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SISTEMA DE IGNIÇÃO
DIRETA, REMAPEAMENTO
E POTENCIALIZADOR DE
CENTELHA
ÍNDICE GERAL
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 6
Introdução.................................................................................................................................... 12
Por que é necessário ler todo este capítulo antes de iniciar a instalação? ............................. 12
Como utilizar este manual ....................................................................................................... 12
INSTALAÇÃO MECÂNICA.......................................................................................................... 24
2
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
*DIS* EM FUNCIONAMENTO..................................................................................................... 56
Por que é necessário ler todo este capítulo sobre o ajuste do avanço (remapeamento)? ..... 64
Como utilizar este manual ....................................................................................................... 64
Considerações sobre o uso do remapeamento....................................................................... 65
Discriminação dos fios do chicote de sinal e configuração ..................................................... 66
1) Apresentação da configuração dos avanços estático e variável ..................................... 69
2) Procedimentos sugeridos para ajustar o avanço estático e variável ............................... 71
Memorização da rotação máxima com avanço desligado ................................................... 73
Avanço da ignição comandado pelo painel.......................................................................... 74
3
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
4
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
ÍNDICE DE FIGURAS
Vista geral do equipamento para motor de 4 cilindros ................................................................ 20
Vista geral da bobina de pulso, imã, parafuso de fixação do sensor ao suporte e porcas. ........ 21
Bobina de ignição do tipo recomendada ..................................................................................... 22
Montagem correta do núcleo ao suporte e do sensor................................................................. 26
Exemplos de montagem errada do núcleo e/ou sensor.............................................................. 27
Sensor montado junto à polia do virabrequim de um motor GM-151 (Opala quatro cilindros) ... 27
Sensor montado junto à polia do comando de válvulas de um motor VW AP............................ 28
Sensor montado na parte traseira da polia do virabrequim de um motor VW AP ...................... 28
Diagrama para determinação do local de fixação do imã na polia – 4 cilindros ......................... 30
Para motor de 6 cilindros ......................................................................................................... 31
Diagrama para determinação do local de fixação do imã na polia – 6 cilindros ......................... 32
Para motor de 8 cilindros ......................................................................................................... 33
Diagrama para determinação do local de fixação do imã na polia – 8 cilindros ......................... 34
Exemplo da posição do imã em relação ao sensor (polia que gira no sentido horário).............. 35
Furação da polia para colocação do imã..................................................................................... 38
Imã introduzido no furo da polia .................................................................................................. 38
Vista geral de uma polia com imã e sensor instalados ............................................................... 39
Diagrama de instalação quando motor usa distribuidor com platinado....................................... 53
Diagrama de instalação quando motor usa distribuidor com bobina impulsora.......................... 54
Diagrama de instalação quando motor usa distribuidor com sensor Hall ................................... 55
5
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
INTRODUÇÃO
Obrigado pela aquisição deste produto! Ele foi concebido para garantir o funcionamento do
motor mesmo sob a ação de água (no que tange à ignição), atendendo às necessidades de um
motor de Ciclo Otto original movido a qualquer tipo de combustível.
O projeto foi inteiramente desenvolvido por meios próprios desde a sua concepção e os
componentes especificados de modo a minimizar a probabilidade de falha
Este manual pretende ser tão didático quanto possível, de forma que críticas e sugestões serão
bem vindas
Automação veicular
Telefones VOIP: após a ligação ser atendida, aguarde a mensagem e o sinal e digite o ramal:
Belo Horizonte (031) 4063-6645 ramal 6990101
Curitiba (041) 3906-0802 ramal 211
Brasília (061) 4063-6644 ramal 6990101
Porto Alegre (051) 3251-3224 ramal 659
Salvador 1 (071) 3717-5616 ramal 112
Salvador 2 (071) 4062-8785 ramal 6990101
São Paulo 1 (011) 3711-5732 ramal 288
São Paulo 2 (011) 4063-8744 ramal 6990101
MSN motor_spice@hotmail.com
Skype motor_spice
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
APRESENTAÇÃO DO PRODUTO
O equipamento foi concebido para uso de bobinas de ignição plásticas, que fornecem elevada
energia (tensão e corrente), significativamente superior à das bobinas comuns com módulos de
ignição originais, notadamente aquelas para uso com platinado. Esta característica melhora a
qualidade da queima do combustível e estende a vida útil das velas, salvo nos casos em que
ela apresenta curto-circuito interno.
O *DIS* opcionalmente oferece recursos para corrigir o mapa de ignição de motores menos
recentes, projetado para usar gasolina diferente da atual, sem álcool, sendo indicado também
para os motores convertidos para álcool, motores originais a álcool e transformados para uso
de GNV ou outros gases.
HISTÓRICO DO *DIS*
No final de julho de 2008, começou a ser distribuído o “*DIS* fase 3”, que apresenta muito
maior robustez contra maus contatos na alimentação e sinal de rotação.
O *DIS*, assim como outros equipamentos Motor Spice, realizam suas funções sem
comprometer ou afetar o funcionamento do motor e de outros equipamentos. A confiabilidade e
apropriação do produto à aplicação é o principal foco.
7
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
GARANTIA
8
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Este equipamento foi desenvolvido para uso automotivo e para atender aos fins propostos. O
uso em situações diferentes será de inteira responsabilidade do instalador e/ou daquele que
atuou a seu mando.
9
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
INSTALAÇÃO
BÁSICA
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
AVISO
IMPORTANTE
ESTE CAPÍTULO ESTÁ ARRANJADO DE MODO A
INSTRUIR E APOIAR O INSTALADOR NA
MELHOR SEQÜÊNCIA DE PASSOS PARA
RESULTAR EM UMA INSTALAÇÃO RÁPIDA,
SEGURA, CONFIÁVEL E LIVRE DE PROBLEMAS
IMEDIATOS OU FUTUROS.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
INTRODUÇÃO
Este equipamento foi desenvolvido para ser usado em motores de Ciclo Otto, não tendo sido
preparados na fábrica para receber equipamentos digitais. Adiciona-se a Isto um histórico
desconhecido da fiação elétrica do motor, que provavelmente sofreu intervenções para
manutenção e instalações de outros aparelhos, mais os eventuais incidentes e a inevitável
degeneração dos materiais.
O *DIS* foi desenvolvido para ser robusto e estável, no entanto sua característica digital impõe
o atendimento a alguns cuidados simples que deverão ser cumpridos incondicionalmente, todos
claramente descritos neste capítulo e que estabelecerão as condições necessárias para o
perfeito e duradouro funcionamento deste produto.
Quando da primeira instalação deste equipamento, este manual deve ser lido integralmente, na
ordem em que o seu conteúdo se apresenta. Não leia apenas algumas partes, pois isso
aumentará a chance de insucesso!
Este manual foi desenvolvido de modo a ser uma documentação suficiente e clara para
profissional conhecedor da teoria e experimentado em eletricidade e mecânica de
automóveis, com acesso a ferramentas e materiais corretos para realizar pequenas
adaptações. Os passos descritos abaixo são necessários e muitos deles não são intuitivos, de
forma que será muito improvável o acerto caso não seja lido e compreendido o todo conteúdo
deste texto.
Ao longo do texto, existem trechos aparecem escritos e sublinhados em azul e que funcionam
como links (ligações) para outras partes do manual (como esta: INSTALAÇÃO). Colocando-se
o ponteiro do mouse sobre ao trecho sublinhado e mantendo-se a tecla control (CTRL)
apertada, pode-se acionar o botão esquerdo do mouse para que a parte referenciada seja
mostrada na tela. Eventualmente, alguns destes links levam à paginas ou documentos na
Internet.
Sendo o *DIS* constituído por circuito eletrônico avançado, alguns cuidados, simples mas
importantes, precisam ser aplicados na instalação, evitando que mal-funcionamento, falhas
intermitentes e até danos ocorram de imediato ou após certo tempo.
12
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
A ordenação do texto obedece à ordem das fases que devem ser cumpridas para que a
instalação seja bem sucedida, a saber:
13
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
4. No caso de sistema original de ignição do tipo eletrônico, o módulo de ignição deverá ser do
tipo que aciona bobina de ignição com baixa resistência em seu primário. Se o módulo de
ignição for preparado para utilizar bobina de ignição com alta resistência no primário, será
necessário utilizar um conversor, existente na linha de produtos da Motor Spice.
5. Distribuidores com característica diversa das especificadas acima poderão requerer
solução complementar para funcionar com o *DIS*.
6. Motor com polia do virabrequim, comando de válvulas e/ou volante acessível.
7. Alimentação: comutável pela chave de ignição e protegida por fusível de boa qualidade
conforme especificação contida neste manual (“Escolha do fusível”).
8. Sinal de rotação: onda quadrada com nível baixo inferior a 2 Volts e nível alto de 8 à
15Volts, de 5Hz à 400Hz (150 à 12.000 RPM em motor de 4 cilindros, 100 ã 8.000 RPM em
motor de 6 cilindros)
9. Tensão aplicável à entrada habilitadora de avanço (fio cinza avulso): 0 à 15 Volts
10. Tensão aplicável à entrada da bobina de pulso (fio vermelho do cabo blindado do sensor da
polia ou da bobina impulsora): 0 à 15 Volts.
o o
11. ambiente com temperatura ambiente: -20 C (teórica) à +60 C
12. Inexistência de atmosfera explosiva;
13. Impossibilidade de submersão da caixa do aparelho em qualquer líquido e/ou submissão a
jato de líquidos, salvo se acondicionado em caixa IP67, conforme solicitação.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Antes de iniciar a instalação do *DIS*, deve-se realizar algumas verificações no motor, de forma
a garantir as condições mínimas de estabilidade e confiabilidade do motor e sistema elétrico,
especialmente neste caso, quando um equipamento de controle será instalado.
1. Evite realizar a instalação do *DIS* junto com outro equipamento e/ou outro serviço
importante no motor como instalação de injeção eletrônica, troca de carburador, retífica do
motor etc, pois do contrário poderá haver dificuldade em descobrir a origem do problema
em caso de mal funcionamento do motor. Deixe para fazer a instalação do *DIS* antes ou
depois de executar alguma alteração importante no motor
3. Faça os testes da fiação de forma a assegurar que problemas ocultos e/ou intermitentes
não venham a confundir a origem de algum problema no funcionamento do *DIS*. No
documento “InstalacoesEletricasEmVeiculos.pdf”, encontrável em
www.motorspice.com.br/docs/InstalacoesEletricasEmVeiculos.pdf, existe uma ampla lista
de procedimentos que podem ser empregados para avaliar a qualidade de uma instalação
elétrica veicular, permitindo detectar inclusive problemas menos óbvios.
4. Certifique-se de que os cabos de vela sejam do tipo supressivo (resistivo) e que tenham
resistência mínima de 1000 Ohms sem, no entanto, ser infinita, e que estejam em bom
estado, sem rachaduras, cortes, partes lascadas ou queimadas. Importante que a capa seja
adequada para as altas tensões que um sistema de ignição eletrônica normalmente provê.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Motores antigos e/ou de uso em ambiente hostil podem apresentar aterramento deficiente do
motor, do chassis e outras partes metálicas por apresentarem resistência ou isolamento por
causa de oxidação e serviços anteriores realizados de maneira imprópria. Estas irregularidades
podem influenciar negativamente no funcionamento motor, mesmo com o sistema original, mas
é particularmente nocivo com o *DIS*
Vale lembrar que estes problemas, se intermitentes, podem não ser detectados com um
ohmímetro, por exemplo, pois na hora da medição a continuidade pode se mostrar total. No
entanto, com a vibração do conjunto mecânico e movimentação de peças, a continuidade pode
se perder em parte ou completamente. De modo a prevenir problema futuro ou já no presente,
recomenda-se realizar as medidas abaixo:
Meça a resistência entre o borne negativo da bateria e o chassi com a chave desligada. Ela
deverá ser menor do que 0,5 Ohm. Enquanto realiza a medição, balance e puxe o cabo que
faz esta ligação de terra. A resistência não poderá se modificar, muito menor ficar infinita. As
chapas metálicas que ficarem próximas ao *DIS* e sua fiação deverão estar aterradas. Esta
recomendação não vale para estruturas revestidas com material isolante (fibra de vidro, por
exemplo), caso que será tratado adequadamente adiante.
Meça a resistência entre o borne negativo da bateria e o bloco do motor com a chave desligada.
Ela deverá ser menor do que 0,5 Ohm. Enquanto realiza a medição, balance e puxe o cabo
que faz esta ligação de terra. A resistência não poderá se modificar, muito menor ficar infinita.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
INSPEÇÃO DO DISTRIBUIDOR
Todos os problemas acima tendem a provocar variação no momento de ignição, seja cíclica,
seja aleatória, podendo prejudicar o funcionamento do *DIS*, principalmente quando a função
de remapeamento é ativada. Na prática, isso seria percebido com uma lâmpada de ponto, que
mostraria uma variação da posição da marca da polia, principalmente em rotação fixa. A
variação fica ainda maior quanto maior for o avanço proporcionado pelo *DIS*.
Substitua o platinado por um novo e de boa qualidade, ainda que o platinado anterior estivesse
em uso há pouco tempo. A preservação do platinado anterior pode provocar problema de mau
contato devido ao desgaste que o platinado sofreu por ter já sido usado com a bobina.
Platinados de boa qualidade não oxidam ou demoram muito mais para que isso aconteça.
O condensador pode ser mantido, desde que esteja certamente bom. Na dúvida, será mais
seguro não colocar condensador algum.
Observe se ao terminal que se liga ao platinado está brilhante, sem oxidação ou sujeira de
qualquer tipo, e se ele encaixa-se ao platinado com forte pressão. No caso do tipo que prende o
terminal por meio de parafuso, verifique se o parafuso permite um forte e seguro aperto.
Atente para a união terminal-fio do fio que liga o platinado à bobina de ignição. O ideal é que
esta emenda fosse soldada, pois é importante que esteja eletricamente perfeita. Não raro o fio
apresenta-se quebrado internamente ou na iminência de partir (por dentro da capa plástica)
devido ao manuseio e balanço. Garanta que esta conexão elétrica esteja perfeita inclusive
quando tracionada!
Verifique se o local da mesa onde o platinado se firma está limpo, sem oxidação e/ou
substâncias que podem causar isolamento elétrico ou mau contato. O que é importantíssimo
assegurar é que a bigorna (parte fixa) do platinado esteja eletricamente ligada de modo
confiável ao negativo da bateria. Isso significa que todo o caminho elétrico desde a bigorna até
o negativo da bateria, passando pelo corpo do distribuidor, bloco do motor e chicote de
aterramento esteja perfeito.
Folgas no platinado e/ou no eixo, se excessivas, assim como na mesa do distribuidor, podem
ser particularmente danosas à estabilidade do *DIS*, principalmente quando o recurso de
remapeamento está ativado.
Em www.motorspice.com.br/guide/distribuidorComMuitaFolgaESemFolga-comLegenda.wmv
pode ser encontrado um vídeo que bem ilustra como pode ser um distribuidor com folga e um
como se apresenta um distribuidor perfeito.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Este tipo de distribuidor pode apresentar problema de bobina impulsora com enrolamento
interrompido ou curto-circuito entre espiras, intermitentemente.
Deve ser feita também verificação no chicote do distribuidor, que não raro apresenta fio
quebrado, mau contato na emenda dos fios com os terminais machos, folga no conector que se
liga aos terminais da bobina impulsora, capa dos terminais machos quebrada e expondo os
terminais a curto com outras partes metálicas.
O conector do módulo da ignição comumente tem seus terminais fêmeas lassos (com pouca
pressão), oxidados e/ou com mau contato entre os fios e os terminais. O ideal é que estas
emendas fossem soldadas, pois é importante que estejam eletricamente perfeitas. Não raro os
fio apresentam-se quebrados internamente ou na iminência de partir (por dentro da capa
plástica) devido ao manuseio e balanço, serviços anteriores, acidentes etc. Garanta que estas
conexões elétricas estejam perfeitas inclusive quando tracionadas!
Folgas na ‘aranha’ e/ou no eixo, se excessivas, assim como na mesa do distribuidor, podem ser
particularmente danosas à estabilidade do *DIS*, principalmente quando o recurso de
remapeamento está ativado. Em
www.motorspice.com.br/guide/distribuidorComMuitaFolgaESemFolga-comLegenda.wmv pode
ser encontrado um vídeo que bem ilustra como pode ser um distribuidor com folga e um como
se apresenta um distribuidor perfeito.
É pouco usual que o módulo de ignição apresente problema, mas esta possibilidade não está
descartada.
A alimentação para o módulo de ignição (o que inclui o fio de retorno ou fio de aterramento) é
vital ao sistema, já que o módulo de ignição somente gera sinais na sua saída se estiver
devidamente alimentado! É preciso certificar-se de que nesta fiação não existam problemas ou
fontes potenciais de falha!
Deve ser feita também verificação no chicote do distribuidor que não raro apresenta fio
quebrado, ou no conector preso ao sensor Hall, que pode ter contato folgado/oxidado/quebrado.
O conector do módulo da ignição comumente tem seus terminais fêmeas lassos (com pouca
pressão), oxidados e/ou com mau contato entre os fios e os terminais. O ideal é que estas
emendas fossem soldadas, pois é importante que estejam eletricamente perfeitas. Não raro os
fio apresentam-se quebrados internamente ou na iminência de partir (por dentro da capa
plástica) devido ao manuseio e balanço, serviços anteriores, acidentes etc. Garanta que estas
conexões elétricas estejam perfeitas inclusive quando tracionadas!
Folgas na ‘panela’ e/ou no eixo, se excessivas, assim como folga na mesa do distribuidor ou na
fixação do sensor Hall podem ser particularmente danosas à estabilidade do *DIS*,
principalmente quando o recurso de remapeamento está ativado. Em
www.motorspice.com.br/guide/distribuidorComMuitaFolgaESemFolga-comLegenda.wmv pode
ser encontrado um vídeo que bem ilustra como pode ser um distribuidor com folga e um como
se apresenta um distribuidor perfeito.
É pouco usual que o módulo de ignição apresente problema, mas esta possibilidade não está
descartada.
A alimentação para o módulo de ignição (o que inclui o fio de retorno ou fio de aterramento) é
vital ao sistema, já que o módulo de ignição somente gera sinais na sua saída se estiver
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
devidamente alimentado! É preciso certificar-se de que nesta fiação não existam problemas ou
fontes potenciais de falha!
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Os fios que compõe os chicotes têm bitola dimensionada adequadamente para a função.
Os fios não poderão ser tracionados nem empurrados para dentro da caixa.
Alguns fios têm bitola pequena, mais do que suficiente para a condução segura da corrente que
transportam, mas não exigem um cuidado especial, apenas aquele adequado ao manuseio de
um fio fino.
Nunca desligue um conector do terminal puxando pelo fio! Ainda que ele não se rompa nas
primeiras vezes, estará sendo aplicada uma força imprevista nos terminais que poderão
provocar a separação ou o rompimento no decorrer do tempo!
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Vista geral da bobina de pulso, imã, parafuso de fixação do sensor ao suporte e porcas.
(foto meramente ilustrativa. A forma, tamanho e cores dos componentes poderão variar)
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Bobinas de ignição
O *DIS* necessita de uma bobina de ignição para cada dois cilindros. No caso de motor de
quatro cilindros, duas bobinas; Se seis cilindros, três bobinas.
As bobinas de ignição deve ser de boa qualidade como a Champion BAE800B, Magneti Marelli
0780002010, Magneti Marelli BAE800B, Bosch F000ZS0103 ou Fiat 46548037. Encontram-se
no mercado bobinas de qualidade inferior que, não raro, tem preço abaixo da metade das
recomendadas, porém relatos de alguns usuários que experimentaram outras não
recomendadas mostra que a tentativa de economia pode resultar em gasto final maior.
São normalmente utilizadas em veículos da Fiat como Uno, Tipo, Palio 8 válvulas, todos sem
distribuidor, como se vê abaixo:
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Cabos de vela
Os cabos deverão ser supressivos (resistivos) e com resistência mínima de 1000 Ohms
(sem ser infinita), de comprimento suficiente para ligar cada vela à uma das bobinas de
ignição, e possuírem terminais e coifas que se encaixem adequadamente à bobina e vela.
Deve-se atentar para a resistência elétrica dos cabos de vela já existentes no motor, pois
alguns motores, notadamente os antigos e os que usam platinado, possuem cabos de vela do
tipo não supressivo ou supressivo com resistência baixa. O uso do cabo diferente poderá gerar
ruído eletromagnético (“interferência”) suficiente para perturbar o funcionamento do *DIS*. Evite
cabos mais compridos do que o necessário.
Itens elétricos
Terminais de latão, solda 60x40 (60% de estanho e 40% de chumbo), abraçadeiras, espaguete
termo-retrátil, fita isolante adesiva e/ou de auto-fusão (como da marca 3M), eventuais
extensões de fios e outros apetrechos dependentes de cada motor devem ser preferidos para
garantir uma instalação segura por muitos anos.
O uso de materiais de boa qualidade contribui para um serviço durável, confiável, com boa
apresentação e de mais rápida execução. Um investimento que custa pouco frente aos
transtornos que evitam!
Bons materiais não compensam uma mão-de-obra imperfeita e vice-versa! Valorize seu
serviço: use somente material de alta qualidade!
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
INSTALAÇÃO MECÂNICA
Instale o gabinete do *DIS* em local fresco e seco, livre de vibrações e distante física e
eletricamente de dispositivos geradores de ruído eletromagnético (“interferência”). O cofre do
motor é um ambiente normalmente hostil ou com potencial de apresentar condições de risco
como calor, jatos diretos ou indiretos de líquidos, atmosfera corrosiva ou salina ou vibração
excessiva, devendo ser bem avaliado a conveniência de escolher-se tal local para fixação.
O lado inferior da caixa do *DIS* (aquele que contém abas com furo) deve facear uma
chapa metálica que seja plana e esteja aterrada. Certifique-se de que esta chapa esteja
realmente aterrada, pois oxidação, tinta, protetores contra ferrugem e contaminantes podem
isolar eletricamente uma chapa da outra.
Em estruturas que não possuam chapas metálicas (fibra-de-vidro, por exemplo), será
necessário fixar uma placa de metal aterrada sobre a qual será apoiada o fundo da caixa do
*DIS*. Veja detalhamento na seção da Instalação Elétrica.
A ancoragem do gabinete do *DIS* pode ser feita por meio de parafusos, cinta plástica ou
velcro. Outras formas que não pressionem excessivamente as paredes do gabinete do aparelho
e/ou que não a furem são aceitáveis.
O ideal é que as bobinas de ignição fiquem o mais perto possível das velas. Por exemplo,
podem ser fixadas na parte superior de alguns motores. Esta sugestão permite o uso de cabos
de vela menores e diminui a irradiação eletro-magnética gerada pela corrente e tensão neles
presentes.
As bobinas de ignição e cabos de vela deverão ser posicionadas de modo que distem
pelo menos 10 cm de outros fios, principalmente aqueles utilizados pelo *DIS*.
As bobinas de ignição devem distar pelo menos 20cm do local previsto para colocar o
sensor da polia.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
O objetivo é ter a bobina de pulso presa ao bloco do motor, de modo que a extremidade do seu
núcleo (um parafuso ou sem-fim de material ferromagnético) fique perto do imã a ser fixado na
polia. Quando a polia estiver em movimento, o imã fará a bobina de pulso gerar um sinal para o
*DIS*. Deste ponto em diante, este parafuso ou sem fim será simplesmente referenciado como
‘núcleo da bobina de pulso’ ou simplesmente ‘núcleo’.
Dada à diversidade de configurações mecânicas dos motores e seus cofres, não é possível
listar o exato ponto onde a bobina de pulso precisará ser colocada, no entanto as
recomendações abaixo são consideradas suficientes para a correta identificação do local ou
locais viáveis.
Observe a região do motor onde se localiza a polia escolhida. Encontre um ponto no bloco do
motor que possua um parafuso, de preferência dois, próximo e que poderia ser afrouxado ou
retirado (e depois recolocado) para se encaixar um suporte para a bobina de pulso. Importante
que este ponto seja afastado pelo menos 20 cm de dispositivos elétricos de alta tensão,
alta corrente e ou gerem campos magnéticos fortes como bobina de ignição, cabos de
vela, alternador, dínamo, motor-de-arranque etc.
A bobina de pulso, após montada em um suporte descrito a seguir, ficará com a extremidade de
seu núcleo (oposto à cabeça do parafuso) posicionado junto à polia escolhida, de forma a
perceber a passagem do imã que será fixado à polia, adiante explicado.
Desta forma, a localização da bobina de pulso também está condicionada à uma posição viável
na polia para a fixação do imã, onde ele possa ser afixado com segurança e alguma parte do
núcleo da bobina de pulso possa alcançá-lo. O ideal é que o imã fique na face frontal ou
traseira da polia, pois assim a força centrífuga devido ao giro da polia seria contida pela própria
parede do furo onde seria fixado o imã. Adiante será explicado em detalhes como escolher este
local, mas é importante informar aqui que o imã ficará colado à polia, geralmente em um ponto
de maior raio na sua face, isto é, mais perto da borda da polia, em local que não o exponha a
impactos ou atritos com outras partes. A parte posterior da polia apresenta-se como um bom
local para colocar o imã, ou seja, o lado voltado para o bloco do motor, caso haja espaço para o
núcleo alcançá-lo.
Um suporte de qualquer material rígido, precisará ser confeccionado pelo instalador, de modo
que a ponta do núcleo da bobina de pulso fique próxima ao provável local onde se prenderá o
imã. Esta rigidez do suporte é necessária de modo que o conjunto da bobina de pulso não
balance em relação ao bloco do motor, o que poderia resultar em a ponta do núcleo roçar no
imã ou a bobina de pulso chocar-se com alguma parte móvel.
25
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Conceba a forma do suporte de modo que ele possa ser preso ao bloco e permita que a ponta
do núcleo da bobina de pulso fique rente à parte da polia onde um imã poderá ser preso. Este
sistema de suporte deverá permitir ajuste da distância entre a ponta do núcleo e o imã na polia,
de modo que fiquem afastados até 2 mm
Como a extremidade sem cabeça do parafuso (núcleo) é a que deve ficar próxima ao imã, o
suporte deverá ficar do lado da bobina de pulso que é oposto àquele mais próximo da polia.
Esta recomendação não se aplica caso seja utilizado material não ferro-magnético para o
suporte.
O núcleo será um parafuso ou sem-fim de ferro, aço ou outro material ferromagnético, que
servirá para sustentar e fixar a bobina no suporte e conduzir o campo magnético do imã até ela.
O diâmetro do parafuso deve ser tal que ele passe sem muita folga pelo orifício da bobina de
pulso. No kit básico são fornecidos parafuso e porcas que atendem à maioria dos casos.
Caso precise utilizar outro parafuso e tenha dúvida acerca da adequação do material do qual é
feito, experimente encostar o imã ao parafuso para testar se existe atração. Note que alguns
materiais podem conter algum metal ferromagnético em proporção pequena, o que prejudicaria
o funcionamento do sistema. Na dúvida se o material do parafuso é adequado, experimente
encostar o imã a uma peça sabidamente de ferro ou aço e compare a força de atração.
O parafuso e porcas fornecidos normalmente são suficientes para uma fixação segura do
conjunto. As porcas de perfil baixo servem para fixar o parafuso ao suporte. A porca auto-
travante deve ser usada para prender a bobina de pulso contra a porca de perfil baixo. Note que
o suporte junta-se à bobina de pulso em sua parte posterior, considerando-se sua parte anterior
como a mais perto da polia
O suporte deve ser pressionado entre a cabeça do parafuso (núcleo) e a porca e contra-porca .
De modo algum a bobina de pulso poderá ficar comprimida entre estes elementos de
fixação! Para fixar a bobina de pulso, faça com que o núcleo passe por dentro da bobina e
coloque a porca auto-travante (Parlock) de forma a comprimir muito levemente a bobina.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Já a montagem indevida, como se pode ver em alguns exemplos abaixo, submete o sensor a
uma pressão que o levará à destruição, aumenta a chance de o núcleo afrouxar em relação ao
suporte ou diminui a sensibilidade do sensor.
As fotos abaixo ilustram como a bobina foi fixada no bloco de um motor GM-151 (motor de
Opala quatro cilindros) junto à polia do virabrequim, e em um motor VW AP, próximo à polia do
comando de válvulas. As soluções apresentadas não únicas nem devem ser tomadas como as
melhores, podendo o instalador criar uma forma mais aperfeiçoada. Note que o suporte prende-
se no lado da bobina de pulso oposto à polia, como deve ser:
Sensor montado junto à polia do virabrequim de um motor GM-151 (Opala quatro cilindros)
Cortesia de Chapéu (Oficina do Chapéu, Niterói/RJ)
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Esta etapa depende que a bobina de pulso já esteja fixada ao bloco do motor!
Primeiramente, descubra em que sentido gira a polia escolhida para receber o imã.
Comumente, ela gira no sentido horário, quando se vê o motor de frente.
Coloque o motor no PMS do cilindro 1 e risque (com giz ou marcador industrial, por exemplo)
um traço na polia em frente à ponta do núcleo da bobina de pulso. Este risco será a referência
para determinar a distância do imã em relação à bobina quando o cilindro 1 estiver no PMS.
Abaixo ver-se-ão fotos de exemplo em uma instalação que utilizou a polia do virabrequim. Os
mesmos procedimentos valem para a polia do comando de válvulas.
Abaixo apresentam-se algumas formas de determinar o correto ponto de fixação do imã, todas
gerando o mesmo resultado prático. Este procedimento poderá ser realizado com a polia
retirada ou ainda presa ao motor, conforme a conveniência.
A distância a medir deve ser em relação ao risco de giz sugerido acima e no sentido contrário
ao da rotação normal da polia. Coloque o imã o mais perto possível da borda da polia. Caso a
espessura da parede da polia e/ou outros obstáculos (como o sulco para acomodar a correia)
impeçam a colocação do imã na borda da polia, escolha uma posição o mais perto possível
dela.
Todas as maneiras listadas abaixo são equivalentes e aplicam-se a uma polia de virabrequim
ou volante do motor. Escolha a que parecer mais conveniente.
Apenas uma delas precisa ser executada!
Note que o imã só passará pelo sensor depois (45 graus) de o PMS do cilindro 1 ocorrer
Por exemplo: Suponha uma polia com diâmetro de 17 centímetros. Ela teria um raio de 8,5
cm. Suponha que o melhor lugar para fixar o imã ficasse a 7 cm do centro da mesma. O
cálculo seria:
7,000 cm x 0,785 = 5,495 cm
5,495 cm seria a medida do arco (que seria próximo à medida em linha reta) entre o sensor
e o imã, considerando-se o cilindro 1 no PMS, ficando o imã em uma posição que ocorre
logo depois do PMS do cilindro 1.
29
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Todas as maneiras listadas abaixo são equivalentes e aplicam-se a uma polia de virabrequim
ou volante do motor. Escolha a que parecer mais conveniente.
Apenas uma delas precisa ser executada!
Note que o imã só passará pelo sensor depois (37,5 graus) de o PMS do cilindro 1 ocorrer
Por exemplo: Suponha uma polia com diâmetro de 17 centímetros. Ela teria um raio de 8,5
cm. Suponha que o melhor lugar para fixar o imã ficasse a 7 cm do centro da mesma. O
cálculo seria:
7,000 cm x 0,654 = 4,578 cm
4,578 cm seria a medida do arco (que seria próximo à medida em linha reta) entre o sensor
e o imã, considerando-se o cilindro 1 no PMS, ficando o imã em uma posição que ocorre
logo depois do PMS do cilindro 1
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Todas as maneiras listadas abaixo são equivalentes e aplicam-se a uma polia de virabrequim
ou volante do motor. Escolha a que parecer mais conveniente.
Apenas uma delas precisa ser executada!
Note que o imã só passará pelo sensor depois (22,5 graus) de o PMS do cilindro 1 ocorrer
Por exemplo: Suponha uma polia com diâmetro de 17 centímetros. Ela teria um raio de 8,5
cm. Suponha que o melhor lugar para fixar o imã ficasse a 7 cm do centro da mesma. O
cálculo seria:
7,000 cm x 0,393 = 2,751 cm
2,751 cm seria a medida do arco (que seria próximo à medida em linha reta) entre o sensor
e o imã, considerando-se o cilindro 1 no PMS, ficando o imã em uma posição que ocorre
logo depois do PMS do cilindro 1
33
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Com o imã no local correto e o motor em funcionamento, a passagem do imã pela bobina de
pulso acontecerá depois de o pistão do cilindro 1 chegar ao PMS. A foto a seguir ilustra esta
situação: o virabrequim está posicionado no PMS do cilindro 1 e a polia gira no sentido horário,
de modo que o imã ainda irá passar pelo núcleo da bobina de pulso.
Exemplo da posição do imã em relação ao sensor (polia que gira no sentido horário)
O *DIS* admite alguma variação em relação ao ângulo, porém uma grande diferença poderá
prejudicar o funcionamento, incluindo a partida. O uso de outro cilindro que não o 1 neste
procedimento impossibilitará a partida do motor.
Não importa o ângulo relativo entre o núcleo da bobina de pulso e a polia, porém é necessário
que toda a face exposta do imã passe inteiramente pelo núcleo.
A polia do comando de válvulas poderá ser utilizada no lugar da polia do virabrequim para
receber o imã. Porém como o comando de válvulas gira à metade da velocidade do
virabrequim, a posição onde fixar o imã deverá formar metade do ângulo indicado para
colocação do imã na polia do virabrequim. Assim, os diagramas não se aplicam.
Opcionalmente poderá ser adicionado mais imã, o que reduzirá o tempo de partida do motor. A
posição do imã extra deve ser 180 graus distante do principal, ou seja, em ponto
diametralmente oposto.
Este imã extra somente é aplicável na montagem do imã na polia do comando de válvulas,
nunca do virabrequim!
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Este imã extra poderá ser encomendado, caso não sejam encontrados em sua cidade. O imã
extra deverá apresentar as seguintes características:
- material constituinte: neodímio ou cerâmico;
- intensidade magnética: maior ou igual a 2500 Gauss
- forma indiferente;
- polaridade indiferente.
- tamanho indiferente, mas recomenda-se que não seja pesado, pois do contrário poderia
contribuir para o desbalanceamento do conjunto rotativo.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Objetiva-se instalar o imã na polia de modo que ele não seja arrancado pela força centrífuga da
polia em movimento nem por detritos que atinjam o conjunto.
Aviso:
Existem motores, como o motor GM de 6 cilindros, cuja polia do virabrequim é constituída de
duas partes, comumente unidas por um material flexível, como a borracha. Entretanto, é sabido
que algumas destas polias por causa de envelhecimento ou desgaste do material, tendem a
deslocar a posição angular de uma em relação a outra. Assim, o imã somente poderia ser
fixado na polia interna, nunca na externa, pois se este deslocamento angular ocorre, problema
no funcionamento do motor ocorrerá. (contribuição de Cristiano “Coyote” – Santo Antônio da
Platina – PR)
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Estando imã e bobina de pulso fixados, ajuste o núcleo de forma que a distância do núcleo da
bobina ao imã não ultrapasse 2 mm. Note que esta distância refere-se ao espaço entre o
núcleo da bobina e o imã, e não entre núcleo e a cola que porventura cubra o imã. A máxima
distância dependerá das características combinadas da bobina de pulso; intensidade do campo
e posição do imã; material da polia; material, comprimento, diâmetro do núcleo da bobina,
distância do imã ao centro da polia e velocidade de rotação da polia desde o momento da
partida.
Se tiver sido utilizada a polia do comando de válvulas, como ela gira à metade da velocidade da
polia do virabrequim, a distância do imã ao núcleo da bobina torna-se mais crítica, inclusive
podendo ser necessário o uso de um afastamento menor.
A medida da extremidade do núcleo até a porca auto-travante deve ser suficiente para permitir
ao núcleo alcançar o imã sem que a porca auto-travante ou a bobina de pulso encostem na
polia
Faça a polia ser girada manualmente, não por meio do motor de arranque, para certificar-se de
que imã e núcleo se não choquem ou atritem-se quando a polia gira. Cuide para que a chave
não esteja ligada neste momento, evitando uma partida inesperada do motor ou emissão de
centelhas pela bobina de ignição em algum ponto sensível.
Manualmente, tente mover ou balançar o conjunto formado pelo suporte e a bobina de pulso
para verificar se apresenta rigidez suficiente para impedir que a ponta do núcleo bata no imã.
Vibrações que normalmente ocorrem com o motor em funcionamento não podem fazer com
que bobina de pulso e/ou seu núcleo choquem-se com a polia ou imã.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
O sensor deve ser ficar tão próximo do imã quanto possível, desde que isso não represente um
risco de ser atingido pelo polia ou outra coisa.
O afastamento excessivo do sensor em relação ao imã, combinado com a colocação muito
funda do imã à polia e/ou uma distância maior que a recomendada entre imã e núcleo, pode
resultar em dificuldade de partida, notadamente com motores de arranque que giram em
velocidade muito baixa.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
INSTALAÇÃO ELÉTRICA
RECOMENDAÇÕES GERAIS
3. Nunca faça um fio passar por um duto ou furo puxando pelo próprio fio quando isto não
acontecer com facilidade! Alguns fios têm pequena bitola e poderiam se romper
internamente, provocando falhas intermitentes de difícil solução!
4. Não permita que os fios do *DIS* ou a ele relacionados passem por furos em chapas
metálicas sem passa-fio, ainda que a borda do furo não possua cantos vivos.
5. Não permita que os fios do *DIS* ou a ele relacionados encostem-se ou passem perto
de partes quentes, peças móveis (polias, alavancas, cabo de acelerador etc.) ou que
possuam partes cortantes.
6. Não permita que os fios do *DIS* ou a ele relacionas sejam comprimidos, amassados,
pressionados com força, principalmente se a temperatura do ponto puder ser elevada,
amolecendo a capa isolante e aumentando a chance de curto entre fios e/ou de fios e
uma parte aterrada.
7. Se um fio necessitar ligar um ponto do chassi ao motor, permita uma folga suficiente
para evitar que o balanço do motor estire o fio.
41
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
8. Os fios do *DIS*, exceto os que vão às bobinas de ignição, devem passar por um
mesmo caminho, todos unidos, formando um chicote único, como uma corda. Se
possível os fios poderão formar um conjunto ligeiramente torcido.
9. Os fios que se ligam às bobinas de ignição devem ser passados por caminho diferente
dos outros fios do *DIS*, todos unidos, formando um chicote único.
10. Todos os fios relacionados ao *DIS* deverão ser mantidos afastados no mínimo 10 cm
das bobinas de ignição e cabos de vela;
11. Não utilize a carcaça do motor e chassi como retorno da alimentação do *DIS* e do
módulo de ignição original. Deve-se ligar por meio de fio estes equipamentos
diretamente ao borne negativo da bateria.
12. Todas as emendas de fio com fio e fio com terminal que direta ou indiretamente
participem da instalação do *DIS* deverão ser soldadas com liga Sn/Pb 60x40,
preferencialmente. Soldas com maior proporção de chumbo do que estanho tendem a
ficar quebradiças e com pior liga com o cobre dos fios. Isso inclui a fiação já existente
no motor, principalmente as relacionadas com a alimentação e o sinal de rotação.
Emendas de fios apenas torcidos, ainda que sejam do tipo estanhados em fábrica,
apresentarão problema de contato no futuro, especialmente se o motor for utilizado em
ambiente hostil!
Não use ‘fluxo de solda‘ e outras substâncias que podem ter um efeito corrosivo ou
oxidante ao longo do tempo, prejudicando a condutibilidade da emenda.
13. Na ancoragem de fios ou terminais, garanta que o contato elétrico entre as partes
metálicas seja ótimo. Remova camadas oxidadas, zinabre, oleosidades e outros
detritos. Produtos específicos para proteger contatos existem à venda no mercado, mas
vaselina sólida eventualmente pode ser empregada. Este cuidado é particularmente
recomendado em motores usados em ambiente hostil.
14. Isolação das emendas deverá ser feita com espaguete termo-retrátil ou fita isolante de
alta qualidade. Fitas de qualidade inferior perdem o adesivo em tempo curto, algumas
já não aderem bem nem na hora do uso, logo se soltando e expondo a emenda ao
risco de curto-circuitos.
15. Caso os fios necessitem ser alongados, utilize fio mesma bitola ou maior, sempre
soldando um ao outro. Este alongamento não deve ser feito ao cabo blindado, seja do
sensor da polia, seja da bobina impulsora.
16. Certifique-se as chapas metálicas onde itens relacionados ao *DIS* (caixa do *DIS*,
bobinas de ignição, fiação) prendam-se, passem ou fiquem próximas, estejam
aterradas.
17. Em qualquer momento em que o *DIS* estiver conectado ao motor, o fio preto deverá
estar sempre ligado ao borne negativo da bateria. Este fio preto deverá ser o primeiro a
ser conectado ao motor e o último a ser desligado! Jamais permita que outros fios do
*DIS* estejam ligados ao motor quando o fio preto estiver desconectado!
42
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
O *DIS* necessita do sinal provido distribuidor de ignição para reproduzir o mapa de ignição
original, que será ou não modificado pelo recurso do remapeamento.
A bobina de ignição original perde a função, assim como o rotor e a tampa do distribuidor.
Eventualmente, os cabos de vela poderão ser aproveitados, caso atenda às características já
explicada.
*DIS* com entrada para sinal do platinado ou módulo de ignição (versão básica do *DIS*)
Em sua versão básica, o *DIS* utiliza por intermédio do fio amarelo avulso o sinal do platinado
ou, no caso de um sistema de ignição eletrônica, do sinal à saída do módulo de ignição original.
Esta conexão do fio amarelo avulso e outros será detalhadamente explicada na seção sobre
chicotes.
Caso seja desejado que a bobina de ignição original permaneça no motor, seu terminal
negativo precisará permanecer desconectado do platinado/módulo de ignição, sob pena de
destruir parcial o *DIS*, o que não será coberto pela garantia.
Poderá ser mais seguro fazer com que a bobina fique com o terminal positivo e o negativo
desligados.
Uma medida simples para evitar que a bobina original seja ligada junto com o *DIS*:
• coloque um terminal do tipo FAST-ON macho com capa no fio amarelo do *DIS*;
• caso ainda não exista, instale um terminal macho no negativo da bobina;
• no fio oriundo do platinado ou módulo de ignição eletrônica, adicione um terminal FAST-ON
fêmea com capa, de forma que este fio apenas poderia ser conectado exclusivamente à
bobina ou ao fio amarelo do *DIS*.
O conector que sai do distribuidor deve ser ligado ao conector do cabo próprio do *DIS*.
Motores antigos e/ou utilizados em ambiente hostil podem apresentar aterramento deficiente,
fiação elétrica com falhas intermitentes e/ou pontos de união que apresentam resistência por
causa de oxidação e serviços anteriores realizados de maneira imprópria. Estas irregularidades
podem influenciar negativamente no funcionamento motor, mesmo com o sistema original, mas
é particularmente nocivo com o *DIS*, quando ocorrem nos itens relacionados ao sinal de
rotação e fiação associada.
Vale lembrar que estes problemas, se intermitentes, podem não ser detectados com um
ohmímetro, por exemplo, pois na hora da medição a continuidade pode se mostrar total. No
entanto, com a vibração do motor e movimentação de peças, a continuidade pode se perder em
parte ou completamente. De modo a prevenir problema futuro ou já no presente, recomenda-se
realizar as medidas abaixo:
43
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
ESCOLHA DO FUSÍVEL
O fusível a utilizar pode ser do tipo rápido ou de retardo, devendo ser obedecido atendido o
máximo valor para o tipo:
- rápido: 10A
- retardo: 7,5A
Fusível do tipo lâmina, como os que normalmente são encontrados em carros mais modernos,
são fusíveis de retardo. Supostamente, eles atendem ou deveriam atender à norma SAEJ1284.
Em caso de dúvida se o fusível é do tipo rápido ou de retardo, assuma que ele é de retardo e
respeite o limite especificado acima.
Caso o fusível seja de procedência desconhecida, utilize um de 5A. Se este fusível queimar-se,
experimente um de valor pouco acima, nunca ultrapassando o limite acima especificado. O uso
de fusível maior poderá expor o EQUIPAMENTO e o motor a danos severos caso ocorra algum
curto-circuito. O uso de um fusível de valor superior ao recomendado não protegerá o
equipamento em caso de falha, levando o circuito a se manter energizado e danificar mais
peças do que se um fusível adequado tivesse sido utilizado,sujeitando o EQUIPAMENTO e o
motor a danos severos caso ocorra algum curto-circuito. A sustentação de uma alta corrente
tende a gerar grande aquecimento e, dependendo das circunstâncias, pode resultar em
incêndio. Fusível de valor inferior poderá queimar-se com frequência, imobilizando o motor, pois
o é EQUIPAMENTO que comanda o envio de energia para as velas do motor.
O uso de fusível com corrente acima do limite especificado ou o não uso de fusível, exporá o
EQUIPAMENTO ao risco de dano mais ou menos extenso em caso de curto-circuito, com
características bem determinadas, cujo reparo não será coberto pela garantia. Portanto,
certifique-se da qualidade do fusível utilizado!
CHICOTES DO EQUIPAMENTO
Ao longo do texto, ver-se-ão referências aos termos “avulso” e “multicabo”, que servirão para
distinguir fios que têm cores repetidas:
• “Fio avulso”: refere-se ao fio que já sai do gabinete do *DIS* separado dos outros, sem
pertencer a um cabo com vários fios;
• “Cabo blindado”: diz-se de um cabo com malha e 2 fios coloridos, um vermelho e outro
geralmente marrom. Cabo blindado é usado tanto com o sensor as polia quanto com a
bobina impulsora, este dependendo da versão do *DIS*;
• “Multicabo”: cabo com malha de aterramento e com 7 fios coloridos;
Não utilize o chassi ou uma chapa a ele preso como ponto de ligação para este fio!
45
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Este fio deverá ser o primeiro fio do *DIS* a ser conectado ao motor e, em caso de
desinstalação, ser o último retirado.
Este fio deverá ter contato elétrico perfeito com o pólo negativo da bateria! Caso seja
usado um terminal preso ao fio, esta demanda deverá ser soldada.
2. Fio vermelho avulso – fio da alimentação: ligue-o a um ponto do motor onde exista +12V
desligável pela chave de ignição, protegido por fusível de boa qualidade conforme a
especificação deste manual (“Escolha do fusível”), e que não possua dispositivos
geradores de ruído na própria malha ou nas próximas (motor de arranque, solenóide,
guincho elétrico etc.).
3. par de fios azul e vermelho ligados aos conectores: cada um deles conecta-se a uma
bobina de ignição. Perceba que cada par possui uma anilha numerada com 0 ou 1 (*DIS*
para motor de 4 cilindros) ou com 0, 1 ou 2 (*DIS* para motor de 6 cilindros). Cada bobina
ligar-se-á às duas velas de um par de cilindros gêmeos que depende da ordem de ignição
do motor, como explicado adiante.
Cada bobina de ignição será identificada pelo mesmo número da anilha presente no par de
fios que se liga à ela. Por exemplo, quando houver uma referência à “bobina 0”, isso
significará “a bobina que recebeu o chicote com anilha com número 0 (zero)”.
1 – fio ou cabo para entrada do sinal de rotação: existem três possibilidades de fios,
existindo apenas de um tipo no *DIS*, conforme a versão solicitada na compra:
1.1 - fio amarelo avulso (somente existente no *DIS* de versão com entrada do
tipo universal - motor com platinado ou ignição eletrônica).
Recebe o sinal oriundo do platinado ou da saída do módulo de ignição eletrônica.
Originalmente este sinal é levado ao terminal negativo da bobina de ignição. Esta
ligação original deverá ser desfeita, pois o fio amarelo avulso do *DIS* é que receberá o
pulso oriundo do citado módulo ou platinado.
Nos motores com platinado, o condensador poderá ser mantido ou não no lugar,
indiferentemente.
Caso seja desejado que a bobina de ignição original permaneça no motor, seu terminal
negativo precisará permanecer desconectado do platinado/módulo de ignição, sob pena
de destruir parcial o *DIS*, o que não será coberto pela garantia.
Atenção:
O *DIS* com entrada do tipo universal foi projetado para motores cujo sistema de
ignição original utilize bobina de ignição com baixa impedância no primário. Motores
com sistema de ignição para bobina de alta impedância no primário necessitam do
conversor de sinal Motor Spice próprio. Motores antigos utilizam bobinas de baixa
impedância de primário. Automóveis mais novos podem empregar tanto bobina
asfáltica quanto plástica, podendo a bobinas possuir primário de alta como de baixa
impedância, dependendo do modelo.
46
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
1.2 - Cabo blindado com duas vias e com terminais do tipo Fast-On em conector
único de 2 vias: *DIS* de versão com entrada para bobina impulsora: será referido
como ‘cabo blindado da bobina impulsora’. O conector deste cabo deve ser ligado ao
conector do chicote do distribuidor, assumindo o lugar do conector que originalmente
pertence ao chicote do módulo de ignição eletrônica
O módulo de ignição e a bobina original passam a ficar sem função e poderão ser
retirados do motor, se assim for desejado.
1.3 - Cabo blindado com duas vias e sem terminais ou conector: *DIS* de versão
com entrada para sensor Hall: será referido como ‘cabo blindado do sensor Hall’. Os
fios deste cabo devem ser ligado ao conector ao sensor Hall, conforme descreve-se
abaixo:
- malha do cabo blindado: retorno (“negativo”);
- fio marrom: sinal (pulsos) do sensor Hall;
- fio vermelho: fornece +12V ao sensor Hall.
O módulo de ignição e a bobina original passam a ficar sem função e poderão ser
retirados do motor, se assim for desejado.
2 - cabo blindado com terminais fêmeas do tipo Fast-On com capa plástica
independentes: referenciado neste manual como ‘cabo blindado do sensor da polia’. Deve ser
conectado aos terminais da bobina de pulso. Uma das maneiras de ligar o fio vermelho e o
marrom deste cabo blindado maximiza a tensão do pulso gerado.
Ainda que a capa isolante do cabo blindado coincida com a cor de outro fio, o cabo blindado
nunca será referido como ‘fio’, mas ‘cabo blindado’.
Caso o comprimento deste cabo não seja suficiente, os terminais poderão ser desmontados e
os fios emendados com outros, e estes receberem os terminais, devidamente soldados.
Necessário que estes fios adicionados sejam trançados um ao outro em toda a sua extensão,
como no exemplo abaixo:
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Um dos fios que sai do cabo blindado do sensor da polia tem capa vermelha. Caso estes fios
precisem ser aumentados, utilize um fio de capa vermelha para estender o de mesma cor do
cabo blindado, pois este fio precisará ser identificado quando se realizar o auto-teste do *DIS*.
3 – fios e cabos que existem apenas na versão do *DIS* com recurso de remapeamento
da ignição: os detalhes de cada um são apresentados na seção apropriada.
3.1 - fio cinza avulso: Mantenha este fio ligado ao fio preto do multicabo.
3.2 – fio marrom avulso: Mantenha este fio ligado ao fio verde avulso.
3.3 – fio verde avulso: serve para proteger contra ruído (“interferência”) os fios de
configuração ociosos.
3.4 - multicabo com fios colorido: Mantenha os fios do multicabo, exceto o preto,
ligados ao fio verde avulso. Nunca use o fio preto do multicabo para isso!
4 - fio branco: saída para conta-giros (apenas versões do *DIS* que o possui). Deve ser ligado
à entrada de conta-giros que seja preparado para ligar-se ao terminal negativo de bobina de
ignição de motor com distribuidor. Não deve ser usado com conta-giros apropriados para
uso com ECU (injeção eletrônica), sob a provável pena de danificá-lo. Caso não seja
utilizado, mantenha este fio isolado, não o aterre nem o ligue a qualquer outro fio do
*DIS*!
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
1 - Motor de 4 cilindros
Cada bobina liga-se a dois cilindros (cilindros gêmeos), de acordo com a ordem de ignição,
não com a ordem dos cilindros no bloco!
• bobina 0 ao primeiro e o terceiro cilindros da seqüência de ignição;
• bobina 1 ao segundo e quarto cilindros da seqüência de ignição;
Não há exigência de uma certa saída da bobina de ignição se ligar à uma vela específica do
par de cilindros gêmeos. Por exemplo, se uma bobina precisa estar ligada aos cilindros 1 e
4, tanto faz se a saída da esquerda se conecta ao cilindro 1 ou ao 4.
Exemplo: a maioria dos motores de 4 cilindros tem seqüência de ignição 1-3-4-2, o que
resultaria nas seguintes ligações:
• Bobina 0: cilindros 1 e 4 (respectivamente, o primeiro e terceiro cilindros na seqüência
de ignição do exemplo);
• Bobina 1: cilindros 3 e 2 (respectivamente, o segundo e quarto cilindros na seqüência
de ignição do exemplo);
Para o caso de haver dúvida na determinação de quais cilindros serão ligados a cada
bobina em motores cuja seqüência de ignição difira do exemplo acima, preencha as
posições da coluna esquerda da tabela conforme a seqüência de ignição do motor,
considerando o cilindro 1 como sendo o primeiro, cuja posição na tabela já está preenchida:
Para ilustrar o preenchimento da tabela, usar-se-á a seqüência 1-3-4-2:
50
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
2 - Motor de 6 cilindros
Cada bobina liga-se a dois cilindros (cilindros gêmeos), de acordo com a ordem de ignição,
não com a ordem dos cilindros no bloco!
• bobina 0 ao primeiro e o quarto cilindros da seqüência de ignição;
• bobina 1 ao segundo e quinto cilindros da seqüência de ignição;
• bobina 2 ao terceiro e sexto cilindros da seqüência de ignição.
Não há exigência de uma certa saída da bobina de ignição se ligar à uma vela específica do
par de cilindros gêmeos. Por exemplo, se uma bobina precisa estar ligada aos cilindros 1 e
6, tanto faz se a saída da esquerda se conecta ao cilindro 1 ou ao 6.
Para o caso de haver dúvida na determinação de quais cilindros serão ligados a cada
bobina em motores cuja seqüência de ignição difira do exemplo acima, preencha as
posições da coluna esquerda da tabela conforme a seqüência de ignição do motor,
considerando o cilindro 1 como sendo o primeiro, cuja posição na tabela já está preenchida:
Para ilustrar o preenchimento da tabela, usar-se-á a seqüência 1-5-3-6-2-4,:
51
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
3 - Motor de 8 cilindros
Cada bobina liga-se a dois cilindros (cilindros gêmeos), de acordo com a ordem de ignição,
não com a ordem dos cilindros no bloco!
• bobina 0 ao primeiro e o quinto cilindros da seqüência de ignição;
• bobina 1 ao segundo e sexto cilindros da seqüência de ignição;
• bobina 2 ao terceiro e sétimo cilindros da seqüência de ignição.
• bobina 3 ao quarto e oitavo cilindros da seqüência de ignição.
Não há exigência de uma certa saída da bobina de ignição se ligar à uma vela específica do
par de cilindros gêmeos. Por exemplo, se uma bobina precisa estar ligada aos cilindros 1 e
6, tanto faz se a saída da esquerda se conecta ao cilindro 1 ou ao 6.
Para o caso de haver dúvida na determinação de quais cilindros serão ligados a cada
bobina em motores cuja seqüência de ignição difira do exemplo acima, preencha as
posições da coluna esquerda da tabela conforme a seqüência de ignição do motor,
considerando o cilindro 1 como sendo o primeiro, cuja posição na tabela já está preenchida:
Para ilustrar o preenchimento da tabela, usar-se-á a seqüência 1-8-4-3-6-5-7-2:
52
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Vermelho e azul:
às bobinas
(+12V)
Chave de ignição
53
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
distribuidor
Bobina de ignição Bobina de ignição
Vermelho e azul:
às bobinas
Módulo de ignição
Alimentação para o
Vermelho: +12V Preto: direto ao
módulo de ignição
pós-chave e borne (-) da bateria
com fusível (-)
(+12V)
Chave de ignição
54
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
distribuidor
Bobina de ignição Bobina de ignição
Vermelho e azul:
às bobinas
Módulo de ignição
Alimentação para o
Vermelho: +12V Preto: direto ao
módulo de ignição
pós-chave e borne (-) da bateria
com fusível (-)
(+12V)
Chave de ignição
55
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
*DIS* EM FUNCIONAMENTO
Antes de realizar a primeira partida do motor após a instalação deste equipamento, revise todas
as ligações e confira se as recomendações foram inteiramente atendidas.
Certifique-se da correção das ligações elétricas, do afastamento dos fios do *DIS* do circuito de
alta tensão e da secagem da cola que prendeu o imã à polia.
Mantenha os fios do multicabo conectados ao fio verde avulso e o fio cinza avulso ligado ao fio
preto do multicabo para fazer o *DIS* reproduzir o mesmo mapa de ignição determinado pelo
distribuidor (avanço inicial, o centrífugo e o a vácuo). Posteriormente, sendo os testes iniciais
bem sucedidos, o uso do remapeamento, se desejado, será explicado adiante.
Desligue os conectores das bobinas de ignição. Tome um voltímetro com escala até 200mVcc
e ligue a ponta de prova negativa (preta) ao terminal com fio marrom do cabo blindado do
sensor da polia e a ponta de prova positiva (vermelha) ao terminal com fio vermelho. Ambos
terminais deverão permanecer ligados à bobina de pulso!
Acione o motor de arranque por algumas voltas. Anote a máxima tensão encontrada. Pare o
motor de arranque. Inverta os terminais do cabo blindado do sensor da polia. Novamente,
encoste as pontas-de-prova nos terminais do cabo blindado do sensor da polia e comande o
funcionamento do motor de arranque. Anote a maior tensão encontrada. Ligue os terminais
deste cabo blindado à bobina de pulso na ordem que apresentou maior tensão.
O funcionamento do motor com o *DIS* deve ser perfeitamente normal em todas as condições
de uso: partida a frio ou quente, regimes brandos ou severos, direção esportiva ou calma. A
partida deve ser rápida, logo após o virabrequim completar a primeira volta, sem ocorrência de
retornos pela admissão ou estouros na descarga. Qualquer comportamento do motor que seja
pior do que quando funcionava com o sistema original evidencia provável desatendimento de
alguma recomendação de instalação.
Toda tentativa de partir o motor deve acontecer pelo menos após 1 (um) segundo depois
de o motor parar de funcionar. Entre uma tentativa e outra esta espera deve ser
respeitada.
Não é necessário que o *DIS* seja desligado antes de nova partida. Basta que o motor esteja
parado por pelo menos 1 (um) segundo. A inobservância desta recomendação poderá resultar,
em cada tentativa de partir, em uma das duas possibilidades a seguir:
1) o motor partirá normalmente;
2) o motor não partirá, por mais que se mantenha o motor de arranque girando, o que não é
recomendável. Nesta situação, poderá acontecer som de estouro saindo pelo cano de descarga
e/ou retorno pela admissão.
56
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Se o motor não partir absolutamente, ocorrerem estouros pelo escapamento ou o motor ora
partir, ora não, veja a seção Verificando o funcionamento do sistema.
Procedimentos sugeridos:
• Ligue o motor e deixe-o funcionando em marcha-lenta. Se a rotação estiver instável o motor
estiver tendendo a parar por baixa temperatura, espere que atinja a temperatura normal de
funcionamento ou atue no parafuso de ajuste da posição da borboleta de aceleração para
aumentar provisoriamente a rotação.
• Verificação de problemas causados por EMI: aproxime as mãos de cabos de vela, bobinas
e de outros fios, mudando a posição das mãos,como se estivesse tentando perceber o
calor dos objetos.
• Balance todos os conectores direta ou indiretamente relacionados com o *DIS*. Isto é
especialmente importante para o conector que encaixa-se no módulo de ignição original;
Não raro terminais fêmeas de latão possuem folga que afetará a qualidade e continuidade
do sinal.
57
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
• Tracione cada ponto de todos os fios emendados com outros fios, terminais ou conectores
direta ou indiretamente relacionados com o *DIS*. Dê especial atenção ao conector que
encaixa-se no módulo de ignição original e ao conector de onde sai o sinal de rotação do
distribuidor. Ocasionalmente, encontram-se terminais (machos ou fêmeas) cuja trava estão
quebradas, amassadas ou, de algum modo, com a função comprometida, o que faz com
que o terminal recue, seja empurrado para fora do conector quando as capas são
encaixadas, causando perda da continuidade do sinal, constante ou intermitentemente.
• Balance e tracione fios relacionados à alimentação do *DIS* e do módulo de ignição
original, incluindo porta-fusível, chave geral, borne da bateria e todo tipo de “segredo”
(alarmes, aparelhos anti-furto e interruptores propositalmente ocultos).
• Balance e tracione o fio de retorno do *DIS* (fio preto – GND) e borne da bateria.
Em nenhuma destas ações o motor poderá funcionar mal ou parar. Se a parada ocorrer, religue
o motor e mexa novamente no local (fio, conector etc.) onde estava sendo feita a verificação
quando o motor parou. Nem sempre o problema está na peça que é tocada, mas em um fio ou
peça próxima que acaba sendo movimentada. Procure também por fios com o isolamento
danificado ou terminal sem a capa que pode estar encostando em alguma coisa metálica.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
FINALIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO
Certifique-se de que a fiação do *DIS* não esteja exposta a fatores de risco (ruído eletro-
magnético, calor e partes cortantes).
Tampa e rotor do distribuidor perdem suas funções originais com o uso do *DIS*, no entanto
recomenda-se que a tampa do distribuidor permaneça instalada para proteger o mecanismo
interno do distribuidor contra contaminantes diversos. Bobina de ignição anterior e seu cabo
tornam-se totalmente inúteis.
É possível aumentar a abertura dos eletrodos das velas, principalmente nos motores que
possuem sistema de ignição com platinado, promovendo melhor queima do combustível, porém
este aumento na abertura depende da taxa de compressão do motor, combustível utilizado e
qualidade da mistura. O limite do aumento desta medida é determinado experimentalmente,
sempre colocando o motor em teste diversificado de carga e rotação, experimentando
condições de maior esforço para certificar-se do bom funcionamento do motor.
Recomenda-se que esta experiência com maior afastamento entre eletrodos de vela somente
seja realizado depois de o motor ter sido testado com o *DIS* com o ajuste original das velas,
inclusive em teste de rodagem com situações de esforço.
O uso de afastamento entre eletrodos maior do que o devido provoca falha de aceleração,
estouros no escapamento e, eventualmente, dificuldade na partida. Um grande afastamento
perto do limite de provocar falha irá perturbar o funcionamento do motor em pouco tempo ou
exigirá limpeza e reajuste muito freqüente das velas. O bom senso indicará o ajuste mais
conveniente.
Os fios do multicabo que não estejam ligados ao fio preto e o fio marrom avulso devem
ser ligados ao fio verde avulso quando estiverem sem uso! O fio cinza avulso, caso o
recurso de remapeamento não seja utilizado, deve ser ligado ao fio preto do multicabo.
RECOMENDAÇÕES FINAIS
Motores utilizados em ambientes hostils aqueles que são submetidos a condições severas de
uso devem ser inspecionados em intervalos menores.
Não permita que qualquer uma das bobinas do *DIS* funcione sem estar simultaneamente
ligada às duas velas, evitando que a energia não se descarregue externamente, pois isso
poderá criar um caminho para a corrente elétrica em seu interior que danificar-lhe-á.
Reiterando recomendação anterior, nunca deixe ocorrer centelhamento para qualquer um dos
fios utilizados pelo *DIS*, inclusive os fios ligados ao primário de qualquer das bobinas, pois isto
danificaria parcial ou totalmente o *DIS* e extinguiria a garantia. Em verdade, este
centelhamento não deve acontecer, proposital ou acidentalmente, sobre qualquer fio existente
no motor, devido às conseqüências danosas que isso poderá resultar.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Em duas das formas citadas, a lâmpada de ponto não pisca; uma terceira forma geralmente faz
com que a lâmpada pisque erraticamente. Assim, somente uma permite que a lâmpada pisque
ritmada e sincronizadamente com a rotação do motor.
60
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Tal recurso é acessório e somente está presente no equipamento se tiver sido especificado no
momento da compra. Se desejado, este opcional poderá ser adicionado ao *DIS*, sendo
necessário enviar o equipamento à Motor Spice.
O o branco avulso é aquele que deve ser ligado neste instrumento, desde que seja do tipo
utilizado em motores com distribuidor e bobina de baixa impedância no primário, conhecido
como “tacômetro para motor carburado” (embora esta denominação não seja correta). A
conexão de um tacômetro impróprio pode levar à sua destruição, pois a referida saída do *DIS*
entrega sinal de centenas de volts.
Se o *DIS* foi encomendado sem este recurso, poderá ser encomendado à Motor Spice o
conversor apropriado e de fácil instalação.
O tacômetro também deverá ser adequado ao número de cilindros do motor, caso contrário
haverá indicação errada da rotação.
Caso o tacômetro disponível seja para uso com sinal de baixa tensão, conhecidos como
“tacômetro para injeção eletrônica”, ele poderá ser ligado junto com o fio amarelo avulso do
*DIS*.
O “tacômetro para motor carburado”, se ligado ao fio amarelo avulso do *DIS*, muito
provavelmente não funcionará, salvo se for de um tipo de grande sensibilidade.
61
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
ATIVANDO O
RECURSO DE
AVANÇO DA
IGNIÇÃO
(REMAPEAMENTO)
62
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
AVISO
IMPORTANTE
ESTE CAPÍTULO ESTÁ ARRANJADO DE MODO A
INSTRUIR E APOIAR O INSTALADOR NA
MELHOR SEQÜÊNCIA DE PASSOS PARA
RESULTAR NO MELHOR AJUSTE.
63
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Quando da primeira instalação deste equipamento, este capítulo deve ser lido integralmente, na
ordem em que o seu conteúdo se apresenta. Não leia apenas algumas partes, pois isso
aumentará a chance de insucesso!
Este manual foi desenvolvido de modo a ser uma documentação suficiente e clara para
profissional conhecedor da teoria do funcionamento de motores e experimentado. Os
passos descritos abaixo são necessários e muitos deles não são intuitivos, de forma que será
muito improvável o acerto caso não seja lido e compreendido o todo conteúdo deste texto.
Ao longo do texto, existem trechos aparecem escritos e sublinhados em azul e que funcionam
como links (ligações) para outras partes do manual (como esta: INSTALAÇÃO). Colocando-se
o ponteiro do mouse sobre ao trecho sublinhado e mantendo-se a tecla control (CTRL)
apertada, pode-se acionar o botão esquerdo do mouse para que a parte referenciada seja
mostrada na tela. Eventualmente, alguns destes links levam à paginas ou documentos na
Internet.
64
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
O avanço adicionado deve ser feito com critério, o quê depende de bom conhecimento do
funcionamento de motores de combustão interna, instrumentos de monitoramento e
consideração da forma como o motor será utilizado. De modo algum o avanço extra poderá
provocar batida-de-pino. Porém, mesmo que isto não seja notado, deve-se evitar o avanço
excessivo, pois isto poderá fatigar o conjunto mecânico móvel do motor e também causar perda
de potência.
Usar curva de ignição mais avançada muda as condições de funcionamento do motor, podendo
resultar em aumento da temperatura, aumento de vibração, aparecimento de ruídos que antes
não eram notados, mudança da dirigibilidade etc. Deste modo, caso não tenha conhecimento
e/ou instrumental adequado para monitorar certas grandezas do motor, aconselha-se não
utilizar o recurso do remapeamento, deixando o fio cinza desligado.
A forma ideal de determinar o melhor ajuste somente poderia ser feito com teste em
dinamômetro. Entretanto, possuindo experiência e bom senso, o instalador poderá determinar
um ajuste que, normalmente, proporciona bons resultados. Sempre deve ser considerada a
condição mais severa de uso para verificar se o ajuste não leva o motor a trabalhar próximo de
algum limite.
Abaixo a ocorrência de batida-de-pino é citada diversas vezes, um fenômeno que deve ser
evitado incondicionalmente e pode se dar por causa de mistura indevidamente pobre,
carbonização da câmara e outras causas, sugerindo um falso adiantamento excessivo da
ignição. Assim, assume-se aqui que o motor está em boas condições e bem calibrado em
termos de alimentação.
Durante o ajuste, os fios do multicabo que não estiverem ligado ao fio preto devem estar
conectados ao fio verde avulso.
É esperado que o motor já esteja ajustado para o avanço inicial determinado pelo fabricante do
motor.
65
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
1 - fio cinza avulso: quando este fio recebe +12V, ativa o remapeamento, como se fosse uma
chave geral do recurso. As funcionalidades associadas aos fios do multicabo somente podem
ser ativadas se o fio cinza avulso estiver devidamente energizado. Liga-se este fio a um ponto
específico, dependendo do tipo de combustível usado pelo motor.
• motor movido a gasolina ou álcool: liga-se este fio ao mesmo ponto onde o fio vermelho
da alimentação do *DIS* (+12V chaveados) foi ligado. Eventualmente este fio poderá ser
ligado ao +12V por meio de uma chave no painel especialmente colocada para isso,
permitindo que o remapeamento seja ativado ou desativado conforme a necessidade.
• motor movido a GNV: em motoress equipados com kit GNV e que não possuam variador
de avanço (ou um variador de avanço ineficaz), o fio cinza deverá ser ligado ao terminal do
solenóide de gás que recebe +12V quando o uso de GNV é selecionado.
Caso não necessite ou não deseje usar o recurso de avanço da ignição, mantenha o fio cinza
ligado ao fio preto do multicabo. Nunca use o fio verde avulso para isso.
4 – fio marrom avulso: memoriza a rotação atual como sendo o valor limite para o *DIS* não
ativar o remapeamento, isto é, abaixo da rotação programada por este fio o remapeamento não
ocorrerá. Este fio, quando fora de uso, deve permanecer ligado ao fio verde avulso. Seu uso é
opcional e adiante será explicado.
Este recurso de desativação poderá ser útil ou necessário em motores que não adaptam-se a
um grande avanço em baixas rotações. Este é um fenômeno facilmente percebido, pois causa
a parada do motor ou solavancos quando o motor trabalha em rotação baixa.
66
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
5 - multicabo com fios colorido: estes fios definem a configuração das funções especiais do
*DIS*.
No multicabo existem fios cujas capas têm cores iguais à de outros fios avulsos do *DIS*, seja
do chicote de potência, seja do chicote de sinal e configuração. Sempre será explicitamente
definido se determinado fio pertence ao multicabo ou trata-se de fio avulso.
Ainda que a capa isolante do multicabo coincida com a cor de outro fio, o multicabo nunca será
referido como ‘fio’, mas ‘multicabo’.
Os fios do multicabo, exceto o preto, quando não estiverem em uso, devem permanecer
conectados ao fio verde avulso, assim devendo estar quando o motor funcionar pela primeira
vez com o *DIS*.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Tabela principal dos ajustes: função dos fios do multicabo e fio cinza avulso:
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
O avanço estático avança a ignição uma certa quantidade de graus fixa, independentemente da
rotação. Ao avanço estático adiciona-se algebricamente o avanço variável, isto é, subtrai-se o
avanço regressivo ou acresce-se o avanço progressivo, detalhado abaixo.
Os fios amarelo, verde e azul podem ser livremente combinados. Assim, por exemplo, ligando-
se o fio amarelo com azul (e ambos ao fio preto do multicabo para que a função de cada fio
seja ativada), estando o cinza avulso recebendo +12V, obtém no motor de 4 cilindros um
acréscimo de 15 graus no avanço estático.
Os valores de avanço estático podem ser conferidos com uma lâmpada de ponto, porém o valor
programado somente será observado em rotação baixa, como a da marcha-lenta. Conforme a
rotação sobe, o avanço centrífugo, o avanço a vácuo e o avanço progressivo/regressivo atuam
e o valor medido será diferente.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Os valores de avanços estáticos possíveis conforme a combinação dos fios amarelo, verde e
azul são:
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
O avanço variável pode aumentar ou diminuir o avanço conforme a rotação se eleva, servindo
para compensar eventual mudança no valor do avanço na faixa mais alta de rotação.
O fio vermelho do multicabo precisa estar ligado ao fio preto do multicabo e o fio cinza avulso
deve estar recebendo +12V.
A grandeza do avanço progressivo pode ser determinada pela combinação dos fios cinza e o
branco. O menor avanço progressivo se dá quando fios cinza e branco ficam desligados, e o
maior quando ambos são ligados ao fio preto do multicabo.
O fio vermelho do multicabo precisa estar desligado ao fio preto do multicabo e o fio cinza
avulso deve estar recebendo +12V.
A grandeza do avanço regressivo pode ser determinada pela combinação dos fios cinza e o
branco. O menor avanço regressivo se dá quando fios cinza e branco ficam desligados, e o
maior quando ambos são ligados ao fio preto do multicabo.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Os motores menos atuais projetados para usar uma gasolina sem adição de álcool aceitam
aumento do avanço estático devido ao significativo percentual de etanol na composição da atual
gasolina.
O fio cinza avulso poderá ser ligado junto ao fio vermelho do *DIS* (um ponto chaveado e
protegido por fusível)
Aqueça o motor até que chegue à temperatura normal antes de executar o remapeamento
1. Ative um avanço estático baixo (o segundo ou terceiro na tabela) . Faça teste de rodagem
e, se não for observado batida-de-pino ou dificuldade de a rotação aumentar, experimente
aumentar o avanço estático. Veja na tabela qual a combinação de fios. Repita o teste para
cada avanço maior aplicado. Por outro lado, acontecendo batida-de-pino ou dificuldade de
subir o giro por um provável excesso de avanço estático, siga o procedimento
recomendado abaixo conforme a situação de batida-de-pino ou dificuldade de subir a
rotação ocorreu:
1.1) problema observado em rotação mais alta, mas bom desempenho em rotação baixa: ative
o avanço regressivo. Inicialmente, experimente um avanço regressivo baixo e repita o teste.
Caso o problema tenha diminuído porém não cessado, tente um ajuste maior para o
avanço regressivo e faça novo teste. Se permanecer o problema apesar do uso do avanço
regressivo mais alto, a solução será diminuir o avanço estático e repetir o procedimento.
1.2) problema observado desde uma rotação baixa: o avanço estático está muito alto e
provavelmente a batida-de-pino ou dificuldade de subir a rotação do motor ficará ainda
maior conforme o giro aumente. Diminua o avanço estático e repita o teste.
Pode ocorrer a necessidade de aplicar-se o avanço regressivo. Não é usual encontrar situação
em que o avanço progressivo gere melhor resultado.
O fio cinza deverá ser ligado ao terminal da válvula solenóide de gás que recebe +12V quando
este combustível é selecionado.
Aqueça o motor até que chegue à temperatura normal antes de executar o remapeamento
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
1. Ative um avanço estático baixo (o quinto ou sexto na tabela) . Faça teste de rodagem e, se
não for observado batida-de-pino ou dificuldade de a rotação aumentar, experimente
aumentar o avanço estático. Veja na tabela qual a combinação de fios. Repita o teste para
cada avanço maior aplicado. Por outro lado, acontecendo batida-de-pino ou dificuldade de
subir o giro por um provável excesso de avanço estático, siga o procedimento
recomendado abaixo conforme a situação de batida-de-pino ou dificuldade de subir a
rotação ocorreu:
1.1) problema observado em rotação mais alta, mas bom desempenho em rotação baixa: ative
o avanço regressivo. Inicialmente, experimente um avanço regressivo baixo e repita o teste.
Caso o problema tenha diminuído porém não cessado, tente um ajuste maior para o
avanço regressivo e faça novo teste. Se permanecer o problema apesar do uso do avanço
regressivo mais alto, a solução será diminuir o avanço estático e repetir o procedimento.
1.2) problema observado desde uma rotação baixa: o avanço estático está muito alto e
provavelmente a batida-de-pino ou dificuldade de subir a rotação do motor ficará ainda
maior conforme o giro aumente. Diminua o avanço estático e repita o teste.
Motores convertidos para álcool necessitam ter a curva de ignição razoavelmente avançada
comparando-se com o mapa para gasolina e, comumente, aceitam bem o avanço progressivo,
melhorando notavelmente o desempenho com rotações altas, no entanto não está excluída a
possibilidade de o avanço regressivo proporcionar o melhor resultado.
O fio cinza avulso poderá ser ligado junto ao fio vermelho do *DIS* (um ponto chaveado e
protegido por fusível)
Aqueça o motor até que chegue à temperatura normal antes de executar o remapeamento
1) Ative um avanço estático médio (o terceiro ou quarto na tabela) . Faça teste de rodagem e,
se não for observado batida-de-pino ou dificuldade de a rotação aumentar, experimente
aumentar o avanço estático. Veja na tabela qual a combinação de fios. Repita o teste para
cada avanço maior aplicado. Por outro lado, acontecendo batida-de-pino ou dificuldade de
subir o giro por um provável excesso de avanço estático, siga o procedimento
recomendado abaixo conforme a situação de batida-de-pino ou dificuldade de subir a
rotação ocorreu:
1.1) problema observado em rotação mais alta, mas bom desempenho em rotação baixo: se o
avanço progressivo estiver acima do mínimo, reduza-o e repita o teste, refazendo este
procedimento até que se obtenha um bom resultado. Se o avanço progressivo já estiver no
mínimo, isso significa que o avanço regressivo deve ser utilizado ao invés do progressivo.
Consulte o procedimento para ajuste do motor movido a gasolina ou GNV.
1.2) problema observado desde uma rotação baixa: o avanço estático está muito alto e
provavelmente a batida-de-pino ou dificuldade de subir a rotação do motor ficará ainda
maior conforme o giro aumente. Diminua o avanço estático e repita o teste.
Alguns motores não funcionam bem em marcha-lenta ou rotação baixa quando o avanço
proporcionado pelo *DIS* está ativo, aumentando a instabilidade conforme se aumenta o
avanço. Para contornar esta dificuldade, pode-se ajustar o equipamento para desativar o
avanço abaixo de uma certa rotação.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Acelere gradativa e lentamente o motor e observe se, quando o avanço eletrônico atua, o motor
apresenta mau funcionamento. Será facilmente percebido que o avanço eletrônico ficou ativo
porque a rotação subitamente se elevará, tanto mais quanto maior for o avanço programado.
Observe o motor e verifique sua estabilidade. Caso ainda funcione irregularmente, continue a
elevar lentamente a rotação até que não se perceba instabilidade no motor. Mantenha a rotação
até que o fio marrom seja novamente encostado no fio preto do multicabo. A rotação reduzir-se-
á ligeiramente e o acelerador poderá ser liberado.
Os fios do multicabo podem ser estendidos preferencialmente com um multicabo blindado, cuja
malha deve ser aterrada. Na eventualidade de o multicabo não estar disponível para
compra,pode-se usar fios comuns, todavia será fundamental que todos sejam mantidos unidos,
como que formando um chicote, ao longo de toda a sua extensão, devendo ser observado se
problemas decorrentes da captação de EMI por conta do não uso de um multicabo blindado.
O roteamento desta extensão deve evitar a proximidade com dispositivos e fios onde exista alta
tensão e/ou alta corrente.
O avanço adicionado deve ser feito com critério, o quê depende de algum conhecimento do
funcionamento de motores. De modo algum o avanço extra poderá provocar batida-de-pino e,
mesmo que isso não aconteça, deve-se evitar o avanço excessivo, pois isto poderá fatigar o
conjunto mecânico móvel do motor e também causará perda de potência.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
CUIDADOS PARA
REALIZAÇÃO DE
SERVIÇOS NO
MOTOR
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
1. O fio preto do chicote de potência deverá estar ligado ao borne negativo da bateria e
este ao chassi durante todo o tempo. Em nenhum momento o fio preto do chicote
de potência poderá estar desligado enquanto os outros fios permanecem
conectados. Se tal situação ocorrer e a chave do motor for ligada ou, de algum modo,
forem aplicados 12V ao *DIS* enquanto o seu fio preto do chicote de potência estiver
desconectado do borne negativo da bateria, o equipamento poderá danificar-se e
não haverá cobertura da garantia.
2. Algumas lâmpadas de ponto não tem sensibilidade suficiente para detectar os pulsos
no cabo de vela quando o motor usa o *DIS*. Isso não se deve à uma baixa potência de
ignição, até por ser exatamente o contrário, mas à característica do sinal gerado à
saída das bobinas de ignição
4. A polia que recebeu o imã precisará ser mantida no motor, salvo se estiver danificada,
exigindo a instalação de novo imã, explicado no manual.
6. Cabos de vela tem ordem para serem ligados das bobinas às velas;
7. Cada bobina recebe um conector com anilha numerada e que não pode ser trocado.
8. Exija do executante que qualquer fio que precise ser cortado deverá ser religado com
solda, nunca apenas emendado um no outro por torcedura.
9. Notifique o executante de que o mapa de ignição original foi modificado, caso a função
de remapeamento do *DIS* tenha sido ativada. Todo medição do ponto inicial deverá
ser feito com o fio cinza avulso desligado para não falsear a medida.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
DESINSTALAÇÃO
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
A seguir, apresentam-se os passos para desinstalação do *DIS*, que devem ser seguidos na
ordem indicada.
Em caso de necessidade de novo imã, ele poderá ser solicitado à Motor Spice.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
GUIA DE SOLUÇÃO
DE PROBLEMAS
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
TESTES PRÁTICOS
Como qualquer equipamento que utiliza sinais externos vindos de sensores e outros
dispositivos, o funcionamento do *DIS* depende da confiabilidade destes sinais, pois há
limitação na capacidade de determinar se um sinal apresenta valor incorreto se ele estiver
dentro da faixa aceitável ou se ele ocorreu em momento indevido. Portanto, mau contato
elétrico, captação de interferência, curtos com outros fios ou partes metálicas e defeito ou
qualquer tipo de anormalidade na fonte de sinal recebido pelo *DIS* poderá levar a
comportamentos imprevisíveis, seja um funcionamento errático, mal-funcionamento
intermitente e até a parada total.
Na eventualidade de haver suspeita de que o *DIS* está funcionando mal, retorne as ligações
originais e verifique se as anormalidades cessam-se ou não.
Motor de arranque:
A intensa corrente que circula pelo motor de arranque e o solenóide (da ordem de dezenas de
amperes) e o fato de ser motor com escovas, torna o motor de arranque um potencial gerador
de ruído que pode se propagar pela linha de alimentação e/ou pelo ´ar´. Escovas gastas, sujas,
com mola fraca, contatos do estator oxidados, enrolamento com curto ou interrupção
intermitente e outros problemas que geram variações bruscas de corrente, podem dificultar a
partida do motor com o *DIS*, provocando estouros, necessidade de o motor girar muitas vezes
até partir, travamento brusco do motor como se a ignição tivesse ficado excessivamente
adiantada e/ou motor de partida girando muito devagar como se a ignição estivesse muito
avançada.
Dispositivo que apresenta variações grandes e súbitas de corrente, sendo um potencial gerador
de ruído pela linha de alimentação. Dependendo da relação de diâmetros entre as polias
envolvidas, o alternador/dínamo pode atuar somente acima de certa rotação, de forma que
problemas causados por ele podem não se manifestar em marcha-lenta.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Maus contatos podem ser devidos a oxidação de fios unidos que não foram soldados, soldas de
má qualidade, oxidação e/ou afrouxamento de terminal fêmea com terminal macho, oxidação
ou afrouxamento de união de fio com terminal, fio partido internamente à capa e/ou capa
isolante danificada que, eventualmente, encosta-se em outro fio ou parte aterrada.
A perda do contato não raro é intermitente, causando problema de funcionamento igualmente
variável, sendo de localização trabalhosa.
A piora da continuidade, ou até mesmo sua interrupção temporária, pode acontecer devido à
circulação de corrente alta em uma união de má qualidade, fazendo com que o problema se
manifeste somente depois de algum tempo com o motor em funcionamento e/ou que dependa
de uma condição de maior consumo de energia, por exemplo, quando a rotação do motor é
mais alta.
Verificando a fiação do motor
A maneira mais eficaz e confiável de verificar a qualidade da fiação do motor é:
1) Com o motor desligado, inspecione a capa isolante de cada fio por todo o seu comprimento,
para descobrir partes desencapadas, por abrasão, corte ou calor. Verifique principalmente os
trechos que encostam-se ou ficam próximo de partes quentes, bordas metálicas e/ou partes
móveis. Verifique a segurança de material de isolação de emendas como fita isolante adesiva,
fita isolante de auto-fusão, espaguete termo-retrátil etc.
2) Com o motor desligado, aplique as pontas de prova de um ohmímetro em sua escala mais
baixa (tipicamente, 0-200 Ohm) em dois pontos bem separados de um fio que possuam alguma
emenda (inclusive do fio com um terminal) e estire e balance o fio, principalmente nas emendas
e próximo a ela. Faça o mesmo com todas as uniões de fio com fio, fio com terminal, terminal
fêmea com terminal macho, conectores em geral e tudo o que representar heterogeneidade no
caminjo elétrico. Este estiramento deve ser vigoroso, sem ser excessivo a ponto de romper o fio
ou comprometer a segurança da união.
Uma união com boa condutividade e suficientemente resistente, não apresentará variação na
leitura quando o fio sofrer o stress mecânico proposital.. Esta leitura dever ser constante e
menor do que 0,5 Ohm. Se durante o balaço/estiramento do fio a resistência aumentar bastante
ou até mesmo tornar-sem infinita, existe problema na emenda e/ou no fio e deve ser
devidamente reparado. Toda emenda dever soldada e isolada com material de boa qualidade!
81
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
SINTOMAS PROBLEMÁTICOS
Motor não liga nunca, por mais que se tente nova partida ou insista-se com o
motor de arranque, sem que ocorra estouro pela descarga ou admissão:
Verifique se o *DIS* está recebendo tensão correta durante o processo de partida, enquanto o
motor de arranque gira (Conferindo algumas medidas relativas ao *DIS*). Necessário que as
pontas de prova do voltímetro sejam colocadas exatamente nos pontos onde os fios vermelho
e preto, ambos do chicote de potência, estão ligados. A medição em outro
ponto, mesmo que fisicamente próximo, poderá mascarar um problema de mau contato.
Verifique se os cabos de vela são realmente supressivos e com pelo menos 1000 Ohms cada.
Verifique se o avanço inicial da ignição está correto. Em motores com ignição eletrônica, isso
poderá significar ter que retornar o sistema de ignição original e medir com lâmpada de ponto.
Em motores com platinado, a conferência pode ser feita mesmo com o *DIS*.
O *DIS* somente aciona as bobinas de ignição quando recebe pulsos elétricos válidos no fio de
entrada do sinal de rotação (fio amarelo avulso). Este sinal segue uma cadeia mais ou menos
longa desde a sua origem. Assim, deve-se testar ou checar durante a partida se:
• No fio amarelo chegam pulsos;
• O módulo da ignição eletrônica está mandando pulsos;
• O módulo de ignição está recebendo pulsos da bobina impulsora ou sensor Hall;
• O platinado está apresentando pulsos em seu terminal de saída.
Após 12 ou mais várias voltas do virabrequim, motor ora liga, ora não. Quando
não, também ocorre estouro na descarga
Isso sugere alguma dificuldade na geração do sinal pelo sensor da polia. Verifique se:
• Se o cabo blindado do sensor da polia está ligado à mesma. Se estiver conectado,
experimente trocar os terminais de posição.
• Se algum terminal do cabo blindado do sensor da polia recuou-se em relação à capa
plástica, provocando contato intermitente dele com o terminal da bobina de pulso.
• O imã ainda está presente na polia
• O imã está fixado de forma a ficar ligeiramente saliente em relação à face da polia.
• O imã está no ângulo de 22,5 à 30 graus.
• A distância entre o imã e o núcleo do sensor quando eles ficam mais próximos. Esta
distãncia deve considerar a camada de cola sobre o imã, caso isso tenha sido feito.
• Toda a face exposta do imã passa pelo núcleo do sensor, seja pela sua extremidade frontal
ou lateral
• O imã está enfraquecido, possivelmente por ter sido submetido a calor além do suportável;
• Os cabos de velas são resistivos. Verifique se suas resistências são de milhares de Ohm
Se todos os itens anteriores estiverem corretos, meça a resistência da bobina de pulso e entre
os terminais do cabo blindado do sensor da polia e confira com o valor especificado na seção
Conferindo algumas medidas relativas ao *DIS*
Por fim, realize o procedimento de teste da entrada do sinal da bobina de pulso em Verificando
o funcionamento do sistema.
82
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Este fenômeno geralmente está associado à captação de ruído gerado por algum equipamento
de alta potência como motor de arranque, alternador ou dínamo. Verifique se a bobina de pulso
foi montada próxima a eles ou algum dos fios que se ligam a estes aparelhos com distância
menor do que 10cm.
O motor de arranque pode estar gerando muito ruído quando acionado, resultando na
ocorrência de um sinal falso na bobina de pulso, levando o *DIS* a acionar erroneamente as
bobinas de ignição. Isso pode ser devido à escovas gastas, frouxas, com oxidação ou também
por problema no solenóide do motor de arranque.
Ocorre estouro pelo escapamento e/ou retorno pela admissão após a primeira
volta do virabrequim e enquanto o motor de arranque estiver sendo acionado,
sem que o motor nunca parta.
Provavelmente o imã foi fixado após o PMS de outro cilindro que não o 1 ou seu cilindro gêmeo.
O motor jamais partirá. Esta probabilidade de posicionamento errado do imã aumenta caso os
sintomas se repetirem a cada tentativa de partir e o motor nunca partir.
Outra possibilidade é os cabos de velas estarem ligados às bobinas erradas. Veja a seção 3.1)
Definição da bobina conectada a cada par de cilindros
Motor de arranque com problema nas escovas e/ou contatos elétricos pode provocar ruído de
intensidade tão grande a ponto de gerar falso pulso vindo da bobina ou distribuidor.
Alternador pode estar produzindo ruído na linha de alimentação.
Ocorrência de batida de pino que antes não era percebida com o sistema de
ignição original
Diversas causas podem resultar na batida de pino, inclusive aquelas relacionadas a problemas
mecânicos. Supõe-se aqui que o motor esteja em boas condições e que a batida de pino
certamente não ocorria com o sistema de ignição original. Existe uma diferença entre este
fenômeno ocorrer e não ser notado por um leigo e ele realmente não acontecer. Assume-se a
segunda hipótese.
Deve ser lembrado que alguns fatores podem contribuir para a ocorrência ou intensificação da
batida de pino como mistura muito pobre, temperatura alta do ar admitido e combustível fora de
especificação.
Como o *DIS* fornece uma centelha potente, isso pode representar um ganho na rapidez da
queima em relação ao sistema de ignição original. Supondo que o recurso de avanço do *DIS*
não esteja sendo utilizado, caso o ajuste do avanço inicial estiver perto do limiar de ocorrência
de batida de pino no sistema original, poderá acontecer esse fenômeno com o *DIS*. A solução
será atrasar o que for necessário para a batida de pino cessar-se. Caso a batida de pino ocorra
com o remapeamento do *DIS* em uso, recomenda-se reduzir este avanço o quanto for
necessário.
83
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Há uma forte possibilidade de o avanço dado pelo distribuidor estar insuficiente, isto é, a ignição
está atrasada. Adiante a ignição no distribuidor e experimente partir o motor. Caso o estouro
tenha se cessado e/ou a partida tornou-se mais rápida, provável que seja necessário adiantar
um pouco mais a ignição no distribuidor. Posteriormente, o acerto com lâmpada de ponto será
necessário.
Bateria pode estar com carga baixa.
Mau contato na linha de alimentação em um ou mais pontos desde a bateria até o *DIS*.
Motor de arranque pode estar gerando ruído (interferência).
Alternador pode estar produzindo ruído na linha de alimentação.
Motor liga mas pára misteriosamente, seja em marcha-lenta, seja com rotação
mais alta, ou quando se acelera bruscamente
Caso todos os itens acima estejam corretos, experimente os seguintes procedimentos, isolada
ou combinadamente, que resolverão o problema caso tenha como causa a EMI:
- instale velas resistivas, mantendo os cabos supressivos;
- embrulhe a caixa do *DIS* com papel de alumínio ou coloque-o dentro de uma caixa metálica
que se possa fechá-la. Esta caixa/alumínio deverá ser aterrado por meio de um fio extra
diretamente no pólo negativo da bateria.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Se todos os fios que estiverem desconectados do fio preto do multicabo apresentam uma
tensão mais ou menos igual e que não deverá passar de 6 V. O procedimento é o seguinte:
coloque a ponta de prova preta do multímetro (voltímetro) com alta impedância de entrada
(Ohms/Volt) no fio preto do multicabo ou no local onde o fio preto avulso (retorno) do *DIS* está
ligado (que deve ser no borne negativo da bateria). Coloque a ponta de prova vermelha em
cada um dos fios do multicabo, exceto o preto (vermelho, amarelo, verde, azul, cinza e branco).
O fio medido precisa estar desconectado de qualquer outro. Não encoste nenhuma parte do
corpo na ponta de prova vermelha durante a medição, senão será mostrada uma tensão
errada, geralmente maior, não raro superior a 9 Volts. A tensão em cada fio não pode
ultrapassar 6 V, caso contrário, o circuito do *DIS* estará defeituoso. O uso de um voltímetro
com baixa impedância de entrada poderá fazê-lo indicar uma mais baixa do que a real.
Caso estas indicações não sejam suficientes ou deseje inteirar-se das mesmas com mais
detalhe, consulte a seção Leitura complementar: detalhamento das causas prováveis que levam
à perda de sinal de rotação
A captação de ruído gerado por fontes de alta-tensão pode provocar problemas desde a partida
ou até muitos minutos depois de o motor estar funcionando.
Certifique-se de que cabo de bobina e cabos de vela sejam do tipo supressivo (resistivo) e se
não existem defeitos na capa isolante que possam estar causando centelhamento espúrio
(‘fuga de corrente’).
Verifique se a caixa do *DIS* foi montada sobre uma superfície metálica aterrada.
Eventualmente, painéis metálicos do motor poderão não estar aterrados por conta de oxidação,
pintura, aplicação de materiais anti-ferrugem etc. Caso não esteja aterrado, providencie a
correção. No caso de chassi com placas não metálicas, recorte uma placa de metal do
tamanho da caixa do *DIS*, coloque-a entre a caixa e o ponto de fixação e aterre-a.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Causas prováveis:
• Os cabos de velas são resistivos? Verifique se suas resistências são iguais ou superiores a
1000 Ohms sem, entretanto, ser infinita.
• Conector mal encaixado em pelo menos uma das bobinas de ignição;
• Cabo de vela mal conectado á bobina de ignição e/ou vela. Necessário que os cabos sejam
encaixados que as partes metálicas façam contato. Não raro ocorre de a coifa ou
“chupeta” de um cabo de vela estar deslocada mais para a ponta do cabo, funcionando
como um batente e impedindo que se estabeleça contato elétrico.
• Velas muito sujas e/ou com porcelana quebrada;
• Baixa tensão na alimentação do *DIS*. Meça a tensão exatamente nos pontos onde se
ligam o fio vermelho e fio preto, ambos do chicote de potência..
• Alternador pode estar produzindo ruído na linha de alimentação.
• Bobina de ignição danificada. Uma bobina pode estragar-se de modo a fornecer uma
centelha fraca. Compare a qualidade da centelha entre as bobina, seguindo o método
sugerido em Verificando o funcionamento do sistema
• Bobinas de ignição ligadas aos cilindros errados. Reveja a forma de ligar as bobinas aos
devidos cilindros em 3.1) Definição da bobina conectada a cada par de cilindros
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Partes do *DIS* podem ter seu funcionamento conferido até mesmo sem instrumental especial,
valendo da percepção de comportamentos interpretados isoladamente ou em conjunto.
Improvise um centelhador em uma das bobinas de ignição. Um modo prático de fazer isto é
cortar dois pedaços de fios de cerca de 5cm de um fio que não seja muito fino, dobrar uma de
suas extremidades, como que fazendo uma alça para que esta entre sob alguma pressão, e
introduzir cada pedaço (a extremidade dobrada) em cada uma das saídas de alta tensão da
bobina. As outras extremidades dos pedaços de fio deverão ficar próximos cerca de 1 cm. NÃO
permita que outros fios, principalmente do *DIS*, se aproximem mais do que 15cm dos
centelhadores e, em hipótese alguma, sob qualquer pretexto, que a centelha salte sobre
qualquer outro fio, principalmente algum do *DIS*.
Somente a bobina com o centelhador deverá permanecer ligada ao *DIS*. Não há necessidade
de os cabos de velas das outras bobinas serem retirados.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
A etapa seguinte poderá depender de uma outra pessoa. Enquanto alguém aciona o motor de
arranque, outro observa a ocorrência de faísca no centelhador e a rotação da polia do
virabrequim. Os resultados possíveis deste teste são:
O teste acima não é influenciado pela posição angular do imã na polia, de modo que o teste
pode ser bem ou mal sucedido mesmo que o imã tenha sido colocado no ângulo certo ou não.
Teste 1:
Adiante um pouco o distribuidor e tente nova partida.
Caso a partida tenha sido bem sucedida, é possível que o imã tenha sido colocado em ângulo
inferior à medida especificada. Confira.
Ao fim do teste, retorne o distribuidor à posição original.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Teste 2:
Atrase um pouco o distribuidor e tente nova partida.
Caso a partida tenha sido bem sucedida, é possível que o imã tenha sido colocado em ângulo
superior à medida especificada. Confira.
Ao fim do teste, retorne o distribuidor à posição original.
Teste 3:
Caso os testes anteriores não tenham resultado na partida bem sucedida do motor, desligue os
terminais do cabo blindado do sensor da polia e tente nova partida. Caso o comportamento do
motor tenha mudado, provavelmente o imã está sendo percebido pelo sensor e a causa do
problema é outra.
Se nenhuma mudança ocorreu, provável que o sensor não esteja percebendo o imã.
A mera ocorrência de faísca não deve ser interpretada como condição suficiente para o motor
partir, pois existe a necessidade de haver sincronismo entre a seqüência de ignição do *DIS* e
do motor, garantido pelo fornecimento dos outros sinais.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
O *DIS* possui recurso que permite verificar a correção de seu funcionamento e de outros
componentes associados, sendo útil nos casos abaixo, não limitados aos mesmos:
- Verificação de bom funcionamento do equipamento;
- teste de bobina de ignição;
- teste de adequação do fusível;
- conferência da correção do anilhamento dos conectores das bobinas de ignição.
Os testes a seguir fazem com que uma ou mais bobinas centelhem. Recomenda-se que cada
teste seja feito apenas por alguns segundos, o suficiente para constatar o bom funcionamento
ou não.
Os procedimentos a seguir fazem intensa referência a fios avulsos, fios do cabo blindado e fios
do multicabo. É fundamental que o operador esteja familiarizado com esta terminologia. Basta
que um dos fios necessários não seja ligado ao lugar devido, ou que um fio que deveria
permanecer desligado seja ligado indevidamente a alguma coisa, para que o auto-teste não
funcione. Isto é proposital, para que todas as entradas e saídas do *DIS* sejam testadas.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Teste da bobina 0
Ligue os fios verde e cinza do multicabo ao fio preto do multicabo.
Mantenha os outros fios do multicabo desconectados.
Ligue o motor sem acionar o motor de arranque.
A bobina 0 (zero) centelhará continuamente.
Caso o fio azul e/ou branco seja ligado ao fio preto do multicabo, se o fio amarelo a bobina for
desconectado do fio vermelho do cabo blindado do sensor da polia e/ou se o fio cinza avulso
deixar de receber +12V, a bobina terá que parar de centelhar. Caso contrário, poderá haver
problema no circuito associado de um dos fios do *DIS*.
Teste da bobina 1
Ligue os fios azul e branco do multicabo ao fio preto do multicabo.
Mantenha os outros fios do multicabo desconectados.
Ligue o motor sem acionar o motor de arranque.
A bobina 1 (um) centelhará continuamente.
Caso o fio verde e/ou cinza seja ligado ao fio preto do multicabo, se o fio amarelo a bobina for
desconectado do fio vermelho do cabo blindado do sensor da polia e/ou se o fio cinza avulso
deixar de receber +12V, a bobina terá que parar de centelhar. Caso contrário, poderá haver
problema no circuito associado de um dos fios do *DIS*.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Se a bobina esperada para centelhar não produzir faíscas, tome outra bobina seguramente
operacional e substitua a bobina suspeita. Se a nova bobina centelhar, conclui-se que a anterior
está defeituosa. Se a nova bobina também não centelhar, conecte-a em outra tomada de
bobina do *DIS* e selecione o fio do multicabo associado para o seu teste. Se a nova bobina
centelhar, conclui-se que a outra saída do *DIS* está danificada. Se a nova bobina também não
centelhar nesta outra saída, verifique se todos os fios relacionados ao teste estão corretamente
ligados, se o fusível está bom, se chega alimentação para o *DIS* e se o fio preto do chicote de
potência está realmente conectado ao negativo da bateria. Se todas as ligações estiverem
corretas, resta a hipótese de o *DIS* estar danificado.
Se o imã perder-se, a bobina de pulso danificar-se e/ou o cabo blindado do sensor da polia
romper-se ou a bobina de pulso tiver sua posição modificada em relação à polia, ocorrerá
dificuldade, mas não impossibilidade, na partida do motor, pois quando o *DIS* não recebe o
sinal da bobina de pulso, ele usa uma estratégia alternativa.
Nesta condição em que não haverá sinal que deveria ser gerado pela bobina de pulso, quando
se aciona o motor de arranque a partir da imobilidade, o *DIS* tentará colocar o motor em
funcionamento, mas ocorrerá apenas um de dois resultados:
1) sucesso da partida após a décima-segunda volta do virabrequim, podendo
eventualmente acontecer um estouro na descarga e/ou retorno pela admissão devido à
queima do combustível cru pela centelha perdida.
2) Insucesso, geralmente acontecendo estouro na descarga e/ou retorno pela admissão.
Insistir em manter o motor de arranque em funcionamento por mais tempo não fará o
motor funcionar e, além disso, poderão acontecer (novos) estouros pelo cano de
descarga e/ou pelo circuito de admissão
Assim, a cada tentativa frustrada, deve-se desligar o motor pelo menos por 1 (um) segundo
para realizar uma nova. Em motor de 4 cilindros, cada tentativa tem 50% de chance de ser bem
sucedida. Em motor de 6 cilindros, 33%.
Tentar partir novamente o motor em um intervalo de tempo menor, poderá resultar em:
1) o motor partirá rapidamente;
2) o motor não partirá, por mais que se mantenha o motor de arranque girando, o que não é
recomendável. Nesta situação, poderá acontecer estouro pelo cano de descarga e/ou retorno
pela admissão.
92
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Medidas com o *DIS* em relação ao GND, salvo menção diferente, desenergizado e conectado
o motor:
• Resistência no fio vermelho do cabo blindado do sensor da polia: 10.000 Ohm
• Resistência no fio cinza avulso: de 11.000 a 20.000 Ohm;
• Resistência no fio preto do multicabo: zero Ohm
• Resistência entre o fio vermelho da alimentação e cada um dos fios vermelhos dos chicotes
das bobinas de ignição: zero Ohm nominal
• Bobina de pulso: 750 Ohms, mais ou menos 30 % - bobina desconectada do sistema e
resistência medida entre seus terminais;
• Resistência da bobina de ignição: primário: 0,5 a 0,9 Ohm; secundário: 7.500 Ohm, mais ou
menos 10% - bobina desconectada do sistema;
Note que uma bobina de ignição que apresente tais valores de resistência não necessariamente
está perfeita, pois pode estar permitindo centelhamento interno, impedindo a ocorrência de
faísca nas velas.
Medidas em relação ao GND, com o *DIS* energizado, motor parado e sem realizar auto-teste:
• Fios vermelhos de cada chicote da bobina de ignição: +12V nominais
• Fios azuis de cada chicote da bobina de ignição:
- +12V nominais se conector estiver encaixado na bobina de ignição;
- 0V se conector estiver desencaixado na bobina de ignição;
• Fio amarelo avulso: +12V nominais quando desligado da saída do módulo de ignição ou
platinado;
• Fios do multicabo, exceto o preto: +4,5V
• Fio verde avulso: 0V
• Fio marrom avulso: +4,5V
93
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
LEITURAS COMPLEMENTARES
Quando o motor pára de funcionar subitamente, sem causa aparente, existem quatro tipos de
causas mais prováveis, apresentados abaixo em ordem inversa de probabilidade.
Não se deve assumir que exista continuidade entre duas partes somente porque existe um fio
ligando uma ou outra! Somente aceite uma ligação como realmente existente se for encontrada
uma resistência de até 0,5 Ohm entre uma parte e outra, colocando uma ponta de prova do
ohmímetro em cada. Colocar as pontas de prova nas extremidades dos fios não é o mesmo
que pô-las em cada parte que se liga à cada extremidade do fio, pois pode existir mau contato
entre o fio e a parte metálica!
Enquanto realiza a medição, balance e estique o fio, conectores, terminais e emendas. Se a
ligação estiver verdadeiramente confiável, a indicação do ohmímetro não variará!
O sinal de rotação oriundo do distribuidor até chegar ao fio amarelo do *DIS* percorre um
caminho que pode apresentar situações de risco à integridade do sinal, que pode se perder
momentaneamente, seja pela interrupção do caminho elétrico, seja por anulamento do sinal por
aterramento do fio. Verifique se existem:
• emendas não soldadas e, eventualmente oxidadas;
• fios partidos internamente (a capa plástica aparenta íntegra porém o condutor metálico
encontra-se rompido);
• fios cuja capa plástica esteja lascada, queimada, derretida, rachada, arregaçada ou
qualquer alteração que exponha o condutor metálico e que possa estar encostando em
alguma parte metálica no cofre do motor ou chassi, principalmente na travessia de chapas
metálicas, ou quando próximo de partes móveis, peças quentes, bordas afiadas ou com
cantos vivos.
• conectores com capa danificada ou ausente e que possa estar permitindo seus terminais
encostarem entre si e/ou em partes metálicas no cofre do motor;
• terminais de conectores com folga, oxidação, zinabre e outros resíduos. Não raro, terminais
de latão, por excesso de movimentação ou corrosão, perdem o efeito mola e,
94
DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Nos motores com platinado, principalmente se tiver sido aproveitado da época em que o *DIS*
não estava instalado, pode possuir camada de fuligem (“contatos queimados”), erosão
(“contatos picados”) , mola fraca, oxidação na superfície dos contatos e/ou na parte que se
apóia na mesa do distribuidor, mau contato da mesa com o corpo do distribuidor, mau contato
do corpo do distribuidor com o bloco do motor e/ou mau contato do bloco do motor com o ponto
de aterramento.
Nos distribuidores com ‘bobina impulsora’, pode existir pelo menos um ponto com fio partido
que ocasionalmente interrompe o circuito elétrico. Problema deste tipo pode não ser percebido
quando se usa o sistema de ignição original, pois a perda de até mesmo alguns pulsos não
seria percebida. Por exemplo, em um motor de quatro cilindros à 900 RPM ao perder um pulso,
representaria um lapso de 33ms. Quanto maior a rotação, menor o lapso e, conseqüentemente,
menor probabilidade de a falha ser notada. Somente quando muitos pulsos faltam no sistema
original é que o piloto virá a perceber falta de força ou redução da rotação momentânea.
Distribuidores com sensor Hall podem apresentar problema no sensor propriamente dito. Sendo
de estado sólido (semicondutor), defeitos intermitentes vinculados à temperatura podem
ocorrer.
Com exceção dos distribuidores com platinado, os dos outros dois tipos utilizam algum módulo
eletrônico que recebe o sinal do sensor no distribuidor e, originalmente, comanda a bobina de
ignição. Embora raro, tal módulo eletrônico pode apresentar problema intermitente que pode
causar falhas não detectáveis pelo usuário quando usado no sistema original de ignição.
Somente com uso de osciloscópio poderia ser detectada a falha intermitente nas partes acima.
Outra forma, mais simples, é testar com outro componente sabidamente perfeito.
Quanto mais fraca a mola do platinado, mais baixa será a rotação onde iniciar-se-á o
fenômeno. Quanto maior a abertura aplicada no ajuste do platinado, MENOR será o ângulo de
permanência e o valor de Dwell.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
- com bobina impulsora: tipicamente, o valor de Dwell é bastante grande na marcha lenta e vai
reduzindo-se conforme a rotação aumenta. Não há como modificar o valor do ângulo de
permanência ou de Dwell.
- com sensor Hall: a medida de Dwell permanece constante independentemente da rotação.
Não há como modificar o valor do ângulo de permanência ou de Dwell.
Nos motores com ECU com módulo de ignição próprio (nestes, o distribuidor não tem avanço
centrífugo nem a vácuo), o valor de Dwell pode ser variável ou ser do tipo que diminui conforme
a rotação se eleva. Não há como modificar o valor do ângulo de permanência ou de Dwell.
O maior valor de Dwell é calculável conforme as fórmulas abaixo, que utilizam o valor de Dwell,
não o ângulo de permanência. Dwell é uma relação entre o ângulo em que o sinal fica no nível
ativo e o ângulo no nível inativo. Para converter ângulo de permanência em Dwell faça:
Para calcular o maior valor de Dwell permissível no uso com *DIS*, é necessário saber a
rotação máxima do motor.
Por exemplo:
Suponhamos um motor de 4 cilindros com rotação máxima de 6500 RPM.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Se o distribuidor for do tipo com platinado, procure ajustar o valor de Dwell em 50%. Pequenas
variações não são significativas se o valor não extrapolar a faixa entre o mínimo e o máximo
seguros.
Falha na alimentação
Quando a alimentação do *DIS* sofre variações grandes, mesmo por período muito curto, ele
pode ter seu funcionamento perturbado. Para este tipo de ocorrência, encontram-se pelo
menos uma das causas abaixo:
• Mau contato na chave que liga o motor;
• Mau contato em alguma chave geral, ‘segredo’ ou fusível geral;
• Mau contato entre o fusível e o porta-fusível usado para o *DIS*;
• Fiação de onde o *DIS* retira a alimentação tem problema de contato em algum outro
ponto. Apesar de o fio vermelho do *DIS* (+12V) ser soldado em algum fio ou terminal,
entre a bateria/alternador e este ponto pode haver pelo menos uma falha elétrica.
Em todas as situações acima, mau contato pode acontecer por folga entre terminais, oxidação
ou zinabre;
Em um motor de ciclo Otto, existe uma grande fonte de ruído que é o circuito secundário de
ignição: bobina e cabos de vela (notadamente os não-supressivos) que podem fazer
acoplamento capacitivo e/ou indutivo com outros fios.
Existem outras fontes de ruído de baixa tensão e alta corrente como alternador ou dínamo, por
exemplo.
Todos os fios relacionados com o *DIS* devem ser mantidos afastados destas fontes de ruído
pelo menos 10 cm.
Carcaças com partes não metálicas (fibra de vidro ou plástico) e partes metálicas eletricamente
isoladas do terra (negativo da bateria) podem funcionar como acumulador de cargas elétricas
(materiais isolante: carga estáticas; material condutor: capacitor) que podem produzir campos
elétricos importantes que virão a descarregar-se aleatoriamente em pontos igualmente
aleatórios. Dependendo da quantidade de carga, diferença de potencial e o circuito elétrico
onde esta energia acumulada é descarregada, pode ocasionar reset do *DIS* ou interpretação
de um falso sinal de rotação.
Apesar de o *DIS* contar com diversas proteções em seu hardware e software, existe limites
para absorção ou rejeição destes ruídos externos.
Por esta razão, a recomendação de passar os fios do *DIS* por um mesmo caminho e a
certificação de que as partes metálicas do chassi e parte interligadas estejam todas aterradas é
importante. Oxidação, tinta, material anti-ferrugem, lençol de borracha e outros que venham a
interpor-se entre partes metálicas do chassi pode isolar eletricamente uma chapa. Em situações
críticas, pode ser necessário o acondicionamento da caixa do *DIS* em um cofre metálico
aterrado.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
O efeito dos ruídos gerados em um motor sobre o *DIS* e outros equipamentos eletrônicos
computadorizados é resultado de uma combinação de fatores. Por isso, seguindo-se as
recomendações da instalação elétrica, a probabilidade de perturbação do funcionamento do
*DIS* por causa de ruído fica bastante reduzida ou anulada.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Conforme citado acima, o *DIS* para motores com distribuidor necessita do sinal fornecido pelo
distribuidor que, dependendo do tipo, estará ou não associado a um módulo de ignição
eletrônica já existente no motor ou ECU e forçosamente passará por um caminho com alguns
pontos de união.
Este tipo de distribuidor costuma ter uma tomada de 3 terminais presa ao corpo, necessitando
também de um módulo eletrônico para realizar o acionamento da bobina. Este módulo precisa
ter suas ligações em boas condições para não interferir na qualidade e confiabilidade do sinal
fornecido ao *DIS*. Caso o terminal negativo deste módulo não esteja ligado ao terminal
negativo da bateria, será essa uma conveniente ligação a ser realizada em prol da segurança
do sinal de rotação. O uso do chassi como ponto de ligação do negativo do módulo de ignição
pode não ser confiável em função de oxidação, pintura ou corrosão entre chapas ou entre
chapa e parafusos de aterramento. Verifique a conveniência de não passar uma fiação especial
desde o módulo de ignição até o negativo da bateria.
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DIS FASE 3 - MANUAL DE INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO
Automação veicular
Telefones VOIP: após a ligação ser atendida, aguarde a mensagem e o sinal e digite o ramal:
Belo Horizonte (031) 4063-6645 ramal 6990101
Curitiba (041) 3906-0802 ramal 211
Brasília (061) 4063-6644 ramal 6990101
Porto Alegre (051) 3251-3224 ramal 659
Salvador 1 (071) 3717-5616 ramal 112
Salvador 2 (071) 4062-8785 ramal 6990101
São Paulo 1 (011) 3711-5732 ramal 288
São Paulo 2 (011) 4063-8744 ramal 6990101
MSN motor_spice@hotmail.com
Skype motor_spice
Telefones: (0xx21)2611-4209
(0xx21)2610-5070
(0xx21)9136-4003
Fax: (0xx21)2611-4209
E-mail: contato@motorspice.com.br
Site: www.motorspice.com.br
MSN: motor_spice@hotmail.com
Skype: motor_spice
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