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Ética

Prof. Wendell Léo


Ética
Prof. ADM. Wendell Léo Castellano

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Ética nas Organizações
Para que haja conduta ética, é preciso que exista o agente
consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre o bem e o
mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício.

A consciência moral não só conhece tais diferenças, mas também se


reconhece como capaz de julgar o valor dos atos e das condutas, e de
agir em conformidade com os valores morais, sendo, por isso, o
agente responsável por suas ações e seus sentimentos e pelas
consequências do que faz e sente.

Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis da vida


ética.
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O Conceito de Ética
Ética tem origem no grego “ethos”, que significa modo de ser. A
palavra moral vem do latim ¨mos¨ ou ¨mores¨, ou seja, costume ou
costumes. A primeira é uma ciência sobre o comportamento moral
dos homens em sociedade e está relacionada à Filosofia.

Sua função é a mesma de qualquer teoria: explicar, esclarecer ou


investigar determinada realidade, elaborando os conceitos
correspondentes.

A segunda, como define o filósofo Vázquez, expressa “um conjunto


de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o
comportamento individual dos homens”.

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O Conceito de Ética

Ao campo da ética, diferente do da moral, não cabe


formular juízo valorativo, mas, sim, explicar as razões
da existência de determinada realidade e proporcionar
a reflexão acerca dela.

A moral é normativa e se manifesta concretamente nas


diferentes sociedades como resposta a necessidades
sociais; sua função consiste em regulamentar as
relações entre os indivíduos e entre estes e a
comunidade, contribuindo para a estabilidade da
ordem social.
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O Conceito de Ética

Moral x Imoral x Amoral

Ético x Antiético x Aético

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O Conceito de Ética
1- Disciplina filosófica: que tem por objeto a moral ou a moralidade.
Moral: Conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer
de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa
determinada, ou seja, regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades
humanas durante determinados períodos de tempo.

“A moral tem por objeto o comportamento humano regido por regras e valores
morais, que se encontram gravados em nossas consciências, e não existe
nenhum código. É apenas comportamento resultante de decisão da vontade
que torna o homem, por ser livre, responsável por sua culpa quando agir
contra as regras morais.”

Ex. A corrupção é um ato que vai contra a moral.


Imoral: contra uma moral ou a ideia moral vigente. Muitas vezes, o indivíduo
que questiona uma ética dominante tem ideias morais próprias ou diferentes.
Amoral: sem moral (aquém ou além dela), mas não contra uma ou outra moral.
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O Conceito de Ética
Moralidade: Qualidade do que é moral. Sistema de regras,
valores, ideais e princípios que corresponde ao padrão ético
geral de uma sociedade, isto é, comum a todos e de
conhecimento de todos. A moralidade é, substancialmente, um
sistema de exigências mútuas que tem a finalidade de garantir o
respeito aos vários interesses dos indivíduos que compõem uma
sociedade. Assim, enquanto a moral é a designação de um
conjunto de princípios, normas, imperativos ou ideias morais de
uma época ou de uma sociedade determinada, a moralidade se
refere ao conjunto de relações efetivas ou atos concretos que
adquirem um significado moral com respeito a “moral” vigente.

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O Conceito de Ética
2- Ética profissional: padrão a que determinado conjunto de
pessoas (geralmente definido em termos profissionais) está
submetido na medida em que atua como médico, jornalista,
servidor público, administrador, etc. Naturalmente, esse padrão
restrito ao grupo a que se dirige deve, ao ser fixado, respeitar
dois limites: o limite imposto pela lei (não faz, obviamente, sentido
tentar usar esse padrão para legitimar ações ou comportamentos
ilegais) e o limite imposto pelo padrão mais geral da sociedade a
que pertence esse grupo (igualmente, não é aceitável que o
padrão ético de um grupo dentro da sociedade mais ampla use
esse padrão para criar exceções éticas para si mesmo).

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O Conceito de Ética
3- Ética no sentido valorativo: quando dizemos de uma pessoa que ela
é “ética” estamos, em geral, aprovando-a, isto é, estamos dizendo: essa
pessoa age de forma correta, boa, aceitável, etc. Como são fácil de ver,
os dois últimos sentidos de “ética” estão intimamente ligados: quando
aprovamos a atuação, por exemplo, de um médico ou de um jornalista,
dizendo que ele é “ético”, estamos querendo dizer que segue o padrão
que define sua atuação como médico ou jornalista.
Quando se fala de ética no serviço público o que se exige é que a
atuação dos servidores seja “ética”, no sentido valorativo apontado acima.
Ou seja: não basta que exista o padrão, é necessário – e esse é o sentido
mais sério da exigência – que o padrão seja efetivamente seguido e que
isso transpareça de fato na atuação do serviço público.

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Princípios da Adm. Pública que norteiam a Ética
nas Organizações Públicas
Valor da Legalidade - implica reconhecer na lei uma das mais
importantes condições de possibilidade da vida em comum. Em um
Estado cujo ordenamento jurídico pode ser minimamente caracterizado
como correto (ou seja, as normas jurídicas têm origem em um processo
legítimo, estão postas em uma estrutura que as relaciona e lhes dá
sentido, respeitam princípios gerais de justiça, etc.), seguir as leis é
garantia da liberdade no sentido político. O compromisso do serviço
público com a lei é ainda mais estreito: é o serviço público, afinal, que é
responsável por traduzir uma boa parte desse sistema público de regras
em ações. Não pode, assim, deixar de orientar-se pelo valor fundamental
do respeito às leis – pelo valor da legalidade – sem negar sua própria
razão de ser, sem negar o compromisso implícito que, de certa forma,
presidiu sua instituição.
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Princípios da Adm. Pública que norteiam a Ética
nas Organizações Públicas
Valor da Impessoalidade - o serviço público deve caracterizar-se pela
impessoalidade, isto é, as relações em que está de algum modo
envolvido são de caráter diferente das que caracterizam o domínio
privado. Enquanto nesse domínio as relações são frequentemente
caracterizadas pela diferença, pelas preferências, no serviço público
deve ser impessoal. Significa dizer que essas preferências, esses
privilégios, essas diferenças não são de domínio público justamente
porque, nesse domínio, trata-se daquilo que é comum, trata-se daquilo
que é devido a cada um não do ponto de vista particular de suas
peculiaridades, mas do ponto de vista geral da cidadania. O valor da
impessoalidade, assim, vem acompanhado de perto pelos valores da
igualdade e da imparcialidade. Todos são iguais no sentido em que todos
têm o mesmo valor como pessoas morais ou como cidadãos e, assim,
merecem, em princípio, o mesmo tratamento.
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Princípios da Adm. Pública que norteiam a
Ética nas Organizações Públicas
Valor da Moralidade – O padrão que define a conduta ética dos
servidores públicos não pode ir de encontro ao padrão ético mais
geral da sociedade. Esse padrão ético mais geral resume a
moralidade vigente em uma sociedade. É, tal como o
ordenamento jurídico, um sistema público de valores, princípios,
ideais e regras. E, ainda tal como o ordenamento jurídico, é outra
condição de possibilidade da vida em comum. A falta de respeito
a esse padrão implica, portanto, uma violação direta da
confiança depositada pelo público, uma vez que atenta contra
aquilo mesmo que torna possível sua existência como
comunidade.
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Princípios da Adm. Pública que norteiam a Ética
nas Organizações Públicas
Valor da Publicidade - tornar público para a sociedade às ações
realizadas pelo serviço público (órgãos, instituições). A esse valor
podemos associar, por exemplo, a ideia de transparência e a da
necessidade de prestar contas diante do público. (3 fatos que
impedem a publicidade: segurança da nação, investigação policial,
contra os interesses do Estado).

Valor da Eficiência- é uma obrigação do serviço público, assumida


diante daqueles que o mantêm – diante do público, portanto –, ser o
mais eficiente possível na utilização dos meios (públicos) que são
postos à sua disposição para a realização das finalidades que lhe
cabem realizar. A confiança do público varia também em função da
eficiência do serviço que lhe é prestado.
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Ética nas Organizações com base na Organização do
Trabalho
1 – Uso de práticas baseadas em evidências: Aplicar a orientação com base em
impactos já demonstrados e eliminar barreiras desnecessárias nos procedimentos.
2 – Capacidade de adaptação: Ser flexível para enfrentar as mudanças de
condições comuns na prestação de serviços.
3 – Ligações com outros serviços e locais: Melhoria dos sistemas internos
e externos de referência dos usuários do serviço.
4 – Maximização do uso de informações: Coleta, registro, comunicação e
aplicação das informações mais corretas e da forma mais eficaz.
5 – Fatores físicos: Estímulo ao pessoal para ser mais criativo no uso do
espaço disponível nas unidades de serviço e para garantir a existência de
suprimentos.
6 – Horário e programa dos serviços: Adaptação do horário de
funcionamento do serviço, da programação e do acompanhamento de forma a
atender as necessidades tanto dos usuários do serviço como dos servidores.
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Ética nas Organizações com base na
Organização do Trabalho
7 – Fluxo dos usuários: Redução dos tempos de espera e
melhoria dos esquemas de circulação, dosando e ajustando o
volume e o fluxo dos usuários.

8 – Divisão e definição do trabalho: Definição muito clara


das responsabilidades e funções do pessoal, das linhas de
comando e das estruturas de gestão.

9 – Fatores sociais: Exercer liderança, motivar e encorajar o


desenvolvimento de habilidades e relações humanas positivas.

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Regras Deontológicas que embasam os principais decretos
sobre Ética

Deontologia (do grego deon: "dever, obrigação" + logos,


"ciência"), na filosofia moral contemporânea, é uma das teorias
normativas segundo as quais as escolhas são moralmente
necessárias, proibidas ou permitidas. Portanto inclui-se entre as
teorias morais que orientam nossas escolhas sobre o que deve
ser feito.
O termo foi introduzido em 1834, por Jeremy Bentham, para
referir-se ao ramo da ética cujo objeto de estudo são os
fundamentos do dever e as normas morais. É conhecida também
sob o nome de "Teoria do Dever".

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Exercícios
1. Uma ética deontológica é aquela construída sobre o princípio do dever.

2. A ética ocupa-se basicamente de questões subjetivas, abstratas e


essencialmente de interesse particular do indivíduo.

3. Os códigos de ética determinam o comportamento dos agrupamentos humanos


e, por essa razão, cada profissão pode ter seu próprio código.

4. O comportamento profissional é influenciado pela ética e pelo aprendizado


contínuo e pode variar de indivíduo para indivíduo.

5. Atender plenamente ao código de ética da empresa é condição necessária e


suficiente para que um profissional seja eficiente e eficaz.

6. A palavra "ética" é derivada do grego ethos e significa "modo de ser" ou "caráter"


o que implica, necessariamente, um juízo de valor sobre os desvios atávicos da
conduta do homem em sociedade.
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Gabarito
1. C 2. E 3. C

4. C 5. E 6. E

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