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RESENHA DO CAPÍTULO 7
potencial de fortalecimento da gestão democrática e integrada (MEC/ INEP, 2010).”(pág. 162) . Para a
candidatura, o projeto deve se enquadrar em uma das seguintes temáticas que citaremos:
Gestão Pedagógica, Gestão de Pessoas, Planejamento e Gestão e Avaliações de Resultados
Educacionais. Para as autoras, essas temáticas são contraditórias em análise mais profunda,
leiamos:
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
POLÍTICAS PÚBLICAS EM EDUCAÇÃO
PROF.: ZACARIAS
JOÃO ANGELO TUPPER GIL
“Esses agrupamentos geram ambiguidades no que diz respeito às suas
especifidades, o que se evidenciou na análise das ementas e da classificação das experiências
registradas pelo Banco.” (pág.163)
Concluindo:
“Talvez isso revele a assunção da avaliação como instrumento de gestão, em
detrimento de uma visão que a conceba como subsídio ao planejamento e à gestão.” (pág.
163)
Sobre as indicações para o prêmio, as autoras refletem que o conceito de
inovação varia de acordo com o problema de cada localidade, atendendo, assim, a relações
não gerais e universais. Trata-se de um conceito amplo, que é embutido de maneira consoante
com o diagnóstico da secretaria municipal. Porém, a elucubração do possível prêmio deprecia
a autonomia das esferas municipais, privilegiando as funções de enquadramento nas
expectativas do governo federal para tal indicação. O texto argumenta:
“Em outros termos, ao tempo em que se constata a presença de referencias ao PNE, não se
observa igual ênfase nos instrumentos de planejamento e gestão das municipalidades, tal como o Plano
Municipal de Educação e demais instrumentos normativos legais.
Talvez isso seja expressão do excessivo formalismo no cumprimento das normas estabelecidas
pela premiação, o que nos leva a inferir que esse tipo de resposta pode ser visto como dependência das instâncias
subnacionais em relação ao governo federal, questão que vem sendo bastante analisada pela literatura da área. As
possibilidades e os limites para que as prefeituras assumam a gestão da educação básica tem sido o foco de
estudos realizados no âmbito da produção acadêmica e dos próprios órgãos governamentais. Entretanto, parte-se
do pressuposto que a cultura política consolidada nas localidades dificilmente será substituída automaticamente
por um novo conjunto normativo, embora a norma seja o pressuposto do regime democrático (MARTINS, 2004;
FARIA, 1989).” (pág.166)
Apesar da variedade das propostas de inovação, o capítulo nos indica que
inovação pressupõe que há uma insatisfação com o estado atual e que traz valores assumidos
que têm que ser impostos. Destaca ainda que se trata de um meio para transformar a realidade
educacional e não um fim em si mesmo.
Para refletirmos sobre a indução do governo federal nas esferas de gestão
municipais, de acordo com o que já foi dito, salientamos dois questionamentos que as autoras
nos trazem e induzem suas respostas; porém parece-me mais interessante, já que se trata de
indução, as questões ficarem em aberto para o entendimento pessoal de cada um. São elas:
Assumindo-se que o propósito mais geral da iniciativa do MEC é estimular a gestão
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democrática nas redes municipais de ensino, a indução é um caminho promissor? Que
possíveis efeitos podem ser gerados com a premiação de iniciativas isoladas de gestão?