1. INTRODUÇÃO
1.1. Objetivos da disciplina
1.2. Introdução
1.3. Características literárias
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2.1. O estudo sistemático da Bíblia Sagrada
2.2. Sobre as Epístolas Gerais
2.3. Livros que compõem as Epístolas Gerais
2.4. Características de uma carta
2.5. O contexto das Epístolas Gerais
2.6. A canonicidade das Epístolas Gerais
2.7. Características dos Livros Canônicos
2.8. Testes para a canonicidade
2.9. Panorama geral das Epístolas Gerais
3. EPÍSTOLA AOS HEBREUS
3.1. Um livro diferenciado
3.2. Autoria
3.3. Datação
3.4. Local de escrita
3.5. Destinatários
3.6. A motivação do escritor
3.7. Propósitos da carta
3.8. Tema central
3.9. Teologia
3.10. Princípios de interpretação
3.11. Esboço geral
4. EPÍSTOLA DE TIAGO
4.1. Autoria
4.2. Informações do autor
4.3. Datação
4.4. Local da escrita
4.5. Público alvo
4.6. Propósito da carta
4.7. Estrutura literária
4.8. A ligação entre Tiago e os evangelhos
4.9. Tema da carta
4.10. A teologia de Tiago
4.11. Esboço geral do livro
5. PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO
5.1. Autoria
5.2. Datação
5.3. Local de escrita e público alvo
5.4. Perspectiva teológica
5.5. Esboço
6. SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO
6.1. Autoria
6.2. Local de escrita
6.3. Destinatários
6.4. A motivação de Pedro
6.5. O propósito de Pedro
6.6. Fundamentos teológicos
6.7. Tema da carta
7. PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO
7.1. Autoria
7.2. Datação
7.3. Local de escrita
7.4. Destinatários
7.5. Gênero literário
7.6. Estilo do autor
7.7. Objetivos do autor
7.8. Perspectivas teológicas
7.9. Tema
7.10. Esboço
8. SEGUNDA EPÍSTOLA DE JOÃO
8.1. Autoria
8.2. Datação
8.3. Local de escrita
8.4. Destinatários
8.5. Aspecto teológico
8.6. Tema
8.7. Esboço
9. TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO
9.1. Autoria
9.2. Datação
9.3. Local de escrita
9.4. Destinatário
9.5. A teologia da epístola
9.6. Tema
9.7. Esboço
10. EPÍSTOLA DE JUDAS
10.1. Autoria
10.2. Datação
10.3. Local de escrita
10.4. Destinatários
10.5. Tema
10.6. Teologia
10.7. Esboço
INTRODUÇÃO
Objetivos da disciplina
A. Antigo Testamento
a. Pentateuco
b. Livros Históricos
c. Livros Poéticos
d. Livros Proféticos
i. Profetas Maiores
B. Novo Testamento
a. Evangelhos
b. Cartas Paulinas
c. Epístolas Gerais
d. Histórico
e. Profético
Introdução
A maior parte do Novo Testamento é composta por cartas. Por esse motivo,
torna-se importante ao estudante de teologia compreender tanto as característica
quanto a aplicabilidade deste método literário.
Características literárias
É um método extremamente eficaz: de fato, as cartas são tão úteis que ainda
hoje são amplamente utilizadas. Seu emprego pelos apóstolos se deu por duas
razões: a distância entre o remetente e os destinatários e as limitações de
comunicação da época.
De fato, a utilização das cartas foi tão eficaz que, mesmo depois do período
apostólico, os pais da igreja continuaram fazendo uso desse método. Um bom
exemplo ilustrativo é o de Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna e Clemente de
Roma.
A primeira pessoa a fazer uso do termo Epístolas Gerais para fazer referência
a esse grupo de cartas do Novo Testamento foi o grande historiador Eusébio de
Cesaréia (265-340), que ficou conhecido como o maior historiador eclesiástico
durante os primeiros séculos do cristianismo.
● Epístola de Hebreus
● Epístola de Tiago
● Epístola de Judas
● Possuem um autor;
● Possuem um destinatário;
● Possuem um conteúdo;
Nos final dos anos 60 d.C., entretanto, a situação mudou drasticamente por
causa da diferença de fé entre os cristãos e judeus. Há, então, uma má
compreensão da igreja por causa de algumas doutrinas do cristianismo (o
Deus invisível, o Cristo ressurreto, o julgamento divino).
Antes de qualquer coisa, deve-se compreender o que significa afirmar que algo
é ou não é canônico. Cânon é uma palavra de origem grega que significa literalmente
uma vara, isto é, um instrumento de medida.
Vale ressaltar que, por “inspirados”, compreendemos que o livro possui o sopro
do Espírito Santo, que confere direção quanto à sua escrita. Assim sendo, as
Epístolas Gerais são cartas orientadoras que conduzem a igreja no caminho que
Deus deseja que ela siga.
Tiago A Fé e as Obras
Judas A Apostasia
EPÍSTOLA AOS
HEBREUS
Um livro diferenciado
Autoria
Este é, sem dúvidas, o tema mais debatido do livro de Hebreus: a carta trata-
se de um texto anônimo. Há várias suposições acerca de sua autoria, mas ninguém
sabe ao certo a identidade do escritor.
Hebreus difere-se das demais cartas por não revelar quem de fato foi
responsável por sua escrita ou para quem ela é endereçada. A principal dificuldade
de se resolver a questão se dá por causa da falta de uma saudação inicial.
Datação
● Primeira sugestão: entre 50 e 60 d.C. Essa visão defende que o público alvo
da carta é a segunda geração de cristãos. No texto, é possível perceber certo
nível de esfriamento espiritual no meio da igreja, o que aponta para uma
geração de cristãos mais distante do período apostólico.
● Segunda sugestão: escrito em 64 d.C. Essa visão aponta pros sinais de
perseguição presentes na carta para defender que tenha sido escrita durante
o domínio de Nero. Nessa hipótese, a carta seria destinada aos cristãos
italianos espalhados pelo império.
Local de escrita
(Hebreus 13:24)
1. “Os da Itália” são pessoas que saíram da Itália e, por meio da carta, saúdam
seus conterrâneos.
2. Temos que considerar que havia milhares de cristãos judeus que criam na Lei
e eram zelosos por ela.
5. Existem aqueles que combatem esse ponto de vista com base em Hb 6:10.
Essa visão acredita que esse texto está reconhecendo as doações do público-
alvo aos irmãos espalhados pelo mundo. Uma vez que a igreja de Jerusalém
era uma comunidade pobre, seria pouco provável que ela tivesse condições
de fazer doações às outras igrejas. Essa teoria, entretanto, não se sustenta
porque a pobreza não é prova de ausência de caridade.
A motivação do escritor
Propósito da carta
Tema central
Teologia
Cristo é também apresentado como Criador de todas as coisas. Por meio dEle
tudo que se fez foi feito. O Cristo criador aparece em Hebreus para mostrar sua
superioridade perante as criaturas (Hb 1:1-14).
Princípios de interpretação
Esboço geral
Isso não significa que não devemos dar o devido valor que ela merece. Toda
teologia tem que desembocar na prática da vida cristã. Esta carta funciona, portanto,
como um manual do cristão.
Autoria
(Tiago 1:1)
3. Tiago, filho de Alfeu: um dos 12 apóstolos de Jesus. Citado em: Mateus 10;
Marcos 3; Lucas 6 e Atos 1.
Informações do autor
Inicialmente, Tiago não foi crente em Jesus durante Seu ministério público.
Podemos observar, entretanto, que, em 1Co 15:7, Paulo vai dar testemunho de que
Tiago testemunhou a ressurreição de Cristo. Atos 1:14 apresenta-nos Tiago
convertido. Atos 21:17-26 descreve-o como zeloso para com a Lei e, no concílio em
Jerusalém, Tiago defende Paulo (Atos 15:12-21).
Datação
Presume-se que a carta tenha sido escrita em 62 d.C., ano de seu martírio.
Existem, entretanto, estudiosos que recuam esta data, colocando-a entre 45 e 50 d.C.
com base nos seguintes pontos:
Local da escrita
Uma vez que afirmamos que a epístola foi escrita por Tiago, meio irmão de
Jesus e líder da igreja em Jerusalém, presume-se que ela tenha sido escrita em
Jerusalém e, a partir daí, tenha sido espalhada.
Público alvo
(Tiago 1:1)
Em linhas gerais, Tiago destina sua carta às 12 tribos de Israel que estavam
dispersas. Claro que há aqui um ponto de discussão: seria essa uma linguagem
metafórica para se referir à igreja do Senhor?
(Tiago 2:2)
A expressão “12 tribos de Israel” empregada por Tiago pode ter sido figurada
tendo em vista as passagens de 1 Pedro 1:1, 2:11; Hebreus 11:13, 13:14 e Filipenses
3:20.
Propósito da carta
Estrutura literária
Tema da carta
É nosso dever reproduzir a natureza de Cristo, uma vez que somos Seus
seguidores e Sua Vida está em nós por causa do Novo Nascimento. A verdadeira
religião é, portanto, amar a Deus acima de todas as coisas.
A teologia de Tiago
Tiago vai fundir a Lei e Cristo, deixando claro que, em israel, como na igreja, a
moral se baseia nos ensinamentos de Jesus. Cristo é o cumprimento da Lei, a igreja
deve manifestar esses princípios na vida prática, uma moral fundamentada no amor
ao próximo.
A aparente contradição entre Tiago e Paulo é resolvida da seguinte maneira:
Tiago fala de uma Fé que é acompanhada de obras. Não há contradição, uma vez
que uma visão complementa a outra. Paulo combate o fato de que as pessoas
supervalorizam a Lei, Tiago, o oposto: o não demonstrar das evidências da
conversão.
A Sabedoria 3:1-4.10
A Paciência 5:1-11
A Honestidade 512
Autoria
(1 Pedro 1:1)
(1 Pedro 5:12-14)
Alguns estudiosos acreditam que a primeira carta de Pedro não tenha sido
escrita como uma carta, mas sim como um sermão ou liturgia batismal que, depois,
tornou-se epístola.
O problema é que essa tese isso nega que a carta tenha sido escrita pelo
apóstolo Pedro enquanto repetidas expressões dentro do texto afirmam a autoria de
Pedro. Além do mais, a verdade da autoria de Pedro é respaldada pela tradição da
igreja.
Datação
(1 Pedro 5:13)
Acredita-se que o termo “babilônia” faça referência à degeneração moral de
Roma, uma vez que não há relatos de que Pedro esteve na Babilônia geográfica.
Além disso, Pedro destina a carta a forasteiros (1:1) entre os gentios (2:12), tratando
do problema da idolatria (4:3). Além do mais, o texto fala da ignorância religiosa (1:14),
a vida frívola herdada pelos pais (1:18) e características de um povo pagão e gentio
(2:1). Todos esses fatos apontam para um público de gentios convertidos.
Perspectiva teológica
Do ponto de vista teológico, Pedro vai tratar do batismo com uma ênfase
bastante acentuada e direta, e com razão: o batismo é uma forma de demonstrar o
renascimento do cristão, é um presente de Deus e um dever do justo. Um privilégio
divino do batismo é, para nós, uma responsabilidade.
● 1 Pedro 1:3 - 23 - Apresenta a igreja como uma comunidade unida por meio
do batismo;
● 1 Pedro 1:19-21, 2:2-25, 3:18-22 - Apresenta trechos que formam uma tríade
de hinos cristocêntricos;
● 1 Pedro 2:21 - Trata sobre a natureza do que significa ser cristão, isto é, ser a
continuidade do ministério de Jesus Cristo na Terra;
● 1 Pedro 3:21-25 - Ensina que o cristão deve se importar com o sofrimento dos
escravos;
● 1 Pedro 1:1, 2:11 - Ensina-nos que a igreja vive como minoria neste mundo,
mas que logo ela será retirada dele;
● 1 Pedro 2:13-17 - Apresenta o cristão como alguém que deve fazer o bem até
mesmo a pessoas hostis;
● 1 Pedro 3;8 - O cristão é chamado a herdar bênçãos;
Esboço
Saudação 1:1-2
Autoria
(2 Pedro 1:1)
2 Pedro 3:15-16 demonstra-nos que Pedro escreve num período em que Paulo
se torna conhecido entre os irmãos. Além disso, Pedro busca preparar a igreja contra
os falsos mestres que se instaurariam em seu meio.
Local de escrita
Não é revelado, ao contrário da primeira carta. Tudo isso nos leva a crer,
entretanto, que o autor permanecia em Roma.
Destinatários
A expressão utilizada no capítulo 1:1 traz à tona uma ideia de mesma honra,
mesma graça, referindo-se a um povo que era considerado de segunda classe, isto
é, os gentios. O autor enfatiza que, em Cristo, não há mais diferença entre as
pessoas. São todos servos do mesmo Cristo, detentores da mesma fé.
O trecho de 2 Pedro 3:1 indica que a carta tenha sido escrita aos mesmos
destinatários da primeira, recobrando seu ânimo.
A motivação de Pedro
Esta carta está fortemente associada à primeira. Durante o intervalo entre uma
e outra, parece ter havido uma mudança circunstancial nas pessoas. A primeira carta
preparava os cristãos para a perseguição, a segunda combate o surgimento dos
falsos profetas. Houve uma mudança, mas uma carta complementa a outra pois
tratam de aspectos comuns da igreja da época.
Pedro também adverte que a motivação de que o alvo dos falsos mestres eram
os novos convertidos, pois eram estrategistas que se programavam para perverter os
recém-chegados. Pedro quer se dirigir a esse grupo, isto é, aos novos convertidos,
para encorajá-los a permanecer firme na verdadeira fé.
O propósito de Pedro
Quando Cristo é tirado do centro, logo segue o afrouxamento moral. Por meio
da verdadeira doutrina, somos fortalecidos e só por Ele podemos nos livrar da
influência maligna da natureza pecaminosa.
Outro propósito é estabelecer uma polêmica contra esses falsos mestres, isto
é, um trabalho de prevenção, pois ele sabe que não estará vivo quando eles
chegarem. Ele avisa e previne o povo contra os falsos mestres. Aí encontramos o
propósito maior de Pedro: fortalecer o conhecimento da verdadeira fé cristã contra as
falsas doutrinas que logo surgirão no meio da igreja.
Fundamentos teológicos
Tema da carta
Introdução/Saudação 1:1,2
Conclusão/Doxologia 3:18
PRIMEIRA EPÍSTOLA
DE JOÃO
Autoria
Datação
Uma vez que João é o autor, sua primeira carta deve ter sido escrita na mesma
época que seu relato do evangelho, muito provavelmente por volta de 95 d.C.
Local de escrita
Afirma-se que o local de escrita da carta tenha sido nas imediações da Ásia
Menor, mais precisamente em Éfeso.
Destinatários
Gênero literário
O escrito não possui a forma externa de carta: o autor não nomeia a si mesmo.
não apresenta o destinatário e nem conclui com uma saudação. Porém, o grau de
pessoalidade do texto e o fato de João ser pastor da igreja de Éfeso dispensa a
necessidade desses fatores.
Estilo do autor
Além disso, ele Intercala as mensagens com avisos prevenindo a igreja contra
os hereges, seu ponto principal da epístola.
Objetivos do autor
Perspectivas teológicas
Esta epístola de João serviu muito como base para os debates teológicos que
seguiram os primeiros séculos do cristianismo, pois o gnosticismo continuou forte no
seio da igreja.
Esboço
Prólogo 1:1-4
Autoria
Datação
Local de escrita
Destinatários
(2 João 1:1)
Esta carta tem sido motivo de algumas discussões e debates pela forma como
João dirige-se aos destinatários. O mais provável é que, por senhora eleita, ele esteja
se referindo à igreja de forma ampla.
Aspecto teológico
Tema
Esboço
Introdução/Saudação 1-3
Autoria
Datação
Local de escrita
Éfeso.
Destinatário
Aqui, João dirige-se a um homem chamado Gaio, dando a entender que tinha
certo grau de relacionamento com essa pessoa e exercia autoridade ministerial sobre
ela. Gaio era, provavelmente, líder de alguma comunidade cristã.
A teologia da epístola
Tema
A carta trata de uma disputa eclesiástica: uma guerra para proteger a igreja
dos falsos mestres.
Esboço
Introdução / Saudação 1
Autoria
“Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de
Tiago, aos chamados, santificados em
Deus Pai, e conservados por Jesus
Cristo:”
(Judas 1:1)
Podemos destacar alguns pontos:
(Marcos 6:3)
(1 Coríntios 9:5)
Datação
Eusébio de Cesareia relata que dois netos de Judas foram convocados pelo
imperador Domiciano, que reinou entre 81 e 92 d.C., para serem questionados acerca
de sua descendência davídica. Podemos presumir a partir disso que Judas já estava
morto, portanto podemos supor que a escrita esteja entre 65 e 80 d.C.
Local de escrita
Eusébio sugere que a carta tenha sido escrita num espaço judaico. Alguns
outros eruditos, entretanto, têm sugerido que a escrita da carta pode ter se dada
durante uma viagem missionária.
Destinatários
Alguns estudiosos entendem que a carta foi escrita para uma comunidade
especial de cristãos gentios. Há, entretanto, quem acredite que as referências ao
Antigo Testamento e o fato de o texto incluir destaques apocalípticos judaicos
evidenciam que a carta tenha sido escrita para judeus cristãos.
Tema
Teologia
2. Vai deixar claro que a carta visa deixar clara a direção que a igreja deve tomar;
8. Judas prega uma vida devota e piedosa, colocando Deus em primeiro lugar;
Introdução/Saudação 1-2