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refrigerador de bebidas
Eng. M. Sc. David Fernando Marcucci Pico; Pedro Henrique Silva Santos; Prof. Dr. Enio
Pedone Bandarra Filho
SUMÁRIO
1. Objetivos ....................................................................................................................... 1
3. Desenvolvimento .......................................................................................................... 2
4. Conclusões ................................................................................................................. 11
1. Objetivos
2. Sumário técnico
3. Desenvolvimento
Com o intuito de aprimorar o sistema de refrigeração do refrigerador de bebidas foram
realizados uma série de ensaios em regime permanente, os quais permitem analisar diferentes
parâmetros de desempenho do equipamento como o consumo de energia, a taxa de
funcionamento, o coeficiente de desempenho, as perdas de calor ao ambiente. Esses
aprimoramentos foram propostos no relatório (a), os quais consistem na alteração do tubo capilar
e na carga de fluido refrigerante, nesse caso o R134a.
A alteração do tubo capilar foi realizada com o auxílio de uma válvula micrométrica
(BSS3MM-A-VH-VC, Swagelock), a qual possui um vernier que permite a repetibilidade da
abertura da válvula. Já a carga do sistema foi realizada utilizando os equipamentos da empresa,
a máquina de carga e a bomba de vácuo da linha de produção. O vácuo máximo permitido entre
as trocas de carga foi de 20 até 40 micHg.
𝑊̇𝑣𝑒𝑛𝑡 + 𝑊𝑔̇
𝑈𝐴𝑔 =
(𝑇𝑔 − 𝑇𝑎 )
Uma vez determinado o valor da condutância, pode ser estimada a carga térmica do
equipamento por intermédio da Eq. apresentada abaixo.
3.1.3. Parâmetros
onde 𝑊̇𝑟𝑒𝑠 é a carga térmica imposta pela resistência, 𝑄̇𝑙𝑒𝑎𝑘 a parcela de calor que é
perdida do sistema e 𝑊̇𝑣𝑒𝑛𝑡 a potência fornecida pelo ventilador.
𝑇𝑜𝑛
𝐹𝐹 =
𝑇𝑜𝑛 + 𝑇𝑜𝑓𝑓
𝑄̇𝑡
𝐹𝐹 =
̇
𝑄𝑒 − 𝑊̇𝑣𝑒𝑛𝑡
Onde 𝑄̇𝑡 é a parcela de energia que é rejeitada pelas paredes para o ambiente, 𝑄̇𝑒 é a
capacidade de refrigeração do sistema, 𝑊̇𝑣𝑒𝑛𝑡 é a potência fornecida pelo ventilador do gabinete.
Essa equação nos permite obter a taxa de funcionamento mesmo estando em regime
permanente a partir das taxas de energia presentes no sistema.
Já o consumo energético é obtido pela seguinte equação:
Onde ̅𝑐𝑝 , é a potência média consumida pelo compressor, (2,49) é a parcela de potência do
𝑊
ventilador e (0,6) a constante que engloba o funcionamento do equipamento durante 1h por dia
durante 30 dias juntamente com o fator de conversão.
3.1.3.1. COP
Para o cálculo do COP foi utilizada a seguinte equação:
𝑄̇𝑒
𝐶𝑂𝑃 =
̅̅̅̅ + 2,49
𝑊 𝑐𝑝
Todos os dados usados para o presente relatório podem ser consultados na planilha
geral dos testes1. A Tabela 3.1 apresenta o nome do teste, a carga e abertura utilizada.
3.2.1. Pull-down
Para os testes do equipamento original (T13, T14) podemos notar que o tempo de pull-
down do equipamento se manteve similar quando comparados aos testes (T8, T9, T10, T17) já
com a válvula instalada conforme mostra a Fig.2.
Pull-down
30
T14
25 T13
T5
20
Temperatura (°C)
T7
15 T8
T9
10
T10
5 T17
-5
-10
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Tempo (s)
1
Planilha de dados: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1hmxgVEt42HxQw-
cHXHe59jPEIBJuk6mc9xzZQ2wZGOw/edit?usp=sharing
Para os teste de base (T13, T14), no equipamento original, nota-se a repetibilidade dos
ensaios onde ambos mantiveram o mesmo comportamento, mostrando assim a precisão do
experimento realizado.
A Tabela 3.2 os tempos obtidos de pull-down para os testes realizados:
Temperatura de descarga
75
74
Temperatura de descarga (°C)
73
72
71
70
69
68
67 T13 T14 T9
66 T8 T17 T10
65
6000 6500 7000 7500 8000 8500
Tempo (s)
38.00
Abertura: 1,20
36.00 Abertura: 1,11
Consumo energético (kWh/mês)
Capilar original
34.00 Capilar original
Abertura: 1,15
32.00 Abertura: 1,11
30.00
28.00
26.00
24.00
34 36 38 40 42 44
Carga R-134a (g)
0.95
0.90
0.85 Abertura
válvula: 1,20
COP (-)
Abertura
0.80 válvula: 1,11
Capilar
original
0.75 Capilar
original
Abertura
0.70 válvula: 1,15
Abertura
válvula: 1,11
0.65
34 36 38 40 42 44
Carga R-134a (g)
15.99
52.97
34.48
3.3.1. Isolamento
Como foi mostrado a Fig.6, a parcela de energia perdida pelo sistema, Q_leak, é mais
da metade da capacidade de refrigeração do sistema. Para que esse valor seja reduzido, o que
representaria um ganho para a redução do consumo mensal do equipamento, propõe-se que
seja reavaliada a espessura do material isolante do equipamento ou mesmo a distribuição do
PU, bem como pontos de fuga de ar interno, infiltrações.
A redução desta parcela, em possíveis estudos posteriores, dará uma grande
contribuição para o equipamento, pois a medida em que o Q_leak for reduzido, o sistema terá
uma maior capacidade de refrigeração destinada ao produto, que nos testes é representada pela
carga térmica imposta pela resistência.
O tempo de operação da resistência simula a quantidade de carga térmica que está
sendo aplicada no sistema e que deve ser retirada pela capacidade de refrigeração por meio do
compressor. Quanto maior for o valor da carga térmica imposta, maior tempo de operação da
resistência, refletindo um aumento na capacidade de refrigeração do equipamento, que, com a
diminuição das perdas para o ambiente externo, terá concentrada toda a capacidade de
refrigeração para o produto final.
3.3.2. Compressor
O equipamento atual conta com um compressor Elgin ENL 20E que proporciona uma
capacidade frigorifica de 56 (kcal/h) para um consumo médio de 70 W. Durante os testes foi feita
uma pesquisa de alguns possíveis substitutos que dariam uma maior capacidade de refrigeração
para o sistema, foi encontrado no catálogo do mesmo fornecedor o compressor Elgin ENL 25E
que proporciona uma capacidade frigorifica de 65 (kcal/h) para um consumo médio de 75 W.
Para fins de comparação a Fig. 4 mostra todos os dados dos dois compressores
apresentados no catálogo do fabricante. Os valores de capacidade frigorífica foram
contabilizados para a temperatura de evaporação de -23,3 °C para o R134a
Figura 7 – Catálogo de compressores Elgin.
4. Conclusões