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1. Introdução ..................................................................... 3
2. Fisiologia da inflamação........................................... 4
3. Farmacocinética ......................................................... 5
4. Mecanismo de ação................................................... 7
5. Farmacodinâmica e efeitos colaterais................. 9
6. Populações especiais..............................................11
7. Classes..........................................................................12
8. Inibidores não seletivos da COX-2....................12
9. Inibidores seletivos da COX-2 ............................20
Referências Bibliográficas .........................................24
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES) 3
SAIBA MAIS!
A escada de dor da Organização Mundial da Saúde é uma abordagem de analgesia baseada
em degraus, começando no 1º degrau com analgésicos simples e subindo até opioides fracos
no 2º passo e opioides fortes no 3º degrau.
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES) 4
2. FISIOLOGIA DA
INFLAMAÇÃO
Fosfolipídios
Fosfolipase A2
Ácido
Araquidônico Ação dos AINES
Leucotrienos Tromoboxanos
Prostaglandina
Prostaciclinas
A inflamação aguda é a resposta ini-
cial a lesão celular e tecidual, predo-
minando fenômenos de aumento de
permeabilidade vascular e migração
de leucócitos, particularmente neu- e resposta sistêmica na forma de
trófilos. As manifestações externas neutrofilia e febre, caracterizando a
da inflamação, chamadas de sinais reação da fase aguda da inflamação.
cardinais, são: calor (aquecimento), Todas estas respostas são mediadas
rubor (vermelhidão), tumor (inchaço), por substâncias oriundas do plasma,
dor e perda de função. das células do conjuntivo, do endo-
Se a reação for intensa, pode haver télio, dos leucócitos e plaquetas, que
envolvimento regional dos linfonodos regulam a inflamação e chamadas
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES) 5
trato gastrointestinal
picos de concentração
1-4h
hepático
renal
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES) 7
4. MECANISMO DE AÇÃO
Prostaglandinas
Prostaciclina Tromboxano
PGD2 PGE2
PGI2 TXA2
• Vasodilatação • Vasoconstrição
• Vasodilatação
• Inibe a agregação • Promove agregação
• Aumento da permeabilidade vascular
plaquetária plaquetária
5. FARMACODINÂMICA E Renais
EFEITOS COLATERAIS Sob condições fisiológicas normais, a
Gastrointestinais prostaciclina e o óxido nítrico levam
ao relaxamento do músculo liso no
A principal limitação no uso dos AI-
endotélio vascular e, portanto, à va-
NES são os seus efeitos gastrointes-
sodilatação. As prostaciclinas desem-
tinais que estão entre os mais graves.
penham papel essencial na regulação
Os efeitos colaterais podem variar
do tônus arterial aferente e eferente
desde leve dispepsia até hemorragia
no glomérulo, conhecido por desem-
maciça causada por úlcera gástrica
penhar um papel vital na preservação
perfurada, como resultado de inibição
da função renal em estados hipovo-
da produção de prostaciclina. Vale
lêmicos. A inibição de produção de
notar que os efeitos colaterais gas-
prostaciclinas pode levar a uma taxa
trintestinais não se resumem apenas
menor de filtração glomerular, reten-
ao estômago. As prostaciclinas têm
ção de sal e água, e lesão renal agu-
vários efeitos gástricos protetores;
da. Esses mecanismos são particular-
elas reduzem a quantidade de ácido
mente importantes em pacientes com
estomacal produzido e mantêm uma
hipovolemia e insuficiência cardíaca
camada de mucosa protetora, au-
crônica que sejam sensíveis a mu-
mentando a produção de mucosa e
danças na pressão de perfusão renal.
melhorando o fluxo sanguíneo local.
A irritação gástrica também pode ser
causada por irritação direta dos pró- Respiratórios
prios medicamentos. Embora os ini-
Até 10% dos pacientes com asma
bidores de COX-2 sejam mais espe-
têm doença exacerbada pelos AINEs.
cíficos para a enzima COX-2, alguns
Um mecanismo de ação proposto
ainda retêm certa inibição de COX-1,
é que a inibição do metabolismo do
causando risco de sangramento gas-
ácido araquidônico pela COX leve ao
trintestinal, embora menos que AINEs
aumento na produção de leucotrie-
não-específicos.
nos. Os leucotrienos têm ações bron-
coconstritoras diretas.
SE LIGA! A infecção por H. pylori e o
uso de AINEs são as principais causas
subjacentes da doença ulcerosa péptica Cardiovasculares
(DUP).
Inibidores específicos de COX-2 ou
‘coxibes’ foram introduzidos no mer-
cado para evitar os efeitos colate-
rais comuns e graves sobre o trato
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES) 10
Inibidores seletivos
da COX-2 !
Infarto do miocárdio
Acidente vascular
cerebral
Alteração no fluxo
sanguíneo renal, na EFEITOS Lesão gástrica
reabsorção de sódio CARDIOVASCULARES Hemorragia
e água e na liberação Ulceração
de renina
EFEITOS
EFEITOS RENAIS
GÁSTRICOS
GRÁVIDAS FETOS
Sangramento
Fechamento prematuro
Maior tempo de
do canal arteriaL
trabalho de parto
SAIBA MAIS!
Síndrome de Reye é uma forma rara de encefalopatia aguda e infiltração gordurosa no fíga-
do que tende a ocorrer após algumas infecções virais agudas, particularmente quando são
usados os salicilatos. Vários erros inatos do metabolismo predispõem à síndrome de Reye ou
são responsáveis por alguns casos da síndrome de Reye. Isso inclui a deficiência de acil-co-
enzima A desidrogenase de cadeia média e outros distúrbios da oxidação de ácidos graxos
e distúrbios do ciclo da uréia. O diagnóstico é clínico. as taxas da síndrome de Reye caíram
drasticamente após a identificação do uso de salicilato como fator de risco e recomendações
contra o uso de aspirina em crianças febris, especialmente nos casos de varicela ou influenza
O tratamento é de suporte.
• Interações medicamentosas:
pode aumentar potencialmente o SE LIGA! Paracetamol é
efeito da varfarina, fenitoína e ácido anti-inflamatório?
valproico, além disso antagoniza o Os medicamentos derivados do para-a-
efeito de alguns anti-hipertensivos. minofenol são considerados analgésicos
não opioides. Contudo, por esse medi-
camento possuir uma leve ação anti-in-
flamatória, na qual ainda não é explica-
Derivados do para-aminofenol: da, e por ser avaliado pela população em
geral como um anti-inflamatório, está in-
• Medicamento: Paracetamol cluído nesse material.
(Acetaminofeno).
Esses medicamentos, representa-
dos principalmente pelo paraceta- • Absorção e metabolização: ab-
mol, não tem grande poder anti-in- sorvido no trato gastrintestinal,
flamatório, tendo atuação principal tem pico de concentração plas-
na dor leve a moderada e, com me- mática em 30-60 minutos, porém
nor potência, na febre. meia-vida de cerca de 2 horas. So-
fre metabolização hepática, o que
pode produzir intermediários alta-
mente reativos para os hepatóci-
tos. É bastante seguro em doses
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDES (AINES) 15
SAIBA MAIS!
A toxicidade começa com náuseas, vômitos, diarreia e, às vezes, choque, seguida em alguns
dias pelo aparecimento de icterícia. A superdosagem com acetaminofeno pode ser tratada na
fase inicial através da administração de N-acetilcisteína, que restaura a glutationa reduzida
(GSH). Com superdoses graves, ocorre insuficiência hepática, e a necrose centrolobular pode
se estender e envolver lóbulos inteiros. Nesses casos, os pacientes muitas vezes exigem
transplante de fígado para sobreviver. Alguns pacientes também apresentam evidência de
dano renal concomitante.
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CLASSES DE AINES
Meia-vida longa
PIROXICAM
Muito usado em doenças reumáticas
Analgésico e antipirético
DIPIRONA
INIBIDORES NÃO
Venda proibida em alguns países
SELETIVOS DA COX-2
Potente analgésico
DICLOFENACO
Potente
DE SÓDIO
Anti-inflamatório moderado antipiréticos
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, Penildon. Farmacologia. 8ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
Brunton, LL. Goodman & Gilman: As bases farmacológicas da Terapêutica. 12a ed. Rio de
Janeiro: McGraw-Hill, 2012.
da Silva, Jerusa Marques, Patrícia Pereira Mendonça, and Anette Kelsei Partata. “Anti-infla-
matórios não-esteróides e suas propriedades gerais.” Rev. Científica do ITPAC 7.4 (2014):
1-15.
Franco, Gilson Cesar Nobre, et al. “Interações medicamentosas: fatores relacionados ao pa-
ciente (Parte I).” Rev Cir traumatol buco-maxilo-fac 7 (2007): 17-28.
UpToDate: The Clinical Answers You Need
Insel PA. Analgesic-antipyretic and antiinflammatory agents and drugs employed in the tre-
atment of gout. In: Hardman JG, Gilman AG, Limbird LE. Goodman & Gilman’s. The pharma-
cological basis of therapeutics. 11th ed. New York: McGraw-Hill; 2005. p. 2021.
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