O documento discute as três categorias de "coisas que se esperam": 1) Coisas da vida comum que dependem da fé na própria experiência, 2) Coisas além de nós mesmas como causas sociais que dependem da fé na alteridade, e 3) Coisas últimas como Deus e espiritualidade que dependem da fé na graça divina. O documento argumenta que a fé é o fundamento de todas essas coisas que esperamos, sejam imediatas, mediadas ou últimas.
O documento discute as três categorias de "coisas que se esperam": 1) Coisas da vida comum que dependem da fé na própria experiência, 2) Coisas além de nós mesmas como causas sociais que dependem da fé na alteridade, e 3) Coisas últimas como Deus e espiritualidade que dependem da fé na graça divina. O documento argumenta que a fé é o fundamento de todas essas coisas que esperamos, sejam imediatas, mediadas ou últimas.
O documento discute as três categorias de "coisas que se esperam": 1) Coisas da vida comum que dependem da fé na própria experiência, 2) Coisas além de nós mesmas como causas sociais que dependem da fé na alteridade, e 3) Coisas últimas como Deus e espiritualidade que dependem da fé na graça divina. O documento argumenta que a fé é o fundamento de todas essas coisas que esperamos, sejam imediatas, mediadas ou últimas.
Ora, a fé é a substância (firme fundamento) das coisas que se esperam,
a prova das coisas que não estão sendo vistas. [tradução livre]
1. O que são as coisas que se esperam?
São todas as coisas que cabem no campo da possibilidade. Vamos dividir em 3 categorias:
a. Coisas da vida comum [sentido imediato]
Acordar pela manhã, levantar, ir para o trabalho, almoçar, casar- se, fazer compras, viajar com a família, pagar as contas. Será que tudo isso que fazemos vem de um instinto natural de sobrevivência ou são escolhas socialmente condicionadas que se fundamentam em crenças que habitam a nossa mente? Todas essas coisas que se esperam da vida se apoiam sobre a fé. Porque é preciso acreditar na própria vida antes de tudo. Mesmo admitindo que tudo isso que vivemos vem de uma experiência, daquilo que nos é dado pelos sentidos dos corpo e depois processado na mente. Isso só é possível porque acreditamos naquilo que tocamos, no que vemos e ouvimos. Acreditamos na experiência da vida. A fé é o firme fundamento, é a certeza que dá sentido imediato para as coisas que vivenciamos todos os dias.
b. Coisas que estão para além de nós [sentido mediado pela
alteridade] Engajamento, luta por justiça, bondade como exercício do bem, busca da liberdade, afirmação política, solidariedade como estilo de vida, cuidado e a paciência com o outro. Seriam essas coisas, essa busca uma influência das relações com as outras pessoas que encontra lugar na nossa consciência e agimos assim com a finalidade de aliviar a própria culpa? Em muitos casos sim. Mas essas coisas que se esperam do mundo, acabam se tornando causas a serem defendidas também por uma identificação. Na luta por justiça ou direitos, aqueles que são igualmente injustiçados tendem a se unir por identificação e por acreditarem que é possível mudar uma situação, romper com um ciclo, transformar uma realidade. A mesma fé que funda da possibilidade a iniciativa de fazer acontecer, é a fé que levanta o punho cerrado em protesto, pois é pela fé no outro e em si mesmos que aprendemos a amar e ser amados e podemos melhorar como humanidade.
c. Coisa que são últimas na vida [sentido mediado pela graça]
Deus, espiritualidade, busca por um sentido maior no que chamamos de vida e além dela. Seria Deus uma criação da nossa mente para contrapor e justificar a nossa limitação diante da imensidão do universo? Em todas as culturas a espiritualidade é elemento que se destaca na experiência humana. A fé aparece como algo inerente, que já está dentro de cada pessoa. Seja para levantar de manhã, tomar café e ir ao trabalho; seja para se engajar numa causa maior para além de nossos interesses particulares; a fé é o elemento que espera encontrar Deus, como uma antena está pronta para receber o sinal e transmitir os dados ao receptor, assim é a fé que mesmo desconfiando, segue na expectativa por alguma comunicação com Deus. A fé é o firme fundamento do andar com Deus. É ver não vendo, ouvir não ouvindo, discernir ser ter clareza, é um salto para a luz que ainda não se está vendo, mas que no fundo sabemos dela. Fé é a característica marcante daqueles que andaram com Deus, que ressignificaram sua vida não pelas coisas comuns nem pelas que estão além de nós, mas encontraram na graça de Deus o sentido último da existência. Habacuque 2.1-5
Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a
fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa. O Senhor me respondeu e disse: Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo. Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará. Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé. Assim como o vinho é enganoso, tampouco permanece o arrogante, cuja gananciosa boca se escancara como o sepulcro e é como a morte, que não se farta; ele ajunta para si todas as nações e congrega todos os povos.