema, onde o desenvolvedor pode criar novas contas e editar
as permissões. Os níveis de permissão estão ligados diretamente com a hierarquia
do projeto, sendo assim, pode haver determinadas telas que só serão acessadas se
estiver logado na conta do administrador. A Figura 9 mostra o menu Security:
34

Figura 9 - Menu Security.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.

No Menu Devices é onde são selecionados o tipo de protocolo na qual os


dispositivos estão utilizando feito no submenu Channels, os endereços dos
dispositivos no submenu nodes e os pontos de acesso no submenu Points. A Figura
10 mostra um canal criado para o um tipo de protocolo.

Figura 10 - Protocolo Utilizado Pelo Dispositivo.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.


35

No submenu nodes é possível adicionar um CLP ao canal do protocolo criado


anteriormente. A Figura 11 mostra um exemplo:

Figura 11 - Nó Adicionado A Partir Do Canal Modbus.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.

No submenu Points é onde se define qual o endereço a que a Tag pertence,


assim como qual o CLP que envia as informações. A Figura 12 mostra um exemplo:

Figura 12 - Endereço E Node De Um Tag No Submenu Point.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.


36

No menu de Alarms são definidos os alarmes do sistema, os tipos de alarmes


são divididos em grupo, onde por padrão os primeiros grupos são denominados: Aviso
(Warning), Crítico (Critical ) e eventos do sistema (SystemEvent), os grupos podem
ser configurados da forma que o desenvolvedor precisa para cumprir os requisitos do
projeto. Os alarmes podem ser configurados para emitirem sons ao serem ativados,
enviar mensagem para o operador, fazer algo piscar na tela chamando atenção do
operador, dentre diversas possibilidades. a Figura 13 mostra os grupos padrão criados
com a aplicação:

Figura 13 - Grupos de Alarmes.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.

No submenu Items são definidos os alarmes para as Tag anteriormente


criadas, alocando-as para um grupo específico de alarme. A Figura 14 mostra um
exemplo desse submenu.
37

Figura 14 - Items dos Alarmes.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.

No menu Datasets são encontrados os bancos de dados existentes na


aplicação, uma definição é que: “são coleções de dados interligados entre si e
organizados para fornecer informações.”, no caso do BluePlant, uma característica
inovadora foi o banco de dados em tempo real, sem necessidade de qualquer
programação adicional, já incorporado na aplicação, seu uso é configurado através
do Historian e HistorianTables do menu de Tag. Mas vale ressaltar que o software
aceita a comunicação com outros tipos de banco de dados, na Figura 15 mostra
alguns pré-configurados.
38

Figura 15 - Menu Datasets.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.

Um ponto principal para qualquer tipo de projeto envolvendo um sistema


supervisório é a estrutura do banco de dados, sendo assim, para estruturar, o
BluePlant separa em duas partes:
HistorianTables: São as tabelas propriamente ditas que vão salvar uma certa
quantidade de Tags, nas configurações iniciais para essas tabelas têm-se:
SaveOnChange, essa opção é para que toda tabela seja salva assim que o sistema
detectar alguma variação em alguma Tag dentro da tabela; TimeDeadband: É o tempo
que o sistema precisa aguardar para fazer um novo registro da tabela; LifeTime: É a
diferença de tempo máximo que o primeiro e último registro da tabela podem ter, se
essa diferença for maior que o LifeTime, o registro mais antigo é substituído pelo novo;
Trigger: É uma outra forma que o sistema tem para fazer o registro da tabela, porém,
nessa forma o desenvolvedor tem a autonomia para decidir quando vai haver o
registro. A Figura 16 mostra o submenu da HistoranTable:
39

Figura 16 - HistorianTable.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.

O submenu Historian é a formatação da tabela, ou seja, quais Tags o


desenvolvedor vai adicionar a tabela para que seja salva, diferentemente das
configurações das HistorianTable, a mais utilizada para servir como parâmetro de
registro é o DeadBand, que se trata do quanto a Tag deve variar para que o sistema
perceba e faça o registro. A Figura 17 mostra a Tag do exemplo do sensor de
temperatura sendo adicionada a tabela criada na HistoranTable: Table1.
Vale ressaltar que caso uma variável atinja os parâmetros para serem
registradas, todas as Tags que estão presentes na tabela são registradas ao mesmo
tempo.
40

Figura 17 - Menu de Tag Historian.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.

O menu de Scripts contém rotinas de código que podem ser criadas pelo
desenvolvedor, onde pode-se definir quando a rotina é executada. Os Scripts pré-
configurados por exemplo, são iniciados junto a aplicação. A Figura 18 mostra o menu
de Scripts.

Figura 18 - Menu Script.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.


41

O menu Display dá uma visão geral ao desenvolvedor de quantos e quais telas


foram criadas na aplicação, assim como definir os layouts de como as telas vão ser
dispostas no monitor. A Figura 19 mostra alguns displays criados na aplicação.

Figura 19 - Menu Display.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.

Por fim, o menu de Reports é o local onde se cria os relatórios que podem ser
emitidos pelo sistema, nele, o desenvolvedor tem a liberdade de criar padrões que
venham a ser conveniente ao projeto. A Figura 20 mostra o menu de Reports.
42

Figura 20 - Menu Reports.

Fonte: Projeto Exemplo criado pelo autor.

As principais funcionalidades do software foram brevemente apresentadas


neste tópico, algumas delas serão apresentadas com mais profundidade no capítulo
de análise e discussão de resultados. na minha concepção não precisa dessas figuras da pág 31 até aqui
pois pode-se encontrar essas informações nos manuais do
fabricante. Ficar apenas as partes necessárias.
2.6 AVALIAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE

2.6.1 LEADERSHIP IN ENERGY AND ENVIRONMENTAL DESIGN - LEED

O certificado LEED foi criado pelo United States Green Building Council
(USGBC), que seria o conselho americano de construções sustentáveis, este
certificado classifica os projetos e construções dentro de uma norma, na qual foi
estabelecido critérios, onde cada critério gera uma pontuação, os critérios são
distribuídos em cinco categorias, são elas: terreno sustentável, uso racional da água,
uso racional da energia, materiais e recursos, e por fim, qualidade do ambiente interno.
Sendo assim, dentro dessas categorias existe uma série de estratégias que geram as
pontuações.

Da mesma forma que o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade


e Tecnologia), classifica os eletrodomésticos em classe A a E, o certificado LEED
43

classifica as edificações nos níveis Silver, Gold e Platinum, seguindo uma ordem
crescente de pontuação.

Depois que o certificado foi criado, os consumidores finais têm o benefício de


ter o prédio totalmente avaliado por uma entidade independente, afinal todas as
documentações e registro de obra são submetidos às avaliações, fazendo com que o
consumidor tenha a garantia que a edificação que está investindo possui um menor
impacto ambiental. Além de ter uma avaliação de performance, afinal a certificação
estabelece um padrão de comparação com outro empreendimento, incluindo os
internacionais, que utilizam as mesmas normas, garantindo que os empreendimentos
do Brasil possuam o mesmo grau de eficiência de um internacional (Green Building
Brasil, 2020).

Figura 21 - Certificado Leed.

Fonte: Green Building Brasil, 2020.


44

3. EDIFÍCIO ECO BUSINESS CENTER

Neste capítulo será brevemente apresentado o Edifício Eco Business Center e


sua automação, focando a medição de energia, emissão de relatórios e o sistema
supervisório o qual gerencia, que foram a base de todos os resultados obtidos no
desenvolvimento do trabalho.

3.1 O EDIFÍCIO

Foi construído pela Eco Construções, uma construtora nativa de João pessoa,
cujo objetivo é a construção de edifícios sustentáveis, sendo assim o EBC segue a
mesma linha.
Localizado no endereço: Rua Antônio Rabelo Júnior, 161 – Miramar, João
Pessoa, é um edifício empresarial renomado da região. Conta com três subsolos de
estacionamento, térreo, quatro pavimentos de estacionamento e vinte e seis
pavimentos Tipo, repletos de tecnologia e conforto para seus visitantes, condôminos
e funcionários.
Todo sistema de Automação Predial foi desenvolvido pela PENTA Engenharia,
conduzido pelo seu Diretor Geral, Antônio Almir de Siqueira. A empresa está presente
no mercado há 19 anos, exercendo diversas atividades nas áreas da engenharia
elétrica, eletrônica e automação, destacando-se com sua máxima eficiência nas
realizações de trabalhos de alto nível.
45

Figura 22 - Edifício Eco Business Center e empresas participantes.

Fonte: Próprio Autor.

3.2 AUTOMAÇÃO DO EDIFÍCIO

3.2.2 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

Antes de descrever como é feita a automação para medição de energia do


edifício, é essencial fazer um levantamento dos principais dispositivos presentes
neste processo.

Iniciando a primeira parte do processo, são instalados os Multimedidores de


energia da Schneider. A Figura 23 mostra uma ilustração do multimedidor:
46

Figura 23 - Multimedidor Schneider.

Fonte: https://www.se.com/br/pt/search/IEM3150

Os dispositivos da série IEM3150 são multimedidores trifásicos que fornecem


várias informações da rede elétrica na qual estão ligados, como por exemplo: As
variáveis elétricas. Sendo elas: Tensão, Corrente, Potência Ativa, Potência Reativa,
Fator de Potência, Energia Ativa, Energia Reativa, com esses dados é possível um
monitoramento mais amplo em termos de energia elétrica.

As informações enviadas pelo dispositivo utilizam o Protocolo Modbus e meio


físico (camada física do modelo OSI) RS-485. São enviadas diretamente para o CLP
onde são processadas e enviadas para o sistema supervisório.

A escolha desse equipamento se deu pela quantidade de informações que ele


pode fornecer e por sua característica intrínseca de memória inviolável, onde os
dados, principalmente a Energia Ativa (consumo em kWh), que são registrados não
pode ser alterado, a não ser que o dispositivo seja resetado para o padrão de fábrica.

O outro dispositivo que faz parte do processo é o controlador da Altus, CLP


Nexto NX3004, a Figura 24 mostra um dos CLP’s instalados no edifício.
47

Figura 24 - CLP NX3004.

indicar o que é cada coisa

Fonte: Próprio autor.

Os dispositivos Nexto NX3004 são CLP’s com alta velocidade de


processamento e ampla capacidade de armazenamento de dados são indicadas para
controle de máquinas de pequeno porte e automações com estrutura não muito
complexas, possuem fonte de alimentação integrada, duas portas para comunicação,
uma Ethernet e uma serial e suporte para vários tipos de protocolos, inclusive o
Modbus (Catálogo Altus).

Este CLP contém cinco cartões de entrada ou saída, digitais ou analógicas,


chamados de módulos, conectados a ele, são do tipo: NJ1001, módulos de entrada
digital contendo 16 entradas de 24Vdc e NJ2001, modulo de saída digital contendo 16
saídas de 24Vdc.

Este dispositivo foi escolhido por atender todas as especificações do projeto,


além de ter a liberdade para utilizar várias combinações dos diversos módulos,
apresenta uma excelente capacidade de processamento e uma alta confiabilidade.
48

3.2.3 SISTEMA DE MEDIÇÃO

Como mencionado na introdução do capítulo, o EBC é dividido em Três


subsolos, Pavimento Térreo/Mezanino, quarto Pavimentos de Estacionamento, e vinte
e seis Pavimento Tipo. Para cada piso do edifício foi criado um quadro elétrico de
automação, onde os respectivos quadros contém um CLP Nexto da Altus, um
multimedidor para cada ponto de medição e outros componentes elétricos, como:
Disjuntores, relés, protetor de surto, inversores no caso do Subsolo 1 e 3. A Figura 25
mostra um dos quadros elétricos do edifício, onde podemos notar um CLP e três
multimedidores, além dos outros componentes já mencionados.

Figura 25 - Quadro Elétrico Subsolo 3.


indicar onde está cada coisa

Fonte: Próprio Autor.


49

O sistema de medição é dividido em 3 setores:

1. Salas individuais e lojas: As lojas são localizadas no pavimento térreo,


contando com 19 lojas, já as salas individuais são localizadas a partir do 1º
pavimento até o 26º pavimento, onde a 1º conta com 8 salas, 2º ao 23º, 12 salas e
24º ao 26º, 10 salas por pavimento.
2. Áreas comuns que se subdivide em: iluminação, tomadas, motores e
casa de máquinas. todos os pisos tem um ponto de medição de iluminação, Os
motores encontram-se nos subsolo 1 e 3, a casa de máquinas 26º Pavimento, por
fim, as tomadas, que são dos subsolos até o 4º Pavimento de Estacionamento.
3. Condensadoras VRV: O edifício possui um sistema de ar condicionado
da empresa Daikin, na qual contempla quase todos os pavimentos, exceto 4º, 7º,
16º, 21º, 23º, 26º.

Ao todo, somando todos os pontos de medição, chega-se a um total de 391


multimedidores instalados no interior do edifício.

3.2.4 FLUXO DE DADOS E INFORMAÇÕES: MULTIMEDIDOR AO SISTEMA


SUPERVISÓRIO.

Como já mencionado na descrição dos dispositivos a primeira etapa da


medição de energia é a partir do multimedidor, tomando como exemplo uma loja: O
circuito de alimentação é primeiramente ligado ao multimedidor que por sua vez
distribui energia para a loja, todas as dados de tensão, corrente, potência que são
utilizados, são lidos pelo dispositivo e enviados para o CLP através do meio físico
RS485 e protocolo Modbus.

Por sua vez, quando as informações chegam ao CLP, são tratadas da seguinte
forma: A medição das variáveis elétricas é mandada para o sistema supervisório, ou
seja, seu valor real é transmitido diretamente.

O CLP possui uma rotina interna que registra o consumo de kWh a partir da
variável de Energia Ativa, como a forma tarifária do edifício é a tarifa Verde, na qual
das 17h30 às 20h30 é indicado como horário de ponta, a rotina verifica qual a hora
50

atual, caso esteja fora da faixa do horário de ponta, o consumo da loja é somado em
uma variável “Consumo Fora ponta”, caso contrário é somado na variável “Consumo
Ponta”, mas ainda sim ambas as variáveis são atualizadas no sistema supervisório a
medida que variam e ao chegar ao final do dia, o consumo é registrado no banco de
dados do software.

Sendo assim, após receber todos os dados, o sistema supervisório os interpreta


e os organiza em telas. As variáveis elétricas são mostradas diretamente na tela
interativa, a Figura 28 mostra um exemplo de como é mostrado as variáveis elétricas
em uma das telas. O consumo de kWh é mostrado a partir de relatórios individuais
gerados pelo software, na qual ele acessa os registros do banco de dados e retorna o
consumo de um período requisitado. Os relatórios irão ser apresentados no capítulo
4.

reduzir espaço

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo será apresentado todas as modificações e correções realizadas


no sistema supervisório para que todo processo de medição de energia tenha o
mínimo de divergência em relação às medições da Energisa (Concessionária de
energia de João Pessoa).

A Figura 26 apresenta uma visão geral da Tela Principal do Sistema


Supervisório do Edifício Eco Business Center.

espaço vazio
51

Figura 26 - Tela Principal do Sistema Supervisório.

Fonte: Próprio Autor.

4.1 ADIÇÃO DE MULTIMEDIDORES PARA CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO DAS


ÁREAS COMUNS DOS PAVIMENTOS TIPO

A primeira modificação desenvolvida no software foi adicionar um quadro de


medição, como visto na Figura 27, para cada multimedidores recém instalados nos
circuitos de iluminação das áreas comuns dos Pavimentos Tipo 1 ao 26. A proposta é
minimizar o erro na consolidação da medição emitida pela Energisa e os relatórios
emitidos pelo sistema.

A atividade seguiu o procedimento de comunicação dos novos dispositivos


através do CLP com o sistema supervisório, estabelecendo os nodes e points para
comunicação, além de ter sido criado novas Tags, novas tabelas no banco de dados
e colocando-as de forma organizada para serem salvas, de acordo como foi mostrado
no tópico 2.2. A Figura 27 mostra um exemplo de tela de Pavimento Tipo após a
inserção do multimedidor para área comum.
52

Figura 27 - Tela 19º Pavimento.

Fonte: Próprio Autor.

4.2 QUADRO DE MEDIÇÃO DAS SALAS E LOJAS

O software possui uma função de seleção de sala para ter acesso a um quadro
de medição referente a sala selecionada, a Figura 28 mostra o tipo de seleção da Sala
02.

espaço vazio
53

Figura 28 - Seleção De Sala Individual.

Fonte: Próprio Autor.


comentário da figura

Figura 29 - Quadro De Medição

Fonte: Próprio Autor.

Porém, no EBC existem alguns condôminos que possuem mais de uma


unidade de salas, exemplo deste é o próprio 19º pavimento, que apenas um
condômino possui todo lado ímpar do pavimento, sendo assim, foi necessário criar
uma forma de seleção e um quadro de medição que contemplasse todas a salas, a
Figura 30 e 31 mostram a seleção de todas as salas ímpares e o quadro de medição
criado.
54

Vale ressaltar que como houve um “agrupamento” de salas a quantidade de


multimedidores para suprir os circuitos de alimentação são menores.

Figura 30 - Seleção De Salas Com Mais De Uma Unidade.

Fonte: Próprio Autor.

Figura 31 - Quadro Exemplo De Salas Com Mais De Uma Unidade.

Fonte: Próprio Autor.


55

4.3 ADAPTAÇÃO NOS RELATÓRIOS DE CONSUMO

Antes de qualquer alteração, já existia no software, uma rotina de agrupamento


de salas que era utilizado no 7º e 8º pavimento, como a sala do 19º pavimento,
também são salas que ocupam a metade ímpar do andar.

Como já mencionado, a quantidade de multimedidores utilizados nestes tipos


de salas são reduzidos, como exemplo a sala do 7º pavimento, são necessários
apenas 3 multimedidores. Sendo assim, como cada multimedidor tem seu relatório
individual, a sala teria 3 relatórios para serem gerados, mas ao utilizar a rotina de
agrupamento, todos os dados de consumo eram somados para apresentar em apenas
um relatório. Porém, a forma que era gerada anteriormente o relatório apresentava
inconsistência em seus dados.

Assim, foi necessário verificar diretamente nos registros do banco de dados as


inconsistências.

A Tabela 1 mostra os dados obtidos na verificação dos multimedidores


correspondentes às salas. Vale ressaltar que o Multimedidor 01, 03 e 05
correspondem aos circuitos de Iluminação, Tomadas e Ar condicionado,
respectivamente.
56

Tabela 1 - Dados dos Multimedidores

Fonte: Próprio Autor.

Sendo assim, após observar toda Tabela 1, nota-se um relação entre os dados
das tabelas dos Multimedidores Sala 03 e 05 com a tabela Multimedidor Sala 01, da
seguinte forma: O somatório das Fases 1,2 e 3, referente a mesma linha da tabela,
dos Multimedidores Sala 03 e 05 são respectivamente iguais a Fase 2 e 3 do
Multimedidor Sala 01. Isso ocorria tanto no consumo de Ponta quando o de Fora
Ponta.

Isso gerava uma perda de dados para a fase de iluminação, posteriormente, foi
verificado as rotinas responsáveis pelo consumo no CLP, sendo constatado que
existia blocos de somatório para somar as fases, a Figura 32 mostra o bloco
adicionado que estava causando a perda de dados:

Figura 32 - Bloco na rotina de consumo do CLP.

Fonte: Próprio Autor.


57

Sendo assim, o bloco foi eliminado e o padrão do projeto restaurado,


eliminando o problema de perda de dados da fase de iluminação, posteriormente foi
criado um código para unificar os relatórios das salas que possuem mais de uma
unidade, os relatórios irão ser apresentados mais à frente.

4.4 TELA DE PULSOS DE AR CONDICIONADO VRV

A Daikin utiliza um sistema inteligente para divisão de consumo de energia


elétrica das condensadoras, vale ressaltar que cada condensadora pode ter mais de
uma evaporadora, com isso tem a necessidade desse tipo de sistema de divisão. Este
por sua vez é baseado na divisão proporcional do consumo a partir da abertura da
válvula que abastece determinada evaporadora, ou seja, se uma evaporadora
demanda muito gás refrigerante, sua válvula proporcional deverá estar praticamente
aberta, sendo assim o sistema verifica essa informação e compara com o consumo
que a condensadora está fazendo e divide proporcionalmente com as outras
evaporadoras ligadas. O consumo das condensadoras também é medido a partir dos
multimedidores, porém a cada 1 kWh consumido, um sinal de pulso é enviado do CLP
para o sistema Daikin.

Estes pulsos são registrados e mostrados em uma página HTML local da


própria empresa, para ter um controle e comparar se todos os pulsos enviados estão
sendo recebidos pelo sistema Daikin, foi criado uma tela no sistema supervisório que
exibisse as mesmas informações. A Figura 33 e 34 mostra a página do sistema Daikin
e a tela criada respectivamente.
58

Figura 33 - Sistema Daikin.

Fonte: Próprio Autor.

remover espaço

Figura 34 - Tela de Pulsos Sistema Supervisório.

Fonte: Próprio Autor.


59

Vale ressaltar que o tempo de atualização da página do sistema Daikin não é o


mesmo tempo do sistema supervisório, portanto pode haver pulsos da Daikin
atrasados em relação aos do supervisório.
quais as consequencias disso?

4.5 MANUTENÇÃO DO SCRIPT DE DIVISÃO DE CONSUMO

Após a emissão de todos os relatórios do mês de setembro, foi inserido em


uma planilha o valor total computado do banco de dados do sistema supervisório e
comparado com o emitido na conta de energia pela Energisa. Com isso, constatou-se
um erro de medição no consumo de Ponta muito superior ao esperado. A Tabela 4
mostra uma comparação do mês de setembro do consumo medido pelo sistema
supervisório e pela Energisa.

Tabela 2 - Comparação de Medição do Mês de Setembro.

Fonte: Próprio Autor.

O mês de setembro apresentou um erro de 67% no consumo de Ponta,


acarretando um prejuízo financeiro considerável ao edifício além de um valor superior
de consumo Fora Ponta comparado ao registrado pela Energisa. Sendo assim, todo
o programa foi analisado em busca de possíveis erros.

Ao final da análise, foi encontrado um erro no Script de divisão de consumo que


ao atingir às 20h00 todo consumo acumulado no horário de Ponta era transferido para
o consumo de Fora Ponta, reiniciando o valor acumulado. Fazendo as devidas
correções no Script os resultados obtidos estão dispostos na Tabela 3.

Tabela 3 - Resultados Obtidos


60

Fonte: Próprio Autor.

Após a essa correção, o Script de divisão de consumo foi ajustado de acordo


com a tarifação adotada pelo edifício, esses ajustes vão ser comentados no tópico
4.6.

4.6 TELA DE REGISTRO DE FERIADOS

O sistema de Tarifa Verde indica que em finais de semana e feriados, a tarifa


de Ponta não é cobrada, sendo assim, foi criado uma tela com um calendário interativo
onde o usuário seleciona os dias de feriados, consequentemente são incluídos em
uma lista automaticamente.

O Script indica ao CLP se a faixa de horário de Ponta ou de Fora Ponta foi


atualizada, considerando que em dia de finais de semana e feriados o consumo
registrado só será consumido de Fora Ponta. A Figura 35 mostra a tela de registro de
feriados.

Figura 35 - Tela de Registro de Feriados.

Fonte: Próprio Autor.


61

4.7 AUTOPREENCHIMENTO DA TELA DE EMISSÃO DE RELATÓRIOS

Os relatórios são gerados a partir de um PopUp que aparece após o usuário


selecionar qual janela temporal de medição ele deseja emitir o relatório. Assim, o
usuário deve escolher o ano e o mês correspondente ao relatório que deseja gerar.
Como os relatórios são gerados individualmente, isso torna a tarefa muito repetitiva,
como alternativa para tornar a tarefa mais fluida, foi criado uma rotina responsável em
abrir o PopUp do mês, este preenchido automaticamente com o mês anterior ao atual.
A exemplo, se o mês deseja for novembro, a conta de energia seria referente às
medições do mês de outubro, então o mês é preenchido com outubro e o ano é
preenchido com o ano atual, com exceção do caso quando o mês atual for janeiro,
que o preenchimento seria feito com o mês de dezembro e o ano com o ano atual -1
ano.

Figura 36 - Popup Para Emissão De Relatório.

Fonte: Próprio Autor.


62

4.8 IMPLEMENTAÇÃO DA ESCALA DO GRÁFICO DE VARIÁVEIS


ELÉTRICAS

Na tela do gráfico, o operador tem acesso a informações da rede elétrica onde


o multimedidor está instalado, sem assim, é possível monitorar todas as variáveis
elétricas enviadas.

Anteriormente, nesta tela, o operador não possuía liberdade em relação às


escalas dos gráficos, todas as escalas eram automáticas de acordo com o valor
mínimo e máximo de cada variável, sendo assim, foi criado um PopUp para controlar
essas escalas, facilitando a visualização e o monitoramento. A Figura 37 e 38 mostram
respectivamente a tela de gráfico e o PopUp de escala.

Figura 37 - Gráfico De Variáveis Elétricas: Tensão.

Fonte: Próprio Autor.


63

Figura 38 - PopUp de Controle de Escala.

Fonte: Próprio Autor.

4.9 RELATÓRIO GERAL DE CONSUMO

O cliente possuía a necessidade de um relatório que conseguisse visualizar o


consumo de todo o edifício de maneira rápida e prática, pois até então o controle de
energia era realizado a partir das planilhas, sendo necessário o preenchimento de
forma individual dos relatórios emitidos pelo sistema.

Portanto, foi proposto uma maneira de criar uma tela que contivesse todas as
informações de consumo do edifício. Com isso, um código foi desenvolvido para
calcular o consumo separadamente dos três setores: Condôminos; Ar Condicionado
VRV e Áreas Comuns. A Figura 39 mostra a tela criada.
64

Figura 39 - Tela do Relatório Geral de Consumo.

Fonte: Próprio Autor.

Nesta tela ainda é possível emitir um relatório mais detalhado do consumo


elétrico, sendo possível visualizar de forma mais aprofundada o consumo por setor. A
Figura 40 mostra partes deste relatório.

corrigir espaços
65

Figura 40 - Relatório de Consumo Geral.

Fonte: Próprio Autor.

4.10 REFORMULAÇÃO DO BANCO DE DADOS.

Visando evitar problemas futuros, quando se trata de dados, foi necessário


analisar todas as variáveis nas tabelas do HistorianTable, para alterar os parâmetros
que definem quando o banco de dados vai registrá-las, pois, como já mencionado no
capítulo 3, se uma variável atingir os parâmetros definidos para registros todas as
variáveis contidas na mesma tabela também serão registradas, parâmetro mal
definidos, muitas vezes pode acabar gerando registros desnecessários e ocupando
todo o espaço disponível no banco de dados.

Deste modo, todos os parâmetros de DeadBand, TimeDeadband e LifeTime,


foram revisados e ajustados para otimizar a quantidade de dados que são registrados.
Com todo o processo concluído, foi realizado um backup do banco de dados e em
seguida criado um novo banco de dados. O banco de dados utilizado antes das
66

alterações possui um espaço de aproximadamente 40 GB e o novo previa ocupar


menos de 10 GB.

4.11 EVOLUÇÃO DOS RELATÓRIOS INDIVIDUAIS

Ao longo do trabalho, os relatórios individuais sofreram grandes alterações até


o padrão atual. Como mostrado na Figura 41, o relatório possuía uma visualização
não intuitiva, dificultando assim a leitura por parte dos condôminos.

Figura 41 - Primeiro Relatório individual do Sistema.

Fonte: Próprio Autor.


67

A Figura 42 apresenta a segunda versão do relatório desenvolvido, agora com


um visual mais adequado para atender as necessidades dos clientes e com
informações mais claras.

Figura 42 - Segunda Versão Do Relatório

Fonte: Próprio Autor.

Para a última alteração feita no padrão dos relatórios, o quadro de “Leituras


Totais” foi substituído por um quadro de “Leituras Multimedidores”, sendo assim,
adequando a um padrão próximo ao utilizado nas contas de energia tomadas como
referência na elaboração dos relatórios. A Figura 43 demonstra o novo quadro de
Leituras Totais para sala mencionada na Figura 27.
68

Figura 43 - Novo Quadro de Leituras Totais.

Fonte: Próprio Autor.

4.12 RELATÓRIOS INDIVIDUAIS GERADOS AUTOMATICAMENTE

Os relatórios individuais eram realizados de forma repetitiva pelo operador do


sistema mensalmente, com isso o trabalho tornava-se árduo no que se diz respeito ao
tempo que se levava para executar tal atividade. A proposta foi otimizar o sistema
criando um PopUp com botões representando cada pavimento, ao clicar em um botão,
o sistema inicia uma rotina para salvar e organizar todos os relatórios referentes ao
pavimento selecionado. A Figura 44 mostra a tela para a geração automáticas dos
relatórios.
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Figura 44 - PopUp Relatórios

Fonte: Próprio Autor.

A rotina descrita cria pastas de organização referentes ao mês correspondente,


previamente selecionado, e as respectivas subpastas são nomeadas de acordo com
o piso correspondente.
Faltou sugestão de trabalhos futuros 70

5 CONCLUSÃO

O desenvolvimento do presente documento, possibilitou a explanação de um


tema que revoluciona o mercado de engenharia com suas tecnologias cada vez mais
avançadas, proporcionando diversos tipos de soluções, além de gerar conforto,
economia e segurança.

A automação predial é uma área que está cada vez mais se desenvolvendo no
Brasil e estudar mais fundo esse lado da Engenharia fez com que visse o mercado
ainda a ser explorado versus à necessidade de um potencial negócio a ser
desenvolvido como futuro engenheiro de controle e automação. Visto isso, é notório
que a existe essa necessidade de o mercado para realizar reduções de custos
operacionais, por exemplo, energia, tempo e mão de obra, sendo assim automação
predial cumpre bem essa função.

Além disso, percebe-se que o desenvolvimento do software do sistema


supervisório acarretou em impactos positivos para o Eco Business Center,
principalmente no controle da medição de energia, sendo esse um fator
importantíssimo para a saúde financeira do edifício, afinal, energia elétrica é um dos
maiores custos de um empreendimento.
71
Ajeitar!

REFERÊNCIAS

ABESCO, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS DE


CONSERVAÇÃO DE ENERGIA. São Paulo, Brasil, 2015.
ANEEL, A Tarifa de Energia Elétrica., Brasil, 2016.
ANEEL, Calculo Tarifário e metodologias, Brasil, 2016.
ANEEL, Gestão de Recursos Tarifários, Brasil, 2015.
ANEEL, Regulação do Setor elétrico, Brasil, 2015.
LAMBERTS, R., & Westphal, F. (2000). Energy Efficiency in Buildings in
Brazil.
PEREIRA, Luiz Antônio. Automação Residencial: rumo a um futuro pleno de
novas soluções. Rio de Janeiro, Brasil.
MAMEDE, João Instalações Elétricas Industriais. 7ª edição. Rio de Janeiro:
LTC, 2007.

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