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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL

DO FORO DE FAMILIA E SUCESSÕES.

___________________________________________________ (nome
completo da esposa), _________________ (nacionalidade), _____________________ (estado
civil), _________________ (profissão), portadora da Cédula de Identidade R.G. n.º
_________________, inscrita no CPF/MF sob n.º ______________, residente e domiciliada
na ______________________________________________ (endereço), por seu(ua)
Advogado(a), vem, respeitosamente, propor a presente

AÇÃO ANULATÓRIA
DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE BEM IMÓVEL

em face de ________________________________________________ (nome completo),


_____________________________________ (nacionalidade), ____________ (estado civil),
________________________________ (profissão), portador da cédula de identidade R.G. n.º
____________________, inscrito no CPF/MF sob n.º ________________________,
residente e domiciliado na___________________(endereço), pelos motivos de fato e direito a
seguir aduzidos:
I – DOS FATOS

A Autora é casada com o Réu em regime de comunhão parcial de bens.


Adquiriram, na constância do casamento, através de esforço conjunto do casal, imóvel situado
na ______________________________________ (descrever o imóvel vendido).

Ocorre que em _________ (dia, mês e ano), o Réu vendeu, sem a anuência da
Autora, o imóvel descrito acima para ________________________ (nome do comprador),
pelo valor de R$ ____________ (valor por extenso).

A escritura pública de compra e venda de bem imóvel foi lavrada e registrada


no Cartório de Registro Público de Bens Imóveis da circunscrição do bem, conforme atesta
documento anexo (doc. ).

As tentativas de composição amigáveis restaram-se infrutíferas.

Eis a razão para se intentar a presente ação anulatória.

II – DO DIREITO

A lei civil dispõe, expressamente, que:

“Art. 1647. Ressalvado o disposto no art. 1648, nenhum dos cônjuges pode, sem
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta :
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; (...)”

Esclarece ainda o legislador que :

“Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art.
1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a
anulação, até 2 (dois) anos depois de terminada a sociedade conjugal.”
Entende-se pela leitura conjugada destes dois artigos que a falta de autorização
uxória torna anulável a compra e venda de bem imóvel.

Elucida, ainda, Arnoldo Wald, Obrigações e Contratos, 14.ª ed., RT, p. 291-2,
que:

“Os contratos nulos são inválidos; os anuláveis são válidos, podendo ser desfeitos,
com efeito retroativo, caso a parte legitimada peça a anulação. Os nulos, se forem,
por algum modo, examinados em juízo, podem ser declarados tais, mesmo sem
pedido. Os anuláveis subsistem e não podem ser anulados sem pedido”

Desta forma, resta demonstrado o direito da Autora em intentar a presente ação


de anulação.

III – DO PEDIDO

Pelo exposto, requer-se:

a) a citação do Réu para, sob pena de revelia, responder aos termos da ação;

b) a procedência da ação, decretando a nulidade do ato;

c) a condenação do Requerido ao pagamento das custas processuais e


honorários advocatícios;

d) provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito.

Dá-se o valor da causa de R$ ________ (valor por extenso) para todos os


efeitos legais.
Temos em que,
Pede deferimento.

______________, ____ de ____________ de ______


(local e data)

__________________________
(nome do advogado)
OAB/___ n.º_____

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