O descaso do poder público diante da crise sanitária que atinge Manaus choca e provoca
profunda tristeza em qualquer pessoa que tenha discernimento, caráter e consideração pela
vida humana. Percebemos a dimensão da nossa miséria quando pessoas como João Dória e
William Bonner, outrora golpistas apoiadores do capetão, se tornam ecos e referências sobre
princípios básicos de civilidade e humanidade.
É inadmissível que após o pico da pandemia, em Manaus, durante os meses de abril e maio do
ano passado, os governos municipais, estaduais e federal não tenham se preparado para o
repique da segunda onda que primeiro afogou a Europa, nos oferecendo um prelúdio da
catástrofe que agora abate a nação. As principais cidades do Brasil estão com seu sistema de
saúde à beira do colapso. O que acontece na capital manauara é apenas uma demonstração do
que poderá ocorrer no restante do país caso não haja o imediato isolamento social
acompanhado de uma ampla campanha de vacinação. Pra já. Pra ontem.
Sessenta bebês prematuros estão correndo o risco de morrer por falta de oxigênio nos
hospitais de Manaus. Mais de 750 pessoas precisam ser transferidas para outros estados por
falta de oxigênio e leitos. O Governo Federal já avisou que não possui aviões equipados com
UTI móvel para transportar os pacientes em estado grave, fará o translado apenas dos que
tiverem condições de viajar sem atendimentos especiais, vaticinando que o restante ficará na
capital para morrer.
Bolsonaro conduz, com o apoio das Fofas Amadas e seus submissos generais, o governo da
destruição nacional. Em poucos dias o Brasil terá perdido uma em cada mil pessoas, morta
pela Covid-19, alcançando o número de 212 mil óbitos. O Congresso Nacional tem o dever de
agir para impedir o genocídio dos brasileiros. É preciso impedir Jair Bolsonaro e seus
incompetentes militares ou mais pessoas seguirão morrendo por conta do negacionismo, da
inação e da desumanidade desses vermes que hoje ocupam o apodrecido Poder Executivo. É
pela vida de todos os brasileiros. Impeachment ou morte!