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O que você vai aprender nessas

apostilas?
Nessa apostila você vai aprender sobre as matérias mais importantes e
que mais caem nos vestibulinhos de todo o país, e mais especificamente
nas provas da ETEC, Colégio Embraer, Senai, Colégios da UNESP, Unicamp
e USP, Colégios Militares e provas de bolsa.

Resumi e organizei os principais assuntos que você precisa saber para


garantir uma vaga nos melhores colégios e cursos técnicos do Brasil.

Está fácil, está resumido e está


divertido para você aprender tudo e
mandar bem nas provas para o Ensino
Médio.

Essas apostilas que você tem em mãos


vão te ajudar a se preparar para todas
as provas! Por isso conto com seu
esforço e entusiasmo para estudar
bastante.

Tudo o que você precisa está


aqui, agora é com você.

#BonsEstudos

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Quem sou eu?
Meu nome é Diego William, e minha missão esse ano é fazer você passar
em um vestibulinho de Ensino Médio!

Sou Engenheiro de Materiais de formação e professor de coração...

Sou de São José dos Campos/SP, vim de escola pública, nunca tive
dinheiro pra pagar um colégio particular, por isso sempre lutei para passar
em um vestibulinho e mudar minha vida.

E deu certo! Passei em 6 vestibulinhos e em 8 vestibulares!

Desde 2013 trabalho como professor e mentor para alunos que sonham
em passar em um vestibulinho...

Mas em 2018 resolvi fazer diferente: fundei o Guia do Vestibulinho, que já


é o maior portal de vestibulinhos do Brasil e ajuda alunos a se
prepararem para as provas de bolsa e vestibulinhos das maiores e
melhores escolas do país.

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SUMÁRIO
CONVERSÕES DE UNIDADES ............................................................................................................... 6
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ................................................................................................. 11
IMPACTOS AMBIENTAIS ................................................................................................................... 14
DESMATAMENTO ............................................................................................................................. 16
RELAÇÕES ECOLÓGICAS .................................................................................................................... 18
AGRICULTURA ORGÂNICA ................................................................................................................ 20
FATORES BIÓTICOS E ABIÓTICOS ...................................................................................................... 23
PETRÓLEO ......................................................................................................................................... 25
FONTES DE ENERGIA ......................................................................................................................... 28
LIXO E RECICLAGEM .......................................................................................................................... 34
NÍVEIS EM ECOLOGIA........................................................................................................................ 37
PRIMEIRA LEI DE NEWTON ............................................................................................................... 39
SEGUNDA LEI DE NEWTON ............................................................................................................... 41
TERCEIRA LEI DE NEWTON................................................................................................................ 44
ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA ........................................................................................................ 46
PESO E DENSIDADE ........................................................................................................................... 49
TEMPERATURA E CALOR ................................................................................................................... 52
PROPRIEDADES DA MATÉRIA............................................................................................................ 54
PRESSÃO ATMOSFÉRICA ................................................................................................................... 59
FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS................................................................................................... 61
SUBSTÂNCIAS E MISTURAS ............................................................................................................... 63
SEPARAÇÃO DE MISTURAS ............................................................................................................... 66
TRATAMENTO DE ÁGUA ................................................................................................................... 71
ELEMENTOS QUÍMICOS .................................................................................................................... 74
NOÇÕES DE ÍONS .............................................................................................................................. 77
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS ..................................................................................... 79
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS ........................................................................................................... 82
SISTEMAS DO CORPO HUMANO ....................................................................................................... 95
VELOCIDADE MÉDIA ....................................................................................................................... 108
CIRCUITOS ELÉTRICOS..................................................................................................................... 113

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CONVERSÕES DE UNIDADES
cai nos vestibulinhos: ETEC, Colégios Militares, ENCCEJA, Jovem Aprendiz, Cursos Técnicos do SENAI,
Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

As unidades podem ser convertidas, de acordo com a sua respectiva grandeza. Nas
próximas subseções serão expostos os quadros de conversão para as grandezas mais
utilizadas.

Convertendo unidades de comprimento

No SI, a medida padrão para o comprimento é o metro. Porém, como se pode observar na
figura, existem outras unidades. Para realizar a conversão dessas unidades, segue-se uma
regra bem simples, que envolve multiplicação ou divisão por dezenas.

De acordo com a figura, para transformar metros em quilômetros, divide-se o valor por mil
(103), basicamente, pode-se afirmar que o número de casas andadas é igual ao número de
zeros do denominador. De forma semelhante, para transformar metros em milímetros,
multiplica-se o valor em metros por mil (103).

Convertendo unidades de área

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No SI, a medida padrão para a área é o metro quadrado. Porém, como se pode observar na
figura, existem outras unidades para expressarmos essa grandeza. Para realizar a conversão
dessas unidades, segue-se uma regra bem simples, que envolve multiplicação ou divisão por
dezenas.

De acordo com a figura, para transformar metros quadrado em quilômetros quadrados,


divide-se o valor por um milhão (106). De forma semelhante, para transformar metros
quadrados em milímetros quadrados, multiplica-se o valor em 6 metros quadrados por um
milhão (106).

Convertendo unidade de volume

No SI, a medida padrão para o volume é o metro cúbico. Porém, observa-se na Figura que
existem outras unidades para expressarmos essa grandeza. Para realizar a conversão dessas
unidades, segue-se uma regra bem simples, que envolve multiplicação ou divisão por
dezenas.

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De acordo com a figura, para transformar metros cúbicos em quilômetros cúbicos, divide-
se o valor por um bilhão (109). De forma semelhante, para transformar metros cúbicos em
milímetros cúbicos, multiplica-se o valor em metros cúbicos por um bilhão (109).

Convertendo unidades de tempo

No SI, a medida padrão para o tempo é o segundo. Porém, observa-se na figura que existem
outras unidades para expressarmos essa grandeza. Para realizar a conversão dessas
unidades, segue-se uma regra bem simples, que envolve operações de multiplicação ou
divisão.

De acordo com a Figura, para transformar segundos em minutos, divide-se o valor por
sessenta, basicamente, pode-se afirmar que um minuto equivale a sessenta segundos. De
forma semelhante, para transformar horas em minutos, multiplica-se o valor em horas por
sessenta. Desse modo, tem-se que uma hora equivale a sessenta minutos.

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Convertendo unidades de massa

No SI, a medida padrão para a massa é o grama. Porém, observa-se na Figura que existem
outras unidades para expressarmos essa grandeza.

Para realizar a conversão dessas unidades, segue-se uma regra bem simples, que envolve
operações de multiplicação ou divisão por dezenas.

De acordo com a Figura, para transformar gramas em quilogramas, divide-se o valor por
mil, basicamente, pode-se afirmar que o número de casas andadas equivale ao número de
zeros após o algarismo um.

Desse modo tem-se que um quilograma equivale a mil gramas. De forma semelhante, para
transformar gramas em miligramas, multiplica se o valor em gramas por mil.

Convertendo unidades de velocidade

No SI, a medida padrão para a velocidade o metro por segundo. Porém, observa-se na
Figura que existem outras unidades para expressarmos essa grandeza. Para realizar a
conversão dessas unidades, segue-se uma regra bem simples, que envolve operações de
multiplicação ou divisão por 3,6.

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De acordo com a Figura, para transformar um metro por segundo em um quilômetro por
hora, divide-se o valor por 3,6.

Desse modo, tem-se que 1m/s equivale a 3,6km/h. De forma semelhante, para transformar
um quilômetro por hora em metro por segundo, multiplica-se o valor do quilômetro por
hora por 3,6.

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DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
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Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

O desenvolvimento sustentável é um conceito elaborado para fazer referência ao meio


ambiente e à conservação dos recursos naturais. Entende-se por desenvolvimento
sustentável a capacidade de utilizar os recursos e os bens da natureza sem comprometer a
disponibilidade desses elementos para as gerações futuras.

Isso significa adotar um padrão de consumo e de aproveitamento das matérias-primas


extraídas da natureza de modo a não afetar o futuro da humanidade, aliando
desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental.

Sabemos que existem os recursos naturais não renováveis, ou seja, aqueles que não
podem renovar-se naturalmente ou pela intervenção humana, tais como o petróleo e os
minérios; e que também existem os recursos naturais renováveis. No entanto, é errôneo
pensar que esses últimos sejam inesgotáveis, pois o seu uso indevido poderá extinguir a sua
disponibilidade na natureza, com exceção dos ventos e da luz solar, que não são
diretamente afetados pelas práticas de exploração econômica.

Dessa forma, é preciso adotar medidas para conservar esses recursos, não tão somente
para que eles continuem disponíveis futuramente, mas também para diminuir ou eliminar
os impactos ambientais gerados pela exploração predatória.

Assim, o ambiente das florestas e demais áreas naturais, além dos cursos d'água, o solo e
outros elementos necessitam de certo cuidado para continuarem disponíveis e não haver
nenhum tipo de prejuízo para a sociedade e o meio ambiente.

A história do conceito de Desenvolvimento Sustentável

O conceito de desenvolvimento sustentável foi oficialmente declarado na Conferência das


Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em 1972, na cidade de
Estocolmo, Suécia, e, por isso, também chamada de Conferência de Estocolmo. A

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importância da elaboração do conceito, nessa época, foi a de unir as noções de crescimento
e desenvolvimento econômico com a preservação da natureza, questões que, até então,
eram vistas de forma separada.

Em 1987, foi elaborado o Relatório “Nosso Futuro Comum”, mais conhecido como Relatório
Brundtland, que formalizou o termo desenvolvimento sustentável e o tornou de
conhecimento público mundial.

Em 1992, durante a ECO-92, o conceito “satisfazer as necessidades presentes, sem


comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”
tornou-se o eixo principal da conferência, concentrando os esforços internacionais para o
atendimento dessa premissa.

Com esse objetivo, foi elaborada a Agenda 21, com vistas a diminuir os impactos gerados
pelo aumento do consumo e do crescimento da economia pelo mundo.

Medidas sustentáveis

Dentre as medidas que podem ser adotadas tanto pelos governos quanto pela sociedade
civil em geral para a construção de um mundo pautado na sustentabilidade, podemos citar:

 redução ou eliminação do desmatamento;


 reflorestamento de áreas naturais devastadas;
 preservação das áreas de proteção ambiental, como reservas e unidades de
conservação de matas ciliares;
 fiscalização, por parte do governo e da população, de atos de degradação ao meio
ambiente;
 adoção da política dos 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) ou dos 5Rs (repensar,
recusar, reduzir, reutilizar e reciclar);
 contenção na produção de lixo e direcioná-lo corretamente para a diminuição de
seus impactos;
 diminuição da incidência de queimadas;
 diminuição da emissão de poluentes na atmosfera, tanto pelas chaminés das
indústrias quanto pelos escapamentos de veículos e outros;
 opção por fontes limpas de produção de energia que não gerem impactos ambientais
em larga e média escala;
 adoção de formas de conscientizar o meio político e social das medidas acimas
apresentadas.

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Essas medidas são, portanto, formas viáveis e práticas de se construir uma sociedade
sustentável que não comprometa o meio natural tanto na atualidade quanto para o futuro
a médio e longo prazo.

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IMPACTOS AMBIENTAIS
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Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

Impacto ambiental é a alteração no meio ambiente por determinada ação ou atividade.


Atualmente o planeta Terra enfrenta fortes sinais de transição, o homem está revendo seus
conceitos sobre natureza. Esta conscientização da humanidade está gerando novos
paradigmas, determinando novos comportamentos e exigindo novas providências na gestão
de recursos do meio ambiente.

Um dos fatores mais preocupantes é o que diz respeito aos recursos hídricos. Problemas
como a escassez e o uso indiscriminado da água estão sendo considerados como as
questões mais graves do século XXI.

É preciso que tomemos partido nesta luta contra os impactos ambientais, e para isso é
importante sabermos alguns conceitos relacionados ao assunto.

Poluição é qualquer alteração físico-química ou biológica que venha a desequilibrar um


ecossistema, e o agente causador desse problema é denominado de poluente.

Como já era previsto, os principais poluentes têm origem na atividade humana. A Indústria
é a principal fonte, ela gera resíduos que podem ser eliminados de três formas:

Na água: essa opção de descarte de dejetos é mais barata e mais cômoda, infelizmente os
resíduos são lançados geralmente em recursos hídricos utilizados como fonte de água para
abastecimento público.

Na atmosfera: a eliminação de poluentes desta forma só é possível quando os resíduos


estão no estado gasoso.

Em áreas isoladas: essas áreas são previamente escolhidas, em geral são aterros sanitários.

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Classificação dos resíduos:

Resíduos tóxicos: são os mais perigosos e podem provocar a morte conforme a


concentração, são rapidamente identificados por provocar diversas reações maléficas no
organismo. Exemplos de geradores desses poluentes: indústrias produtoras de resíduos de
cianetos, cromo, chumbo e fenóis.

Resíduos minerais: são relativamente estáveis, correspondem às substâncias químicas


minerais, elas alteram as condições físico-químicas e biológicas do meio ambiente.
Exemplos de indústrias: mineradoras, metalúrgicas, refinarias de petróleo.

Resíduos orgânicos: as principais fontes desses poluentes são os esgotos domésticos, os


frigoríficos, laticínios, etc. Esses resíduos correspondem à matéria orgânica potencialmente
ativa, que entra em decomposição ao ser lançada no meio ambiente.

Resíduos mistos: possuem características químicas associadas às de natureza biológica. As


indústrias têxteis, lavanderias, indústrias de papel e borracha, são responsáveis por esse
tipo de resíduo lançado na natureza.

Resíduos atômicos: esse tipo de poluente contém isótopos radioativos, é um lixo atômico
capaz de emitir radiações ionizantes e altamente nocivas à saúde humana.

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DESMATAMENTO
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Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

Entende-se por desmatamento, também chamado de desflorestamento ou desflorestação,


o processo de remoção total ou parcial da vegetação em uma determinada área.
Geralmente, esse processo ocorre para fins econômicos, visando à utilização comercial da
madeira das árvores e também para o aproveitamento dos solos para a agricultura e a
pecuária. A atividade mineradora e a construção de barragens para hidrelétricas também
aparecem como causas de tal ocorrência.

No mundo, os primeiros a praticarem de forma intensiva o desmatamento foram os países


desenvolvidos. Para o soerguimento de suas economias, sobretudo após o advento do
sistema capitalista, algumas nações exploraram intensamente os seus recursos naturais,
avançando essa exploração também para outras áreas. Com isso, muitas florestas do
hemisfério norte foram praticamente dizimadas.

Atualmente, os países que mais desmatam são os de economias emergentes, pois, embora
tentem controlar esse problema, o desmatamento de suas florestas avança à medida que
seus sistemas econômicos evoluem. Até bem pouco tempo atrás, o campeão mundial de
desmatamento era o Brasil, principalmente em razão do crescimento da fronteira agrícola
sobre as áreas da Floresta Amazônica. No entanto, recentemente, o país foi ultrapassado
pela Indonésia, que possui uma ampla área verde, mas que vem desflorestando duas vezes
mais do que é desmatado anualmente no território brasileiro.

Segundo levantamentos realizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente
são desmatados quase sete milhões de hectares por ano. Isso significa a perda não tão
somente de vegetações, mas também de várias espécies animais, pois o seu habitat
encontra-se cada vez mais diminuto. Com isso, o equilíbrio ecológico pode tornar-se
ameaçado.

Dentre as consequências do desmatamento, podemos citar: o esgotamento dos solos com a


intensificação de processos de erosão e desertificação; a extinção ou degradação de rios e
lagos, graças ao maior acúmulo de sedimentos gerados; a ocorrência de desequilíbrios
climáticos em razão da ausência das florestas que tinham como função gerar mais umidade
do ar e absorver o calor atmosférico, dentre outros problemas.

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Para combater o desmatamento no mundo e também no território brasileiro, é necessária a
adoção de medidas em diferentes escalas, do individual ao governamental. Cada cidadão
deve fazer sua parte, evitando que, nas áreas urbanas, o número de árvores por habitante
não seja muito pequeno, preservando a vegetação existente e procurando cultivar novas
espécies. Os governos também possuem a função de adotar medidas de conservação das
áreas naturais com vigilância, fiscalização e repressão dos agressores a áreas de reservas
naturais.

No Brasil, vários domínios naturais foram muito devastados. O primeiro a sofrer com esse
processo foi a Mata Atlântica, que hoje conta com cerca de 7% de sua área original. Os
Pampas e a Mata de Araucária também passaram por graves processos de desmatamento,
o que também vem ocorrendo no bioma Cerrado, esse último profundamente devastado
durante a segunda metade do século XX. A Amazônia parece ser o próximo alvo e, embora
os últimos anos o desmatamento tenha apresentando diminuições, a floresta ainda sofre
com o corte de milhares de hectares de árvores a cada ano.

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RELAÇÕES ECOLÓGICAS
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Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

Todos os seres vivos relacionam-se uns com outros, tanto da mesma espécie (relações
intraespecíficas) quanto de espécies distintas (relações interespecíficas). Essas relações
podem ser harmônicas, quando não há prejuízo para nenhum dos indivíduos envolvidos, ou
desarmônicas, quando pelo menos um se prejudica.

RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS HARMÔNICAS:

Sociedade: indivíduos da mesma espécie que se mantêm anatomicamente separados e que


cooperam entre si por meio de divisão de trabalho. Geralmente, a morfologia corporal está
relacionada com a atividade que exercem. Ex.: abelhas, cupins, formigas, etc.

Colônia: indivíduos associados anatomicamente. Eles podem apresentar-se semelhantes


(colônias isomorfas) ou com diferenciação corporal de acordo com a atividade que
desempenham (polimorfas). Ex.: determinadas algas e caravela-portuguesa.

RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS DESARMÔNICAS:

Canibalismo: ato no qual um indivíduo alimenta-se de outro(s) da mesma espécie.

Competição: disputa por territórios, parceiros sexuais, comida etc.

RELAÇÕES INTER-ESPECÍFICAS HARMÔNICAS:

Mutualismo: indivíduos de espécies diferentes que se encontram intimamente associados,


criando vínculo de dependência. Ambos se beneficiam. Ex.: líquens (fungo + cianobactéria),
cupim e protozoário, que digere a celulose em seu organismo; micorrizas (fungos + raízes de
plantas) etc.

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Protocooperação: indivíduos que cooperam entre si, mas não são dependentes um do
outro para sobreviver. Ex.: peixe-palhaço e anêmona (o primeiro ganha proteção, e o
segundo, restos de alimentos); pássaros que se alimentam de carrapato bovino etc.

Inquilinismo: uma espécie usa a outra como abrigo, mas somente ela se beneficia, mas sem
causar prejuízos à outra. Exemplo: orquídeas e bromélias associadas a árvores de grande
porte.

Comensalismo: relação na qual apenas uma espécie beneficia-se, mas sem causar prejuízos
à outra. Exemplo: o peixe-piloto prende-se ao tubarão para se alimentar dos restos de
comida dele e também se locomover com maior agilidade.

RELAÇÕES INTER-ESPECÍFICAS DESARMÔNICAS:

Amensalismo: uma espécie inibe o desenvolvimento de outra. Ex.: liberação de antibióticos


por determinados fungos, causando a morte de certas bactérias.

Predatismo: um indivíduo mata outro para alimentar-se. Ex.: serpente e rato.

Parasitismo: o parasita retira do corpo do hospedeiro nutrientes para garantir a sua


sobrevivência, debilitando-o. Ex.: lombriga e ser humano, lagarta e folhagens, carrapato e
cachorro etc.

Competição: disputa por recursos (território, presas, etc).

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AGRICULTURA ORGÂNICA
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Bolsas de Estudo.

A agricultura orgânica, também chamada de biológica, é um tipo de agricultura alternativa


que prioriza a qualidade do alimento. Ela não utiliza agrotóxicos, fertilizantes sintéticos e
pesticidas nas plantações.

O termo surgiu na década de 20 aliado a diversos movimentos contrários a agricultura


tradicional e o uso de produtos químicos. Além disso, foi um alerta à população para o
consumo de alimentos mais saudáveis.

Principais Características

A agricultura orgânica diversifica os produtos cultivados com o intuito de garantir o


equilíbrio ambiental, sobretudo do solo. Nessa perspectiva, a manutenção dos nutrientes
da terra é uma importante característica. Portanto, adubos de origem orgânica são os meios
mais indicados para afastar as pragas.

Com a valorização de alimentos mais saudáveis, hoje em dia, esse tipo de sistema tem sido
um grande aliado da saúde da população bem como do meio-ambiente. A agricultura
orgânica utiliza técnicas de baixo impacto ambiental com foco na sustentabilidade e ainda,
na preservação dos recursos naturais.

Por outro lado, a agricultura mecanizada e com foco na alta produção, utiliza produtos
tóxicos nas plantações para acelerar o processo de cultivo. Esse tipo de sistema tem
agravado os problemas ambientais bem como afetado a saúde e o bem-estar da população.

Estudos comprovam que o consumo desses alimentos leva a diversos problemas de saúde.
Destacam-se as disfunções hormonais, problemas cognitivos, má formação do feto e ainda,
o aparecimento de diversas doenças, como o câncer.

Em suma, mesmo depois de lavados, os alimentos de origem não orgânica carregam os


produtos que são utilizados nas culturas.

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Vantagens da Agricultura Orgânica

 Preservação dos recursos naturais


 Produção de alimentos saudáveis e de maior qualidade
 Sustentabilidade e baixo impacto ambiental
 Manutenção da biodiversidade
 Uso de adubos naturais (compostagem, minhocultura, etc.)
 Rotatividade de culturas (policultura)
 Solo saudável e rico em nutrientes
 Utilização de energias renováveis

Desvantagens da Agricultura Orgânica

 Mais dispendiosa e demorada


 Menor produção, se comparada a agricultura tradicional
 Impacto ambiental com o uso pesticidas e agrotóxicos de origem orgânica
 Produtos mais caros que os convencionais

Agricultura Orgânica no Brasil

No Brasil, a agricultura orgânica está intimamente relacionada com a agricultura familiar.


Dados apontam que 70% dos alimentos consumidos no País são fruto da agricultura
familiar.

Cerca de 120 países do mundo adotam esse tipo de sistema, sendo que o Brasil é o décimo
maior país em área destinada à agricultura orgânica. Ele está atrás dos Estados Unidos,
China, Austrália, Espanha, dentre outros.

Entretanto, o Brasil é o segundo maior produtor do mundo sendo que mais da metade da
produção é dedicada ao mercado externo.

Nesse sistema, técnicas tradicionais de cultivo manuais e apropriadas à realidade do local


de produção são utilizadas.

Ainda que isso pareça ser positivo, a agricultura tradicional e mecanizada tem ganhado
força no Brasil nos últimos anos. Ela prioriza a otimização dos processos de produção
agrícola e está baseada nos latifúndios e monoculturas.

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As técnicas artificiais utilizadas são nocivas à saúde humana e causa grandes impactos ao
meio-ambiente. Um exemplo notório é a produção de um único produto (monocultura) em
grandes extensões de terra, por exemplo, a soja.

Isso empobrece e contamina o solo, ao contrário da orgânica que está baseada na


policultura e rotatividade de espécies que mantém a saúde do solo.

Sendo assim, ainda temos caminhos a percorrer para que os produtos que chegam à nossa
mesa sejam os mais saudáveis e sem produtos químicos.

Para isso, o País precisa investir mais em políticas públicas conscientes que priorizem a
saúde da população e do meio-ambiente.

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FATORES BIÓTICOS E ABIÓTICOS
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Bolsas de Estudo.

Todo ecossistema é constituído por componentes bióticos (seres vivos e sua relações) e
abióticos (elementos não vivos do ambiente). Um ecossistema pode ser tanto uma floresta
como um pequeno aquário e os elementos físicos e químicos do ambiente (fatores
abióticos) determinam, em larga escala, a estrutura e o funcionamento das comunidades
vivas (fatores bióticos).

Fatores Bióticos

Os fatores bióticos são o resultado da interação entre os seres vivos em uma determinada
região, constituindo uma comunidade biológica ou biota, assim como a sua influência no
ecossistema do qual fazem parte.

Por exemplo, em um manguezal todas as espécies animais, como caranguejos, guarás,


lontras e vegetais, como o mangue preto e o mangue vermelho, compõem a biota daquele
ambiente.

Cadeias Alimentares

São as relações entre os organismos autótrofos (que produzem o próprio alimento) e os


heterótrofos (que precisam ingerir outros organismos para se alimentar). O mangue
vermelho é um produtor no manguezal, o caranguejo que se alimenta de suas folhas o
consumidor primário e a ave guará e o guaxinim que comem os caranguejos, são os
consumidores secundários. Além dos produtores e consumidores, é de fundamental
importância também os decompositores que fazem a ciclagem dos restos orgânicos.

Relações Ecológicas

São as interações que ocorrem dentro da mesma espécie (intraespecífica) ou entre espécies
diferentes (interespecífica). Essas relações podem ser positivas, beneficiando uma ou ambas

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as espécies envolvidas (mutualismo, sociedades, entre outras), ou negativas, trazendo
desvantagens para uma ou ambas as partes (parasitismo, predação, etc).

O manguezal é considerado um berçário de muitas espécies marinhas, pois muitos peixes e


crustáceos utilizam essa região para se reproduzir.

Fatores Abióticos

Os fatores abióticos são os elementos não vivos do ambiente que afetam os organismos
vivos da biota. Esses elementos podem ser físicos ou químicos.

Fatores físicos

Constituem o clima do ecossistema, determinado principalmente pela radiação solar que


chega à Terra. As radiações além de proporcionar a luz, que é fundamental para que ocorra
fotossíntese (produção de alimento pelos organismos autótrofos), também influenciam na
temperatura, que é uma condição ecológica decisiva para a vida na superfície terrestre. A
temperatura influencia outros fatores climáticos tais como ventos, umidade relativa do ar e
pluviosidade.

No caso do manguezal, a variação das marés é um fator que afeta bastante a vida dos
organismos que existem ali. Na alta da maré os terrenos ficam alagados e com a maré mais
baixa ficam expostos. As plantas que vivem aí tem as raízes adaptadas para se fixar bem ao
terreno lamacento, são as raízes escoras que ficam expostas na maré baixa.

Fatores químicos

Alguns elementos químicos, como os sais minerais são nutrientes importantes e essenciais
para garantir a sobrevivência dos organismos. Os fosfatos, por exemplo, são importantes
para a formação dos ácidos nucleicos, o magnésio participa da clorofila. Os ciclos
biogeoquímicos, do nitrogênio, do oxigênio, do carbono contribuem com a ciclagem dos
nutrientes e o fluxo de energia para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.

O manguezal é um ecossistema formado em locais onde há mistura de água doce com água
salgada. A concentração dos sais varia nesses ambiente e é outro fator abiótico que
influencia a vida da comunidade biótica.

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PETRÓLEO
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Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

A formação do petróleo é caracterizada pelo acúmulo de material orgânico sob condições


específicas de pressão e isolamento em camadas do subsolo de bacias sedimentares,
sofrendo transformações por milhares de anos. Além de estar em uma bacia sedimentar, os
requisitos primários para que se venha eventualmente a localizar um reservatório de
petróleo são a presença de algum tipo de rocha reservatório (geralmente porosa) coberta
por uma rocha seladora (que impediu que o óleo escapasse para a superfície, vindo a se
dissipar).

Ao contrário do que imagina o senso comum, o petróleo raramente se encontra acessível


próximo à superfície, jorrando de forma espontânea e abundante. Aprisionado em rochas
porosas, a extração deste óleo precisa ser feita por equipamentos que perfurem as
camadas rochosas e exerçam a pressão necessária para que o óleo venha até a superfície -
quase sempre misturado com sedimentos e gás.

Quando a rocha reservatório não possui boa permeabilidade, pode ser necessário fraturá-la
para então recuperar o óleo. Existem casos em que, mesmo comprovada a presença de
petróleo, não é vantajoso comercialmente ou tecnicamente viável extraí-lo.

Composição química

Além das diferenças em custo de exploração e produção, dependendo das dificuldades


envolvidas em acessar e colocar o reservatório em desenvolvimento, o petróleo pode variar
também em composição química, fazendo com que seja necessário maior ou menor
investimento em refino para transformá-lo em produtos derivados como gasolina, óleo
diesel, querosene, asfaltos, solventes, lubrificantes, plásticos etc.

A composição química do petróleo é uma combinação complexa de hidrocarbonetos


(carbono e hidrogênio), podendo conter também quantidades pequenas de nitrogênio,
oxigênio, compostos de enxofre e íons metálicos. Um exemplo comum - que pode variar de
amostra para amostra - da proporção entre os componentes do petróleo seria:

25
Carbono - 82% - é o elemento predominante no petróleo

Hidrogênio - 12% - atua com o carbono formando as moléculas

Nitrogênio - 4% - encontrado na forma de amina

Oxigênio - 1% - muito pouco é encontrado

Sais - 0,5% - raramente aparecem

Metais (ferro, cobre etc.) - 0,5% - considerados como resíduos

O que se obtém a partir do petróleo

O petróleo bruto é uma mistura complexa de hidrocarbonetos, que precisam ser separados
por diversos processos para formar os derivados utilizados pelos consumidores e pela
indústria em geral.

Na etapa inicial do refino, o petróleo bruto é aquecido e as diferentes cadeias de


hidrocarbonetos são separadas de acordo com as faixas de temperaturas de ebulição. Cada
comprimento de cadeia tem uma propriedade diferente, que a torna útil de uma maneira
específica. A partir do petróleo bruto se pode obter:

- gás de petróleo: gás residual com 1 a 2 átomos de carbono, usado para aquecimento e
para a indústria;

- gás liquefeito de petróleo (GLP): com 3 a 4 átomos de carbono, usado principalmente para
cozinhar;

- nafta: com 5 a 10 átomos de carbono, é um produto intermediário que irá se transformar


em gasolina ou servirá de matéria-prima para a indústria petroquímica;

- gasolina: com 5 a 8 carbonos, é utilizada como combustível para motores do ciclo Otto*. É
uma nafta que se transformou em gasolina por outros processos químicos;

- querosene: com 11 a 12 carbonos, é usado principalmente como combustível para


turbinas de jatos, além de outras aplicações;

- óleo diesel: com 13 a 18 carbonos, é um combustível usado principalmente em transporte


rodoviário e aquaviário, em motores do ciclo diesel, além de ser utilizado também em -
termoelétricas e para aquecimento;

26
- óleo lubrificante: com 26 a 38 carbonos, é usado principalmente na lubrificação de
motores e engrenagens e como matéria-prima para graxas;

- óleo combustível: até 39 carbonos, é utilizado principalmente como fonte de calor no


segmento industrial;

- resíduos: até 80 carbonos, servem como material inicial para a fabricação de outros
produtos. Nesta faixa de compostos mais pesados estão: coque, asfalto, alcatrão, breu,
ceras e outros.

Processos de refino do petróleo

Poucos compostos já saem da coluna de destilação prontos para serem comercializados. A


grande maioria deles deve ser processada quimicamente para criar outras frações, melhorar
a qualidade ou atender as necessidades do mercado. Por exemplo, dependendo do
processo e do tipo de petróleo, pode-se obter mais gasolina ou mais diesel, sendo possível
adequar a produção dos derivados à demanda do mercado interno ou às negociações no
mercado externo.

Cinco exemplos de processos químicos muito utilizados nas refinarias são:

- craqueamento: divide grandes cadeias de hidrocarbonetos em cadeias menores;

- reforma: combina pedaços menores de hidrocarbonetos para criar outros maiores;

- alquilação: rearranja várias cadeias para fazer os hidrocarbonetos desejados;

- extração de aromáticos: extrai naftas aromáticas leves para a indústria química e


petroquímica;

- hidrotratamento: trata cataliticamente com hidrogênio frações leves e médias, como


gasolinas e diesel, visando melhorar as respectivas qualidades.

27
FONTES DE ENERGIA
cai nos vestibulinhos: ETEC, Colégios Militares, ENCCEJA, Jovem Aprendiz, Cursos Técnicos do SENAI,
Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

As fontes de energia são recursos naturais ou artificiais utilizados pela sociedade para
produção de algum tipo de energia. A energia, por sua vez, é utilizada para propiciar o
deslocamento de veículos, gerar calor ou produzir eletricidade para os mais diversos fins.

As fontes de energia também possuem relação com questões ambientais, pois, dependendo
das formas de utilização dos recursos energéticos, graves impactos sobre a natureza podem
ser ocasionados.

Conforme a capacidade natural de reposição de recursos, as fontes de energia podem ser


classificadas em renováveis e não renováveis.

Fontes renováveis de energia

As fontes renováveis de energia, como o próprio nome indica, são aquelas que possuem a
capacidade de serem repostas naturalmente, o que não significa que todas elas sejam
inesgotáveis. Algumas delas, como o vento e a luz solar, são permanentes, mas outras,
como a água, podem acabar, dependendo da forma como são usadas pelo ser humano.
Vale lembrar que nem toda fonte renovável de energia é limpa, ou seja, está livre da
emissão de poluentes ou de impactos ambientais em larga escala.

Energia eólica

O vento é um recurso energético renovável e, portanto, inesgotável. Em algumas regiões do


planeta, sua frequência e intensidade são suficientes para geração de eletricidade por meio
de equipamentos específicos para essa função. Basicamente, os ventos ativam as turbinas
dos aerogeradores, fazendo com que os geradores convertam a energia mecânica
produzida em energia elétrica.

Atualmente, a energia eólica não é tão difundida no mundo em razão do alto custo de seus
equipamentos. Todavia, alguns países, como Estados Unidos, China e Alemanha, já vêm

28
adotando esse recurso substancialmente. As principais vantagens dessa fonte de energia
são a não emissão de poluentes na atmosfera e os baixos impactos ambientais.

Energia solar

A energia solar é o aproveitamento da luz do sol para gerar eletricidade e aquecer a água
para uso. É também uma fonte inesgotável de energia, haja vista que o Sol – ao menos na
sua configuração atual – existirá por bilhões de anos.

Há duas formas de aproveitamento da energia solar: a fotovoltaica e a térmica. Na primeira


forma, são utilizadas células específicas que empregam o “efeito fotoelétrico” para produzir
eletricidade. A segunda forma, por sua vez, utiliza o aquecimento da água tanto para uso
direto quanto para geração de vapor, que atuará em processos de ativação de geradores de
energia. É importante lembrar que podem ser utilizados também outros tipos de líquidos.

Em razão dos elevados custos, a energia solar ainda não é muito utilizada. Todavia, seu
aproveitamento vem crescendo gradativamente, tanto com a instalação de placas em
residências, indústrias e grandes empreendimentos quanto com a construção de usinas
solares especificamente voltadas para a geração de energia elétrica.

Energia hidrelétrica

A energia hidrelétrica corresponde ao aproveitamento da água dos rios para movimentação


das turbinas de eletricidade. No Brasil, essa é a principal fonte de energia elétrica, ao lado
das termoelétricas, haja vista o grande potencial que o país possui em termos de
disponibilidade de rios propícios para a geração de hidreletricidade.

Nas usinas hidrelétricas, constroem-se barragens no leito do rio para represamento da água
que será utilizada no processo de geração de eletricidade. Nesse caso, o mais aconselhável
é que as barragens sejam construídas em rios que apresentem desníveis em seus terrenos a
fim de diminuir a superfície inundada. Por isso, é mais recomendável a instalação dessas
usinas em rios de planalto, embora também seja possível instalá-las em rios de planícies,
porém com impactos ambientais maiores.

29
Biomassa

A utilização da biomassa consiste na queima de substâncias de origem orgânica para


produção de energia. Ocorre por meio da combustão de materiais como lenha, bagaço de
cana e outros resíduos agrícolas, restos florestais e até excrementos de animais. É
considerada uma fonte de energia renovável, porque o dióxido de carbono produzido
durante a queima é utilizado pela própria vegetação na realização da fotossíntese. Isso
significa que, desde que seja controlado, seu uso é sustentável por não alterar a
macrocomposição da atmosfera terrestre.

Os biocombustíveis, de certa forma, são considerados um tipo de biomassa, pois também


são produzidos a partir de vegetais de origem orgânica para geração de combustíveis. O
exemplo mais conhecido é o etanol produzido da cana-de-açúcar, mas podem existir outros
compostos advindos de vegetais distintos, como a mamona, o milho e muitos outros.

Energia das marés (maremotriz)

A energia das marés – ou maremotriz – é o aproveitamento da subida e da descida das


marés para produção de energia elétrica. Funciona de forma relativamente semelhante a de
uma barragem comum. Além das barragens, são construídas eclusas e diques que permitem
a entrada e a saída de água durante as cheias e as baixas das marés, propiciando a
movimentação das turbinas.

30
Fontes não renováveis de energia

As fontes não renováveis de energia são aquelas que poderão esgotar-se em um futuro
relativamente próximo. Alguns recursos energéticos, como o petróleo, possuem seu
esgotamento estimado para algumas poucas décadas, o que eleva o caráter estratégico
desses elementos.

Combustíveis fósseis

A queima de combustíveis fósseis pode ser empregada tanto para o deslocamento de


veículos quanto para a produção de eletricidade em estações termoelétricas. Os três tipos
principais são petróleo, carvão mineral e gás natural, mas existem muitos outros, como a
nafta e o xisto betuminoso.

Os combustíveis fósseis são as fontes de energia mais importantes e disputadas pela


humanidade no momento. Segundo a Agência Internacional de Energia, cerca de 81,63% de

31
toda a matriz energética global advém dos três principais combustíveis fósseis citados
acima. Essas fontes representam 56,8% da matriz energética brasileira. Assim, muitos países
dependem da exportação desses produtos, enquanto outros tomam medidas geopolíticas
para consegui-los.

Outra questão bastante discutida a respeito dos combustíveis fósseis refere-se aos altos
índices de poluição gerados por sua queima. Muitos estudiosos apontam que eles são os
principais responsáveis pela intensificação do efeito estufa e pelo agravamento dos
problemas vinculados ao aquecimento global.

Energia nuclear

Na energia nuclear – também chamada de energia atômica –, a produção de eletricidade


ocorre por intermédio do aquecimento da água, que se transforma em vapor e ativa os
geradores. Nas usinas nucleares, o calor é gerado em reatores a partir da fissão nuclear do
urânio-235, um material altamente radioativo.

Embora as usinas nucleares sejam menos poluentes do que outras estações semelhantes,
como as termoelétricas, são alvo de muitas polêmicas, pois o vazamento do lixo nuclear
produzido e a ocorrência de acidentes podem gerar graves impactos e muitas mortes. No
entanto, com a emergência da questão sobre o aquecimento global, seu uso vem sendo
reconsiderado por muitos países.

Cada tipo de energia apresenta suas vantagens e desvantagens. No momento, não há


nenhuma fonte que se apresente absolutamente mais viável que as demais. Algumas são
baratas e abundantes, mas geram graves impactos ambientais; outras são limpas e
sustentáveis, mas inviáveis financeiramente. O mais aconselhável é que exista, nos
diferentes territórios, uma diversidade nas matrizes energéticas para que se atenuem os
problemas. No entanto, isso não acontece no Brasil e em boa parte dos demais países.

32
Fontes de energia no Brasil

Cerca de 42% da produção da matriz energética brasileira é proveniente de fontes


renováveis de energia, como uso de biomassa, etanol, recursos hídricos, energia solar e
energia eólica. Sendo assim, a matriz energética brasileira é mais renovável que a matriz
mundial, que se baseia, principalmente, no uso de combustíveis fósseis para produção de
energia. Dessa forma, pode-se dizer que, se comparado aos outros países, o Brasil emite
menos gases de efeito estufa.

Existem, hoje, no Brasil, 536 usinas eólicas, nas quais funcionam cerca de 6,6 mil
cataventos, número que coloca o Brasil como líder na América Latina nesse tipo de
produção de energia. Contudo, a principal fonte de energia do Brasil ainda é proveniente
das usinas hidrelétricas, que representam, aproximadamente, 64% do potencial elétrico do
país.

A produção de energia proveniente do uso de biomassa corresponde a cerca de 9,2% da


matriz energética brasileira, já a eólica representa em torno de 8,5% da matriz.

33
LIXO E RECICLAGEM
cai nos vestibulinhos: ETEC, Colégios Militares, ENCCEJA, Jovem Aprendiz, Cursos Técnicos do SENAI,
Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

A reciclagem é o processo de reaproveitamento do lixo descartado, dando origem a um


novo produto ou a uma nova matéria-prima com o objetivo de diminuir a produção de
rejeitos e o seu acúmulo na natureza, reduzindo o impacto ambiental. Pratica-se, então, um
conjunto de técnicas e procedimentos que vão desde a separação do lixo por material até a
sua transformação final em outro produto.

Apesar de não ser a única medida a ser realizada para a diminuição do lixo produzido pela
sociedade, a reciclagem possui um importante papel, uma vez que, além de reduzir a
quantidade de rejeitos, também diminui a procura por novas matérias-primas. Dessa forma,
quanto mais se recicla, mais se reaproveita e, consequentemente, menor é a necessidade
de extrair novos materiais da natureza.

Soma-se aos benefícios da redução do lixo e desoneração dos recursos naturais o fato de o
processo de reciclagem ajudar a movimentar a economia, pois empresas especializadas
nesse processo passam a atuar, gerando, inclusive, mais emprego e renda. Um exemplo
também é a formação de cooperativas de reciclagem, como a dos catadores de papel, que,
embora trabalhem quase sempre em regime informal de trabalho, conseguem adquirir uma
renda para sustentar suas famílias.

Há alguns casos em que a reciclagem também reduz o consumo de energia. O exemplo mais
clássico nesse sentido é o alumínio, um material quase que totalmente reciclável, pois a sua
produção a partir da bauxita (recurso mineral não renovável extraído do solo) demanda o
consumo de uma grande quantidade de energia elétrica em uma indústria de base. Dessa
forma, em alguns casos, é mais vantajoso economicamente o reaproveitamento das latas e
outros produtos de alumínio do que a produção de novos materiais.

O primeiro passo para a realização do processo de reciclagem é a coleta seletiva, ou seja, a


separação do lixo por material, com o seu posterior destino para o reaproveitamento.

Geralmente, divide-se primeiramente o material reciclável do não reciclável e, em seguida,


separa-se o que é reciclável em metais, plástico, papel e vidro.

34
Embora a reciclagem, como vimos, seja muito importante, ela apresenta algumas
limitações. A primeira delas é a de que, mesmo que exista uma grande eficiência na
sociedade para a realização desse processo, ele não será o suficiente para diminuir em
níveis aceitáveis a produção de lixo.

Esse problema eleva-se quando o consumismo é desenfreado e a consequente geração de


rejeitos é acentuada, sendo impossível para a reciclagem absorver tudo isso. O mais
importante, na verdade, é adotar a política dos 3Rs ou, até mesmo, a política dos 5Rs, que
envolve repensar, reduzir, recusar, reutilizar e reciclar.

Outra das limitações da reciclagem envolve os problemas ambientais por ela gerados, isto é,
os danos causados pela má utilização das técnicas e procedimentos envolvidos. Na
reciclagem do papel, por exemplo, gera-se um lodo ou lama proveniente de vários produtos
químicos que nem sempre é descartado da forma correta.

Por todos esses motivos, devemos sempre incentivar a reciclagem, mas também
precisamos entender que ela, sozinha, não resolverá os problemas da sociedade e os
impactos gerados sobre o meio ambiente.

35
Portanto, reduzir o consumo, optar por materiais mais duráveis e reaproveitar ao máximo
um determinado produto antes de descartá-lo são medidas que podem ajudar a melhorar a
qualidade de vida das pessoas e também a conservação da natureza.

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NÍVEIS EM ECOLOGIA
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Bolsas de Estudo.

A biosfera é um dos níveis de organização estudados em Ecologia e é o local onde a vida é


possível.

Ao estudar Biologia, percebemos que existem diferentes níveis de organização biológica.


Esses níveis ajudam-nos a compreender melhor os sistemas biológicos. São eles:

Átomos - Moléculas - Células - Tecido - Órgão - Sistema - Organismo - População -


Comunidade - Ecossistema - Biosfera

Em Ecologia, o estudo baseia-se, em geral, nesses últimos quatro níveis, os quais serão
explicados a seguir.

População

Dá-se o nome de população ao conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que vive em
uma determinada área, em um determinado período de tempo. A ênfase na área e no
período de tempo é essencial para entender que organismos de uma mesma espécie, que
vivem em locais distantes, não constituem uma população. Como exemplo de população,
podemos citar um grupo de elefantes que vive em uma área da Savana africana.

Comunidade

Chamamos de comunidade o conjunto de várias populações que vive em uma determinada


área, em um determinado período de tempo. Nesse caso, observamos que a comunidade é
formada por uma variada quantidade de organismos, diferentemente da população. Assim
como no conceito de população, devemos ter em mente que todas as populações devem
estar em uma mesma área, no mesmo período. Como exemplo de comunidade, podemos

37
citar as populações de elefantes, zebras, gnus e leões que vivem em uma área da Savana
africana.

Ecossistema

O ecossistema, por sua vez, é um nível hierárquico que engloba a comunidade e considera,
além desses organismos, o ambiente físico onde os seres vivos estão. Sendo assim, no
ecossistema, consideramos tanto fatores bióticos quanto abióticos. Como exemplo,
podemos citar a Savana africana, com todos seus fatores abióticos (água , solo e
luminosidade) e a comunidade ali existente.

Biosfera

Por fim, temos a biosfera, a qual é definida como a região do planeta onde encontramos os
seres vivos. De uma maneira simplificada, podemos dizer que a biosfera é o conjunto de
todos os ecossistemas existentes na Terra e é considerada por alguns o maior ecossistema
existente.

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PRIMEIRA LEI DE NEWTON
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Bolsas de Estudo.

O estudo da causa do movimento dos corpos é algo que tem fascinado e aguçado a
curiosidade de muitos desde os tempos de Aristóteles.

Aristóteles viveu por volta do século IV a.C e, com base em seus estudos acerca da natureza
do movimento dos corpos, concluiu que um corpo só se movimenta se uma força estiver
sendo aplicada sobre ele.

Sendo assim, segundo a proposição aristotélica, para empurrar um caixote de madeira de


um lugar a outro, o movimento prevalece somente se uma força estiver atuando
diretamente no caixote, ou seja, enquanto ele estiver sendo empurrado. Outros cientistas
também procuraram estabelecer leis físicas que descrevessem os movimentos dos corpos,
como Galileu Galilei e Isaac Newton.

A explicação de Galileu para a Inércia

As interpretações sobre os movimentos feitas por Aristóteles perduraram até o


Renascimento(século XVII), quando Galileu, por meio de um método baseado em
experimentação, propôs ideias que revolucionaram o que se pensava até então sobre a
causa do movimento dos corpos.

Realizando uma série de experiências, Galileu observou que, quando um caixote sobre o
solo é empurrado, além da força para deslocar o caixote de uma posição para outra,
existem outras forças atuantes, mas estas se opõem ao movimento do corpo.

Essas forças contrárias ao movimento ocorrem em razão da resistência encontrada pelo


corpo em contato com o ar que o circunda e do atrito com o solo. Logo, a partir de
experimentações e reflexões sobre o que vinha sendo seu objeto de estudo, Galileu chegou
à conclusão de que, se não houvesse forças contrárias ao movimento do caixote (se fosse
possível eliminar a força de resistência do ar e a força de atrito com o solo), ele não cessaria
o movimento, ou seja, continuaria infinitamente em movimento retilíneo e com velocidade
constante após o início do movimento.

39
Esse fato opunha-se ao que pensava Aristóteles, que dizia que, quando não existisse força
aplicada no objeto, consequentemente, a sua tendência seria voltar para o estado de
repouso.

A propriedade de permanecer em repouso quando em repouso e em movimento quando


se movendo é conhecida como inércia.

Inércia: a primeira lei de Newton

Também no século XVII, após estabelecido o conceito de inércia por Galileu, Newton, em
seu livro Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, formulou as leis básicas da mecânica,
que hoje levam seu nome e são conhecidas como as Leis de Newton.

Essas leis, também conhecidas como as leis dos movimentos, relacionam movimento e
força. Concordando com as ideias de Galileu, de que um corpo pode estar em movimento
mesmo que nenhuma força atue sobre ele, Newton tomou-as como base para o enunciado
de sua primeira lei, conhecida como Lei da Inércia.

Lei da Inércia: tendência que os corpos possuem em permanecer em seu estado natural de
repouso ou em movimento retilíneo e uniforme.

Para exemplificar, imaginem a seguinte situação: quando uma família viaja em um


automóvel em movimento retilíneo e uniforme em relação à Terra e, por algum motivo, o
motorista freia bruscamente, todos que estão no carro são atirados para frente em relação
ao carro. Isso ocorre em virtude da inércia, isto é, da tendência que todos têm de manter a
velocidade constante em que o carro vinha trafegando em relação à Terra.

Em resumo, na ausência de forças:

Um corpo ou objeto parado, em razão de sua inércia, tende a permanecer em repouso;

Uma vez iniciado o movimento, a tendência do corpo é permanecer em movimento


retilíneo e uniforme.

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SEGUNDA LEI DE NEWTON
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Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

De acordo com a Segunda Lei de Newton:

A força resultante que atua sobre um corpo é proporcional ao produto da massa pela
aceleração por ele adquirida.

Essa relação pode ser descrita com a equação:

𝑭𝑹 = 𝒎 ∗ 𝒂

sendo:

Fr – Força resultante;

m – massa;

a – aceleração.

De acordo com essa Lei, para que se mude o estado de movimento de um objeto, é
necessário exercer uma força sobre ele que dependerá da massa que ele possui. A
aceleração, que é definida como a variação da velocidade pelo tempo, terá o mesmo
sentido da força aplicada, conforme mostra a figura abaixo:

41
Ao aplicar uma força sobre um objeto, imprimimos sobre ele uma aceleração que será
dependente de sua massa.

Podemos ver a partir da figura que, ao aplicar uma força de 2N sobre um objeto, ele
adquirirá uma aceleração maior quando a massa for 0,5 kg e uma aceleração menor quando
a massa for 4 kg. Isso significa que, quanto maior a massa de um corpo, maior deve ser a
força aplicada para que se altere seu estado de movimento.

Sendo a inércia definida como a resistência de um corpo para alterar seu estado de
movimento, podemos dizer que a Segunda lei de Newton também define a massa como a
medida da inércia de um corpo.

A força é uma grandeza vetorial, pois é caracterizada por módulo, direção e sentido. A
unidade no Sistema Internacional para força é o Newton (N), que representa kg m/s2.

A Segunda Lei de Newton também é chamada de Princípio Fundamental da Dinâmica, uma


vez que é a partir dela que se define a força como uma grandeza necessária para se vencer
a inércia de um corpo.

Força Peso

A partir da Segunda Lei de Newton, também chegamos à outra importante definição na


Física: o Peso.

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A Força Peso corresponde à atração exercida por um planeta sobre um corpo em sua
superfície. Ela é calculada com a equação:

𝑷=𝒎∗𝒈

*g é a aceleração da gravidade local.

Apesar de a massa de um corpo ser fixa, não é o que ocorre com o peso.

Veja um exemplo:

Um corpo de massa 20 kg no planeta Terra, onde a aceleração da gravidade é 9,8 m/s2,


possui o seguinte peso:

P = 20. 9,8

P = 196 N

O mesmo corpo em Marte, onde g = 3,711 m/s2, possui o peso:

P = 20.3,711

P = 74,22 N

Vemos que o peso no planeta Marte é bem menor que na Terra, pois a gravidade em Marte
é menor. Isso ocorre porque a gravidade de um determinado local depende da massa do
corpo. Como a massa de Marte é menor que a da Terra, ele também terá gravidade menor.

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TERCEIRA LEI DE NEWTON
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Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

A Terceira lei de Newton descreve o resultado da interação entre duas forças. Ela pode ser
enunciada da seguinte maneira:

Para toda ação (força) sobre um objeto, em resposta à interação com outro objeto,
existirá uma reação (força) de mesmo valor e direção, mas com sentido oposto.

A partir desse enunciado, podemos entender que as forças sempre atuam em pares. Nunca
existirá ação sem reação, de modo que a resultante entre essas forças não pode ser nula,
pois elas atuam em corpos diferentes.

Imagine a situação em que alguém leva uma bolada no rosto. A ação seria a força feita pela
bola sobre o rosto da pessoa, e a reação seria a força feita pelo rosto sobre a bola. Mesmo
que a aplicação da força de reação seja involuntária, ela sempre acontece. As duas forças
possuem exatamente o mesmo valor, mas são aplicadas em sentidos opostos.

Na imagem abaixo, FBR é a força da bola sobre o rosto, e FRB é a força do rosto sobre a
bola.

44
O caso do lançamento de foguetes

Outro exemplo de aplicação da terceira lei de Newton é o caso do lançamento de foguetes.


No momento em que ocorre a queima dos combustíveis na base do foguete, uma enorme
quantidade de energia é liberada. Assim sendo, uma enorme força é feita contra o chão e,
em reação a essa força aplicada ao chão, o foguete é impulsionado para cima.

O Peso e a Normal

Ao colocar um corpo sobre uma superfície, a força peso força a superfície de modo que ela
responde com uma força vertical e para cima a fim de suportar o peso do objeto. O nome
dessa força é Normal.

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ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA
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Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

A matéria é composta por pequenas partículas e, de acordo com o maior ou menor grau de
agregação entre elas, pode ser encontrada em três estados: sólido, líquido e gasoso.

O volume, a densidade e a forma de um composto podem variar com a temperatura, sendo


assim, os compostos apresentam características de acordo com o estado físico em que se
encontram, veja as características de cada um:

Estado Sólido: as moléculas da matéria se encontram muito próximas, sendo assim


possuem forma fixa, volume fixo e não sofrem compressão. Por exemplo: em um cubo de
gelo as moléculas estão muito próximas e não se deslocam.

Estado Líquido: as moléculas estão mais afastadas do que no estado sólido e os elementos
que se encontram nesse estado possuem forma variada, mas volume constante. Além
dessas características, possui facilidade de escoamento e adquirem a forma do recipiente
que os contém.

Estado Gasoso: a movimentação das moléculas nesse estado é bem maior que no estado
líquido ou sólido. Se variarmos a pressão exercida sobre um gás podemos aumentar ou
diminuir o volume dele, sendo assim, pode-se dizer que sofre compressão e expansão
facilmente. Os elementos gasosos tomam a forma do recipiente que os contém.

Mudanças de estado físico

Assim, quando uma substância muda de estado físico sofre alterações nas suas
características microscópicas (arranjo das partículas) e macroscópicas (volume, forma),
porém a composição continua a mesma.

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A pressão e a temperatura, que são as variáveis de estado, influenciam no estado físico em
que uma substância se encontra e ao receber ou perder certa quantidade de calor ela pode
sofrer uma mudança/transição desse estado. A figura mostra o nome que se dá às
transições de fase:

Fusão: passagem da fase sólida para a líquida. Exemplo: o gelo derretendo e se


transformando em água líquida.

Vaporização: passagem da fase líquida para a gasosa. Exemplo: a água fervendo e se


transformando em vapor de água, como a vaporização dos rios, lagos e mares.

Solidificação: passagem da fase líquida para a sólida. Exemplo: água líquida colocada no
congelador para formar gelo.

Condensação: passagem da fase gasosa para a líquida. Exemplo: o vapor da água se


transformando em gotículas de água quando sua temperatura fica abaixo de 100 ºC.

Sublimação: passagem que se dá de forma direta, da fase sólida para a gasosa ou da fase
gasosa para a sólida; como acontece com a naftalina, por exemplo.

Observação: a condensação também pode ser chamada de liquefação (quando envolve


grandes pressões que "apertam" um gás e o tornam líquido nessa condição).

47
Como dito acima, tanto a pressão quanto a temperatura influenciam no estado físico que se
encontra determinada substância. A água, por exemplo, em condições normais de pressão,
1 atm, está na fase sólida a temperaturas abaixo de 0 ºC; na fase líquida em temperaturas
entre 0 ºC e 100 ºC e no estado gasoso para temperaturas acima de 100 ºC.

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PESO E DENSIDADE
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Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

A densidade é uma propriedade específica de cada material que serve para identificar uma
substância. Essa grandeza pode ser enunciada da seguinte forma:

A densidade (ou massa específica) é a relação entre a massa (m) e o volume (v) de
determinado material (sólido, líquido ou gasoso).

Matematicamente, a expressão usada para calcular a densidade é dada por:

𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒎
𝑫= =
𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝑽

Unidades de medida para a densidade

A unidade de medida da densidade, no Sistema Internacional de Unidades, é o quilograma


por metro cúbico (kg/m3), embora as unidades mais utilizadas sejam o grama por
centímetro cúbico (g/cm3) ou o grama por mililitro (g/mL).

Para gases, ela costuma ser expressa em gramas por litro (g/L).

Interpretação da expressão matemática da densidade Conforme se observa na expressão


matemática da densidade, ela é inversamente proporcional ao volume. Isso significa que,
quanto menor o volume ocupado por determinada massa, maior será a densidade.

Para entendermos como isso ocorreu na prática, pense, por exemplo, na seguinte questão:
o que pesa mais, 1 kg de chumbo ou 1 kg de algodão?

Na realidade, eles possuem a mesma massa, ou seja, o “peso” deles é o mesmo. A diferença
entre 1 kg de chumbo e 1 kg de algodão consiste na densidade, pois 1 kg de chumbo

49
concentra-se em um volume muito menor que 1 kg de algodão. A densidade do algodão é
pequena porque sua massa espalha-se em um grande volume.

Desse modo, vemos que a densidade de cada material depende do volume por ele
ocupado. E o volume é uma grandeza física que varia com a temperatura e a pressão. Isso
significa que, consequentemente, a densidade também dependerá da temperatura e da
pressão do material.

Um exemplo que nos mostra isso é a água. Quando a água está sob a temperatura de
aproximadamente 4ºC e sob pressão ao nível do mar, que é igual a 1,0 atm, a sua densidade
é igual a 1,0 g/cm3. No entanto, no estado sólido, isto é, em temperaturas abaixo de 0ºC,
ao nível do mar, a sua densidade mudará – ela diminuirá para 0,92 g/cm3.

Note que a densidade da água no estado sólido é menor que no estado líquido. Isso explica
o fato de o gelo flutuar na água, pois outra consequência importante da densidade dos
materiais é que o material mais denso afunda e o menos denso flutua.

Para compararmos essa questão, veja a figura abaixo, na qual temos um copo com água e
gelo e outro copo com uma bebida alcoólica e gelo:

Observe que o gelo flutua quando colocado na água e afunda quando colocado em bebidas
alcoólicas. A densidade é a grandeza que explica esse fato.

Conforme já dito, a densidade do gelo (0,92 g/cm3) é menor que a da água (1,0 g/cm3); já a
densidade do álcool é de 0,79 g/cm3, o que significa que é menor que a densidade do gelo,
por isso, o gelo afunda.

50
Densidades de alguns materiais

A seguir temos as densidades de algumas substâncias do nosso cotidiano:

Leite integral...........................1,03 g/cm3

Alumínio ................................ 2,70 g/cm3

Diamante .................................3,5 g/cm3

Chumbo...................................11,3 g/cm3

Mercúrio .................................13,6 g/cm3

51
TEMPERATURA E CALOR
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Bolsas de Estudo.

Temperatura e calor são conceitos fundamentais da Termologia, que é a área da Física que
estuda os fenômenos associados ao calor, como a temperatura, dilatação, propagação de
calor, comportamento dos gases, entre outros. Muitas vezes, esses dois conceitos são
utilizados como sinônimos, porém, apesar de estarem associados, são aspectos distintos.

Temperatura

A temperatura é uma grandeza física utilizada para medir o grau de agitação ou a energia
cinética das moléculas de uma determinada quantidade de matéria. Quanto mais agitadas
essas moléculas estiverem, maior será sua temperatura.

O aparelho utilizado para fazer medidas de temperatura é o termômetro, que pode ser
encontrado em três escalas: Celsius, Kelvin e Fahrenheit.

A menor temperatura a que os corpos podem chegar é chamada de Zero Absoluto, que
corresponde a um ponto em que a agitação molecular é zero, ou seja, as moléculas ficam
completamente em repouso. Essa temperatura foi definida no século XIX pelo cientista
inglês Willian Thompson, mais conhecido como Lord Kelvin. O zero absoluto tem os
seguintes valores: 0K – escala Kelvin e -273,15 ºC – na escala Celsius.

Calor

O calor, que também pode ser chamado de energia térmica, corresponde à energia em
trânsito que se transfere de um corpo para outro em razão da diferença de temperatura.

Essa transferência ocorre sempre do corpo de maior temperatura para o de menor


temperatura até que atinjam o equilíbrio térmico.

É muito comum ouvirmos algumas expressões cotidianas associando calor a altas


temperaturas. Em um dia quente, por exemplo, usa-se a expressão “Hoje está calor!”.
Porém, corpos com baixas temperaturas também possuem calor, só que em menor

52
quantidade. Isso quer dizer apenas que a agitação das moléculas é menor em corpos
“frios”.

A unidade de medida mais utilizada para o calor é a caloria (cal), mas a sua unidade no
Sistema Internacional é o Joule (J). A caloria é definida como a quantidade de energia
necessária para elevar a temperatura de 1g de água em 1ºC.

A relação entre a caloria e o Joule é dada por: 1 cal = 4,186 J.

53
PROPRIEDADES DA MATÉRIA
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Matéria é tudo aquilo que ocupa lugar no espaço e possui massa. Porém, cada matéria
pode apresentar uma ou mais características (propriedades da matéria) que são diferentes
de outra matéria, como também pode apresentar características semelhantes.

Quando misturamos óleo na água, ambos no estado líquido, percebemos rapidamente que
um não se dissolve no outro e posiciona-se de forma diferente no recipiente.

Essa simples mistura é suficiente para visualizarmos diversas propriedades da matéria,


como a solubilidade (por não se dissolverem) e a densidade (por se posicionarem de forma
diferente).

De uma forma geral, as propriedades da matéria estão divididas em dois grupos, as gerais e
as específicas, todas exploradas a seguir:

Propriedades gerais da matéria

São as características que toda matéria apresenta, independentemente do seu estado físico
(sólido, líquido ou gasoso).

54
Inércia

Uma matéria sempre apresenta a tendência de manter o seu estado, seja de repouso, seja
de movimento, a não ser que uma força externa influencie.

Massa

Fisicamente, massa é uma grandeza que indica a medida da inércia ou da resistência de um


corpo de ter seu movimento acelerado. Porém, podemos, de uma forma geral, associar a
massa à quantidade de partículas existentes em uma matéria.

Volume

É o espaço que uma matéria ocupa independentemente do seu estado físico.

Impenetrabilidade

Duas matérias não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Para enchermos uma
garrafa com água, por exemplo, o ar tem que sair dela.

Compressibilidade

É a característica que a matéria apresenta de diminuir o espaço que estava ocupando


quando submetida a uma força externa. Isso pode ser visto quando tampamos a ponta de
uma seringa e empurramos o gás em seu interior com o êmbolo.

Elasticidade

É a característica que uma matéria tem de voltar à sua forma original quando uma força
externa a estica ou comprime.

55
Divisibilidade

É a capacidade que a matéria possui de ser dividida inúmeras vezes sem deixar de ser o que
ela é, isto é, não há modificação de sua composição química.

Propriedades específicas da matéria

São características próprias de cada matéria, ou seja, se uma matéria apresenta, não quer
dizer que outra também apresentará a mesma característica.

Propriedades químicas

É a característica que uma matéria apresenta de se transformar em outra, em um processo


denominado de fenômeno químico. Muitas vezes um fenômeno químico só ocorre quando
a matéria é submetida a determinadas condições (temperatura, catalisadores, eletrólise
etc.).

Uma matéria só se transforma em outra quando apresentam uma característica química em


comum, principalmente átomos de elementos químicos em comum. Se queremos produzir
iogurte, é preciso utilizar leite, e não suco de uva, por exemplo.

Outro exemplo clássico de fenômeno químico é a formação da água. Nesse processo,


submetemos os gases oxigênio (O2) e hidrogênio (H2) a altas pressões e temperaturas,
sendo o resultado a produção de uma substância completamente diferente, a água.

Isso não é possível quando reagimos os gases cloro (Cl2) e hidrogênio (H2). Nesse caso, o
resultado é a formação de ácido clorídrico (Hcl).

Propriedades físicas

São características da matéria determinadas de forma experimental.

Solubilidade (S)

É a característica que uma determinada matéria apresenta de dissolver outra. A água, por
exemplo, tem a capacidade de dissolver o cloreto de sódio (sal de cozinha). Vale ressaltar

56
que a quantidade de soluto, solvente e a temperatura são fatores que influenciam a
solubilidade.

Um exemplo da influência da temperatura, quantidade de soluto e solvente está descrito na


tabela a seguir:

Na tabela, podemos observar que, se tivermos 100 mL de água, a 10oC, dissolveremos


190,5 g de sacarose. Agora, se essa mesma quantidade de água estiver a 50 oC, a
quantidade de sacarose que poderá ser dissolvida é de 260,4 g.

Densidade (d)

É a relação entre a massa (m) da matéria e o espaço (volume) que ela ocupa. Ela é calculada
por meio da seguinte expressão:

𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒎
𝑫= =
𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝑽

Ponto de fusão (PF)

É a temperatura que indica quando uma matéria deixa de ser sólida e passa a ser
totalmente líquida. O ferro, por exemplo, deixa de ser sólido e passa a ser líquido a 1535 oC.

Ponto de ebulição (PE)

É a temperatura que indica quando uma matéria deixa de ser líquida e passa a ser
totalmente gasosa. O metal mercúrio, por exemplo, deixa de ser líquido e passa a ser
gasoso a 356,9 oC.

57
Tenacidade

É a capacidade que uma matéria tem de resistir ao impacto com outra matéria. Quando
uma pedra é arremessada no vidro, este se quebra, ou seja, a pedra é mais tenaz que o
vidro.

Dureza

É a capacidade que uma matéria apresenta de riscar outra. Um exemplo é quando uma
pedra arranha o vidro de uma janela, ou seja, a pedra é mais dura que o vidro.

Propriedades organolépticas

É a característica que a matéria apresenta de estimular pelo menos um dos cinco sentidos.
Veja alguns exemplos:

Paladar: quando ingerimos cloreto de sódio, sentimos o sabor salgado;

Audição: o som produzido pelo bife sendo frito em uma panela;

Tato: quando passamos uma toalha no rosto e sentimos que ela é áspera;

Visão: luz percebida a partir da explosão de fogos de artifício;

Olfato: o aroma liberado quando descascamos uma mexerica.

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PRESSÃO ATMOSFÉRICA
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Antes de iniciarmos o estudo sobre pressão, faça a seguinte experiência: Pressione com o
dedo a ponta de seu lápis e depois faça do mesmo modo, mesma força, com a extremidade
não apontada. Você vai perceber que sentirá uma dorzinha ao pressionar a extremidade
apontada.

Mas porque só sentimos dor quando pressionamos a extremidade apontada se a força


aplicada nas duas extremidades foi de mesma intensidade?

Para respondermos a esse questionamento devemos ter conhecimento de um conceito


físico denominado pressão, o qual relaciona a força e a área em que essa força foi aplicada.

Define-se pressão (p) como sendo a razão entre a intensidade da força (F), aplicada
perpendicularmente a uma superfície, e a área (A) dessa superfície:

A unidade de pressão no Sistema Internacional de Unidades, como podemos observar se


substituirmos as unidades de força (N) e área (m²) na definição de pressão, é o newton por
𝑁
metro quadrado ( ), também conhecida como pascal (Pa).
𝑚²

Logo:

𝑵
1 = 𝟏 𝒑𝒂𝒔𝒄𝒂𝒍 = 𝟏𝒑𝒂
𝒎²

Desse modo, é fácil constatar que sentimos dor ao pressionar a extremidade do lápis
apontada porque a pressão é maior sobre uma superfície de área menor.

Outra unidade de pressão comumente usada é a pressão atmosférica (atm).

Pressão atmosférica é a pressão que a atmosfera exerce sobre a superfície da Terra.

Essa pressão se deve ao fato de a atmosfera ser composta por uma mistura de gases, sendo
a maior parte formada pelos gases oxigênio e nitrogênio. Esses gases formam o ar que sofre

59
a ação do campo gravitacional terrestre e assim exerce pressão em todos os corpos na
superfície da Terra.

Normalmente não se sente a pressão atmosférica porque ela se aplica igualmente em todos
os pontos do corpo, porém, seu valor varia de acordo com as condições do tempo e a
altitude.

A pressão atmosférica normal ao nível do mar é:

𝑷 = 𝟏𝑨𝑻𝑴 = 𝟏, 𝟎𝟏𝟑 ∗ 𝟏𝟎𝟓 𝑷𝒂

Outra unidade usual é o milímetro de mercúrio (mmHg), que é a pressão que uma coluna de
mercúrio de 1 mm de altura exerce sobre uma superfície onde a gravidade g = 9,8 m/s² e
temperatura 0C.

A relação entre mmHg e atm é a seguinte:

𝟏𝑨𝑻𝑴 = 𝟕𝟔𝟎𝒎𝒎𝑯𝒈

Um dos primeiros a verificar a pressão exercida pela atmosfera na superfície terrestre foi
Torriceli, através de um experimento onde ele utilizou um tubo com aproximadamente um
metro de comprimento cheio de mercúrio, dessa experiência que se originou a unidade
mmHg.

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FENÔMENOS FÍSICOS E
QUÍMICOS
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Fenômeno é o nome dado a toda e qualquer transformação que a matéria (tudo aquilo que
ocupa lugar no espaço e possui massa) pode sofrer, independentemente se a sua
composição foi ou não alterada.

Quando pegamos uma folha de papel e simplesmente a rasgamos, modificamos seu


formato e tamanho, mas ainda temos o papel. Porém, se essa folha for queimada, teremos
modificação na sua composição.

O exemplo do papel representa os dois tipos de fenômenos que a matéria pode sofrer.
Vamos entendê-los melhor!

Fenômenos físicos

São alterações sofridas pela matéria que não provocam nenhuma modificação na sua
composição (substâncias que formam o material), ou seja, antes, durante e após a
ocorrência de um fenômeno físico, as substâncias que constituem a matéria serão
exatamente as mesmas.

Exemplos de fenômenos físicos

 Produção do suco de tomate


 Produção da gasolina a partir do petróleo
 Condução da corrente elétrica em um fio de cobre
 Decomposição da luz solar em um prisma
 Precipitação da chuva
 Dissolução do chocolate em pó no leite
 Sublimação do gelo seco

61
Sinais que caracterizam um fenômeno físico

 Mudança de estado físico


 Mudança no formato ou no tamanho
 Solubilidade (quando uma matéria se dissolve em outra)
 Condução de calor ou eletricidade

Fenômenos químicos

São alterações sofridas pela matéria que provocam modificação na sua composição, ou
seja, as substâncias que formam a matéria antes da ocorrência de um fenômeno químico
são diferentes das substâncias que compõem a matéria após o fenômeno.

Exemplos de fenômenos químicos

 Produção de etanol a partir da cana-de-açúcar


 Produção de vinho a partir do suco de uva
 Transformação do vinho em vinagre
 Apodrecimento de frutas
 Amadurecimento de frutas
 Cozimento de ovo
 Formação da ferrugem em um portão de aço
 Comprimido efervescente adicionado à água

Sinais que identificam um fenômeno químico

 Mudança de cor
 Efervescência (desenvolvimento de bolhas em um líquido)
 Liberação de energia na forma de calor ou luz
 Formação de um sólido
 Produção de fumaça

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SUBSTÂNCIAS E MISTURAS
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De uma forma geral, as substâncias puras dificilmente são encontradas isoladas na


natureza, sendo encontradas na forma de misturas, isto é, associadas às outras substâncias.
Isso quer dizer que nós e quase tudo que está a nossa volta são exemplos de misturas das
mais variadas substâncias puras.

Substâncias puras

Substâncias puras são materiais que possuem composição química e propriedades físicas e
químicas constantes, já que não se modificam em pressão e temperatura constantes.

De uma forma geral, as substâncias puras podem ser classificadas de duas formas:

Substâncias simples

São compostos químicos formados por átomos de um mesmo elemento químico. Por
exemplo:

H2 (Gás Hidrogênio)

As moléculas do Gás Hidrogênio são formadas por dois átomos do elemento químico
Hidrogênio, por isso, trata-se de uma substância simples. Por exemplo:

O3 (Gás Ozônio)

As moléculas do Gás Ozônio são formadas por três átomos do elemento químico Oxigênio,
por isso, trata-se de uma substância simples.

Existe ainda a possibilidade de átomos de um mesmo elemento químico formarem


substâncias simples completamente diferentes, os alótropos.

Um exemplo de alotropia é o caso do elemento químico Oxigênio, o qual forma as


substâncias gás oxigênio (O2) e gás ozônio (O3).

63
Substâncias compostas

São compostos químicos formados por átomos de elementos químicos diferentes.


Exemplos:

CO2 (Gás Carbônico ou Dióxido de Carbono)

As moléculas do Gás Carbônico são formadas por um átomo do elemento carbono e dois
átomos do elemento oxigênio. Como os elementos químicos são diferentes, trata-se de uma
substância composta.

KMnO4 (permanganato de potássio)

O íon-fórmula do permanganato de potássio é formado por um átomo do elemento


potássio, um átomo do elemento manganês e quatro átomos do elemento oxigênio.

Misturas

Mistura é a união de duas ou mais substâncias diferentes (independentemente se são


simples ou compostas). Ela apresenta características físicas (ponto de fusão, ponto de
ebulição, densidade, tenacidade etc.) diferentes e variáveis (não fixas) em comparação com
as substâncias que a compõem.

A mistura de água e cloreto de sódio, por exemplo, apresenta um ponto de fusão


totalmente diferente em relação aos pontos de fusão da água (0 C) e do cloreto de sódio
(803 C) isoladamente.

Misturas homogêneas

As misturas homogêneas apresentam apenas uma fase (um único aspecto visual). São
formadas quando um material tem a capacidade de dissolver outro. Exemplos:

 água e sal;
 água e açúcar;
 gasolina e álcool;
 ar atmosférico (gás oxigênio, gás nitrogênio, gás carbônico, vapor de água etc);
 álcool e água;
 petróleo (gasolina, querosene, óleo lubrificante etc.);

64
Misturas heterogêneas

As misturas heterogêneas apresentam mais de uma fase (dois ou mais aspectos visuais).
São formadas quando um material não dissolve outro. Exemplos:

 granito;
 ferro e ferrugem;
 água com gelo;
 água com óleo;
 água e areia;
 água e gasolina.

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SEPARAÇÃO DE MISTURAS
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A natureza, os produtos que adquirimos, os materiais confeccionados pelo ser humano, ou


seja, de uma forma geral nós e tudo que nos cerca é formado por misturas (associação de
substâncias). Para utilizarmos uma substância qualquer é fundamental realizar a separação
de misturas.

Separação de misturas significa isolar um ou mais componentes (substâncias) que formam a


mistura, seja ela homogênea (que apresenta apenas um aspecto visual, fase) ou
heterogênea (que apresenta pelo menos dois aspectos visuais, fases).

Para realizar a separação dos componentes de uma mistura é necessária a utilização de um


ou mais métodos. Abaixo, temos uma relação de diversos métodos de separação de
misturas, porém alguns mais utilizados em misturas homogêneas, já outros em misturas
heterogêneas:

OBS.: De uma forma geral a separação dos componentes de uma mistura quase sempre
necessita da utilização de mais de um método.

Para misturas heterogêneas

Catação: método de separação utilizado para separar os componentes de uma mistura


formada por sólidos de tamanhos diferentes, ou de um sólido não dissolvido no líquido,
utilizando recursos como as mãos, uma pinça, um pegador, etc, para fazer a retirada de um
sólido.

Exemplo: separar pedras dos grãos de feijão.

Levigação: método que utiliza a força da água para arrastar o componente menos denso de
uma mistura formada por sólidos de diferentes densidades.

Exemplo: separar o cascalho do ouro.

66
Ventilação: método que utiliza a força do vento para arrastar o componente menos denso
de uma mistura formada por sólidos de diferentes densidades.

Exemplo: separar a casca do grão de amendoim.

Flotação: método no qual um líquido é adicionado a uma mistura formada por dois sólidos,
os quais não se dissolvem e um deles é mais denso, enquanto o outro é mais denso que o
líquido. Em seguida uma decantação é realizada.

Exemplo: adicionar água em uma mistura formada por areia e isopor.

Sifonação: Método no qual utilizamos mangueira, pipeta, canudo, seringa e etc, para retirar
o líquido mais denso ou o menos denso de uma mistura formada por apenas líquidos.

Exemplo: Separar os componentes da mistura formada por água e óleo.

Filtração: método no qual um filtro de papel retém o componente sólido de uma mistura
formada por um sólido e um gás, ou um sólido não dissolvido em um líquido.

Exemplo: separar a areia da água.

Filtração a vácuo: é um método que acelera a velocidade da realização de uma filtração.


Isto ocorre porque o líquido filtrado não apresenta a resistência do ar ao cair dentro do
recipiente.

Exemplo: separar areia da água ou uma mistura pastosa.

Decantação: Método no qual o componente menos denso da mistura (formada por um


sólido não dissolvido em um líquido, ou entre dois líquidos que não se dissolvem) é
posicionado encima do componente mais denso, devido a ação da gravidade.

Exemplo: separar barro da água.

67
Separação com funil de bromo: é um equipamento específico com o qual é possível separar
o líquido mais denso do líquido menos denso de uma mistura formada por líquidos
imiscíveis, após a realização de uma decantação dos mesmos.

Exemplo: separar água e óleo.

Centrifugação: é um método que acelera o fenômeno da decantação, quando a mistura é


submetida a movimentos de translação em um equipamento denominado centrífuga

Separação magnética: método no qual um ímã é utilizado para retirar o componente


metálico presente em uma mistura formada por sólidos.

Exemplo: separar a limalha de ferro da areia.

Dissolução fracionada: método no qual um líquido é adicionado a uma mistura formada por
dois sólidos com o objetivo de dissolver apenas um deles.

Exemplo: adicionar água em uma mistura formada por sal e areia.

Coagulação: método no qual uma substancia é adicionada a uma mistura com o intuito de
se unir à componentes sólidos que estejam em suspensão em um líquido.

Exemplo: adicionar sulfato de alumínio na água em uma estação de tratamento de água.

Floculação: é um método que complementa a coagulação, já que nele a mistura é agitada


para favorecer a ação do coagulante.

Tamisação: método no qual utiliza-se um peneira para separar grãos sólidos de tamanho
maior presentes em uma mistura.

Exemplo: Peneirar a farinha de trigo.

68
Para misturas homogêneas

Fusão fracionada: método utilizado para separar os componentes de uma mistura


homogênea formada apenas por sólidos que apresentam diferentes pontos de fusão. A
mistura é aquecida até atingir o menor ponto de fusão. Assim, em seguida, por filtração ou
peneiração, o sólido restante é separado do líquido.

Exemplo: separação dos componentes do ouro 18 quilates.

Solidificação fracionada: método utilizado para separar os componentes de uma mistura


formada por líquidos miscíveis que apresentem diferentes pontos de fusão através do
resfriamento da mistura. A temperatura é diminuída até o menor ponto de fusão para que
apenas um dos componentes seja transformado em sólido.

Exemplo: separar a parafina dos resíduos do petróleo.

Evaporação: método utilizado quando não temos o objetivo de reutilizar o líquido presente
na mistura. Assim, ao evaporar o sólido é separado.

Exemplo: separação da água do sal em uma salina.

Destilação simples: método utilizado para separar os componentes de uma mistura


formada por um sólido dissolvido em um líquido. Nele o líquido é vaporizado e em seguida
condensado, sendo recolhido em um outro recipiente.

Exemplo: separar a mistura água e sal.

Destilação fracionada: método utilizado para separar os componentes de uma mistura


formada por dois ou mais líquidos miscíveis (que estão dissolvidos entre si). A mistura é
aquecida fazendo com que os líquidos sejam vaporizado, porém antes de serem
condensados, os vapores são separados em uma coluna de fracionamento.

Exemplo: separar a mistura formada por água e acetona.

69
Destilação por arraste de vapor: método que utiliza o calor do vapor de água sobre uma
mistura para fazer um componente dela vaporizar.

Exemplo: obtenção de essências a partir de plantas.

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TRATAMENTO DE ÁGUA
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Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

A água oferecida à população é submetida a uma série de tratamentos apropriados que vão
reduzir a concentração de poluentes até o ponto em que não apresentem riscos para a
saúde. Cada etapa do tratamento representa um obstáculo à transmissão de infecções.

A primeira dessas etapas é a COAGULAÇÃO, quando a água bruta recebe, logo ao entrar na
estação de tratamento, uma dosagem de sulfato de alumínio. Este elemento faz com que as
partículas de sujeira iniciem um processo de união.

Segue-se a FLOCULAÇÃO, quando, em tanques de concreto, continua o processo de


aglutinação das impurezas, na água em movimento. As partículas se transformam em flocos
de sujeira.

A água entra em outros tanques, onde vai ocorrer a DECANTAÇÃO. As impurezas, que se
aglutinaram e formaram flocos, vão se separar da água pela ação da gravidade, indo para o
fundo dos tanques ou ficando presas em suas paredes.

A próxima etapa é a FILTRAÇÃO, quando a água passa por grandes filtros com camadas de
seixos (pedra de rio) e de areia, com granulações diversas e carvão antracitoso (carvão
mineral). Aí ficarão retidas as impurezas que passaram pelas fases anteriores.

A água neste ponto já é potável, mas para maior proteção contra o risco de infecções de
origem hídrica, é feito o processo de DESINFECÇÃO. É a cloração, para eliminar germes
nocivos à saúde e garantir a qualidade da água até a torneira do consumidor. Nesse
processo pode ser usado o hipoclorito de sódio, cloro gasoso ou dióxido de cloro.

O passo seguinte é a FLUORETAÇÃO, quando será adicionado fluossilicato de sódio ou ácido


fluorssilícico em dosagens adequadas. A função disso é previnir e reduzir a incidência de
cárie dentária, especialmente nos consumidores de zero a 14 anos de idade, período de
formação dos dentes.

A última ação nesse processo de tratamento da água é a CORREÇÃO de pH, quando é


adicionado cal hidratado ou barrilha leve (carbonato de sódio) para uma neutralização
adequada à proteção da tubulação da rede e da residência dos usuários.

71
Entre a entrada da água bruta na ETA e sua saída, já potável, decorrem cerca de 30 minutos.

TRATAMENTO DE ESGOTO

O tratamento dos esgotos domésticos tem como objetivo, principalmente: remover o


material sólido; reduzir a demanda bioquímica de oxigênio; exterminar micro-organismos
patogênicos; reduzir as substâncias químicas indesejáveis.

As diversas unidades da estação convencional podem ser agrupadas em função das


eficiências dos tratamentos que proporciona. Assim temos:

Tratamento preliminar: gradeamento, remoção de gorduras e remoção de areia.

Tratamento primário: tratamento preliminar, decantação, digestão do lodo e secagem do


lodo.

Tratamento secundário: tratamento primário, tratamento biológico, decantação secundária


e desinfecção.

DOENÇAS CAUSADAS POR ÁGUA CONTAMINADA

Doenças Causadas por Parasitas

Amebíase: O contágio se dá através de água contaminada com cistos provenientes de fezes


humanas.

Esquistossomose: O contágio se dá através do contato direto com água onde há larvas


provenientes de caramujos contaminados.

Ascaridíase: O contágio se dá com o consumo de água onde há o parasita Áscaris


Lumbricoides.

Giardíase: O contágio se dá com o consumo de água onde há o parasita Giárdia Lamblya.

Doenças Causadas por Vírus

Hepatite Viral tipo A e Poliomielite: O contágio se dá ao contato (consumo ou banho) com


água contendo urina ou fezes humanas.

Doenças causadas por Bactérias Meningoencefalite: O contágio se dá pelo contato


(consumo ou banho) com águas contaminadas.

72
Cólera: O contágio se dá com o consumo de água contaminada por fezes ou vômito de
algum indivíduo contaminado.

Leptospirose: A água contaminada por urina de ratos é a principal causa da doença, cuja
incidência aumenta com chuvas fortes e enchentes.

Apresenta maior perigo em águas próximas a depósitos de lixo e em áreas sem


esgotamento sanitário.

Febre Tifoide: O contágio se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados (a


contaminação de alimentos ocorre ao se lavar alimentos com água contaminada).

Gastroenterites: a ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes causam muita


variedade de distúrbios gástricos, geralmente associados a fortes diarreias.

Desinteria Bacilar: Uma série de bactérias causam, através da ingestão de água sem
tratamento, severas formas de diarreias, formando um quadro de febre, dores e mal-estar
geral.

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ELEMENTOS QUÍMICOS
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Bolsas de Estudo.

Os elementos químicos são os constituintes básicos de todas as substâncias. Em nível


microscópico, pode-se realizar a seguinte definição:

Um elemento químico é o conjunto de átomos que possuem o mesmo número atômico.

O número atômico, simbolizado pela letra “Z”, é, na verdade, a quantidade de prótons que
o átomo possui em seu núcleo. Assim, cada elemento é diferenciado pela quantidade de
prótons que seus átomos possuem. Por exemplo, o conjunto formado por átomos que
possuem número atômico igual a 1 forma o elemento químico conhecido como hidrogênio.
Já o elemento oxigênio é formado por átomos de número atômico igual a 8.

Assim, um átomo isolado também representa um elemento químico, porque ele forma um
conjunto unitário de átomo.

Atualmente são reconhecidos oficialmente cerca de 115 elementos químicos, com


propriedades bastante diferentes uns dos outros e outros que se assemelham. Por isso, os
elementos foram organizados em ordem crescente de número atômico, formando um
conjunto que é conhecido como Tabela Periódica.

Nessa tabela, aparece os nomes e os símbolos de cada elemento químico, bem como o seu
número atômico na parte de cima, e na parte inferior a massa atômica.

A Tabela Periódica segue uma ordem crescente de números atômicos. Fora da tabela
periódica, a IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) determina que os
elementos químicos devem ser representados escrevendo-se o símbolo no centro, o
número atômico (Z) na parte inferior esquerda e o número de massa (A – soma dos prótons
e dos nêutrons no núcleo atômico) na parte superior esquerda:

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Tais elementos químicos unem-se, realizando ligações químicas e formando as mais
variadas substâncias. Assim, em nível macroscópico, os elementos foram sendo descobertos
por meio da decomposição das substâncias químicas. Elas eram decompostas cada vez mais
até que não fosse mais possível decompô-las.

Desse modo, sabia-se que se tinha chegado aos elementos químicos que a compunham. Por
exemplo, ao se passar uma corrente elétrica sobre a água (eletrólise), ela decompõe-se em
duas substâncias simples, o hidrogênio e o oxigênio. Estes, por sua vez, não podem ser
decompostos, pois eles são formados por um só tipo de elemento químico cada um.

Assim, descobriu-se que a água não era um elemento químico, mas o que era composta de
hidrogênio e oxigênio.

75
76
NOÇÕES DE ÍONS
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Bolsas de Estudo.

Para um átomo ser eletricamente neutro ele precisa ter a mesma quantidade de prótons e
elétrons, mas como nem sempre isso ocorre, surge então os compostos denominados de
íons. Íons são átomos que perderam ou ganharam elétrons em razão de reações, eles se
classificam em ânions e cátions:

Ânion: átomo que recebe elétrons e fica carregado negativamente.

N3- , Cl- , F- , O2-

Cátion: átomo que perde elétrons e adquire carga positiva.

Al3+ , Na+ , Mg2+ , Pb4+

Quando ocorrem ligações entre íons positivos e negativos denominamos de Ligações


Iônicas. Um exemplo prático de ligação iônica é a que ocorre na formação de Cloreto de
sódio, o nosso sal de cozinha cuja fórmula é NaCl, veja a reação:

𝑵𝒂+ + 𝑪𝒍− = 𝑵𝒂𝑪𝒍

Só para relembrar:

Ânions – íons negativos;

Cátions – íons positivos.

77
Vamos então resolver alguns problemas que envolvem íons e prótons:

1) Primeiro é preciso destacar que ÂNIONS possuem número de elétrons maior que o
número de prótons, e CÁTIONS o contrário: o número de elétrons é menor que o número
de prótons.

− 𝟑−
𝟏𝟓𝑷 + 𝟑𝒆 = 𝟏𝟓 𝑷

Átomo neutro recebe 3 elétrons

2) Observe que o átomo de fósforo (P) possuía Z = 15 (número atômico), mas ele ganhou 3
elétrons e então passou a se apresentar como um ânion.

𝟐+ −
𝟏𝟐𝑴𝒈 = 𝟏𝟐 𝑴𝒈 + 𝟐𝒆

Átomo neutro perde 2 elétrons

O átomo de Magnésio (Mg) possuía Z = 12 (número atômico), como ele perdeu 2 elétrons
passou a ser um cátion.

A espécie química Mg2+ é chamada cátion bivalente ou íon bivalente - positivo.

Outro exemplo deste tipo de nomenclatura é o F-, denominado de ânion monovalente ou


íon monovalente negativo.

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DOENÇAS SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS
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DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) são aquelas que podem ser transmitidas de uma
pessoa para outra pelo contato sexual.

A maioria é causada por microrganismos que se alojam nos órgãos genitais. Todas são
perigosas e podem deixar sequelas se não forem tratadas a tempo.

Lembre-se que a camisinha é o único método de prevenção eficaz contra as DSTs e a AIDS.
Algumas DSTs, em sua fase inicial, têm tratamento, controle ou cura.

As doenças sexualmente transmissíveis que ocorrem com mais frequência são:

Gonorreia

Gonorreia, também chamada de blenorragia, é uma das DSTs mais comuns. Pode atingir
homens e mulheres.

É causada por bactérias que infeccionam a uretra, provocando ardência ao urinar, coceira,
inchaço e vermelhidão nas bordas do orifício urinário. Se não tratada a tempo, pode levar à
esterilidade.

Sífilis

A sífilis é causada por uma bactéria e transmitida pelo contato sexual ou pelo sangue
contaminado.

É uma doença grave, que pode atacar vários órgãos vitais. Pode causar cegueira, paralisia,
distúrbios cardíacos e neurológicos e até a morte.

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Em mulheres grávidas, pode causar danos irreversíveis no sistema nervoso do feto. Seu
principal sintoma é uma pequena úlcera, dura e indolor, nos órgãos sexuais.

Essa úlcera tende a desaparecer depois de algum tempo. Mais tarde podem surgir manchas
vermelhas pelo corpo, que desaparecem, mas a doença continua ativa.

Herpes Genital

A herpes genital é causada por um vírus, para o qual não existe cura. A doença provoca
pequenas bolhas, nos órgãos sexuais, que, ao se romper, viram feridas, provocando ardor,
coceira e dor.

As bolhas podem desaparecer e voltar depois de certo tempo, dependendo das condições
do sistema imunitário do portador.

Candidíase

É causada por fungos normalmente existentes no nosso corpo, mas que proliferam muito
devido ao estresse, ao uso de antibióticos, de anticoncepcionais e durante a gravidez. Causa
ardência e coceira.

A candidíase é transmitida pelo contato sexual ou por roupas íntimas compartilhadas. Se a


mãe estiver com candidíase, o bebê poderá ser contaminado na hora do parto.

Os fungos podem também atacar a mucosa bucal, quando então a doença é chamada
popularmente de “sapinho”.

Condiloma Acuminado

Esse tipo de doença é causado pelo vírus HPV – papiloma (com subtipos). Pode ser
transmitido à mulher pelo homem sem que este manifeste sintomas, sendo por isso,
chamado de portador assintomático.

Os seus sintomas são o aparecimento de verrugas, muitas vezes microscópicas, nos órgãos
genitais. Nas mulheres o vírus pode permanecer inerte durante anos, ativando-se em
momentos de baixa imunidade.

Pode aumentar o rico de câncer de colo uterino. Já existem vacinas para prevenir alguns
tipos de vírus que provocam a doença.

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Hepatite B

A hepatite B é causada por um vírus que ataca o fígado. O indivíduo contaminado pode se
recuperar da infecção ou se tornar portador crônico, desenvolvendo graves doenças, como
cirrose ou câncer no fígado.

O contágio ocorre por relações sexuais com indivíduos infectados ou pelo sangue
contaminado. A prevenção é feita com vacina.

Aids

Também chamada de SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), a AIDS é causada


pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) que ataca os linfócitos – células sanguíneas
especializadas na produção de anticorpos que são responsáveis pela defesa do organismo.

O HIV pode ser transmitido através do esperma, do sangue, da secreção vaginal e do leite
materno de pessoas contaminadas.

O vírus pode ficar durante vários anos no organismo de uma pessoa sem se manifestar, até
destruir os linfócitos, podendo levar a morte, em consequência de outras doenças
chamadas de oportunistas.

Existem medicamentos capazes de prolongar a vida do paciente com aids, melhorando sua
qualidade de vida.

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MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
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Institutos Federais, CEFET, Colégios Universitários (COTUCA, COTIL, UNESP, etc...), Colégio Embraer e
Bolsas de Estudo.

Os métodos contraceptivos ou anticoncepcionais têm o objetivo de evitar uma gravidez não


programada e/ou prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DST), como no caso dos
preservativos.

São importantíssimos para o controle da natalidade e o planejamento familiar, sendo


muitas vezes implementados com a ajuda de governos e ongs. É preciso conhecer e estudar
esses métodos como forma de evitar problemas como gravidez na adolescência, doenças,
má-utilização e desinformação.

Sexo faz parte da vida das pessoas e a saúde sexual é um tema muito importante e
recorrente em vestibulinhos e vestibulares.

Tipos de Métodos Contraceptivos

Os métodos contraceptivos podem ser naturais, de barreira, hormonais, mecânicos ou


ainda definitivos (irreversíveis).

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A escolha do método a ser adotado deve ser feita a partir do perfil do casal e em comum
acordo com seu parceiro, além disso, é recomendada a orientação médica.
Cada método possui características próprias de uso, vantagens, desvantagens e um nível de
eficácia que pode variar.

Preservativo

A camisinha é um preservativo, que pode ser masculino ou feminino, sendo considerado um


método de barreira.
Eles são considerados os mais seguros, pois além de evitarem a gravidez, também protegem
contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a AIDS.

Preservativo masculino
Considerado um dos métodos contraceptivos mais populares, a caminha masculina protege
contra DSTs, tem baixo custo e é fácil de usar. Além disso, ela apresenta um alto índice de
eficácia quando utilizado do modo correto.

É um preservativo que consiste em uma capa fina de borracha cobre o pênis durante a
relação sexual, impedindo o contato do sêmen com a vagina, o ânus ou a boca. O esperma
fica retido e os espermatozoides não entram no corpo da mulher.

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Confira na tabela abaixo algumas vantagens e desvantagens da caminha masculina.

Preservativo feminino

A camisinha feminina pode ser colocada até 8 horas antes do ato sexual, sendo também um
método de barreira, pois não permite que o espermatozoide entre no corpo da mulher. Se
utilizado corretamente, conforme instruções, apresenta um alto índice de eficácia

O seu plástico é mais fino e mais lubrificado que a masculina e o seu uso não é
recomendado simultaneamente com a camisinha masculina.

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Veja na tabela abaixo algumas vantagens e desvantagens da camisinha feminina.

Pílula anticoncepcional

As pílulas anticoncepcionais são feitas com hormônios semelhantes aos que são produzidos
pelo próprio corpo (estrogênio e progesterona). Elas atuam impedindo a ovulação e
dificultando a passagem dos espermatozoides para o interior do útero.
Elas possuem uma eficácia de 99,8% quando utilizados de forma correta e regular, ou seja, é
recomendado que seja tomada uma pílula por dia sempre no mesmo horário.

Veja na tabela abaixo algumas vantagens e desvantagens da pílula anticoncepcional.

Anticoncepcional injetável

O anticoncepcional injetável é semelhante à pílula e consiste na aplicação de uma solução


oleosa que libera a mesma quantidade diária de hormônios que a pílula. Pode ser aplicada
de forma mensal ou uma a cada três meses.
Não interfere com a menstruação, que ocorre normalmente. É mais prático que a pílula,
pois não é preciso administrá-lo diariamente, além de causar menos efeitos colaterais. É um
dos métodos contraceptivos com maior índice de eficácia.

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Confira na tabela abaixo algumas vantagens e desvantagens do anticoncepcional injetável.

Adesivo anticoncepcional

O contraceptivo em forma de adesivo é semelhante a um esparadrapo, sendo aplicado na


pele para que ocorra a liberação dos hormônios, que acontece de forma contínua.

O tempo de duração do adesivo é de uma semana, devendo ser substituído durante 3


semanas, atingindo assim, 21 dias. Assim como a pílula, a orientação é que seja feita uma
pausa de uma semana para que o processo seja iniciado.

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Confira na tabela a seguir algumas vantagens e desvantagens do adesivo anticoncepcional.

Dispositivo intrauterino (DIU)

O DIU é método contraceptivo do tipo mecânico e pode ser de cobre ou hormonal (SIU).

DIU de cobre
O DIU de cobre possui uma estrutura metálica com ação espermicida intrauterina,
impedindo que o espermatozoide alcance o óvulo e apresentando uma eficácia contra a
gravidez de 99,6%.

Inserido dentro do útero por um profissional da saúde, o DIU de cobre libera íons de cobre
que imobilizam o esperma que chega próximo do útero.

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Veja na tabela abaixo algumas vantagens e desvantagens do DIU de cobre.

DIU hormonal

O DIU hormonal (SIU) apresenta material macio e formato de T que possui um reservatório
de hormônios, sendo estes liberados em doses baixas no útero.

Apresentando alto índice de eficácia, é importante verificar com um profissional da saúde


qual método é o mais adequado para o perfil apresentado.

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Veja na tabela abaixo algumas vantagens e desvantagens do DIU hormonal.

Diafragma

O diafragma é um método de barreira móvel, que pode ser colocado e retirado da vagina e
consiste em uma estrutura de látex combinada com gel espermicida. É preciso consulta
médica para verificação do tamanho a ser utilizado.

Deve ser colocada duas horas antes da relação sexual e retirada após 4 a 6 horas, sendo
necessário ser lavado com água e sabão após o uso e sua durabilidade é de cerca de 2 anos.
Livre de hormônios e com baixo custo, o diafragma não apresenta um alto índice de
eficácia, por isso, a recomendação do uso combinado com espermicida.

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Confira na tabela a seguir algumas vantagens e desvantagens do diafragma.

Anel vaginal

O anel vaginal é um método hormonal que possui uma formulação semelhante à da pílula
anticoncepcional, tendo aparência semelhante a uma pulseira, é flexível e transparente.

É introduzido na vagina e acomodado no colo do útero no 5º dia de menstruação, onde


permanece por 3 semanas liberando hormônios que evitam a liberação dos óvulos.

90
Veja na tabela abaixo algumas vantagens e desvantagens do anel vaginal.

Espermicida

O espermicida é um considerado um complemento contraceptivo, o qual deve ser utilizado


de forma conjunta com outros métodos, como com o diafragma e preservativo. Sua
principal ação é criar um ambiente que dificulte a motilidade do esperma.

São comercializados em diferentes formatos, podendo ser em creme, gel e até espumas.
Devem ser inseridos na vagina 5 a 90 minutos antes da relação sexual e, após o ato, é
preciso aguardar no mínimo 6 horas para higienização.

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Confira na tabela a seguir algumas vantagens e desvantagens do uso do espermicida.

Métodos Contraceptivos Definitivos

Os métodos contraceptivos definitivos consistem na esterilização permanente e pode ser


realizado tanto nos homens quanto nas mulheres, impedindo assim, que os
espermatozoides cheguem ao óvulo.

Laqueadura
É a esterilização nas mulheres, que consiste na ligadura das trompas de Falópio.

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É realizado um procedimento cirúrgico em que o médico utiliza um instrumento que
bloqueia a passagem do espermatozoide até o óvulo. Em alguns casos é removido um
pedaço da trompa.

Vasectomia
A vasectomia é a esterilização realizada no homem. Ela consiste no bloqueio dos ductos
deferentes, responsáveis pelo transporte do esperma para outras glândulas, de modo que o
sêmen não tenha mais espermatozoides.

A partir desse procedimento, considera-se que o organismo demore 3 meses para se livrar
de todo espermatozoide.

Confira na tabela a seguir algumas vantagens e desvantagens do método contraceptivo


permanente.

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Pílula do Dia Seguinte

A pílula anticoncepcional de emergência só deve ser usada excepcionalmente e nunca deve


ser adotada como método contraceptivo usual.

Cada dose é composta por duas pílulas que devem ser ingeridas com intervalo de 12 horas.
Elas concentram elevada dose hormonal (o equivalente a 8 pílulas anticoncepcionais de uso
prolongado) que retarda a ovulação, dificultando assim a gestação.

O uso frequente da pílula do dia seguinte pode causar alterações no ciclo menstrual.

Confira na tabela abaixo algumas vantagens e desvantagens da pílula do dia seguinte.

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SISTEMAS DO CORPO HUMANO
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O corpo humano é formado pelos sistemas: cardiovascular, respiratório, digestório,


nervoso, sensorial, endócrino, excretor, urinário, reprodutor, esquelético,
muscular,imunológico, linfático, tegumentar.

Cada um deles envolve órgãos que atuam para a realização das funções vitais do organismo.

Sistema Cardiovascular
Formado pelos vasos sanguíneos (artérias, veias e vasos capilares) e o coração, o sistema
cardiovascular ou sistema circulatório é responsável pela movimentação sanguínea no
corpo humano uma vez que sua função é transportar oxigênio e nutrientes para todas as
partes do corpo.

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Sistema Respiratório

Formado pelas vias respiratórias (cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios) e
pelos pulmões, o sistema respiratório é responsável pela absorção do oxigênio do ar e da
eliminação do gás carbônico retirado das células.

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Sistema Digestório
Formado pelo tubo digestório (boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado,
intestino grosso) e os órgãos anexos (glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e
vesícula biliar), o sistema digestivo ou digestório é responsável pela digestão dos alimentos
transformando-os em moléculas menores que serão absorvidas pelo organismo.

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Sistema Nervoso

Formado pelo sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal) e sistema nervoso
periférico (nervos cranianos e raquidianos), o sistema nervoso é responsável pela captação,
interpretação e respostas às mensagens recebidas.

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Sistema Sensorial

Formado pelos 5 sentidos do corpo humano (tato, paladar, olfato, visão, audição), o sistema
sensorial está encarregado de enviar as informações recebidas para o sistema nervoso que
as decodifica e envia respostas para o corpo.
A ação de tatear algo é transmitida através dos neurônios sensoriais presentes na pele ao
sistema nervoso, que envia a resposta, ou seja, interpretará se a superfície identificada é
lisa, rugosa, quente ou fria.
Da mesma maneira, as papilas gustativas enviam para o cérebro o sabor do alimento que
receberá a identificação seu gosto (azedo, doce, amargo, salgado).

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Sistema Endócrino

O sistema endócrino é formado por glândulas que realizam atividades vitais como a
tireoide, hipófise, glândulas sexuais, dentre outras.
Dessa maneira, as glândulas são responsáveis por produzirem os hormônios os quais
possuem determinadas funções como: regulação do metabolismo, defesa do organismo,
produção de gametas, desenvolvimento corporal, dentre outros.

100
Sistema Excretor

Formado pelos rins e vias urinárias, o sistema excretor é responsável por eliminar resíduos
que o corpo descarta, depois de passar pelo processo de digestão dos alimentos.
Em outras palavras, o sistema excretor elimina substâncias que estão em excesso no
organismo, buscando um processo denominado de “equilíbrio dinâmico”.

101
Sistema Reprodutor

O sistema reprodutor humano é dividido em sistema reprodutor masculino e sistema


reprodutor feminino, no entanto, ambos possuem a mesma função, ou seja, a reprodução
de novos seres.
Sendo assim, o masculino é formado pelos testículos, epidídimos, canais deferentes,
vesículas seminais, próstata, uretra e pênis; enquanto o sistema reprodutor feminino é
composto pelos ovários, útero, tubas uterinas e vagina.

102
Sistema Esquelético

O sistema esquelético dá forma e sustenta todo o corpo humano. Além disso, protege os
órgãos internos e desempenha um papel importante nos movimentos, juntamente com o
sistemas muscular e articular.

103
Sistema Muscular

O sistema muscular estabiliza e ajuda a sustentar todo o nosso corpo, contribui na produção
dos movimentos, ajuda a regular a temperatura corporal e auxilia o fluxo sanguíneo.

104
Sistema Imunológico

O sistema imunológico é composto por um conjunto de elementos do corpo humano que


trabalham juntos para o defender de bactérias, vírus, micróbios e doenças. É uma barreira
contra corpos estranhos, o escudo do corpo humano.

105
Sistema Linfático

É uma complexa rede de vasos que transporta a linfa pelo corpo. Em conjunto com o
sistema imunológico, o sistema linfático ajuda a proteger as células imunes. Além disso, é
responsável pela absorção dos ácidos graxos e pelo equilíbrio dos fluidos nos tecidos.

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Sistema Tegumentar

O sistema tegumentar - ou pele - ajuda a regular a temperatura do corpo humano, e é


responsável pela sensibilidade (juntamente com o sistema nervoso) mas acima de tudo
protege o corpo, criando uma barreira a agressões externas e evitando a perda de líquido.

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VELOCIDADE MÉDIA
cai nos vestibulinhos: Colégios Militares, ENCCEJA, Cursos Técnicos do SENAI, CEFET e Bolsas de Estudo.

Movimento Uniforme

Na física, a velocidade é uma grandeza que identifica o deslocamento de um corpo num


determinado tempo.

Assim, a velocidade média (Vm) mede num intervalo de tempo médio, a rapidez da
deslocação de um corpo.

Para calcular a velocidade média de um corpo num espaço percorrido e um determinado


tempo gasto no percurso, utiliza-se a seguinte expressão:

∆𝑺
𝑽𝒎 =
∆𝒕

onde,

ΔS: variação da distância (m)

Δt: variação do tempo (s)

Unidade de Medida

No Sistema Internacional de Unidades (SI) a velocidade é dada em metros por segundo


(m/s).

Contudo, outra maneira de medir a velocidade é em quilômetros por hora (km/h), como
notamos nas velocidades marcadas pelos carros e nas placas de trânsito.

Nesse sentido, importante destacar que para a converter m/s em km/h multiplica-se por
3,6.

108
Por outro lado, para transformar km/h em m/s divide-se o valor por 3,6, visto que 1 km são
1000 metros e 1 hora correspondem a 3600 s.

Exercício Resolvido

Um ônibus parte às 15 h de São Paulo com destino ao Rio de Janeiro e previsão de chegada
às 21 h. Calcule a velocidade média (m/s) dessa viagem que dista 450 km

Utilizando a fórmula da velocidade média, tem-se:

∆𝑺 (𝑺𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 − 𝑺𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 )
𝑽𝒎 =
∆𝒕 (𝒕𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 − 𝒕𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 )

Sfinal(posição final): 450km

Sinicial (posição inicial): 0km

tfinal(tempo final): 21h

tinicial (tempo inicial): 15h

Vm = (450-0)/(21-15)

Vm= 450/6

Vm= 75km/h

Portanto, a velocidade média do ônibus na trajetória percorrida é de 75 km/h.

No entanto, para calcular o valor em m/s, basta converter a unidade de medida Km/h ao
dividir o valor por 3,6. Logo, a velocidade média do veículo é de 20,83m/s.

109
Movimento acelerado

O Movimento Acelerado apresenta variação de velocidade. A trajetória desse movimento


pode ocorrer na horizontal ou na vertical. Exemplo disso é um carro percorrendo uma
trecho retilíneo em uma estrada ou um foguete sendo lançado ao espaço.

Desta forma, a média da aceleração é igual a sua variação ocorrida em determinados


intervalos de tempo, o que é conhecido como aceleração instantânea.

∆𝑽
𝒂=
∆𝒕
𝑽𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍
𝒂=
𝒕𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 − 𝒕𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍
𝑽𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍
𝒂 = 𝑽𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 −
𝒕

Desses cálculos, resulta a fórmula:

𝑽𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 = 𝑽𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 + 𝒂 ∗ 𝒕

Onde,

Vfinal: velocidade (m/s)

Vinicial: velocidade inicial (m/s)

a: aceleração (m/s²)

t: tempo (s)

110
Quando a questão informar posições ao invés de velocidades, podemos usar essa fórmula:

𝒂 ∗ 𝒕²
𝑺𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 = 𝑺𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 + 𝑽𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 ∗ 𝒕 +
𝟐

Onde,

S: posição final (m)

Sinicial: posição inicial (m)

Vinicial: velocidade inicial (m/s)

a: aceleração (m/s²)

t: tempo (s)

Quando a questão não informar o tempo decorrido, podemos usar essa fórmula, conhecida
como Torricelli:

𝑽𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝟐 = 𝑽𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝟐 + 𝟐 ∗ 𝒂 ∗ ∆𝑺

Onde,

ΔS=distância percorrida (m)

Vinicial: velocidade inicial (m/s)

a: aceleração (m/s²)

t: tempo (s)

111
Aceleração positiva

A aceleração positiva ocorre quando a velocidade de um corpo aumenta sempre na mesma


proporção ao longo do tempo.

Exemplo disso é ligar uma moto que está estacionada (velocidade inicial 0) e começar um
percurso. A moto vai ganhando velocidade de forma constante, até atingir o limite que
pretende (velocidade diferente e distante de zero).

Aceleração negativa

A aceleração negativa ocorre quando um corpo em movimento reduz a sua velocidade de


forma constante ao longo do tempo. Neste caso a aceleração terá sinal negativo.

Exemplo disso é uma moto que está em movimento (velocidade diferente e distante de
zero) e que têm de desacelerar quando se depara com um grande congestionamento.

Seu motorista poderá reduzir a velocidade de forma constante até chegar a zero.

112
CIRCUITOS ELÉTRICOS
cai nos vestibulinhos: Colégios Militares, ENCCEJA, Cursos Técnicos do SENAI, CEFET e Bolsas de Estudo.

A corrente elétrica designa o movimento ordenado de cargas elétricas (partículas


eletrizadas chamadas de íons ou elétrons) dentro de um sistema condutor.

Esse sistema apresenta uma diferença de potencial elétrico (ddp) ou tensão elétrica.

A corrente elétrica que transita nos resistores pode transformar energia elétrica em energia
térmica (calor), num fenômeno conhecido como Efeito Joule.

A resistência de um fio condutor facilita ou dificulta a passagem da corrente elétrica, sendo


calculada através da fórmula da Primeira Lei de Ohm (R=U/I).

Os aparelhos eletrônicos, pilhas e baterias, apresentam o polo negativo e o polo positivo.


Isso explica a diferença de potencial (ddp) presente no circuito de cada um deles.

Observe que o sentido da corrente elétrica é caracterizado de duas maneiras. Uma delas é a
“corrente elétrica real”, ou seja, aquela que possui o sentido do movimento dos elétrons.

A outra maneira é a “corrente elétrica convencional”, cujo sentido é contrário ao


movimento dos elétrons e é marcada pelo movimento das cargas elétricas positivas.

No Sistema Internacional de Unidades (SI), a intensidade da corrente elétrica é medida em


Ampère (A), a resistência em Ohm (Ω) e a tensão elétrica (ddp) é medida em Volts (V).

Condutores Elétricos

Os condutores elétricos são materiais que permitem a movimentação dos elétrons, ou seja,
a passagem da corrente elétrica. Um material é considerado um condutor elétrico
dependendo da diferença de potencial ao qual ele está submetido.

Os melhores condutores elétricos são os metais, por outro lado, os materiais que dificultam
a movimentação dos elétrons são chamados de isolantes. São exemplos madeira, plástico e
papel.

113
Há três tipos de condutores:

Sólidos - caracterizado pelo movimento dos elétrons livres;

Líquidos - movimento de cargas positivas e negativas;

Gasosos - movimento de cátions e ânions.

Tipos de Corrente Elétrica

Corrente Contínua (CC): possui sentido e intensidade constantes, ou seja, apresenta


diferença de potencial (ddp) contínua, gerada por pilhas e as baterias.

Corrente Alternada (CA): possui sentido e intensidade variados, ou seja, apresenta diferença
de potencial (ddp) é alternada, gerada pelas usinas.

Tensão Elétrica

A tensão elétrica, também chamada de diferença de potencial (ddp), caracteriza a


diferencial do potencial elétrico de dois pontos num condutor. É, portanto, a força
decorrente da movimentação dos elétrons em determinado circuito.

No sistema Internacional (SI), a tensão elétrica é medida em Volts (V). Para calcular a tensão
elétrica de um circuito elétrico, utiliza-se a expressão:

𝑼=𝑹∗𝒊

Onde,

U= Tensão elétrica (V)

R = Resistência (Ω)

i= Intensidade da corrente (A)

114
Resistência Elétrica

Resistência Elétrica (R ou r) é a capacidade de um condutor se opor e dificultar a passagem


da corrente elétrica. Isto é conseguido através de resistores que transformam a energia
elétrica em energia térmica.

A resistência elétrica é medida em ohms (Ω). Seu cálculo é feito através da seguinte
fórmula, que corresponde à primeira Lei de Ohm:

𝑼
𝑹=
𝒊

Sendo,

R = resistência elétrica

U = diferença de potencial (ddp)

I = intensidade da corrente elétrica

Primeira Lei de Ohm

A primeira lei de ohm diz que um condutor mantido a uma temperatura constante terá uma
intensidade elétrica (I) proporcional à diferença de potencial (U).

Disto resulta a resistência elétrica também constante (R), ou seja, a corrente elétrica é
proporcional à diferença de potencial que está sendo aplicada.

Se a diferença de potencial elétrico (ddp) - o mesmo que voltagem - for baixa, a tendência é
que a corrente elétrica seja baixa também. Se a ddp for alta, a corrente elétrica
provavelmente será alta.

E a Resistividade?

Resistência e Resistividade são coisas diferentes. A resistência está associada ao corpo,


enquanto a resistividade, por sua vez, se relaciona com o material de que é feito esse corpo.

115
Um fio de metal é um corpo (fio) feito do material cobre (metal).

Segunda Lei de Ohm

O físico alemão Georg Ohm encontrou a segunda lei de ohm. Segundo essa lei, a resistência
elétrica e a resistividade variam conforme o comprimento e a largura, e também conforme
o material dos condutores. Sua fórmula é:

𝝆∗𝑳
𝑹=
𝑨

Sendo,

R = resistência elétrica
ρ = resistividade

L = comprimento
A = Área

Por isso, é importante frisar que enquanto o corpo concorre para a resistência, o material
de que é feito esse corpo concorre para a resistividade.
Um corpo mais comprido tem menos corrente elétrica, ao passo que um corpo menos
comprido tem provavelmente mais corrente elétrica.

Resistores

Os resistores são dispositivos eletrônicos que, limitando a intensidade, conseguem resistir à


corrente elétrica. Assim, ela pode transformar energia elétrica em energia térmica,
fenômeno que recebe o nome de efeito joule.

Assim, os resistores são colocados em aparelhos elétricos com a finalidade de aumentar a


resistência elétrica. É o caso dos chuveiros, em que a regulagem para frio e quente nada
mais é do que a ativação ou não da resistência.

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Se pretendemos água fria os resistores tem de trabalhar para limitar a sua intensidade de
calor, ou seja, sua energia térmica.

Associação de resistores

Associação de Resistores é um circuito que apresenta dois ou mais resistores. Há três tipos
de associação: em paralelo, em série e mista.

Ao analisar um circuito, podemos encontrar o valor do resistor equivalente, ou seja, o valor


da resistência que sozinha poderia substituir todas as outras sem alterar os valores das
demais grandezas associadas ao circuito.

Associação de Resistores em Série

Na associação de resistores em série, os resistores são ligados em sequência. Isso faz com
que a corrente elétrica seja mantida ao longo do circuito, enquanto a tensão elétrica varia.

Assim, a resistência equivalente (Req) de um circuito corresponde à soma das resistências


de cada resistor presente no circuito:

𝑹𝒆𝒒 = 𝑹𝟏 + 𝑹𝟐 + 𝑹𝟑 + ⋯ + 𝑹𝒏
Associação de Resistores em Paralelo
Na associação de resistores em paralelo, todos os resistores estão submetidos a uma
mesma diferença de potencial. Sendo a corrente elétrica dividida pelo ramos do circuito.

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Assim, o inverso da resistência equivalente de um circuito é igual a soma dos inversos das
resistências de cada resistor presente no circuito:

𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
= + + ⋯+
𝑹𝒆𝒒 𝑹𝟏 𝑹𝟐 𝑹𝒏

Quando, em um circuito em paralelo, o valor das resistências forem iguais, podemos


encontrar o valor da resistência equivalente dividindo o valor de uma resistência pelo
número de resistências do circuito, ou seja:

𝑹
𝑹𝒆𝒒 =
𝒏

Associação de Resistores Mista

Na associação de resistores mista, os resistores são ligados em série e em paralelo. Para


calculá-la, primeiro encontramos o valor correspondente à associação em paralelo e de
seguida somamos aos resistores em série.

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