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ATENDIMENTO

PRÉ- HOSPITALAR
PTMO

3S SBO JENNIFFER BRAZ


ROTEIRO
1- Atendimento pré-hospitalar (APH).
2- Suporte Básico de vida (SBV).
3- Socorrista.
4- APH Tático/ Combate.
5- Avaliação da Vítima.
6- Análise primária.
7- DR. X.A.B.C.D.E.
8- Protocolo M.A.R.C 1.
9- Análise secundária.
10- Transporte de feridos.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

Atendimento Pré-Hospitalar ou
APH, se refere ao atendimento
realizado fora do ambiente
hospitalar, em geral em regime de
urgência. No caso de paciente
graves, este atendimento pode ser
o diferencial entre a vida e a morte.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)

Atividade que consiste em


procedimentos de atendimento
pré-hospitalar básico com a
finalidade de minimizar o
sofrimento do acidentado, evitar
o agravamento das lesões e/ou
manter a vida da vítima até a
chegada do suporte avançado de
vida (SAV) ou a sua entrega no
hospital.
SOCORRISTA

Pessoa habilitada por intermédio


de cursos e treinamentos
específicos que a capacitam a
realizar o Atendimento Pré-
Hospitalar (APH).
CARACTERÍSTICAS DO SOCORRISTA

• Condicionamento Físico
• Estabilidade Emocional
• Amabilidade
• Iniciativa
• Criatividade
DEVERES DO SOCORRISTA
• Proporcionar o melhor e mais eficiente atendimento às
vítimas.

• Promover o asseio e a prevenção de contaminação da


equipe e infecção das vítimas.

• Garantir o sucesso da operação de maneira ordenada,


rápida e segura.

• Observar a segurança do local antes de abordar a vítima.


• Observar as informações que o local pode apresentar.

• Manusear a vítima sem causar danos adicionais.

• Manter o atendimento até a chegada ao hospital


(helicóptero/hospital de campanha).

• Transmitir as informações para quem receber a vítima.

• Identificar-se para a vítima e falar os procedimentos que


estão sendo executados.
APH TÁTICO/COMBATE

Dentro do mundo dos atendimentos pré-hospitalares, nós


dividimos dois tipos de atendimentos. Temos o APH utilizado no
cotidiano, mais conhecido por todos, e o APH tático.
A principal diferença está no campo de atuação. O APH tático é
aplicado em situações envolvendo o risco de vida e a relação
com armas e material bélico, sendo seu atendimento em locais
conflituosos como guerras e locais de maior risco de tiroteios,
por exemplo.
APH TÁTICO/COMBATE

O APH tático serve para


policiais e militares que,
estando em áreas conflituosas,
precisam realizar o resgate de
vítimas acidentadas. Esse tipo
de atendimento é muito mais
difícil que o outro, e assim
sendo, requer um treinamento
intensivo e preciso por parte
de quem praticará.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS DO APH X APH TÁTICO
APH APH TÁTICO
• Cotidiano;
• Condições ideais de • Conflito Armado;
atendimento; • Meios de fortuna;
• Proximidade de hospitais e • Hospital de campanha;
SAV; • Comunicação por rádio;
• Fácil comunicação; • Ambiente desconhecido;
• Ocorrências urbanas e rurais; • Difícil transporte;
• Fácil transporte; • Solta a cervical após
• Solta a cervical após a colocação do colar.
colocação do head block.
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
• Avaliação primária começa com uma visão geral, simultânea
ou global da condição da vítima. A essa fase da avaliação
podemos chamar de impressão geral. É fundamental para
que o socorrista constate o estado global dela e determine os
procedimentos necessários.
• Deve ser realizada de forma rápida e eficiente, com o
objetivo de minimizar o tempo gasto no local da ocorrência.
• Vítimas críticas não devem permanecer no local da ocorrência
por muito tempo, a não ser que estejam encarceradas ou
existam outras complicações que impeçam o transporte
rápido.
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA

Período de ouro
É o tempo decorrido entre a ocorrência do trauma e o
tratamento definitivo.

• Do ponto de vista do atendimento pré-hospitalar, podemos


classificar a avaliação da vítima em: Análise Primária e
Análise Secundária.
ANÁLISE PRIMÁRIA

É o exame RÁPIDO E
ORDENADO
realizado pelo
socorrista para
detectar problemas
que ameaçam em
curto prazo a vida de
vítimas.
Deve durar de 15 a 30
seg.
DR. X.A.B.C.D.E
D-DANGER: Verificar perigo no local, fazer a segurança antes do
atendimento.
R-RESPONSIVE: Verificar se a vítima está consciente ou
inconsciente e estabilizar a coluna cervical com uma mão.
X-BLEEDING CONTROL: Contenção de Grandes Hemorragias.
A- AIRWAY: Certificar-se da permeabilidade das vias aéreas (VAS).
B-BREATHING: Verificar respiração.
C-CIRCULATION: Verificar Circulação, PHPP.
D-DISABILITY: Realizar Exame Neurológico.(Glasgow+Pupílas)
E-EXPOSITION: Exposição da vítima (prevenir hipotermia).
D-DANGER

Estabelecer a segurança
do local, minimizando ou
eliminando os riscos.
R-RESPONSIVE
Socorrista 1: Estabiliza a
cabeça (coluna cervical)
manualmente.

Socorrista 2: Constata
inconsciência tocando nos
ombros e chamando pela
vítima pelo menos 3 vezes.

OBS: Em Bebês faz-se


cócegas no pezinho.
R-RESPONSIVE
VÍTIMA CONSCIENTE
• Se Apresentar, Perguntar o que
aconteceu, verificar queixa
principal e examinar.

VÍTIMA INSCONSCIENTE
• Manobras de abertura de Vias
Aéreas Superiores (VAS).
X-BLEEDING CONTROL

HEMORRAGIA

Hemorragia nada mais é do


que a perda excessiva de
sangue pelo rompimento de um
vaso sanguíneo, veia ou
artéria.
A hemorragia abundante e não
controlada, pode levar
à morte entre 3 e 5 minutos.
HEMORRAGIA EXTERNA
É visível. O sangue flui através de um ferimento
X-BLEEDING CONTROL
HEMORRAGIA INTERNA
• Não pode ser detectada visualmente.
• Pode-se suspeitar avaliando o mecanismo da lesão com a
possibilidade de lesões ocultas, constatando a presença de
sinais e sintomas de traumas e choque.
SINAIS E SINTOMAS DA HEMORRAGIA
• Hemorragia externa visível
• Palidez
• Sudorese
• Pele fria
• Pulso fraco e rápido
• Baixa pressão arterial
• Agitação
• Fraqueza
• Sede
• Estado de choque
A- AIRWAY

Verificação de permeabilidade das Vias Aéreas (VAS)

VÍTIMA INCONSCIENTE

Extensão Cervical
Não indicada para
vítima de trauma.
ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA
Indicada para Vítima
de Trauma.

TRAÇÃO DA MANDÍBULA
Indicada para Vítima
de Trauma.
A- AIRWAY

INSPEÇÃO DA
CAVIDADE ORAL

Verificar se existe
algo obstruindo as
vias aéreas.
A- AIRWAY
DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS - SÓLIDOS
Vítimas com mais de um ano Vítimas com menos de um ano
A- AIRWAY

DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS – LÍQUIDOS

ASPIRAÇÃO GIRAR A CABEÇA PARA O LADO


A- AIRWAY
COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL
O colar é um dispositivo destinado a imobilizar a coluna
cervical, mas não imobiliza completamente (movimento lateral).
São colocados comumente após a liberação das Vias Aéreas.
COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL
• Verificar com os dedos a altura do pescoço, colocando os
dedos entre a borda inferior da mandíbula e o inicio do ombro.
• Verificar o tamanho do colar cervical de acordo com a medição
da altura, medindo do pino preto, até o final da borda rígida do
colar.
B-BREATHING
Olhe para o tórax e abdômen em busca de movimentos respiratórios

Vítima respira: Verificar a circulação ( C-CIRCUATION)

Vítima não respira: Verificar a circulação (C-CIRCULATION)

• Há circulação: PARADA RESPIRATÓRIA, Iniciar ventilação artificial


Uma ventilação a cada 5 a 6 segundos (10 a 12 ventilações por minuto).

• Não há circulação: Iniciar Reanimação Cardiopulmonar.


B-BREATHING
C-CIRCULATION
Verificar a existência de pulso/circulação
PHPP
Pulso: Onda de pressão gerada pelo batimento cardíaco e
propagada pelas artérias.
Hemorragia: Visual ou sintomas hemorrágicos.
Perfusão capilar: retorno sanguíneo esperado em até 2
segundos.
Pele: Analisar temperatura, pele e umidade.
C-CIRCULATION
Verificar se a vítima apresenta batimentos cardíacos.
• Tem pulso e respira
• Tem pulso e não respira
• Não tem pulso e não respira: REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
Além das ventilações agora serão realizadas compressões
torácicas.
PONTOS IMPORTANTES DA RCP
• Correta posição da vítima e do socorrista
• Correta abertura das vias aéreas
• Ponto correto da compressão torácica
• Avaliação dos sinais vitais
• Compressões e insuflações efetivas.
PADRÕES DA RCP
COMPRESSÃO DESLOCAMENTO VENTILAÇÃO COMPRESSÃO X VENTILAÇÃO
DO TÓRAX
Envolver tórax e
RECÉM comprimir com os Cerca de 4cm de Boca a boca 3x1 com um ou dois socorristas
NASCIDOS dois polegares profundidade nariz 90 compressões por 30 ventilações
ATÉ 28 DIAS por minuto

Posicionar o dedo 30x2 um socorrista


ABAIXO DE médio e anelar Cerca de 4cm de Boca a boca 15x2 dois socorristas
UM ANO entre os mamilos profundidade nariz Ritmo de 100 a 120 por minuto

30x2 um socorrista
CRIANÇAS ( Uma única mão Cerca de 5cm de Boca a boca 15x2 dois socorristas
DE UM ANO dois dedos acima profundidade Ritmo de 100 a 120 por minuto
ATÉ A do apêndice xifóide
PUBERDADE)
Duas mãos acima No mínimo 5cm e 30x2 no ritmo de 100 a 120 por
ADULTOS E do apêndice xifóide no máximo 6cm Boca a boca minuto
ADOLESCEN Cinco ciclos
TES
C-CIRCULATION
D-DISABILITY
EXAME NEUROLÓGICO E
ESCALA DE GLASGOW

São analisados aspectos


oculares, verbais e
motores e baseado no grau
de cada um desses
aspectos, obtemos a
classificação da vítima na
escala de Glasgow.
D-DISABILITY
E-EXPOSITION

EXPOSIÇÃO DA VÍTIMA:
• Informar sobre procedimento a ser efetuado.
• Executar a exposição do corpo somente quando necessário
• Evitar tempo demasiado evitando hipotermia.
• Evitar danos desnecessários ao remover vestes ou calçados
PROTOCOLO M.A.R.C 1
PROTOCOLO M.A.R.C 1

Através dos grandes estudos das causas de morte realizado


pelos americanos durante a Guerra do Iraque/Afeganistão, foi
percebido que das MORTES EVITÁVEIS EM COMBATE:

• 1º - 91% foram por hemorragia.


• 2º - 7,9% foram por obstrução de via aérea.
• 3º - 1;1% foram por Pneumotórax Hipertensivo.
PROTOCOLO M.A.R.C 1

O resultado do estudo foi utilizado como base para a criação do


protocolo M.A.R.C 1, onde:

M – Controle de sangramento Massivo.


A – Desobstrução de Vias Aéreas.
R – Respiração para prevenção de Pneumotórax Hipertensivo.
C 1 - Calor, manter o calor do corpo para evitar hipotermia.
SANGRAMENTO MASSIVO
Quando ocorre perda se sangue, o organismo responde com
algumas respostas fisiológicas, mas se a perda for superior a
resposta compensatória, diz que o indivíduo encontra-se em
choque hipovolêmico.

• Vasoconstrição
• Coagulação (6 a 10 minutos)
• Redirecionamento do fluxo sanguíneo
SANGRAMENTO MASSIVO
TÉCNICAS UTILIZADAS PARA SANGRAMENTO MASSIVO

• Preenchimento da ferida com gaze


• Torniquete
UTILIZAÇÃO DE GAZE HEMOSTÁTICA
Tecido têxtil, leve, estéril e é empregado costumeiramente em
curativos. O tempo de estancamento do sangramento massivo
com esse tipo de gaze é relativo porém pode durar
aproximadamente dez minutos.
TORNIQUETE
• NÃO deve se esperar muito para aplicar o torniquete;
• O torniquete deve ser verificado periodicamente, se houver
sangramento, deve apertar o torniquete ou colocar um
segundo.
• Torniquetes causam DOR e isso não significa que ele foi
colocado incorretamente.
TORNIQUETE
TÉCNICAS COM O TORNIQUETE
Torniquete Emergencial:
primeira opção de uso na zona
quente, quando não se tem
tempo para localizar o ponto
exato da hemorragia e o próprio
combatente ferido pode aplicar o
torniquete.
AA – ALTO E APERTADO é o
mantra da aplicação do
torniquete emergencial.
TÉCNICAS COM O TORNIQUETE
Torniquete Deliberado: Aplicado em um segundo momento,
quando não mais existir ameaças no teatro de operações. Um
novo torniquete pode ser colocado quatro dedos acima do
ferimento.
• Verifique onde de fato
está o ferimento.
• Não aplique o torniquete
sobre as articulações.
VIAS AÉREAS
Segunda maior preocupação do APH de combate
Manobras:
• Elevação do mento
• Tração da mandíbula

Evita que a língua caia e permite visualizar corpo estranho que


possa sufocar a vítima.
Quando a vítima estiver inconsciente ou com dificuldade de
respirar usaremos canola nasofaringea.
• imagens
RESPIRAÇÃO
Início dos cuidados com a prevenção e o tratamento do
pneumotórax

CAUSAS DE PNEUMATÓRAX:
• Ferimentos perfurocortantes
• Arma de fogo
• Facada
• Acidentes
RESPIRAÇÃO
SINAIS DE PNEUMATÓRAX
• Dor torácica
• Encurtamento da respiração
• Cianose

TRATAMENTO
• Selos de tórax
• Agulha de compressão torácica
CALOR C1
Rápida diminuição da capacidade do corpo de manter a
homeostasia que junto com a hipotermia, pode piorar ainda
mais o controle do sangramento.
O uso de mantas aluminizadas, térmicas e Heat packs (bolsas
de calor)

• No APH de combate ou civil, calor é vida, e todo esforço deve


ser envolvido para evitar a hipotermia.
ANÁLISE SECUNDÁRIA
• Identificar lesões ou problemas de menor gravidade não
identificados na avaliação primária.
• É realizada após a resolução dos problemas da análise
primária.
• Pode ser realizada no local da ocorrência nos casos mais
graves.
• Serão analisados lesões da pele como escoriações,
lacerações, queimaduras, perfuro-contusos, contusões,
avulsões, amputações traumáticas, hematomas, fraturas, etc..
ANÁLISE SECUNDÁRIA
EXAME CÉFALO-CAUDAL
É a inspeção realizada pelo socorrista buscando na vítima
sinais de lesão.
TRANSPORTE DE FERIDOS
Identificar técnicas corretas para a movimentação e transporte
de vítimas.
MOVIMENTAÇÃO TRANSPORTE
TRANSPORTE DE FERIDOS
ARRASTAMENTO DE VÍTIMA
TRANSPORTE BOMBEIRO
APOIO LATERAL
TRANSPORTE PELAS EXTREMIDADES
ROLAMENTO MONOBLOCO 90º
ROLAMENTO MONOBLOCO 180º
ELEVAÇÃO DA VÍTIMA A CAVALEIRA
ELEVAÇÃO DA VÍTIMA A CAVALEIRA
ELEVAÇÃO DA PRANCHA
ROTEIRO
1- Atendimento pré-hospitalar (APH);
2- Suporte Básico de vida (SBV);
3- Socorrista;
4- APH Tático/ Combate;
5- Avaliação da Vítima
6- Análise primária;
7- DR. X.A.B.C.D.E;
8- Protocolo M.A.R.C 1;
9- Análise secundária;
10- Transporte de feridos.

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