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Constitucionalidade
A N Á L I S E E V O L U T I VA D O S S I S T E M A S D E C O N T R O L E D E
CONSTITUCIONALIDADE BRASILEIRO E AS MODALIDADES DE
INCONSTITUCIONALIDADE
Plano de Aula
Retomada da aula
Modalidades de Inconstitucionalidade
Exercícios
Retomada da aula passada
Preventivo Repressivo
Legislativo Judiciário
Executivo Difuso
Concentrado
Modelo Concentrado Modelo Difuso
Decisão constitutiva-negativa Decisão declaratória
Teoria da anulabilidade (ex Teoria da nulidade (ex tunc)
nunc)
Vício é auferido no plano da Vício é auferido no plano da
eficácia validade
Sistemas Repressivos
A CF/88 adotou o modelo híbrido (misto), a regra é o exercício
do controle repressivo realizada pelo Poder Judiciário tanto pelo
controle difuso quanto pelo controle concentrado. Todavia, a
Constituição também estabeleceu mecanismos de controle
Qual tipo de preventivo para o Poder Legislativo (CCJ e o Plenário do
Parlamento), Poder Executivo ( veto jurídico - art. 66, § 1º) e
constituinte
brasileiro
Atenção! Admite-se de forma excepcional o controle preventivo
feito pelo Poder Judiciário em duas circunstâncias (MS
32033/DF):
adotou? a) Proposta de emenda constitucional que viole cláusula pétrea;
b) Proposta de emenda constitucional ou projeto de lei cuja
tramitação esteja ocorrendo com violação às regras constitucionais
sobre o processo legislativo.
História dos sistemas de controle no
Brasil
Constituição de 1934 –
manteve o controle difuso
e estabeleceu a ação
direta de Constituição de 1946 –
Constituição Imperial de inaugurou a ação direta de
Constituição Republicana inconstitucionalidade inconstitucionalidade, de
1824 – não estabeleceu
de 1891 – sob a interventiva
sistema de controle, competência originária do
consagrando o dogma da influência da experiência (fortalecimento da
dos EUA, adotou-se o cooperação e controle da STF, para processar e
soberania do Parlamento julgar a representação de
e cabia ao Imperador sistema do controle federação) e a cláusula de inconstitucionalidade de
difuso, que se implementa reserva de plenário (a
solucionar os conflitos lei ou ato normativo
envolvendo os Poderes de modo incidental e declaração de
prejudicialmente ao mérito inconstitucionalidade só federal ou estadual,
(Poder Moderador) proposto pelo Procurador-
poderia ocorrer pela Geral da República
maioria absoluta dos
membros do tribunal),
além do controle político
História dos sistemas de controle no
Brasil
Caso Prático
Modalidades de Inconstitucionalidade
Modalidades
Orgânica
Vício Formal
Formal
Positiva (ação)
propriamente dita
Vício Material
Negativa (silêncio
legislativo)
Modalidades de Inconstitucionalidade
Inconstitucionalidade Inconstitucionalidade
formal à material à
Nomodinâmica Nomoestática
Vício Formal
Ex: a CF estabelece que matéria penal somente poderá ser tratada mediante lei federal, somente
o CN possui competência legislativa. Assim, se a Assembleia Legislativa do estado de SP
decidisse elaborar um CP paulista, isto seria inconstitucional (inconstitucionalidade formal
orgânica). Ora, a lei elaborada não possui a forma de lei federal, a qual é exigida para a matéria
em questão.
Inconstitucionalidade Formal
Orgânica
Atenção! Diversas matérias foram reservadas como de competência legislativa da União, como,
por exemplo, o direito penal. Assim, somente a União poderá editar leis sobre esta matéria. Caso
esta regra seja desrespeitada, haverá inconstitucionalidade formal.
Por fim, os Estados possuem competência legislativa remanescente, ou seja, aquilo que não tiver
sido enumerado em favor da união ou considerado de interesse local, em favor do município, será
de competência dos Estados.
Se qualquer pessoa política invadir o campo de competência legislativa de outra pessoa política,
haverá inconstitucionalidade formal orgânica.
Inconstitucionalidade Formal
propriamente dita
Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 8.865/2006 do Estado do Rio Grande do Norte. Obrigação de a
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte prestar serviço de assistência judiciária, durante os finais de
semana, aos necessitados presos em flagrante delito. (...) Os arts. 2º e 3º da Lei 8.865/2006, resultante de
projeto de lei de iniciativa parlamentar, contêm, ainda, vício formal de iniciativa (art. 61, § 1º, II, c, CF/1988),
pois criam atribuições para a Secretaria de Estado da Educação, Cultura e dos Desportos (art. 2º), para a
Secretaria de Estado de Defesa Social e Segurança Pública (art. 2º) e para a Polícia Civil (art. 3º), sem
observância da regra de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo estadual. [ADI 3.792, rel. min. Dias
Toffoli, j. 22-9-2016, P, DJE de 1º-8-2017.]
Caso Prático
Vício Material
• Ex: Congresso Nacional modifica o CP, estabelecendo a pena de morte para crimes não militares, em
tempo de paz. Ora, o tratamento dado a esta matéria conflita com o princípio constitucional que trata a
mesma matéria.
Caso Prático
2005.]
Ao provocar alteração no regime jurídico dos servidores civis do Estado do Rio Grande do Sul e
impor limitações ao exercício da autotutela nas relações estatutárias estabelecidas entre a
administração e seus servidores, a LC estadual 11.370/1999, de iniciativa parlamentar,
padece de vício formal e material de incompatibilidade com a CF. [ADI 2.300, rel. min. Teori
Zavascki, j. 21-8-2014, P, DJE de 17-9-2014.]
Criação, por lei estadual, de varas especializadas em delitos praticados por organizações
criminosas. (...) O princípio do juiz natural não resta violado na hipótese em que lei estadual
atribui a vara especializada competência territorial abrangente de todo o território da unidade
federada, com fundamento no art. 125 da Constituição, porquanto o tema gravita em torno da
Lei duplamente organização judiciária, inexistindo afronta aos princípios da territorialidade e do juiz natural.
A perpetuatio jurisdictionis é excepcionada nas hipóteses de modificação da
competência ratione materiae do órgão, motivo pelo qual é lícita a redistribuição dos
inconstitucional ? inquéritos policiais para a nova vara criminal, consoante o art. 87, in fine, do CPC. (...) A lei
estadual que cria vara especializada em razão da matéria pode, de forma objetiva e abstrata,
impedir a redistribuição dos processos em curso, através de norma procedimental (art. 24, XI,
da CRFB), que se afigura necessária para preservar a racionalidade da prestação jurisdicional
e uma eficiente organização judiciária (art. 125 da CRFB) (...). O princípio do juiz natural (art.
5º, XXXVII e LIII, da CRFB) é incompatível com disposição que permita a delegação de atos de
instrução ou execução a outro juízo, sem justificativa calcada na competência territorial ou
funcional dos órgãos envolvidos, ante a proibição dos poderes de comissão (possibilidade de
criação de órgão jurisdicional ex post facto) e de avocação (possibilidade de modificação da
competência por critérios discricionários), sendo certo que a cisão funcional de competência
não se insere na esfera legislativa dos Estados-membros (art. 22, I, da CRFB) (...). A criação,
no curso do processo, de órgão julgador composto pelo magistrado que se julga ameaçado no
exercício de suas funções e pelos demais integrantes da vara especializada em crime
organizado é inconstitucional, por afronta aos incisos LIII e XXXVII do art. 5º da Carta Magna,
que vedam, conforme mencionado alhures, o poder de comissão, é dizer, a criação de órgão
jurisdicional ex post facto, havendo, ainda, vício formal, por se tratar de matéria processual,
de competência da União (art. 22, I, da CRFB). [ADI 4.414, rel. min. Luiz Fux, j. 31-5-2012,
P, DJE de 17-6-2013.]
Omissão
Formas de controle:
•Mandado de Injunção
•ADI por omissão
A insuficiência do valor correspondente ao salário mínimo – definido em importância que se revele incapaz de
atender as necessidades vitais básicas do trabalhador e dos membros de sua família – configura um claro
descumprimento, ainda que parcial, da Constituição da República, pois o legislador, em tal hipótese, longe de
atuar como sujeito concretizante do postulado constitucional que garante à classe trabalhadora um piso geral
de remuneração digna (CF, art. 7º, IV), estará realizando, de modo imperfeito, porque incompleto, o programa
social assumido pelo Estado na ordem jurídica. A omissão do Estado – que deixa de cumprir, em maior ou em
menor extensão, a imposição ditada pelo texto constitucional – qualifica-se como comportamento revestido da
maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o poder público também desrespeita a Constituição,
também compromete a eficácia da declaração constitucional de direitos e também impede, por ausência de
medidas concretizadoras, a própria aplicabilidade dos postulados e princípios da Lei Fundamental. As situações
configuradoras de omissão inconstitucional, ainda que se cuide de omissão parcial, refletem comportamento
estatal que deve ser repelido, pois a inércia do Estado – além de gerar a erosão da própria consciência
constitucional – qualifica-se, perigosamente, como um dos processos informais de mudança ilegítima da
Constituição, expondo-se, por isso mesmo, à censura do Poder Judiciário. Precedentes: RTJ 162/877-879, rel.
min. Celso de Mello – RTJ 185/794-796, rel. min. Celso de Mello. [ADI 1.442, rel. min. Celso de Mello, j. 3-11-
2004, P, DJ de 29-4-2005.]
Caso Prático
É possível haver uma norma
constitucional inconstitucional?
Questão 1
C não pode ser objeto de controle de
constitucionalidade, pois se amalgama à Constituição e
eventuais antinomias devem ser consideradas
meramente aparentes, solucionadas pelos princípios de
hermenêutica constitucional aceitos.
D pode ser objeto de controle difuso e concentrado de
constitucionalidade e o parâmetro de controle são as
limitações procedimentais, materiais e circunstanciais
impostas ao constituinte derivado.
Uma emenda inconstitucional à Constituição brasileira
A não pode ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade, pois não se insere no conceito de
ato normativo federal, mas pode ser de arguição de
descumprimento de preceito fundamental.
B não pode ser objeto de controle de constitucionalidade
pela via difusa.
Questão 1
C não pode ser objeto de controle de
constitucionalidade, pois se amalgama à Constituição e
eventuais antinomias devem ser consideradas
meramente aparentes, solucionadas pelos princípios de
hermenêutica constitucional aceitos.
D pode ser objeto de controle difuso e concentrado de
constitucionalidade e o parâmetro de controle são as
limitações procedimentais, materiais e circunstanciais
impostas ao constituinte derivado.
Atenção!
A existência de uma Constituição rígida e a atribuição de competência a um
órgão para resolver problemas de constitucionalidade são requisitos
fundamentais para o exercício do Controle de Constitucionalidade. Sendo
assim, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) Na inconstitucionalidade formal, também conhecida como nomoestática,
verifica-se quando a lei ou o ato normativo infraconstitucional contiver
algum vício em sua "forma", ou seja, em seu processo de formação.
( ) A inconstitucionalidade formal orgânica decorre de inobservância do
devido processo legislativo, ou seja, vício no procedimento de elaboração da
norma, o qual pode ser verificado na fase de iniciativa ou em fases
posteriores, como em caso de desrespeito ao quórum exigido pela
Constituição.
( ) O Sistema norte-americano ("Marshall") que trata de normas em
desconformidade com a Constituição é caracterizado por reconhecer que o