POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1
Engenheiro Coelho
2021
SUMÁRIO
Para haver educação, é preciso entender que somente a escola não é suficiente
para haver a construção do conhecimento, é necessário conectar as experiências de cada
aluno aos conteúdos, pois estas mentes em formação, trazem consigo um mundo real,
com seus desafios, suas verdades absolutas, suas escolhas em grupo ou pressionadas pela
situação de cada família. Enfim, cada indivíduo tem sua história, e todos precisam de
educação.
Para entendermos bem esse conceito, analisemos que um grupo social onde se
ensina a cultura, costumes e as regras, não é fórmula para o insucesso, já que apesar falta
de conhecimento formal, não impede o indivíduo de ser pleno em seu desenvolvimento.
Aí vem o grande desafio da escola, que é o de agregar a educação formar aos moldes do
grupo onde o indivíduo está inserido.
O ponto principal é entender que a escola é um propiciador de “encontros”, onde
com muita sabedoria e preparo, o professor direciona o aprendizado formal, sem interferir
diretamente neste conhecimento prévio de cada aluno, apenas agregando.
Neste momento, entramos então, em outro ponto importante: o preparo do
professor, o conhecimento de seu material de trabalho no caso o aluno com suas
habilidades e conceitos. No Brasil, temos um adicional nesta temática, que é a diversidade
cultural, por sermos um país muito grande e “distante” em recursos e conceitos de vida,
e ainda por agregarmos em nosso meio a cultura de grupos étnicos tão diferenciados.
A “tal” da ética é quase que coisa do passado. Em nosso “mundinho” Brasil não
temos visto muito desta postura. Uma sociedade arraigada à desonestidade que vem desde
o Brasil colônia até a história de um pai que permite o filho roubar uma bala no
supermercado por ser algo muito insignificante, “somente uma bala, nada demais”.
Infelizmente vemos isso “por aqui e por ali”, apenas a constatação de famílias
desestruturas, crianças sem um rumo, sem foco, sem objetivo. Pais que devido à vida
acumulada de atividades e preocupações, tem deixados nossas crianças “soltas”, o que as
está tornando indivíduos sem autonomia, fracas, sensíveis, sem espírito de “luta”. Uma
geração frágil. O que se percebe ao longo dos anos, é que a escola tem assumido esta
responsabilidade que caberia à família cumprir.
Fazer o certo ainda é preciso, mostrar o caminho ainda é primordial, criar
responsabilidade ainda é nosso objetivo, afinal somos um país rico, com muito potencial
e nossa juventude precisa de mais nacionalismo no coração, mesmo que muitos ainda
digam que o mais importante é estar acima deste ou daquele.
1.5 A Folha amassada
Oh! Que sonho, não?! Onde todos fazem sua parte e o sucesso é eminente. É claro
que nem sempre acontece, mas o texto deixa bem claro que esta dinâmica precisa ser
buscada e que precisamos incutir em nossa mente e também no coração de nossos alunos,
pois uma “estrutura” não se sustenta se um dos alicerces enfraquece e deixa de cumprir
seu papel. Um dos desafios da escola é o de formar líderes, com base e encorajamento
para que realizem mais do que foi pedido, que andem a “segunda milha” em pequenas
atividades, e com o tempo teremos resultados estrondosos. Mas sim, precisa começar
comigo, a educadora.
O sonho de todo educador é encaixar os seus 30 ou 40 alunos dentro dos 5%. Mas
infelizmente não acontece isso. Nem todos terão sucesso absoluto. Contudo, precisamos
entender que o Determinismo não se encaixa na educação. O sucesso ou não dependerá
de muitos fatores como o meio social, os estímulos, os obstáculos vencidos ao longo da
vida, os traumas, o meio, os amigos, os pais, a escola, os professores, a saúde física e
mental, as oportunidades e mais uma série de fatores. Porém, mesmo que o aluno tenha
tudo contra ou a favor, ainda assim a sua motivação, por uma mudança ou simplesmente
por “birra”, podem determinar o sucesso.
O texto mostra que não podemos esperar mais ou menos de determinado aluno,
sendo que somente o futuro poderá dizer, contudo o que não pode faltar é uma escola
motivadora e professores engajados no sucesso de cada aluno.
A troca de conhecimento é algo que faz parte do ser humano, como sociedade,
mas quando falamos de troca de conhecimento entre uma pequena criança e um professor,
nos deparamos com o impasse de quem sabe mais. Nesta ilustração vemos uma criança
acreditando antes de questionar, em contraponto ao adulto que conjectura, perdendo
terreno nesta corrida.
Por isso vemos dentro da arte as muitas limitações artísticas do adulto, que trava
diante da criatividade o que não acontece com a criança que está livre dos pensamentos
que travam o ser humano.
O conhecimento só se constrói com a troca. Mas ainda, precisamos estar
constantemente atualizados, antenados às mudanças, para sermos efetivos com uma
geração de alunos que pensam “fora da casinha”, motivados pela enxurrada de
informações.
Sem dor não há crescimento e mudar dói, e dói muito. Mudar o rumo gera
desconforto, e com o desconforto há um novo ajuste com nova forma de pensar e atuar.
Como educadores, precisamos entender a necessidade de mudança de rumo, de atuação.
Precisamos assumir que muitas vezes mudamos os ambientes, mas não mudamos as
estratégias, portanto andamos para trás.
Podemos colocar aqui, inúmeras frases que estimulem a mudança, como: “se a
vida te dá limões faça uma limonada” ou “nunca é tarde para mudar”, mas assim como
nossos alunos, todos temos o nosso tempo, como numa “panela cheia de pipocas” que
estouram em momentos diferentes, mas se rapidinho entendermos que “virar piruá e
quebrar os dentes” é dar “tiro no pé”, seremos vencedores.
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003.
p. 7-10.
ALVES, R. A pipoca. In: O amor que acende a lua. Campinas: Papirus, 1999. p. 54-57.
BRANDÃO, C. R. O que é educação. In: Coleção Primeiros Passos. 28ª ed. São Paulo:
Brasiliense, 1993.
LENFESTEI, J. Histórias para aquecer o coração dos pais. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
ROSA, G. Grande Sertão: Veredas. 33ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.