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Universidade Católica

Disciplina: Fundamento da Psicologia Clínica

Avaliação /Prova

Questões:

1 - Como nasce a psicologia clínica?

Atrelada e se relacionando com a prática médica e seus instrumentos, essa surge


desde de Hipócrates, Galeno, Avicera tendo um “boom” no século XVIII com avanço de
recursos tecnológicos e suas especializações. A psicologia herdeira do modelo médico
nasce numa perspectiva de tratamento terapêutico, como intervir, remediar, tratar e
também curar, criando uma prática higienista, distantes de questões sociais, ou seja
menos humanista. No pensamento higienista esse exercício da atividade psicológica
poderia ser usado não só em questões aparentemente orgânicas, mas em questões
que fugiam do padrão de normalidade da época, Michael Foucault na sua genealogia no
surgimento da clínica médica, diz que saber e poder estão intrinsecamente ligados, e a
medicina, assim como a psicologia são mecanismo de controle do ser/indivíduo.

2 - De acordo com o texto de Ferres - Carneiro, a psicologia clínica no brasil é uma


identidade em construção. Explique os motivos para autora afirmar isso.

A primeira dificuldade séria no que tange a produção de pesquisas históricas e registro


apropriado de nossa atividade. A segunda de ordem estrutural a respeito da formação do
saber psicológico que tem formação via diversos saberes, assim de certa forma
dispersando saberes.

3 - Segundo Ana Bock , como podemos conceituar o sofrimento psíquico?

Como um momento difícil e intenso, que causa perturbações psicológicas, porém quem
tem condições de definir esse sofrimento é o próprio indivíduo que sente, com relação a sua
estrutura mental. Socialmente esse conceito é realizado através de julgamento embasado
em certas manifestações tidas como inadequadas.

4 - De acordo com a autora estar adaptado não é, necessariamente, sinal de saúde


mental. Explique essa assertiva.

Mesmo adaptado, dando respostas aos anseios sociais, cumprindo com todas as suas
responsabilidades, o indivíduo pode estar passando por um momento difícil, e não
conseguir lidar com as suas aflições, enquanto outro, que não estabelece uma boa
adaptação pode encontrar mecanismos de lidar com situações intensas. Tudo depende
como cada um encara o momento e não podemos generalizar e dizer que o mais
adaptado/desadaptado tem uma saúde mental em condições “normais”, ou que apresenta
alguma disfunção.

5 - Discutimos que “normal” não deve , em saúde mental, confundir-se com o


conceito de saúde, Quais os argumentos do texto Bock para essa afirmativa?

Nem sempre um transtorno mental é incapacitante, sendo assim, entendemos que todas as
pessoas têm diversas necessidades, sejam elas de afeto, ocupação laboral e etc.,
precisamos compreender que o conceito de “normal” depende de um contexto no ponto de
vista adaptativo para uma determinada cultura/sociedade. A ciência ajuda a chancelar o que
uma determinada sociedade acredita ser “normal” e detém o poder de dizer quem tem, ou
não tem saúde mental, entretanto a “loucura” faz parte nós. Não seríamos assertivos
determinar quem tem saúde mental, ou não.

6 - A loucura nem sempre foi considerada uma doença, de acordo com o que vimos.
O que o texto diz sobre isso?

Os dois textos: O Surgimento da clínica psicológica e o capítulo 23 Saúde e doença mental,


citam que os critérios para definir a loucura ainda não eram os critérios médicos antes do
século XVIII.

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