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DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS DO ICMS

REGRA GERAL
Diferencial de Alíquotas
• Somente se cobrava o diferencial de alíquotas quando da
aquisição, por contribuinte do ICMS, de mercadoria de
outro estado destinado ao uso, consumo ou integração ao
ativo imobilizado do estabelecimento. Isso porque o inciso
VII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal, até 31 de
dezembro de 2015, estabelecia:
• em relação às operações e prestações que destinem bens e
serviços a consumidor final localizado em outro Estado,
adotar-se-á a alíquota:
• interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto,
cabendo ao Estado da localização do destinatário o imposto
correspondente à diferença entre as alíquota interna e a
interestadual;
• interna, quando o destinatário não for contribuinte do imposto;
Diferencial de Alíquotas
• Com a Emenda Constitucional nº 87 de 16 de
abril de 2015, houve alteração no inciso VII do §
2º do art. 155 da Constituição Federal para a
seguinte redação:
“nas operações e prestações que
destinem bens e serviços a consumidor
final, contribuinte ou não do imposto,
localizado em outro Estado, adotar-se-á
a alíquota interestadual e caberá ao
Estado de localização do destinatário o
imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna do Estado
destinatário e a alíquota interestadual;”
Diferencial de Alíquotas
• A mesma emenda constitucional:
• 1. acresceu o inciso VIII ao § 2º ao art. 155, estabelecendo que a
responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à
diferença entre a alíquota interna e a interestadual será atribuída:
• ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;
• ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do
imposto;
• 2. acresceu o art. 99 ao Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias:
– "Art. 99. Para efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art.
155, no caso de operações e prestações que destinem bens e
serviços a consumidor final não contribuinte localizado em
outro Estado, o imposto correspondente à diferença entre a
alíquota interna e a interestadual será partilhado entre os
Estados de origem e de destino, na seguinte proporção:
Diferencial de Alíquotas
• Acresceu o art. 99 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias:

• "Art. 99. Para efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art. 155, no caso de
operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não
contribuinte localizado em outro Estado, o imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna e a interestadual será partilhado entre os Estados de
origem e de destino, na seguinte proporção:
• I - para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino e 80%
(oitenta por cento) para o Estado de origem;
• II - para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e
60% (sessenta por cento) para o Estado de origem;
• III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e
40% (quarenta por cento) para o Estado de origem;
• IV - para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20%
(vinte por cento) para o Estado de origem;
• V - a partir do ano de 2019: 100% (cem por cento) para o Estado de destino."
Diferencial de Alíquotas
Esquematizando
100% do DIFAL para UF
Contribuinte UF Destinatária Destinatária com
UF Remetente responsabilidade do
(uso, consumo ou ativo)
pagamento pelo
destinatário.
Não contribuinte da UF Responsabilidade para
Destinatária. pagamento do DIFAL é da
UF remetente

Divisão do valor do DIFAL

2016: 2017: 2018: 2019:


60% UF REM 40% UF REM 80% UF REM 100% UF DEST
40% UF DEST 60% UF DEST 20% UF DEST
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• Acerca do assunto o CONFAZ emitiu os seguintes atos:

Convênio ICMS 93, de 17 de setembro de 2015,


alterado pelo Convênio ICMS 152/15

A cláusula nona do Convênio ICMS 93, estabelece a aplicação, das regras nele
contidas, para as ME e EPP, porém o STF, em 12 de fevereiro de 2016, atendendo ao
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – CFOABIL, concedeu medida
cautelar suspendendo a aplicação da referida cláusula. Em 10 de março de 2016, o
Secretário-Executivo da COTEPE emite o seguinte despacho:
“DESPACHO DO SECRETÁRIO-EXECUTIVO
Nº 035 - O Secretário-Executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ,
no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pelo inciso IX, do art. 5º do
Regimento deste Conselho, comunica por este ato, que o Supremo Tribunal Federal
concedeu medida cautelar ad referendum do Plenário suspendendo a eficácia da
cláusula nona do Convênio ICMS nº 93/15, editado pelo CONFAZ, publicado na Seção
1, página 20, do Diário Oficial da União de 21 de setembro de 2015, até o julgamento
final da ação.
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2. Ajuste SINIEF 6, de 2 de outubro de 2015, que alterou o Ajuste SINIEF 04/93,
que estabelece normas comuns aplicáveis para o cumprimento de obrigações
tributárias relacionadas com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária,
acrescendo campos na GIA-ST para contemplar as situações do diferencial de
alíquotas.
3. Ajuste SINIEF 11, de 4 de dezembro de 2015, que alterou o Convênio SINIEF
06/89, para acrescer códigos a serem utilizados na Guia Nacional de Recolhimento de
Tributos Estaduais On-Line - GNRE On-Line;
4. Nota Técnica 2015/003, Versão 1.80, ICMS em Operações Interestaduais de
Vendas a Consumidor Final, relativamente à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e);
5. Ajuste SINIEF 12, de 4 de dezembro de 2015, que criou a Declaração de
Substituição Tributária, Diferencial de Alíquotas e Antecipação – DeSTDA; a ser
entregue pela Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte;
6. Convênio ICMS 153, de 11 de dezembro de 2015, que dispõe sobre a
aplicação dos benefícios fiscais da isenção de ICMS e da redução da base de cálculo de
ICMS autorizados por meio de convênios ICMS às operações e prestações
interestaduais que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do
ICMS, localizado em outra unidade federada.

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