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Departamento de Engenharia de Estruturas e Geotécnica

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Sistemas
Estruturais
de Aço para
Edifícios

Julio Fruchtengarten
Valdir Pignatta e Silva
Estruturas de aço para Edifícios

* Sistemas de Contraventamentos *
Estruturas metálicas = visão tridimensional
Estrutura tridimensional ------ composição de estruturas planas
Pórtico
hipostático

Pórtico hiperestático
Pórtico deslocável

Pórtico indeslocável
PÓRTICO HIPOSTÁTICO
Travamento “K” Travamento “Y”
Caminhamento dos
esforços de vento,
do ponto de aplicação
às fundações,
através
dos travamentos de
um edifício
corte
corte
corte
Edifícios

Industriais
Pórtico indeslocável

Pórtico deslocável
Cobertura

Para L1 ≤ 40 metros e
L2 ≤ 8 metros

Vigas transversais
principais
(tesouras)
apoiadas ou engastadas
nos pilares
e por terças apoiadas
sobre as tesouras.
Cobertura
A inclinação da cobertura para permitir a drenagem
de águas pluviais pode ser obtida das seguintes
maneiras:

Vigas de cobertura com


declividade na face
superior
Cobertura

Com vigas de cobertura horizontais, variando-se o


tamanho das terças ou suas elevações, o que exige
diversos tipos de conexão das terças nas tesouras.
Cobertura

Com vigas de cobertura em


arco
No caso de vãos (L2)
L2 muito
grandes:

Distancia máxima
Cobe rtura

entre apoios das


terças em torno de 6
metros

A economia obtida
nas terças
geralmente
compensa o custo
adicional das
tesouras secundárias
Vigas de Alma Cheia
„ Vantagens:
‹ Aspecto estético agradável
‹ Baixo custo de limpeza e pintura
‹ Facilidade de fabricação e transporte
‹ Rapidez e simplicidade de montagem
Vigas de Cobertura

‹ Redução na altura total do edifício


‹ Economicamente competitiva (vãos até 20 m)
Vigas de Alma Cheia
Vigas de Cobertura

Vigas de seção
variável

Vigas de alma vazada


Vigas de Alma Cheia
Vigas de Cobertura

Vigas com tirante


Pode-se, também obter uma estrutura econômica com o emprego de tirantes para
cobertura de duas águas. No entanto, para coberturas leves, deve-se levar em conta
a possibilidade de a sucção do vento suplantar o peso próprio da estrutura e da
cobertura, pois os tirantes não resistem a esforços de compressão.
Treliças
„ Vantagens:
‹ Economia de peso
Edifícios de grandes vãos e pequenas cargas
verticais
Grande altura: resiste à flexão, reduz flechas
Redução de material na alma da viga
Vigas de Cobertura

‹ Utilização dos vazios para a passagem de utilidades


(tubulação, equipamentos, etc.)
„ A altura da treliça depende:
„ do vão
„ do tipo de vínculo nas extremidades
„ do aspecto funcional, estético e de transporte
Treliças
„ A altura da treliça:

Treliças de banzos paralelos – h = 1/5 a 1/10 do vão


Vigas de Cobertura

Treliças de banzos trapezoidais – hmáx = 1/5 a 1/10 do


vão
Treliças de banzos triangulares – hmáx = 1/4 a 1/6 do vão
Treliças

Treliças tipo
Vigas de Cobertura

“Pratt”
Treliças
Vigas de Cobertura

Treliças tipo
“Howe”
Treliças

Para carregamento gravitacional e simétrico

diagonais à tração diagonais à compressão


maior esforço de compressão menor esforço de compressão
no banzo superior no banzo superior

Cuidado com a sucção do vento


Treliças
Vigas de Cobertura

Treliças em “x”
ou em “k”
Vigas de Cobe rtura Treliças

continuidade
Treliças
Vigas de Cobertura

Treliças tipo
“Warren”

Montantes: dispensáveis, travamento, esforços localizados


Treliças

Tipos de treliças que


podem resistir a
esforços provenientes
Vigas de Cobertura

de terças localizadas
fora dos nós
principais ou de
equipamentos ou
utilidades suportadas
pelo banzo inferior.
Reduz comprimento
de flambagem.
Treliças

Treliça tipo
“Fink”
Vigas de Cobertura

Treliças tipo arco


Treliças

As treliças de cobertura são geralmente calculadas


considerando-se que todas as barras são biarticuladas e que
os carregamentos são aplicados apenas nos nós. Logo, as
peças das treliças só estão submetidas a esforços normais.
Vigas de Cobertura

O sistema de diagonais e montantes principais e


secundários é elaborado normalmente de modo que as
cargas transmitidas pelas terças e por dispositivos de
apoio de equipamentos e utilidades estejam aplicadas
apenas nos nós das treliças e que, assim, todas as peças
sejam submetidas apenas a esforços normais.
Treliças
Exemplo de cargas que não são
concentradas nos nós:

Nestes casos, admite-se que os


banzos sejam vigas apoiadas nos
nós (contínuas, se as barras tiverem
continuidade nos nós); as reações
Vigas de Cobertura

de apoio são aplicadas aos nós da


treliça e o cálculo dos esforços
normais é efetuado como
usualmente.

Para efeito de dimensionamento,


os banzos devem ser
dimensionados à flexão composta.
Tipos de perfis mais utilizados
Vigas de Cobertura

Dupla cantoneira de abas iguais e


desiguais
Perfis laminados ou formados a frio
Tipos de perfis mais utilizados
Vigas de Cobertura

Perfis que são utilizados


quando são submetidos tanto a
tração quanto a flexão
Chapas de Ligação – “Gussets”
Vigas de Cobertura
Detalhes Construtivos

1. Os banzos devem ser fabricados com peças de grande


comprimento, envolvendo vários painéis da treliça e com o
mínimo de emendas. O desperdício de material em alguns
painéis, decorrente do dimensionamento da peça para um esforço
que só ocorre em um painel, é largamente compensado pela
Vigas de Cobertura

economia que se obtém no custo de fabricação, além do aspecto


estético melhor.

2. As treliças de mais de 15m de vão devem ter contra-flecha,


isto é, devem ser fabricadas com uma pequena curvatura, para
acima, que compense as flechas resultantes do peso próprio.
Detalhes Construtivos

3. O máximo de conexões devem vir prontos de fábrica. Por


isso que treliças de grandes alturas são inconvenientes, pois o
processo de montagem se dará na obra.
Vigas de Cobertura

4. O plano de emendas deve ser escolhido, na fase de projeto


detalhado, em função das condições de transporte.
Detalhes Construtivos
5. O ângulo de inclinação entre as diagonais e o banzo
inferior mais vantajoso, sob o ponto de vista de economia de
chapas de ligação, está entre 40o e 45o.
Vigas de Cobertura
Detalhes Construtivos
Ângulos muito agudos exigem chapas de ligação muito
grandes o que além de anti-econômico, torna-se mais rígida,
afastando-se do modelo de cálculo de articulação.
Vigas de Cobertura
Detalhes Construtivos

6. As emendas dos banzos da treliça podem ser feitas num


ponto intermediário entre dois nós,
Vigas de Cobertura
Detalhes Construtivos (emendas)

6. ou num nó.
Vigas de Cobertura
Detalhes Construtivos (emendas)
Vigas de Cobertura
Terças de Cobertura

Esquema típico de uma cobertura de duas águas


Terças de Cobertura
São elementos submetidos predominantemente a flexão e que
tem como função principal servir de apoio às telhas e às
utilidades e ainda atuar como elemento de travamento das
peças que se apoiam (vigas de cobertura). Geralmente são
constituídas por “U” laminado ou formado a frio.

Seu espaçamento é definido de acordo com o tamanho


padronizado das telhas escolhidas para projeto.

Principais tipos de telhas:


- Fibrocimento altura de onda: 50mm e 240mm, vão
livre entre terças: 2,0 a 7,0m, peso próprio: 170 a 250 N/m2
- Chapas de alumínio: vão livre entre terças: 2,5m,
peso próprio: ~30 N/m2
- Chapas de aço: galvanizadas ou pintadas, vão livre
entre terças: 7,5m, peso próprio: ~100 N/m2
Terças de Cobertura

Colocação do tirante de travamento das terças


(corrente)
Correntes
barra rígida

terças Correntes
barra redonda

Planta da cobertura
Terças de Cobertura

Tipos de ligação de terças ao topo da viga de


cobertura
Terças de Cobertura

Esquemas utilizados para o cálculo das terças

Terças contínuas: mesmo momento, reduz flecha


Terças de Cobertura Mão Francesa

Mão Francesa

Esquema de terças com mãos francesas


Vantajoso para peças com grandes vãos, pois trava o banzo
inferior da tesoura simultaneamente
Sistemas de Travamento da Cobertura
„ As funções principais destes travamentos são:

„ Garantir adequada rigidez à estrutura, tanto em serviço


quanto na fase de montagem.

„ Resistir a e distribuir esforços horizontais na cobertura


provenientes do vento, pontes rolantes, etc.

„ Assegurar a estabilidade das peças comprimidas.

„ Reduzir a esbeltez das peças tracionadas aos limites


recomendados pelas normas.
Sistemas de Travamento da Cobertura
Sistemas de Travamento da Cobertura
Sistemas de Travamento da Cobertura
(Banzo Inferior)
(Banzo Inferior)

Travamento horizontal longitudinal: evita deslocamentos desiguais dos


vários pórticos, devido à ação de cargas localizadas (como as devidas a
pontes rolantes) e à distribuição desuniforme do vento ao longo da
fachada lateral.
Sistemas de Travamento da Cobertura
(Banzo Inferior)
Os esforços de vento atuantes nas fachadas frontais são absorvidos pelos
pilares de fechamento, que os transmitem para a fundação e para o nível
do banzo inferior das treliças.
Outra função desses travamentos horizontais é reduzir o índice de esbeltez
do banzo inferior das tesouras.

Esta última parcela, por sua vez, é resistida pelo travamento horizontal
transversal, colocado junto às fachadas frontais, através do qual se
encaminha para os pilares contraventados e daí para a fundação.
Sistemas de Travamento da Cobertura
(Banzo Inferior)
Sistemas de Travamento da Cobertura

Edifícios com grandes


(Banzo Inferior)

esforços horizontais
necessitam de dois vãos de
contraventamento
Sistemas de Travamento da Cobertura
(Banzo Superior)

O travamento do banzo superior é utilizado para se reduzir o


comprimento de flambagem na direção normal ao plano das
tesouras.

Estes travamentos são localizados geralmente nos painéis extremos


para que possam resistir aos esforços de vento no trecho superior
da fachada, e nos painéis em que existem travamentos horizontais
y
Sistemas de Travamento da Cobertura
Travamento Vertical – Sway-Frame

Os travamentos verticais entre treliças são colocados ao menos entre os pilares e no centro do
vão, embora seja usual, para vãos acima de 20m, acrescentar travamentos a cada 90ry do banzo
Fechamento Lateral

Os materiais mais empregados no


fechamento lateral de edifícios industriais
são:
•alvenaria
•blocos de concreto
•placas pré-moldadas de concreto
•telhas e painéis metálicos (aço, alumínio)
•telhas de fibrocimento
•telhas de PVC
As longarinas de fechamento resistem tanto aos esforços de vento no plano
horizontal, quanto ao peso do fechamento do plano vertical, estando,
portanto, submetidas à flexão obliqua.
IdéiasGeraissobre as

Edifícios de
Estruturasde
Edifícios
Elevados

de Múltiplos
Andares 1

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