Você está na página 1de 10

Séries – 5.

Séries Alternadas, Convergência Absoluta e


Condicional
Luiza Amalia Pinto Cantão
Depto. de Engenharia Ambiental
Universidade Estadual Paulista – UNESP
luiza@sorocaba.unesp.br
Séries Alternadas
Ilustração: Os termos são alternativamente positivos e negativos:

1 1 1 1 1 X (−1)n−1
1 − + − + − + ··· =
2 3 4 5 6 n=1
n

1 2 3 5 6 X n
− + − − + + ··· = (−1)
2 3 4 6 7 n=1
n+1

Forma: O n-ésimo termo de uma série alternada é:


an = (−1)n−1un ou an = (−1)nun
sendo un um número positivo (un = |an|).
Séries Aternadas: Teorema

Teorema: Se a série alternada



X n−1
(−1) un = u1 − u2 + u3 − u4 + · · · (un > 0)
n=1

satisfazer
1. un+1 ≤ un para todo n
2. lim un = 0
n→∞

então a série é convergente.


Figura:
u1
−u2
u3
−u4
u5
−u6

0 s2 s4 s6 s s5 s3 s1
Série Alternada: Exemplos
Exemplo: Verifique se as séries abaixo são convergentes ou divergentes:
∞ n−1
1 1 1 X (−1)
1. Série harmônica: 1 − + − + · · · =
2 3 4 n=1
n
∞ n
X (−1) 3n
2.
n=1
4n − 1

X n+1 n2
3. (−1)
n=1
n3 + 1
Séreis Alternadas: Estimando Somas
P n−1
Teorema: Se s = (−1) un for a soma de uma série alternada que satisfaz
1. 0 ≤ un+1 ≤ un e
2. lim un = 0
n→∞

então |Rn| = |s − sn| ≤ un+1


Prova: Como s está entre duas somas parciais quaisquer sn e sn+1, segue que:
|s − sn| ≤ |sn+1 − sn| = un+1

Exemplo (4): Encontre a soma da série abaixo com precisão de três casas
decimais (pela definição 0! = 1):
∞ n
X (−1)
n=0
n!
Convergência Absoluta
P
Definição: Uma série an P
é chamada absolutamente convergente se a
série de valores absolutos |an| for convergente.
P
Atenção: Se an for uma série de termos positivos, então |an| = an e assim
a convergência absoluta é a mesma coisa que a convergência nesse caso.
Exemplo (5): Verifique se a série abaixo é absolutamente convergente. Justi-
fique.
∞ n−1
X (−1)
n=1
n2
Convergência Condicional
P
Definição: Uma série an é chamada condicionalmente convergente se
ela for convergente, mas não for absolutamente convergente.
Exemplo (6): Determine se a série abaixo é absolutamente ou condicional-
mente convergente ou divergente.
∞ n−1
X (−1)
n=1
n
P
Teorema: Se uma série an for absolutamente convergente, então ela é con-
vergente.
Exemplo (7): Determine se a série dada é convergente ou divergente.

X cos n
n=1
n2
Ilustração gráfica do exemplo (7)
Rearranjo

X
Teorema: Se an converge absolutamente e b1, b2, b3, . . . , bn, . . . é qual-
n=1 P
quer rearranjo da seqüência {an}, então bn converge absolutamente e

X ∞
X
bn = an
n=1 n=1

Exemplo (8): Verifique se a série abaixo é convergente ou divergente:


∞ n−1
X (−1)
n=1
n2

Exercı́cios Propostos: George B. Thomas – Volume 2


Páginas 50 à 52;
Exercı́cios: 1 à 63.
Procedimento para a Determinação de Convergência

Teste do n-ésimo termo lim an = 0 Não A série diverve!

Sim ou talvez

Sim Converge para a/(1 − r) se |r| < 1


Teste da série Geométrica an = a + ar + ar2 + . . .?
P
Diverge se |r| ≥ 1
Não

X 1 Sim A série converge se p > 1
Teste da p-série A série tem a forma ?
n p A série diverge se p ≤ 1
n=1

Não
Termos não negativos ou P
|an | converge ? Aplique um dos testes: Sim A série original converge!
Convergência absoluta Comparação, Integral, da Razão ou da Raiz
Não ou talvez
P
Teste da série alternada an = u1 − u2 + u3 − . . . Sim Existe um inteiro N tal que
Uma série alternada uN ≥ uN +1 ≥ . . . ?
Não
Não Sim

Veja o que se pode fazer com as somas parciais.


A série converge se un → 0
Caso contrário, a série diverge.

Você também pode gostar