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porque
esse grupo, apartir da pragmática iá não seria lingüística'
que a pragmática
náo é um nível ae anailse da língua. Evidente
está no plano do uso'
está dentro do plano do uso, e enquanto
Portanto' para esse
ela não é do nível do sistema nesse sentido'
e tem um núcleo
grupo a lingüística é o estudo apenas cle formas
que a
ãr.i, " pronto. Chomsky é ainda mais restritivo e acha
Iingüísticaéoestudodalinguageminternalizada(LI).AIgoassin-t
comoumaciêncianaturaldapsicologiaoubiologia.Eudiscordo
que a lingüística pode ser.
disso. outros, como eu mesmo, acham
maisamplaeenvolveinclusivelingüísticadetexto'análisedo
por exemplo' Isto é' envolve
discurso e análise da conversaçào'
nesse sentido que
processos, atividades, e outras coisas mais' É
mais do que apenas o
àu tomo a lingüística. Ela envolve muito
das formas, dos
estudo de formas. À.no que seria a investigação
podemos estudar o texto'
usos e das atividades lingUÍsticas' Aí
e' por que
o, gOr"ror, os discursos, a aquisição' a interaçáo'
nao?, também a sintaxe e a fonologia'
lt r.rNçuÍsrtc:r n clÊxcr-c'?
eu tomo a
Eu acho que a lingüística é uma ciência' se que tem
lingüística como uma investigaçáo controlada náo' por suas
resultados, alguns deles reprodutíveis' outros
condições O" pràauçào' En1âo' a lingüística
é uma ciência'
masnáoumaciêncianaquelesentidoneopositivistaqueexige
que entram para
um controle rigoroso de todas as variáveis por diante'
produzir resultados e projeções controlados e assim
que Kant escreveu
Mas mesmo isso é muito complicado' Veja
A críttca d'a razao pura só para mostrar quepara a filosofia era
encontrar
ciência. EIe inclusive se esforçou muito
prtort e sintéticos"' uma
enunciados que eram "verdadeiros a
e se deu muito
espécie de "árvore verde dourada da vida"'
escrever um livro para
bem. Nós, lingüistas, não precisamos
é uma ciência
mostrar que a fi.rluitti"u é ciência' A lingüística
enosanos1960.19"70foiarainhadasciênciashumanas,segundo
humanas'
disse Lévi-Straurr'. Hoj", essa coisa de ciências que mais'
sei Iá o
ciências sociais, ciências exatas, da natureza,
pouco importa, o que importa é que a noção de
ciência nâo pode
ou na sua investigação
na vida dos indivíduos, seja no cotidiano
todos os momentos como a
têm uma importância táo grande em
desse fenômeno' evideu-
IÍngua. E então a ciência que dá conta
porque é pela porta' digamos
temente, é de extráÁa impãrtância'
se tornam sociais e se socializanr'
assim, da língua, ã'à ut pà"ou'
e fazem tudo aquilo que fazen'
se agrupam, deÍendem interesses
^v
\r§v Nesse sentido,
"'
ainu que a lingüística é extremamente rele-
vante, porque ela consegue dar conta
de um dos fenômenos' ou
\ t,' pretende dar conta pelo menos' de um dos
fenômenos mais
seres humanos' inciusive
presentes ,, uiáu diâria de todos os Não se tetll
os tempol
nas mais aiversas situações e em todo-s tenha tido olt
que não
notícia de nenhum povo na humanidade' culturas
que ela permeia todas as
falado alguma fi"guu, de modo que moram sozinhos
e todos os irrOl,iíuos' it'ctusivqindivíduos
e ficam falando com as árvores'
"&r.listlÚ:Ís'rrc.&TE§Irl,ÀI'GUIIír{}lr{trR{}wÍsst}xr:cnssÁnroca§'IAs»r'rr:ncno?
um compromisso n'ecessario
Eu náo diria que a lingüística teria
com a educação, ;;;- grande compromisso' eu diria' Nem
precisam ter um compro-
todas as investigações lingüísticas
tem certos compromis-
misso com a educaçáo, mas a lingtiísiica
sos. Agora, compromissos no sentido
de desenvolver conhe-
efetivamente nas suas de-
cimentos nr" o'i* possam utilizar em termos de
vidas áreas, como, por exemplo' na educaçáo' não precisa se
a lingüÍstica
ensino de lÍngua âtgo mais' Mas
"
desenvolver pensando: como vou ser
útil na educação? é nesse
necessário' Claro que ela
sentido que seu compromisso náo é
pensar também na educa-
deve pensar para que ela serve etc''
Eu.r"io ü" ttoj" dia-a lingüistica está assumindo aqui
çáo. "'o na própria
no Brasil ,*u p""pectiva bastante importante como todas
educação na medida em que se entende a educaçáo
do conhecimento nas
as formas de formaçáo ou de construção
pessoas. sentido bem amplo' toda a educaçáo
"'*
^ ái'"r' Entáo' é claro que a língua ocupa um lugar
"a"tãtàá
escolar rurno,
também' E se na educaÇão
importante e a lingüística' por sua vez'
e o domínio da língua
um dos ,rp""tot b?sicos é a alfabetizaçá'o
passa a ser fundamental' A
em todos o, ,"rtlJos, a lingüística
diz' se sukrentende escrita'
rigor, quando se fala em educaçáo sã que sabe
pessoa à noi" entendida como uma pessoa
"ar.uãá da UNESCO e até da
escrever. Esta é inclusive uma definição Mas isso
oNIl: educadà L deu"t''olvido é um povo alfabetizado'
.STICÀ
Lr-irz ANroNro Mencusctut
139
.:1CãO,
é discutível. E nesse sentido a lingüística, evidentemente, fornece
]llo a instrumentos, desenvolve todos esses aspectos, ela é mLlito
.clen- importante e tem um compromisso extremamente sério cour a
:lmos educação. Mas o que eu diria é que não é necessária essa relacào
:. -zam, de compromisso, mas é um compromisso sim, histórico. social e
,r Z ê111. político, enfim que todo cientista deve ter.
: rele-
s. ou
nlais C*lruo I lrxt;[rÍsrtca sâ íNSr]&.§ xa pt1§-ilxonrnivln-tnr:?
,isive Bom aí tem um problema: o que é pós-modernidade? Nào sei
- tem exatamente o que seja pós-modernidade. Hoje em dia tuclo e
io ou pós-modernidade e há um poetinha aí que já atingiu o '.pós-
. Llras tudo". Mas eu diria que a lingüÍstica se insere nesse contexto
thos pós-moderno se vamos entender a pós-modernidade como o
período em que nós vivemos, em que as relações lógicas náo
são as que prevalecem, mas são as relações fáticas. Hoje. a
pragmática, a não-linearidade e uma certa desterritorializaçáo
das relações sociais e dos processos cognitivos estão muito
: tll ?,O
mais em evidência e em investigação do que os fenômenos
\em empÍricos. Nesse sentido, entendendo pós-modernidade colno
Dro- uma forma de pensar que tenta superar um processo estrita-
ltlis- mente lógico e entrar numa coisa mais ampla, inclusive que
rhe- não se faz uma pergunta estritamente lógica; nesse sentido. a
- de- lingüística se insere de maneira interessante porque ela mostra
.de que a lÍngua é um fenômeno, desde os tempos iniciais talvez.
:â Sê pós-moderno. o curioso é que não se tenha dado conta desse
. iSSe aspecto, porque não é um fenômeno estritamente lógico, que
. elâ busca lógica. Quem busca tógica na língua busca no lugar.
-lca- errado. Então, nesse sentido, a lingüística sempre foi pós_
.irlui moderna. Acho que a língua é por definição pós-moderna. se
.r ria por pós-modernidade se entende toda forma de raciocínio enr
CIaS que a coordenada principal não é a lógica cartesiana. -\
uas lingüística tem uma coisa muito importante: era com muita
.rCào facilidade se apropria de toclas as ciências. Então, ela dialoga
lgar com facilidade com as outras ciências. A interdisciplinaridacle.
i.Cão que em outras áreas é complicada e precisa ser pensacla. na
-3-Ua lingüística tem que ser até barrada, porque ela é muito natural.
.iA ela é muito espontânea. A interação com muita facilidade conr
rita. todas as áreas é um ponto forte e fraco ao mesmo tempo qr.re a
.abê lingüística oferece. Muitas pessoas acham que essa faciliclacie
=da de relações transdisciplinares da lingüística leva a uma super.-
1 SSO ficialidade e transforma a própria ringüÍstica numa disciplina
140 COTT ENS.rS LI\L;I I:T\S: \ IRl I DES E ,-O\TRO\ ERSIAS DA LI\(;I ISTl(.\
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