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TRABALHO 1
SÃO CARLOS
OUTUBRO/2014
Sumário
1 Introdução 8
3 Oscilações Eletromecânicas 16
duas áreas 24
1
4.15 Inclusão do PSS no Gerador G2 e do PSS no Gerador G4 na Simulação Não
Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.16 Novo Ponto de Operação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.16.1 Inclusão dos PSSs já Projetados na Nova Condição de Carga . . . . 43
5 Conclusão 48
6 Referências 50
2
Lista de Figuras
1 Sistema Máquina versus Barramento Innito . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2 Modelo Heron Phillips com PSS Clássico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3 Estrutura Básica de um PSS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4 Sistema de Suas Áreas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5 Modelo Multimáquinas do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
6 Mapa de Polos e Zeros dos Sistema em Malha Aberta . . . . . . . . . . . . . 31
7 Velocidade Angular para o Gerador G2 sem PSS . . . . . . . . . . . . . . . 33
8 Ângulos dos Geradores sem PSS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
9 Velocidade Angular dos Geradores sem PSS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
10 Tensões Transitórias sem PSS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
11 Tensões de Campo sem PSS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
12 Mapa de Polos e Zeros do Sistema em Malha Fechada . . . . . . . . . . . . 36
13 Ângulos dos geradores com PSS no Gerador G2 . . . . . . . . . . . . . . . . 37
14 Velocidades Angulares com PSS no Gerador G2 . . . . . . . . . . . . . . . . 37
15 Tensões Transitórias com PSS no Gerador G2 . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
16 Tensões de Campo com PSS no Gerador G2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
17 Ângulos dos geradores com PSS no Gerador G2 e KP SS = 16 . . . . . . . . 39
18 Velocidades Angulares com PSS no Gerador G2 e KP SS = 16 . . . . . . . . 39
19 Tensões Transitórias com PSS no Gerador G2 e KP SS = 16 . . . . . . . . . 40
20 Tensões de Campo com PSS no Gerador G2 e KP SS = 16 . . . . . . . . . . 40
21 Mapa de Polos e Zeros com PSS no Gerador G4 . . . . . . . . . . . . . . . . 42
22 Ângulos dos geradores com PSS nos Geradores G2 e G4 . . . . . . . . . . . 43
23 Velocidades Angulares com PSS nos Geradores G2 e G4 . . . . . . . . . . . 43
24 Tensões Transitórias com PSS nos Geradores G2 e G4 . . . . . . . . . . . . 44
25 Tensões de Campo com PSS nos Geradores G2 e G4 . . . . . . . . . . . . . 44
26 Ângulos dos Geradores para Nova Condição de Carga . . . . . . . . . . . . . 45
27 Velocidade Angular dos Geradores para Nova Condição de Carga . . . . . . 46
28 Tensões Transitórias para Nova Condição de Carga . . . . . . . . . . . . . . 46
29 Tensões de Campo para Nova Condição de Carga . . . . . . . . . . . . . . . 47
3
Lista de Tabelas
1 Dados dos Geradores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2 Dados de Linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3 Resultados do Fluxo de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4 Fatores de Participação em Porcentagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5 Fatores de Participação em Porcentagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
6 Resultados do Fluxo de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
4
1 Introdução
A estabilidade de um sistema elétrico de potência refere-se à capacidade do mesmo em
voltar para a condição de operação inicial quanto submetido a perturbações. Dependendo
do grau de perturbação, os estudos de estabilidade apresentam abordagens matemáticas
distintas. Em estudos de estabilidade a pequenas perturbações utiliza-se comumente mo-
delos lineares a m de se trabalhar com o sistema, pois considera-se que o sistema não
se afasta signicativamente do seu ponto de operação original após a ocorrência de uma
pequena perturbação. Já para estudos de estabilidade a grandes perturbações deve-se
considerar as não linearidades do sistema.
Este trabalho visa fazer estudos de estabilidade a pequenas perturbações em um sistema
multimáquinas. Neste caso, a solução do problema de estabilidade pode ser realizada
admitindo-se a linearização das equações não lineares do modelo do sistema de potência
em torno de um ponto de operação inicial.
Os principais estudos de estabilidade a pequenas perturbações referem-se aos modos
de oscilação eletromecânicos presentes nos sistemas de potência e podem ser observados,
por exemplo, no ângulo do rotor dos geradores. Estes modos eletromecânicos quando
mal amortecidos ou não amortecidos podem causar, por exemplo, desgastes mecânicos
nas máquinas, limitações de transferência de potência e até interrupção do suprimento de
energia elétrica.
Há diferents tipos de oscilação eletromecânicas como, por exemplo, os modos locais
que ocorre tipicamente na frequência de oscilação de 0,7 e 2 Hz e os modos inter-área
que ocorrem tipicamente na frequência de oscilação de 0,1 a 0,8 Hz cuja identicação é
importante para se projetar os controladores para amortecer estas oscilações.
5
2 Modelagem de Sistemas Elétricos de Potência
O capítulo apresentará os modelos matemáticos que serão utilizados no trabalho, bem
como suas simplicações e considerações que podem ser encontrados em (Ramos, 2002),
(Kundur, 1994) e (Bretas, 2000).
δ̇i = ω0 · ωi − ω0 (2.1)
1 0 0 0
ω̇i = [Pmi − Eqi · Iqi − (xdi − xqi ) · Idi · Iqi ] (2.2)
2 · Hi
0 1 0 0
Ėqi = 0 [EF Di − Eqi − (xdi − xdi ) · Idi ] (2.3)
τdoi
0 0
Vqi = Eqi + xdi · Idi (2.4)
0
Vdi = −xqi · Iqi (2.5)
xqi são as reatâncias transitórias do referencial (d × q ), Idi e Iqi são as correntes do estator
0
1
ĖF Di = [Kei · (Vref i − |VT i | + VSi ) − EF Di ] (2.6)
Tei
VT i = Vqi + j · Vdi (2.7)
onde |VT i | é o módulo da tensão terminal, Vref i é a tensão de referência para a barra
terminal, VSi é a entrada de controle do regulador e Kei e Tei são o ganho e a constante
de tempo do regulador.
6
2.3 Modelos de Redes de Transmissão e das Cargas
As cargas foram modeladas como impedâncias constantes ligadas ao barramento do
sistema. Isto simplica o modelo uma vez que possibilita a redução da rede, eliminando-se
assim o conjunto de equações algébricas.
Admitindo-se que os transitórios que ocorrem na rede de transmissão são muito mais
rápidos do que as oscilações eletromecânicas do rotor, pode-se desprezar tais transitórios
e, com isso, modelar a rede através de uma equação algébrica matricial do tipo I = Y · V ,
na qual I é o vetor com as correntes injetadas em cada barramento do sistema, Y é uma
matriz admitância modicada, que inclui as admitâncias constantes das cargas e V é um
vetor com as tensões.
Mudando o referencial das grandezas elétricas de (q × d) para o referencial (Real ×
Imaginrio) e considerando xqi = xdi é possível representar o gerador na forma de um
0 0
As variáveis Idi , Iqi , Vdi , Vqi e VT i estão no eixo de referência (q × d) e com a mudança
de referencial tem-se as seguintes relações:
δ̇i = ω0 · ωi − ω0 (2.11)
1 h 0 0
i
ω̇i = Pmi − Eqi · IRi · cos(δi ) − Eqi · IIi · sen(δi ) (2.12)
2 · Hi
0 1 0 0 0
Ėqi = 0 [EF Di − Eqi − (xdi − xdi ) · IRi · sen(δi ) + (xdi − xdi ) · IIi · cos(δi )] (2.13)
τdoi
1
ĖF Di = [Kei · (Vref i − |VT i |) − EF Di ] (2.14)
Tei
e algébricas:
0 0
Vqi = Eqi + xdi · (−IRi · sen(δi ) + IIi · cos(δi )) (2.15)
0
Vdi = −xqi · (IRi · cos(δi ) + IIi · sen(δi )) (2.16)
q
VT i = (Vqi )2 + (Vdi )2 (2.17)
7
2.4 Modelagem de Sistemas Multimáquinas
Em SEPs reais existem várias máquinas de porte aproximadamente semelhantes conec-
tadas nos sistemas de transmissão. Neste caso, não existem máquinas ou subsistemas que
possam ser considerados como barramentos innitos, o que torna o estudo de estabilidade
um pouco mais complexo.
As máquinas do sistema estão interligadas por linhas de transmissão, de forma que a
potência elétrica fornecida pela máquina é uma função complexa que envolve as equações
diferenciais da máquina síncrona, e as equações algébricas da rede e das máquinas. Algumas
suposições devem ser adotadas:
Seja o sistema elétrico de potência constituído por n geradores e pela rede de trans-
missão descrita pela matriz admitância Ybus . Os n geradores estão conectados à rede de
transmissão através de suas reatâncias transitórias os n primeiros nós da rede. Nos pró-
ximos m nós da rede só existem cargas conectadas e a rede Ybus completa tem n + m
nós
" #
Y1 Y2
Ybus = (2.18)
Y3 Y4
Neste caso, Y1 é n × n, Y2 é n × m, Y3 é m × n e Y4 é m × m.
Denotar-se-á Y como sendo a matriz diagonal (n × n), onde os elementos da diagonal
0
8
e Yl como sendo a matriz diagonal (n + m) × (n + m), onde os elementos da diagonal
são as admitâncias constantes das cargas:
Yl1 0 0 0
" #
Ylg 0 0 Yl2 0 0
Yl = = ... .. (2.20)
.
0 Yll 0
0
0 0 ··· Yl(n+m)
onde Ylg tem dimensão n × n e contém as impedâncias das cargas que estão conectadas
às n primeiras barras do sistema de transmissão, as quais possuem também um gerador
conectado. Yll tem dimensão (m × m) e contém as admitâncias das cargas das últimas
m barras onde existem apenas cargas conectadas. Das matrizes (2.18), (2.19), (2.20) é
possível montar a matriz admitância Ỹbus :
Y −Y 0
Ỹbus =
−Y Y + Y1 + Ylg Y2
(2.21)
0 Y3 Y4 + Yll
Pode-se reduzir Ỹbus aos n primeiros nós, obtendo-se a matriz admitância reduzida Yred .
É importante ressaltar que os n nós da matriz Yred são ctícios e internos às máquinas. A
topologia real da rede ca mascarada.
Como as cargas foram inseridas como impedâncias constantes na matriz admitância, a
injeção de corrente em todos as barras é igual a zero, exceto naquelas barras ctícias que
estão conectadas às f.e.m dos gerados. Logo, pode-se particionar Ỹbus da forma:
" #
YA YB
Ỹbus = (2.22)
YC YD
" # " # " #
IG YA YB EG
= · (2.23)
0 YC YD E
Como a injeção é zero nos últimos (n × m) nós, a eliminação destes não altera o vetor
IG , que é o fasor das correntes dos geradores . Da equação (2.23) obtém-se as seguintes
equações matriciais:
IG = YA EG + YB E (2.24)
0 = YC EG + YD E (2.25)
Isolando E :
9
E = −(YD )−1 · YC · EG (2.26)
IG = Yred · EG (2.28)
n
0 0
X
Pei = Eqi · Eqk · (Gik · cos(δk − δi ) − Bik · sen(δk − δi )) (2.33)
k=1
Substituindo então (2.31) e (2.32) nas equações (2.12) e (2.13), obtém-se um novo
conjunto de equações diferenciais correspondente aos geradores no sistema reduzido:
δ˙i = ω0 · ωi − ω0 (2.34)
n
" !#
1 X 0 0
ω̇i = Pmi − Eqi · Eqk · (Gik · cos(δk − δi ) − Bik · sen(δk − δi )) (2.35)
2 · Hi
k=1
n
" !#
0 1 0 0
X 0
Ėqi = 0 EF Di − Eqi + (xdi − xdi ) · Eqk · (Gik · sen(δk − δi ) + Bik · cos(δk − δi ))
τdoi k=1
(2.36)
1
ĖF Di = [Kei · (Vref i − |VT i |) − EF Di ] (2.37)
Tei
onde |VT i | é dado por:
10
n
0 0 0 0
X
|VT i | = [(Eqi )2 + 2 · Eqi · xdi · Eqk · (Gik · sen(δk − δi ) + Bik · cos(δk − δi )) +
k=1
n X
n
0 0 0
X
(xdi )2 · Eqk · Eqm · (Gik · Gim · cos(δk − δm ) + Bik · Bim · cos(δk − δm ) +
k=1 m=1
Tal modelagem podem ser encontrada com mais detalhes em (Ramos, 2002).
A complexidade do equacionamento não linear do sistema é um indício das grandes
diculdades existentes para se realizar o controle do mesmo. As simplicações mais utili-
zadas para este m envolvemk a linearização deste conjunto de equações em torno de um
determinado ponto de operação do sistema.
11
3 Oscilações Eletromecânicas
Oscilações eletromecânicas são caracterizadas como pequenas perturbações em estudos
de estabilidade onde o principal objetivo é calcular as taxas de amortecimento dos modos
de oscilação eletromecânicos.
As técnicas mais comumente aplicadas neste tipo de estudo baseiam-se na linerização
das equações que compõe a modelagem do sistema e no cálculo dos autovalores e autoveto-
res do modelo linearizado, obtendo informações qualitativas a respeito do comportamento
do sistema na vizinhança do ponto de operação em torno do qual foi realizado a lineari-
zação. Tais técnicas admitem que a perturbação em estudo não afasta signicativamente
o sistema do ponto de equilíbrio original e, dessa forma, a resposta será dominada pelos
termos lineares.
ẋ = f (x) (3.1)
f (x) ∼
= A · ∆x (3.4)
12
de x0 . A resposta a uma condição inicial para este sistema pode ser representado por:
n
X
∆x(t) = ci vi eλi t (3.5)
i=1
λi = σi ± j · ωi (3.6)
−σ
ζ=q (3.7)
σi2 + ωi2
O barramento innito é uma máquina com capacidade de geração ilimitada e com inér-
13
cia innita, onde nesse barramento a tensão permanece constante para qualquer condição
do sistema. o conjunto de equações que descrevem o modelo SMIB é denido por:
δ̇i = ω0 · ωi − ω0 (3.8)
0
" #
1 Eqi · V∞
ω̇i = Pmi − 0 · sen(δi − δ∞ ) (3.9)
2 · Hi xdi + xe
" 0
! 0
! #
0 1 0 xdi − xdi xdi − xdi
Ėqi = 0 EF Di − Eqi · 1 + 0 + 0 · V∞ · cos(δi − δ∞ ) (3.10)
τdoi xdi + xe xdi + xe
1
ĖF Di = [Kei · (Vref i − |VT i |) − EF Di ] (3.11)
Tei
onde
1 q
0 0 0 0
|VT i | = 0 · (Eqi )2 · (xe )2 + (V∞ )2 · (xdi )2 + 2 · Eqi · V∞ · xdi · xe · cos(δi − δ∞ )
xdi + xe
(3.12)
O modelo SMIB é não linear em δi e Eqi .
0
ẋ = Ax (3.13)
14
1 0
∆ω̇i = · [Pm − K1 · ∆δi − K2 · ∆Eqi ] (3.16)
2 · Hi
0 1 1 0
∆Ėqi = 0 · ∆EF Di − K4 · ∆δi − · ∆Eqi (3.17)
τdoi K3
1 0
∆ĖF Di = · (Kei · Vref i − Kei · K5 · ∆δi − Kei · K6 · ∆Eqi − ∆EF Di ) (3.18)
Tei
Tais equações podem ser representadas na forma matricial por:
∆δ̇i 0 ω0 0 0 ∆δi
− K1 K2
∆ω̇
i 2·Hi 0 − 2·H i
0 ∆ω
i
= · (3.19)
∆Ė 0 − K0 4 − 1 1 ∆E 0
qi
0 0 0
qi
τdoi K3 ·τdoi τdoi
Kei ·K5 Kei ·K6
∆ĖF Di − Tei 0 − Tei − T1ei ∆EF Di
15
Sendo os autovalores de uma matriz quadrada A de ordem n: λ = [ λ1 · · · λn ].
Denindo os autovetores a direita como:
A · vdi = λi · vdi
vei · A = λi · vei
.
P = {pki } = {veik · veki }
16
Figura 2: Modelo Heron Phillips com PSS Clássico
K2 1
GEP (s) ≈ · 0 (3.26)
K6 τ
1 + s · Kedo
·K6 · (1 + s · Te )
17
• Determinar o atraso de fase de GEP(s) em s = j · ωm que é dado por:
K2 1
φm = ∠GEP (j · ωm ) = ∠ · 0
K6 τdo
1 + (j · ωm ) · Ke ·K6 · (1 + (j · ωm ) · Te )
(3.28)
• Se necessário, dividir a compensação em dois estágios: φm = φ1 + φ2 .
• Projetar compensadores para φ1 e φ2 a partir das equações:
1 − sen(φ)
α= (3.29)
1 + sen(φ)
1
T1 = √ (3.30)
ωm · α
T2 = α · T1 (3.31)
3. O atraso de fase de GEP · GP SS deve ser menor que 45◦ na frequência de oscilação
do modo local;
18
5. A constante de tempo do bloco washout deve ser grande o suciente para não interferir
com a compensação de fase. Valores típicos estão entre 3 e 10 segundos.
K1 K2 0 1
V̇ = −KP SS · · ∆δi − KP SS · · ∆Eqi + ·V (3.32)
2 · H1 2 · Hi Tω
K1 K2 0 1 1 Vs
V̇s = −KP SS · · ∆δi − KP SS · · ∆Eqi + − ·V − (3.33)
2 · Hi · α 2 · Hi · α α · T1 Tω α · T1
Assim, o modelo completo de Heron-Phillips é descrito pela matriz a seguir:
∆δ̇i 0 ω0 0 0 0 0 ∆δi
− 2·HK1 K2
∆ω̇i
i
0 − 2·H i
0 0 0 ∆ωi
0 K4 1 1 0
−τ0 0 − 0 0
∆Ėqi 0
K3 ·τdoi
0
τdoi
∆Eqi
= doi ·
∆ĖF Di − KeiT ·K5 − KeiTei·K6 − T1ei Kei ∆E
ei
0 0 Tei
F Di
∆V̇ − KP SS ·K1 0 SS ·K2
− KP2·H 0 − T1ω 0 ∆V
2·Hi i
∆V˙s KP SS ·K1
− 2·Hi ·α 0 KP SS ·K2
− 2·Hi ·α 0 1
α·T1 − 1
Tω
1
− α·T ∆Vs
1
(3.34)
A partir desse sistema é possível analisar a estabilidade e o amortecimento dos modos de
oscilação (neste caso, apenas o modo local) através dos autovalores da matriz de estados.
19
4 Projeto e Sintonia de um PSS Clássico no Gerador G2 do
sistema de duas áreas
O principal objetivo deste capítulo é descrever os passos necessários para o desenvolvi-
mento do projeto de PSS com base na teoria clássica de controle, que compreende desde
o cálculo do ponto de equilíbrio do sistema, a modelagem e simulação das equações ma-
temáticas que descrevem o sistema, a análise de estabilidade a pequenas perturbações e o
projeto de PSS.
20
6. Simular a resposta do sistema através da resolução das equações não lineares de seu
modelo, utlizando como condições iniciais os valores de regime de Eq diminuidos em
0
valores inalterados).
OBS: Os dados do sistema estão nas págs. 813 e 814 da referência:
Kundur, P. - "Power System Stability and Control", McGraw-Hill, New York, 1994.
Utilizar um AVR simplicado de primeira ordem, conforme visto em aula. Os dados
para este AVR são Ke = 200 e Te = 0, 01s para os quatro geradores.
Os dados referentes aos geradores estão na Tabela 1.
21
Os dados necessários do sistema para o cálculo do uxo de carga estão presentes na
Tabela 2. Para tal cálculo foi adotado a base de potência de 100 MVA e base de tensão de
230 kV. O uxo de carga foi implementado no software ANAREDE e o resultado encontra-
se na Tabela 3. É importante ressaltar que a barra slack do sistema é a barra 3, que possui
as funções de fornecer a referência angular do sistema (0o ).
22
devem ser calculados, exceto a reatância transitória Xd2 que foi dada como sendo igual a
0
j · 0.033pu na base de 100M V A e 230kV . A tensão complexa Eq2 pode ser calculada por:
0
0 0
Êq2 = V̂T 2 + Iˆ1 · j · Xd (4.1)
Para calcular a tensão interna do gerador (Eq2 ), deve-se calcular a corrente da barra
0
E as tensões Eq são
0
0
Eq1 0.86638 + 0.69738i
0
0
E 0.96776 + 0.54491i
Eq = q2 = (4.3)
0
Eq3 1.08652 + 0.23046i
0
Eq4 1.09979 + 0.03453i
Para obter os valores das incógnitas V∞ ,δ∞ e Xe deve-se utilizar o método de redução
de rede como foi visto no capítulo 2. Assim sendo, obtém-se a matriz Yred :
1.30277 − 9.17717i 1.49657 + 6.27107i 0.49261 + 0.51596i 0.76652 + 0.75087i
1.49658 + 6.27107i 2.56547 − 10.78077i 0.76652 + 0.75087i 1.19012 + 1.09021i
Yred =
0.49261 + 0.51596i 0.76652 + 0.75087i 1.81861 − 9.59400i 2.25107 + 5.61847i
0.76652 + 0.75087i 1.19012 + 1.09021i 2.25107 + 5.61847i 3.66687 − 11.79981i
(4.4)
Através da matriz Yred é possível construir o modelo multimáquinas que está ilustrado
na Figura 5.
1
ZT H = (4.5)
Yred (2, 2)
ZT H = 0.02089 + 0.05479i[pu] (4.6)
23
Figura 5: Modelo Multimáquinas do Sistema
Desprezando a resistência que é 2,6 vezes menor que a reatância, tem-se que Xe é igual:
Xe = 0.05479i[pu] (4.7)
V∞ = 0.79269pu (4.10)
δ∞ = −0.10283rad (4.11)
24
1
ĖF D2 = [Ke2 · (Vref 2 − |VT 2 |) − EF D2 ] (4.15)
Te2
onde
1 q
0 0 0 0
|VT 2 | = 0 · (Eq2 )2 · (xe )2 + (V∞ )2 · (xd2 )2 + 2 · Eq2 · V∞ · xd2 · xe · cos(δ2 − δ∞ )
xd2 + xe
(4.16)
K1 = 8.18733 (4.18)
K2 = 5.21452 (4.19)
K3 = 0.34455 (4.20)
K4 = 0.87083 (4.21)
K5 = −0.12528 (4.22)
K6 = 0.61381 (4.23)
0 0.0376991118 0 0
−0.0000069977 0 −0.0000044569 0
A = 104 (4.24)
−0.0000108853 0 −0.0000362793 0.00001250
0.2505521618 0 −1.2276196642 −0.01000000
25
4.8 Cálculo dos Autovalores e Autovetores do Modelo Linearizado e
Análise da Estabilidade
O modelo linearizado apresenta os seguintes autovalores:
λ −80.94784
1
λ 0.09503 + 5.41326i
2
λ= = (4.25)
λ3 0.09503 − 5.41326i
λ4 −19.60502
0 −0.05866 + 0.10279i −0.05866 − 0.10279i −0.00027
0 −0.00149 − 0.00082i −0.00149 + 0.00082i 0.00001
vd = (4.27)
0.00155 −0.00388 + 0.02142i −0.00388 − 0.02142i 0.00649
−1 −0.99273 −0.99273 −0.99998
−0.14515 0.676012 0.72244 0.00474
0.00025 + 0.01437i 0.999893 −0.00261 + 0.00076i 0
ve = (4.29)
0.00025 − 0.01437i 0.999893 −0.00261 − 0.00076i 0
−0.04991 0.959817 0.27615 0.00043
De acordo com os autovalores do sistema, tem-se que este possui um par complexo
conjugado com parte real positiva (λ2 e λ3 ), o que torna o sistema instável. A Figura 6
mostra o mapa de polos e zeros deste sistema. Observa-se que há dois polos localizados no
semi-plano direito do plano complexo, característica de sistemas instáveis.
A frequência destes modos de oscilação (λ2 e λ3 ) pode ser calculado por:
λ=σ+j·ω (4.30)
26
Figura 6: Mapa de Polos e Zeros dos Sistema em Malha Aberta
ω 5.41326
f= = = 0.8615[Hz] (4.31)
2·π 2·π
A resposta completa do sistema é dado por:
4
X
x(t) = ci · vdi · eλi t (4.32)
i=1
0 −0.5866 + 0.10279i
0 −0.00149 − 0.00082i
−80.94784·t (0.09503+5.41326i)·t
x(t) = c1 · ·e + c2 · ·e +
0.00155 −0.00388 + 0.02142i
−1 −0.99273
−0.5866 − 0.10279i −0.00027
−0.00149 + 0.00082i 0.00001
(0.09503−5.41326i)·t −19.60502·t
c3 · ·e + c4 · ·e (4.33)
−0.00388 − 0.02142i 0.00649
−0.99273 −0.99998
onde c1 , c2 , c3 , c4 ∈ R
27
4.9 Fator de Participação
A partir dos autovetores a direita e a esquerda calculados na seção anterior, é possível
calcular os fatores de participação de cada estado em cada autovalor da matriz linearizada
A. Tais informações podem ser observadas na Tabela 4.
comportamento do ângulo (δe ), velocidade (ωe ), tensão transitória (Eq ) e tensão de campo
0
(EF D ).
28
Figura 7: Velocidade Angular para o Gerador G2 sem PSS
A partir dos grácos, observa-se o comportamento oscilatório dos estados com uma
condição inicial de Eq diminuído em 1% para os geradores 1, 2 e 4, considerado como uma
0
29
Figura 9: Velocidade Angular dos Geradores sem PSS
30
Figura 11: Tensões de Campo sem PSS
K2 1
φ = ∠GEP (j · ωm ) = ∠ · 0
(4.35)
K6 τdo
1 + (j · ωm ) · Ke2 ·K6 · (1 + (j · ωm ) · Te2 )
φ = 21.4462107◦ (4.36)
Com este valor de φ apenas é necessário um bloco de avanço de fase. Assim, o cálculo
de α, T1 e T2 ca:
1 − sen(φ) 1 − sen(21.4462107◦ )
α= = = 0.46453rad (4.37)
1 + sen(φ) 1 + sen(21.4462107◦ )
31
1 1
T1 = √ = √ = 0.28566s (4.38)
ωm · α 5.13622 · 0.46453
T2 = α · T1 = 0.46453 · 0.28566 = 0.13270s (4.39)
Para projetar o bloco de estágio washout foi slecionado Tω de forma a não interferir
na compensação de fase. Tipicamente estes valor ca entre 3 e 10 segundos (Kuiava,
2007). Para este projeto foi escolhido Tω = 10s e o ganho KP SS foi ajustado de
modo que o sistema tivesse um amortecimento mínimo de 10%. O valor de KP SS
encontrado para um amortecimento mínimo de 10,2% foi de 12.5. Como pode ser
observado pela Figura 12 o polo de menor amortecimento alcançado com o ajuste de
KP SS apresentou um amortecimento superior a 10%.
32
Figura 13: Ângulos dos geradores com PSS no Gerador G2
e G2, ou seja, o modo local está bem amortecido. No entanto, para o gerador G4 as
oscilações de velocidade não estão bem amortecidas. Assim, o modo inter-área não está
amortecido satisfatoriamente com a inclusão do PSS para o gerador G2.
33
Figura 15: Tensões Transitórias com PSS no Gerador G2
34
Figura 17: Ângulos dos geradores com PSS no Gerador G2 e KP SS = 16
35
Figura 19: Tensões Transitórias com PSS no Gerador G2 e KP SS = 16
turbação. Para evitar esse tipo de problema, será projetado um PSS para o Gerador G4.
36
4.14 Projeto do PSS para o Gerador G4
O procedimento de projeto do PSS para o gerador G4 é o mesmo já utilizado nas
seções anteriores. Serão mostrados apenas os resultados de cada passo do procedimento
do projeto.
O primeiro passo é reduzir o sistema em estudo para a máquina do gerador G4 versus
barramento innito da mesma forma como foi feito para o gerador G2. Em seguida,
linerariza-se o conjunto de equações diferenciais em torno do ponto de equilibrio do uxo
de carga. Para este sistema com o gerador G4 versus barramento innito, os autovalores
do modelo linearizado foram:
λ1 −82.91291
λ 0.09943 + 5.96492i
2
λ= = (4.40)
λ3 0.09943 − 5.96492i
λ4 −17.68105
O par de autovalores λ2 e λ3 com parte real positiva caracteriza o sistema como instável.
A matriz de fatores de participação está descrita na Tabela 5. Como pode ser observado,
os modos eletromecânicos são responsáveis pela dinâmica instável do sistema (λ2 e λ3 ).
3. Compensador de fase:
α = 0.399874162307352rad (4.41)
T1 = 0.276226909751714s (4.42)
T2 = 0.110456004143715s (4.43)
37
5. Ganho KP SS = 14
38
Figura 22: Ângulos dos geradores com PSS nos Geradores G2 e G4
39
Figura 24: Tensões Transitórias com PSS nos Geradores G2 e G4
perturbação no sistema.
As Figuras 26, 27, 28 e 29 fornecem a simulação não linear dos quatro estados para
os quatro geradores do sistema incluindo os dois PSSs. Como pode ser observado pelas
40
Tabela 6: Resultados do Fluxo de Carga
Barra Tipo Tensão Tensão Potência Potência Shunt Potência Potência
Nome de Módulo Ângulo Ativa Ativa de Reativa Reativa
Barra [pu] [graus] Gerada Consumida Barra Gerada Consumida
[MW] [MW] [MVar] [MVar] [MVar]
1 PV 1.03 2.0 700 0 0 206.5 0
2 PV 1.01 -7.8 700 0 0 286.5 0
3 Vθ 1.03 0 1161.8 0 0 471 0
4 PV 1.01 -22.4 700 0 0 519.9 0
5 PQ 1.006 -4.5 0 0 0 0 0
6 PQ 0.978 -14.6 0 0 0 0 0
7 PQ 0.961 -23.2 0 1112 178.9 0 150
8 PQ 0.948 -32.4 0 0 0 0 0
9 PQ 0.971 -41.8 0 2032 286.9 0 150
10 PQ 0.983 -29.5 0 0 0 0 0
11 PQ 1.008 -11.2 0 0 0 0 0
41
Figura 27: Velocidade Angular dos Geradores para Nova Condição de Carga
5 Conclusão
A complexidade na modelagem de sistemas multimáquinas é a principal diculdade
para os estudos e aplicações de controle do mesmo. Em estudos de estabilidade a pequenas
perturbações, em especial estudos de oscilações eletromecânicas pouca amortecidas, são
feitas simplicações a m de se tornar mais fácil o projeto de controlador amortecedor.
42
Figura 29: Tensões de Campo para Nova Condição de Carga
43
ao caso base, e os teste foram realizados novamente.
A eciência dos controladores que foram projetados é garantida apenas para uma vizi-
nhança do ponto de equilíbrio do sistema multimáquinas. Assim sendo, para que se possa
observar uma melhor eciência dos controladores, é necessário projetá-los mais robustos
em relação à variação do ponto de operação, no sentido de torná-los mais condizentes com
a realidade do sistema.
44
6 Referências
[1] Kundur, P. (1994), Power System Stability and Control, New York, NY: McGraw-Hill,
1994.
45