Você está na página 1de 10

Nome:____________________________________________________ Nº:_______

Data:_____/_____/_____ Turma:_______
Disciplina: Português Professora: Ana Paula

Conteúdos Língua Portuguesa – Maratona Intelectual

Orientações:
1. Essa apostila tem o objetivo de auxiliar seus estudos para a Maratona
Intelectual na disciplina de Língua Portuguesa.
2. Leia o material com atenção e responda às questões.
3. Confira o gabarito para ver se suas respostas estão corretas.
4. Anote suas dúvidas e converse com a professora da disciplina sobre elas.
5. Bons estudos!

CONTEÚDO PORTUGUÊS – 6º ANO

- Leitura e compreensão de contos e fábulas


- Elementos da Narrativa
- Marcas da Oralidade na escrita
- Conectivos
- Concordância Verbal e Nominal
- Uso dos pronomes como recursos de coesão.

1. Texto Narrativo
Texto que narra as ações de personagens em um determinado tempo e espaço

O texto narrativo é aquele que narra uma história através da sequência de acontecimentos. A
sucessão de fatos é contada por um narrador e ao longo dessa estrutura narrativa são apresentados os
principais elementos da narração: espaço, tempo, personagem, enredo e narrador. Um texto narrativo é
formado por começo, meio e fim.
Dessa tipologia textual destacam-se os seguintes gêneros: romance, novela, conto, crônica e fábula.

1.2 Principais elementos da narrativa

Os textos narrativos possuem elementos que são fundamentais para desenvolver uma narrativa
interessante e com uma ordem lógica. Os principais elementos da narrativa são:
a) Espaço: o espaço se refere ao local onde se desenrola a narrativa. As ações podem se desenvolver
em espaço físico – quando fica especificado no texto um ambiente físico como uma casa, um parque,
uma escola, etc. ou no espaço psicológico – quando se trata de vivências, pensamentos e sentimentos
do sujeito.
b) Tempo: o tempo da narrativa pode ser cronológico ou psicológico. Ele se refere a marcação do
tempo das ações e desenrolar dos fatos na história. O tempo cronológico refere-se à série de
acontecimentos marcados pelas horas, dias e anos. Já o tempo psicológico tem a ver com lembranças
e vivências das personagens.
c) Personagens: as personagens são classificadas em personagens principais e personagens
secundárias. Cada personagem desenvolve papéis diferentes na narração:
As personagens principais são essenciais para o enredo, podendo ser protagonistas – que desejam,
tentam, conseguem – ou antagonistas – que dificultam, atrapalham, impedem.
Já as personagens secundárias desempenham papéis menores, podendo ser coadjuvantes – que ajudam
as personagens principais em ações secundárias – ou figurantes – que ajudam na caracterização de um
espaço social.
d) Enredo: o enredo são as principais ações que acontecem na história. Ele é composto pelos fatos
ocorridos em determinado tempo e espaço que são vivenciados pelas personagens.
e) Narrador: O narrador é o responsável por contar a história. Existem três tipos de narrador: narrador
observador, narrador personagem e narrador onisciente.

Tipos de narrador
Narrador observador – aquele que narra os fatos em terceira pessoa. Esse tipo de narrador conhece os
fatos, mas não participa da ação, ou seja, ele conta a história sem se envolver nela. Apesar de conhecer
as ações, o narrador observador não conhece o íntimo das personagens e mantém narrativa objetiva.
Narrador personagem – o narrador participante conta a história na primeira pessoa, a partir do seu
ponto de vista enquanto personagem.
Narrador onisciente – o narrador onisciente utiliza tanto a narração em terceira pessoa quanto em
primeira pessoa. Esse tipo de narrador conhece as personagens e o enredo como um todo, nos mínimos
detalhes, que em alguns momentos sua voz chega a ser confundida com a voz das personagens.
Adaptado de https://www.guiaestudo.com.br/texto-narrativo. Acesso em 8 de maio de 2019.

2. Gênero Textual Conto.

Desde pequeninos ouvimos histórias contadas por alguém, seja por familiares, amigos, e uma grande
parte delas pelos livros. Quem não conhece a história do Chapeuzinho Vermelho, A bela Adormecida, Os
Três Porquinhos, entre tantas outras, não é verdade?
E quando falamos sobre elas, lembramo-nos de alguns elementos que já são do nosso conhecimento, isto
é, sabemos que são contadas por alguém, que acontecem em um determinado lugar e com algumas pessoas,
entre outros aspectos. Há também aquele do qual não podemos nunca nos esquecer: o fato de que toda
história pertence a uma modalidade de texto – o chamado texto narrativo, ou seja, está relacionado com o ato
de narrar, relatar sobre um determinado assunto.
Entre os tipos de textos que representam esta modalidade está o conto, que se caracteriza por ser uma
narrativa curta, no qual o espaço e o tempo são reduzidos, com também, apresenta poucos personagens.

Questões Elementos da narrativa e conto:

1) Leia o texto para responder à questão.

Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem estava em casa; chegara tarde, exausto e
molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o
pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo
mandar consertar este rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos,
estava com muita coisa para consertar, desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no
serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouviu que batiam na porta,
acordou assustado achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina ou
um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha pedir contas.
[...]

BRAGA, Rubem. Noite de chuva. In: Melhores contos. Seleção de Davi Arrigucci Jr. São Paulo: Global, 2013, e-book.
Fragmento.

 
Quanto aos elementos da narrativa, no conto Noite de chuva, de Rubem Braga, verifica-se que:

A) O espaço é a casa onde mora a personagem principal.


B) O narrador (foco narrativo) está em primeira pessoa.
C) O homem é uma personagem secundária.
D) O protagonista é o irmão de Honorina.

2) Leia o texto para responder à questão.

Numa distante cidade do Oriente, vivia um homem bom e justo, chamado Ali Babá.
Ali Babá era muito pobre. Morava numa tenda, entre um vasto deserto e um grande oásis. Para sustentar a
mulher, Samira, e os quatro filhos, Ali Babá oferecia seus serviços às caravanas de mercadores que
passavam por ali. Estava sempre pronto para cuidar dos camelos, lavá-los, escová-los e dar-lhes água e
alimento.
Os ricos comerciantes já conheciam Ali Babá e gostavam muito de seu serviço. Ele sempre cobrava o preço
justo pelo trabalho, porém, muitas vezes, os mercadores davam-lhe mais, pois sabiam que ele vivia em
dificuldades.
[...]
Referência: Ali Babá e os quarenta ladrões. In: Contos tradicionais, fábulas, lendas e mitos. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614.pdf>. Acesso em: dez. 2016. Fragmento.
 
Pelo início do conto, podemos concluir que o personagem principal da história será:
A) Samira.
B) Ali Babá.
C) um rico comerciante.
D) um dos filhos de Ali Babá.

3) Leia o texto e responda à questão.

“Quem nunca roubou não vai me entender. E quem nunca roubou rosas, então é que jamais poderá
me entender. Eu, em pequena, roubava rosas.
Havia em Recife inúmeras ruas, as ruas dos ricos, ladeadas por palacetes que ficavam no centro de
grandes jardins. Eu e uma amiguinha brincávamos muito de decidir a quem pertenciam os palacetes.
“Aquele branco é meu.” “Não, eu já disse que os brancos são meus.” “Mas esse não é totalmente branco,
tem janelas verdes.” Parávamos às vezes longo tempo, a cara imprensada nas grades, olhando.”
Clarice Lispector, no livro “Felicidade clandestina”. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. (Fragmento)
O texto apresenta elementos de um texto narrativo. Sobre o narrador, é correto afirmar que se trata de um:
a) narrador observador, que narra em terceira pessoa.
b) narrador observador, que narra em primeira pessoa.
c) narrador personagem, que narra em terceira pessoa.
d) narrador personagem, que narra em primeira pessoa.

3. Gênero textual Fábula


Gênero Textual Fábula - Narrativa curta que transmite uma lição moral.
Fábula é uma narrativa em que os personagens são animais que são personificados, ou seja, possuem
características humanas como fala, raciocínio e costumes.
Bastante utilizada na literatura infantil, a fábula tem caráter educativo e sempre termina com um
ensinamento.
Uma das principais características da fábula é fazer analogia com o cotidiano. Através de histórias
vivenciadas pelos personagens irracionais, a fábula busca passar um ensinamento para os seres humanos.
Essa mensagem educativa, geralmente, vem no final da narrativa e é chamada de moral da história.
Escrita em prosa, a fábula, geralmente apresenta uma narrativa curta. A fábula enquanto gênero
textual faz parte dos tipos de textos narrativos. Sua estrutura é desenvolvida a partir dos elementos de uma
narração como: personagens, narrador, tempo, espaço e enredo.
Na fábula, os animais geralmente simbolizam aspectos dos seres humanos. Por exemplo, a raposa
representa a astúcia, o leão representa a força.
Fonte: https://www.guiaestudo.com.br/fabula. Acesso em 8 de maio de 2019.
Atividades:

Leia esta fábula para responder à questão:

A minhoca e a serpente
Uma minhoca viu uma serpente que dormia à sombra de uma figueira. Com inveja de seu tamanho, quis
igualar-se a ela. Esticou-se tanto que terminou se despedaçando.
(Esopo. Fábulas. Porto Alegre: L&M, 2009. P.133.)

4) Dos provérbios a seguir, assinale aquele sintetiza a ideia principal do texto:

a) As aparências enganam.
b) É melhor prevenir do que remediar.
c) Quem tudo quer, tudo perde.
d) Quem não deve, não teme.

Leia esta fábula para responder às questões 5 e 6:

O lobo e cabra
Um lobo, tendo visto uma cabra pastando numa montanha escarpada, e como não podia chegar até lá,
pediu-lhe que descesse, pois, sem perceber, ela poderia cair de lá de cima. Disse ainda que o pasto onde ele
estava era melhor, que a relva estava florida. Mas a cabra lhe respondeu: “Não é em meu benefício que me
chamas para o pasto, mas porque tu próprio estás sem alimento”.

Esopo: Fábulas completas. Tradução, introdução e notas de


Neide Cupertino de Castro Smolka. São Paulo: Moderna, 1994, p. 125.
Vocabulário:
Escarpada: de difícil acesso; íngreme.
Relva: gramado, erva rasteira.

5) De acordo com o texto, em relação ao lobo, pode-se afirmar que:

( A ) podia chegar até a montanha.


( B ) queria acompanhar a cabra.
( C ) estava sem alimento.
( D ) queria ajudar a cabra.

6) A cabra não atendeu a sugestão do lobo porque:

( A ) fingiu que não ouviu o lobo.


( B ) não concordou que o pasto era melhor.
( C ) percebeu que o lobo falava de uma coisa, mas queria outra.
( D ) ela não conseguiu descer do monte.

A CEGONHA E A RAPOSA
Um dia, a raposa, que era amiga da cegonha, convidou-a para jantar. Mas preparou para a amiga uma
porção de comidas moles, líquidas, que ela serviu sobre uma pedra lisa.
Ora, a cegonha, com seu longo bico, por mais que se esforçasse, apenas conseguia bicar a comida,
machucando-se e não comendo nada.
A raposa insistia para que a cegonha comesse, mas ela não conseguiu, e foi para casa com fome.
A cegonha, por sua vez, em outra ocasião, convidou a raposa para jantar com ela.
Preparou comidas cheirosas e colocou-as em vasos compridos e altos, onde seu bico entrava com
facilidade, mas o focinho da raposa não alcançava. Foi a vez de a raposa voltar para casa desapontada.
(Ruth Rocha. Fábulas de Esopo. São Paulo: FTD,1992.)
7) Leia as afirmativas abaixo.
I. A cegonha sentiu-se feliz e satisfeita ao sair da casa da amiga;
II. A raposa sentiu-se grata e realizada com a refeição oferecida pela amiga e quis retribuir a
gentileza;
III. Ambas sentiram-se frustradas por não usufruírem da refeição oferecida;
IV. As personagens da fábula eram inimigas.
De acordo com as proposições acima, é correto o que se afirma em:

a) I apenas.
b) II apenas.
c) III apenas.
d) IV apenas.
e) III e IV apenas.
4. Conectivos
Conectivos são termos que ligam as orações em uma frase. Eles dão sentido a uma frase muito extensa,
quando se deseja juntar ou afastar ideias distintas.

Tipos de conectivos
Veja a seguir os tipos de conectivos e seus exemplos.

a) Conectivos de tempo, frequência, duração, ordem ou sucessão:


Esses conectivos servem para localizar o leitor na continuação das ideias. São vistos com frequência
nas composições narrativas.

São eles: então; enfim; logo; logo depois; imediatamente; logo após; a princípio; no momento em que;
pouco antes; pouco depois; anteriormente; posteriormente; em seguida; afinal; por fim; finalmente; agora;
atualmente; hoje; frequentemente; constantemente; às vezes; eventualmente; por vezes; ocasionalmente;
sempre; raramente; não raro; ao mesmo tempo; simultaneamente; nesse meio tempo; enquanto, quando;
antes que; depois que; logo que; sempre que; assim que; desde que; todas as vezes que; cada vez que;
apenas; já; mal; nem bem.

Exemplo:

Sempre que ele vai ao estádio, o time perde.

b) Conectivos de Causa, consequência e explicação


Como diz o nome, esses conectivos são usados para dar explicações, causas e consequências sobre algo.

Veja: por consequência; como resultado; por isso; por causa de; assim; de fato; com efeito; que; porque;
pois; já que; uma vez que; visto que; portanto; que; de tal forma que;

Exemplo:

Não fui à escola hoje porque fiquei muito doente.

c) Lugar, proximidade ou distância


Esses conectivos abrangem classes gramaticais como advérbio de lugar e pronomes demonstrativos. São
usados para mostrar a distância entre algo: Perto de; próximo a ou de; justo a ou de; dentro; fora; mais
adiante; aqui; além; acolá; lá; ali; este; esta; isto; esse; essa; isso; aquele; aquela; aquilo; ante, a.

Exemplo:
Por favor, pare mais adiante.

d) Conectivos de Continuação ou adição:


São usados para acrescentar informação a oração, esse acréscimo tem que ser relacionado ao que já foi
mostrado anteriormente.

Veja: além disso; ainda mais; por outro lado; também; e; nem; não só; como também; não apenas; bem
como.

Exemplo:

Debatemos sobre vários temas, além disso avaliamos as possibilidades de financiamento.

e) Contraste, oposição, restrição, ressalva


Esses conectivos são usados para indicar oposição a uma ideia.

Veja: Pelo contrário; em contraste com; exceto; menos; mas; contudo; todavia; entretanto; no entanto;
embora; apesar de; ainda que; mesmo que; em contrapartida.

Exemplo:

A equipe foi bem no jogo, mas não conseguiu marcar gols.

f) Conclusão ou resumo
São utilizados com frequência na conclusão de parágrafos, para resumir ideias apresentadas ao longo do
texto.

Veja: enfim; em resumo; portanto; assim; dessa forma; dessa maneira; desse modo; logo; pois; assim sendo;
nesse sentido.

Exemplo:

Gabriel estudou muito, portanto, mereceu a aprovação.

g) Propósito, intenção ou finalidade


São utilizados quando o autor do texto deseja expor o objetivo ou finalidade de algo.

Veja: Com o fim de; a fim de; como propósito de; com a finalidade de; com o intuito de; para que; a fim de
que; para; ao propósito.

Exemplo:

Cheguei próximo, a fim de que pudesse entender a situação.

Leia a tirinha abaixo e responda às questões de 1 a 3.


8) A tira é engraçada pelo fato de que:

a) mostra uma menina com roupa de adulto.


b) exibe características da menina.
c) brinca com uma situação real.
d) há balões de diferentes formatos.
e) mostra um espelho quebrado.

9) As reticências empregadas no terceiro e no quarto quadrinhos servem para


a) comunicar sentimento de hesitação e surpresa.
b) interromper e continuar a fala.
c) indicar pergunta e resposta da personagem.
d) fazer uma afirmação e indicar entusiasmo na fala.
e) apresentar espanto e admiração de Mafalda.

10) O uso do conectivo “Além disso”, no terceiro quadrinho, serve para


a) opor duas ideias.
b) indicar uma causa.
c) indicar uma consequência.
d) acrescentar uma ideia.
e) introduzir uma explicação.

11) Explicite o valor semântico (de sentido) dos conectivos nas orações a seguir. Escolha entre:
I. causa;
II. comparação;
III. consequência;
VI. finalidade.
a) Fala como um papagaio.:______________________________
b) Falou tanto que ficou rouco.:____________________________
c) Devoramos os sanduíches, porque a fome era grande.:___________________________
d) Estudou muito para que consiga ir bem na prova:_______________________________

5. Concordância Nominal e Verbal

1. Concordância nominal é a relação que faz com que os substantivos (pronomes ou numeral
substantivo) concordem em gênero (masculino ou feminino) e número (plural ou singular)
com outras classes de palavras (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, particípios e
numerais adjetivos) que os ligam.

Basicamente, concordância nominal é a relação estabelecida entre os “nomes”.

Exemplos de concordância nominal:


O menino estudioso fez o vestibular. (Gênero masculino, singular);
A menina estudiosa passou na prova. (Gênero feminino, singular);
Os meninos estudiosos fizeram o vestibular. (Masculino, Plural);
As meninas estudiosas passaram na prova. (Feminino, Plural).

2. Concordância verbal ocorre quando o verbo se flexiona em número (singular ou plural) e em


pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa), concordando com o sujeito gramatical.

Exemplos de concordância verbal

 Eu sou feliz.
 Nós somos felizes.
 Mariana já tomou banho.
 Mariana e Alice já tomaram banho.

Questões:

12) Só não está correta a concordância verbal na alternativa:

A) Os alunos parecia gostarem do assunto da prova.


B) Pede-se que todos permaneçam em seus lugares.
C) Nestas salas já se assistiram a grandes eventos.
D) Foram eles quem pediram ao professor uma prova mais difícil.

13) Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância verbal:

A) Soavam seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram.


B) Apesar da greve, ninguém foi demitido.
C) José chegou ileso ao seu destino, embora houvesse muitas ciladas em seu caminho.
D) O advogado referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara sua petição.

14) A frase em que a concordância nominal está correta é:


A) A vasta plantação e as casas grande eram os sinais da prosperidade familiar.
B) Eles dirigiram-se ao salão onde se encontravam as vítimas do acidente.
C) Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas que ele cultivava em sua chácara.
D) Esses livro e caderno não são meus, mas poderá ser necessário para a pesquisa que estou fazendo.

14) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.


A) Queria voltar a estudar, mas faltavam-lhe recursos.
B) Foi então que começaram a chegar um pessoal estranho.
C) Devem haver outras razões para ele ter desistido.
D) Não haviam exceções neste caso.
E) Basta-lhe dois ou três dias para resolver isso.

Produzir uma crônica


O gênero crônica (do grego cronos -‘ tempo’) surgiu como um texto em que se relatava fatos verídicos
relacionados à nobreza – seu dia a dia, seus feitos etc. Organizada numa sequência cronológica linear, a
narrativa possuía considerável extensão, variando de autor para autor, mas mantendo a característica de não
ser um texto curto.

A partir do século XIX, a crônica ganha outros contornos: autores renomados “recriam” o gênero, que passa a
registrar (em livros, jornais, folhetins) reflexões sobre a vida social, os costumes, o cotidiano etc. de seu tempo.

Por essa época, passou a circular com maior frequência em jornais, que se tornou, para alguns estudiosos, o
meio (suporte) de “excelência” do gênero. Realizada num espaço predeterminado – coluna do jornal –, exigia
uma narrativa que fosse breve, determinando assim que se fosse apresentada em poucos parágrafos.

Diversos são os tipos de crônica (ficcional ou não): policial, esportiva, política, jornalística etc. Para ilustrar,
vejamos algumas características de uma crônica literária.

O pavão

Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo
livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são
minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.

Em tom de conversa (interlocução direta com o leitor), o narrador, aqui também personagem, em
poucas linhas apresenta a trama (em geral sem grandes conflitos) de sua história. As personagens, na
maior parte do tempo, são organizadas em função das reflexões do narrador, ou seja, não são exploradas
em profundidade - diferentemente do conto.
                                                                                                                      

Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De
água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. [...]

BRAGA, Rubem. O Pavão. In: 200 crônicas escolhidas. 35. ed. Rio de Janeiro, Record, 2002.

Note que o narrador chama a atenção para o fato de se construir arte com o mínimo de elementos –
podemos considerar este trecho como uma metacrônica, isto é, uma crônica explicando o ideal a ser
atingido numa crônica – a simplicidade.

Sendo assim, a crônica seria tal como um causo, recolhendo da vida diária algo que passa despercebido
(o registro de um flagrante).
Agora é com você!

 Ao escrever uma crônica, tenha em mente a brevidade do texto - procure organizar sua narrativa em
até, no máximo, cinco parágrafos.

 Escolha um tema corriqueiro: algo que te chama a atenção, seja por ser muito comentado (uma notícia
de grande repercussão), seja por ser “ignorado” por estar no dia a dia das pessoas e por isso mesmo
despercebido.

 Escolhido o assunto, organize o texto de forma a apresentar, no fim da narrativa, uma reflexão, uma
crítica, um questionamento etc. O importante é garantir um desfecho em que as considerações feitas ao
longo do texto se “encontrem” numa ideia final sobre o tema.

A)
Entendi perfeitamente.

B)
Entendi parcialmente.
C)
Entendi com dificuldades.

D)
Não entendi.

Resolução do Exercício
O espaço na narrativa é o lugar físico onde as personagens circulam, onde as ações se realizam. No
fragmento do conto de Rubem Alves, o espaço é a casa onde mora o homem (protagonista): “O homem
estava em casa [...] batiam na porta”.

Resolução do Exercício
O narrador, no início da história, já descreve Ali Babá como principal personagem, cujo nome também figura no
título do conto.

Você também pode gostar